espaço solidario Obra Diocesana de Promoção Social Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 pessoas a sentirem pessoas 2 Obra Diocesana de Promoção Social Obra em 3D dignidade, determinação e dinamismo Sumário 04 - E ditorial Manuel Amial 05 - Mensagem do Bispo do Porto Sua Revª. D. Manuel Clemente 12 - Jantar de Beneficência 32 - Missão 2010 Manuel Amial 15 - A cidade do Porto acolheu o Papa de braços abertos Centro Social de Rainha D. Leonor 37 - Na Linha da Frente Maria Teresa Souza-Cardoso Manuel Amial 07 - Conteúdo de Vida Américo Ribeiro 16 - Missão 2010 40 - I Encontro Temático da Obra Diocesana de Promoção Social Centro Social do Cerco do Porto 08 - Abraço da Solidariedade Padre Lino Maia 21 - Dia da Obra Ricardo Azevedo 42 - Mensagens Espaço Solidário… Manuel Amial 09 - Cultivando vida na Esperança Professor Daniel Serrão 25 - Férias da Páscoa 2010 43 - Amigos em Crescendo! João Pratas/Mónica Taipa de Carvalho 10 - Breves notas sobre as relações da Obra Diocesana com a Igreja do Porto 26 - Missão 2010 Centro Social de Machado Vaz Bernardino Chamusca 11 - ODPS esteve no encontro com o Papa em Fátima 31 - Do Cenáculo para o mundo! Confhic Manuel Amial Ficha Técnica Administração: Américo Ribeiro, Helena Costa Almeida, Rui Cunha, Belmiro Teixeira, Manuel Amial Direcção/Redacção: Manuel Pereira Amial Propriedade/editor: Obra Diocesana de Promoção Social Colaboradores: A. Pronzato, Américo Ribeiro, Ana Rita Mota, Andreia Vasconcelos, Ângelo Santos, Aurora Rouxinol, Belmiro Teixeira, Bernardino Chamusca, Chefe Hélio Loureiro, Confhic, Cónego Rui Osório, D. João Lavrador, D. João Miranda, D. Manuel Clemente, D. Manuel Martins, Dra. Maria Barroso Soares, Elvira Almeida, Filipa Martins, Filomena Semana, Frei Bernardo Domingues, João Alves Dias, João Pratas, Manuel Amial, Manuel Tavares, Manuela Botelho, Margarida Aguiar, Maria Amélia Rhotes, Maria Isabel Cristina Vieira, Maria Lurdes Regedor, Maria Teresa Carvalho Lobão, Maria Teresa Souza-Cardoso, Monsenhor Victor Feytor Pinto, Mónica Taipa Carvalho, Padre Dr. Américo Aguiar, Padre Jardim Moreira, Padre José Maia, Padre Lino Maia, Paulo Lapa, Pedro Rhotes, Professor Daniel Serrão, Professor Francisco Carvalho Guerra, Ricardo Azevedo, Rosa Maria Seabra, Sara Cardoso e Susana Carvalho. Gráfica - Lusoimpress, Artes Graficas, Lda.; www.lusoimpress.com Periodicidade (2008): Trimestral; Tiragem 4.000 ex.; NIPC: 500849404; Depósito legal: 237275/06; Marca nacional: 398706; Registo ICS: 124901; Sócio AIC: 262; Sócio APDSI: 1000005; Postos de Difusão Porto: Casa Diocesana de Vilar; Edições Salesianas, Fundação Voz Portucalense, Livraria Fátima, Paulinas Multimédia, Ermesinde-Casa da Juventude Sede: Serviços Centrais da ODPS, R. D. Manuel II, 14, 4050-372 PORTO Contactos: URL Geral: www.odps.org.pt; Mail: [email protected]; Telef. 223 393 040/ Fax. 222 086 555 Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 3 4 Manuel Amial Visita do Papa Bento XVI deu um novo alento ao compromisso social e à afirmação da matriz cristã na Europa Obra Diocesana de Promoção Social Editorial Os ecos da visita do Santo Padre Bento XVI a Portugal, no passado mês de Maio, ainda estão bem presentes na nossa memória e no nosso coração. Com uma presença cordialmente afectiva e com uma mensagem simples e cativante, o Papa não deixou de nos interpelar, quer reconhecendo a matriz histórica de Portugal inserida no mundo cristão nos momentos protocolares de Estado, quer dirigindo-se ao mundo da cultura no Centro Cultural de Belém, quer falando às instituições de solidariedade social e movimentos da Igreja em Fátima, quer desafiando os católicos a não serem “crentes envergonhados” e a serem paladinos da paz nas suas homilias em Lisboa e Porto. Uma mensagem que trouxe aos católicos um novo alento para se comprometerem ainda mais com a doutrina social da Igreja, nas respostas às necessidades sociais do nosso tempo, e na ajuda à afirmação da matriz cristã na Europa. O espectacular acolhimento dado ao Santo Padre Bento XVI na sua viagem de peregrino e a superior organização que rodeou a visita são, certamente, um sinal de orgulho para o nosso País e para todos os Portugueses! Mensagem D. Manuel Clemente Bispo do Porto Julho é tempo de férias para quem as tem e, em geral, de alguma serenidade estival. Mas a caridade não tem férias, porque as suas “férias” são dar alegria aos outros, na atenção e no serviço. Aliás, são cada vez mais os que dedicam algum tempo do seu Verão a actividades solidárias, por vezes longe, em países de “missão”. Vêm sempre contentes e muitos a confessar que foram as melhores férias da sua vida. Reconhecem afinal a grande verdade que Jesus enunciou duma vez por todas: “Há mais felicidade em dar do que em receber”. Na verdade nunca nos parecemos tanto com Deus – felicidade absoluta – como quando damos, ou melhor, “nos” damos fraternalmente aos outros. Assim também nos Centros da Obra Diocesana, que são por isso escolas de felicidade autêntica, onde todos dão e todos recebem, dum modo ou doutro, mas sempre. Um Verão feliz para todos! + Manuel Clemente… Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 5 6 Obra Diocesana de Promoção Social Momento do Presidente Américo Ribeiro Presidente do Conselho de Administração da ODPS A vida pressupõe mudança, tem a ver com o garante da nossa so- transformação e esta, naturalmente, brevivência e que coloca a certeza da envolve passado, presente e futuro. reciprocidade dos bens, mas o servir Cada um de nós vive numa que envolve Gratuidade, Acção, Ino- plenitude de vidas, a sua própria vida, vação, Responsabilidade, Amizade, a vida dos seus, a vida da sociedade, a Verdade, Resposta Afirmativa e Ime- vida da humanidade, a vida da vida… diatista, Dádiva... Cada Homem vive para pre- Aquele servir desprovido de servar o passado vivo, viver o presente qualquer troca material, apenas o que e dar a vida ao futuro. dá a cada um de nós a satisfação in- Há assim, não só em cada um, terior de ter concorrido para minorar para cada um e para a sociedade uma o mal e proporcionar o bem-estar do relação incerta e insegura entre pre- nosso semelhante, cuja vida não lhe sente e futuro. deu possibilidades gerais, nem parti- Para criar expectativas, esperanças saudáveis e motivantes e ate- Conteúdo de vida Conteúdo de vida culares para ele ser feliz, senão com a nossa ajuda. nuar esta complexidade, precisamos Esta postura e conduta exis- de alegria e amor no presente, ainda tencial favorece a maturidade do ser, que a conjuntura não se afigure riso- oferece conteúdo fundamental à vida nha, para investirmos bem no futuro. e apresenta, sem reservas, a grande Precisamos de saber desfrutar possibilidade de um crescimento hu- o presente para amar o futuro e en- mano, que exalta o verdadeiro senti- contrar neste a semente fértil para a mento do amor ao próximo! boa cultura. Temos de saber que o próprio futuro faz parte da mudança, que também passará. A nossa vida, nas diferentes vertentes, adquire sentido e prepara o futuro pela vivencia de momentos sublimes. Um dos momentos sublimes é quando assumimos em pleno que somos comunidade e nos predispomos a servir os outros, não aquele servir que oferece obrigatoriedade e que Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 7 8 Obra Diocesana de Promoção Social Padre Lino Maia Abraço da Solidariedade Desde S. Tomás de Aquino, tornou-se insustentável. Talvez nos te- Também de muito são sinal. Como tudo preço justo, salário justo, igualdade nas nhamos deixado adormecer por dema- poderia ser sem estas Instituições de trocas e também justiça distributiva, siado tempo ou tenhamos dispendido Solidariedade ou pior poderá vir a ser porque sem ela não se pode produzir a energias demasiadas na diversão des- contra elas. coesão social, primeiro, têm sido pautas viante com temas laterais e fracturantes O dom e a gratuidade, que tanto temáticas recorrentes nas intervenções com que sonolentamente nos divertía- caracterizam a solidariedade e tantos eclesiais e, depois, têm sido temas in- mos arvorando-nos em paladinos de envolvimentos alimentam na comuni- cluídos naquilo a que poderemos cha- uma vanguarda sem rumo, na exaltação dade, não se limitam à sociedade ci- mar o corpo da “doutrina Social da Igre- de direitos que não sustentávamos, na vil. Também devem desenvolver-se na ja”. Bem e com inegável actualidade. ilusão folclórica de feitos fantasiosos área do mercado e regressar à área da Com a encíclica “Caritas in veri- pelos quais nos deixávamos cegar e no política, para promover melhor o bem tate” de Bento XVI talvez se tenha avan- consumo de bens que outros produ- comum. Inserir nesses dois mundos a çado um pouco mais com um passo ziam e nós prodigalizávamos. gratuidade é inserir sal que dá sabor ao gradativo quando o Papa acrescenta a O diagnóstico está feito. Tornou- todo. Uma pessoa pode-se compro- noção de dom e de gratuidade no mun- se insustentável a situação, é um facto. meter de várias formas na sociedade do do mercado e de política que deve Somos pobres. Como a cigarra, usá- civil, empresarial ou política, mas dom levar a reflexões, além dos comporta- vamos a solidariedade da Europa. Mas e gratuidade dão um verdadeiro sentido mentos individuais, e a novas formas a solidariedade parece estar a esgotar- a este compromisso, ao colocar o hu- institucionais. A justiça é uma constru- -se. mano na centralidade e ao colocar no ção, mas sem dom e gratuitidade talvez Indesculpável será que nos dei- ela seja meta de um devir sem futuro e xemos bloquear por um qualquer ce- com ares de falsa utopia. Sem caridade nário conjuntural ou por uma qualquer não há justiça. construção humana transitória como o Portugal está mergulhado numa é uma Constituição. crise profunda. Quase todos o reco- Nas situações difíceis, des- nhecem quando abunda o sofrimento fraldem-se as bandeiras dos valores e e cresce a angústia. A crise já vem de ergam-se os arautos capazes. Somos longe e talvez com ela já muitos se terão chamados a dar um futuro de esperan- conformado demasiadamente. Acres- ça aos presentes para sermos dignos cente-se que a crise é global. daqueles que já deram novos mundos Convém não cair na tentação de ao mundo. O caminho é o dos envol- nos iludirmos com a globalidade da cri- vimentos. As veredas são os trilhos do se ou com a sua inevitabilidade. Ou com dom e da gratuidade. O abraço é o en- a sua maior ou menor longevidade. laço da solidariedade. Como o reconheceu o Senhor As Instituições de Solidarieda- Presidente da República nas comemo- de, como a Obra Diocesana de Promo- rações do Dia de Portugal, a situação ção Social, já muito e muito bem fazem. centro o amor na verdade. Professor Daniel Serrão Cultivando vida na Esperança A vida humana é uma realidade estranha e complexa. Quando olhamos à nossa vol- Vida. É o primeiro, porque esperamos anos, que a esperança da salvação o crer e esperamos o amar; que reali- estava cumprida com a Sua vinda para zam a esperança. ensinar a prática do amor aos outros ta e vemos tantos homens, mulheres Um pensador espanhol, ven- em lugar do ódio e do castigo.”Mulher, e crianças, tão diferentes, em tudo, do, em