nº 1 • Abril 2003
Iniciados e Juniores
Torneio
deACE
Carnaval
TEAM
Nos passados dias 1 a 5 de Março, realizou-se o habitual torneio de Carnaval do ACE
TEAM para as categorias Iniciados femininos e
masculinos e Juniores masculinos.
Apesar da época convidar a outros passeios,
os quadros foram, como habitualmente, muito
concorridos e com um apreciável nível competitivo. A competição destinada aos juniores foi
dominada com alguma facilidade pelo nosso
atleta Manuel Leonardo, que bateu na final
Tiago Correia por 6-0/6-1.
No quadro feminino dos Iniciados, a final foi
decidida entre duas jovens da mesma equipa, a
Quinta da Beloura. Dois set’s chegaram para
Verónica Seruca vencer Luísa Catalão e levar
para casa mais um troféu.
No sector masculino, a vitória sorriu a
Francisco Charters, do CETO, que derrotou,
também em dois set’s, Diogo Costa, do Clube
de Ténis de S. Miguel, enquanto a vitória nos
pares masculinos ficou reservada à dupla Rui
Gonçalo/Manuel Nascimento, ambos do CIF,
que derrotaram um par que veio dos Açores.
Para quem ficou pelo caminho na primeira
ronda, estava destinado um quadro de consolação para os Iniciados. No escalão das meninas, a disputa ficou resumida às quatro atletas
do ACE TEAM que participaram no torneio,
dado a ausência de jovens de outros clubes.
Assim, a vitória foi, com alguma naturalidade,
para Patrícia Martins, ficando o troféu do
segundo lugar para Joana Zanatti.
O
Clube de Ténis de Alfragide/ACE TEAM vai entrar numa nova fase da
sua existência, com a publicação
mensal do seu jornal – "ACE
NOTÍCIAS" – que trará uma maior
visibilidade ao clube, às suas actividades e aos seus atletas. Esta publicação terá não só como alvo o interior do clube, pois é fundamental
que os nossos associados conheçam
o historial, os projectos e as ambições do clube, mas, também, o exterior, dado que o nosso sucesso, ou
insucesso, depende, em boa medida, de conseguirmos ou não passar
a mensagem de
quem somos e daquilo que fazemos.
O clube desdobra-se em várias actividades, quer competitivas, quer de
formação, ou mesmo sociais, e iremos, seguramente,
ao longo do tempo
dar o devido destaque a cada uma.
Neste momento,
em que, competitivamente, nos batemos em várias
frentes, quero salientar o já alcançado título de Campeões Regionais de
Juniores Masculinos/03 e o excelente comportamento das todas as outras equipas juvenis com a passagem
à fase nacional das equipas de Iniciados Femininos e à 2.ª sub fase regional de Infantis Masculinos. A equipa
de Cadetes Masculinos teve também um comportamento brilhante.
Não posso, contudo, deixar de lamentar por na Associação de Ténis
de Lisboa, que conta com aproximadamente 90 clubes, não ter havido o
número mínimo indispensável de
equipas (3) para viabilizar o Campeonato Regional de Equipas Juniores Femininos, tendo havido, para
além de nós, apenas um outro clube
editorial
Pedro
Bivar
jjj
os nossos atletas
entrevista
Sotero Rebelo
Queremos
ter
o número um
do Mundo
Mais três vitórias
para o ACE TEAM
Teve lugar no Clube de Ténis do
Estoril, no passado mês de Janeiro, a
prova final dos Masters/Benjamins
referente a 2002. A prova juntou os
atletas que mais pontuação alcançaram ao longo das três provas do ano
passado e, no escalão feminino,
Patrícia Martins, do ACE TEAM, foi a
vencedora. No escalão masculino
(Mini-ténis), Daniel Sualéhé, também
do ACE TEAM, foi o vencedor.
Entretanto, começou uma nova
ronda de provas, organizadas pelo
mesmo clube, com vista aos Masters
2003. O ACE TEAM esteve representado nos escalões feminino e
masculino com cinco atletas: Beatriz Franco, Marina
Barata, Joana Zanatti, Patrícia Martins e David Sualéhé.
