ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ---------------- ATA DA 4ª. REUNIÃO DA 5ª. SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA------------------------------- MUNICIPAL DE OEIRAS, REALIZADA A 1 DE DEZEMBRO DE 2014 --------------------------------------------------------------------- ATA Nº. 31 / 2014 ------------------------------------------------------ ------------- Ao primeiro dia do mês de dezembro de dois mil e catorze, no Auditório Municipal, sito no Edifício da Biblioteca Municipal de Oeiras, reuniu a Assembleia Municipal de Oeiras sob a Presidência do Senhor Domingos Ferreira Pereira dos Santos, tendo como Primeira Secretária a Senhora Maria da Graça Rodrigues Tavares e como Segunda Secretária a Senhora Maria da Graça Simões Madeira Ramos. ------------------------------------------------------------------------------1. ABERTURA DA REUNIÃO ----------------------------------------------------------------------------------------- Pelas quinze horas e trinta minutos, o Senhor Presidente declarou iniciada a Quarta Reunião da Quinta Sessão Ordinária da Assembleia Municipal de Oeiras, procedendo de imediato à chamada, tendo sido verificada a presença de trinta e sete Deputados Municipais (Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Fernando dos Santos Afonso, Jorge Manuel de Sousa de Vilhena, Nuno Emanuel Campilho Mourão Coelho, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, Maria Carolina Candeias Tomé, Sónia Maria Antas de Barros Amado Gonçalves, Luís Filipe Pereira Santos, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Salvador António Martins Bastos Costeira, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, António José da Luz Ramalhete, Carlos João Leão de Carvalho Barata Roda, Maria Teresa Sousa de Moura Guedes, Dinis Penela Antunes, Joaquim dos Reis Marques, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Pedro Miguel Ramos Almeida, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Vidal Diogo Fernandes Antão, José António Pires Paiva, Paulo Nicholas Bastos Pinto, António de Jesus Seixas, Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Alda Maria Reis Gouveia Lima, Alexis Godinho Gonçalves, Valdemar Pedro Cabral da Câmara de Almeida, Augusto Teresa Pissarreira, 1 Andreia Vanessa Mota Alves, Carlos Alberto de Sousa Coutinho, Joaquim Vieira Cotas, Aníbal José Gonçalves Guerreiro, Maria Gabriela Bessa da Cruz Tavares, Feliciano Teixeira Bernardo, Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa Jorge de Sande e Castro e Ana Sílvia Rodrigues Paixão Ferreira Marques), desta Assembleia Municipal. -----------------------------------------------------------------------Os Senhores José Arménio Lopes Neno, Isabel Cristina Gomes dos Santos Silva Lourenço, Rui Pedro Gersão Lapa Miller, João António Gomes Proença, Pedro Afonso Nóbrega Moita de Melo e Sá, Rui Pedro Alves do Nascimento, Maria de Fátima Santos Rodrigues, Luís Mariano Neves Almeida e Catarina Tatiana Ferreira Lopes Antunes, pediram a sua substituição para esta reunião, tendo sido substituídos pelos Senhores António José da Luz Ramalhete, Carlos João Leão de Carvalho Barata Roda, Maria Teresa Sousa de Moura Guedes, Vidal Diogo Fernandes Antão, José António Pires Paiva, Paulo Nicholas Bastos Pinto, Andreia Vanessa Mota Alves, Aníbal José Gonçalves Guerreiro e Maria Gabriela Bessa da Cruz Tavares. ------------------------------Faltou o Senhor Arlindo Pereira Barradas, tendo a Mesa justificado a respetiva falta. --------------Representaram a Câmara Municipal de Oeiras o Senhor Vice-Presidente Carlos Alberto Ferreira Morgado e os Senhores Vereadores Marcos Sá Rodrigues, Maria Madalena Pereira da Silva Castro, Daniel dos Reis Branco, Marlene Braz Rodrigues, Eduarda Maria Ribeiro de Matos Godinho e Ângelo Cipriano da Cunha Fialho e Pereira. ---------------------------2. ORDEM DE TRABALHOS ------------------------------------------------------------------------------------------Foi estabelecida para a presente reunião a seguinte Ordem de Trabalhos: --------------1. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 664/14 - GP - relativa à Saída da CMO da Oeinerge - Agência Municipal de Energia e Ambiente de Oeiras, enquanto associado e Proposta de Extinção da mesma;----------------------------------------------------------------------------------------2. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 847/14 - DRH - relativa à Internalização das atividades da Oeinerge e dos seus trabalhadores - Aditamento à Proposta de Deliberação Nº. 2 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS 664/14, de 08-10-14;-------------------------------------------------------------------------------------------3. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 547/14 - DAGF - relativa à Taxa Municipal de direitos de passagem para o ano 2015; ----------------------------------------------------------------------4. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 560/14 - GP - relativa à Alteração de Estatutos da Habitágua - Serviços Domiciliários e Técnicos Especializados, E.M., Unipessoal, Ldaª.; ------5. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 708/14 - DPE - relativa à Compensação pela não cedência de terreno para equipamento de utilização coletiva e espaços verdes - Artigos 515º., 516º. e 517º., AUGI de Leião; -------------------------------------------------------------------------------6. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 753/14 - DPE - relativa à AUGI de Leião Artigos 515º., 516º. e 517º. - Taxas e Licenças de Urbanismo; -----------------------------------------7. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 836/14 - GP - relativa à Revogação da Proposta de Deliberação Nº. 776/14 e tomada de conhecimento da Conta de Gerência de 2013 da “AMTRES - Associação de Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra para o tratamento de resíduos sólidos”; ----------------------------------------------------------------------------------------------8. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 785/14 - DASSJ - relativa à Junta de Freguesia de Barcarena e União das Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias Atribuição de comparticipação financeira para apoio ao funcionamento dos Postos de Enfermagem;----------------------------------------------------------------------------------------------------9. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 837/14 - DRH - relativa à Proposta de abertura de procedimentos concursais para cargos dirigentes intermédios de 1º., 2º. e 3º. graus; ------------10. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 803/14 - DCP - relativa ao Concurso de concessão de serviços públicos para gestão do serviço de recolha seletiva de óleos alimentares usados (OAU) no Concelho de Oeiras; ---------------------------------------------------------------------3 11. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 833/14 - DEM - relativa aos Trabalhos adicionais ao contrato de empreitada Nº. 440/09 “Parque dos Poetas, 2ª. Fase”; --------------------12. Informação Escrita do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Oeiras acerca da Atividade do Município, nos termos da alínea c), do nº. 2, do Artigo 25.º, da Lei Nº. 75/2013, de 12 de setembro. ------------------------------------------------------------------------------------------------3. O Senhor Presidente da A.M. iniciou a reunião, dizendo o seguinte: -------------------------------------------“Está feita a chamada, está reunido o quórum e as condições necessárias para abrirmos esta Quarta Reunião da Sessão Ordinária Número Cinco, de dois mil e catorze, da Assembleia Municipal. ------------------------------------------------------------------------------------------------------Senhor Vice-Presidente, Senhora Vereadora, Senhor Vereador Daniel Branco, Senhoras e Senhores Deputados, cidadãos e munícipes de Oeiras presentes, e profissionais que estão presentes no seu posto de trabalho para proporcionar as condições de que necessitamos para esta nossa reunião, faz hoje trezentos e setenta e quatro anos que foi restaurada a Independência em Portugal. ------------------------------------------------------------------------------------------------A Restauração, no fim de seis décadas de domínio político espanhol, deveu-se, sem dúvida, a um golpe palaciano de Estado de um punhado de algumas poucas dezenas de antepassados nossos, mas consolidou-se, porque havia razões subjacentes à vontade de restaurar a Independência de Portugal. -----------------------------------------------------------------------------------------------Não vou entrar na recordação de pormenores históricos, houve razões intrínsecas ao próprio momento político de grande contestação que se vivia em Espanha, mas vou apenas citar duas razões fundamentais que reúnem o consenso dos historiadores para explicarem o sucesso do golpe de Estado que levou à restauração da independência e à abertura de uma nova dinastia em Portugal: o descontentamento da nobreza portuguesa, que se viu arredada do palácio e dos pontos de decisão, e o descontentamento da burguesia ascendente portuguesa, que via que não 4 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS tinha uma palavra a dizer, estava muito distante das decisões que lhe diziam respeito. Estes dois motivos levaram a que o golpe se consolidasse, essencialmente estes dois motivos, houve outros, mas, essencialmente, estes dois, e nós nos mantivéssemos livres e independentes desde então. ---------------- Diria que foi a distância da decisão, do poder de decidir daqueles a quem a decisão diz respeito, que tornou irreversível o fim do domínio Filipino em Portugal. ------------------------~ ----------- Já foi feriado, noutros tempos, para se comemorar este dia, nas escolas recorda-se este dia lançando raízes para o futuro nas gerações em formação, hoje não é feriado, quis o destino que nós, representantes dos cidadãos que nos elegeram, façamos jus ao desejo, às razões pelas quais foi restaurada a Independência em Portugal, decidindo sobre os nossos destinos. ------------------ Temos na agenda da reunião de hoje onze decisões importantes para tomarmos. A melhor homenagem que podemos prestar a quem restaurou a Independência há trezentos e setenta e quatro anos é, de facto, interiorizarmos o mandato que recebemos dos cidadãos, dos munícipes que nos elegeram, discutirmos, tendo sempre no horizonte o nosso entendimento do que será o melhor para o nosso Concelho, e tomarmos as decisões que se impõem, que nos pareçam mais adequadas, sobre as propostas que a Câmara, fazendo o seu melhor e querendo, tanto como nós, o bem dos munícipes, colocou à nossa consideração para discutirmos, analisarmos e sobre elas decidirmos. ------------------------------------------------------------------------------------- Desejo a todos uma boa comemoração, um bom exercício da nossa Independência, um bom exercício do poder próximo dos cidadãos, daqueles a quem as decisões dizem respeito, que honremos a confiança que os cidadãos depositaram em nós, e desejo a todos uma boa e produtiva sessão de trabalho. ---------------------------------------------------------------------------------------------- Estão abertos, então, os trabalhos e temos uma agenda bastante longa. ------------------------------ Fizemos uma Reunião de Líderes esta semana e ficou combinado que cada grupo 5 político fará a gestão do tempo que diz respeito a esse grupo político em cada ponto da Ordem de Trabalhos, e cada grupo político sabe as intervenções que tem preparadas, quem pede a palavra, e terá que interiorizar que, se usa muito o tempo da palavra, está a limitar o tempo disponível para os outros companheiros de partido, para os outros representantes do mesmo grupo político.--------------Nós temos, e projetamos, a gestão dos tempos, pedia, a cada um, disciplina para se autorregular no uso dos tempos. -------------------------------------------------------------------------------------------Depois do Senhor Presidente, ou o Senhor Presidente em exercício da Câmara usar da palavra, a quem eu pedia também que tentasse cumprir o tempo e gerir o tempo que lhe é destinado, só é permitida a palavra para perguntas ou esclarecimentos muito rápidos e muito curtos, e as perguntas devem ser feitas como perguntas, em frases interrogativas, sem considerandos, sem uso da palavra para outros fins que não seja, exatamente, de uma forma concisa, perguntar ou, de uma forma muito rápida e concisa, esclarecer. -------------------------------------------Fora das perguntas e respostas que serão feitas, todos os que querem fazer ou pedir esclarecimentos usarão da palavra e, depois, darei outra vez a palavra ao Senhor Presidente da Câmara, ou quem estiver em sua substituição, para as respostas. ----------------------------------------------------Foi isto que ficou combinado na última Reunião de Líderes. Portanto, vamos ver se conseguimos acabar a nossa agenda. --------------------------------------------------------------------------------------Faremos um intervalo depois de esgotarmos o ponto em que estivermos por volta das cinco da tarde, e terminaremos a nossa reunião depois de esgotado o tema em que estivermos às oito horas da noite, a não ser que esgotemos a agenda antes dessa hora. --------------------------------------------E vamos iniciar então os trabalhos.” ----------------------------------------------------------3.1. O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------“Apenas para, em nome do Partido Socialista, saudar esta declaração preambular da nossa reunião que o Senhor Presidente aqui trouxe sobre o Primeiro de Dezembro, associarmo6 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS nos a essa congratulação e acrescentar que muito lamentamos que a decisão de terminar com esse feriado no nosso País tenha sido tomada por ser absolutamente atentatória da história do nosso País e do significado relevantíssimo da data, como afirmação também do nosso patriotismo, uma decisão tomada com bases absolutamente demagógicas e desfasadas daquilo que seria, de facto, relevante para o desenvolvimento e o interesse do País.” ------------------------3.2. O Senhor Deputado Joaquim Cotas (CDU) referiu o seguinte: ---------------------------------------------- “Acerca da saudação que o Senhor Presidente fez, do dia que comemoramos hoje, também queria dizer ao Senhor Presidente e ao plenário o seguinte: o clique final que levou à rebelião e que atiraram com o Miguel Vasconcelos pela janela fora, foi o aumento da água! Atenção às alcavalas do SIMAS!” ---------------------------------------------------------------------------3.3. O Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) observou o seguinte: -------------------------------------------- “Quero desde já informar que esta intervenção que faço é a título pessoal e não em nome do PSD, para dizer que também igualmente lamento que o Primeiro de Dezembro, de facto, tenha desaparecido enquanto feriado. ---------------------------------------------------------------------------- Considero que, em nome de uma necessária e, na altura, estruturada e pensada poupança, provavelmente, poder-se-ia ter eliminado um outro dos feriados que nós tínhamos. ---------------- Considero, contudo, que o Primeiro de Dezembro é, de facto, e deve continuar a ser, uma data marcante na própria evolução da sociedade portuguesa, porque, se hoje somos independentes e se hoje estamos aqui é, exatamente, porque houve um Primeiro de Dezembro. E, portanto, não posso deixar, a título pessoal, de me associar àquilo que foram as palavras de Vossa Excelência.” --------------------------------------------------------------------------------------------3.4. O Senhor Deputado Salvador Costeira (IOMAF) disse o seguinte: ---------------------------------------- “Também para me associar a esta tão importante data e julgo que as palavras do 7 nosso Presidente foram extremamente corretas e de uma abrangência que, dizer mais qualquer coisa por cima, é apenas sublinhar. ---------------------------------------------------------------------------------------Saúdo o Primeiro de Dezembro e tudo aquilo que o nosso Presidente Domingos Santos acabou de referir.” ------------------------------------------------------------------------------------3.5. A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) fez a seguinte intervenção: ----------------------“Obviamente, em meu nome pessoal, mas também no CDS há algumas figuras de relevo que mostraram hoje a sua posição em relação ao Primeiro de Dezembro, associar-me àquilo que foi a intervenção do Senhor Presidente, e demonstrar que, também, nem sempre algumas decisões economicistas estão de acordo com aquilo que pensamos ser outros fatores culturais e de valor, como é o Primeiro de Dezembro no nosso País e, portanto, também eu tenho para mim que hoje devia ser feriado e comemorado como tal, como a data importante que é da nossa nacionalidade.” -----------------------------------------------------------------------------------------3.6. O Senhor Deputado Feliciano Bernardo (BE) observou o seguinte: ----------------------------------------“O Bloco de Esquerda associa-se, digamos que, a esta evocação do Primeiro de Dezembro e faz lembrar que, efetivamente, o cortar de uma série de feriados nacionais com intuito meramente economicista, não tem razão de ser. ----------------------------------------------------------------Ainda está por provar que um feriado ou uma ponte sejam um prejuízo para a nação. --------------Toda a gente sabe que os feriados e pontes são utilizados por muita gente para saírem para as suas terras e, efetivamente, as economias locais, nestes dias, conseguem ter algum crescimento. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------E para lembrar também que este Primeiro de Dezembro e a Independência de Portugal está também intimamente ligada com a revolta da Catalunha e, portanto, as coisas que acontecem hoje, da independência da Catalunha, não é uma questão recente, já tem estes séculos todos.” ----- -----------------------------------------------------------------------------------------------------8 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS 3.7. O Senhor Presidente da A.M. referiu o seguinte: --------------------------------------------------------------- “Vamos então entrar na Ordem de Trabalhos e propunha, se todos estiverem de acordo, que os dois primeiros pontos, uma vez que estão intimamente ligados, um é uma proposta relativa à extinção da Oeinerge e a outra é relativa à internalização das atividades que a Oeinerge tinha e dos seus trabalhadores, se alguém se opõe a que discutamos conjuntamente, votando depois as propostas separadamente.” -------------------------------------------------------------3.8. O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) disse o seguinte: --------------------------------------------------- “Senhor Presidente, salvo melhor opinião, a proposta relativa à internalização dos trabalhadores, na deliberação da Câmara Municipal não se refere a necessidade da deliberação da Assembleia Municipal. ----------------------------------------------------------------------------------------------------- Compreendo que se faça juntar a deliberação da Câmara a este debate, mas julgo que será só para apreciação e não para votação. ----------------------------------------------------------------------------- Se é para votação, então, está omisso na deliberação tomada pela Câmara e temos aqui, mais uma vez, uma reincidência da Câmara num erro.” -------------------------------------------3.9. O Senhor Presidente da A.M. atalhou o seguinte: -------------------------------------------------------------- “Não sei se o Senhor Vice-Presidente pode ajudar, não tenho aqui a Lei que é invocada, a cinquenta, de dois mil e doze.” ----------------------------------------------------------------3.10. O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. respondeu o seguinte: ----------------------------------------------- “Senhor Presidente, apenas vejo aqui, na deliberação, na parte final, a remissão à Assembleia Municipal.” ---------------------------------------------------------------------------------------3.11. O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte:---------------------------------------------------------------- “Portanto, a afetação dos trabalhadores ao Município, mas não sei se eles chegaram a perder o vínculo para estar na empresa…” -----------------------------------------------------------------9 3.12. O Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) fez a seguinte intervenção: ------------------------------------“Julgo que esta questão que acabou agora de colocar é que põe o dedo na ferida, ou seja, se, de facto, eram trabalhadores que já pertenciam à estrutura da Câmara, é automaticamente, quer dizer, a partir do momento em que…agora, se depois…mas nós não o sabemos. Aqui, não resulta, não tenho conhecimento disso. Se, porventura, são trabalhadores que foram contratados pela Oeinerge, que pertencem ao quadro da Oeinerge, essa internalização, e que vai implicar, no fundo, o aumento do número de trabalhadores na Câmara, julgo que tem que passar aqui pela Assembleia, pela sua votação e, enfim, eventual aprovação, depende do tipo de vínculo. Como não sei, estamos aqui confrontados, enfim, o Senhor Vereador Daniel Branco disse que…mas só o Senhor Vice-Presidente é que poderá, de facto, confirmar se são ou não, ou se eram oriundos do quadro da Câmara.” ------------------------------------------------------------------3.13. O Senhor Presidente da A.M. atalhou o seguinte: -------------------------------------------------------------“Na proposta diz que foram admitidos há, pelo menos, um ano. Portanto, a afetação destes trabalhadores dependerá da aprovação da Assembleia. --------------------------------------------------------…certamente, portanto, diz aqui: “a Proposta de Lei do Orçamento de Estado de dois mil e quinze prevê que o aumento de despesas com pessoal que decorram dos respetivos processos de dissolução e de internalização das atividades do município não é contabilizado para efeitos da aplicação do artigo sessenta e dois, que impõe limites às autarquias locais na assunção de despesas com pessoal”. --------------------------------------------------------------------------------------------------De qualquer forma, carecem de aprovação na Assembleia, porque não têm vínculo com o Município, parece-me.” -------------------------------------------------------------------------------3.14. O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) observou o seguinte: ---------------------------------------------“A proposta que foi votada na Câmara, a Proposta de Deliberação número oitocentos e quarenta e sete, de dois mil e catorze, tem duas alíneas de deliberação: “Propõe-se ao 10 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS Executivo Municipal que delibere num dos seguintes sentidos: a) Internalização das atividades da Oeinerge; b) Emissão de parecer prévio autorizador da celebração dos acordos de cedência de interesse público com os quatro trabalhadores da Oeinerge”. -------------------------------------------------------- Em nenhum momento aqui se refere remeter à Assembleia Municipal, como é, aliás, regra nas propostas de deliberação da... --------------------------------------------------------------------------------- E em relação a outras propostas que também vieram mal elaboradas como esta, nós tomámos a decisão de remeter, de novo, para a Câmara Municipal, para correção da proposta de deliberação. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Agora, deixo à consideração das restantes bancadas, mas julgo que, de facto, há aqui um lapso.” ------------------------------------------------------------------------------------------------------3.15. O Senhor Presidente da A.M. referiu o seguinte:-------------------------------------------------------------- “Na apresentação da proposta, na página três de sete, vem o nome dos quatro trabalhadores e o vencimento ilíquido de cada um: mil e trezentos, mil, mil e setecentos e cinquenta euros.” -----------------------------------------------------------------------------------------------3.16. O Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) disse o seguinte: ------------------------------------------------ “O PSD entende, de facto, que isto poderia ter chegado até nós noutras condições, mais esclarecedoras. Mas também me parece que é de toda a relevância e urgência que esta Assembleia se pronuncie sobre estas duas propostas, sendo que, de facto, poderemos, a não nos pronunciarmos sobre a oitocentos e quarenta e sete e pronunciarmo-nos sobre a anterior, estar aqui perante uma situação que é levar à extinção de uma associação e, depois, que fazer aos trabalhadores, porque não houve proposta e, portanto, isto tem toda a relevância que seja apreciada, analisada e votada em conjunto. ----------------------------------------------------------------------------- E isto significa o quê? Que nós estamos esclarecidos, enfim, julgamos que este lapso, 11 como já foi dito, é, manifestamente, um mero lapso que não põe em causa a regularidade da proposta e aquilo que com ela se pretende. ------------------------------------------------------------------------------E sabemos, depois de analisar as duas propostas, que, necessariamente, se existe um determinado número de trabalhadores vinculados a essa Associação, se ela, de facto, é extinta, necessariamente tem consequências, e as consequências jurídicas eram: ou a rescisão dos contratos de trabalho com os trabalhadores com as respetivas indemnizações, ou então esta passagem para a Câmara, resultado da internalização. E, consequentemente, estamos em condições de votar as duas propostas, embora, necessariamente e uma vez mais, temos que pedir à Câmara para ter algum cuidado na forma como elabora estas propostas para que, depois, aqui, não se venham a levantar dúvidas quanto às mesmas.” --------------------------------------------------3.17. O Senhor Presidente da A.M. observou o seguinte: -----------------------------------------------------------“Estava a ler aqui o artigo sexagésimo primeiro da Lei cinquenta, que diz que chamase alienação, dissolução, transformação, integração, fusão e internalização: “Um - Compete ao órgão deliberativo da entidade pública participante, sob proposta do respetivo órgão executivo, deliberar sobre a alienação da totalidade ou de parte do capital social das empresas locais ou das participações. Dois - a dissolução, transformação, integração, fusão ou internalização das empresas locais depende da prévia deliberação dos órgãos da entidade pública participante competentes para a sua constituição, a quem incumbe definir os termos da liquidação do respetivo património, nos casos em que tal suceda. Três - As deliberações previstas no presente artigo são comunicadas à Direção-Geral das Autarquias Locais e à Inspeção-Geral de Finanças, bem como, quando exista, à entidade reguladora do respetivo setor, incluindo, sendo caso disso, o plano de integração ou internalização referido no número doze do artigo seguinte, no prazo de quinze dias”. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Portanto, julgo que a Assembleia tem mesmo que deliberar sobre a segunda proposta 12 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS também.” - ------------------------------------------------------------------------------------------------------3.18. O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) fez a seguinte intervenção: ------------------------------------- “Nós não tínhamos iniciado ainda o debate sobre a competência da Assembleia Municipal para votar esta matéria.---------------------------------------------------------------------------------------- O ponto que nós colocámos aqui em causa foi se a proposta vinha ou não vinha bem elaborada, porque, necessariamente, deveria haver um ponto na deliberação do Executivo de remissão da proposta à Assembleia Municipal, e não está, como aconteceu já anteriormente. ----------------- De qualquer modo, podemos, porventura e com alguma generosidade, interpretar que o que está aqui em causa é um aditamento à Proposta de Deliberação seiscentos e sessenta e quatro e, como tal, este texto e este…isto foi aprovado pelo Executivo, integra a proposta de deliberação e, portanto, haverá só uma votação e não duas votações. É isso que faz sentido e aí sim, estaria justificada a omissão na proposta de deliberação da Câmara, esta que a Câmara assume como um aditamento.” -------------------------------------------------------------------------------3.19. O Senhor Deputado Joaquim Cotas (CDU) referiu o seguinte: -------------------------------------------- “O que está aqui em causa são duas coisas: uma é a extinção da Oeinerge e outra é a legalização dos quatro trabalhadores que lá estão. São estas duas questões que estão aqui em debate e em jogo. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Nós sabemos que isto podia cá ter chegado à Assembleia noutros termos, mas o que está aqui em questão são estes dois fatores. ----------------------------------------------------------------------------- A CDU concorda com a extinção da Oeinerge e, por isso, vai votar favoravelmente, e concorda com a segunda, porque a situação dos quatro trabalhadores fica inserida na Câmara e fica com a situação regularizada. ----------------------------------------------------------------------------------------- Portanto, são apenas estas duas questões que estão aqui. ----------------------------------13 --------------Agora, se podia vir de outro modo, trazer mais uma vírgula ou mais um ponto, isso, o que nós temos que analisar é objetivamente o que está aqui em causa e, então, a CDU concorda com isto, como está, e vai votar favoravelmente as duas propostas.” ----------------------------------3.20. O Senhor Presidente da A.M. atalhou o seguinte: -------------------------------------------------------------“Tenho mais um pedido, mas queria dar a palavra ao Senhor Vice-Presidente para um esclarecimento.” -------------------------------------------------------------------------------------------3.21. O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. respondeu o seguinte: ------------------------------------------------“Irei pedir à Doutora Madalena Castro para prestar o esclarecimento, mas, de qualquer maneira, em relação à intervenção do Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) volto, novamente, a referir: não há dúvida que na proposta não está lá a remissão à Assembleia Municipal, mas na deliberação está e, portanto, no fundo, a deliberação, para todos os efeitos, é aquela que conta. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------Mas, de qualquer forma, irei pedir aqui à Senhora Vereadora Madalena Castro para prestar o esclarecimento adicional.” ------------------------------------------------------------------------3.22. A Senhora Vereadora Madalena Castro esclareceu o seguinte: --------------------------------------------“Queria esclarecer os deputados municipais que estas duas propostas de deliberação foram elaboradas em tempos diferentes. ---------------------------------------------------------------------------------E a primeira esteve algum tempo a ser maturada pelos juristas da Câmara Municipal e não é por acaso que elas vêm como deliberações assumidas pela Câmara em momentos diferentes. - -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A primeira visava cumprir e dar sequência à Lei cinquenta, de dois mil e doze, e a segunda surgiu na oportunidade de uma nova normativa que viabiliza que os trabalhadores das empresas municipais ou participadas possam ser integrados por um ano nas respetivas câmaras municipais, nos respetivos municípios e que, durante esse ano, seja aberto concurso público que 14 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS visa a integração no quadro. ----------------------------------------------------------------------------------------------- Gostava de dar esta explicação, porque, para nós - Presidente e Vereadores da Câmara, sempre foi claro e óbvio que estas duas propostas teriam que vir à Assembleia Municipal, aliás, como têm que vir todas as propostas que se relacionam, quer com a adesão, quer com a saída de agências, de associações, de empresas participadas, etc., etc.. ------------------------------ Penso que é isto que o Senhor Deputado Joaquim Cotas (CDU) referiu, o que está aqui em causa na primeira proposta é a deliberação da Câmara para a saída enquanto associado da Oeinerge e, na inerência dessa saída, propor à Assembleia-Geral a extinção da Agência e, num segundo momento, a internalização da missão e dos trabalhadores da Agência, porque vão ser três atos diferentes. ----------------------------------------------------------------------------------------------------- A saída pressupõe a proposta de extinção da Agência, porque nós não sabemos, em última análise, se a Assembleia-Geral de sócios vai votar outra decisão, pensamos que não, porque, das cartas que enviei a todos, o ano passado, no final de dois mil e treze, solicitando qual era o montante que tinham previsto para dar trabalho à Oeinerge, todos responderam que não tinham previsto qualquer verba para viabilizar, no fundo, a Agência, portanto, penso que não irão contra, mas são três momentos diferentes. ------------------------------------------------------------------------------ O primeiro é a saída da Câmara como sócio; o segundo é, na mesma AssembleiaGeral, nós propormos a extinção da Oeinerge e, posteriormente, a internalização da missão e dos trabalhadores, que são quatro e estão identificados, penso que no anexo da deliberação, com os respetivos salários e que a Câmara vai fazer um esforço para internalizar a partir de janeiro de dois mil e quinze. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- É muito importante que as Senhoras e os Senhores Deputados votem hoje, porque a Agência não faturou nada este ano. Agora, estou a falar também na dupla qualidade de 15 Presidente do Conselho de Administração, não tenho liquidez para pagar aos trabalhadores e, portanto, independentemente de qualquer sugestão que os Senhores e as Senhoras Deputadas queiram fazer, ou queiram aportar a estas deliberações, que foram totalmente redigidas por juristas da Câmara Municipal, pedia ao Senhor Presidente que fosse feito um esforço para que elas fossem votadas hoje para que a Câmara possa internalizar os trabalhadores a partir de janeiro de dois mil e quinze.” --------------------------------------------------------------------------------3.23. O Senhor Deputado Salvador Costeira (IOMAF) disse o seguinte: ---------------------------------------“Senhor Presidente, é só para um esclarecimento.--------------------------------------------------------É que a proposta de deliberação, como a nossa Vereadora já referiu, no seu número dois clarifica perfeitamente toda a situação: identifica os trabalhadores, diz que são trabalhadores da Oeinerge, já percorreram mais de um ano de contrato e podem ser internalizados, de harmonia com o que a lei refere. -------------------------------------------------------------------------------------------------------Portanto, chamava a atenção para a proposta de deliberação, onde está tudo clarificado.” -----------------------------------------------------------------------------------------------------3.24. A Senhora Deputada Carolina Tomé (IOMAF) referiu o seguinte: ---------------------------------------“Só para complementar o que o meu colega de bancada já referiu. ------------------------------------De acordo com a análise do grupo de trabalho do Setor Empresarial Local, temos esta situação aqui presente, de que as funções e projetos da Agência serão internalizados, ou seja, integrados nos serviços da Câmara Municipal e, mais a mais, há interesse em que isso seja feito, uma vez que a Câmara também tem interesse em que este projeto e esta atividade se desenvolva, que tenha continuidade, até por causa do Pacto dos Autarcas a que a Câmara Municipal aderiu. ---------------E, relativamente aos quatro trabalhadores, há que salvaguardar a sua situação, podendo, também, ser internalizados na Câmara através de concurso público, como a Senhora Vereadora referiu.----------------------------------------------------------------------------------------------16 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- Portanto, em suma, a nossa bancada concorda, primeiro - com a saída da Câmara Municipal da Oeinerge; segundo - com a extinção da Oeinerge e terceiro - que os projetos e os trabalhadores sejam integrados na Câmara Municipal.” -------------------------------------------------3.25. O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) atalhou o seguinte: ---------------------------------------------- “Senhor Presidente, é que nós estávamos ainda a discutir a metodologia e o IOMAF, sem utilizar o tempo que tem, começou a fazer considerações sobre as propostas e, portanto, pedia à Mesa que tivesse isso em conta na gestão dos tempos das diferentes bancadas.” -----------3.26. O Senhor Presidente da A.M. observou o seguinte:----------------------------------------------------------- “Então, se todos estiverem de acordo, vamos discutir as duas propostas conjuntamente e vamos depois votá-las separadamente, porque elas, formalmente, são duas. ------------------ Está aberta então a discussão das propostas.” -----------------------------------------------4. PERÍODO DA ORDEM DO DIA ----------------------------------------------------------------------4.1. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 664/14 - GP - relativa à Saída da CMO da Oeinerge - Agência Municipal de Energia e Ambiente de Oeiras, enquanto associado e Proposta de Extinção da mesma (os documentos relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta reunião) ----------------------------------------------------4.2. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 847/14 - DRH - relativa à Internalização das atividades da Oeinerge e dos seus trabalhadores - Aditamento à Proposta de Deliberação Nº. 664/14, de 08-10-14 (os documentos relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta reunião) ----------------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) fez a seguinte intervenção: ---------------------------- “Julgo que depois do que já foi dito, pouco há mais a acrescentar. ----------------------------------- É evidente que a Oeinerge, até pela análise que se faz do relatório que vem junto à 17 proposta, e tendo em conta as alterações legislativas, não tem outra solução senão, de facto, aquilo que a Câmara nos vem propor, ou seja, a própria extinção da Associação ou, se não for caso disso, a sua saída. ------------------------------------------------------------------------------------------------------A questão aqui é que, enquanto a saída é um ato de vontade própria da Câmara, eventualmente sufragado por esta Assembleia, já a questão da extinção é um ato que vai depender da obtenção de uma maioria de votos por parte dos participantes, dos acionistas dessa Associação e, portanto, diremos que, aqui, o que nós estamos a dar, penso que é essa a ideia da proposta, é no sentido de darmos poder à Câmara para, nessa assembleia, votar a extinção. Mas não temos aqui garantias, a não ser, eventualmente, alguma ideia de que sim, também os outros irão decidir, tendo em conta aquilo que é a situação efetiva, do ponto de vista financeiro, quer em termos presentes, quer, de facto, no futuro, por parte da Associação, mas, de facto, em tese, isso pode não acontecer. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------E é esta questão que nos levanta um outro aspeto, que julgo que esta Assembleia vai ter que ser esclarecida em relação a isso. E se, porventura, o voto da Câmara, no que respeita à extinção da Associação, não for suficiente para que, de facto, isso aconteça, face a uma posição contrária dos demais intervenientes na Associação? -------------------------------------------------------------------Isto leva-nos aqui a um outro problema que tem a ver, exatamente, com a outra proposta, ou seja, para a Câmara poder beneficiar daquilo que é uma exceção ao regime da contratação de pessoal prevista na lei, tem que haver a dissolução do órgão. --------------------------------------Ora bem, se, de facto, não há a dissolução do órgão, pergunto então a que título é que esses trabalhadores podem ser…não ponho em causa que se tem que resolver o problema dos trabalhadores, não é isso que está em causa. O que eu quero é, no ponto de vista da salvaguarda daquilo que for a orientação de voto da minha bancada, que este voto, em relação à admissão, vai decorrer, necessariamente, daquilo que for o processo de votação e a decisão final no que 18 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS respeita à extinção, ou seja, não posso estar aqui a votar, porque não o posso contra a lei, se não houver aqui a extinção, porque em relação à extinção estamos todos cobertos, porque, automaticamente, a própria lei diz que os trabalhadores transferem-se, neste caso, para a Câmara, independentemente do regime em que eles estão na Oeinerge: se estão destacados, se estão contratados, isso deixou de ter relevância. Mas se, porventura, a decisão e a votação quanto à extinção for outra que não a dissolução, nós estamos aqui confrontados perante um problema, porque, neste caso, a Câmara não pode admitir esses trabalhadores, porque não tem fundamento para isso. -- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Gostava de ser esclarecido em relação a isto, porque, é evidente que estamos de acordo com as duas decisões, o PSD votará favoravelmente as duas, mas, seguramente, se não for esclarecido, a votação da segunda proposta vai ficar condicionada e o seu voto será válido em função daquilo que for a decisão final tomada em sede de Assembleia-Geral por parte da Oeinerge. - ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- E, esse esclarecimento, pretendo-o aqui.” ----------------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) referiu o seguinte: ---------------------------------------- “Esta matéria não pode ser resumida a questões formais e à questão dos trabalhadores que, naturalmente, nós valorizamos. -------------------------------------------------------------------- Esta questão tem a ver com as políticas de promoção de eficiência energética do Município, da capacidade que o Município teve, há anos atrás, de criar uma agência municipal, que produziu trabalho, e na qual o PS também teve pessoas distintas a colaborar, e lembro aqui o nome de um distinto colaborador da Oeinerge, que também esteve na sua génese, que foi o Senhor Doutor Norberto Duarte, aliás, já distinguido pela Câmara Municipal com a devida homenagem e que já faleceu, estamos a falar de políticas de eficiência energética, as políticas do 19 futuro das cidades, que não só têm uma componente de preocupação ambiental muito forte, mas também têm uma componente de eficiência de gestão de recursos que não pode ser desconsiderada. E estamos, portanto, a falar daquilo que é o futuro de um instrumento que o Município criou, há anos atrás, para desenvolver políticas nesta área. ----------------------------------------------E, neste enquadramento, que é um enquadramento difícil, exigente, que nos traz um novo regime do Setor Empresarial Local, nós dissemos e defendemos desde o início que a abordagem tinha de ser integrada, olhando para as várias empresas municipais, para as diferentes participações do Município e perceber o que é que dentro das capacidades que hoje o Município tem à sua disposição nessas participações e nessas empresas, podiam ser agregadas, aquilo que seriam redundâncias que justificariam ser revistas, mas sempre numa lógica estratégica, numa lógica integrada.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------E com esta decisão que nos é aqui proposta pela Câmara, nós percebemos, mais uma vez, que isso não está a ser feito desta forma. ---------------------------------------------------------------------------A revisão do Setor Empresarial Local está a ser feita de uma forma casuística, peça a peça, sem uma visão global e nós não nos revemos nessa estratégia e queremos deixar esta nota de censura política. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------Depois, Oeinerge. A Oeinerge não é uma peça qualquer no quadro de participações do Município, como eu já disse. E se a Oeinerge foi capaz de trazer ao Município vários programas de que o Município se pode orgulhar, a verdade é que não ignoramos que a Oeinerge entrou num caminho de degradação, de decadência, por falta de aposta política desta Câmara Municipal. E, claro está, vieram os problemas, nomeadamente, problemas de ordem financeira. --------------E com esta proposta de deliberação que a Câmara aqui hoje traz, consegue chancelar aquilo que é uma evidência que é o fracasso das políticas de promoção de eficiência energética no Concelho. Não houve capacidade da Câmara Municipal de dinamizar este importante 20 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS instrumento de forma a lhe dar sustentabilidade e uma visão estratégica, que permitisse que hoje, em vez de estarmos aqui a discutir a sua extinção, estivéssemos a discutir o caminho da sua conversão num modelo exequível e com futuro. ----------------------------------------------------------------------- Poderão dizer: “pois, mas isto é uma inevitabilidade que decorre da lei”. Mas se olharmos com atenção, primeiro, para os dois pareceres que nos são apresentados, percebemos que em nenhum momento a Câmara perguntou quais eram as alternativas, se podia ser equacionada uma readaptação dos estatutos, aliás, como já foi feito, por exemplo, na conversão da AITEC na Oeiras Invest, se isso foi equacionado, quais foram os cenários que foram equacionados de alternativa para que a Oeinerge pudesse continuar? ---------------------------------------------- Esses pareceres não revelam. Não foi questionado aos juristas que se pronunciaram sobre o atual enquadramento qual é que era a solução jurídica possível para garantir a continuidade da Oeinerge, noutros termos naturalmente, que nós, como já disse, assumimos que, como estava, a Oeinerge não podia continuar. -------------------------------------------------------------------------- E também se pode dizer: “ah, mas isto, a Agência teve dificuldade, não tinha parceiros”. Pois bem, mas é fácil, uma verificação, uma pesquisa na Internet e encontramos inúmeras agências municipais a trabalhar no País que conseguem trabalhar, e com, digamos, a sua sustentabilidade garantida por muitos parceiros que se associam a essas agências, e porque também os respetivos municípios investem, apostam e conseguem promover as parcerias necessárias a garantir essa sustentabilidade. Basta olhar para Lisboa, basta olhar para Sintra, basta olhar para Almada, três bons exemplos de municípios vizinhos em que as respetivas agências estão a funcionar, e estão a funcionar bem, com intervenção concreta, válida naquilo que são as mudanças na vida das pessoas relacionada exatamente com a adaptação a novos mecanismos, a novos instrumentos, de melhor utilização dos recursos energéticos, que fazem 21 falta também aqui, a Oeiras, e que demonstram que, se nos outros sítios funcionou, e funciona, em Oeiras também podia funcionar e, portanto, é verdade que temos um problema que temos de resolver e nós questionamos se tivesse havido aposta, se tivesse havido dinamismo, se tivesse havido capacidade, dinâmica para gerar essas parcerias, se estaríamos aqui hoje a discutir a extinção da Oeinerge. -------------------------------------------------------------------------------------------------------Mas quero também lembrar, em relação à questão mais técnica e mais jurídica, que nós estamos aqui a aplicar um regime de forma análoga previsto para as sociedades comerciais, em que os municípios têm participação, sabendo nós, e isso é dito nos pareceres, que aqui, o que está em causa, é uma associação de direito privado sem fins lucrativos e, portanto, quando a respetiva norma fala na aplicação de determinados preceitos com as devidas adaptações, nós não podemos ignorar que aqui não está em causa uma sociedade comercial e, portanto, não me parece, e passando à questão também da internalização dos trabalhadores que, como é evidente, o PS defende que a estes trabalhadores seja dada uma resposta, dentro daquilo que é o quadro legal, de estabilidade, mas agora também não queremos cometer aqui nenhuma ilegalidade. -------------------E seria prudente da parte da Câmara, atendendo a esta questão jurídica, que eu presumo que tenha também envolvido os nossos juristas da Câmara num aturado debate e reflexão, que era importante termos aqui também um parecer de uma entidade externa à Câmara, nomeadamente, e isso, aliás, já existe o precedente noutras questões relacionadas com a nova legislação nas autarquias de intervenção do Senhor Secretário de Estado da Administração Local poder também emitir um despacho relativamente a estas situações, ou outra entidade tutelada por ele, de forma a que nós possamos ter hoje aqui segurança jurídica na decisão que vamos tomar em relação à internalização dos trabalhadores, porque não vamos confundir os planos: uma coisa é a vontade política de nós conferirmos a estabilidade possível a estas pessoas, estabilidade profissional, que são também importantes no Município continuarem a prosseguir, dentro das 22 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS limitações orçamentais que o próprio Município impõe a esta área da eficiência energética, mas que são importantes, outra coisa é nós tomarmos aqui a decisão de acordo com a lei. --------------------------- E parece-me que os pareceres, apesar de, com alguma flexibilidade, terem tentado encontrar no regime jurídico existente, uma forma de garantir essa estabilidade, julgo que ainda não temos nos elementos que nos foram disponibilizados, segurança jurídica suficiente para tomarmos esta decisão.” --------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Joaquim Cotas (CDU) disse o seguinte: --------------------------------------- “A CDU tem estado sempre disponível para discutir o Setor Empresarial Local, inclusivamente, indicou um seu camarada para fazer parte do grupo que está a trabalhar. ---------------------- Portanto, todo o Setor Empresarial Local, a CDU continua a estar disponível para o discutir, mas o que está aqui em jogo hoje é aprovar duas propostas muito concretas. Isto não é crítica nenhuma aqui ao Pedro, mas, enfim, o barrete só enfia quem quiser. -------------------------------------- Se em cada proposta que está aqui, nós formos buscar todos os periféricos, esta proposta dava uma série de reuniões. ------------------------------------------------------------------------------------ Nós continuamos a dizer o que dissemos de início, vamos votar favoravelmente pelas razões que já foram aduzidas, e continuamos a reafirmar que a CDU está disponível para discutir tudo e está em todo o lado, no Setor Empresarial Local, seja nas participadas, tudo. Agora, cada coisa no seu lugar e, portanto, para concluir, embora tenha ali muito mais tempo de antena, a CDU vai votar favoravelmente estas duas propostas, e a segunda com mais fundamento ainda, depois do que a Senhora Vereadora Madalena Castro nos disse, que estes quatro trabalhadores poderiam correr o risco de, em janeiro, ficar sem salário e isto é muito sério.------------------------------------- Por isso, nós fazemos questão de propor que estas duas propostas sejam votadas hoje, e aprovadas, obviamente.” ------------------------------------------------------------------------------------23 --------------O Senhor Deputado Feliciano Bernardo (BE) observou o seguinte: -------------------------------“Efetivamente, nós temos urgência em resolver esta situação da Oeinerge. --------------------------Agora, vamos lá ver: a questão da Oeinerge é uma questão bastante importante porquê? Nós, em dois mil e quinze, teremos de dar informação sobre a questão do Pacto dos Autarcas. -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Efetivamente, em dois mil e quinze vai haver uma avaliação intermédia e depois vai haver outra em dois mil e vinte, que será o fim.-------------------------------------------------------------------------A informação que tivemos há uns meses é que, efetivamente, não havia muita informação para a Oeinerge tratar esta questão do Pacto dos Autarcas e, portanto, os serviços não estavam a dar uma informação atempada. Mas isto é extremamente importante, a questão do Pacto dos Autarcas. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------Outra questão, que se prende com quê? Toda a gente sabe que temos de fazer as certificações, quer do parque habitacional, quer do parque escolar. Portanto, a Oeinerge, neste momento, terá uma tarefa, terá trabalho suficiente, já que a Câmara tem de certificar o parque escolar, tem que certificar o parque habitacional e, portanto, há um trabalho para fazer. ------------------------Em relação à questão de depois não haver salários para os trabalhadores etc., isto é uma questão extremamente importante. Agora, é urgente, realmente, a aprovação destas duas coisas. ------ -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Efetivamente, o Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD), como jurista, põe ali algumas questões. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------A minha opinião é que estaríamos, assim, a sofrer antes de tempo e, portanto, o Bloco irá votar favoravelmente estas duas propostas e, em relação depois à discussão sobre as outras empresas e esta, etc., estaremos dispostos para discutir isso tudo.” ------------------------------------------A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) referiu o seguinte: ---------24 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- “No mandato anterior, nós já tínhamos chamado a atenção para a situação económica da Oeinerge, antes mesmo da publicação da Lei número cinquenta, que deu origem, agora, do ponto de vista legal, à obrigatoriedade da sua cessação. -------------------------------------------------------------- No entanto, foi sempre defendido por este Executivo a permanência desta Agência e, portanto, nós não temos uma posição, como teve o PS aqui e agora, nem como noutras bancadas aqui da Assembleia Municipal. E porquê? Porque havia, já há muito tempo e historicamente, uma dependência muito grande da Oeinerge da Câmara Municipal e, nomeadamente, no contrato-programa, que assentava no contrato-programa, e há muito que se tinha verificado esta incapacidade de se fazer associações que permitissem a sua independência económica. ------------------------ Mas, dito isto, creio que hoje não é bem este o tema que nos traz, mas antes o fim da Oeinerge e como é que vamos fazer a sua internalização. ------------------------------------------------------------ Ora, aquilo que gostava de ouvir, e aproveitar a presença da Senhora Vereadora, é o seguinte: que balanço é que a Câmara Municipal faz desta Agência. Embora possamos considerar que houve várias atividades que foram realizadas com sucesso, houve outras que, de facto, ficaram por fazer. ---------------------------------------------------------------------------------------------------- E na internalização fala-se nos trabalhadores, e creio que é uma parte importante desta preocupação de fazer a internalização dos trabalhadores, mas há aqui outra parte que é a internalização das atividades e das tarefas que a Oeinerge fazia. ---------------------------------------------------- O Deputado do Bloco de Esquerda fala sobre a certificação energética. Ora, pareceme a mim que a certificação energética é, justamente, uma das atividades que deixa de ser possível fazer pela internalização. Por que é que digo isso? Porque nas propostas, quando se discrimina as atividades, não se discriminam as mesmas que a Oeinerge fazia e, portanto, gostaria de saber quais são as atividades que a Câmara Municipal vai manter, nomeadamente se 25 o site e a participação dos cidadãos oeirenses em várias atividades vai ser possível efetuar, o que é que não vamos conseguir fazer, o que é que, através desta internalização, somos capazes de fazer, enquanto Câmara Municipal e o que é que vamos deixar de poder fazer, uma vez que faremos também assim uma avaliação positiva, ou não, da própria lei, porque se nós temos uma entidade que não conseguia dar o salto para fora e agora vamos ter, ou não, uma redução de custos, se temos os mesmos trabalhadores, que atividade é que o Município pode fazer nesta mesma área, que visão de futuro é que temos com este serviço a funcionar dentro da Câmara Municipal.- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Creio que esta é que é a grande pergunta que nos resta fazer hoje, porque, obviamente, votaremos a favor daquilo que é um facto já consumado.” --------------------------------------------O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. atalhou o seguinte: --------------------------------------------“Se o Senhor Presidente me autorizar, passaria a palavra à Senhora Vereadora Madalena Castro.” -----------------------------------------------------------------------------------------------------------A Senhora Vereadora Madalena Castro prestou os seguintes esclarecimentos: ----------------------“Eu começaria por responder às questões que são de resposta simples e, se me permite, deixo a sua questão para o fim, que colocou questões de resposta mais complicada. ------------------E começava pelo Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD). Obviamente que, enquanto Presidente do Conselho de Administração da Oeinerge, andei um ano e meio a trabalhar com os serviços da Câmara, com entidades externas à Câmara e com os associados da Oeinerge antes de submeter à Câmara esta proposta. -----------------------------------------------------------------------------------------E isto para lhe dizer, Senhor Deputado, que obviamente sei, dos outros associados, que ninguém quer assumir a Oeinerge. -----------------------------------------------------------------------------------Neste momento, posso informar que todos os sócios públicos saíram, na sequência da Lei cinquenta, de dois mil e doze, e estamos, neste momento, com a Câmara, com a EDP, com a 26 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS BP, com a QUERCUS, com a GEOTA, estes dois últimos não pagam sequer quota e, portanto, tenho a certeza que ninguém, nenhum dos sócios, vai assumir a Oeinerge no seu futuro, e também lhe quero dizer que tenho cem por cento de certeza absoluta. E daí que tenha, com o parecer da nossa Divisão de Recursos Humanos e com a possibilidade que a legislação recentemente nos deu, da internalização da missão e, obviamente, dos trabalhadores, sem a missão não podiam vir os trabalhadores, obviamente que procurámos agilizar esta deliberação da Câmara e está hoje aqui, na Assembleia Municipal, para que a próxima Assembleia-Geral de sócios da Oeinerge, que terá lugar no próximo dia dezasseis de dezembro, já assuma toda esta panóplia de atos que são necessários. ------------------------------------------------------------------------------------ Devo dizer também, como informação à Assembleia Municipal, que na agenda está a proposta da nomeação da comissão liquidatária, a distribuição dos ativos da Agência, que são na vizinhança de zero, mas que são e, portanto, os associados, como sabemos, têm que se manifestar sobre isso e, obviamente, o modelo, ou a metodologia, de extinção da Agência. -------------------- Depois, queria também referir (e penso que respondei a tudo Senhor Deputado) que, relativamente a parecer de entidade externa, obviamente que temos parecer de uma entidade independente e externa, no tocante à possibilidade de se elaborar ou não contrato-programa e, portanto, não é só o Gabinete Jurídico da Câmara que se manifestou, tivemos também um parecer de uma entidade externa. ----------------------------------------------------------------------------------------- Por outro lado ainda, queria informar os Senhores e as Senhoras Deputadas que, relativamente às certificações energéticas, quer do parque habitacional municipal, quer de todos os edifícios municipais, nós temos no Concelho outra empresa intermunicipal que também tem esta missão, e essa empresa chama-se Municípia, aliás, desde o ano passado que verificámos que, quer a Oeinerge, quer a Municípia, estavam a ser contratualizadas para fazer certificação 27 energética dos edifícios municipais, o que não faz nenhum sentido e, obviamente, quando me apercebi disso, de imediato marquei uma reunião com a Administração da Municípia para pormos os pontos nos “is”, quem faz o quê, porque não faz sentido nenhum andarmos a duplicar trabalho. --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Relativamente à outra questão relacionada com o Pacto dos Autarcas e, nomeadamente, a questão suscitada pelo Senhor Deputado Feliciano Bernardo (BE), quero informar a Assembleia que os relatórios de progresso que têm que ser enviados à Comissão Europeia, são-no de dois em dois anos, e o último foi enviado em janeiro de dois mil e catorze, o que significa que só teríamos que reenviar em janeiro de dois mil e dezasseis. ------------------------------------Obviamente que, na sequência de todo este processo, apresentarei ao Senhor Presidente e à Câmara uma proposta relativa à internalização da missão da Oeinerge pelos diversos serviços municipais e, se calhar, até por empresas municipais que tenham atuação nalgumas áreas, ainda não o fiz, porque me parece que isto tem que ser feito por etapas, e aquela que me preocupa mais, muito sinceramente, atualmente estão relacionadas com o encerramento da Agência e, obviamente e de uma forma muito acutilante, com os trabalhadores da Agência. ----------------Depois, queria também informar a Assembleia, penso que já o terei feito noutras ocasiões, mas, se calhar, não com este grupo, com outros grupos, que a Oeinerge foi criada há onze anos, no âmbito de legislação nacional, como foram outras agências do País, para viabilizar algumas candidaturas a fundos comunitários. ---------------------------------------------------------------------------É ridículo, e estou a falar ao nível pessoal, enquanto Vereadora com esta área, é ridículo que o legislador não só não tenha tido em conta que há a possibilidade de estas agências continuarem a poder candidatar-se a fundos comunitários em redes de parceria e, portanto, matou as agências ou, pelo menos, uma boa parte delas, porque os municípios não vão poder fazer a não ser também em rede e, portanto, a