Portugal, numa estação de ninguém te condenou? Também eu mesmo numa cidade simples como o comboio uma porta com a indicação não te vou apedrejar; vai e procura a Porto, onde não há grande peso imi- “sala de espera” exclamou: feliz povo paz na verdade e no amor”. gratório, não podemos deixar de nos este que tem uma sala onde se pode É tarefa de todos nós, os que interrogar: o que é que torna todos es- estar a viver a esperança; a da vida e a seguimos a Cristo, cultivar a esperan- tes seres vivos membros desta mes- do comboio que virá. ça, fazendo do amor ao outro uma re- ma espécie que é a espécie humana? Cultivar a esperança na nossa Os seres humanos nascem vida é estar aberto a todas as pistas desenvolvem-se e morrem, passan- que nos aparecem, ou que nós procu- do por fases diversas nas quais vivem ramos, para lograrmos viver em paz. vidas diferentes. Estudam, trabalham, constituem família, geram e criam filhos, envelhecem e um dia morrem Em paz connosco e em paz com os outros. A paz connosco passa pela Na complexidade da vida mo- reflexão interior sobre a nossa vida, derna, os compromissos pessoais dos como uma vida vivida em verdade. que trabalham ocupam todas as horas Temos de voltar ao que se chama- dos dias - que acabam, afinal, por ser va o exame de consciência, que não dias vazios, na perspectiva humana e pode ser uma banal análise moral de na da relação que os seres humanos comportamentos e atitudes, mas terá devem ter com os outros seres vivos de ser um profundo exame do que em que habitam nesta mesma Terra. nós aconteceu, como pessoas. Quantos jovens citadinos já A paz com os outros passa assistiram ao nascer do Sol ou a um pela realização da justiça, como equi- fim de dia olhando o Poente sobre o dade, e pelo amor por todo aquele que Mar? sofre, no corpo ou no espírito. Cada Quantos gestores de Empre- um terá de agir no sentido de recriar sas de sucesso já pararam para verem no outro uma vida com nova esperan- o olhar atento do seu neto a contem- ça. Temos de ter fome e sede de jus- plar o mistério de uma flor? tiça, para nos sentirmos em paz com E no entanto é nos gestos simples que se descobre que a vida é sustentada na Esperança. Esperar é o grande verbo da gra de vida pessoal e social. os outros. Cristo ensinou, no seu breve tempo de diálogo com os judeus, seus contemporâneos, há mais de dois mil Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 9 10 Obra Diocesana de Promoção Social Bernardino Chamusca Breves notas sobre as relações da Obra Diocesana com a Igreja do Porto É um desafio difícil, este que me foi proposto pelo Presidente Amé- integração da ODPS no Ministério dos dos projectos dos Conselhos de Ad- Assuntos Sociais.» (Cf. op. cit.) ministração toda uma plêiade de téc- rico Ribeiro, qual é a de registar, a tra- Nesta “onda”, a questão foi nicos, directores e trabalhadores em ço largo, uma linha evolutiva da Obra, apresentada a D. António Ferreira Go- grande e exemplar sintonia com aque- se não no seu conjunto, para já, ao mes, regressado a Portugal após in- les que recebem os serviços sociais menos, na perspectiva das relações justo exílio. Este Bispo, face ao que lhe prestados pela ODPS. com a Igreja do Porto. foi transmitido, em carta que dirigiu à Importante é reconhecer que, Sendo certo que a Igreja Por- Direcção da ODPS, em 24.Maio.1979, sem esquecer as preocupações dos tucalense gerou e incubou a Obra analisou com a sua habitual lucidez a sucessivos Bispos do Porto que tu- Diocesana em 1964, disponibilizando, questão e sintetizou: telaram a ODPS, esta recebeu forte com a bênção de D. Florentino, sobre- «Suposto pois e assente que impulso dos mais recentes Antístites tudo, recursos humanos, também é não nos opomos à pedida “integra- da Diocese, D. Armindo L. Coelho e D. certo que essa ligação de berço pa- ção”, mesmo no sentido de assunção Manuel Clemente, que, pela sua pre- receu estremecer anos depois com a total, como aliás já várias vezes temos sença constante nas actividades da tentativa de aplicar à Obra o basismo dito.» ODPS, mostraram quanto ela significa que, em certa medida, o MFA inicial Esteve, pois, a ODPS à beira de Abril de 74 espalhou pelo país e se de um corte cirúrgico com a Igreja do reflectiu, p. ex., no Centro Social do Porto. na pastoral sócio caritativa que delinearam para a Igreja do Porto. Por isso, consequência dis- Cerco do Porto, onde uma Comissão Porém, tal não sucedeu e com so, registamos e admiramos a forma de Moradores chegou a arrebatar a uma notável aliança com a Câmara exemplar como a ODPS aderiu e pôs chave do edifício. Municipal, a Obra nos anos 80 conse- em prática a “Missão 2010”, sinal A situação foi ultrapassada, guir afirmar-se e expandir-se nos bair- evidente de que é expressão visível da mas ressurgiu a tentativa de integrar a ros periféricos da Cidade do Porto, o Igreja Diocesana nos bairros da Cida- Obra nos serviços sociais do Estado que, todavia, culminou nos anos 90 de do Porto. sendo aventada a “passagem da Obra (sobretudo no triénio 95-97) em mo- para o Serviço de Cooperação familiar mentos difíceis que fizeram imaginar a do IAF” (Instituto de Apoio à Família)» possibilidade de a ODPS ser extinta. – como se pode ler no meu «Obra Felizmente, a Obra conseguiu Diocesana 40 anos de Promoção ressurgir e dar mostras de grande vi- Social» – Capítulo XI. talidade nos finais dos anos 90 e neste Anos depois, um documento, início do séc. XXI, mercê de reformas testemunha dos tempos difíceis vividos que, do ponto de vista administrativo, pela ODPS nos anos de 1974-1975, da organização dos serviços de su- assinado por Assistentes Sociais em porte à prática sociopedagógica nos serviço na Obra, historia as diligências diversos Centros, com incidência na encetadas com vista a «uma possível formação profissional, fez unir à volta Manuel Amial ODPS esteve no encontro com o Papa em Fátima Sua Santidade o Papa Bento XVI reuniu em Fátima com representantes da pastoral social no passado dia 13 de Maio. A Obra Diocesana de Promoção Social (ODPS) esteve representada no encontro pelo seu presidente Américo Ribeiro. Na sua intervenção Bento XVI agradeceu a acção social da Igreja em Portugal, relevando que a actual crise económica exige maior atenção às propostas sociais dos católicos. “Saúdo com grande amizade cada pessoa aqui presente e as entidades a que pertencem, na diversidade de rostos unidos na reflexão das questões sociais e sobretudo na prática de compaixão”, disse Bento XVI. O Papa lembrou o actual ce- O Papa destacou em parti- sibilizado com a mensagem que o San- nário de crise sócio-económica e tam- cular a acção junto dos “pobres, os to Padre nos transmitiu neste encontro bém cultural e espiritual, defendendo doentes, os presos, os sós e desam- e recolhi dele forças para continuar que o mesmo colocou em evidência parados, as pessoas com deficiência, com a missão da Obra Diocesana, es- “a oportunidade de um discernimen- as crianças e os idosos, os migran- pecialmente na resposta social dirigida to orientado pela proposta criativa da tes, os desempregados e os sujeitos aos mais necessitados”. mensagem social da Igreja”. a carências que lhes perturbam a dig- Bento XVI citou a sua encí- nidade de pessoas livres”. clica “Caritas in veritate” para pedir A Igreja, acrescentou, não que “as instituições da Igreja, unidas pode “dar soluções práticas a todos a todas as organizações não ecle- os problemas concretos, mas des- siais melhorem as suas capacidades pojados de qualquer tipo de poder, de conhecimento e orientações para determinados ao serviço do bem co- uma nova e grandiosa dinâmica que mum, estais prontos a ajudar e a ofe- conduza para “aquela civilização do recer os meios de salvação a todos”. amor, cuja semente Deus colocou em todo o povo e cultura”. Américo Ribeiro, Presidente da ODPS, disse ter ficado “muito sen- Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 11 12 Obra Diocesana de Promoção Social Manuel Amial Jantar de Beneficência 2010 Como vem sendo tradição a aos mais pobres e carenciados, muitos com o beneplácito de Sua Excelência Obra Diocesana de Promoção Social foram aqueles que marcaram presença Reverendíssima D. António Taipa, Bispo (ODPS) realizou o seu Jantar de Benefi- neste jantar de solidariedade. Auxiliar do Porto, agradecendo a gene- cência anual no passado dia 20 de Maio A presença de Sua Excelên- rosidade da presença das entidades re- de 2010 no Porto Palácio Hotel, na cida- cia Reverendíssima, D. António Taipa, ligiosas e civis, dos patrocinadores, da de do Porto. Bispo Auxiliar do Porto, comprometido gestão do Porto Palácio hotel na pes- No Ano Europeu do Combate à com a acção social da Igreja e com a soa do Chefe Hélio Loureiro e ainda dos Pobreza e à Exclusão Social e estando sua Missão 2010, foi um gesto solidário muitos convivas presentes, falando da ainda bem frescos os ecos da visita de que sensibilizou a generosa assistência importância da sua instituição, através Sua Santidade o Papa Bento XVI a Por- composta por cerca de quatrocentas dos seus doze centros sociais, no com- tugal, dos quais se destaca o desafio pessoas. bate à pobreza e à exclusão social na para que as instituições de solidariedade Américo Ribeiro, Presidente da da Igreja melhorem as suas respostas ODPS, abriu o jantar de beneficência, cidade do Porto, no âmbito da infância e da terceira idade. Recordou o trabalho que a “indiferença contra a pobreza torna-nos Sua Excelência Reverendíssima ODPS está a levar a cabo no âmbito mais pobres a todos”, dizendo valorizar D. António Taipa terminou a sua inter- da Missão 2010 – o desafio lançado o gesto daqueles que disseram presen- venção felicitando e agradecendo aos pelo Senhor Bispo do Porto, D. Manuel te naquele jantar solidário. responsáveis e aos colaboradores que Clemente, para a cor-responsabilidade Por último usou da palavra Sua na Obra Diocesana servem todos os para a Nova Evangelização – e das vá- Excelência Reverendíssima D. António dias, com humildade e generosidade, rias as actividades que estão a ser leva- Taipa, Bispo Auxiliar do Porto, que após fazendo as pessoas mais felizes. das a cabo pelos Centros Sociais desde a saudação inicial começou por subs- Este jantar teve como director o início do ano e que se prolongam até crever a mensagem anterior do Senhor de sessão o Dr. João Pratas, director ao final do ano, levando a esperança e a Professor Doutor Francisco Carvalho da ODPS, que anunciou os momentos alegria a quem mais precisa. Guerra sobre a defesa dos valores e dis- musicais da noite que estiveram a cargo Seguidamente usou da palavra se do incentivo para a justiça social na do grupo “Vozes Trinadas” e da pianista o Senhor Professor Doutor Francisco sociedade portuguesa que representou Noa, momentos que foram muito apre- Carvalho Guerra que falou da defesa a visita do Santo Padre Bento XVI. ciados pela numerosa assistência. dos valores e da vida evocando as pa- Numa sociedade em crise, D. Este Jantar de Beneficência lavras que Sua Santidade O Papa Bento António Taipa, valorizou o trabalho da 2010, a favor da ODPS, tal como os an- XVI dirigiu aos Portugueses. Igreja no campo social e disse que a teriores, teve grande eco na sociedade Obra Diocesana de Promoção Social é portuense, traduzindo o reconhecimen- um bom exemplo de servir. to pelo trabalho solidário que a Obra Defendeu uma sociedade mais harmoniosa e mais justa e citou a propósito uma carta recebida do seu amigo Servir os mais fracos e os mais Diocesana de Promoção Social vem moçambicano Mia Couto na qual alerta- carenciados perante o crescimento de fazendo na cidade do Porto. e servindo va contra uma nova geração de “ricaços” uma sociedade cada vez mais insensível de incentivo para a continuação desse em vez de ricos que estava a prosperar é hoje um imperativo social da Igreja e de trabalho tão importante e tão necessá- naquela nação africana, dizendo que a todos os que defendem os seus valores. rio nos tempos que correm. Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 13 14 Obra Diocesana de Promoção Social Intervenção do Presidente do C.A. Américo Ribeiro Começo por agradecer a pre- tuição, que a evocam nos seus diferen- sença viva de cada pessoa que aqui se tes contextos enlevam o Bem e cha- encontra, pois tal confirma anuência à mam a oportunidade para a prática do solidariedade, sim à dimensão do apoiar mesmo, que não estabelece fronteiras e isso é muito importante e gratificante, nem limites. uma vez que dá energia e calor à motivação para um olhar em frente. Sua Reverendíssima D. António Taipa, Bispo Auxiliar da Diocese do Porto … Uma saudação a todos com especial carinho e amizade. Uma mensagem de expressivo reconhecimento e apreço ao Excelen- A Obra Diocesana de Promoção tíssimo Senhor Professor Doutor Daniel Social (ODPS) agradece, com sensibi- Serrão por tantas palavras, tão belas, lidade, a todos quantos se manifestam tão profundas e tão eloquentes que de- como amigos e benfeitores e solicita a dica a esta causa. que continuem a acompanhar, de perto, O Excelentíssimo Senhor Pro- se possível, a sua acção, que visa me- fessor Doutor Francisco Carvalho Guer- lhorar e envolver de esperança os hori- ra deliciar-nos-á, como é de esperar, zontes de quem é frágil e necessitado, com as suas palavras que organizam hoje ainda mais do que ontem. uma intervenção a que se poderá cha- Outro momento de encontro, de convívio e de reflexão… Locuções, palavras, exemplos, obras, nomes… que falam desta Insti- mar testemunho de sentimento ou sentimentos. Muito Obrigado! Manuel Amial A Cidade do Porto acolheu o Papa de braços abertos A praça dos aliados foi um mar de amarelo e branco a receber o Papa Bento XVI O Porto soube receber o Papa desígnio de Dom Manuel Clemente, o Podemos dizer que o Papa Bento XVI na sua visita no passado dia reconhecimento pelo trabalho da Dio- conquistou o coração dos Portugue- 14 de Maio. cese do Porto e um grande estímulo ses! Um mar de gente, de amarelo para a Obra Diocesana de Promoção e branco, encheu a sala de visitas da Social que abraçou este projecto des- cidade para o ver, aclamar e participar de o seu início. na Eucaristia. O Espaço Solidário tem vindo O “Papa Peregrino”, como se a dar nota das actividades realizadas intitulou, estava visivelmente satisfeito e este número continua a relevar as com a grande recepção que as gentes actividades desenvolvidas nos seus do Norte e da cidade lhe tributaram. Centros Sociais no âmbito da Missão Antes de começar a Eucaristia, 2010, e que tão bem se enquadra na na breve alocução que proferiu, lade- mensagem de amor e esperança que ado pelo Senhor Bispo do Porto, Dom o Papa deixou aos portugueses na Manuel Clemente, o Santo Padre fez sua visita a Portugal. uma alusão à “Missão 2010”, como um Um visita que contribuiu para compromisso junto dos mais necessi- reconhecer no Papa Bento XVI a sua tados. enorme cultura, a sua grande humaniUm alento para este grande E que os Portugueses conquistaram o coração de Bento XVI! Missão 2010 mereceu alusão do Papa dade e o seu lado emotivo e solidário. Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 15 16 Obra Diocesana de Promoção Social Centro Social do Cerco do Porto Abril Com Vida Calvário uma celebração em honra da Pelo caminho rezou-se o Ter- Abril foi para o Centro Social Virgem Maria presidida pelo pároco, ço, entoaram-se cânticos numa es- do Cerco do Porto, um mês especial, Sr. Padre Fernando Milheiro e anima- pantosa manifestação de fé e espiri- um mês Com Vida. Fomos agentes da pelo grupo coral de idosos que nas tualidade. Um deslumbrante tapete de da Missão, activos e inovadores na últimas semanas ensaiara os cânticos flores desenhava o percurso final da Corresponsabilidade para a Nova com entusiasmo e afinco. O andor da procissão. De realçar o empenho na Evangelização, com uma disponibi- Nossa Senhora lá estava, belo, orna- apanha e preparação das flores, pois lidade e vontade renovadas em levar mentado com flores brancas e muita todo o trabalho era pouco para fazer por diante uma intervenção activa, devoção. brilhar tão importante acontecimento. responsável e solidária na vida da comunidade. A Procissão O Centro Social teve o privi- A presença do Presidente do No Centro aguardavam as crianças Conselho de Administração, Sr. Amé- mais pequenas e os idosos com mo- rico Ribeiro, honrou-nos e constituiu bilidade reduzida, acolhendo Nossa uma motivação acrescida para o de- Senhora com duas canções originais. sempenho da nossa Missão. A procissão culminou em légio e a felicidade de acolher no seu Apesar da chuva e do vento Festa! O Grupo de Percussão “A seio a imagem de Nossa Senhora de ninguém arredou pé e a procissão Obra a Rufar” deu o mote, seguindo- Fátima. No dia 31 de Março realizou- saiu, pois era essa a vontade inabalá- se a largada de centenas de balões se na capela da Nossa Senhora do vel de todos. brancos. No ar pairava a sensação mútua; uns e outros deixaram-se do Todo, formado por uma multi- enriquecer de valores e amizades. Sara (9 anos) – “ Achei inte- dão de corações, pulsando em to- As crianças não levaram só o fo- ressante porque ajudamos os idosos tal sintonia. lar, deram-se elas próprias como e eles ficaram mais felizes.” brincar com o cão dela.” No dia 12 de Abril, a “Imagem parte integrante de cada oferta, Catarina Lima (9 anos) – “ Peregrina” rumou ao Centro de Dia, levaram esperança e carinho e Gostei muito desta experiência mas onde foi alvo de contemplação e ora- iluminaram o dia dos que sofrem. fiquei triste porque algumas pessoas ção, não só por parte dos clientes e Os gestos de ternura repetiram- choraram.” colaboradores mas também da popu- se. Os idosos manifestaram sen- Catarina Rodrigues (9 anos) lação local. E no final do mês quan- timentos de alegria e gratidão e – “ Foi bom visitar as pessoas doentes. do partiu para o Centro Social de as crianças ficaram mais aptas a Não queria pelo sofrimento deles, gos- Machado Vaz, foi a emoção da tornarem-se adultos responsáveis tava que melhorassem todos.” despedida com entoação de cân- e solidários. ticos, lenços brancos esvoaçantes e lágrimas de saudade… A visita aos doentes O Compasso Pascal Cristiana (10 anos) – “ As Uma vez mais a tradição cum- pessoas ficaram comovidas com a priu-se no bairro do Cerco do Porto. O nossa visita e choraram quando re- Compasso saiu à rua no domingo Na Quinta-feira Santa, um ceberam o Folar. Alguns não conse- de Páscoa! Só que desta vez foram grupo de crianças, acompanhadas guiam abrir o saco e nós ajudamos. os colaboradores e amigos do Centro por colaboradores, visitaram os idosos Gostei muito deste dia.” que, em parceria com a paróquia, re- doentes da comunidade, entregando Flávia (10 anos) – “ Fomos a alizaram a Visita Pascal, ritual imbuído um Folar de Páscoa em cada casa. pé visitar os idosos apesar de cansati- de valor simbólico e religioso, mas tam- Pão-de-ló, amêndoas, queijo, man- vo, foi divertido. Todos ficaram conten- bém do valor humano da convivência e teiga, bolachas e compota compu- tes com a nossa visita.” da alegria. Cruz - José Monteiro; Page- nham o cabaz, graças à contribuição Carolina (7 anos) – “ Fui ao las – Rute Monteiro; Saco das oferen- solidária de crianças e familiares. Fo- bairro do Falcão a pé. Gostei de visitar das – Teresa Caturna; Sino – Adriana ram momentos de encanto e partilha uma senhora que estava de cama e de Silva e orador – Georgina Costa. Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 17 18 Obra Diocesana de Promoção Social O Grupo de Percussão “A desenvolvido com cães treinados para nhora, invocando os mistérios da sua Obra a Rufar”, orientado pelo anima- situações variadas, nomeadamente a aparição e entoando cânticos. Todos dor cultural Ângelo Santos, anunciou detecção de narcóticos, a detecção fizeram chegar bem alto a fé e a de- de forma apelativa um dia diferente de engenhos explosivos, ataque, de- voção à mãe de Jesus formando um para o encontro das pessoas e das fesa e acompanhamento de indivíduo coro a uma só voz, pleno de convicção famílias com a Igreja. A população, suspeito. e vitalidade. que pela primeira vez recebeu o Com- Quem assistiu pôde constatar A visita aos Valinhos e a missa passo ao som de bombos, manifestou como os cães respondiam às ordens, na Capelinha das Aparições constituí- surpresa e alegria, havendo mesmo desde lutar, rebolar, posição de morto, ram pontos altos da Peregrinação. quem nos acompanhasse ao longo do saltar, às cavalitas do tratador, mo- A viagem de regresso ao Porto percurso. mento que fez a delícia de pequenos e foi marcada pela boa disposição e ale- graúdos. Os cães fizeram outras habi- gria, animada por canções tradicionais A Demonstração de Cinotécnica lidades como saltar barras, passar um portuguesas e votos renovados de se No dia 7, decorreu uma De- túnel e atravessar arcos de fogo. No voltar em breve… monstração de Cinotécnica no espaço final quem quis, teve a oportunidade exterior do Centro, sob o olhar atento e de acariciar e verificar o quanto eles expectante das crianças, idosos e mo- são afectuosos, só possível graças ao No dia 10, o pré-escolar e o radores que entretanto se juntaram ao carinho, cuidado e dedicação dos tra- A.T.L. tiveram a oportunidade de as- evento, vendo de perto as manobras e tadores, ingredientes essenciais para sistir à peça de teatro “O Relógio orientações dos agentes da P.S.P. que um correcto equilíbrio dos animais. Mágico”, apresentado pelo grupo de têm como companheiros os seus cães e que demonstraram a forma como actuam quando são chamados a resolver situações em cenários reais. A peça de Teatro jovens da paróquia, no salão da cateA Peregrinação a Fátima quese. A 9 de Abril, realizou-se uma Foram momentos animados e peregrinação ao Santuário de Fátima. divertidos, cuja mensagem foi captada No âmbito da segurança in- O Sr. Norberto, cliente do Centro de claramente pelas crianças. dividual e colectiva dos cidadãos, foi Convívio, guiou o grupo de 50 idosos Ao grupo de Jovens, organi- feita uma demonstração do trabalho nas orações em honra de Nossa Se- zador deste espectáculo, expressa- mos a nossa gratidão pelo empenho, como também deu a oportunidade a convite e compareceram em número dedicação e generosidade com que outros de travar novos conhecimentos significativo. responderam ao nosso desafio, lança- e estabelecer novas amizades. do