A final feminina foi decidida entre duas das nossas
atletas, tendo Patrícia Martins conquistado mais uma
vitória deixando o segundo
lugar para Joana Zanatti.
A
propósito da recente deslocação de
Tiago Godinho, Peter Rodrigues e
Hugo Anão à América Central, conversámos com Sotero Rebelo, o técnico que, com
eles, viveu esta experiência. E se, por um lado,
as coisas poderiam ter corrido melhor, por
outro, o balanço foi bastante positivo. Sotero
Rebelo, que, com Pedro Bivar, partilha a responsabilidade técnica da Academia de Ténis
do Ace Team, salientou o facto de se tratar de
um grupo de jovens muito ambiciosos, com
grande potencial e com objectivos individuais
bem definidos. Aproveitámos, ainda, para saber
mais pormenores sobre o trabalho desenvolvi-
Quando se aperceberam
da idade dos portugueses,
ficaram admirados porque
não é normal miúdos tão novos
estarem num nível tão bom
Böllöni no ACE TEAM
Não, não é um novo reforço para a
equipa Sénior do ACE TEAM, simplesmente, Laszlo Böllöni gosta de descontrair do stress do Futebol num court de
Ténis, trocando umas bolas (com excelente técnica, note-se) de raqueta na
mão. Para o efeito, escolheu a companhia de Adriana Mingirianu e os courts
do nosso clube, para enorme rogozijo
dos miúdos... e dos graúdos, provocando um natural alvoroço, mesmo
para quem não é do Sporting.
do na Academia e com que objectivos foi criada. Sotero Rebelo garante que se trata de um
"projecto vencedor".
Qual o objectivo da vossa viagem até à
América Central?
A viagem esteve relacionada, fundamentalmente, com a continuidade do programa competitivo do Tiago Godinho, que já tem uma bagagem
razoável de torneios que fez na Ásia, durante a
época passada, e havia que continuar. Os torneios que decorriam, nessa altura, aqui na Europa, eram muito fortes e optámos pela América
Central por serem, teoricamente, mais fracos.
Eu já lá tinha estado noutros torneios, em anos
anteriores, e achei que poderia ser uma boa
experiência para todos, já que, entretanto, o
Hugo Anão entra para a nossa academia e vai
connosco, e para o Peter Rodrigues seria, também, um bom princípio, porque ele teve uma
época anterior muito irregular, com lesões; e o
trabalho que estava a desenvolver em Espanha
baseava-se em muito treino e poucos torneios,
e, portanto, só lhe ia fazer bem jogar.
E qual é o seu balanço? Como é que correu?
Mais ou menos. Ou seja, correu bem porque é
um grupo de jovens ambiciosos, sabem o que
querem e estão a trabalhar com objectivos individuais bem definidos. Quanto a resultados, o
Tiago Godinho esteve bem, ganhou pontos nos
singulares, o que foi positivo; o Tiago e o Peter
estiveram numa meia-final de pares, e com o
Hugo, como está um pouco mais atrasado na
sua preparação, não correu tão bem. Mas, se
falarmos em experiência adquirida, o resultado
é bastante positivo. Em relação aos aspectos
menos bons, creio que poderiam ter trabalhado um pouco mais: não foram capazes de atingir aquele nível de sacrifício que se pede a um
atleta de alta competição.
Que é que lhes faltou?
Bem, a alta competição não é boa para a saúde.
Os atletas fazem esfoços muito elevados, muitas horas de treino intenso, em condições complicadas, e as lesões acabam por aparecer. O
Tiago teve uma época anterior muito intensa,
que lhe deixou muitas mazelas. Todo o treino
que efectuou na América Central foi realizado
no sentido de tentar recuperar das suas lesões.
Relativamente ao Peter, a sua "direita" está a
atravessar uma fase menos boa, facto que provocou alguns problemas. E o Hugo, cujo ténis
eu ainda não conhecia, e por aquilo que tenho
observado, há alguns aspectos que, segundo
penso, podem ser melhorados e começámos
por aí…
Quanto tempo estiveram fora?
Eu estive duas semanas com eles. O Tiago e o
Hugo ficaram três e o Peter seguiu, durante
mais três semanas, para a América do Sul, integrado num grupo da Federação, que participava em torneios juniores, fora do circuito "ATP".