Oeinerge seria sempre um parceiro a esse nível, mas é 28 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS assim, e nós temos que viver no quadro legislativo que temos e, portanto, tendo matado as agências, cuja arquitetura de acionistas, ou de sócios, porque não são acionistas, são sócios, quer com a missão que têm, não é a primeira agência a quem isto acontece. Como sabem, Cascais já extinguiu a agência de Cascais há dois anos, pelo menos está completamente inoperacional, Sintra fez o mesmo, e nós, por força legal, temos também que o fazer, e devo dizer que já estamos com um ano de atraso, e se não fosse a excelente gestão e, enfim, passo a humildade, que foi feita da Agência, não teríamos, porque este ano não faturámos o contrato-programa à Câmara e, portanto, também não temos clientes externos, os associados não dão trabalho à Agência e, portanto, tivemos um ano de encargos fixos que suportámos, mas, obviamente, sem faturação há um limite e estamos a atingir esse limite. ---------------------------------------------------------------- A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) referiu a excessiva dependência do contrato-programa. Pois é, mas não é que não fossem feitos esforços para que os outros associados dessem trabalho à Agência, aliás, quando ela foi constituída com dezassete sócios, era justamente para que todos eles recorressem à Agência com trabalhos que estivessem no âmbito da respetiva missão, mas isso não aconteceu. -------------------------------------------------------------- O único sócio que, de facto, sustentou a Agência, obviamente, teve contrapartidas por isso, foi, noventa e nove vírgula nove por cento, a Câmara Municipal de Oeiras.” -------------------------- O Senhor Presidente da A.M. alertou para o seguinte: ------------------------------------------------ “Pedia à Senhora Vereadora que fosse o mais sintética possível. Tem um minuto e pouco. ----- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Se faz favor.” -------------------------------------------------------------------------------------------------- A Senhora Vereadora Madalena Castro prosseguiu a sua intervenção, dizendo o seguinte: -- ------------------------------------------------------------------------------------------------------29 --------------“Vou tentar Senhor Presidente. ------------------------------------------------------------------------------Relativamente à questão suscitada pelo Senhor Deputado Pedro Almeida (PS), não discordando totalmente de si, relativamente a uma abordagem integrada do Setor Empresarial Local, discordo, porque cada caso é um caso e, portanto, há empresas municipais, há empresas participadas e há agências, como é o caso, que se regeu por direito privado e suscitou aí uma questão jurídica com alguma pertinência, mas que, politicamente, nós entendemos tratar os trabalhadores da Agência como os outros trabalhadores do Setor Empresarial Local. ----------------------------Devo dizer-lhe também, Senhor Deputado, que, ao nível da estratégia política, eu, pessoalmente, não acredito que um único concelho consiga atingir grandes resultados. E quando a Câmara Municipal me indicou para Presidente da Agência, desenvolvi contactos com a Câmara Municipal de Cascais, com a Câmara Municipal de Sintra e com a Câmara Municipal da Amadora para termos uma Agência mais abrangente, com outros recursos técnicos e com outro perfil de constituição. -------------------------------------------------------------------------------------------------------Obviamente que está aí com a indicação da Lisboa E-NOVA, com quem reuni a semana passada para definirmos algumas estratégias de atuação, mas também lhe devo dizer, que penso que o Senhor Deputado não sabe, que enquanto a nossa Agência era constituída por quotas dos associados, a Agência de Lisboa é constituída por quotas, mas onde a Câmara de Lisboa tem uma quota de quase quatrocentos mil euros por ano, o que dá uma independência à Agência que a nossa não tem. E não tem porque, na altura em que foi constituída, politicamente não foi esse o entendimento e, portanto, esse não foi o entendimento há onze anos…ó Senhor Deputado, tenho que responder por aquilo que é hoje, não tenho que responder por aquilo que foi há onze anos. ----------------Há onze anos foi considerado que o melhor modelo era este, e o modelo é uma quota de cada associado e um contrato-programa e, portanto, há juristas que defendem que não há grande legitimidade para que as câmaras tenham quotas tão elevadas sem ter a devida 30 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS sustentação ao nível dos trabalhos e da execução de contratos-programa, há muitos que defendem isso e, portanto, quando assumi a presidência da Oeinerge, também não quis, de maneira nenhuma, propor à Câmara alterar o modelo que pudesse incorrer em situações de irregularidade ou de qualquer tipo de, não lhe chamo ilegalidade, porque não sou jurista, mas, os pareceres jurídicos que tive eram no sentido de que esse não era o melhor modelo. ----------------------------- Mas Lisboa é Lisboa e nós, cá estamos. Como referi, começámos a conversar, vamos ver se temos projetos em comum ou se podemos construir projetos em comum também com a Amadora, com Cascais e, quiçá, com Sintra, porque também tenho tido alguns contactos com a minha colega de Sintra, e penso que talvez possamos criar as bases para uma rede intermunicipal que leve as questões da eficiência energética, que são, de facto, os desafios do futuro, para ações e planos de ação mais integrados, mais abrangentes, porque, como referi há pouco, sem a incorporação de novas tecnologias, sem criarmos massa crítica, sem termos recursos, quer exógenos, quer endógenos, não acredito muito que algum município em Portugal faça mais do que Oeiras já fez. E Oeiras já fez muito, é uma questão do Senhor Deputado ver aquilo que fizemos, quer ao nível da iluminação pública, quer ao nível do Pacto dos Autarcas, quer aquilo que estamos a fazer ao nível do edificado, quer àquilo que nos propomos fazer para o futuro.” --------------- O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) observou o seguinte: ------------------------------------- “Fazer algumas questões, que ficam por esclarecer. ----------------------------------------------------- Relativamente à questão do parecer externo, perceber se a Câmara está ou não está disponível para pedir um parecer específico sobre esta questão da integração dos trabalhadores. ------------- Julgo que seria bom, quer para os membros da Câmara, quer para a Assembleia Municipal poder ter a acompanhar esta deliberação um parecer externo que nos dê essa segurança jurídica, e não só esse relativamente ao contrato-programa que a Senhora Vereadora 31 falou que, quer dizer, isso resulta da lei de uma forma muito clara e parece-me que este faria mais sentido do que esse que foi solicitado. -----------------------------------------------------------------------------De qualquer modo, em relação também à questão das parcerias, perguntar à Senhora Vereadora como é que foi possível, a Senhora Vereadora diz que se fez o possível com a construção de parcerias, ou com os sócios da associação, mas, a verdade é que nós olhamos para outras câmaras municipais e vemos que o número de sócios, só para dar o exemplo, Sintra teve cinquenta e nove associados, Lisboa dezasseis, Almada dezassete, e todos com participação. Como é que num município com um setor empresarial tão rico, temos no nosso Concelho sedeadas importantíssimas empresas, como é que não foi possível construir parcerias com estas empresas, alargando aquilo que era a base e financiamento.- ---------------------------------------------------------A Senhora Vereadora também aqui passou um atestado, enfim, de desajustamento dos estatutos àquilo que seriam desafios do futuro e, daí, também estar a razão, se calhar, da solução final que é agora proposta, mas por que é que não foi equacionado pela Câmara uma reformulação estatutária que permitisse dar viabilidade à Agência, uma reformulação estatutária que fosse de encontro àquilo que a Senhora Vereadora acabou de dizer.” ------------------------------------------A Senhora Vereadora Madalena Castro respondeu o seguinte: -------------------------------------“Ou não me expliquei bem, ou o Senhor Deputado não percebeu o que eu disse. -------------------Eu não passei nenhum atestado de incompetência aos estatutos da Agência, eu disse que eram o que eram, são o que são…não, não disse que eram desajustados. São desajustados à realidade atual. A realidade atual com estes estatutos não permite a assinatura de contratosprograma com a Câmara. Isso foi o que eu disse, não disse que foram desajustados. -----------------------------Por que é que não se mudou? Porque quando a lei veio, já não era possível mudar e, portanto, não havia nada a fazer. ------------------------------------------------------------------------------------------Acho que colocou outra questão que me estou a esquecer de responder…ah, o 32 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS Senhor Vice-Presidente responderá. Eu, pessoalmente, acho que não faz qualquer sentido…ah, relativamente aos sócios. A Agência começou com dezassete ou dezanove associados. Só que o contexto socioeconómico que nós vivemos, aliás, económico-financeiro que nós vivemos, algumas das empresas foram saindo e as empresas públicas saíram por força da aplicação da Lei cinquenta, de dois mil e doze. Portanto, dos dezassete, ficámos com cinco associados. ------------------------- …Ó Senhor Deputado, nós não vamos atrás de ninguém com uma pistola, obrigar as empresas a serem sócios da Oeinerge.” ---------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. acrescentou o seguinte: -------------------------------------- “Acho que quando nós, às vezes, queremos resolver os problemas, acontecem sempre situações estranhas, quer dizer, se não resolvemos, é porque não resolvemos, quando queremos resolver, apresentam sempre argumentos legais e outras coisas, quer dizer… ------------------------ Quero-lhe dizer, Senhor Deputado Pedro Almeida (PS), que os serviços da Câmara têm, realmente, bons técnicos, bons juristas. De maneira que, nessa matéria, como é óbvio, nós temos toda a confiança naquilo que, efetivamente, os seus serviços nos transmitem e, portanto, não há razão para recorrermos a qualquer parecer externo em relação a essa matéria. --------------------------- Em relação a isto, como é óbvio e conforme já foi amplamente aqui dito, urge resolver este problema da Oeinerge e, estando também, conforme a Senhora Vereadora Madalena Castro já referiu, de acordo com o meu amigo em relação a um debate sobre o Setor Empresarial Local na sua globalidade, não podemos deixar de resolver este problema que nos surge agora. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Considerando que, para estes trabalhadores, a partir de um de janeiro de dois mil e quinze pode estar em causa o recebimento do seu vencimento, considerando também a pertinência da questão colocada pelo Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) em relação à 33 segunda proposta, mas considerando também as explicações que foram dadas pela Senhora Vereadora, pedia a sensibilidade da própria Assembleia para que hoje pudéssemos aqui votar essas duas propostas e, portanto, resolvermos este problema.” -----------------------------------------4.1.1. VOTAÇÃO -----------------------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada, por maioria, com vinte e oito votos a favor, sendo quinze do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente (Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Fernando dos Santos Afonso, Jorge Manuel de Sousa de Vilhena, Nuno Emanuel Campilho Mourão Coelho, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, Maria Carolina Candeias Tomé, Sónia Maria Antas de Barros Amado Gonçalves, Luís Filipe Pereira Santos, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Salvador António Martins Bastos Costeira, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, António José da Luz Ramalhete, Carlos João Leão de Carvalho Barata Roda e Maria Teresa Sousa de Moura Guedes), seis do Partido Social Democrata (António de Jesus Seixas, Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Alda Maria Reis Gouveia Lima, Valdemar Pedro Cabral da Câmara de Almeida, Augusto Teresa Pissarreira e Andreia Vanessa Mota Alves), quatro da Coligação Democrática Unitária (Carlos Alberto de Sousa Coutinho, Joaquim Vieira Cotas, Aníbal José Gonçalves Guerreiro e Maria Gabriela Bessa da Cruz Tavares), um do Bloco de Esquerda (Feliciano Teixeira Bernardo), um do Centro Democrático Social-Partido Popular (Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa Jorge de Sande e Castro) e um do Partido pelos Animais e pela Natureza (Ana Sílvia Rodrigues Paixão Ferreira Marques) e com oito abstenções do Partido Socialista (Dinis Penela Antunes, Joaquim dos Reis Marques, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Pedro Miguel Ramos Almeida, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Vidal Diogo Fernandes Antão, José António Pires Paiva e Paulo Nicholas Bastos Pinto).------ -----------------------------------------------------------------------------------------------------34 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- O Senhor Deputado Alexis Godinho Gonçalves, do Partido Social Democrata, não estava presente na altura da votação. ------------------------------------------------------------------------------------- Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: -------------------------------- “DELIBERAÇÃO N.º 138/2014 -------------------------------------------------------------------------- PROPOSTA C.M.O. N.º 664/14 - GP - SAÍDA DA CMO DA OEINERGE AGÊNCIA MUNICIPAL DE ENERGIA E AMBIENTE DE OEIRAS, ENQUANTO ASSOCIADO E PROPOSTA DE EXTINÇÃO DA MESMA --------------------------------------------------- A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número seiscentos e sessenta e quatro barra catorze, a que se refere a deliberação número vinte da reunião da Câmara Municipal, realizada em oito de outubro de dois mil e catorze, e deliberou por maioria, com vinte e oito votos a favor, sendo quinze do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente, seis do Partido Social Democrata, quatro da Coligação Democrática Unitária, um do Bloco de Esquerda, um do Centro Democrático Social-Partido Popular e um do Partido pelos Animais e pela Natureza e com oito abstenções do Partido Socialista, aprovar a promoção da extinção da Associação Oeinerge - Agência Municipal de Energia e Ambiente de Oeiras, mediante a convocação de uma Assembleia Geral da mesma para o efeito, determinando que o representante do Município vote favoravelmente a extinção e as respetivas condições, as quais devem definir os termos de liquidação do respetivo património, nos termos e condições propostos pelo Órgão Executivo do Município traduzidos naquela deliberação. ---------------------------------- Mais foi deliberado, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da ata.” ---------4.2.1. VOTAÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada, por maioria, com vinte e oito votos a favor, sendo quinze do Grupo Político Municipal Isaltino 35 Oeiras Mais à Frente (Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Fernando dos Santos Afonso, Jorge Manuel de Sousa de Vilhena, Nuno Emanuel Campilho Mourão Coelho, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, Maria Carolina Candeias Tomé, Sónia Maria Antas de Barros Amado Gonçalves, Luís Filipe Pereira Santos, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Salvador António Martins Bastos Costeira, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, António José da Luz Ramalhete, Carlos João Leão de Carvalho Barata Roda e Maria Teresa Sousa de Moura Guedes), seis do Partido Social Democrata (António de Jesus Seixas, Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Alda Maria Reis Gouveia Lima, Valdemar Pedro Cabral da Câmara de Almeida, Augusto Teresa Pissarreira e Andreia Vanessa Mota Alves), quatro da Coligação Democrática Unitária (Carlos Alberto de Sousa Coutinho, Joaquim Vieira Cotas, Aníbal José Gonçalves Guerreiro e Maria Gabriela Bessa da Cruz Tavares), um do Bloco de Esquerda (Feliciano Teixeira Bernardo), um do Centro Democrático Social-Partido Popular (Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa Jorge de Sande e Castro) e um do Partido pelos Animais e pela Natureza (Ana Sílvia Rodrigues Paixão Ferreira Marques) e com oito abstenções do Partido Socialista (Dinis Penela Antunes, Joaquim dos Reis Marques, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Pedro Miguel Ramos Almeida, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Vidal Diogo Fernandes Antão, José António Pires Paiva e Paulo Nicholas Bastos Pinto).------ -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Deputado Alexis Godinho Gonçalves, do Partido Social Democrata, não estava presente na altura da votação.--------------------------------------------------------------------------------------Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: --------------------------------“DELIBERAÇÃO N.º 139/2014 ---------------------------------------------------------------------------PROPOSTA C.M.O. N.º 847/14 - DRH - INTERNALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DA OEINERGE E DOS SEUS TRABALHADORES - ADITAMENTO À 36 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO N.º 664/14, DE 08-10-14 ----------------------------------------------------- A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número oitocentos e quarenta e sete barra catorze, a que se refere a deliberação número sessenta da reunião da Câmara Municipal, realizada em dezanove de novembro de dois mil e catorze, e deliberou por maioria, com vinte e oito votos a favor, sendo quinze do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente, seis do Partido Social Democrata, quatro da Coligação Democrática Unitária, um do Bloco de Esquerda, um do Centro Democrático Social-Partido Popular e um do Partido pelos Animais e pela Natureza e com oito abstenções do Partido Socialista, aprovar a internalização das atividades da Oeinerge - Agência Municipal de Energia e Ambiente de Oeiras, e dos seus trabalhadores nos Serviços do Município de Oeiras, nos termos e condições propostos pelo Órgão Executivo do Município traduzidos naquela deliberação. --------------------- Mais foi deliberado, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da ata.” ---------4.2.1.1. O Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) fez a seguinte Declaração de Voto: --------------------- “O PSD votou favoravelmente as duas propostas, tendo em conta aquilo que é hoje a realidade jurídica que tutela a intervenção do Município em associações deste tipo e, por outro lado, aquilo que é a realidade económico-financeira da Associação. E porque teve em conta também os esclarecimentos prestados pela Senhora Vereadora, no que respeita à internalização e à questão dos trabalhadores, no pressuposto de que eles só serão, de facto, admitidos na Câmara após a decisão de dissolução da Assembleia, nos termos fixados pela lei. ----------------------------------------- De outra forma, o sentido de voto, no que respeita à proposta oitocentos e quarenta e sete, catorze, teria sido outro completamente distinto.” --------------------------------------------------4.2.1.2. O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) fez a seguinte Declaração de Voto: ----------------------- “O Partido Socialista votou em abstenção e, em síntese, por duas razões muito fortes: 37 em primeiro lugar, porque nós aceitamos e admitimos que a Associação atingiu o seu limite e que, tal como estava, não poderia continuar e impunha-se uma reformulação. ------------------------------------Mas também não vamos votar a favor de uma extinção que assenta em pressupostos pouco convincentes e que, no fundo, acaba por resultar num branqueamento da responsabilidade política aquilo que se passou na Agência Municipal nos últimos anos, responsabilidade da força política que dirige a Câmara Municipal e, portanto, não poderíamos votar a favor por essa razão política. ---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Depois, em relação à proposta sobre a internalização dos trabalhadores, como dissemos, nós somos favoráveis a que se possa dar uma resposta de estabilidade a estes trabalhadores, que o seu contributo possa ser dado no âmbito de políticas que possa a Câmara gerar no futuro. Ainda assim, como a própria Câmara assumiu nos esclarecimentos que prestou, houve dúvidas, houve algumas incertezas que tiveram de ser buriladas pelos juristas da Câmara e, face a essas dúvidas, fazia sentido que nós próprios também, na leitura que fizemos da legislação, identificámos, fazia sentido para nos dar a segurança jurídica numa decisão que é difícil de ser tomada e de confortar naquilo que é o atual enquadramento legal, que houvesse um parecer de uma entidade externa, de preferência tutelada pelos órgãos políticos que são responsáveis nesta área. -----------------------------------------------------------------------------------------------------A Câmara, preterindo e não estando disponível a solicitar este parecer, não nos deu as condições políticas necessárias para que pudéssemos votar favoravelmente a proposta de deliberação.” ----------------------------------------------------------------------------------------------------4.3. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 547/14 - DAGF - relativa à Taxa Municipal de direitos de passagem para o ano 2015 (os documentos relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta reunião) ---------------------------------------------O Senhor Deputado Feliciano Bernardo (BE) fez a seguinte intervenção: ----------38 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- “Mais uma vez, sou o primeiro, já que ninguém se chega à frente, e parece-me o seguinte: efetivamente, temos que cobrar os zero vírgula vinte e cinco, porque é a taxa que o operador me cobra a mim. Enquanto utente, cobra-me zero vírgula vinte e cinco por cento. ------------------- Agora, gostava de saber como é que isto foi feito em dois mil e catorze (creio que a lei já é de dois mil e quatro). A Câmara não recebeu dinheiro dos operadores em dois mil e catorze e dois mil e treze, dois mil e doze? Isso é que eu gostava de saber, porque isto já é uma lei que tem cerca de dez anos, não é? Então, durante estes dez anos, os operadores cobram aos munícipes zero vírgula vinte e cinco, que é a taxa máxima, e a Câmara não vai buscar o dinheiro que nos está a cobrar a nós, que deve ser para a Câmara, em benefício da Câmara, e não cobrou em dois mil e doze, dois mil e treze e dois mil e catorze? Era a pergunta que gostaria de fazer.” -------------- O Senhor Deputado Luís Santos (IOMAF) referiu o seguinte: ------------------------------------- “Evidentemente que a Câmara tem que cobrar esta taxa. O problema aqui é que as operadoras não fornecem à Câmara o total da faturação e é sobre esse total que a taxa deve ser cobrada. --- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Portanto, a Câmara está com o problema de não ter a base para aplicar a taxa, mas, pela leitura que fizemos, verificámos o propósito decidido da Câmara insistir sobre as operadoras para que lhe forneçam esses elementos sobre o total faturado, a fim de poderem cobrar a taxa. --------------- Portanto, esperamos que a Câmara consiga, quanto mais não seja pela via judicial, como no documento é levantada a hipótese, ter elementos para cobrar a taxa, como é elementaríssimo que o faça e, portanto, estamos completamente de acordo com a Câmara, mais uma vez, neste aspeto, e esperamos que as coisas se resolvam a bem e que a taxa seja cobrada.” ------------- O Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) observou o seguinte: ----------------------------------- “De facto, esta proposta reflete, claramente, aquilo que é um comportamento 39 fortemente criticável e insustentável por parte das operadoras, porque todos nós sabemos, enquanto consumidores, que essas taxas são refletidas sobre os mesmos, somos nós que as pagamos e aqui, estas operadoras, no fundo, limitar-se-iam a recolher esse valor para o entregar a terceiros, a câmaras e, não o fazendo, isto tem um nome muito feio, que me abstenho aqui de reproduzir. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Mas o certo é que também a Câmara não pode continuar, indefinidamente, à espera que a boa vontade de algumas dessas operadoras, que nem sempre a têm, como agora foi visível por parte da EDP e da GALP, no que respeita a um imposto especial e, portanto, a Câmara tem aqui uma obrigação de acionar os mecanismos ao seu dispor para obter esse pagamento. -----------------------Não faz sentido, aliás, eu já julgava, inclusive, que aquilo que é hoje uma intenção que aqui nos é reproduzida já tivesse passado a uma ação, ou seja, no fundo, já estivesse em curso uma qualquer ação judicial no sentido de obrigar, de facto, as operadoras a pagarem aquilo que é devido.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Também é certo, e isto é importante, é que a Câmara, se não tem os dados da faturação, também está impossibilitada, de facto, de apresentar o respetivo montante a cobrar. E este é um outro problema, isto começa por ser, desculpem-me a expressão, como a “história do ovo e da galinha”. Efetivamente, a Câmara não pode cobrar, porque não tem os elementos, e não pode acionar, porque não pode liquidar e apresentar a respetiva faturação. ----------------------------------------Portanto, isto tem que ter uma solução, porque essa é uma posição de justiça mínima para com os consumidores. A Câmara necessita destes valores, porque, se não necessitasse, não estava a implementar esta taxa. Somos nós que a pagamos e as operadoras são meras caixas de recolha desses valores que deveriam entregar e não o fazem e, portanto, de facto, isto merece, como aqui, aliás, é dito, que, desde já, seja dado conhecimento ao regulador e, mais do que isso, que a Câmara, realmente, promova tudo aquilo que é necessário, nomeadamente, enfim, até 40 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS publicitando aquilo que é um comportamento fortemente ofensivo dos direitos dos consumidores e do próprio direito da Câmara Municipal. ------------------------------------------------------------------------------ Portanto, espero que a Câmara Municipal, e terá o nosso apoio, obviamente, nesta matéria, consiga, mesmo publicamente se necessário, colocar estas operadoras perante um facto consumado, ou seja, que elas estão a ficar, indevidamente, com dinheiro que não lhes pertence e que deveriam entregar às câmaras. --------------------------------------------------------------------------------------- Esta é que é a realidade, eventualmente escudando-se nalgum subterfugio legal, não tive oportunidade de ver a lei, que lhes permite não entregar a faturação quando o deviam fazer. ------------- Espero, de facto, uma posição de força da Câmara, como tem tido noutras matérias, em relação a esta questão. ------------------------------------------------------------------------------------------------- Quanto à taxa, obviamente que o PSD irá votar favoravelmente a proposta.” ----------------------- O Senhor Deputado Carlos Coutinho (CDU) disse o seguinte: ------------------------------------- “Para nós, era importante um esclarecimento da Câmara de imediato em relação a esta matéria e a apresentação da proposta, porque, de facto, se a taxa existe e se existem valores a entregar à Câmara, gostaríamos de saber como é que está a situação em relação a esta matéria, mas também acrescentamos que…não, não, não faz mal. ------------------------------------------------------------ Só recapitulando Senhor Vice-Presidente, achamos que é oportuno, desde já, que nos preste um esclarecimento em relação ao ponto desta situação, o que é que se está a passar em relação a isto, se, de facto, esta situação está em vias de ser resolvida e ser a Câmara ressarcida do valor que, efetivamente, as operadoras têm que dar ao Município, qual é o ponto da situação em relação a essa matéria, independentemente da discussão política que nós queremos fazer sobre esta matéria, porque, e adianto já, nós estamos perante uma situação em que é mais uma taxa que vai drenar sempre o rendimento das famílias e das pessoas em geral e, por isso mesmo, 41 estamos contra, mas também porque estamos num quadro de referência, com empresas altamente lucrativas em que, de facto, não faz qualquer sentido, aquilo que foi dito já por outros colegas desta Assembleia que é, essas empresas, perante a existência de uma obrigação de devolver à Câmara dinheiros que são da Câmara, não o estarem a fazer e, portanto, acresce esse aspeto. ------------------Mas independentemente disso e em termos políticos, achamos que taxar mais, por esta via, os munícipes, achamos mal, e achamos mal, porque, de facto, as famílias sofrem, cada vez mais, com rendimentos cada vez menores, e estamos num quadro de referência com empresas que, de facto, usam e abusam do seu poder económico para, inclusivamente, neste caso, afrontar o Poder Local e a Câmara, não pagando à Câmara, não devolvendo à Câmara o dinheiro que, em princípio, teriam que devolver no quadro de relacionamento entre partes, que deviam observar. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------Mas, de qualquer forma, a CDU pede ao Senhor Vice-Presidente se, de facto, estamos a avaliar a situação com os dados todos ou se tem algo a nos esclarecer sobre esta matéria.”--- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) fez a seguinte intervenção: ------------------------------“No tempo em que tanta gente diaboliza as chamadas taxas e taxinhas das formas mais eloquentes, a verdade é que esta é uma taxa que faz sentido, porque, de facto, o Município tem encargos naquilo que são as adaptações técnicas que são feitas para que estas empresas possam operar no Município. ----------------------------------------------------------------------------------------------Agora, o que se está a passar é uma imoralidade de facto, porque as empresas não estão a manter um relacionamento sério relativamente à aplicação desta taxa, não estão a ter um relacionamento sério com o Município. ----------------------------------------------------------------------------------E aquilo que se está a passar aqui, infelizmente passa-se também noutros municípios. --------------Agora, não vale a pena iludirmos as questões. O problema aqui não é um problema 42 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS de regulação, porque o regulador limita-se a zelar pelo que está na lei. O problema aqui é o problema de lei e, de facto, aí, terá de haver um esforço da parte do legislador - o Governo, os diferentes grupos políticos representados na Assembleia da República, e também, porque não, aquilo que são as entidades intermunicipais de representação dos diferentes municípios visados por este regime, de forma a alterarem o enquadramento legal que nós temos e construir um modelo que impeça estas empresas de fazer refletir esta taxa nos munícipes. ------------------------------------- Isso, com certeza que será uma construção jurídica que não é fácil, mas julgo que, conferindo poderes diferentes ao regulador para intervir nesta matéria e com vontade política, a questão se pode resolver e, portanto, nesta fase, aquilo que nós dizemos e interpelamos a Câmara Municipal é que, junto dos diferentes municípios, seja ao nível do Conselho Metropolitano, seja ao nível da Associação Nacional de Municípios, que haja uma posição contundente dos municípios de forma a que o legislador possa tomar uma iniciativa que aperfeiçoe, com urgência, o regime legal vigente.” ---------------------------------------------------------------------------------------------------- A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) referiu o seguinte: ---------------------- “Não vou acusar nenhum toque, nem vou falar em tom jocoso (estou a brincar). ------------------ Creio que a reflexão a fazer sobre os direitos de passagem, na minha opinião, tinha sido muito mais seguro aquilo que o Deputado da CDU referiu, que diz respeito a isto: nós podemos estabelecer que a taxa dos direitos de passagem seja feita entre os zero quinze a zero vinte e cinco. E nós temos feito sempre a proposta para o valor máximo, ou seja, zero vírgula vinte e cinco. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------- A pergunta que gostaria de fazer era: como é que nós, ao fazermos agora a proposta para zero vinte e cinco e sabendo que as operadoras fazem incidir este custo nas faturas, ou seja, os municípios, por terem um custo na utilização do solo e do subsolo, no que diz respeito à 43 passagem das infraestruturas, nós - Município - cobramos às empresas. No entanto, estas empresas acabam por repercutir estes custos nos consumidores, ou seja, no fundo, quando nós aqui aprovamos uma taxa no valor máximo de zero vinte e cinco, estamos a dizer que os utilizadores das empresas, que são, hoje em dia, toda a população como bem sabemos, vão ter um aumento na sua fatura, ainda que este serviço esteja a ser prestado por todos, ou seja, mais uma vez, quem paga a taxa é o consumidor, é o cidadão oeirense…diz ali o Senhor Deputado Joaquim Cotas (CDU), e muito bem, é o bivalve. ----------------------------------------------------------------------Gostaria que esta Assembleia Municipal refletisse um bocadinho era se nós podíamos ou não, se temos esta necessidade ou se podíamos, de alguma forma, controlar o valor da taxa para zero vírgula vinte e cinco, se não poderia ser uma taxa reduzida de forma a que os custos sejam menores na faturação. E não tinha tanto entusiasmo, como outras bancadas, em cobrar, apesar de saber que os valores são apetecíveis para o erário municipal, mas, atenção, mais uma vez, é no orçamento familiar que estamos a incidir, mais uma vez, estamos a onerar as famílias oeirenses e, portanto, apesar de tudo, vou votar favoravelmente a taxa, mas creio que era possível repensar um bocadinho o que é que andamos aqui a fazer.” ------------------------------------------------O Senhor Deputado Joaquim dos Reis Marques (PS) observou o seguinte: ----------------------“Fui, há muitos anos, nesta Assembleia Municipal, um grande defensor da aplicação de uma taxa de atravessamento de utilização do subsolo dos munícipes. E inspirado, à época, naquilo que era o Município da Amadora, então presidido pelo Senhor Orlando Gonçalves…Almeida, desculpem, faço sempre confusão, foi a Amadora um dos protagonistas primários deste problema. --------------------------------------------------------------------------------------------------E acho que as grandes empresas, os utilizadores dos serviços de bem comum aos munícipes, devem pagar aos municípios uma taxa de utilização do subsolo. ---------------------------------------Agora, não entendo é que eles não apliquem na fórmula o custo de, como é da água, 44 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS por exemplo, o custo da água é todo o valor que ela custa, portanto, eles fornecem-nos um bem, e não irem aplicar, como aplicaram, junto dos munícipes, a aplicação desta utilização. Essa deve ser o primeiro. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Como disse aqui o meu camarada Pedro Almeida (PS), acho que esta é uma posição nacional. Na Associação Nacional de Municípios, penso que todos os municípios têm isto, na Área Metropolitana e junto dos grupos parlamentares é que se deve concertar esta decisão. ------------------- Estamos a ver o que está a acontecer com a GALP e com a EDP, mas acho que o Estado Português e os Municípios Portugueses não devem recuar e devem exigir o pagamento da utilização do subsolo.” ----------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. prestou os seguintes esclarecimentos: --------------------- “Este, efetivamente, é um problema que se arrasta há uns anos e, conforme já foi aqui dito por elementos das várias bancadas, é uma injustiça aquilo que se passa. ------------------------------- Mas, em relação a esta matéria, até porque temos ali a nossa Chefe da Divisão de Gestão do Espaço Público e Infraestruturas Municipais, Engenheira Teresa Dias, poderá prestarnos aqui um esclarecimento em relação a esta matéria, para nós ficarmos muito mais bem identificados. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Então, antes de passar à Engenheira Teresa Dias, aqui, a Senhora Vereadora Madalena Castro.” ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- A Senhora Vereadora Madalena Castro disse o seguinte: ------------------------------------------ “De qualquer forma, isto é um assunto meio complicado, porque versa, como os Senhores Deputados já perceberam, única e exclusivamente, os operadores de telecomunicações, que cobram aos seus clientes zero vírgula vinte e cinco por cento sobre a fatura a título de taxa municipal de direitos de passagem, portanto, cobram um valor que, supostamente, é para 45 entregar às câmaras, mas entregam, de facto, aos municípios um valor residual que nós não temos como auditar, isto é, nós não temos como dizer se está certo, se está errado. E a sensibilidade que existe nos nossos serviços é que é muito inferior àquilo que, de facto, é cobrado aos clientes das operadoras e é necessário que a Câmara e a Assembleia Municipal fixem a taxa, que é a que está aqui proposta, e que as operadoras nos remetam a faturação que emitem ao cliente. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------Estou a tentar dar uma explicação, enfim, muito simplista e, tal como o Senhor VicePresidente referiu, passava a palavra à Engenheira Teresa Dias, a nossa Chefe de Divisão de Gestão do Espaço Público e Infraestruturas Municipais, que, eventualmente, poderá dar mais informações sobre esta problemática.” -----------------------------------------------------------------------------------A Senhora Engenheira Teresa Dias, Chefe de Divisão de Gestão do Espaço Público e Infraestruturas Municipais, esclareceu o seguinte: ------------------------------------------------------“Também vou tentar ser simples. ---------------------------------------------------------------------------A taxa municipal de direito de passagem é o único valor que os operadores de telecomunicações pagam às autarquias, e vem substituir todas as taxas que eles antigamente pagavam, das aberturas de vala, das alterações de trânsito e tudo o que decorre da nossa tabela de taxas. ------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Independentemente de nós e alguns juristas do mercado acharem que esta lei está inconstitucional, o que é facto é que está em vigor e nós temos que a cumprir. ------------------------------------O que está previsto também na lei é que nós podemos pedir auditorias às contas das telecomunicações e o nosso Gabinete Jurídico já está a tratar disso, porque aquilo que recebemos, nós achamos, mas não deixa de ser um “feeling”, que são valores baixos, mas sem as auditorias às contas, nós também não temos como apurar montantes.” ---------------------------------------------A Senhora Vereadora Madalena Castro acrescentou o seguinte: ---------------------46 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- “Aquilo que a Senhora Engenheira acabou de informar foi que, enquanto a EDP, a Lisboa Gás paga ao Município taxas pela abertura de vala e por nos dar cabo, no fundo, é assim, dos passeios, dos arruamentos, etc., os presidentes de junta sabem disso, já estão ali dois a dizer que sim, porque, de facto, às vezes, é extremamente irritante, porque nós requalificamos uma via, ou um passeio, mandamos sempre ofícios para todos os operadores a dizer quais são as obras que vamos fazer no ano seguinte para haver uma coordenação de trabalhos, mas, com muita frequência, nós temos acabado de repavimentar uma via, ou de requalificar um passeio e, dois meses depois, vai lá a Lisboa Gás, ou uma operadora qualquer, abrir mais um buraco e, obviamente, isto é como quando nós fazemos uma operação, fica lá sempre a costura, nunca fica bem. ------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Bom, mas dizia eu que, ao nível das telecomunicações, as operadoras não pagam estas taxas de aberturas de valas e o único valor que deveriam entregar ao Município é esta taxa municipal de direitos de passagem, que nós não temos como verificar se é o valor correto e, portanto, aquilo que se pretende é que seja fixado em zero vinte e cinco. ------------------------------------------ O nosso Gabinete Jurídico está a ver se há fórmula legal de os obrigar a mandaremnos as contas, porque nós estarmos a pedir auditorias temos que as pagar, porque não há ninguém que faça auditorias às operadoras de telecomunicações de graça e, portanto, do que se trata é disto, é obrigar, ou procurar que as operadoras passem a pagar zero vírgula vinte e cinco por cento sob o total da faturação que cobram aos clientes.” --------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Joaquim dos Reis Marques (PS) inquiriu o seguinte: ----------------------- “Uma pergunta, penso que estou seguro: existe ou não um regulamento de utilização do subsolo no Município de Oeiras?...Existe, portanto, esta é uma situação. Funciona, se conseguimos aplicá-lo, se está mal, temos que rever esta situação. ------------------------------------47 --------------A outra situação: durante muito tempo, que eu saiba, a EDP também não pagava. E houve um trabalho desenvolvido pelo então Vereador Pedro Simões, que se conseguiu, ao longo de muito tempo, receber uma verba, até avultada, anteriormente. ----------------------------------------------------Portanto, o mesmo princípio que foi utilizado para com a EDP, pode-se caminhar no sentido das empresas de telecomunicações.------------------------------------------------------------------------------E pergunto, por fim: a ANACOM, que é a entidade reguladora, foi alguma vez confrontada com esta situação? É ela que devemos também pressionar sobre este sentido.” --------------------A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) fez a seguinte intervenção: --------------“Creio que as preocupações da cobrança são absolutamente pertinentes: uma vez que a taxa existe e é cobrada aos consumidores deve ser passível de ser verificada. -----------------------------------Agora, a minha pergunta. Uma vez que nós temos aqui um intervalo da taxa que podemos aprovar no âmbito das competências desta Assembleia, a minha dúvida prende-se com isto: se nós fizermos uma redução da taxa, imaginando, o valor mínimo é zero quinze, nós conseguimos que aos consumidores em Oeiras apenas seja taxado zero quinze? É zero vinte e cinco, porque já está a ser cobrado zero vinte e cinco? Por que é que a proposta está a ser feita no valor máximo? É isso que gostava de saber, porque é-nos dado o valor sem a possibilidade de alterar, como faz, justamente, a publicidade da lista de todos os municípios do valor que cada um dos municípios está a cobrar e, quase todos, a zero vinte e cinco. ----------------------------------------------------Aquilo que gostava de saber é: se há forma de controlar o valor da taxa, se nós podemos fazer o valor mínimo e se, ao fazê-lo, tínhamos hipóteses de diminuir a taxa ao consumidor.” -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. respondeu o seguinte:-----------------------------------------“Em relação a esta matéria, não sei precisar, sinceramente, qual…aliás, acho que esta taxa, zero vinte e cinco, já vem fixada de anos anteriores. ----------------------------------------------48 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- Agora, sinceramente, não sei precisar quais foram os fundamentos que levaram a se fixar nestes zero vinte e cinco, mas, de qualquer maneira, não sei se a Senhora Vereadora Madalena Castro tem mais alguma informação relacionada com esta matéria.” ---------------------------------- A Senhora Vereadora Madalena Castro esclareceu o seguinte: ------------------------------------ “De facto, não tenho. ----------------------------------------------------------------------------------------- A proposta de deliberação é do Senhor Presidente. Não sei se, inclusivamente, é uma percentagem que está fixada na lei…não está? É o máximo. --------------------------------------------------------- Mas, agora, vou falar ao nível político: acho que há taxas que devem ser inferiores àquela que a lei permite e falo, enfim, de esgotos, águas, eventualmente o IMI. ---------------------------------- Nas telecomunicações, sinceramente, não sei se deveremos ir por aí, mas é uma proposta do Senhor Presidente e, portanto, aquilo que é proposto à Assembleia Municipal são os zero vinte e cinco.” --------------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) observou o seguinte: ------------------------------------- “É só para voltar a questionar a Câmara, porque não respondeu, se já foi interpelada a ANACOM relativamente a esta matéria para se pronunciar.”------------------------------------------------------ A Senhora Vereadora Madalena Castro respondeu o seguinte: ------------------------------------ “Senhor Presidente, se não se importa, passava a palavra à Senhora Engenheira, penso que sim, mas ela deve ter uma memória mais apurada do que a minha, não me recordo, não consigo situar esses contactos.” -------------------------------------------------------------------------------------- A Senhora Engenheira Teresa Dias, Chefe de Divisão de Gestão do Espaço Público e Infraestruturas Municipais, informou o seguinte: ------------------------------------------------------ “Desde o princípio que saiu esta legislação que nós tentamos envolver a ANACOM. ------------- Chegámos a ir, inclusive, pelo menos, duas ou três vezes, a reuniões com alguém da 49 ANACOM e nada foi feito.-------------------------------------------------------------------------------------------------Chegámos a enviar ofícios a pedir as auditorias, porque estas estão previstas na lei e eles são obrigados a entregar, sendo essa obrigação através da ANACOM e, desta, nunca houve nenhum passo a fazer coisíssima nenhuma.------------------------------------------------------------------------------Portanto, daí, nós não conseguimos nenhuma ajuda. Por isso, o Jurídico, agora, vai pedir as auditorias diretamente às empresas, porque a ANACOM é “chover no molhado”. ---------------------Só queria dizer duas coisinhas relativamente ao que disse: ainda que haja regulamentos internos na Câmara sobre os trabalhos na via pública, nunca se sobrepõem a uma lei, portanto, a lei das telecomunicações, nós temos de a cumprir, ainda que não concordemos com ela. --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------E relativamente à EDP, eles não pagam a parte de trabalhos na via pública, mas pagam uma renda de concessão. Essa renda de concessão está protocolada, está o contrato de concessão, onde está lá discriminado quais são as tarefas que eles podem fazer abrangidos por essa renda. E é só por isso que não pagam, não pagam individualmente, mas pagam ao ano.” ----4.3.1. VOTAÇÃO -----------------------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada, por maioria, com trinta e um votos a favor, sendo quinze do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente (Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Fernando dos Santos Afonso, Jorge Manuel de Sousa de Vilhena, Nuno Emanuel Campilho Mourão Coelho, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, Maria Carolina Candeias Tomé, Sónia Maria Antas de Barros Amado Gonçalves, Luís Filipe Pereira Santos, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Salvador António Martins Bastos Costeira, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, António José da Luz Ramalhete, Carlos João Leão de Carvalho Barata Roda e Maria Teresa Sousa de Moura Guedes), oito do Partido Socialista (Dinis Penela Antunes, Joaquim dos 50 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS Reis Marques, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Pedro Miguel Ramos Almeida, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Vidal Diogo Fernandes Antão, José António Pires Paiva e Paulo Nicholas Bastos Pinto), seis do Partido Social Democrata (António de Jesus Seixas, Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Alda Maria Reis Gouveia Lima, Valdemar Pedro Cabral da Câmara de Almeida, Augusto Teresa Pissarreira e Andreia Vanessa Mota Alves), um do Bloco de Esquerda (Feliciano Teixeira Bernardo) e um do Partido pelos Animais e pela Natureza (Ana Sílvia Rodrigues Paixão Ferreira Marques), com quatro votos contra da Coligação Democrática Unitária (Carlos Alberto de Sousa Coutinho, Joaquim Vieira Cotas, Aníbal José Gonçalves Guerreiro e Maria Gabriela Bessa da Cruz Tavares) e uma abstenção do Centro Democrático Social-Partido Popular (Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa Jorge de Sande e Castro). --- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Alexis Godinho Gonçalves, do Partido Social Democrata, não estava presente na altura da votação. ------------------------------------------------------------------------------------- Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: -------------------------------- “DELIBERAÇÃO N.º 140/2014 -------------------------------------------------------------------------- PROPOSTA C.M.O. N.º 547/14 - DAGF - TAXA MUNICIPAL DE DIREITOS DE PASSAGEM PARA O ANO 2015 --------------------------------------------------------------------------------- A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número quinhentos e quarenta e sete barra catorze, a que se refere a deliberação número dez da reunião da Câmara Municipal, realizada em vinte e dois de outubro de dois mil e catorze, e deliberou por maioria, com trinta e um votos a favor, sendo quinze do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente, oito do Partido Socialista, seis do Partido Social Democrata, um do Bloco de Esquerda e um do Partido pelos Animais e pela Natureza, com quatro votos contra da Coligação 51 Democrática Unitária e uma abstenção do Centro Democrático Social-Partido Popular, aprovar fixar a Taxa Municipal de Direitos de Passagem (TMDP), para o ano dois mil e quinze, em zero vírgula vinte e cinco por cento sobre a faturação mensal emitida pelas empresas que oferecem redes e serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público, em local fixo, para todos os clientes finais do Município de Oeiras, conforme proposto pelo Órgão Executivo do Município traduzido naquela deliberação. ---------------------------------------------------------------------------------------------Mais foi deliberado, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da ata.” ---------4.3.1.1. O Senhor Deputado Carlos Coutinho (CDU) fez a seguinte Declaração de Voto: ------------------“Votámos contra esta proposta por duas razões: primeiro, porque estamos a onerar as famílias pela taxa máxima e, em segundo lugar, porque a própria Câmara não consegue, nem estimar, nem recuperar os valores em dívida à Câmara pelas operadoras.” ---------------------------4.3.1.2. O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) fez a seguinte Declaração de Voto:------------------------“O Partido Socialista votou favoravelmente porque, num momento de crise, seria imoral que nós desonerássemos as empresas de telecomunicações, que têm lucros fabulosos, relativamente a esta taxa que é mais do que devida por aquilo que o Município investe neste tipo de infraestruturas e, portanto, aquilo que é importante hoje aqui frisar, e com o nosso voto a favor também queremos reforçar, é a importância do empenho político de todos para que a legislação seja alterada de modo a que, no próximo ano, a taxa seja efetivamente cobrada, como é devido, a estas empresas de telecomunicações.” --------------------------------------------------------4.3.1.3. A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) fez a seguinte Declaração de Voto: ------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------“O CDS votou pela abstenção, uma vez que, ainda que saibamos da necessidade de cobrar o serviço de utilização do subsolo no Município, o Executivo não soube explicar a escolha da taxa máxima e não soube dizer-nos por que é que não pode ser, uma vez que sabemos 52 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS que estes operadores de telecomunicações vão aplicar o valor da taxa máxima aos consumidores, não sabemos por que é que este Executivo não poderia optar pela taxa mínima, a fim de proteger também os interesses dos cidadãos, porque vão ser valores repercutidos na faturação.”------------4.3.1.4. O Senhor Deputado Feliciano Bernardo (BE) fez a seguinte Declaração de Voto: ----------------- “Nós votámos a favor, porque, efetivamente, as taxas já foram cobradas aos munícipes e aos utentes. ---------------------------------------------------------------------------------------------------- Portanto, se as taxas foram cobradas aos munícipes e aos utentes, de uma forma pragmática, deverá voltar para a Câmara esses valores para se amenizar a situação financeira da Câmara e do Município. ---------------------------------------------------------------------------------------------------- Agora, há uma questão que não me foi respondida: o que é que aconteceu às taxas de dois mil e treze, dois mil e catorze.” ------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente da A.M. referiu o seguinte: ------------------------------------------------------ “Não há mais declarações de voto. ------------------------------------------------------------------------- Vamos fazer um intervalo e pedia, encarecidamente, aos Senhores e às Senhoras Deputadas e ao Senhor Vice-Presidente e Vereadores da Câmara que, às cinco e meia, seis menos vinte e cinco, para termos quinze minutos, retomássemos os trabalhos, porque temos ainda nove pontos na agenda desta reunião.” --------------------------------------------------------------------------- INTERVALO ------------------------------------------------------------------------------------------------ O Senhor Presidente da A.M. interrompeu os trabalhos para a realização de um breve intervalo.-- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente da A.M. informou o seguinte: --------------------------------------------------- “Vamos começar, então, a segunda parte.” --------------------------------------------------4.4. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 560/14 - GP - relativa à Alteração de 53 Estatutos da Habitágua - Serviços Domiciliários e Técnicos Especializados, E.M., Unipessoal, Ldaª. (os documentos relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta reunião) ----------------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Deputado Feliciano Bernardo (BE) disse o seguinte: ------------------------------------“Na minha opinião, isto parece ser uma coisa, extremamente, simples. ------------------------------O Tribunal Administrativo pediu à Câmara para informar por que é que a Comissão de Trabalhadores não fazia parte das reuniões. A Câmara, tanto quanto me apercebi, informou que não existia Comissão de Trabalhadores e embora não existindo uma, poderá vir a existir. Estamos a falar da alteração aos estatutos da Habitágua. --------------------------------------------------------------Portanto, é só acrescentar que a Lei prevê que os membros da Comissão de Trabalhadores participem nas reuniões de Conselho de Gerência. Acho que não é mais do que isso, acho que estou a ser, suficientemente, sintético.”-----------------------------------------------------------------O Senhor Deputado Joaquim Cotas (CDU) fez a seguinte intervenção: ---------------------------“Quer dizer, este problema não é assim tão simples como aqui o Senhor Deputado Feliciano Bernardo (BE) falou. --------------------------------------------------------------------------------------------É que o que está aqui em causa não é bem o assento ou não-assento dos dois membros da Comissão de Trabalhadores no Conselho de Gerência, porque nem é assento, eles podem assistir às reuniões, mas não têm assento no Conselho de Gerência. ---------------------------------------O que está aqui em causa é o seguinte: a Habitágua, como todos nós sabemos, não tem pernas para andar, aquilo vai ter um fim, vai ter de ter uma solução. O que está em causa são os quarenta e um trabalhadores que estão na Habitágua e esses é que nós, Deputados Municipais, Vereadores, etc., temos que ver qual é a solução para eles, porque se a Habitágua acaba, eles continuam e as tarefas que estão a fazer são necessárias e vão continuar. ------------------------------------------Portanto, parece-nos que a solução mais simples e linear era a integração desses 54 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS quarenta e um trabalhadores no quadro do SIMAS. ------------------------------------------------------------------- O que estamos aqui a votar, na verdade, é a correção à alteração dos estatutos e isso é pacífico, não tem problema, até porque o problema é simples. Agora, o que está aqui obriga ou deve levar as pessoas a refletir e a pensar é o futuro próximo que vem aí para aqueles quarenta e um trabalhadores, porque a Habitágua tem os dias contados por não ter pernas para andar.” ------------------- O Senhor Deputado Luís Santos (IOMAF) referiu o seguinte: ------------------------------------- “Não vejo aqui estas informações que o Senhor Deputado Joaquim Cotas (CDU) apresentou agora. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Relendo os documentos, parece que, de facto, o grande problema aqui é apenas alterar um pormenor na redação dos estatutos da Habitágua para que os dois trabalhadores, da respetiva Comissão, possam participar no Conselho de Gerência. -------------------------------------------------- Agora, ir mais longe do que isto, aqui nos documentos não está. Isto é pacífico, de facto, o que aqui está.” ----------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. prestou os seguintes esclarecimentos: --------------------- “A proposta, conforme referiram, é extremamente simples. No fundo, é prever a constituição da Comissão de Trabalhadores por dois dos seus representantes que participarão nas reuniões do Conselho de Gerência. --------------------------------------------------------------------------------------- Relativamente ao resto, Senhor Deputado Joaquim Cotas (CDU), a Câmara Municipal de Oeiras desenvolverá todos os esforços no sentido de manter a Habitágua a funcionar e, por outro lado, manter também os postos de trabalho dos seus funcionários, mas para já não há indicadores que ponham em causa a continuidade da Habitágua. ---------------------------------- Mas, como lhe disse anteriormente, iremos desenvolver todos os esforços para que ela continue a funcionar.” -------------------------------------------------------------------------------------55 --------------O Senhor Deputado Joaquim Cotas (CDU) observou o seguinte: ----------------------------------“Não tínhamos dúvidas nenhumas sobre isso, porque o histórico do Município obviamente que aponta para aí, mandar quarenta e um trabalhadores para o desemprego, não tínhamos grandes dúvidas sobre isso. -------------------------------------------------------------------------------------Agora, a dúvida que temos, e é exatamente isso que peço ao Senhor Vice-Presidente para nos esclarecer melhor, a Habitágua pode continuar? Por quanto tempo e até quando?” --------------------O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. explicou o seguinte: -------------------------------------------“Senhor Deputado Joaquim Cotas (CDU), a Habitágua pode continuar enquanto houver vontade política para tal. -------------------------------------------------------------------------------------------E, também, temos que ter em atenção as questões de natureza legal, mas daquilo que depender da nossa parte, meu caro, a Habitágua continuará a funcionar.” ------------------------------------------O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) interveio, dizendo o seguinte: ---------------------------“Senhor Presidente, registando a diferença de critério aplicado pela CDU no tratamento desta matéria relativamente àquilo que teve na Oeinerge, em que considerou que questões adjacentes ou laterais à proposta de deliberação, que não fazia sentido ser debatida, a verdade é que trouxe aqui, e bem, no nosso entendimento, questões laterais sobre a Habitágua que fazem todo o sentido discutir. -----------------------------------------------------------------------------------------Mas, nós queríamos colocar uma questão ao Senhor Vice-Presidente da Câmara: qual é a avaliação que a Câmara Municipal faz, neste momento, relativamente à intervenção dos trabalhadores neste quadro de participação nos órgãos de gestão? ---------------------------------------------------E qual é a expectativa que tem relativamente à intervenção deles, sabendo nós que está o Sector Empresarial Local a ser revisto? --------------------------------------------------------------------------Qual é que tem sido essa intervenção dos visados neste processo de restruturação?”---------------O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. esclareceu o seguinte: --------------------------56 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- “Senhor Deputado Pedro Almeida (PS), acho que, nestas questões, todos os parceiros devem estar envolvidos na decisão e, portanto, como é óbvio, os trabalhadores, enquanto tal, também devem estar representados e devem ter uma palavra a dizer em relação àquilo que os rodeia, de maneira que a Câmara Municipal de Oeiras vê, como não podia deixar de ser, com bons olhos a sua inclusão.” -----------------------------------------------------------------------------------4.4.1. VOTAÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada, por unanimidade, com trinta e dois votos a favor, sendo treze do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente (Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Fernando dos Santos Afonso, Jorge Manuel de Sousa de Vilhena, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, Maria Carolina Candeias Tomé, Luís Filipe Pereira Santos, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Salvador António Martins Bastos Costeira, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, António José da Luz Ramalhete, Carlos João Leão de Carvalho Barata Roda e Maria Teresa Sousa de Moura Guedes), sete do Partido Socialista (Dinis Penela Antunes, Joaquim dos Reis Marques, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Pedro Miguel Ramos Almeida, Vidal Diogo Fernandes Antão, José António Pires Paiva e Paulo Nicholas Bastos Pinto), seis do Partido Social Democrata (António de Jesus Seixas, Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Alda Maria Reis Gouveia Lima, Valdemar Pedro Cabral da Câmara de Almeida, Augusto Teresa Pissarreira e Andreia Vanessa Mota Alves), quatro da Coligação Democrática Unitária (Carlos Alberto de Sousa Coutinho, Joaquim Vieira Cotas, Aníbal José Gonçalves Guerreiro e Maria Gabriela Bessa da Cruz Tavares), um do Bloco de Esquerda (Feliciano Teixeira Bernardo) e um do Partido pelos Animais e pela Natureza (Ana Sílvia Rodrigues Paixão Ferreira Marques). --------------------------------------- Os Senhores Deputados Nuno Emanuel Campilho Mourão Coelho, Sónia Maria 57 Antas de Barros Amado Gonçalves, do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, do Partido Socialista, Alexis Godinho Gonçalves, do Partido Social Democrata, e Maria Isabel Pereira Fernandes Costa Jorge de Sande e Castro, do Centro Democrático Social-Partido Popular, não estavam presentes na altura da votação. ---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: --------------------------------“DELIBERAÇÃO N.