AS MUDANÇAS PALEOCLIMÁTICAS QUATERNÁRIAS E OS SEUS REGISTROS Prof. Dr. Mauro Parolin Nas cercanias das geleiras desenvolvem-se os chamados processos ou fenômenos periglaciais, que origina por exemplo o solo peranentemente congelado (permafrost) em superfície, afetado por intensa crioturbação na superfície, pela repetição de congelamento e degelo, frequentemente denominada também de involução, dando orige a estruturas bastante complexas no solo. Outra feição comumente encontrada nessas regiões é o molde de cunha de gelo (ice wedge cast), que é formado pelo preenchimmento de espaços vazios deixados pela fusão de cunha de gelo por aterial granular terroso. Quando da alternância de congelaento e degelo processa-se e vertentes inclinadas de ontanhas, a gravidade atua conjuntamente, dando orige ao fenômeno e ao depósito de solifluxão. Nos continentes do hemisfério norte afetados pelas glaciações, além dos fenômenos periglaciais pretéritos, acham-se registradas evidências de fases pluviais. Nestas épocas, os lagos existentes no norte da África e no oeste dos EUA por exemplo, hoje caracterizados por climas bastante secos, até mesmo desérticos, exibiam níveis de água muito mais altos que atualmente. As correlações entre as fases pluviais e interpluviais e os estádios glaciais e interglaciais não parecem ser muito simples. Anteriormente ao advento dos estudos baseados e testemunhos submarinhos de águas profundas todas a tentativas de estudos paleoclimáticos eram fundamentadas na correlação de informações fragmentárias de áreas continentais. Mesmo assim Broecker & Kaufman (1965) foram capazes de reconhecer que a última fase de nível lacustre mais alto dos lagos Bonneville e Lahotan, situados no oeste dos EUA, ocorreu entre 20.000 e 10.000 anos AP (Wisconconsiana). Outras vezes, a existência de gases mais úmidas no passado pode ser deduzida a partir de registros arqueológicos. O diacronismo das mudanças paleoclimáticas Pensamento dominante há algumas décadas – último episódio pleniglacial (expansão máxima de geleira) – 18.000 anos. Incremento da precisão dos métodos de datação e novos métodos – variações locais... As calotas glaciais começaram a surgir mais cedo na Antartida que no hemisfério norte. As calotas glaciais da América do Norte e da Escandinávia atingiram seu climax glacial há 18.000 anos AP. Nessa época o ártico ainda tinha áreas não glaciadas. Entre 11.000 e 8.000 anos AP – expansão glacial na região do ártico, quando as calotas glaciais da América do Norte e da Escândinávia haviam praticamente desaparecido. Clima frio e seco não é propício ao desenvolvimento de geleiras. Águas superficiais oceânicas mais quentes, características de estádios interglaciais, favoreceram intensa evaporação, que teria propiciado a expansão das geleiras de altas latitudes. Evidências de desertos tropicais - em várias regiões da terra. O avanço glacial generalizado há 18.000 anos favoreceu a expansão dos desertos em escala mundial. - Áreas hoje secas como a pluviosidade nessa época. - do oeste norte americano tinham grande