Que realidade encontraram na América
Central?
Encontrámos quadros com cerca de 60 jogadores, entre os quais estavam alguns da idade dos
nossos, mas poucos. Eram, na sua maioria, bastante mais velhos. São torneios profissionais, do
escalão sénior. E nós levámos um júnior, o
Peter, e o Tiago e o Hugo que estão no primeiro ano de séniores. Quando os restantes jogadores se aperceberam da idade dos portugue-
Academia ACE
TEAM
Um
projecto
vencedor
ses, ficaram muito admirados porque não é
normal miúdos tão novos estarem num nível
tão bom. Repare, os nossos têm uma média de
17, 18 anos, enquanto os outros andavam já
nos 22, 23. Na realidade, os nossos atletas têm
já muita experiência, exceptuando o Hugo, de
torneios internacionais. Mas falamos de experiência obtida enquanto juniores ou cadetes.
Esta viagem serviu, também, como ponto de
partida; digamos que estão em rodagem. Eles
precisam de dois ou três anos disto para começarem a ganhar…
E agora, o que se segue?
Agora estamos a participar nos "Future", que
decorrem em Portugal. Mas as coisas não estão
a correr tão bem, porque são quadros fortíssimos.
Mas porque não conseguimos nós, portugueses, ser tão fortes como os outros?
Porque nós só pensamos no ténis enquanto
juvenis. A Federação Portuguesa de Ténis, com
algum esforço, tem ajudado um pouco, mas só
até aos 18 anos; os clubes funcionam bem,
também, até aos 18 anos do atleta; e, quando
se chega a essa idade, os jovens olham à sua
volta, analisam as coisas e… vão para a faculdade. Nós somos pobres; as despesas duplicam
ou triplicam… só que há que continuar. Há que
não perder tudo aquilo que se invistiu ao longo
dos anos que ficaram para trás. Mas nem todos
estão disponíveis para isso.
Mesmo assim, o ténis continua a fazer parte
da sua vida e recomenda…
Há 34 anos que estou ligado à modalidade.
Não desisto. E estou a tentar dar aos atletas
com quem trabalho o que que na minha altura
não havia, ou havia pouco, ajudando, com
aquilo que posso e sei.
Na sua opinião, que características fazem de
um jovem, um promissor jogador de ténis?
Tem de saber sonhar enquanto é jovem; tem de
ser egoísta, tem de pensar em si e naquilo que
quer e no que terá de fazer para chegar lá. E,
inevitavelmente, tem de ter uns pais que o possam ajudar financeiramente se quiser ser profissional.
Como é que nasceu a Academia e com
que objectivos?
O projecto nasceu há cerca de três anos a
partir de uma ideia do Pedro Bivar. Mas só
em Outubro de 2002 é que as coisas tomaram forma. Começámos com jogadores do
clube que quiseram fazer parte deste sonho,
deste projecto, dele e meu. Temos tido
alguns aderentes e vamos ver como é que as
coisas caminham. A Academia nasce para
dar continuidade ao trabalho que o clube
faz na parte da competição juvenil, porque
a escola não tem condições para seguir um
jogador que queira ser profissional. Portanto, houve que dar mais um passo dentro da
escola do ACE TEAM para proporcionar um
treino mais adequado, mais completo, com
acompanhamento a torneios e com bons
programas competitivos.
Está aberta a qualquer atleta?
Não. O tenista terá de ter já alguma bagagem e, em princípio, mais de 16 anos. É
complicado aceitar atletas que não sejam
semi-profissionais, porque somos só
dois técnicos, eu e o Pedro Bivar,
facto que limita o número e o tipo
de alunos na Academia. Actualmente, temos o Hugo Anão, Tiago Godinho, Peter Rodrigues, Manuel Leonardo, Nuno Jacinto e João Viegas.
E que futuro prevê para a Academia?
É um projecto vencedor. Queremos
ter o número um do mundo.