no âmbito da Missão 2010 – Abril A Festa da Vida Com Vida. Seminário: «O tráfico humano» No dia 15 realizou-se no poli- brou-se a Vida, com uma Festa nas Torneio de Sueca Inter-Centros valente do Centro Social um Seminário nossas instalações. Recebemos todos No dia 13, decorreu um Tor- subordinado ao tema: «O tráfico huma- os Centros Sociais com um espectá- neio de Sueca para Seniores que con- no» que teve como oradores o coorde- culo, num total de quatro sessões. Do tou com a participação dos Centros nador da Escola Segura, o agente Cer- programa constaram actuações de: Sociais do Cerco do Porto, Fonte da queira e o professor José Manuel Pinto - Grupo do ATL que dançou Moura, Machado Vaz, Rainha D. Leo- acompanhado de duas alunas do 12º ao som de “ Mama mia” e “I gotta Fe- nor, Regado e S. João de Deus. ano da Escola do Cerco do Porto. eling”, exibiu um número de ginástica Nos dias 16 e 20 de Abril cele- O torneio disputou-se por eli- Conscientes do drama do trá- acrobática e apresentou a peça de minatórias muito renhidas e na final fico de seres humanos e tendo em defrontaram-se Rainha D. Leonor e conta que Portugal é um país de rota Fonte da Moura. O par vencedor, de e destino desse tráfico, entendemos Rainha D. Leonor, recebeu um troféu ser este um meio de sensibilização, - Grupo da Escola do Cerco, pela conquista do primeiro lugar e to- informação e prevenção do problema. com danças ao ritmo do hip hop e gi- dos os participantes foram premiados A problemática foi abordada nas suas nástica. com um porta-chaves alusivo ao tor- múltiplas vertentes. Entre as vítimas - Grupo de Capoeira que en- neio e à Missão 2010. teatro:”D. Caio”. -Grupo Coral da 3ª Idade com cantigas tradicionais portuguesas. encontram-se trabalhadores migran- cenou perícias e técnicas, em forma Para alem da parte lúdica e tes, pessoas exploradas sexualmente, de dança. recreativa, a iniciativa teve o mérito de seres humanos para o comércio de - Grupo “A Obra a Rufar” que juntar pessoas que já não se viam há órgãos, crianças exploradas por redes contribui para um estrondoso final de algum tempo, reavivando episódios de mendicidade. Pais e encarrega- festa. marcantes de momentos do passado, dos de educação corresponderam ao Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 Foi a vivência da alegria, da reno- 19 20 Obra Diocesana de Promoção Social vação e da juventude. A juventude não se e desinteressada com que abraçaram Arte Sacra do Porto, proporcionando mediu pela idade, mas pela forma como este projecto. No final foi oferecido um o contacto com o nosso património cada um viveu a sua idade – Com Vida. lanche a todos os elementos do gru- histórico e cultural e religioso. Os ido- po bem como aos familiares e amigos sos visitaram o Museu de Arte Sacra que os acompanharam. e Arqueologia, instalado no Seminá- O Concerto de Musica Sacra rio Maior do Porto e puderam observar No dia 17 levamos a efeito na Igreja de Nossa Senhora do Calvário À Conversa com …. Pedro Pimenta obras do século XIV ao século XIX de um Concerto Pelo Grupo Coral Na tarde do dia 21 de Abril escultura, pinturas e alfaias religiosas, Kyrios, oriundo da Comunidade dos contamos com a presença de Pedro bem como imagens em madeira e cal- Padres Capuchinhos de Gondomar. Pimenta no Centro de Dia, para uma cário do período medieval. O Padre Fernando Milheiro pro- conversa informal com os idosos. Fa- As crianças do Pré-escolar e cedeu à abertura do evento, dando as lou-se do Porto antigo, dos usos e cos- ATL visitaram o Núcleo Museológico boas-vindas aos presentes e enalte- tumes da época, da evolução das vias da Venerável Ordem Terceira de cendo a acção da Obra Diocesana por de comunicação e dos transportes, da S. Francisco tendo como objectivo o proporcionar momentos diferentes de evolução da moeda, desde os tempos contacto com a história e a arte religio- cariz cultural e artístico à população. da monarquia até os nossos dias… sa da cidade onde vivem, na inspira- Apesar da Igreja não reunir as As pessoas gostaram de re- ção solidária, cristã e humanista condições acústicas ideais, quer o cordar os seus tempos de juventude, que lhe imprime a MISSÃO 2010. O grupo principal quer o grupo infanto- factos do passado, histórias de vida interior da Igreja é um dos expoentes juvenil encheram o espaço com vezes preenchidas que lhes reforçam a auto- máximos da talha dourada na cidade e e sinfonias maravilhosas que emocio- estima e fortalecem a identidade. possui o famoso Retábulo da Árvore de Jessé. As visitas incluíram “a descida naram as cerca de quatro centenas de pessoas ali presentes. Visitas aos Museus de Arte Sacra O Sr. Rui Cunha, em represen- Na semana de 27 a 30 Abril, tação do Conselho de Administração, os Centros Sociais da Obra Diocesa- agradeceu ao Pároco e ao Grupo na tiveram oportunidade de cumprir “Kyrios” a forma pronta, entusiasmada um plano de visitas a dois museus de ás catacumbas, um lugar singular onde o negro dos jazigos….contrasta com o branco fantasmagórico das paredes”. Manuel Amial Dia da Obra 2010 Dia da Obra decorreu sob o lema “crescer no amor” O Coliseu do Porto foi pequeno para acolher no passado dia 19 de Junho a numerosa assistência que se encantou Missão 2010, uma iniciativa de Sua Reve- boradoras em palco, num momento único rendíssima D. Manuel Clemente, Bispo do de grande fervor e entusiasmo nos valores Porto. desta Missão 2010 e cuja letra vai em desE desejou “um mundo de espe- taque. rança e de amor para todos”. O “nosso caríssimo” apresenta- com o tradicional espectáculo do Dia da Seguidamente usou da palavra dor, Senhor Fernando Campos Castro, Obra Diocesana 2010, presidido por Sua Sua Reverendíssima D. João Lavrador, um amigo da Instituição e que tem vindo Reverendíssima D. João Lavrador, Bispo começando por referir o carinho que Sua a colaborar sempre nos espectáculos do Auxiliar do Porto. Reverendíssima D. Manuel Clemente, Bis- Dia da Obra, deu início à sessão, durante “Crescer no Amor” foi o mote po do Porto, tem pela Obra Diocesana e a qual desfilaram os doze centros sociais para as intervenções feitas e para o desen- pelo trabalho social e humanitário que de- da Instituição. rolar de todo o espectáculo que contou senvolve. A abrir, entrou na sala o Grupo “A com a participação dos doze centros so- Mereceu-lhe, também, especial Obra a Rufar”, um grupo de percussão que ciais da Instituição espalhados pela cidade referência o abraçar da Obra Diocesana à surgiu a partir de um desafio lançado pelo do Porto. Missão 2010, uma maneira nova de realizar presidente da Obra Diocesana, Américo Américo Ribeiro, Presidente da a mais comum das necessidades sociais. Ribeiro, constituído essencialmente por Obra Diocesana, na sua intervenção no Indo ao encontro do lema do es- crianças dos seis aos dez anos, tendo início do espectáculo mostrou-se encanta- pectáculo “Crescer no Amor”, D. João La- como objectivos principais incutir o gosto do com o trabalho que a Obra Diocesana vrador disse que também era uma forma pela música, a ocupação dos tempos livres vem fazendo na cidade do Porto e com a de “crescer na comunhão” e incentivou das crianças e representar a Instituição em adesão e empenhamento de todos na pre- a Obra Diocesana a continuar firme neste várias iniciativas culturais. paração deste espectáculo. caminho. Este grupo foi convidado pela se- Agradeceu a presença de D. João Por fim manifestou o prazer de es- gunda vez consecutiva a participar no Por- Lavrador, tomando-a como um grande tar ali a viver o Dia da Obra e agradeceu o tugal a Rufar, que decorreu no Seixal, no incentivo para o trabalho dedicado que a trabalho dedicado de todos os que, dia a dia 30 de Maio. Obra vem fazendo diariamente junto dos dia, nesta Instituição devolvem a esperan- que mais precisam. ça aos que mais dela necessitam. De seguida actuou o Centro Social de São João de Deus. A actuação teve Disse que o tema do encontro Logo de seguida foi cantado o em conta o pensamento de que “mesmo “Crescer no Amor” é também fruto do Hino da Missão 2010 com o Presidente sabendo que o Mundo às vezes é pe- empenhamento da Obra Diocesana na da Obra e todos os Colaboradores e Cola- queno…queremos Ser Grandes. Um Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 21 22 Obra Diocesana de Promoção Social pequeno grão de Alegria e Esperança todas as valências. “Com este número instrumento universal de expressão e dentro de cada um de nós é capaz de pretendemos mostrar a importância comunicação”. mudar e transformar qualquer coi- de crescer no amor, construindo e Foi partindo deste princípio que sa. A vida é construída nos Sonhos e aprendendo valores que permitem crianças, idosas e colaboradores se uni- concretizada no Amor. Hoje é tempo combater a discórdia, a desunião, o ram para esta aventura que culminou num de ser Feliz”. conflito”. grande coração, com que os Centros So- Uma actuação bem dinâmica e rit- Esta coreografia foi composta por mada, fortemente aplaudida no final, como três partes: a primeira representou a con- ciais de São Roque da Lameira e Machado aliás aconteceu com todas as restantes fusão, o caos, a falta de harmonia, diálogo Seguiu-se o Centro Social Rainha actuações. e de compreensão que existe entre os ho- D. Leonor, com a sua actuação pretendiam Vaz presentearam a assistência. Seguiu-se o Centro Social da Fon- mens. A segunda parte mostrou um grupo referir que “Sentir o mundo e fazer dele te da Moura. Na sua apresentação o Cen- que com o amor conhece e compreende um lugar melhor. Sentir as pessoas tro diz-se estar “consciente da impor- a importância da paz, da serenidade, resu- e fazer o nosso melhor. Um mundo tância do Crescimento no Amor para mindo os verdadeiros valores da vida, sen- melhor para ti, para mim e para todos desenvolvimento da Pessoa Huma- do capaz de transformar o grupo anterior. os seres humanos. Pela tua paz, pela na”, inspirando-se na Carta dos Direitos E na terceira parte acabaram todos com o minha paz, para vivermos num mundo da Criança e pretendendo “demonstrar sonho de termos um mundo melhor. melhor, mais unido”. que elas, com a sua força, são interventivas na luta pela sua dignidade, Um sonho plenamente conseguido numa bela coreografia. Neste número o Centro Social Rainha D. Leonor trouxe o coração do mun- desde que todos nós ajudemos, e Os Centros Sociais Machado Vaz do, um único ritmo, um único desejo, uma orientemos de forma a enriquecer o e São Roque da Lameira seguiram-se no única preocupação – transformar o mundo seu percurso de vida”. palco do Coliseu e cuja demonstração num lugar melhor para todos. Através da representação musical teve em conta que o “amor, companhei- O Centro Social do Regado foi o este Centro Social convidou a assistência rismo, compreensão e respeito, são próximo a subir ao palco e o seu traba- a entrar num mundo imaginário onde as o ponto de partida para criar laços lho pretendia transmitir que “Crescer no crianças revelaram de que forma conse- entre as diferentes gerações. A tro- amor é transmitir o Dom da Vida, a guem lutar pela sua liberdade. ca e a interacção entre todos, pode fé, em e na família. Que a família seja O Centro Social da Pasteleira