º 141/2014 ---------------------------------------------------------------------------PROPOSTA C.M.O. N.º 560/14 - GP - ALTERAÇÃO DE ESTATUTOS DA HABITÁGUA - SERVIÇOS DOMICILIÁRIOS E TÉCNICOS ESPECIALIZADOS, E.M., UNIPESSOAL, LD.ª -------------------------------------------------------------------------------------------------------A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número quinhentos e sessenta barra catorze, a que se refere a deliberação número dezoito da reunião da Câmara Municipal, realizada em oito de outubro de dois mil e catorze, e deliberou por unanimidade, com trinta e dois votos a favor, sendo treze do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente, sete do Partido Socialista, seis do Partido Social Democrata, quatro da Coligação Democrática Unitária, um do Bloco de Esquerda e um do Partido pelos Animais e pela Natureza, aprovar as alterações estatutárias aprovadas pelo Conselho de Gerência da “Habitágua - Serviços Domiciliários e Técnicos Especializados, E.M., Unipessoal, Ldª”, conforme proposto pelo Órgão Executivo do Município traduzido naquela deliberação. ------------------------Mais foi deliberado, também por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da ata.” --------------O Senhor Presidente da A.M. informou o seguinte:----------------------------------------------------“Vamos passar à proposta seguinte, que é a setecentos e oito de dois mil e catorze, relativa à afixação de uma compensação a cobrar ao empreiteiro por não existência de terreno para equipamento de utilização coletiva e espaços verdes, numa urbanização de Leião.” ----------- 58 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) observou o seguinte: ------------------------------------- “Senhor Presidente, é só uma interpelação à Mesa. ----------------------------------------------------- Não fazia sentido podermos debater estas duas propostas em conjunto, a cinco e a seis?” ------ ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente da A.M. retorquiu o seguinte: --------------------------------------------------- “Sim. Alguém se opõe a que discutamos a cinco e a seis conjuntamente? --------------------------- Então, estão abertas as inscrições para estas duas propostas.” ----------------------------4.5. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 708/14 - DPE - relativa à Compensação pela não cedência de terreno para equipamento de utilização coletiva e espaços verdes Artigos 515º., 516º. e 517º., AUGI de Leião (os documentos relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta reunião) ----------------------------------------------------4.6. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 753/14 - DPE - relativa à AUGI de Leião - Artigos 515º., 516º. e 517º. - Taxas e Licenças de Urbanismo (os documentos relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta reunião) --------------------------------------- O Senhor Deputado José Paiva (PS) fez a seguinte intervenção: ----------------------------------- “Isto passado uma série de anos sobre o desiderato de ter todas as áreas urbanas de génese ilegal, que dão pelo acrónimo de AUGI, todas resolvidas, chegámos a um ponto destes em que as coisas realmente ainda estão numa fase, não direi que é embrionária, mas há conhecimento de que o processo está inventariado, conhecem-se estas áreas e era bom que avançássemos com a resolução deste problema, porque isto correspondeu a um sonho das pessoas. Queriam resolver os assuntos da melhor maneira e de acordo com as suas possibilidades, com as aptidões que dispunham e de acordo com a utilidade que era necessária. -------------- Aquilo a que assistimos é que passado este tempo o problema vem ainda persistindo 59 na medida em que as boas intenções nem sempre se concretizam, pelo menos com a rapidez e dentro dos timings que são desejáveis. -----------------------------------------------------------------------------------Há consciência do problema e poderemos dizer que apesar dessa consciência há coisas, que há sempre embaraço e há sempre constrangimentos que decorrem de natureza administrativa e de questões que giram em torno de um processo que não pode ser um processo que obedeça a uma correção adequada, como é aquilo que acontece em termos de um processo que é iniciado de uma forma normal. -------------------------------------------------------------------------------------Portanto, o que seria desejável era que este processo se desenrolasse da melhor maneira possível, com a solidariedade necessária, tendo em conta que muitas das coisas que foram feitas hoje, mesmo que peguemos num processo de ação corretiva completo, porque isto não se consegue fazer as coisas como se faziam no antigamente… --------------------------------------------------Portanto, ainda há bocado falámos aqui do problema dos direitos de passagem, direitos de utilização de solo, etc., e aquilo a que assistimos é que em muitas destas unidades habitacionais ainda hoje há fios aéreos, nomeadamente no que diz respeito a telefones, no que diz respeito à eletricidade, etc.. --------------------------------------------------------------------------------------------Portanto, bom seria, e penso que a Câmara não irá contra isso, nem ninguém, que realmente tudo isto, estes elementos que dão um aspeto pouco urbano, que fossem elementos que fossem remediados, que se procedesse a um enterramento dos fios telefónicos, da eletricidade, etc., porque estive a ver este bairro e realmente por aquilo que vejo é que ele ainda tem um emaranhado de fios que dão um aspeto de um certo alinhamento. ---------------------------------------------------Aquilo que penso e aquilo que propúnhamos seria que, falando em termos do coletivo que faço parte, era que realmente se criasse uma solução integrada e que se abrisse um canal através do qual se conseguisse dar resposta às necessidades e às ansiedades das pessoas que realmente têm o problema por resolver, que já se arrasta por muito tempo. Arrasta-se para 60 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS além dos catorze anos em que seria desejável que este processo estivesse concluído. --------------------------- E, portanto, isto se não houver um canal através do qual as comissões de moradores e os próprios moradores querem ver a sua situação resolvida, em que se dialogue permanentemente, será muito difícil e isto ainda irá demorar mais uma década possivelmente. --------------- De maneira que é isto que proponho: que se olhe para este problema com atenção e criando um canal através do qual se possa dialogar, permanentemente, de modo a resolver isto, que é um flagelo a que as pessoas não se sentem confortáveis e aquilo que gostariam era que vissem este problema resolvido, quem realmente acabou por as suas aspirações depositá-las numa situação destas e, por vezes, a aventura que correram querem ver se ela tem um fim.” ------------------ O Senhor Deputado Salvador Costeira (IOMAF) referiu o seguinte: ----------------------------- “Esta proposta decorre do que está previsto no regulamento de urbanização e edificação do Município de Oeiras. -------------------------------------------------------------------------------------- De facto, estamos a tratar de um projeto de loteamento, correspondente a uma AUGI de Leião, de mais propriamente dos artigos quinhentos e quinze, quinhentos e dezasseis e quinhentos e dezassete e é muito simples: não havendo possibilidade prática, por falta de terrenos adequados para implantar equipamentos ou zonas verdes, a Câmara, como compensação, determina uma taxa correspondente às áreas para evitar ou para compensar essa não cedência.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------- A proposta está bem elaborada, esclarece claramente qual é a situação, demonstra os quantitativos e os metros quadrados, assim como os fogos a que dizem respeito a esta AUGI de Leião. ----- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Nós consideramos que está em perfeitas condições para poder ser aprovada.” --------------------- O Senhor Deputado Aníbal Guerreiro (CDU) expressou o seguinte:-----------------61 --------------“A CDU está de acordo com esta proposta da redução de taxas. ---------------------------------------Também gostaríamos que nos fosse dada a explicação se isto tem a ver com a não existência dos espaços verdes.” --------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Deputado Feliciano Bernardo (BE) disse o seguinte: ------------------------------------“Em relação a esta questão da AUGI de Leião, todos sabemos o que é que se passa nas AUGIS. Esta aqui, pelo menos, tem uma coisa que me parece que não está muito mal, tem as ruas perfeitamente definidas, portanto, as ruas não têm curvas, não apresentam as características de outras, como o Casal da Choca, ou Lage, ou situações do prédio com mais um anexo, etc.. -----------------De qualquer das formas, esta situação de cobrar às pessoas estes valores quase que vamos bater à mesma situação do estacionamento na zona histórica de Oeiras, quer dizer, não havia possibilidade física e, então, vá de cobrar o estacionamento às pessoas.-------------------------------------Neste caso, é uma coisa similar. A Lei o que diz é que pode ser cobrado um valor pecuniário ou em espécie, portanto, é o que a Lei diz. Agora, em espécie o que é? A espécie que há seria terreno. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------A minha pergunta é simples: os proprietários destes terrenos e destes lotes foram informados e foram envolvidos neste processo de resolução ou não? Esta era a minha pergunta.” --------------O Senhor Deputado Dinis Antunes (J.F. Porto Salvo) interveio, dizendo o seguinte: --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------“Quando vi estas duas propostas fiquei muito satisfeito. ------------------------------------------------Congratulo-me com o conteúdo delas, dou os parabéns ao Executivo, porque finalmente aparece e surge um facto muito importante, mostra-se que há preocupação na legalização das AUGIS.-----------------------------------------------------------------------------------------------------Neste caso, teve ainda a preocupação na redução dos custos e o que considero muito importante, porque na altura em que todos aqueles habitantes construíram as casas, foram 62 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS construídas com grandes dificuldades e isso é muito importante ter em conta. ------------------------------------ Peço apenas que este processo de legalização das AUGIS de Leião seja o início do processo de legalização das restantes AUGIS da Freguesia, que são várias, algumas já bastante adiantadas e urge resolver este problema. ------------------------------------------------------------------------------- De qualquer forma, quero deixar os parabéns ao Executivo pela forma como desenvolveu todo este processo.” ----------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. prestou os seguintes esclarecimentos: --------------------- “Relativamente a esta matéria das AUGIS, estes processos da reconversão e legalização destes loteamentos são processos sempre muito complicados, são processos que envolvem acordos com muitos moradores e de forma que nunca é fácil criar essa unanimidade para além, como é óbvio, e como o Senhor Presidente da Junta de Porto Salvo referiu há pouco, as pessoas construíram, muitas delas, com bastante dificuldade os seus imóveis e, às vezes, nem sempre é possível para as mesmas disporem de determinados valores para regularizarem essas situações. - ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- E este é um processo que tem vindo realmente a ser levado a cabo há muitos anos, conforme disse e muito bem o Senhor Deputado José Paiva (PS), mas quero dizer que o canal que o meu amigo falou está perfeitamente identificado há muitos anos, ou seja, a Câmara Municipal de Oeiras através, na altura, do Departamento de Projetos Especiais e, agora, da Divisão de Projetos Especiais, tem mantido um contacto regular e estreito com todos os moradores e todos eles estão envolvidos. Todas as decisões que são tomadas são de acordo com os próprios moradores. ----------------------------------------------------------------------------------------------------- De maneira que quero-vos dizer que tudo aquilo que efetivamente… É óbvio que da parte da Câmara há todo o interesse em resolver isto o mais rapidamente possível, só que a bola 63 não está só do lado da Câmara, quer dizer, não queremos impor nada, queremos que tudo aquilo que seja decidido seja decidido em harmonia com os próprios moradores. -----------------------------------------Portanto, isto são questões que levam o seu tempo.”---------------------------------------4.5.1. VOTAÇÃO -----------------------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada, por unanimidade, com trinta e cinco votos a favor, sendo catorze do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente (Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Fernando dos Santos Afonso, Jorge Manuel de Sousa de Vilhena, Nuno Emanuel Campilho Mourão Coelho, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, Sónia Maria Antas de Barros Amado Gonçalves, Luís Filipe Pereira Santos, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Salvador António Martins Bastos Costeira, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, António José da Luz Ramalhete, Carlos João Leão de Carvalho Barata Roda e Maria Teresa Sousa de Moura Guedes), oito do Partido Socialista (Dinis Penela Antunes, Joaquim dos Reis Marques, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Pedro Miguel Ramos Almeida, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Vidal Diogo Fernandes Antão, José António Pires Paiva e Paulo Nicholas Bastos Pinto), seis do Partido Social Democrata (António de Jesus Seixas, Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Alda Maria Reis Gouveia Lima, Valdemar Pedro Cabral da Câmara de Almeida, Augusto Teresa Pissarreira e Andreia Vanessa Mota Alves), quatro da Coligação Democrática Unitária (Carlos Alberto de Sousa Coutinho, Joaquim Vieira Cotas, Aníbal José Gonçalves Guerreiro e Maria Gabriela Bessa da Cruz Tavares), um do Bloco de Esquerda (Feliciano Teixeira Bernardo), um do Centro Democrático Social-Partido Popular (Maria Isabel Pereira Fernandes Costa Jorge de Sande e Castro) e um do Partido pelos Animais e pela Natureza (Ana Sílvia Rodrigues Paixão Ferreira Marques). -----------------------------------------------------Os Senhores Deputados Maria Carolina Candeias Tomé, do Grupo Político 64 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente, e Alexis Godinho Gonçalves, do Partido Social Democrata, não estavam presentes na altura da votação. ------------------------------------------------------------- Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: -------------------------------- “DELIBERAÇÃO N.º 142/2014 -------------------------------------------------------------------------- PROPOSTA C.M.O. N.º 708/14 - DPE - COMPENSAÇÃO PELA NÃO CEDÊNCIA DE TERRENO PARA EQUIPAMENTO DE UTILIZAÇÃO COLETIVA E ESPAÇOS VERDES - ARTIGOS 515, 516, E 517, AUGI DE LEIÃO ---------------------------------------- A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número setecentos e oito barra catorze, a que se refere a deliberação número vinte e quatro da reunião da Câmara Municipal, realizada em oito de outubro de dois mil e catorze, e deliberou por unanimidade, com trinta e cinco votos a favor, sendo catorze do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente, oito do Partido Socialista, seis do Partido Social Democrata, quatro da Coligação Democrática Unitária, um do Bloco de Esquerda, um do Centro Democrático Social-Partido Popular e um do Partido pelos Animais e pela Natureza, aprovar que seja fixado o montante de cento e quinze mil e trinta e um euro, como valor correspondente a cinquenta por cento do total de compensações devidas, nos termos do previsto legalmente, na operação de loteamento dos artigos matriciais quinhentos e quinze, quinhentos e dezasseis e quinhentos e dezassete, do Bairro de Leião, bem como que não seja considerada a área a ceder para espaços verdes de utilização coletiva através da contabilização da área contemplada nos logradouros individuais, conforme proposto pelo Órgão Executivo do Município traduzido naquela deliberação. -------------------------------------------------------------------------------------------------------- Mais foi deliberado, também por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da ata.” 4.6.1. VOTAÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada, por 65 unanimidade, com trinta e cinco votos a favor, sendo catorze do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente (Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Fernando dos Santos Afonso, Jorge Manuel de Sousa de Vilhena, Nuno Emanuel Campilho Mourão Coelho, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, Sónia Maria Antas de Barros Amado Gonçalves, Luís Filipe Pereira Santos, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Salvador António Martins Bastos Costeira, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, António José da Luz Ramalhete, Carlos João Leão de Carvalho Barata Roda e Maria Teresa Sousa de Moura Guedes), oito do Partido Socialista (Dinis Penela Antunes, Joaquim dos Reis Marques, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Pedro Miguel Ramos Almeida, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Vidal Diogo Fernandes Antão, José António Pires Paiva e Paulo Nicholas Bastos Pinto), seis do Partido Social Democrata (António de Jesus Seixas, Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Alda Maria Reis Gouveia Lima, Valdemar Pedro Cabral da Câmara de Almeida, Augusto Teresa Pissarreira e Andreia Vanessa Mota Alves), quatro da Coligação Democrática Unitária (Carlos Alberto de Sousa Coutinho, Joaquim Vieira Cotas, Aníbal José Gonçalves Guerreiro e Maria Gabriela Bessa da Cruz Tavares), um do Bloco de Esquerda (Feliciano Teixeira Bernardo), um do Centro Democrático Social-Partido Popular (Maria Isabel Pereira Fernandes Costa Jorge de Sande e Castro) e um do Partido pelos Animais e pela Natureza (Ana Sílvia Rodrigues Paixão Ferreira Marques). -----------------------------------------------------Os Senhores Deputados Maria Carolina Candeias Tomé, do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente, e Alexis Godinho Gonçalves, do Partido Social Democrata, não estavam presentes na altura da votação. --------------------------------------------------------------Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: --------------------------------“DELIBERAÇÃO N.º 143/2014 ---------------------------------------------------------------------------PROPOSTA C.M.O. N.º 753/14 - DPE - AUGI DE LEIÃO - ARTIGOS 515, 66 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS 516, E 517 - TAXAS E LICENÇAS DE URBANISMO ----------------------------------------------------------- A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número setecentos e cinquenta e três barra catorze, a que se refere a deliberação número vinte e sete da reunião da Câmara Municipal, realizada em vinte e dois de outubro de dois mil e catorze, e deliberou por unanimidade, com trinta e cinco votos a favor, sendo catorze do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente, oito do Partido Socialista, seis do Partido Social Democrata, quatro da Coligação Democrática Unitária, um do Bloco de Esquerda, um do Centro Democrático Social-Partido Popular e um do Partido pelos Animais e pela Natureza, aprovar que para os lotes com área de construção inferior a duzentos e cinquenta e oito metros quadrados, o pagamento de uma comparticipação de três mil trezentos e cinquenta e cinco euros e doze cêntimos, bem como que para os lotes com uma área de construção superior a duzentos e cinquenta e oito metros quadrados, o pagamento de vinte euros e dois cêntimos multiplicado pela área de construção ou área já construída, superior à estabelecida, conforme proposto pelo Órgão Executivo do Município traduzido naquela deliberação. -------------------------------------------------------------- Mais foi deliberado, também por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da ata.” 4.7. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 836/14 - GP - relativa à Revogação da Proposta de Deliberação Nº. 776/14 e tomada de conhecimento da Conta de Gerência de 2013 da “AMTRES - Associação de Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra para o tratamento de resíduos sólidos” (os documentos relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta reunião) --------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente da A.M. informou o seguinte: --------------------------------------------------- “Recordo apenas que este ponto corresponde à proposta oitocentos e trinta e seis de dois mil e catorze, que revoga a deliberação do Executivo Camarário setecentos e setenta e seis de dois mil e catorze, que não chegou a ser analisada e votada na Assembleia Municipal, porque, 67 entretanto, o Senhor Presidente pediu para a retirar, pois era preciso fazer uma retificação, que era estabelecer a entidade destinatária da transferência. ---------------------------------------------------------------E, portanto, esta oitocentos e trinta seis vem aqui para aprovação com a indicação de que revoga a deliberação da Câmara Municipal que não chegou a ser votada na Assembleia.” -----------------O Senhor Deputado Joaquim Cotas (CDU) observou o seguinte: ----------------------------------Era para o Senhor Vice-Presidente nos esclarecer concretamente, porque a proposta que vai ser revogada não chegou a vir cá. --------------------------------------------------------------------------------Foi dada a explicação, na última sessão, que na outra proposta estava a transferência para a Tratolixo e não era para a Tratolixo, mas sim para a AMTRES, porque a Tratolixo é uma empresa emergente da AMTRES e não emergente da Câmara. ------------------------------------------------------Portanto, julgo que é isto que está em causa, mas gostávamos de ter a concretização do Senhor Vice-Presidente.” -----------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Deputado Salvador Costeira (IOMAF) fez a seguinte intervenção: -------------------“Este assunto já foi suficientemente escalpelizado, pormenorizado, discutido, aprofundado noutras reuniões. ---------------------------------------------------------------------------------------------Esta proposta que hoje se apresenta e a revogação da anterior é, no fundo, dar consequência a todo esse diálogo, a toda essa discussão que já foi efetuada nessas outras reuniões.” - -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. explicou o seguinte: -------------------------------------------“Senhores Deputados, aquilo que está aqui em causa é, no fundo, regularizar uma situação que normalmente acontece sempre todos os anos, que é o cumprimento do dever do equilíbrio financeiro imposto pela Lei. -----------------------------------------------------------------------------------Neste caso concreto, inicialmente foi aprovada uma proposta de deliberação no sentido de transferir essa verba para a Tratolixo, quando, na verdade, deveria ser era para a 68 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS AMTRES, daí o facto de ter vindo nova proposta de revogação e nós darmos já conhecimento dessa mesma proposta aqui, na Assembleia Municipal.” ------------------------------------------------4.7.1. VOTAÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada, por unanimidade, com trinta e cinco votos a favor, sendo catorze do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente (Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Fernando dos Santos Afonso, Jorge Manuel de Sousa de Vilhena, Nuno Emanuel Campilho Mourão Coelho, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, Sónia Maria Antas de Barros Amado Gonçalves, Luís Filipe Pereira Santos, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Salvador António Martins Bastos Costeira, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, António José da Luz Ramalhete, Carlos João Leão de Carvalho Barata Roda e Maria Teresa Sousa de Moura Guedes), oito do Partido Socialista (Dinis Penela Antunes, Joaquim dos Reis Marques, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Pedro Miguel Ramos Almeida, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Vidal Diogo Fernandes Antão, José António Pires Paiva e Paulo Nicholas Bastos Pinto), seis do Partido Social Democrata (António de Jesus Seixas, Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Alda Maria Reis Gouveia Lima, Valdemar Pedro Cabral da Câmara de Almeida, Augusto Teresa Pissarreira e Andreia Vanessa Mota Alves), quatro da Coligação Democrática Unitária (Carlos Alberto de Sousa Coutinho, Joaquim Vieira Cotas, Aníbal José Gonçalves Guerreiro e Maria Gabriela Bessa da Cruz Tavares), um do Bloco de Esquerda (Feliciano Teixeira Bernardo), um do Centro Democrático Social-Partido Popular (Maria Isabel Pereira Fernandes Costa Jorge de Sande e Castro) e um do Partido pelos Animais e pela Natureza (Ana Sílvia Rodrigues Paixão Ferreira Marques). ---------------------------------------------------- Os Senhores Deputados Maria Carolina Candeias Tomé, do Grupo Político 69 Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente, e Alexis Godinho Gonçalves, do Partido Social Democrata, não estavam presentes na altura da votação. --------------------------------------------------------------Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: --------------------------------“DELIBERAÇÃO N.º 144/2014 --------------------------------------------------------------------------PROPOSTA C.M.O. N.º 836/14 - GP - REVOGAÇÃO DA PROPOSTA DE DELIBERAÇÃO N.º 776/14 E TOMADA DE CONHECIMENTO DA CONTA DE GERÊNCIA DE 2013 DA “AMTRES - ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DE CASCAIS, MAFRA, OEIRAS E SINTRA PARA O TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS --------------------A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número oitocentos e trinta e seis barra catorze, a que se refere a deliberação número quarenta e nove da reunião da Câmara Municipal, realizada em dezanove de novembro de dois mil e catorze, e deliberou por unanimidade, com trinta e cinco votos a favor, sendo catorze do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente, oito do Partido Socialista, seis do Partido Social Democrata, quatro da Coligação Democrática Unitária, um do Bloco de Esquerda, um do Centro Democrático Social-Partido Popular e um do Partido pelos Animais e pela Natureza, aprovar a transferência a favor da AMTRES - Associação de Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra para o tratamento de Resíduos Sólidos” do valor de oitocentos e três mil quatrocentos e cinquenta e cinco euros, com vista a garantir o equilíbrio financeiro dos resultados do exercício de dois mil e treze da “Tratolixo - Tratamento de Resíduos Sólidos, E.I.M.”, conforme proposto pelo Órgão Executivo do Município traduzido naquela deliberação. ------------------------------------------------Mais foi deliberado, também por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da ata.” 4.8. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 785/14 - DASSJ - relativa à Junta de Freguesia de Barcarena e União das Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias - Atribuição de comparticipação financeira para apoio ao funcionamento 70 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS dos Postos de Enfermagem (os documentos relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta reunião) --------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Feliciano Bernardo (BE) interveio, dizendo o seguinte: -------------------- “Em relação a esta proposta, o que me parece é que esta comparticipação deveria ser o dobro do que é. É por essas e por outras que falei no fogo de vista da outra vez. ------------------------------- Portanto, esta questão de ter estes postos é importante por haver uma relação de proximidade com as pessoas e evitar as deslocações aos centros de saúde e assim estes ficarão mais descongestionados com estes postos. ------------------------------------------------------------------------------ Penso que a Câmara, em relação a estas questões destes valores, deveria, num futuro próximo, analisar e ver se, eventualmente, podia contribuir com mais alguma coisa, visto que as Juntas de Freguesia estão em grandes dificuldades.” ------------------------------------------------------------------ O Senhor Deputado Carlos Coutinho (CDU) mencionou o seguinte: ----------------------------- “Estamos de acordo com esta proposta. ------------------------------------------------------------------- De qualquer forma, solicitávamos que nos ajudassem a entender melhor os funcionamentos destes postos, caracterizando os postos: quantas pessoas trabalham lá, como é que funciona este apoio à população, que pela justificação da proposta é muito clara para nós, de facto trata-se de suprir uma dificuldade de deslocação e fazer o atendimento de enfermagem à população. É uma política de proximidade, é uma política que vai ser, com certeza, reforçada no futuro com os acordos de execução, com a delegação de competências, alargando mais esta capacidade. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Mas, de qualquer forma, gostaríamos que, se fosse possível, a Câmara nos caracterizasse melhor, explicasse melhor, fizesse um bocadinho a pedagogia do funcionamento destes postos de atendimento.” -------------------------------------------------------------------------------71 --------------O Senhor Deputado Nuno Campilho (U.F. Oeiras e S. Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias) referiu o seguinte: ---------------------------------------------------------------------------------------“Gostaria de subscrever as palavras do Deputado do Bloco de Esquerda. ----------------------------Efetivamente, o trabalho que lá é desenvolvido merecia o apoio superior por parte da Câmara Municipal, considerando que estamos a falar de uma atividade que é profundamente deficitária, é um custo social assumido pelo orçamento da União das Freguesias e que nós, naturalmente, vamos continuar a manter, mas começa a ser difícil. -------------------------------------------------Já agora aproveito para dar algum esclarecimento em relação ao posto que funciona, neste caso na delegação de Caxias da União de Freguesias, que tivemos que reduzir o horário de funcionamento. Neste momento, funciona das nove ao meio dia, já funcionou até às duas horas e reduzimos, porque se trata de um contrato com uma empresa de enfermagem que coloca uma enfermeira a funcionar, diariamente, de segunda a sexta e cujo valor é muito superior àquele que a Câmara comparticipa. -----------------------------------------------------------------------------------------------------Fazemos uma média entre cem a duzentos atendimentos, contando atendimentos e tratamentos, por mês, o que é profundamente significativo com a faixa etária mais significativa entre os cinquenta e cinco e os setenta anos e com uma presença mais forte no primeiro período da manhã, o que significa que aquele último período e como abdicámos da hora das doze às catorze, acabámos por perceber que não estávamos a usar assim tantos utentes. ----------------------------------É de uma grande utilidade, vamos mantê-lo, mas reafirmo o que disse no início da minha intervenção: é um peso, sobretudo para o orçamento da União das Freguesias, e se me é permitido a embalagem, solicitar à Câmara Municipal que pudesse rever, a seu tempo, a possibilidade de reforçar o apoio financeiro que dá a estes postos que queremos manter.” ----------------------O Senhor Deputado Jorge Vilhena (U.F. Carnaxide e Queijas) fez a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------------------------------72 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- “Se bem me recordo, tive aqui uma intervenção, numa Assembleia, em que houve um apoio à União de Freguesias de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada/Dafundo e que disse que não estaria contra, pelo contrário, mas depois disso veio uma proposta de deliberação para apoiar uma determinada festa de Freguesia e, agora, vem esta. ------------------------------------------------------ E, portanto, volto a fazer a mesma pergunta. A União de Freguesias de Carnaxide e Queijas pergunta se este tipo de apoios é feito a cada Junta de Freguesia, e quem não se sente não é filho de boa gente, de uma forma mediante um projeto que é apresentado para desenvolvimento de determinadas atividades e para isso, a União de Freguesias que presido está a elaborar um projeto de âmbito social para apresentar em breve à Câmara e, também, pedir um determinado valor para suportar os custos de apoios sociais que tem, que são diversos e implementados desde dois mil e sete quando ainda muitas Freguesias nem sequer tinham assistente social, para que os munícipes de Queijas, Linda-a-Pastora, Outurela-Portela, Gandarela, núcleo antigo de Carnaxide e outros sejam apoiados também na mesma proporção que as outras Freguesias.” ------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Fernando Afonso (J.F. Barcarena) disse o seguinte: ----------------------- “Como todos sabem, Barcarena é uma Freguesia com uma má rede de transportes e com um centro de saúde com carências diversas, também. ----------------------------------------------------------- No entanto, não posso deixar de me congratular, como Presidente da Junta de Freguesia, com a atribuição desta verba. Também está no relatório que os nossos gastos com os três postos de enfermagem que temos em Barcarena, Tercena e Leceia são superiores a onze mil euros, mas esta verba que nos é atribuída, para nós, embora julguemos insuficiente, de qualquer forma é uma boa comparticipação por parte da Câmara. -------------------------------------------------------------- Quero dizer que atendemos mais de cinco mil utentes durante o ano em cuidados de 73 enfermagem vária, desde a colocação de um penso à medição de tensão arterial, injeções de vária ordem, portanto, há todo um tipo de apoio que prestamos à população verdadeiramente indispensável e que apesar do nosso orçamento ser escasso iremos manter a todo o custo este apoio.” ----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Deputado Dinis Antunes (J.F. Porto Salvo) observou o seguinte:----------------------“Não quero repetir aqui as palavras que os colegas já aqui disseram, nomeadamente o Senhor Deputado Jorge Vilhena (U.F. Carnaxide e Queijas), mas de todas as Freguesias é fácil verificar o estado em que se encontra a Freguesia de Porto Salvo. ---------------------------------------------------A nível de transportes, como foi aqui também já falado, é das mais complicadas. Uma criança para ir de Vila Fria para a escola nova E.B. Um, em Porto Salvo, vai e vem a pé, quer chova, quer faça sol, porque ligações de transportes não há. Acontece praticamente o mesmo em Leião, mas aí já temos mais um pouco de facilidade. Isto é um problema que tem que ser, também, resolvido com alguma urgência. ---------------------------------------------------------------------------Sobre as questões de saúde, fico sempre muito feliz quando se apoia aqui uma Junta de Freguesia, seja ela qual for, e longe de mim colocar em causa uma ajuda a uma entidade que está junto da população. Quando foi o caso de Algés, acreditem que fiquei bastante feliz, porque li com cuidado todo o trabalho que é feito e achei até o valor para os custos também baixo. --------------------O que quero aqui deixar, e não é um pedido: Porto Salvo está a fazer também um projeto que será entregue muito rapidamente, em que vai falar de todos os problemas de Porto Salvo, desde os transportes à saúde, porque quando o Senhor Deputado Fernando Afonso (J.F. Barcarena) aqui diz que Barcarena tem três postos, Porto Salvo não tem um único, nunca teve, não tem nada! E, portanto, pelo menos, que tenha um e nesse projeto vem lá contemplado o pedido sobre um posto de saúde. ------------------------------------------------------------------------------------------Fala-se, também, do transporte e de vários problemas e o que quero aqui e que fique 74 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS como um pedido mesmo da Junta de Freguesia, é que quando o projeto for entregue que tenha também o mesmo cuidado, a mesma atenção, porque Porto Salvo é do Concelho de Oeiras, Porto Salvo tem que acompanhar a evolução do Concelho. ----------------------------------------------------------------- E deixo aqui um pedido ao Senhor Vice-Presidente: por favor, não se esqueça das necessidades de Porto Salvo quando aquele projeto for apresentado. E deixo o mesmo pedido à nossa Vereadora da Ação Social: analisem com cuidado, porque Porto Salvo precisa de vós.” ---------------- O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) fez a seguinte intervenção ------------------------------ “É claro que estamos todos de acordo que uma estratégia que favoreça o apoio, a saúde de proximidade, que é útil à população, sobretudo nas zonas em que há população mais envelhecida e que necessita mais de ser acompanhada. --------------------------------------------------------------- Ainda assim, foi importante ouvir aqui alguns Presidentes de Junta reclamarem para si também a possibilidade de disporem deste tipo de apoios e à semelhança daquilo que nós já dissemos em relação a outras propostas.--------------------------------------------------------------------------------- Estava na altura da Câmara, de uma vez por todas, acabar com esta lógica casuística do tratamento das Juntas de Freguesia, que transparece a ideia de favorecimento a umas em detrimento de outras. Bem sei que estas iniciativas, estas e outras, dependem também do contexto próprio de cada Junta de Freguesia, mas fazia sentido, sobretudo numa área como esta do apoio às populações na saúde, que houvesse uma estratégia integrada. ----------------------------------------- E outra componente que também tem a ver com isto, com o acesso à saúde pela população, aproveitar para lembrar, mais uma vez, que passaram já vários meses e a Câmara Municipal não foi capaz de substituir um apoio decisivo, que era o Combus, que tinha uma componente social importante, porque permitia às populações dirigirem-se a equipamentos de saúde. ----- ------------------------------------------------------------------------------------------------------75 --------------E, portanto, deixar aqui esta nota, que é importante que a Câmara Municipal, de uma vez por todas, cumpra aquilo que está na Lei e avance com os acordos de execução, como aliás todos os Municípios da Área Metropolitana já fizeram e que defina de uma forma clara, de uma forma equitativa quais os apoios possíveis a dar às Juntas de Freguesia. -------------------------------------------Claro está, e para terminar, o Partido Socialista estará sempre favorável a este tipo de medidas, mas que as mesmas sejam disponibilizadas de igual forma a todas as Juntas de Freguesia.” -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) expressou o seguinte: -------------------“Era só para reiterar, justamente, aqui algumas intervenções que me precederam, porque o valor que estamos a falar, quer o investimento feito pela Juntas de Freguesia de Barcarena e da União de Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, parece-nos que a Câmara podia ir um bocadinho mais além, até porque depois dá azo a comparações, como fizemos há pouco tempo a discussão sobre a transferência do valor para as festas, naquele caso para o fogo de artificio, em que verificamos que dois mil e quinhentos euros, de facto, para quem tem um custo de onze mil quatrocentos e quarenta e nove parece-me reduzido. -- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------É bom que haja vários projetos que as Juntas se proponham, mas também a realidade das Juntas não pode ser a mesma. Não sei se, como o Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) estava a dizer, não tem que ser necessariamente igual para toda a gente, porque estivemos a discutir o projeto, naquele caso de Linda-a-Velha, aqui há uns tempos, mas sabemos que havia muito menos IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) a trabalharem naquela Junta de Freguesia. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------Portanto, o que acho é que ao contrário temos que fazer o levantamento das necessidades e, também, das respostas que existem por Freguesia, para perceber se os 76 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS determinados projetos são pertinentes ou não. -------------------------------------------------------------------------- Neste caso, não podemos defender o posto de enfermagem nos sítios onde existem nas proximidades centros de saúde que dão estas respostas. Estamos a falar, por exemplo, da Freguesia de Caxias, que não tem centro de saúde e, portanto, é pertinente fazer este investimento e é pertinente que se possa fazer uma transferência de uma verba de um valor superior do que este, embora, com certeza, que vamos votar favoravelmente, principalmente quando depois veremos, ainda hoje, outros investimentos, como o Parque dos Poetas, que depois são completamente desproporcionados com o valor que aqui estamos a falar. ------------------------------------ Portanto, reitero aquilo que os Presidentes de Junta já disseram, que outros já disseram, que só peca por ser reduzido face aos custos que esta intervenção tem e à pertinência e importância da mesma.” --------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. esclareceu o seguinte: ---------------------------------------- “Relativamente a esta matéria e, como é óbvio, não quero deixar, mais uma vez, de realçar o papel relevante que as Freguesias têm no apoio das mais variadas vertentes. -------------------------- Neste caso particular, como é natural, há localidades que por uma ou por outra razão apresentam algumas dificuldades, neste caso no acesso à saúde. E, no caso particular em questão, quer Barcarena, quer Caxias, distantes dos respetivos centros de saúde, justifica-se plenamente a implantação destes postos de atendimento. ----------------------------------------------------------------------------- Portanto, em relação a esta matéria quero-vos dizer que, no fundo, a Câmara resolveu continuar a manter a mesma comparticipação de dois mil e treze, mas o que não quer dizer que não possamos vir e considerando realmente a importância desta ajuda, deste apoio, não possamos vir a rever a nossa posição e reforçar esse mesmo apoio. ------------------------------------------------------------- Agora, relativamente a outras situações que venham a ser equacionadas, como é 77 óbvio, a Câmara analisará e verificará a sua viabilidade, se justifica ou não a sua implantação, a sua existência. Depois, decidirá em conformidade pela comparticipação ou não em relação aos projetos que nos são enviados, mas há uma coisa que quero aqui deixar bem definido, porque várias vezes tem aqui sido ventilado essa situação. ---------------------------------------------------------------------Senhor Deputado Pedro Almeida (PS), quero-lhe dizer que da parte da Câmara Municipal de Oeiras não há qualquer tipo de favorecimento para quem quer que seja no que toca às Juntas de Freguesia e, portanto, nessa matéria tentamos ter sempre a maior equidade possível no que toca aos apoios às Uniões e Juntas de Freguesia.” -------------------------------------------------------------O Senhor Vereador Marcos Sá interveio, dizendo o seguinte: ---------------------------------------“É com muito gosto que estou cá, infelizmente nem sempre posso vir, porque tenho o meu horário de trabalho e tenho as minhas responsabilidades profissionais. É pena estas reuniões não se passarem mais à noite, pois teria todo o gosto em participar em todas elas. --------------------------------Seja como for, só relembrar aqui, visto que estamos a falar numa questão importante que tem a ver com os apoios às Juntas de Freguesia, por parte da Câmara Municipal e dada esta transparência total que a Câmara Municipal tem. -----------------------------------------------------------------------Só queria informar a Assembleia Municipal que solicitei já, por duas vezes, por escrito, os apoios todos que foram dados às Juntas de Freguesia por parte do atual Executivo, no atual mandato e que até ao momento, se calhar, por excesso de trabalho e por ter uma agenda complicada, a Câmara Municipal ainda não teve a oportunidade de me fazer chegar todos os apoios que tem prestado às Juntas de Freguesia, mas logo que tenha posso informar o meu grupo da Assembleia Municipal. --------------------------------------------------------------------------------------------------Os apoios têm sido feitos às cinco Juntas de Freguesia, porque acho que é importante todos os munícipes, todos os Deputados Municipais e todos os Presidentes de Juntas de Freguesia saberem, de uma forma transparente, quem é que a Câmara Municipal tem apoiado e 78 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS que iniciativas é que tem apoiado, porque acho que as regras, de facto, como o Senhor VicePresidente aqui diz e muito bem, têm que ser iguais para todas as Juntas de Freguesia, ou seja, não há excecionalidade, há sim uma forma de estar igual perante todas as Freguesias e todos os munícipes.” ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. disse o seguinte: ---------------------------------------------- Senhor Vereador Marcos Sá, o Senhor diz aqui que já pediu duas vezes a listagem dos apoios concedidos pela Câmara às Freguesias durante este mandato. É caso para perguntar o que é que o Senhor está cá a fazer. --------------------------------------------------------------------------------------- Então, se o Senhor assiste a todas as reuniões de Câmara, o Partido Socialista está representado em todas as reuniões de Câmara, é lá que são aprovados todos os apoios às Juntas e Uniões de Freguesia, quer dizer…---------------------------------------------------------------------------------------- Ouça, nós poderemos dar, mas se o Senhor tem acesso a essa informação toda, o seu Partido tem acesso a essa informação.” ---------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente da A.M. informou o seguinte: --------------------------------------------------- “Senhor Vereador e Senhor Vice-Presidente, nós estamos numa reunião da Assembleia Municipal, não do Executivo Municipal. ----------------------------------------------------------------- O Regimento que o Senhor Vereador conhece tão bem ou melhor do que eu…” ------------------- O Senhor Vereador Marcos Sá interrompeu, dizendo o seguinte: ---------------------------------- “Conheço muito bem e, por isso mesmo, vou utilizar uma forma que tem a ver com a Defesa da Honra. Se me permite Senhor Presidente.” ----------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente da A.M. respondeu o seguinte: -------------------------------------------------- “Senhor Vereador, dou-lhe a palavra para fazer a Defesa da Honra e depois vamos passar à votação da proposta que temos.” ------------------------------------------------------------------79 --------------O Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) pediu um Ponto de Ordem à Mesa: -----------------“Senhor Presidente é um Ponto de Ordem à Mesa. -------------------------------------------------------A questão já foi aqui perfeitamente delineada por Vossa Excelência. Respeito perfeitamente a posição que nos é transmitida pelo Senhor Vice-Presidente, como a posição do Senhor Vereador Marcos Sá. -----------------------------------------------------------------------------------------------O que me parece, de facto, aqui é que sob pena de se abrir um precedente nesta Assembleia, não podemos transportar para aqui questões que, eventualmente, devam e devem ser discutidas e esclarecidas entre os intervenientes que aqui estão a usar da palavra em reuniões da Câmara, porque os Deputados Municipais também não vão entre si para as reuniões de Câmara levantar um conjunto de problemas nessa qualidade! Poderão ir, eventualmente, como cidadãos. --------------E, portanto, reconheço que em termos da Defensa da Honra e porque foi dada a palavra por Vossa Excelência ao Senhor Vereador, acho que ele tem direito a usar o exercício desta figura. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Agora, julgo que Vossa Excelência e a Mesa terão realmente que ponderar esta situação, porque não estamos dispostos a aceitar aqui eventuais diálogos deste tipo entre Membros da Câmara. Os Vereadores e o Presidente da Câmara estão aqui para esclarecer os Deputados e essa é que é a sua função e a função da Assembleia Municipal e mais do que isso parece que é exagerarmos. --------------------------------------------------------------------------------------------------Percebo realmente a situação, foi dada a palavra, julgo que o Senhor Vereador Marcos Sá tem todo o direito em usar a Defesa da Honra, agora o princípio está errado desde o início.” ----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A Senhora Deputada Hermenegilda Guimarães (PS) pediu um Ponto de Ordem à Mesa: ---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------“Senhor Presidente, peço desculpa, mas só queria relembrar esta Assembleia e até o 80 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD), que acabou de falar, que houve um Vereador, no anterior mandato, que saiu da bancada da Vereação para passar para o público e se exprimir aqui. --------------------- Não vi, nessa altura, o PSD reclamar contra essa concessão da Mesa.” ------------------------------ O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) pediu um Ponto de Ordem à Mesa: ------------------ Senhor Presidente, aqui nem eu estranho a intervenção do PSD, porque nada se passou de anormal. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Vereador pediu autorização para falar e o Senhor Vice-Presidente da Câmara autorizou o Vereador a falar, tal como está previsto na Lei e no Regimento.---------------------------- Neste momento, foi invocada a Defesa da Honra, foi isso que se passou e julgo que estamos de acordo quando se invoca a Defesa da Honra, quer dizer, estando justificado minimamente a situação que se deve dar oportunidade para que haja Defesa da Honra.” ----------------------- O Senhor Presidente da A.M. comunicou o seguinte: ------------------------------------------------- “Dou a palavra ao Senhor Deputado Marcos Sá, porque se criou precedente, ele falou, pediu para fazer a Defesa da Honra. ------------------------------------------------------------------------------ Queria, apenas e só, relembrar o Regimento, que aprovámos ainda há pouco tempo e que de resto não muda relativamente a isto, que diz relativamente ao uso da palavra pela Câmara Municipal, no artigo quadragésimo sexto: “A palavra é concedida ao presidente da câmara ou, na sua ausência, ao vice-presidente, ou aos vereadores, por indicação daquele...”. No ponto três diz: “Os vereadores devem assistir às sessões da assembleia municipal, sendo-lhes facultado intervir nos debates, sem direito a voto, a solicitação da assembleia ou com a anuência do presidente da câmara ou do seu substituto legal.”. -------------------------------------------------------------------------------------- Foi o que se passou, o Senhor Vereador quis intervir, o Senhor Vice-Presidente anuiu e este fez a intervenção. Temos que avançar, pediu a palavra para Defender a Honra e, de facto, a 81 Honra é um valor grande que nós prezamos muito e vou dar a palavra ao Senhor Vereador Marcos Sá e seguidamente vamos proceder à votação da proposta que acabámos de discutir.” -----------------O Senhor Vereador Marcos Sá interveio em Defesa da Honra: ------------------------------------“Senhor Presidente, só tem a ver com o cumprimento do Regimento, que acho que é uma informação importante e que tem a ver com transparência. Acho que todos os Deputados Municipais deviam estar preocupados com a transparência relativamente a todos os elementos da Câmara Municipal, que são facultados às entidades, sejam os Deputados Municipais, sejam os Vereadores, neste caso, os Vereadores de oposição. -------------------------------------------------------------------Acho que isso é um referencial que devia preocupar todos os Deputados Municipais aqui e ter a certeza que o Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) e o PSD estarão muito preocupados com essa matéria e, portanto, tem que perceber a minha posição. A minha posição é muito clara: fiz um requerimento e o Executivo da Câmara Municipal é responsável e obrigado, por Lei, como sabe o Senhor Deputado, a responder a todos os requerimentos num prazo de dez dias. -------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Aquilo que se põe, neste caso, já agora o Senhor Vice-Presidente dá-me essa oportunidade, é de informar a Assembleia Municipal que relativamente a todos os requerimentos que fiz, e fiz vários a pedidos de informação e de deliberações, quer deste mandato, quer do mandato anterior, não foi respondido absolutamente nenhum. Portanto, quero que vocês saibam como é que a Câmara Municipal funciona relativamente a esta matéria.--------------------------------------------Quanto ao meu trabalho na Câmara Municipal, Senhor Vice-Presidente, tenho-lhe a transmitir o seguinte: há duas coisas que o Senhor Vice-Presidente não faz e uma delas é pôr em causa o trabalho que fazemos, porque há uma coisa que tenho a certeza, é que de vez em quando Vossa Excelência, o Senhor Presidente e o seu Executivo ficam muito incomodados com o trabalho de oposição que o Partido Socialista faz e não deve ser por mero acaso. Há razões 82 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS objetivas para isso acontecer e sei que, de vez em quando, é chato, mas também não estou nos sítios (Senhor Presidente, se me permite) para fazer figura de morto! Estou nos sítios para dizer aquilo que penso e intervir quando posso e quando devo dentro do quadro legal que existe. ------------------- Neste caso, no caso do Regimento, acho que o disse e fica para conhecimento de todos os Deputados Municipais, que é o órgão fiscalizador da Câmara Municipal, que toda a atividade da Câmara Municipal que relativamente às informações da oposição, elas não são respondidas dentro da Lei. ------------------------------------------------------------------------------------------------- Acho que isso é uma determinação importante para vocês terem conhecimento e também fazerem a vossa própria avaliação.” --------------------------------------------------------------------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. retorquiu o seguinte: ----------------------------------------- “Não quero comentar, nem quero alimentar mais esta novela.” --------------------------------------- O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) referiu o seguinte: ---------------------------------------- “Quero fazer uma pergunta ao Senhor Vice-Presidente da Câmara sobre isto.---------------------- Senhor Vice-Presidente da Câmara, nos esclarecimentos que prestou em nenhum momento referiu… Se porventura antes de equacionarem este apoio a estas Juntas de Freguesia e atendendo à disponibilidade que aqui assumiu, de a Câmara em conceder estes apoios de avançar, de liderar uma estratégia que seja integrada e que possa colmatar as falhas não só nesta União de Freguesias, mas também nas restantes.” --------------------------------------------------------------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. expressou o seguinte: ---------------------------------------- “Senhor Deputado, como é óbvio, a Câmara está sempre disponível para, no fundo, desenvolver projetos que efetivamente tragam mais-valia para a nossa população. Mas, como é natural, os Presidentes e os seus Executivos das Juntas e Uniões de Freguesia terão, como é óbvio, uma melhor perceção daquilo que são efetivamente as dificuldades no seu território e, 83 portanto, conforme já foi aqui referido anteriormente, quer pelo Senhor Presidente da Junta de Porto Salvo, quer pelo Senhor Presidente da União de Freguesias de Carnaxide e Queijas, eles podem apresentar projetos e a Câmara estará disponível para analisar se, realmente, se justificam ou não.” --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte: ---------------------------------------------------------“Muito obrigado Senhor Vice-Presidente. -----------------------------------------------------------------Vamos, então, submeter à votação a Proposta setecentos e oitenta e cinco, de dois mil e catorze.” - -----------------------------------------------------------------------------------------------------4.8.1. VOTAÇÃO -----------------------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada, por unanimidade, com trinta e cinco votos a favor, sendo catorze do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente (Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Fernando dos Santos Afonso, Jorge Manuel de Sousa de Vilhena, Nuno Emanuel Campilho Mourão Coelho, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, Sónia Maria Antas de Barros Amado Gonçalves, Luís Filipe Pereira Santos, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Salvador António Martins Bastos Costeira, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, António José da Luz Ramalhete, Carlos João Leão de Carvalho Barata Roda e Maria Teresa Sousa de Moura Guedes), oito do Partido Socialista (Dinis Penela Antunes, Joaquim dos Reis Marques, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Pedro Miguel Ramos Almeida, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Vidal Diogo Fernandes Antão, José António Pires Paiva e Paulo Nicholas Bastos Pinto), seis do Partido Social Democrata (António de Jesus Seixas, Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Alda Maria Reis Gouveia Lima, Valdemar Pedro Cabral da Câmara de Almeida, Augusto Teresa Pissarreira e Andreia Vanessa Mota Alves), quatro da Coligação Democrática Unitária (Carlos Alberto de Sousa Coutinho, Joaquim Vieira 84 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS Cotas, Aníbal José Gonçalves Guerreiro e Maria Gabriela Bessa da Cruz Tavares), um do Bloco de Esquerda (Feliciano Teixeira Bernardo), um do Centro Democrático Social - Partido Popular (Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa Jorge de Sande e Castro) e um do Partido pelos Animais e pela Natureza (Ana Sílvia Rodrigues Paixão Ferreira Marques). --------------------------------------- Os Senhores Deputados, Maria Carolina Candeias Tomé, do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente e Alexis Godinho Gonçalves, do Partido Social Democrata, não estavam presentes na altura da votação. ------------------------------------------------------------- Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: -------------------------------- “DELIBERAÇÃO N.º 145/2014 -------------------------------------------------------------------------- PROPOSTA C.M.O. N.º 785/14 - DASSJ - ATRIBUIÇÃO DE COMPARTICIPAÇÃO FINANCEIRA PARA APOIO AO FUNCIONAMENTO DOS POSTOS DE ENFERMAGEM DA JUNTA DE FREGUESIA DE BARCARENA E UNIÃO DAS FREGUESIAS DE OEIRAS E S. JULIÃO DA BARRA, PAÇO DE ARCOS E CAXIAS ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número setecentos e oitenta e cinco barra catorze, a que se refere a deliberação número dezanove da reunião da Câmara Municipal, realizada em dezanove de novembro de dois mil e catorze, e deliberou por unanimidade, com trinta e cinco votos a favor, sendo catorze do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente, oito do Partido Socialista, seis do Partido Social Democrata, quatro da Coligação Democrática Unitária, um do Bloco de Esquerda, um do Centro Democrático Social-Partido Popular e um do Partido pelos Animais e pela Natureza, aprovar a atribuição de uma comparticipação financeira no valor total de quatro mil e quinhentos euros, destinada a apoiar o funcionamento dos Postos de Enfermagem da Junta de Freguesia de Barcarena e da União das Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, 85 distribuída da seguinte forma: ---------------------------------------------------------------------------------------------Entidade/Dotação: ---------------------------------------------------------------------------------------------Junta de Freguesia de Barcarena, dois mil duzentos e cinquenta euros;-------------------------------União das Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias, dois mil duzentos e cinquenta euros, conforme proposto pelo Órgão Executivo do Município traduzido naquela deliberação. ---------------------------------------------------------------------------------------------Mais foi deliberado, também por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da ata.” 4.8.1.1. O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) fez a seguinte Declaração de Voto:------------------------“O Partido Socialista votou favoravelmente esta Proposta, porque considera que este tipo de apoios, de proximidade, são relevantes para as populações nas diferentes freguesias, mas lamenta que não tenha sido assumido pela Câmara, neste debate, uma disponibilidade para liderar aquilo que é um processo necessário para levar este tipo de apoios não só a estas freguesias mas a todas as freguesias e não estar desta forma expectante e passiva das juntas de freguesia para avançar com estes apoios que são absolutamente necessários.” ----------------------4.8.1.2. O Senhor Deputado Carlos Coutinho (CDU) fez a seguinte Declaração de Voto: ------------------“Nós votámos a favor e agradecemos as explicações dadas pelos Presidentes de Junta em que evidenciaram a necessidade deste apoio também por problemas de mobilidade e, de facto, este apoio veio trazer um valor acrescentado aos munícipes em termos de atendimento. -----------------Pensamos e reafirmamos a necessidade urgente da aplicação da lei da delegação de competências, a trezentos e cinquenta e um, de dois mil e treze, porque de uma vez por todas esse instrumento ia ultrapassar alguns constrangimentos e alguns conflitos que infelizmente hoje surgiram e que, naturalmente, todos lamentamos e particularmente a CDU.” ------------------------4.9. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. 837/14 - DRH - Abertura de procedimentos concursais para cargos dirigentes intermédios de 1.º, 2.º e 3.ºgraus (os documentos relativos 86 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta reunião) ------------------------------------- O Senhor Presidente da A.M. interveio, dizendo o seguinte: ---------------------------------------- “Vamos passar ao ponto nove da Ordem de Trabalhos e temos no ponto nove a Proposta oitocentos e trinta e sete de dois mil e catorze, relativa a uma autorização para abertura de procedimentos concursais para o preenchimento de cargos dirigentes intermédios de primeiro, segundo e terceiro graus. --------------------------------------------------------------------------------------------------- Chamo a atenção que no anexo, fazendo parte integrante desta Proposta, vem uma proposta também de constituição de júri para estes procedimentos concursais.” ---------------------------------- O Senhor Deputado Joaquim dos Reis Marques (PS) interveio, dizendo o seguinte: -- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- “Eu estou aqui um pouco com a faca encostada à garganta. É que eu tinha que sair porque tenho que estar num sítio às sete e meia, onde não posso faltar, numa formação cívica porque tive umas multas e agora tenho que fazer formação. --------------------------------------------------------- Mas eu gostava de perguntar ao Senhor Vice-Presidente, se ele não está na disponibilidade de retirar esta Proposta, porque eu pensava que não era possível vir uma Proposta destas à Assembleia Municipal. Então, não sabem que os vereadores não podem ser membros de júri? Onde é que já chegámos? Estão a entalar a Assembleia Municipal? A lei não permite. E não é um, é um ou dois, é três, quer dizer, não entendo. ------------------------------------------------- Eu não quero acreditar que será a técnica que mais bem ganha no Município de Oeiras que faz estas propostas. Eu já na última reunião era para dizer isto. É que o pagamento deve ser em função da capacidade das propostas que faz e já na última reunião nós tivemos uma proposta que também vinha muito mal formalizada, mas se forem ver quais são os contratos que existem na Câmara Municipal, eu tenho a dizer que há alguém que é o melhor contrato, é o 87 melhor vencimento que existe na Câmara Municipal de Oeiras e aquilo que sai da sua mão muitas vezes não corresponde ao valor que lhe é pago. ----------------------------------------------------------------Portanto, nós não podemos votar isto. A lei é clara, não podemos votar o júri como aqui vem. Tenho muita pena de ter que sair - aguento mais cinco ou dez minutos - mas eu tenho que sair porque tenho que estar em Benfica às sete e meia. Mas é isto, agora não queiram fazer a figura caricata, porque não me digam que não há técnicas: olhe, a Doutora Paula Saraiva, a Doutora que estava na Municípia, a Cristina Rosado Correia também pode pertencer ao júri, ela deixou de estar na Municípia, pelo menos eu nunca mais a vi na Câmara de Oeiras, só se ela meteu licença sem vencimento - mas podiam ser. ----------------------------------------------------------------------E há uma parceria que a Câmara Municipal de Oeiras tem com as universidades e com o INA, portanto, estas organizações podiam fornecer elementos para o júri destes concursos. Agora, pôr os vereadores neste concurso, o Senhor Vice-Presidente, a Senhora Vereadora Marlene, a Senhora Vereadora Madalena Castro, outros que não estão presentes, de facto não entendia, não esperava que viesse uma proposta destas.”--------------------------------------------------------------O Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) interveio, dizendo o seguinte: -------------------------“O problema que nós muitas vezes temos nas assembleias municipais é começarmos a olhar para as normas e procurar apreciá-las, é essa, aliás, a nossa função, até para evitar a nossa responsabilização que todos conhecem e têm conhecimento como funciona. --------------------------------------Eu quero desde já dizer que tudo aquilo que eu vou referir nada tem a ver com a competência, a capacidade, o nível de entendimento por parte de pessoas que estão no júri e que foram aqui apontadas pelo Senhor Deputado Reis Marques (PS). Não há qualquer questão, porque considero-as todas, de facto, pessoas capazes, mais que não fosse porque têm desenvolvido um bom trabalho no nosso Município, são pessoas interessadas, como vereadores, como pessoas humanas, portanto, o problema não está a esse nível. Mas o problema foi aflorado, 88 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS com alguma razão, em sede de reunião de Câmara inclusive por um Vereador do PSD que, aliás, está efetivamente identificado na própria Proposta e as respostas não nos satisfazem, nomeadamente, porque há um Parecer da CCDR que, aliás, é referido inclusive nessa Proposta e que não é claro relativamente a esta questão. --------------------------------------------------------------------------- O problema aqui é este. Eu tenho aqui a Lei quarenta e nove, de dois mil e doze, e no artigo treze, número um, que é um dos aspetos que nós temos, quando diz que o júri de recrutamento é designado por deliberação da Assembleia Municipal, sob proposta da Câmara Municipal, e ainda que o Presidente é designado entre personalidades de reconhecido mérito profissional, credibilidade, integridade pessoal. Portanto, o problema não se põe em relação às pessoas em concreto que consideramos que preenchem estes requisitos. Têm mérito profissional, têm credibilidade, têm integridade pessoal e têm até, que há depois um outro elemento, experiência autárquica. A pergunta que eu faço que é muitas vezes o que acontece nestas matérias, exatamente para evitar situações deste tipo, é as próprias autarquias socorrerem-se de pessoas com experiência autárquica por exemplo, de reconhecido mérito profissional, credibilidade e integridade pessoal, só que não estão na Câmara que vai decidir, mas estarão numa outra Câmara ao lado. Há um intercâmbio, procura-se que exista um intercâmbio, porque nestas matérias é como a mulher de César e, portanto, eu acho que não ficava mal, e necessito que me expliquem isto, que, de facto, no que respeita aos presidentes de júri para provimento de primeiro grau - porque é só em relação a estes que se coloca a questão - a razão para que não tivessem utilizado uma solução alternativa para que aqui se evitasse por parte da Assembleia estas dúvidas. Porque o pior que pode acontecer a esta Assembleia é votar, diremos, favoravelmente esta decisão com dúvidas no que respeita à possibilidade legal de um presidente de júri poder ser um membro da Câmara, quando se sabe que é à própria Câmara - e isto foi 89 invocado na Proposta e é verdadeiro - em relação ao primeiro grau que cabe decidir, mas dessa própria Câmara fazem parte os presidentes de júri que estiveram no júri. Há aqui qualquer coisa que eu não consigo entender. ----------------------------------------------------------------------------------------------E eu, para já, não vou dizer à Câmara para retirar a Proposta, mas gostava de perceber e ser esclarecido sobre qual é a razão? É falta de técnicos? É a impossibilidade de utilizar outras pessoas de reconhecido mérito fora da Vereação? A Câmara não tem? O Município ao lado não tem? Não há intercâmbio? Eu gostava de ser esclarecido para esta Assembleia poder votar e amanhã não lhe venham dizer e responsabilizá-la por um ato que viola a lei.”------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A Senhora Deputada Sónia Gonçalves (IOMAF) interveio, dizendo o seguinte: ----------------“Relativamente às intervenções aqui, eu considero que, de facto, o Senhor Deputado Reis Marques (PS) foi longe demais. Pôs em causa aqui a competência de uma técnica da Câmara Municipal de Oeiras por causa de uma questão que não é clara. Nós estamos aqui perante uma questão de interpretação legal e aquilo que parece e até segundo a intervenção que acabámos de ouvir do Doutor Pracana (PSD), é que, de facto, podemos ter aqui algumas questões morais subjacentes à legalidade e, portanto, estas questões não são claras. Nós temos um parecer da CCDR que, de facto, levanta aqui algumas questões. Agora, dizer que à partida isto está inquinado, que a Proposta tem que ser retirada e pôr-se em causa a capacidade técnica das pessoas que, eventualmente, possam subscrever estas propostas é que me parece que estamos a ir um bocadinho longe demais. ------------------------------------------------------------------------------------------Por conseguinte, apelamos à Câmara e também solicitamos alguns esclarecimentos relativamente à opção tomada com respeito ao júri escolhido. Parece-nos que pode haver outras opções que possam não colidir com estes eventuais princípios morais que estariam aqui subjacentes à escolha dos candidatos. Mas, de facto, dizer que o Vereador não pode ser 90 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS presidente do júri deste concurso parece-me que não é uma questão que seja muito clara e, portanto, apelamos a que o Senhor Vice-Presidente, hoje na qualidade de representante do Senhor Presidente, nos possa realmente esclarecer o porquê desta escolha e percebermos porque é que esta decisão foi tomada e porque é que o júri vem constituído nessa medida.” ---------------------------- O Senhor Presidente da A.M. expressou o seguinte: -------------------------------------------------- “Só um ponto de metodologia, não é bem de ordem mas de metodologia. Nós estamos a discutir fundamentos de facto e fundamentos de direito, misturados. Os fundamentos de facto são os factos que devem estar subjacentes à nossa crítica, à nossa apreciação e ao nosso sentido de voto, como deputados, os fundamentos de direito sobrepõe-se. ---------------------------------------- O Senhor Deputado Reis Marques (PS) invocou, eu julgo que, fundamentos de direito e disse que um vereador não podia presidir ao júri. Eu não estava preparado mas estive a ler a Portaria oitenta e três-A, de dois mil e nove, agora, muito rapidamente - as novas tecnologias permitem-nos isto - e a nova lei do trabalho, não me parece pela análise que eu fiz muito rápida, que de direito os vereadores não possam presidir ao júri. -------------------------------------------- Pedia ao Senhor Deputado, e depois à Câmara Municipal, se pode indicar qual é o fundamento de direito que impede um vereador de presidir ao júri, se tem presente, porque se há não vale…é a Lei quarenta e nove…” ----------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Joaquim dos Reis Marques (PS) acrescentou o seguinte: ------------------ “De dois mil e doze, de vinte e nove de agosto.” -------------------------------------------------------- O Senhor Presidente da A.M. questionou o seguinte: ------------------------------------------------- “Que diz …” --------------------------------------------------------------------------------------------------- A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) acrescentou o seguinte: ---------------- “O artigo décimo terceiro, eu posso ler, se quiser: ------------------------------------------91 --------------“Composição do júri de recrutamento dos cargos dirigentes. -------------------------------------------Número um - O júri de recrutamento é designado por deliberação da Assembleia Municipal, sob proposta da Câmara Municipal, e é composto por um presidente e dois vogais. ----------------Dois - O presidente é designado de entre personalidades de reconhecidos mérito profissional, credibilidade e integridade pessoal. -----------------------------------------------------------------------Três - Os vogais são designados de entre personalidades de reconhecidos mérito profissional, credibilidade e integridade pessoal, cuja atividade seja ou tenha sido exercida preferencialmente na área dos recursos humanos ou da Administração Local Autárquica. ----------------------Aos membros do júri que não sejam vinculados à Administração Pública é devida remuneração, a fixar pela Câmara Municipal, cujo montante não pode ser superior ao fixado nos termos do número cinco do artigo vigésimo primeiro da Lei número dois, de dois mil e quatro”, etc.. --------- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------E no número cinco diz: ---------------------------------------------------------------------------------------“A pedido da Câmara Municipal ou do serviço municipalizado interessado, o procedimento concursal é assegurado por entidade pública competente, não integrada nos serviços do Município, com dispensa…”, portanto, não é sobre essa matéria. -------------------------------------Agora, fazer só uma pequena intervenção. Se fosse um vereador a nomear-se a si próprio, é que estaríamos aqui no âmbito do absolutamente cómico, para não dizer outra coisa. Mas estamos a falar de uma proposta de um Presidente da Câmara a dizer que o júri é um vereador e, eu creio que, a questão da ilegalidade não se coloca, coloca-se sim da questão política, deste dever perante agora, o juízo é político e, portanto, apenas fazer esta apreciação seguindo a metodologia do Senhor Presidente, estamos apenas a fazer a avaliação de direito.” ----------------O Senhor Deputado Joaquim dos Reis Marques (PS) interveio, dizendo o seguinte: --- -----------------------------------------------------------------------------------------------------92 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- “A minha interpretação não é essa e eu acho que para isto carecia de um parecer fundamentado para suportar a Proposta. Eu não tenho essa leitura e há várias leis que regulam esta situação e numa delas está seguro que veda a possibilidade dos vereadores serem membros do júri.” --- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. deu os seguintes esclarecimentos: ------------------------- “Importa, se calhar, fazer aqui um esclarecimento e até aproveitando aqui a presença da Doutora Rosa Lopes, que é a nossa chefe da Divisão dos Recursos Humanos, pessoa responsável pela elaboração desta Proposta, portanto, Senhor Deputado Reis Marques (PS), às vezes, quando aludimos a determinadas propostas é bom que vamos logo de encontro ao cerne da questão e não, às vezes, andemos aí a vaguear. --------------------------------------------------------------------- Quero-lhe dizer, e reiterar mais uma vez, a confiança que nós temos nos nossos serviços. E na altura, aliás, está patente na deliberação que esta situação suscitou algumas dúvidas que foram esclarecidas pela Doutora Rosa Lopes e o motivo pelo qual aparecem os vereadores. E, desde já lhe quero dizer uma coisa, tanto eu como os meus colegas não temos nenhum interesse, absolutamente nenhum, aliás, se não pudéssemos lá estar era ótimo. Só lá estamos pelo facto da Câmara Municipal, neste momento, em termos de comissão de serviço não ter dirigentes que cheguem para esse efeito, ou seja, neste momento só existe um nessas condições que é o Intendente Filipe Palhau e daí o facto de estarmos lá nós vereadores como presidentes do júri. Mas mais uma vez repito, eu e os meus colegas não temos qualquer interesse. ------------- Se calhar, para complementar eu pedia à Doutora Rosa Lopes que se chegasse aqui a um micro e pudesse justificar melhor, como é óbvio, esta Proposta.” ---------------------------------------------- A Senhora Doutora Rosa Lopes, Chefe de Divisão de Recursos Humanos, deu os seguintes esclarecimentos: ------------------------------------------------------------------------------------93 --------------“Boa tarde a todos, eu vou começar por vos dizer que, de facto, não é prática no Município de Oeiras termos vereadores como elementos de júris de concurso. Tanto quanto eu me lembro, eu estou há sete anos como dirigente da área de recursos humanos e tal nunca aconteceu. Nunca aconteceu, porque, de facto, nunca houve necessidade. -----------------------------------------Nós aplicamos o Estatuto Pessoal Dirigente das Autarquias Locais, quando estamos a constituir júris de concursos dirigentes e aplicamos subsidiariamente quando há lacunas o Estatuto Pessoal Dirigente Regular, portanto, aquele que é aplicado também para a Administração Central. -----------------------------------------------------------------------------------------------------Uma questão importante a ter aqui em conta é que só podemos colocar como elementos de júri, pessoal dirigente que está nomeado em comissão de serviço, tal como dizia o Senhor Vice-Presidente e muito bem. Não podemos colocar pessoal dirigente que está nomeado em regime de substituição e pessoal dirigente do mesmo nível e grau daquele que está a ser colocado a concurso. Portanto, eu não posso colocar num concurso para um diretor de departamento, um chefe de divisão, por exemplo. Ao momento, eu tenho apenas um diretor de departamento nomeado em regime de substituição, o Intendente Filipe Palhau. Portanto, eu não consigo constituir um júri com mais do que um diretor de departamento, porque só há o Intendente Filipe Palhau, como vos estava a dizer. ---------------------------------------------------------------------Nós já tivemos imensa dificuldade, e também tenho para vos dizer isto que é importante, em ter um elemento imparcial na constituição do júri que também é uma exigência legal. Tanto assim é, que vos recordo que a restruturação orgânica foi divulgada em maio deste ano e só trouxemos agora à Câmara e à Assembleia Municipal a constituição dos júris, porque tivemos imensa dificuldade que a Câmara de Lisboa e a Câmara de Cascais nos identificassem elementos imparciais para constituir o júri e, como estão a ver, temos ao momento diretores de departamento da Câmara de Lisboa e da Câmara de Cascais a constituir os júris de ambos os 94 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS concursos. Portanto, estamos a assegurar elementos imparciais e de Câmaras com movimentos políticos completamente distintos a assumi-las ao momento. -------------------------------------------------------- Outra questão importante que vos quero referenciar, ao contrário daquilo que tem acontecido em Oeiras, é prática generalizada que podem verificar com muita facilidade na bolsa de emprego pública, é prática generalizada pelo País fora a constituição de júris de concurso para cargos dirigentes integrar elementos do Executivo, vereadores. Aliás, temos câmaras, por exemplo, a Câmara do Porto que exige a presença de um vereador, do vereador de recursos humanos em todos os procedimentos concursais, portanto, isto não é uma coisa atípica, acontece pelo País todo, Lisboa, Porto, Sintra, pelo País todo. Aliás, para a reunião de Câmara inclusivamente levei fotocópias de várias ofertas de emprego. ------------------------------------------------------ Porque o fizemos já vos expliquei. ------------------------------------------------------------------------- Questão importante, de facto, existe um Parecer da CCDR e um Parecer que, inclusivamente, acho que até fui eu que falei dele na reunião de Câmara. Eu avancei com a existência do Parecer e o Senhor Vereador conhecia-o, exatamente. ----------------------------------------------- É importante, às vezes, dominar os conceitos de recursos humanos para sabermos interpretar os pareceres como “Il faut”. E, entretanto, o Senhor Deputado Pracana (PSD) falou de uma coisa importante que é preciso dominar para conseguir interpretar os pareceres. --------------------------- A Câmara, de facto, tem o poder de decidir pelo provimento de dirigentes superiores de primeiro grau, diretores municipais, não é isto que nós estamos aqui a colocar a concurso. Nós estamos aqui a colocar a concurso, dirigentes intermédios de primeiro grau, não é a Câmara que decide pelo provimento de dirigentes intermédios de primeiro grau, é o Senhor Presidente da Câmara que decide pelo provimento de dirigentes intermédios de primeiro grau. Todo o parecer da CCDR, se o lerem - todo ele, a grande maioria dele, a não ser um parágrafo no final 95 fundamenta e muitíssimo bem, diga-se a bem da verdade, o facto de não podermos ter um órgão que procede à instrução do processo ou um elemento de um órgão que procede à instrução do processo, um vereador, na fase de instrução e depois na fase de decisão. Ou seja, o vereador está na fase de instrução e depois também está na fase de decisão quando decide pelo provimento do cargo. Isso acontece nos cargos de direção superior, diretores municipais, a Câmara decide pelo provimento. No caso de direção intermédia de primeiro grau, diretores de departamento, o órgão que procede à instrução é o júri que integra um vereador por exemplo, quem decide pelo provimento ou não é o Presidente da Câmara. O júri desenvolve todo o trabalho de instrução, o Presidente da Câmara afinal pode, fundamentando, decidir não proceder ao provimento, pode decidir pelo não provimento. O Parecer da CCDR no final, e isto agora, naturalmente que eu vou-me ficar por aquilo que a CCDR também ficou, por uma opinião, porque na verdade a CCDR, no final, num mero parágrafo, emite uma opinião que não é lei. A lei foi exatamente o que a Senhora Deputada Isabel (CDS-PP) leu e aquilo que a Senhora Deputada leu preenche perfeitamente todos os requisitos do que trazemos aqui nesta proposta de deliberação, um vereador preenche todos esses requisitos. --------------------------------------------------------------------------------A CCDR no final diz, relativamente à possibilidade ou não dos eleitos locais estarem ou não nos júris de concursos para dirigentes intermédios de primeiro grau, que não devem estar por questões de transparência e por questões de despartidarização. Ora, opinião, isto agora que eu vou dizer era uma opinião, naturalmente concordarão com ela ou não. E disse-o na reunião de Câmara, volto a repeti-lo aqui: nós, neste País, a meu ver hoje em dia, estamos mais preocupados em querer parecer do que, na verdade, em ser. --------------------------------------------------------------------------Se o Presidente na Câmara na final decide pelo provimento ou não, se eu tenho no júri elementos imparciais da Câmara Municipal de Lisboa Socialista, da Câmara Municipal de Cascais, se estão assegurados, de facto, elementos de vários quadrantes políticos, a onde é que 96 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS não está assegurada a despartidarização aqui? Sinceramente, não consigo perceber. Não me parece que seja essa a motivação que está aqui em causa. Questões de legalidade, sinceramente, não estão aqui em causa - não estão de todo - questões de transparência e de despartidarização também me parece que não. Sinceramente, esses motivos não me parece que são justificados. ---------------- É o que eu terei para dizer, eventualmente poderei apresentar outras justificações se assim o entender.”----------------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. agradeceu dizendo: ------------------------------------------- “Muito obrigada Doutora Rosa Lopes.” ------------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte: -------------------------------------------------------- “Parece-me que, do ponto de vista do direito, está justificado, parece-me, do ponto de vista substancial, substantivo. Vamos prosseguir o debate, há várias pessoas que estão inscritas.” ------------- O Senhor Deputado Joaquim Cotas (CDU) interveio, dizendo o seguinte: ----------------------- “Para a CDU não está em causa a capacidade técnica, nem a idoneidade das pessoas que lá estão na equipa. Não está para nós em causa isto, porque estão lá quatro vereadores e um é Vice-Presidente, não é só Vereador, é Vice-Presidente da Câmara - também lá está. E a CDU também não vai indicar pessoas para o júri, para a equipa, era o que faltava. ------------------------------------- E depois destes esclarecimentos todos, da Senhora que acabou de falar que nos prestou aqui os esclarecimentos que prestou, as questões jurídicas parece que poderão estar atenuadas ou ultrapassadas mas para nós há a outra questão, que é a questão política. E este é um órgão de discussão e combate e debate político, por excelência, é a Assembleia Municipal, a Câmara não tem essas funções. ------------------------------------------------------------------------------------------- Disse ali a Técnica, transparência e despartidarização. Como é que é possível, seja o que for, despartidarizar uma equipa ou seja o que for, se os Membros da Assembleia Municipal e 97 os Membros da Câmara são todos Membros de Partidos Políticos. Então, quer dizer, não pode ir para lá ninguém. Eu não aceitava ir para uma equipa qualquer, representar uma coisa que não fosse o meu Partido, o PCP. Na verdade é esquisito, esta palavra. Como é que é possível trazer para aqui esta palavra, quando isto está toda recheadinha de Membros dos Partidos Políticos, na verdade. --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Portanto, resumindo e concluindo, como a Proposta está a CDU não vai votar favoravelmente esta Proposta, vai votar contra e com uma declaração de voto, porque as consequências futuras ficam salvaguardadas para nós. De qualquer modo, e essa é a última coisa que nós gostaríamos de saber, seria talvez melhor a Câmara retirar esta Proposta, elaborar a equipa de outro modo, vinha aqui e era aprovada de outra maneira. Portanto, essa é a nossa maneira de ver.” --------------------------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) interveio, dizendo o seguinte: ---------------------------“Começar por agradecer os esclarecimentos que foram aqui prestados pela Doutora Rosa que, aliás, tenho o prazer de reencontrar, depois de termos passado quatro anos intensos de trabalho político na Assembleia de Freguesia de Carnaxide, em que ela lá estava como Membro do Executivo, pelo IOMAF, vejam só, nós que estamos aqui a discutir a imparcialidade dos nossos serviços, onde está a imparcialidade. De qualquer modo, julgo que a parte que ela tentou explicar sobre a justificação técnica me pareceu que foi esforçada, já a parte em que ela assumiu que veio aqui trazer uma opinião era, se calhar, mais adequado que ela não a trouxesse e utilizando uma expressão dela, como “Il faut”, porque os técnicos aqui emitem apenas aquilo que é o parecer técnico e não devem vir aqui emitir aquilo que são opiniões políticas sobre o estado do País, ou sobre o que quer que seja, com todo o respeito que tenho por todos os técnicos da Câmara. ---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------E relativamente a esta matéria em concreto há um dever que a própria Doutora Rosa 98 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS falou, que é um dever que todos devemos ter no exercício de funções públicas e principalmente quem trabalha na administração pública como funcionário, que é o dever de imparcialidade. E a questão que se coloca e há um caminho que tem vindo a ser feito no nosso argumento jurídico, nos diferentes instrumentos jurídicos que temos, a começar pelo nosso Código de Procedimento Administrativo, que, aliás, será revisto, já tem uma autorização legislativa que vai aprofundar também o regime nesta área. Podemos também falar, por exemplo, no instrumento que foi criado e que está a fazer o seu caminho a nível dos altos dirigentes da Administração Pública que é o modelo de CReSAP (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública), em que existe uma entidade, um júri que nada tem a ver com a realidade concreta dos respetivos organismos que aprecia os currículos e sujeita um parecer à entidade política que decide, e a verdade é que, perante estes elementos, sabemos hoje aqui que a interpretação dos serviços da Câmara, perante aquilo que foi já o enunciado pela Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP), é que a personalidade de reconhecido mérito é o vereador, portanto, nada tem a ver. O legislador quando escolheu aquela redação nada quis com pessoas que não tivessem a ver com a realidade da Câmara, mas que tivessem experiência na área dos recursos humanos para decidir, para apreciar o perfil. Ora, não é esse o nosso entendimento, parece-nos que há aqui um caminho que tem vindo a ser seguido e que a interpretação correta sobre aquilo que foi intenção do legislador é que se deve afastar destes júris, aquilo que são, os responsáveis, os decisores políticos que decidirão sim depois no final, como aqui foi dito e bem, o Presidente da Câmara, neste caso, sobre se acompanha ou não o parecer de uma entidade que deve ser a todos os níveis imparcial, que é o júri.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Portanto, não ficámos de forma alguma convencidos com as explicações que foram aqui trazidas pela Técnica e que foram corroboradas pelo Senhor Vice-Presidente da Câmara e 99 juntávamos a nossa voz à voz do Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD), do Senhor Deputado Joaquim Cotas (CDU), no sentido da Câmara poder retirar a Proposta e apresentar uma proposta que cumpra estes requisitos, porque parece-me que ficou claro que ninguém aqui quer obstaculizar este concurso, queremos sim que ele seja feito da forma mais justa e imparcial que pode ser.” - -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------A Senhora Deputada Sónia Gonçalves (IOMAF) interveio, dizendo o seguinte: ----------------“Eu já estou habituada a discordar da Bancada do PS mas, de facto, hoje, eu ponho em causa aquilo que o Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) ouviu e aquilo que eu ouvi, portanto, um de nós não ouviu bem. Eu, de facto, não ouvi nos esclarecimentos prestados pela Doutora Rosa Lopes qualquer tipo de argumento que não fosse um argumento imparcial, até pelo contrário, foram as explicações mais imparciais e mais inócuas que a Técnica aqui podia ter trazido.