Nós só pensamos no ténis
enquanto juvenis. Aos 18 anos,
os jovens olham à sua volta e…
vão para a faculdade…
só que há que continuar
Pedro Bivar (Treinador), João Viegas, Peter
Rodrigues, Tiago Godinho, Manuel
Leonardo, Hugo Anão e Sotero Rebelo
(Treinador)
editorial
jjj
a inscrever-se. É lamentável, mas é assim
que vai o nosso ténis feminino! Realço, ainda, o comportamento dos nossos atletas
que competem no circuito profissional –
Tiago Godinho, Peter Rodrigues, Hugo
Anão, Manuel Leonardo e Nuno Jacinto. O
Tiago, no recente circuito de Futures da
América Central, alcançou o seu 10.º ponto
ATP e é, neste momento, no ranking ATP, o
3.º melhor jogador português, culminando
um excelente ano de 2002, em que, além
de duas vitórias em torneios internacionais
juniores – Tunísia e Porto – aproximando-se
Saliento o já alcançado
título de Campeões
Regionais de Juniores
Masculinos/03 e o
excelente comportamento das todas as
outras equipas juvenis
Iniciados Femininos:
Catarina Vieira,
Beatriz Franco, Marina
Barata, Miguel Rente
(Capitão), Joana
Zanatti, Patrícia
Martins e Filipa Rente
y
Juniores Masculinos:
Pedro Bivar (Treinador), Peter
Rodrigues, Manuel Leonardo,
Tiago Ribeiro, Tiago Gaspar e
Sotero Rebelo (Capitão).
Ausentes na foto: Nuno Jacinto,
Eduardo Carona
e Sérgio Baptista
y
Teve início no passado mês de Fevereiro, a
primeira fase de apuramento para o Campeonato Inter-clubes 2003. O ACE TEAM está,
mais uma vez, representado em diversas categorias: Iniciados femininos e masculinos; Infantis, Cadetes e Juniores masculinos; e Seniores
femininos e masculinos.
Na categoria dos mais pequenos, as raparigas sagraram-se vice-campeãs regionais, atrás
da equipa da Quinta da Beloura, posição que
lhes permitiu o apuramento directo para a fase
nacional. Apesar de uma boa prestação, os
rapazes não conseguiram o apuramento para a
fase seguinte.
Também os Infantis masculinos, depois de vencerem
todos os encontros,
passaram à 2ª subfase, onde vão defrontar o CIF e o
CNG, que discutirão
com os nossos atletas
os dois lugares disponíveis de acesso à
fase nacional.
Apesar de uma
presença muito boa
na primeira fase, a
Iniciados Masculinos: João Reis, João Zanatti, Ricardo Martins,
equipa de Cadetes Miguel Rente (Capitão), Sebastião Bravo e Rui Barata
teve menos sorte e
ficou pelo caminho, não conseguindo o objectivo estabelecido de alcançar a fase nacional.
Brilhante prestação teve a equipa de Juniores
que, com alguma facilidade, se sagrou Campeã
Regional e garantiu o respectivo apuramento
para o Nacional.
Resta esperar que as equipas de Seniores
consigam alcançar bons resultados na primeira
fase, que teve início na segunda semana deste
mês de Março e, com isso, alcancem a tão
desejada fase nacional.
y
O ACE
ACE TEAM
Team e os Inter-clubes
Infantis Masculinos:
Gil Guimarães, Francisco
Franco, Francisco Zilhão,
Frederico Anão (Capitão),
João Alvarenga, André
Rasteiro, Gonçalo Pacheco
e Miguel Rasteiro
da 100.ª posição mundial Junior, ainda representou Portugal na Taça Davis contra a
Itália. Não quero terminar este primeiro
editorial sem uma palavra de louvor para os
nossos treinadores, já que, sem a sua dedicação e profissionalismo, a nossa Escola não
contaria com cerca de 300 alunos, nem o
nosso palmarés seria o que é. E uma palavra de agradecimento para os nossos patrocinadores, que nos têm apoiado, alguns
deles ao longo de vários anos, em bons e
maus momentos, mas sempre com a convicção de estarem a contribuir para o fortalecimento de um pequeno-grande clube.
CLUBE DE TÉNIS DE ALFRAGIDE
Rua dos Eucalíptos — Quinta Grande — Alfragide
2720-224 Amadora • Tel./Fax: 21 471 41 58 • www.ace-team.com
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