ser vista como o melhor meio de es- sempre mais um lugar de formação foi o protagonista seguinte e apresentou tabelecer uma simbiose pacífica no para o amor, crescimento pessoal, fé, uma coreografia muito bonita envolvendo mundo global, fazendo da música um paz e harmonia. As crianças são uma excelente razão para viver – pois elas, cumplicidade que se cria com as co- sando pelo Hip-Hop, protagonizado por na sua dependência, exigem-nos, a munidades, grupos e famílias através um grupo constituído por crianças, jovens, nós adultos que vivamos e vivamos da partilha de vivências e emoções idosos, colaboradores e familiares. plenamente, comprometidos com o que são passadas de geração em ge- seu presente e empenhados em pre- ração.” parar um futuro mais humanizado a que têm direito”. Com os valores da Obra Diocesana bem presentes o Centro Social Pinheiro A mensagem transmitida foi de Torres demonstrou que “da sua diver- um investimento humano de grande enver- sidade surge todo o empenhamento, Neste número foi difundida toda gadura que no dia-a-dia é posto à prova o compromisso, responsabilidade, a alegria, louvando a família num hino de como testemunho de que a Vida é bela e transparência, cooperação, inovação, amor, de paz e de crescimento pessoal. que basta acreditar. qualidade e a personalização que toda a equipa tenta no dia-a-dia transmitir De imediato actuou o Centro So- Chegou a vez do Centro Social cial do Cerco do Porto, cuja representação do Lagarteiro levando ao palco uma core- visava através da dança procurar recriar ografia baseada no tema do Dia da Obra Um excelente espectáculo que uma “Loja de Brinquedos”. Segundo “Crescer no Amor”. A mensagem preten- se desenrolou de forma dinâmica e muito a explicação dada “Com este número dida era a seguinte: agradável e que foi um excelente repositó- estes valores da ODPS.” pretendemos apelar aos valores tra- “Para nós, o tema desta festa rio do superior trabalho que a Obra Dioce- dicionais através de uma selecção de é tudo aquilo que temos vindo a prati- sana de Promoção Social vem fazendo na brinquedos. O objectivo desta peça car ao longo do ano, crescer no amor. cidade do Porto. passa por valorizar os brinquedos O renascer de uma equipa de colabo- No agradecimento final o Presi- tradicionais, dando-lhes igual impor- radoras, técnicos e de crianças que dente da Obra Diocesana, Américo Ribei- tância aos actuais, no estímulo à ima- preservam o valor da cooperação, o ro, teve palavras de gratidão para todos ginação e criatividade.” espírito de equipa e o amor.” aqueles que se empenharam na realização A mensagem transmitida foi de Foi este sentimento de “Amor” que daquele espectáculo comemorativo do Dia esperança convidando ao sonho, à imagi- comanda o dia a dia do Centro Social do da Obra 2010, palavras de reconhecimen- nação e ao amor. Lagarteiro que conseguiu transmitir à nu- to para presença de numerosos amigos e merosa plateia do Coliseu. fornecedores. Enalteceu e deu enfoque à Os Centros Sociais do Carriçal e São Tomé uniram-se para este espectácu- Por fim chegou a vez do Centro participação até final do espectáculo de lo apresentando um número subordinado Social Pinheiro Torres. Uma actuação que tantas pessoas, pois “motiva-nos a to- ao “O Bairro do Amor” retratando a sua incorporou vários géneros de música que dos nós que desempenhamos a nos- “intervenção nos bairros sociais, a vão desde o Fado, a Musica Latina, pas- sa função na Obra Diocesana”. Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 23 24 Obra Diocesana de Promoção Social Por fim e antes de dar por encer- em nome do Conselho de Administração o que serve plenamente o objectivo de dar rado o “Dia da Obra 2010” dirigiu palavras símbolo da Obra Diocesana, a imagem de a conhecer o trabalho social e humanitário elogiosas e enalteceu a “dedicação, Nossa Senhora em cristal. que a Obra Diocesana faz nesta cidade. paixão, amizade e carinho” do Senhor O Dia da Obra é já um aconteci- Fernando Campos Castro, entregando-lhe mento cultural e social na cidade do Porto Intervenção do Presidente do C.A. Américo Ribeiro Sua Reverendíssima, D. JOÃO LAVRADOR, Bispo Auxiliar da Diocese do Porto ... Antes de pronunciar algumas palavras breves, mas carregadas de profundo sentimento, a todos quantos aqui se encontram e a outros que também gostariam de estar presentes e não puderam, quero oferecer uma saudação calorosa e amiga, e desejar, ardentemente, que juntos passemos momentos de vivência fraterna cumulando laços afectivos e emocionais que organizem alegria e recordação para todo o sempre. À pessoa de Sua Reverendíssima, D. João Lavrador, singular e destacado cumprimento e acolhimento pela sua presença, expressão de disponibilidade e vontade para connosco confraternizar esta data com significante e significado contagiantes de amor, amizade, de caridade e de esperança. O DIA DA OBRA Diocesana pretende festejar, com elevado acreditar, o valor, a vida e a obra da Instituição que a todos nos irmana e que pelo seu ca- risma constrói activa e progressivamente: mês após mês, ano após ano, um mundo melhor traduzido em oportunidade, compreensão, solidariedade, paz e amor ao próximo. Aos que trabalharam com entusiasmo, abnegação, responsabilidade e determinação, especialmente a todos os Colaboradores e Colaboradoras, para que esta Festa se tornasse a realidade desejada, o meu alargado agradecimento e máxima gratidão. Elogio e aplauso por tudo que fizeram, por tudo o que conseguiram. É importante para o crescimento pessoal e social abrirmos mão das nossas forças, dos nossos propósitos, dos nossos sacrifícios em favor daquilo que prende a Vida! Aos Clientes, Crianças e Idosos, um singela mensagem: Sejam felizes, que o vosso testemunho através de palavras ou gestos representa sinal vivo de alegria e de coração grato e confiante. Num mundo de problemas, de bifurcações e de contrastes sociais, os laços de solidariedade humana são uma perspectiva de esperança! O Amor é a maior força do Universo! Hoje, é um dia de CRESCER NO AMOR! Hoje fortalecemos a Amizade! Sublinhamos o encontro com a alma! Realçamos o valor das pequenas coisas! Relevamos o serviço como Missão! Experimentamos a partilha como semente de bondade! Enfatizamos o Bem como raio de luz, como sorriso, como direcção… Hoje temos Missão 2010 assumindo Corresponsabilidade para a Nova Evangelização. Então com esta força e com a ajuda do Senhor, continuemos de mãos dadas a plantar flores e benemerências em gestos humildes mas determinados e confiantes! Obrigado a todos! João Miguel Pratas Director do Economato, Logística e Manutenção Nutricionista Mónica Taipa de Carvalho Directora dos Recursos Humanos e Jurídicos Advogada Férias da Páscoa 2010 Nas férias escolares do período As crianças do pré-escolar e do nante passeio de barco no Rio Douro, da Páscoa, mais uma vez a Obra Dioce- ATL da Instituição beneficiaram de dias com passagem pelas cinco pontes e sana, em parceria com o Grupo Múltipla que contemplaram sessões de cinema, visita às Caves do Vinho do Porto. Escolha, promoveu duas semanas de aventuras equestres no Centro Hípico Foram dias inesquecíveis que actividades lúdicas, desportivas e recre- do Porto, actividades aquáticas nas ins- quebraram a rotina escolar e abriram ativas para os nossos jovens clientes. talações do CDUP e ainda um emocio- novos horizontes a estas crianças. Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 25 26 Obra Diocesana de Promoção Social Centro Social de Machado Vaz Missão 2010 – Maria lhimento da Imagem da Virgem Maria Maio, mês de Maria. no nosso Centro. chado Vaz. O dia 30 de Abril começou cedo Foi na companhia de Maria, Desde a preparação do espaço no nosso Centro. Ás 8h, colaboradoras mãe de Jesus, que procuramos viver que iria acolher a Virgem Maria, à esco- e clientes juntaram-se para em conjun- o desafio que o Sr. Bispo D. Manuel lha da decoração, flores e velas, nada to elaborarem um tapete de flores dig- Clemente nos lançou, a Missão 2010. foi descurado. O total empenho e dis- no de receber o Andor com a Virgem Foi com muita emoção e fé que ponibilidade tanto dos clientes, como Maria, Nossa Mãe. E que tapete bonito! os idosos do Centro Social Machado das colaboradoras, permitiu que cada Pétalas, heras e verdes oferecidos por Vaz viveram o mês de Maio. momento fosse vivenciado com inten- clientes, colaboradoras e vizinhos servi- Maria, mãe de Jesus e nossa sidade, seriedade, muita fé e devoção. ram de instrumento de trabalho duran- mãe, mãe de toda a humanidade ser- Consciente de que cada vez te grande parte da manhã. O resultado mais, é necessário o envolvimento da esse…foi muito além das expectativas. viu-nos de modelo e guia. Assim, começamos a nossa comunidade na vida dos nossos Cen- Todos foram unânimes ao afirmar que Missão muito antes do início de Maio, tros, decidimos iniciar este mês com valeu a pena os jardins despidos que de modo a preparar a recepção e aco- uma Procissão pelo Bairro Engº Ma- ficaram nas nossas casas! À medida que o dia ia avançando, o nervosismo e foi feita uma pequena celebração onde “Senti-me feliz por ver que se a ansiedade, tomaram conta de todos. foram benzidos todos os terços que encontravam pessoas de todas as ida- A emoção de pela primeira vez verem mais tarde viríamos a ofertar nos Cen- des, incluindo os meninos da sala dos sair à rua uma procissão em honra da tros que visitamos. 5 anos do Infantário de S. Roque. A Virgem Maria, foi contagiante. Pelas Entre uma chuva de pétalas, procissão decorreu muito calma pelo 15h, muitas eram as pessoas que na colchas nas janelas e o entoar de cânti- bairro, onde muitas pessoas à varan- rua aguardavam ansiosas a saída do cos por todos os presentes, a Imagem da assistiam. No final emocionei-me andor que transportaria a Imagem da da Virgem Maria saiu em procissão muito quando as crianças entregaram Virgem Maria, em procissão pelo Bair- pelo Bairro. uma flor à Nª Senhora e uma delas ro. Entre clientes e familiares, colabora- A procissão culminou no interior que por acaso é minha filha Rafaela, dores do centro Social Machado Vaz e do Centro, com uma pequena cerimó- chorou de emoção.” (Mónica, mãe de de S. Roque da Lameira, a sala dos 5 nia de consagração à Virgem Maria. uma criança das sala dos 5 anos, do anos e populares, muitos eram os que Foi um momento muito espe- aguardavam ansiosos pelo início da cial, carregado de emoção e fé, que “O que mais me tocou nesta procissão. C. S. S. Roque.) ficará para sempre guardado nos nos- procissão realizada pelo Centro So- Com a inestimável colaboração sos corações, até porque, tal como cial Machado Vaz foi toda a cerimónia do Sr. Padre Domingos, da paróquia referiram esta foi a primeira vez que se vivida. Em especial o facto de ter leva- das Antas, e dos agentes da Escola realizou no bairro um evento destes. do o andor. Foi um “sonho” realizado Segura, que acompanharam as crian- “Foi um momento de Paz e e que me deixou muito emocionada e ças e Colaboradoras desde o Centro Alegria dentro do meu coração. Deu feliz. (Maria da Glória Moreira, Aj. de Social de S. Roque, e que zelaram para sentir que a nossa mãe (Nª Se- Cozinha)) pela segurança de todos