O Ciclo das Águas Geologia Geral 2O. Sem/2008 Distribuição da Água Reservatórios Naturais Equação do Ciclo Hidrológico P = E + I + V P -> precipitação E-> Escoamento (Run-off) I-> Infiltração V-> Vaporização e Evapo-transpiração Bacia hidrográfica: área de captação da água, demarcada por divisores topográficos, onde toda a água captada converge p/ um único ponto, o exutório. Balanço hídrico P-E-Q (± ∆S) = 0 P – vol. na área da bacia E- vol. q retorna à atmosfera Q- vol. total escoado na bacia ∆S - variações + ou – I = infiltrações (-) A= nascentes contribuintes (+) Precipitação (Tipos Pluviométricos) Ciclo hidrológico: Controlado por: energia solar e gravitacional Precipitação condensação de gotas de água a partir do vapor da água presente na atmosfera, dando origem à chuva, garoa, neblina, sereno, neve. Granizo vapor de água transforma-se diretam/ em cristais de gelo, que se aglutinam, aumentam de peso e precipitam. Evaporação responsável p/ retorno da água na atmosfera (oceanos, rios, lagos, atividade biológica, vapor de água formado sobre o solo...) regiões florestadas úmidas ~ 70% da ppt ↑ Fatores que controlam a infiltração da água no solo: água subterrânea Natureza dos materiais rochosos tipo de rocha: porosidade, fraturas, profundidade solo: presença ou não, natureza, espessura... cobertura vegetal ~1/3 ppt evapora antes de atingir o solo, diminuição do impacto e erosão topografia: escoamento X infiltração regime de chuvas: regulares X torrenciais Ocupação do solo áreas urbanas e rurais Conceitos de Hidrogeologia Porosidade: Permeabilidade: Volume de vazios existentes Capacidade entre as partículas, e/ou entre os grãos minerais que compõem uma determinada rocha. de uma rocha em permitir a passagem d’água por seus interstícios e fraturas. Lei de Darcy Lei de Darcy Q = κ * A (Pb- Pa) Q – vazão (m3/s) к – permeabilidade ou constante de Darcy A – Área da seção Pb- Pa – pressão nos pontos b e a µ - viscosidade do líquido L – distância entre pontos a e b µ * L Água Subterrânea Lençol Freático e Franja Capilar Classificação de Aqüíferos: - Qto a Porosidade da Rocha Granular Fissural (fraturado) Cárstico - Qto a disposição espacial Livre Confinado Semi-confinado Suspenso Aquíferos e Porosidade Aqüífero Quanto a Disposição Espacial Tempo de Recarga Água no solo: zona saturada e não saturada Nível do lençol freático vs relevo e recarga Nível do lençol freático vs. clima, vegetação... Rios efluentes Rios influentes Tipos de porosidade: primária e secundária Aqüíferos do Estado de São Paulo Ação geológica da água: as águas subterrâneas e superficiais são os principais agentes responsáveis pelo modelado do relevo da superfície da Terra Escorregamentos de encostas solos/sedimentos inconsolidados e saturados em água movimentos: lentos(rastejamentos) < 30 cm/ano ou rápidos (escorregam/) > 30 cm/ano até >100Km/h Boçorocas 1o sulcos ou ravinas são gerados p/ erosão linear depois, ação da água subterrânea inicia a erosão na base das vertentes e solapa as paredes dos sulcos origem: antrópica Escorregamento de encosta: saturação em água de material inconsolidado Processo de evolução de sulcos de drenagem para boçorocas Carste e cavernas: dissolução de rochas carbonáticas ● Carste: paisagem marcada por rios subterrâneos com cavernas e superfície acidentada dominada por depressões com paredões rochosos e torres de rochas ● Relevo cárstico: caracteriza-se por bacias de drenagens centrípeta, que conduzem a água superficial para sumidouros, conectados com a drenagem subterrânea ● Dolinas: são depressões cônicas, circulares na superfície, formadas pela subsidência lenta ou rápida do terreno, devido ao abatimento do teto de cavernas ou cavidades em profunidade Ação da água: relevo tipo Pão de Açúcar Ação da água: deslizamento Ação da água na paisagem: Boçoroca Vale de erosão fluvial Ação da água: conglomerados de rios Erosão costeira Relevo em cuestas Ação da água Ação da água Ação glacial e fluvial: fiorde Ação glacial e fluvial: fiorde Ação glacial e fluvial: fiorde Paisagem cárstica Paisagem Cárstica: chapada de Diamantina Paisagem com cone cárstico: Betari Evolução esquemática de dolinas de colapso e de subsidência lenta Condições para o desenvolvimento de sistemas cársticos ● Rocha solúvel: calcários, dolomitos e mármores, além de uma rede de descontinuidades, formadas pelos planos de acamamento (estratificação) ou de fraturas e falhas CaCO3 + H2CO3 Ca++ + 2HCO3- ● Relevo: acidentado altos gradientes hidráulicos ● Clima: Quente e úmido, c/ alta pluviosidade e densa vegetação, o que intensifica a produção biogênica de CO2 e aumenta o teor de 2HCO3- nas águas de infiltração Processo de dissolução de carbonatos e formação de cavernas Modelagem da paisagem pela ação do Gelo Introdução: as geleiras cobrem apenas ~30% da superfície da terra, mas influenciam