durante todo nhora) estava ali muito perto de nós. Foi com este espírito de fé vi- o percurso, demos inicio à procissão. Obrigada por este momento.” (Albina, vido por todos quantos participaram Ainda antes de a procissão ter iniciar, Aj. de Acção Educativa) na procissão, que procuramos viver ao Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 27 28 longo de todo este mês. Obra Diocesana de Promoção Social “Gostei de conviver e partilhar sas, uma pagela com oração a Maria, Durante a presença da Virgem aquilo que sentia ao fazer o papel de um quadro com a oração da manhã e foi rezado diariamente o terço, seguido Maria, além de sentir que também da noite para as crianças e um folheto de cânticos e de um breve momento de transmitia aos outros um pouco da com a história que representamos. recolhimento por parte dos idosos. O minha alegria.” (Filomena Alice, clien- que inicialmente começou por ser um te do C.S.Machado Vaz) O dia 13 de Maio depressa chegou e, com ele a tão esperada visita pequeno e tímido grupo, foi aumentan- “O grupo foi fantástico, têm do nosso digníssimo Papa Bento XVI a do de dia para dia, até se tornar num muito jeito para representar. Cheguei Portugal. Apesar de impossibilitados de generoso grupo de idosos. mesmo a ficar toda arrepiada quando se deslocarem até Fátima afim de par- De 04 a 28 de Maio e, como a personagem que fez de Nª Senhora ticiparem nas celebrações, os nossos forma de assinalar os 93 anos das começou a cantar. Foi um momento idosos não quiseram perder nenhum aparições da Virgem Maria aos pas- muito bonito do início ao fim.” (Eva La- momento destas celebrações. Assim, torinhos, deslocamo-nos a todos os ranja, cliente do C.S.S.Tomé) a nossa sala de convívio encheu-se de Centros da Obra Diocesana e Serviços “…presentearam-nos com a verdadeira devoção Mariana, transfor- Centrais, com uma representação ba- representação “Uma Visita do Céu”. mando-se num espaço de contempla- seada neste belo acontecimento. Fo- Foi um momento de convívio, partilha ção e oração. ram momentos de partilha e entrega, e troca de experiências entre gera- Com o tema “Maria: mãe, edu- só possível graças ao empenho, de- ções. O espírito de união, amor e paz cadora”, no dia 20 de Maio teve lugar dicação e disponibilidade dos nossos que Maria nos transmite, esteve pre- no C.S. Machado Vaz, uma palestra idosos. A preparação, implicou ensaios sente nesta tarde e transparecia nos que teve como orador o Diácono Ma- diários de modo a garantir que estas rostos de quem assistiu.” (C.S.Cerco) nuel Gomes, da Paróquia de Rio Tinto. representações resultassem em mo- Em todas as visitas que efectu- No âmbito da nossa Missão, mentos sérios, emotivos e assentes em amos, presenteamos os Centros com não pudemos esquecer todos aque- muito respeito. um terço feito à mão pelas nossas ido- les que não puderam estar fisicamente connosco. Assim, “metemos os pés Nos dias 19 e 27, vivemos mais sentirmos impelidos na colaboração ao caminho” e decidimos levar a Ale- um momento de fé e devoção, com activa com este passo da Missão gria, Bondade, Doçura, Humildade e a nossa Peregrinação a Fátima. Para 2010, a Peregrinação dos Frágeis, Esperança de Maria, aos nossos ido- muitos, este foi um momento de pro- que, embora chamada “dos Frágeis”, sos acamados do Apoio Domiciliário. funda emoção “Já não vinha à anos é de todos, porque os que agora ve- Levamos docinhos feitos no Atelier de ao Santuário, pensei que não voltaria mos expostos na sua fragilidade são a Culinária, uma Pagela com poema de cá.”; “É a segunda vez que cá venho, expressão viva da fragilidade comum Consagração a Maria, cânticos Maria- a minha mãe coitada, queria muito cá a todos, interpelação contínua de res- nos e muito, muito carinho e afecto. É vir, mas morreu sem que eu lhe rea- ponsabilidade pastoral.” notória a solidão a que muitos destes lizasse este sonho.” Entoamos cânti- O amor pelo próximo, em espe- idosos se vêem confinados, “Venham cos a Maria e rezamos o terço durante cial pelos que mais sofrem, pelos que mais vezes, são sempre bem vindos. a nossa viagem. Visitamos a Casa de se encontram mais frágeis, é o Manda- Gosto muito que me venham visitar, Lúcia, cumprimos promessas e em mento de Amor que Cristo, que sofreu o tempo passa melhor. É uma alegria conjunto oramos na Capelinha das com amor infinito, nos legou e que sua ouvir-vos cantar.” A alegria e grati- Aparições. Seguimos viagem rumo a Mãe Maria, Mãe de todos nós, na sua dão com que fomos recebidos, foram Machado Vaz, com a alma mais leve e simplicidade, delicadeza, serenidade e uma constante. Também as lágrimas o coração mais cheio de Amor, Bonda- fé, tão magnificamente viveu. de emoção e, um misto de tristeza e de e Paz. E eis que o mês de Maio apro- alegria, acompanharam-nos neste ca- Atentos às propostas pastorais minho de partilha e entrega ao outro. para ao Missão 2010, encontramo-nos No dia 26 de Maio foi celebra- Caminho este que não acabará aqui, no dia 23 e rumamos ao Palácio de da uma Eucaristia na Igreja das Antas, pois a vontade de partilhar, a vontade Cristal a fim de participarmos na Pere- com a presença de elementos do Con- de dar-se ao outro continua enraizada grinação dos Frágeis, porque “Cabe, selho de Administração da Obra Dio- no coração de todos. (…) a cada um de nós, o dever de nos cesana, representantes e clientes dos Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 ximava-se do fim. 29 30 Obra Diocesana de Promoção Social Centros Sociais da Obra Diocesana e das Candeias, que a todos encantou Centro Social das Antas, familiares dos com o Ave-Maria. clientes e comunidade em geral. “…A Eucaristia foi muito participada com um bonito ofertório… “(…) manifestar a satisfação, ”(C.S.Regado) A Igreja foi-se enchendo por a alegria e o orgulho pela cerimónia “A cerimónia Eucarística foi todos aqueles que desejavam estar realizada na Igreja das Antas. (…) singela e bonita. A igreja também é com Maria, Nossa Mãe. À entrada, foi cerimónia religiosa digna de louvar.” um espaço amplo e propicio à refle- oferecido aos participantes, uma rosa (Presidente da ODPS, Sr. Américo xão. Gostei em especial do Ave-Ma- de papel como símbolo de Amor e Fra- Ribeiro). ria. Foi bem cantado e foi um momen- ternidade. Esta oferenda foi elaborada “Foi uma Eucaristia que nos com muito carinho, pelos idosos do transmitiu serenidade e alegria, sendo Foi uma Eucaristia de Consa- Centro Social Machado Vaz. to especial.” (C.S.Lagarteiro) certo que todos nós saímos da Igreja gração a Maria simples, mas sentida, A Eucaristia foi celebrada pelo mais ricos enquanto Pessoas.” (Maria repleta de fé e devoção àquela que foi Sr. Padre Bacelar, que falou sobre a Luísa Farre Pico, Prof. Trabalhos Ma- talvez a mais importante discípula de importância de Maria como exemplo a nuais) Cristo. seguir, enquanto Mãe, Educadora, mas dos E depressa chegou ao fim o também companheira e amiga que idosos, o perfumes das flores, o en- mês de Maio. No dia 31 de manhã, dis- permanece sempre a nosso lado nos tusiasmo de todos e o encanto das semos Adeus à Virgem Maria. Foi uma momentos de alegria e de tristeza. Os palavras proferidas pelo Sr. Padre despedida carregada de emoção, en- cânticos ficaram a cargo do grupo co- Bacelar, fizeram a magia deste dia tão tre orações e cânticos entoados pelos ral de Machado Vaz, que contou com especial.” (Maria Cecília Freitas, Ed. clientes e colaboradoras. a preciosa ajuda do Educador Social De Infância) “Os cânticos alegres Pedro, da Casa do Vale. Contamos “Quando ouvi aquela senhora também com o apoio da colaboradora cantar senti-me em paz.” (Laura Frei- Mariana Ferreira, da Obra Nª Senhora tas, cliente C.S.Cerco do Porto) Que todos procuremos seguir o exemplo de Maria e com Maria, “façase em mim segundo a tua Palavra.” CONFHIC Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras Imaculada Conceição Do Cenáculo para o mundo! Recebereis uma força, a do Espírito! Como precisamos de recordar, de trazer à memória e ao coração, esta oferta, esta certeza, de que tanto precisa a nossa fragilidade! Como precisamos de lembrar a tendência fácil de desistir, quando a dificuldade aparece e parece que tudo se desmorona!… Recebereis uma força, a do Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas! (Cfr Act 1,8) Sempre! Nos dias difíceis, que não faltam na vida, nos dias, em que tudo corre bem, como as nuvens que escondem o Sol, nos dias luminosos, normais, como o céu azul e limpo de tantos dias que vivemos, sem nos darmos conta! Sempre! Uma força, que precisamos de recordar, uma promessa do Amigo fiel, que nunca decepcionou nem jamais decepcionará os Seus discípulos. Recebereis uma força e sereis minhas testemunhas! Nunca como hoje, o apelo ao ser se impõe no nosso caminhar cristão. Assolados pelo ter, assoberbados pelo fazer, estamos todos, profundamente conscientes, da urgência do cuidado do ser, para que sejamos cristãos de profundidade, coerentes, honestos, credíveis! É de Jesus, também, o alerta às razões que nos explicam e apontam o rumo da nossa identidade: ...para que o mundo creia! A humanidade tem necessidade imperiosa de cristãos ousados, lúcidos, que se atrevam a fazer a viagem, quotidiana, do Cenáculo para o mundo! Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 31 32 Obra Diocesana de Promoção Social Centro Social de Rainha D. Leonor A Festa foi o tema proposto empenhamento que a equipa deste As valências da Infância e para o mês de Junho na Missão centro desde cedo preparou todo o Terceira idade pesquisaram e de- 2010/ Nova Evangelização, inicia- mês. senvolveram actividades sobre a tiva da Diocese do Porto, na pessoa Ainda no mês de Maio ini- vida evangélica dos três Santos de Sua Excelência Reverendíssima ciamos os ensaios do coro para a Populares: S. António, S. João, D. Manuel Clemente. Eucaristia com a colaboração da S. Pedro. O Centro Rainha D. Leonor ensaiadora do coro da Paróquia de Foram elaboradas pagelas viveu um mês de intensa festa de Nossa Senhora da Ajuda e dois jo- sobre a vida destes Santos que partilha, e foi com entusiasmo e vens que também colaboraram. posteriormente foram oferecidas aos Centros que nos visitaram. Foi Padre Baptista onde estiveram a missão 2010, com a certeza que também pedido aos Centros Sociais presentes o Sr. Presidente da ODPS, Jesus ira receber-nos com seu que elaborassem um trabalho inspi- directores de serviço, colaboradores amor e compreensão juntamente rado neste tema, com o objectivo de e idosos dos outros Centros Sociais, com Maria sua mãe que para nos realizar uma exposição para ser vi- crianças, familiares e comunidade e sinal de paz e concórdia. É nesta sionada por todos os visitantes. Foi em geral. linha de compromisso que o nos- construído também um manjerico A imagem da Nossa Senho- so centro esta hoje em festa, para de grande dimensão com quadras ra de Fátima foi transportada pelas celebrar a eucaristia numa atitude elaboradas por todos os Centros nossas colaboradoras e acompanha- de disponibilidade e escuta para Sociais servindo de anúncio ao nos- da em procissão até ao local da mis- acolher os desafios de deus e para so mês. sa pelas crianças, idosos, familiares seguir Jesus cantando” (mensagem Manjerico que ficou como e amigos entoando cânticos de lou- da Responsável do Centro Isabel símbolo do nosso mês e que foi vor à Virgem. As crianças trouxeram Cristina Vieira). “carregado” no peito por todos os uma flor branca, símbolo da Paz, que Não esquecendo que o dia colaboradores do Centro. com muito carinho depositaram aos 1 de Junho era o Dia Mundial da pés da Nossa Senhora. Criança, foi nossa preocupação No dia 1 de Junho foi celebrada uma Eucaristia no espaço Todos em conjunto celebra- fazer desta celebração uma festa do Centro, presidida pelo Exm. Sr. mos a alegria da Festa “…encarar onde as crianças fossem as prota- Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 33 34 Obra Diocesana de Promoção Social gonistas, desde o coro onde ento- Dra. Filomena Semana (Directora o Exm. Senhor Padre Lino Maia. A aram cânticos de alegria e amor a Técnica da ODPS) e pela Dra. Lu- sala foi pequena para acolher todos Jesus até ao ofertório, as crianças ísa Coutinho (Técnica do Pelouro os clientes da valência da terceira vivenciaram a mensagem de Jesus. do Ambiente da C.M.P.), visitou as idade, colaboradores, elementos do A cerimónia terminou com cascatas construídas nos Centros Conselho de Administração, direc- lançamento de balões e pombas Sociais. Foi notório o empenhamen- tores de serviço, familiares e comu- simbolizando a alegria da Festa e to, criatividade, inovação que cada nidade em geral. Foi uma tarde de da Paz, seguido de um pequeno centro colocou na construção da reflexão onde o Senhor Padre Lino, lanche onde presenteamos os con- sua cascata. apelou à solidariedade para com vidados com bonecas de trapos No dia 11 de Junho propor- os mais fragilizados e carenciados e elaboradas pelos clientes da tercei- cionámos aos idosos com mobilida- realçou a importância das IPSS ra idade. de mais reduzida (incluindo alguns no momento actual de crise. A construção de Cascatas clientes do SAD), um passeio a Mi- No dia 22 de Junho foi mais foi outro dos desafios lançados aos ramar /Senhor da Pedra, sendo uma um ponto alto neste mês de Mis- Centros Sociais, foi constituído um manhã completamente diferente. são. A Festa de S. João realizada júri para apreciação das mesmas. No dia 16 de Junho reali- nas nossas instalações envolvendo O júri constituído pelo Sr. Presiden- zou-se uma Palestra intitulada crianças, te da ODPS, Américo Ribeiro, pela “Novos Pobres” tendo como orador família e amigos. Foi uma tarde de idosos, colaboradores, alegria imbuída de espírito da Mis- construção de manjericos, jogos realizadas neste mês, prémios es- são onde todos confraternizaram ao tradicionais, teatro de sombras - “A ses que premiaram a Criatividade, som de música, jogos e as tradicio- Vida de S. João Baptista”. a Cooperação, a Arte e Tradição nais tasquinhas que “aconchegaram o estômago” dos presentes. No desenrolar das nossas actividades ao longo do mês foi Entre os idosos houve mo- e a Reutilização de materiais. mentos de convívio e partilha, juntos Foi um mês em que se vi- declamaram, cantaram canções de veu profundamente os Valores da outrora … Qualidade, Inovação, da Coope- constante a alegria, o entusiasmo, No dia 29 de Junho ruma- ração e do Empenhamento. Toda o empenhamento, quer dos nossos mos aos Carvalhos, no monte da a equipa saiu enriquecida pelos mo- idosos e crianças como dos visitan- Nossa Senhora da Saúde, para mentos vividos. tes que por cá passaram. realizarmos uma Sardinhada. Par- Partilhámos o “nosso” Cen- ticiparam colaboradores e clientes tro, a nossa Alegria na recepção de das valências de terceira idade de idosos e crianças onde estes pude- todos os centros sociais. Um dia ram ser Reis e Rainhas por momen- cheio de animação convívio e boa tos. Visitaram a nossa exposição e disposição. Aproveitou-se também Cascata, colaboraram nas oficinas este convívio para fazer a entrega que estavam planeadas, desde a dos prémios atribuídos as cascatas Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 35 36 Obra Diocesana de Promoção Social Hino da Missão 2010 De Cristo recebemos um reino a alargar Fermento do Evangelho na massa a levedar Refrão Palavra mais ouvida, amor compartilhado Sacramentos de vida, alento retomado Refrão Refrão: Do Antuã ao Ave E do mar ao Marão A Diocese inteira renova-se em Missão A Diocese inteira renova-se em Missão Deus quis ao mundo tanto que lhe doou Jesus Agora nos envia, no mesmo dom da Cruz Refrão Missão Diocesana, não consente demora O coração do pobre que espera nossa hora Refrão A cada lar, à escola, à empresa e ao mundo Levemos Evangelho germinal e fecundo Refrão Sois nossa Padroeira, Senhora da Assunção A luz de Cristo e vossa, rebrilhe na Missão. Letra: D. Manuel Clemente Música: Cónego Ferreira dos Santos Maria Teresa de Souza-Cardoso Educadora de Infância Na Linha da Frente Os Valores A visita de Sua Santidade o Papa Bento XVI a Portugal, e particularmente ao Porto, foi de um simbolismo extraordinariamente feliz, a que não deve ser alheia a Divina Providência, pois ela é antes de mais Missão: tendo reavivado a nossa Fé e a todos tendo feito reencontrar a Palavra de Deus, ela incentivou-nos fortemente a redescobrir a verdadeira solidariedade como resposta aos inúmeros dramas da sociedade em que vivemos. E a Palavra do Santo Padre sendo, desde sempre, palavra forte e orientadora, veio reafirmar a imperiosa necessidade de Valores. Valores que pautem toda a nossa vida, todo o nosso caminho, e que venham reafirmar a Família como o melhor lugar para se ensinar o Amor, a Tolerância e a Paz. Quando falamos em Missão, falamos no cerne da Mensagem que Jesus deixou aos Apóstolos: “Ide e anunciai a Boa Nova a todos os Povos” (Mc 16,15) e a Boa Nova é o Amor infinito com que Jesus ama todos os homens – E a nossa Missão é o anúncio desse Amor. E é a vivência comunitária, na Família, na Escola, na Paróquia, que testemunham verdadeiramente o anúncio do Amor de Jesus, um Amor que nos abre o olhar às necessidades dos outros. Um Amor que se faz caminho ao encontro do Próximo. Mas a gritante ausência de Valores que impera na sociedade pós-moderna, vem criar novas e acrescidas dificuldades à prossecução do anúncio do Amor de Deus. São então necessárias Vozes esclarecidas e fortes, como a do Santo Padre na Sua luta pela reafirmação de Valores que justifiquem e motivem as nossas acções, como a do nosso querido Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, que apresentou desde logo como a Sua referência Ética o quadro de Valores, ou como a do Presidente da Obra Diocesana, Senhor Américo Ribeiro, que implementou um abrangente quadro de Valores, a Qualidade, a Inovação, a Cooperação, o Empenhamento, o Compromisso, a Transparência, a Responsabilidade e a Personalização, que vieram pautar de forma eficaz e sublime toda a actividade da nossa Obra. Como refere de forma tão esclarecedora o Senhor Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, quando diz não levar a Sua liberdade individual ao ponto de não considerar que está numa sociedade onde estão outras liberdades conjugadas e que muitas dessas liberdades conjugadas estão institucionalmente apoiadas, porque têm levado por diante, em conjunto, determinadas tarefas e prosseguido Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 37 38 Obra Diocesana de Promoção Social determinados objectivos que são reconhecidos como Valores Universais. É pois num quadro de Valores Universais por todos reconhecidos, e particularmente para nós Europeus, numa inequívoca Matriz Cristã, que a todos nós compete fazermos parte, de forma verdadeiramente empenhada, desta Nova Evangelização. E é com consciência plena da responsabilidade acrescida, que todos os Colaboradores e Amigos da Obra Diocesana, devem, seguindo o exemplo de Jesus Cristo, “Melhorar e envolver de esperança os horizontes de quem é frágil e necessitado” como tão bem descreveu, o Senhor Américo Ribeiro. E são inúmeros os testemunhos de Colaboradores, Amigos e Clientes da Obra Diocesana, que vivenciam e se preocupam com a reafirmação dos Valores Universais: “É na Família que encontramos o conforto, a segurança, o amor, e é também na Família que adquirimos os Valores pelos quais nos regemos pela vida fora”, “Os pais é que permitem que os filhos se modifiquem, são os pilares, a construção dos seus caminhos, por isso é necessário haver muita disciplina, amor, respeito e a constante transmissão de Valores morais”, “Deixamos, quantas vezes, os nossos filhos sozinhos frente ao televisor ou computador delegando a nossa tarefa de educar para esses meios; e acabamos, mais tarde, por nos apercebermos que em vez de educar estão apenas a deseducar. Perdeu-se também o verdadeiro sentido de domingo: O domingo onde as famílias se reuniam e conviviam e onde também celebravam a sua fé. Os pais não sabem dizer não quando é necessário. No fundo não sabemos ser firmes na nossa decisão. Não sabemos mostrar autoridade diante dos nossos filhos, e muitas vezes nem sequer sabemos o que é, de facto, certo ou errado. Conversar com os nossos filhos e dizer sempre a verdade, por muito que isso nos custe. Corrigir com amor e valorizar os aspectos positivos dos nossos filhos. Ensinar a respeitar! Ensiná-los a saber estar. Os pais devem ser mais participativos nos problemas da escola. Dar sugestões e partilhar experiências. Tentar transmitir sempre aos nossos filhos uma mensagem de respeito. Respeito por eles mesmos, pela natureza e pelos outros”, “Hoje é mais uma crise de Valores, onde impera sobretudo a imagem, o culto do corpo. E aqui a Escola tem um papel muito importante, pois quando os verdadeiros Valores não vêm de casa, da Família, é no sistema de ensino que essa ordem, essa educação, esses Valores, têm de ser incutidos. Não nos esqueçamos que são estas crianças de hoje o futuro desta Nação e deste Mundo. E para que cresçam num ambiente de tolerância, de partilha, de amor e de solidariedade, teremos de recuperar, acima de tudo o Respeito por nós, pelos outros, pelo planeta, e porque não, o amor a Deus, pois quem ama a Deus será incapaz de prejudicar o próximo”, “Quando pensamos em ter um filho, pensamos numa primeira fase em medir as nossas capacidades e deparamo-nos diversas vezes com a seguinte questão: Será que somos capazes? Será que seremos suficientemente fortes para lutar e criá-los com dignidade, respeito e amor? Depois, no seio familiar, pilar dos nossos filhos, tentamos incutir-lhes factores e valores positivos – e quem sabe decisivos – em suas vidas: Amor, Solidariedade, Respeito, compreensão perante as diferenças e espírito de ajuda, são alguns dos conceitos que não podem faltar numa Família. Assim, e apesar de às vezes tudo nos parecer levar a crer o contrário, tudo parecer ser pura teoria, são os Valores fundamentais que a Família em contínuo trabalho com a Escola deve ter sempre em mente, para que em conjunto construam os homens do futuro, pois são elas as entidades responsáveis pelos homens do amanhã, tendo sempre como base o Amor e o Respeito”, ou ainda, os versos que servem de cartilha para um dos nossos Centros: “Quem ama é paciente e benigno. Quem ama, não é invejoso, não se vangloria, Não se enche