profundam/ as condições climáticas, a circulação das águas oceânicas e atmosfera terrestre. √ composição do gelo antártico ↑CO2 e outros gases na nossa atmosfera nos últimos 420.000 anos √ vive-se hoje uma fase interglacial √ registro de 7 glaciações (4 no Cenozóico: 65 a 1,6 Ma) √ dinâmica e se movem pela gravidade erosão, deposição etc. Tipos de geleiras: continentais (latitude) e alpinas (altitude) ● Continentais: são mantos de gelo não confinados ( > 50.000 Km2), que se desenvolvem sobre áreas continentais ou ilhas junto aos pólos e podem atingir o nível do mar. ● Alpinas (ou de vale): massas de gelo alongadas ( 10 a 10.000 Km2), circunscritas ou confinadas a vales montanhosos, alimentados por massas de gelo maiores acumuladas em regiões mais altas (círculos glaciais), que se deslocam para vales mais amplos, ou planícies, no sopé das montanhas, a exemplo do ocorre em cadeias de montanhas como os Andes, Rochosas, Alpes etc Esquema de transporte de detritos numa geleira Feições de erosão glacial Depósitos associados às geleiras ● Morenas: diferentes tipos de depósitos formados pelas geleiras. Podem ser medianas, laterais, terminais e basais. ● Tilito: rocha formada diretamente pelas geleiras. Seu equivalente não consolidado till possui matriz argilosa/siltosa/arenosa c/ clastos (grânulos até matacão), arredondados ou não, caoticam/ dispersos. ● Diamictito: termo não-genético, usado para nomear rocha equivalente ao tilito, cuja origem (ou ambiente de sedimentação) é duvidosa. Tipos de morenas em geleira de vale a -lateral b-mediana c- terminal Tipos de morenas em geleira de vale: terminal, lateral e basal Diferentes tipos de tilitos (a e b) e diamictito (d) Diferentes tipos de diamictitos e varvitos Estudo de Caso – Areia que Canta Nascente localizada no vale do Rio Tamanduá, Bacia do Jacaré Pepira, Brotas – SP, na Faz. Eco-turística Tamanduá O Problema 1. 2. 3. 4. 5. De 1985 a 2000 haviam 2 olhos d’água 1 deles havia secado A comunidade “verde” acusava o empreendimento de abuso exploratório e excesso de carga Estudos recomendados pela ESALQ-USP custariam meio milhão de reais Os proprietários pretendiam um estudo para preservação “eterna” da nascente Os Fatos 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 1- Nem sempre existiram 2 olhos d’água 2- A região possui criação de gado há mais de 100 anos, inclusive teve lavra de argila nas proximidades 3- Plantio de Eucaliptus há mais de 50 anos 4- A vazão da nascente varia de 60 a 200 m3/h 5- Os poços tubulares influentes atuam em 1 m3/h 6- O número de visitas tinha diminuído á metade nos últimos 6 meses, e a fonte estava inalterada. 7 – de 1998 a 2001 foi um período de secas extremas e prolongadas, de ciclo duodecanal Geologia de Detalhe da Nascente Porção Movediça 804.000 E 0 72 803.000 E 74 0 806.000 E Mapa Geológico LEGENDA 7.530.000 N Diabásio 700 7.529.750 N a Aluviões retrabalhados (Banhado) de 700 Va c Arenitos da Form. Pirambóia ça 72 0 Estradas principais Ca be 0 68 to Rib . ra d e Am o la r a lip Drenagem 70 0 68 Mata 700 Curvas de nível 123 Pontos visitados Rio 64 0 Poço tubular (não artesiano) 66 0 0 64 Areia Que Canta 7.528.000 N Ta m 640 7.527.400 N 0 Lago Surgência 0 68 Rib. Pe d 0 66 Euc Estradas secundárias 620 a nd uá Seções Geológicas B Rio Tamanduá 640 SE Rio Tamanduá Nível d'á gua Rio Tamanduá (corredeiras) 660 Rio Tamanduá 680 Fonte Areia que Canta NW Rib. Pedra de Amolar 700 B' Diabásio 620 ? 600 ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? Fig. 2. Perfis geológicos das seções A - A' e B- B' ? ? ? Arenitos da form. Pirambóia ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? Aluviões retrabalhados (Banhado) Nível d'água Poço 680 Nível Piezo 660 métric o N.A = 35 m. 640 Rio Tamanduá 700 A' Fonte Areia que Canta NNW Rib. Cabeça de Vaca A 720 ? ? 105 m 580 ? ? ? ? ? ? a d'águ Nível Fluxo de água subterrânea Fluxo Poço tubular ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? 110 m ? ? Nível piezométrico N.A = 26 m 620 600 A'' SSW Poço ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? ? (exagero vertical: 10X) Pluviometria de 1940 - 1999 Conclusões - Períodos de demasiada e prolongada estiagem afetam os aqüíferos livres com certa intensidade - O Tempo de recarga do aqüífero em questão é de 01 ou mais anos. - A capacidade de carga foi estabelecida em 05(cinco) pessoas por vez, com uso de colete salva-vidas, inibindo o toque ao fundo do lago. - Incentivou-se a preservação e recuperação da mata ciliar, com incentivo da Centro-Vias Referências - Decifrando a Terra Ed 2 ( Teixeira et.al, 2009) (Co. Ed.Nac.) - As águas subterrâneas do Estado de São Paulo (Iritani & Ezaki, 2008, Publicação Gratuíta p/ “download” do Inst. Geológico de São Paulo www. igeologico.sp.gov.br - Geologia Geral, Leinz & Amaral (Co. Ed.Nac.) - http://www.areiaquecanta.com.br