de orgulho. Quem ama, respeita os outros, Não busca os próprios interesses. Quem ama, desconhece a ira, Esquece as ofensas. Quem ama tudo desculpa, Sempre confia, Jamais perde a esperança. O amor nunca tem ocaso! Quem ama questiona-se a cada instante. São, não há dúvida, diferentes testemunhos que demonstram a preocupação pela recuperação dos Valores, e que apesar de na crise actual não faltar quem se pronuncie sobre as suas vertentes económicas e financeiras, tem valido a pena, pessoas como o Senhor Américo Ribeiro, como o Senhor Bispo do Porto ou como o Santo Padre enfrentarem denodadamente a sua vertente moral e ética, por forma a restaurar as referências fundamentais da existência humana. E na Obra Diocesana, na nossa Obra, multiplicam-se exemplos de verdadeiro espírito de Missão e da transmissão e vivência dos verdadeiros Valores Universais. São disso bons exemplos, as comovidas festas de fé, de alegria e de esperança na recepção e no adeus à Imagem de Nossa Senhora Peregrina de Fátima, nos diferentes Centros por onde tem passado, as inúmeras realizações que têm ocorrido nos Centros responsáveis pela dinamização de cada mês, sempre partilhadas por todos, num verdadeiro espírito de amor ao próximo, até ao particular carinho, empenho e dedicação com que os nossos clientes, da infância e da terceira idade, bem como os seus familiares, são tratados, demonstrando um verdadeiro espírito de humanismo cristão. Vamos pois, continuando a dar a conhecer Jesus Cristo, Missão a todos nós confiada, reafirmar como o fez Aquele que se apresenta como “um simples e humilde trabalhador da vinha do Senhor” a imperiosa necessidade de referências e de valores, contra a “ditadura do relativismo”. E possamos continuar a viver como Ele nos desejou no seu discurso de despedida, no Porto: “Continue esta gloriosa Nação a manifestar a grandeza de alma, profundo sentido de Deus, abertura solidária, pautada por princípios e valores bebidos no humanismo cristão.” Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 39 40 Obra Diocesana de Promoção Social Ricardo Azevedo Psicólogo I Encontro Temático da Obra Diocesana de Promoção Social Boas Práticas Institucionais no Trabalho com Famílias I Encontro Temático Obra Diocesana de Promoção Social – Boas Práticas Institucionais no Trabalho com Famílias Atendendo ao desafio lançado por sua reverendíssima, D. Manuel Cle- tro, proferida pela Senhora Dra. Mariana Negrão, com o tema “Vinculação e Disciplina positiva no trabalho com mente, Bispo do Porto e Patrono da Obra Diocesana de Promoção Social (ODPS), famílias multirisco: a abordagem o serviço de Psicologia, decidiu integrar o programa da Missão 2010, organizando o do VIPP-SD. Esta abordagem visa a “I ENCONTRO TEMÁTICO DA OBRA DIOCESANA DE PROMOÇÂO SOCIAL”, promoção de estratégias de disciplina cujo tema foi “Boas práticas institucionais no trabalho com famílias”, realiza- positivas, a diminuição dos problemas do no dia 23 de Abril em parceria com a Universidade Católica Portuguesa (UCP), de comportamento e a promoção da no Centro Regional do Porto-Foz. sensibilidade parental. Continuamente, A Abertura do encontro pertenceu ao Excelentíssimo Senhor Professor iniciou-se, a primeira mesa redonda in- Doutor Joaquim Azevedo, Presidente do Centro Regional do Porto da Universidade titulada “Sinergias Institucionais no Católica Portuguesa, enaltecendo: a iniciativa, a quantidade de público presente e trabalho com Famílias”, integrando a parceria entre a UCP e a ODPS. as apresentações sobre o CAFAP da Seguidamente, teve lugar a primeira apresentação científica do encon- ODPS através do Senhor Dr. Ricardo Azevedo, da CPCJ representada pela tre Ana Melo, com o tema “Reconstituindo discursos, integrando práticas e Senhora Dra. Cecília Bastos e do PIAC saberes nos processos de apoio às famílias multi-desafiadas: o exemplo do através da Senhora Dra. Albina Sousa. MAIFI”. A segunda mesa redonda, denominada “Da institucionalização à Adop- A moderação da mesa ficou a cargo da ção”, teve como princípio orientador o trabalho realizado em três instituições: EMAT, Senhora Professora Raquel Matos. Foi Associação bem-me-queres e o CAT Campo Lindo, representadas, respectivamen- enfatizado durante as apresentações e, te pelo Mestre Carlos Peixoto, Engenheira Cristina Henriques e Dra. Marta Araújo. concomitantemente durante o debate, A moderação da mesa teve como responsável a Senhora Professora Doutora Raul da importância extrema de haver uma Lobo Xavier. A última apresentação científica coube à Senhora Dra. Luciana Sotero, interligação exequível entre as institui- subordinada ao tema “Da saturação de problemas à (re) descoberta de solu- ções em causa que trabalham com as ções – Contributos da Sistémica”. famílias, com o intuito de a intervenção se tornar profícua. A abertura do encontro, da O encerramento do congresso foi realizado por Sua Excelência Reverendíssima, D. Manuel Clemente, Bispo do Porto elogiando a iniciativa e realçando a importância de se intervir com famílias em risco. parte da tarde, foi feita através da Mes- Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 41 42 Obra Diocesana de Promoção Social espaço solidario mensagens recebidas sobre o novo Bom e Prezado Amigo Américo Ribeiro, Venho agradecer-lhe mais uma das suas muitas gentilezas de nos convidar para o próximo Jantar de Beneficência da Vossa muito conceituada e prestigiada Instituição. ... Espero que, como habitualmente, seja um sucesso mais esta iniciativa dessa grande e benfeitora Instituição que prestigia e enaltece a nosso linda cidade. Esperamos como crentes e Católicos apaixonados pelos valores de Cristo, que a vinda do Papa Bento XVI, ao Porto, arraste uma onda de multidão, não só de homenagem ao Papa mas também a Sua Eminência Reverendíssima Bispo do Porto D. Manuel Clemente, que muito tem contribuído com os seus talentos e valores para que muitos Cristãos tentem seguir o Seu exemplo. … Um afectuoso abraço Abel Ribeiro Muito reconhecidamente, venho agradecer-lhe mais uma gentileza de nos convidar a estar presente na festa do Dia da Obra Diocesana do próximo dia 19 de Junho, no Coliseu do Porto. Tudo faremos para estar presente, até porque tudo quanto fazem o fazem bem, e, por isso, gostaríamos de apreciar os talentos das vossas Crianças e Idosos, …, o que nos importa é ver o espectáculo e partilhar, mais uma vez, com essa grande e meritória Obra por quem temos um grande apreço e muita admiração. Natália e Abel Ribeiro Tive o prazer de participar no Jantar de Beneficência da Obra Diocesana no passado dia 20 de Maio no Porto Palácio Hotel. Foi a primeira vez que participei numa actividade da Obra Diocesana. E fiquei encantada por três razões principais. A primeira porque me revejo totalmente nos valores que a Obra Diocesana vem praticando quotidianamente na cidade do Porto, num trabalho de grande generosidade e dádiva para com as crianças e os mais desprotegidos da sociedade. A segunda porque me permitiu conhecer melhor a Instituição e verificar o reconhecimento e o grande apoio que tem na sociedade portuense, tão bem representada naquele Jantar. A terceira pela excelente organização do evento, pelo carinho com que fomos recebidos e pelo bom ambiente que nos envolveu, conhecendo pessoas muito bonitas de alma e coração, comungando os mesmos valores. Parabéns! Mão amiga fez-me chegar a ultima edição do Espaço Solidário, órgão informativo da Obra Diocesana de Promoção Social da cidade do Porto, que muito agradeço e me deixou uma boa impressão. “Pessoas a sentirem pessoas” é um bonito mote para o trabalho solidário que a vossa Instituição vem fazendo junto daqueles que mais precisam, A revista tem excelente conteúdo, um belíssimo aspecto gráfico e vem profusamente ilustrada permitindo uma leitura muito agradável e denotando um bom trabalho do seu editor. Como crente em Deus acredito na sua mensagem de esperança e por isso me revejo no trabalho que a ODPS vem fazendo, ao ajudar quem precisa e a devolver a alegria e a esperança àqueles a quem a sorte não tem bafejado. Não esmoreçam e continuem com o vosso trabalho! Clotilde Studler Figueira da Foz/Wetzikon-Suiça Justina Augusta Gonçalves Ouro Lisboa Leio com toda a atenção a Revista da Obra “Espaço Solidário” e apraz-me, uma vez mais, apresentar à Administração da Obra Diocesana, em especial, a todos os Colaboradores em geral a minha estima, amizade, consideração e até admiração, pela dinâmica existente e futuro perspectivado. … Com a minha estima e amizade, o meu abraço Adão Sequeira Fonseca, Dr. Com os meus melhores cumprimentos desejando ajudar a Obra Diocesana de Promoção social …e com parabéns pela assistência realizada. Ramiro Ferreira Pinto, Padre Primeiro que tudo, começo por felicitar Vexa pelo excelente desempenho da Instituição, da qual é distinto Presidente do conselho de Administração. É tão notável a “Obra” que superiormente dirige que, em meu entender a comunicação social não lhe dá a divulgação que merece, ou, então, sou eu que tenha andado pouco atento. Procurarei, no futuro, corrigir o erro. Finalmente, quero agradecer o belíssimo Livro que teve a gentileza de me oferecer, o qual será objecto da minha atenta leitura. Aproveito para formular votos dos maiores sucessos para a “Obra” e também pessoais para Vexa. Com respeitosos cumprimentos e elevado apreço e muita estima do António Monteiro Magalhães, Dr. Amigos em crescendo! Descrição Abel Ribeiro - Electrodomésticos e Mobilias, Lda. Adão Sequeira Fonseca, Dr. Contribuição 300,00 € 50,00 € Descrição Contribuição Manuel Ferreira Pina 50,00 € Manuel Soares Oliveira Violas, Dr. 250,00 € Américo Joaquim da Costa Ribeiro 150,00 € Márcia Cristina Correia Resende, Dra. 50,00 € Américo Oliveira Tavares 100,00 € Margarida Aguiar Monteiro, Dra. 50,00 € Américo Taipa de Carvalho, Prof. Dr. 50,00 € Maria Azália Silva Cardoso 25,00 € Ana Cristina Simões Resende Correia 50,00 € Maria Jesus Pinto, Enf. 50,00 € Maria Odete Gomes da Rocha, Dra. 50,00 € Maria Paula Salvador Martinez Lora, Dra. 50,00 € Maria Teresa Carvalo Lobão, Dra. 50,00 € António Arlindo Matos Nunes Artur Carvalho Borges, Prof. Augusto Faria Moreira Auto Reparadora Arnelas Avelino Valente Silva Casa de Saúde da Boavista Delfim Adérito Martins de Castro Jantar de Beneficência Jorge Filipe Oliveira Costa Ribeiro, Dr. 100,00 € 75,00 € 15,25 € 500,00 € 50,00 € 1.500,00 € 20,00 € 7.000,00 € 150,00 € Miguel Luís Kolback Veiga, Dr. 50,00 € Miguel Maria Souza Cardoso, Eng. 100,00 € Moreira & Carneiro 500,00 € Ramiro Ferreira Pinto, Pe. 50,00 € Rita Celeste Soares Violas e Sá 250,00 € Rufino Marques Ribeiro 20,00 € José Miguel Vieira Marques Teixeira, Dr. 50,00 € Rui Manuel Silva Álvares da Cunha 300,00 € M.A.D.V.M. 80,00 € Soares Azevedo & Barbosa 500,00 € Liga dos Amigos da Obra Diocesana | Já se fez Amigo da Liga? Contribua com um Donativo | Pode ser Mensal, Anual ou Único | Envie por cheque à ordem de OBRA DIOCESANA DE PROMOÇÃO SOCIAL ou através do NIB - 007900002541938010118 Sabia que o seu donativo é dedutível no IRS (Decreto-Lei 442-A/88, art. 56º., nº.2, alínea B e nº. 1 RC (artº. 40º., nº. 3) Ano V . n.º19 . Trimestral . Junho 2010 43 Obrigado!