----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Portanto, Senhor Deputado Cotas (CDU) quanto à despartidarização, de facto, o Senhor tem razão. Nós acabámos agora de ouvir uma intervenção que começou pelo facto de se dizer que, a Técnica que tinha vindo prestar esclarecimentos, se tinha cruzado com o Senhor Deputado há quatro anos na Assembleia de Freguesia de Carnaxide, representando o IOMAF durante, perdão. Quer dizer, estamos a tentar explicar aqui e explicar concretamente ao PS, que foi quem trouxe a questão, que, de facto, do ponto de vista legal, e agradeço os esclarecimentos prestados pela Doutora Rosa Lopes porque não subsistem quaisquer dúvidas de que a lei permite que os vereadores, mediante a interpretação que foi feita, sejam presidentes do júri e, de facto, começamos logo por partidarizar a questão, começando logo por invocar que a Doutora Rosa Lopes era representante do IOMAF - começamos logo por aí. E, de facto, não é isso que interessa, o que interessa é realmente perceber que aquilo que a Doutora Rosa Lopes aqui veio fazer e muito bem, foi, de facto, explicar por que razão os senhores vereadores são presidentes 100 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS do júri deste concurso. E o PS que de repente vê que não tinha razão ao invocar que isto é uma decisão ilegal, colocando vereadores na presidência do júri deste concurso, agora já vamos mais longe e vamos tentar interpretar o que é que o legislador tinha na cabeça quando redigiu o artigo que acabou por ser lido pela Doutora Isabel Sande e Castro (CDS-PP). Já estamos habituados a este tipo de política. --------------------------------------------------------------------------------------------------------- De facto para o IOMAF, os esclarecimentos que aqui foram prestados e muito bem, volto a dizer, pela Doutora Rosa Lopes, são suficientes, não nos parece que a Proposta tenha que ser retirada e estamos prontos a votá-la.” -------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Jorge Vilhena (U.F. Carnaxide e Queijas) interveio, dizendo o seguinte: ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- “Em primeiro lugar queria destacar a forma técnica como a Senhora Dirigente do Município, Chefe de Recursos Humanos da Câmara Municipal de Oeiras, Doutora Rosa Lopes, fundamentou o seu parecer técnico com base noutros pareceres técnicos e evocando a lei, como disse a Senhora Deputada Sónia do IOMAF, em que foi clara, em que não utilizou qualquer alocução a questões partidárias, pelo contrário, dando exemplos da questão dos dirigentes de municípios vizinhos. Mas não é isto só que interessa dizer, interessa dizer que a cidadã que aqui vem enquanto dirigente do Município não tem que ser interpelada por qualquer deputado desta Assembleia sobre a sua qualidade de cidadã a representar uma ou outra Força Política, porque senão teríamos que pedir ao Município de Oeiras que fornecesse uma lista de todos os trabalhadores, assim como que nos indicasse se são militantes de algum Partido ou membros de uma associação de cidadãos independentes ou de alguma associação zoófila ou de alguma associação desportiva do Concelho, para que isso implicasse uma análise sobre aquilo que está aqui em apreço. Acho que uma coisa não tem nada a ver com a outra e, portanto, acho que foi de 101 muito mau tom este tipo de abordagens. Veio contrariar, exatamente, a intervenção anterior em que um Senhor Deputado disse que havia - e eu até gostava de saber quem é - uma trabalhadora do Município, uma Técnica, que era a Técnica mais remunerada do Município de Oeiras - estou curioso - e que constantemente dá pareceres que não são correspondentes ao seu valor de retribuição estipulado por lei, portanto, esse trabalhador ou essa trabalhadora Técnica do Município terá com certeza um vencimento de acordo com a lei e, com certeza, se chegou a esse escalão terá sido por concurso, terá sido pela sua progressão na carreira. Mas eu estou curioso de saber quem é essa técnica que constantemente dá pareceres e que foi aqui invocada e acho que não deve ficar no ar, e acho que o Senhor Deputado Reis Marques (PS) deveria dizer aqui quem é, porque senão cai a suspeita sobre todos os Técnicos do Município de Oeiras que dão pareceres e que são presentes aqui na Assembleia Municipal, assim como, até podemos questionar se a equipa que dá suporte à Assembleia Municipal, aquelas Senhoras, por exemplo, que estão ali sentadas, também se distribuíram bem os papéis, se distribuíram bem as convocatórias, podemos começar aqui a questionar tudo o que se passa. Se vocês me dissessem que a Proposta estaria mal instruída, que faltava documentos, que faltava suporte legal, que estava de uma forma apresentada com um parecer que favorecia o Município ou os dirigentes do Município, neste caso a Vereação e o Presidente da Câmara, bom ainda podíamos discutir. Agora, pegar numa questão partidária, que neste caso nem é partidária porque é de uma associação de movimentos de cidadãos independentes e utilizá-la num certo tom, em passagem de trinta segundos, tocando ali que já tinha conhecido esta pessoa, esta cidadã, e por acaso hoje está ali sentada e que o Senhor Deputado, se calhar, desconhece com que idade é que ela entrou para o Município, enfim, e o seu percurso profissional antes de ser dirigente, com certeza não o faria falar dessa forma que eu acho completamente injusta.” -----------------------------------------------------------------------------O Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) interveio, dizendo o seguinte: -----------102 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- “Julgo que esta Assembleia não tem que discutir pessoas, tem que discutir eventualmente, é a questão que está em aberto, é os cargos e exercício de algumas dessas pessoas. --- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Eu queria e passo a citar, a propósito de uma afirmação que foi hoje aqui proferida, em relação ao Parecer da CCDR. É que, de facto, o Parecer da CCDR, eu, desde já, digo que não conheço mas vou tratar de perceber o que é que diz o Parecer, com certeza vou conseguir ter acesso a ele, não está na Internet senão nós já o teríamos, e, de facto, o Parecer fala em júris de dirigentes de primeiro grau, porque esses são obrigatoriamente escolhidos depois, ou melhor, nomeados em provimento pela Câmara mas também fala em dirigentes intermédios. Mas para mim a questão essencial aqui julgo que está ultrapassada, porque a questão essencial para mim é este princípio de que quem, de facto, ia apreciar não pode decidir. Isto é um princípio que a própria Constituição da República Portuguesa refere quando se trata de questões de justiça, de aplicação do direito e necessariamente uma questão analógica ter-se-ia que apresentar aqui. ------------------ Ora bem, o que, de facto, foi dito aqui e eu esclareço que assim é, é que nesta questão dos intermédios quem vai decidir não é a Câmara onde, de facto, os senhores vereadores aqui indicados como tal, como presidentes de júri, iriam, então, sim participar nessa decisão. De facto, neste caso a decisão é apenas do Senhor Presidente da Câmara. --------------------------------------------- Contudo, não posso e não resisto a perguntar se entre onze vereadores da Câmara, apenas aqueles que constituem uma Força Política eram capazes de colocar ou de dirigir este júri. Eu pergunto realmente isso, quer dizer, não tem que ter resposta, isto é uma pergunta de retórica naturalmente. Agora, objetivamente, a Câmara tem onze vereadores, todos eles, considero-os como tal, capazes, credíveis e com méritos reconhecidos para exercer este cargo e, portanto, é uma dúvida que fica no ar, ficará no ar, enfim, isso não vai obviamente colocar em 103 crise aquilo que é o essencial, que é que a Câmara funcione e para isso necessita de ter dirigentes adequadamente eleitos, mas, contudo, ficam aqui muitas dúvidas em relação a todo este processo que nós gostaríamos que tivesse sido mais aberto.” --------------------------------------------------------------------A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) interveio, dizendo o seguinte: --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------“Eu, há pouco, limitei-me a ler o artigo da lei e não fiz nenhuma consideração e nem vou fazer considerações acerca das características ou das qualidades dos funcionários da Câmara Municipal e parece-me que não é bonito esse caminho nesta Assembleia mas as ações ficam com quem as pratica. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------Em relação, agora sim, sobre esta lei, eu gostaria de dizer o seguinte: porquê que nós chegamos a este ponto, e aquilo que eu li apenas referia o seguinte: é que o presidente do júri no recrutamento deve ser uma personalidade de reconhecido mérito profissional com credibilidade, integridade pessoal, cuja atividade tenha sido exercida na área dos recursos humanos. E o que é que isto significa? Significa que a lei pretende defender os princípios de isenção, do mérito, da transparência, nos procedimentos de concursos, nos procedimentos de recrutamento, da seleção e do provimento dos cargos de direção superior e também que se pretende aqui criar uma clara separação entre a entidade responsável da seleção de indivíduos e a entidade responsável pela decisão da escolha e designação. E porquê que chegámos aqui? Chegámos aqui, porque todos nós e quase todas as Forças Políticas têm que reconhecer, neste País tem havido uma clara falta de transparência onde se fazia uma cultura dos “boys” e das “girls” no funcionalismo público, e por isso é que agora a lei vem fazer esta clara distinção, e por isso é que o Deputado Pedro Almeida (PS), ainda que distraído, fale agora da CReSAP, mas nos governos socialistas, nos sociais-democratas e até nos do centro social existiu sempre esta falta de transparência e existe agora esta grande necessidade de fazermos uma separação e de criar e que este governo criou o 104 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS CReSAP e bem. Ou seja, o que nós estamos aqui a fazer é um caminho de separação de quem decide e da forma de seleção e neste concurso pelo que me parece, este júri / os vereadores vão indicar três pessoas que depois o presidente escolhe. Ainda assim, eu não optaria por esta opção de ter um vereador presidente de júri. Creio que não seria a melhor opção, mas atento à explicação, nomeadamente, do facto de não existirem outras pessoas com as características para fazer a presidência, eu compreendo a situação da escolha dos vereadores. Mas justamente porque o que está por trás desta lei é a tal despartidarização que não se consegue quando se vai buscar pessoas às câmaras vizinhas, porque isso não é despartidarização nenhuma, é qualquer outra coisa, porque nós arranjámos foi mais partidarização (e a minha dislexia não me permite dizer esta palavra outra vez). O que acontece é que nós para avançar, provavelmente, devíamos tentar refletir sobre que vontade é que esta lei tem, que não é necessariamente ir buscar pessoas das câmaras vizinhas mas sim aumentar a isenção na escolha dos selecionados. Portanto, nós agora temos aqui um problema por resolver, temos uma solução que não é a melhor e eu vou optar por uma abstenção dadas as circunstâncias.” -------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte: -------------------------------------------------------- “Eu não quero intervir, só precisar, eu julgo que foi um lapso da Senhora Deputada porque tenho aqui a lei que leu à frente, o artigo décimo terceiro, é que o ponto dois e três distinguem o perfil do presidente, do perfil dos vogais e o que a Senhora Deputada disse para o presidente está no ponto três, que é ter exercido preferencialmente na área dos recursos humanos ou da administração local autárquica, é para os vogais e não para o presidente. Só uma precisão, tenho aqui na frente.” ------------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Joaquim dos Reis Marques (PS) interveio, dizendo o seguinte: -- ------------------------------------------------------------------------------------------------------105 --------------“Quanto à situação eu não disse de quem era a proposta, não citei, o Senhor VicePresidente é que por acaso quis pôr na minha boca uma coisa que eu não disse e que não digo, mas para aqueles que têm dúvidas vão ao site da Internet e vão ver o site da contratação pública, que encontram lá quem são as pessoas. Portanto, não vale a pena ir por aí. ----------------------------------------Quanto à despartidarização já muito aqui foi falado, não há despartidarização nenhuma. Que eu saiba antigamente é que tinha que dizer que não professava ideias tais e tais, agora, felizmente, já não chegamos a esse ponto, já não há isso, felizmente. Portanto, eu não tenho nada contra as pessoas que sejam deste ou daquele Partido, sejam eles de quem for, têm o direito que é para eu também ter o direito de ser de onde quero ser. -------------------------------------------------Mas a defesa da Proposta sobre os recursos humanos que a Doutora Rosa Lopes aqui fez e por quem eu tenho apreciação e consideração, porque não é a pessoa, que eu saiba ela não se encontra na situação que eu citei. Portanto, ela fez a defesa da sua dama, da sua proposta, mas eu não estou de acordo. A lei tem um princípio, não a leio como a Doutora Sónia a lê, por isso é que há advogados que defendem umas e outras causas, cada um está no seu lado. Portanto, o principio para mim é que os vereadores não deviam fazer parte do júri e indo ao encontro do Código de Procedimento Administrativo tem que ser transparente, porque esta Proposta foi votada na Câmara e eles também votaram neles, pelo menos eu não encontro na ata a decisão de eles terem saído quando a Proposta foi votada.” ------------------------------------------------------------------------O Senhor Deputado Paulo Nicholas Pinto (PS) expressou o seguinte: -----------------------------“A minha primeira intervenção é muito breve, simplesmente tendo em conta a intervenção da Senhora Deputada Sónia (IOMAF), primeiro que tudo, e antes de mais, agradecer, em nome do Partido Socialista, a vinda da Técnica Doutora Rosa para prestar obviamente todos os esclarecimentos, agradecemos imenso e será sempre bem-vinda para qualquer esclarecimento que venha prestar, sendo certo que, obviamente, e como disse o meu 106 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS camarada Pedro Almeida (PS), agradecemos é só que no que diz respeito às opiniões, aí sim, possa cingi-las para si. E como transmitiu opiniões, corrigir aqui a nossa Deputada Sónia (IOMAF), que, efetivamente, indicou - e eu não concordo nada com ela - que a sua intervenção, Doutora Rosa, foi inócua, imparcial, muito pelo contrário se transmitiu uma opinião, a sua opinião para nós nunca é inócua, nem imparcial. Não neste fórum, noutros fóruns, mas neste fórum será sempre bem-vinda a sua opinião. Ao contrário da Senhora Deputada Sónia (IOMAF) que acha que, efetivamente, a sua opinião é completamente inócua, discordamos completamente. ------------- Relativamente à questão jurídica em causa, é nossa interpretação, do Partido Socialista, que a lei e a forma como foi redigida vai no interesse e vai naquilo que a Câmara muitas vezes já defendeu e aqui fez publicidade de que, efetivamente, procura ser sempre o mais transparente possível e ser o mais imparcial possível. E é nosso entendimento que este processo e a forma como está elaborado, e não é só nosso é de outras Forças Políticas também, não é nessa tendência imparcial e transparente, que a Câmara tantas vezes aqui advogou que defende. Nesse sentido, obviamente que a nossa interpretação da lei e de quem a redigiu foi que, efetivamente, era nesse caminho que pretendia ir. É óbvio que pode haver outras pessoas que tenham opiniões distintas e pensem que não, que, efetivamente, quem redigiu esta lei não tinha esse propósito, mas aí entramos no campo jurídico e como todos conhecemos pode haver sempre advogados para várias opiniões, tanto para um lado como para o outro e, com certeza, se alguém assim procurasse iria encontrar tanto uns que defendessem uma posição, como outros que defendessem outra. De qualquer das formas essa é a nossa opinião. E formular que para nós, tendo em conta esta linha de raciocínio, a Proposta está mal formulada e de encontro aqui à intervenção do Senhor Deputado Vilhena (U.F. Carnaxide e Queijas) que acha que a Proposta não está mal formulada. E já agora aproveitar para corrigir também o Senhor Deputado Vilhena (U.F. 107 Carnaxide e Queijas), na minha opinião - e as opiniões valem o que valem - o Movimento Isaltino Mais À Frente, é tão Partido, como outro Partido qualquer.” -----------------------------------------------O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. deu os seguintes esclarecimentos: --------------------------“Em primeiro lugar quero, como é óbvio, dizer em contraponto ali ao Senhor Deputado Paulo Pinto (PS), mas não podemos ter todos a mesma opinião, temos que nos respeitar uns aos outros, mas eu digo que realmente esta Proposta está muito bem-feita. E quero, desde já, aproveitar esta altura também para elogiar a forma como a Doutora Rosa Lopes, quer na Câmara, quer aqui na própria Assembleia Municipal, dissipou algumas dúvidas, porque a primeira coisa que estava aqui em causa era a legalidade deste processo, desta Proposta, e, portanto, isso parece que está dissipado, ou seja, não há nada que diga que os Vereadores não possam fazer parte dos júris de concurso. Não há nada. ---------------------------------------------------------------Agora, é assim, também foi aqui dito pela Doutora Rosa Lopes, e é verdade, que é norma neste Município os júris do concurso não serem compostos por vereadores e só acontece nesta situação pelo facto de não haver neste momento número suficiente de dirigentes em comissão de serviço em condições de integrarem os mesmos. Portanto, só nesta condição é que isto realmente acontece, porque senão, meus caros, era normal, nós não queremos lá estar. Agora, se realmente não há número de dirigentes suficientes para integrarem os respetivos júris, temos que assumir a responsabilidade, não é? Agora, também é importante e muitas vezes se fala aqui em isenção, transparência, também vos quero dizer, e para assinalar isto até em resposta ali ao Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD), que realmente na reunião de Câmara o Senhor Presidente desafiou inclusive os outros vereadores a fazerem parte dos respetivos júris e ninguém quis fazer parte, portanto, isto diz bem da isenção, da transparência, que nós queremos neste processo. Por conseguinte, não estamos a querer tomar conta do que quer que seja. Agora, temos que assumir as nossas responsabilidades, é óbvio.” ------------------------------------------------------108 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte: -------------------------------------------------------- “Muito obrigado Senhor Vice-Presidente. Vamos, então, pôr à votação a Proposta oitocentos e trinta e sete de dois mil e catorze, relativa à abertura de procedimentos concursais para os cargos de dirigentes intermédios, primeiro, segundo e terceiro graus.” ----------------------4.9.1. VOTAÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi rejeitada, com treze votos a favor do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente (Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Fernando dos Santos Afonso, Jorge Manuel de Sousa de Vilhena, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, Sónia Maria Antas de Barros Amado Gonçalves, Luís Filipe Pereira Santos, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Salvador António Martins Bastos Costeira, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, António José da Luz Ramalhete, Carlos João Leão de Carvalho Barata Roda e Maria Teresa Sousa de Moura Guedes) e com catorze votos contra, sendo oito do Partido Socialista (Dinis Penela Antunes, Joaquim dos Reis Marques, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Pedro Miguel Ramos Almeida, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Vidal Diogo Fernandes Antão, José António Pires Paiva e Paulo Nicholas Bastos Pinto), quatro da Coligação Democrática Unitária (Carlos Alberto de Sousa Coutinho, Joaquim Vieira Cotas, Aníbal José Gonçalves Guerreiro e Maria Gabriela Bessa da Cruz Tavares), um do Bloco de Esquerda (Feliciano Teixeira Bernardo) e um do Partido pelos Animais e pela Natureza (Ana Sílvia Rodrigues Paixão Ferreira Marques) e com sete abstenções, sendo seis do Partido Social Democrata (António de Jesus Seixas, Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Alda Maria Reis Gouveia Lima, Valdemar Pedro Cabral da Câmara de Almeida, Augusto Teresa Pissarreira e Andreia Vanessa Mota Alves) e uma do Centro Democrático Social - Partido Popular (Maria Isabel Pereira Fernandes da Costa Jorge de Sande e 109 Castro). ---- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Os Senhores Deputados, Nuno Emanuel Campilho Mourão Coelho e Maria Carolina Candeias Tomé, do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente e Alexis Godinho Gonçalves, do Partido Social Democrata, não estavam presentes na altura da votação. --------------------------Esta deliberação foi aprovada em minuta, a qual se dá por transcrita: --------------------------------“DELIBERAÇÃO N.º 146/2014 --------------------------------------------------------------------------PROPOSTA C.M.O. N.º 837/14 - DRH - ABERTURA DE PROCEDIMENTOS CONCURSAIS PARA CARGOS DIRIGENTES INTERMÉDIOS DE 1.º, 2.º E 3.º GRAUS --------------A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número oitocentos e trinta e sete barra catorze, a que se refere a deliberação número cinquenta da reunião da Câmara Municipal, realizada em dezanove de novembro de dois mil e catorze, e deliberou por maioria, com treze votos a favor do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente, com catorze votos contra, sendo oito do Partido Socialista, quatro da Coligação Democrática Unitária, um do Bloco de Esquerda e um do Partido pelos Animais e pela Natureza e com sete abstenções, sendo seis do Partido Social Democrata e uma do Centro Democrático Social-Partido Popular, rejeitar a referida proposta. -------------------------------------------------------------------------------------------------Mais foi deliberado, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da ata.” ---------4.9.1.1. O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) fez a seguinte Declaração de Voto:------------------------“O Partido Socialista votou contra a proposta número oitocentos e trinta e sete barra catorze não por estar contra a abertura de procedimentos concursais para cargos de dirigentes intermédios mas sim porque, face a dúvidas legítimas levantadas por diversos deputados municipais, por diversas bancadas municipais, relativamente à constituição do júri, a Câmara Municipal foi inflexível e não permitiu que houvesse uma reformulação de modo a que este procedimento tivesse na sua base um consenso político que é sempre necessário nestes processos 110 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS que envolvem, naturalmente, visões e interesses que podem ser divergentes e que devem ser o mais transparentes e os mais isentos possíveis. ------------------------------------------------------------------------- Deixar uma nota, também, em nome pessoal, e aproveitar estas circunstâncias com alguma condescendência do Senhor Presidente porque fui visado, que não tenho nada, bem pelo contrário tenho as melhores referências da Doutora Rosa como pessoa e como técnica e ainda assim isso não me inibe de discordar daquilo e da postura que ela teve aqui hoje, com a franqueza e frontalidade que ela sabe e que me pode reconhecer dos tempos em que estivemos na Assembleia de Freguesia. -------------------------------------------------------------------------------------------------- E, dizer, também, que acho estranho e fica este ponto também para reflexão que ao Movimento Político IOMAF não faça confusão, e que não ache que possa ser questionável, um possível conflito de interesses entre alguém que está no executivo de uma Junta de Freguesia pelo Movimento IOMAF e ao mesmo tempo a desempenhar funções de chefia na Câmara Municipal. Isto porque, a nós da mesma forma que já nos pareceu muito questionável que haja aqui nesta Assembleia Municipal adjuntos ao mesmo tempo, na Câmara Municipal e aqui a fiscalizar a Câmara Municipal, também achamos que aqui é um caso flagrante de conflito de interesses. Portanto, fica para reflexão porque mais do que proclamar a independência e isenção nestas decisões também se demonstra a forma e a postura com que devemos estar perante o serviço público.” -----------------------------------------------------------------------------------------------4.9.1.2. O Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) fez a seguinte Declaração de Voto: --------------------- “O PSD absteve-se nesta votação, o que não significa que não esteja de acordo com a necessidade de provir os lugares em aberto. Mas será sempre possível à Câmara porque consideramos entender por exemplo que a própria força maioritária da Câmara possui para além dos seus vereadores, um conjunto de personalidades, algumas delas já estiveram nesta 111 Assembleia Municipal no presente e no passado, que podem perfeitamente, em nossa opinião, desempenhar estes cargos de presidente de júri sem que isso implique, de facto, as questões que aqui foram levantadas. Por tudo isso entendemos o nosso voto como de abstenção.” --------------4.9.1.3. O Senhor Deputado Salvador Costeira (IOMAF) fez a seguinte Declaração de Voto: --------------“Senhor Presidente, nós votámos a favor porque colocamos acima de tudo o interesse do Município, e é bom que se diga que depois de todas as explicações que foram dadas, depois das clarificações feitas só há uma frase: a transparência e a idoneidade não estão na cor das camisolas. Muito obrigado.” ---------------------------------------------------------------------------------4.9.1.4. O Senhor Deputado Joaquim Cotas (CDU) fez a seguinte Declaração de Voto:---------------------“A CDU votou contra, que está de acordo com a sua intervenção, e se a Câmara tem ouvido a CDU e em parte o Pedro Almeida (PS) tinha retirado a proposta e tinha apresentado aqui uma proposta diferente e a situação era diferente. Mas a Câmara entendeu que não devia ouvir a CDU, pronto a CDU não tem razão. Eu já disse aqui várias vezes que a CDU faz análises de um outro modo e regra geral chegam sempre, embora atrasadas, ao sítio. --------------------------------------Portanto, se a Câmara tem retirado esta proposta era a atitude correta, assim foi uma prepotência e foi derrotado. Portanto, esta Declaração de Voto fica registada mas acho que deveria servir para reflexão e para futuras votações.” ----------------------------------------------------4.10. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 803/14 - DCP - relativa ao Concurso de concessão de serviços públicos para gestão do serviço de recolha seletiva de óleos alimentares usados (OAU) no Concelho de Oeiras (os documentos relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta reunião) ----------------------------------------------------------O Senhor Deputado Feliciano Bernardo (BE) disse o seguinte: ------------------------------------“O Bloco de Esquerda concorda com este concurso e pensa que relativamente a este assunto temos, em termos ecológicos, uma questão em mão. -------------------------------------------112 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- O que acontecerá se, efetivamente, os óleos não forem recolhidos. O que acontecerá é serem lançados conjuntamente com os outros detritos e as nossas canalizações ficarem cheias de colesterol. Portanto, as canalizações cheias de colesterol já sabem o que vai dar. ----------------------------- Para além disso, normalmente, as populações para se habituarem a estas situações novas de pôr os óleos nos locais próprios demoram um certo tempo e se nós andamos numa política do “stop and go” depois para voltar à fase de cruzeiro é um bocado difícil. Portanto, a urgência do lançamento deste concurso.” ------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Joaquim Cotas (CDU) fez a seguinte intervenção: -------------------------- “A CDU vai votar favoravelmente esta proposta e só gostaria de dizer o seguinte: ---------------- Já há muito tempo que nós tínhamos pensado nisto, é claro que chegou atrasado porque já devia cá estar porque os municípios aqui à volta quase todos têm esse processo, mas pronto chegou. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Na verdade, não faz nenhum sentido o Município de Oeiras não ter já instalado esta recolha porque era evidente e era clarinho para todos que os óleos iam por água abaixo, iam conspurcar e poluir, etc. Portanto, é absolutamente fundamental esta recolha, é claro que chegou atrasada mas vai ser, obviamente, aprovada porque aqui não há o perigo da rejeição, porque vamos votar a favor dado que isto é um valor acrescentado para o meio ambiente e para a saúde pública. Portanto, Senhor Vice-Presidente ainda bem que chegou.” ------------------------------------------------ A Senhora Deputada Sónia Gonçalves (IOMAF) disse o seguinte:-------------------------------- “Senhor Presidente, é muito rápido. ----------------------------------------------------------------------- Eu tive que sair por questões pessoais mas, infelizmente, ainda ouvi a intervenção do Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) sobre uma questão que já foi aqui discutida na primeira Sessão após a tomada de posse e que tem a ver, de facto, com um critério pessoal. -----------------113 --------------O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) voltou a frisar aqui uma questão que já tinha sido frisada pelo Senhor Deputado Joaquim dos Reis Marques (PS) relativamente ao facto de eu ser adjunta na Câmara Municipal de Oeiras e representar o mandato como Deputada Municipal nesta Assembleia. -----------------------------------------------------------------------------------------------Volto a frisar só e para que fique muito claro e para que esta questão não esteja constantemente a vir à Assembleia Municipal que na altura pedi pareceres, quer à Procuradoria, quer à Associação Nacional de Municípios e não há qualquer tipo de incompatibilidade. Penso que em momento algum pus a minha isenção enquanto deputada ou misturei critérios enquanto o cargo que profissionalmente exerço e o mandato que exerço, também, como Deputada Municipal. Dizer-lhe, também, que muito estranho que esta questão tenha voltado a ser frisada porque na altura o Senhor Deputado Reis Marques (PS) falou desta questão e, de facto, este antes de mim, também, exerceu, simultaneamente, os dois cargos enquanto era….--------------------------------------Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) agradecia que me deixasse concluir a minha intervenção. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Portanto, na altura o Senhor Deputado Reis Marques (PS) assim o reconheceu, ele chegou a exercer o cargo de Deputado Municipal enquanto era adjunto na Câmara Municipal de Oeiras…. e só para deixar bem claro que não estão aqui em causa quaisquer questões de incompatibilidade. Portanto, até prova em contrário qualquer argumento que seja trazido que seja com fundamento e que seja, de facto, alguma coisa que possa vir a colocar em causa esta dualidade relativamente à minha postura profissional e à minha postura enquanto Deputada Municipal.” -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Deputado Salvador Costeira (IOMAF) disse o seguinte: --------------------------------“Este trabalho de programa de concurso está extremamente bem elaborado. Tecnicamente, parece-nos muito correto, “perfeito” e, portanto, em condições de poder ser 114 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS aprovado para ser desenvolvido todo o processo seguinte. Muito obrigado.” ------------------------------------- O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) interveio dizendo o seguinte: --------------------------- “Começar por me debruçar sobre aquilo que, de facto, interessa ao Município. ------------------- Esta proposta de deliberação é uma proposta que merece o nosso elogio. Isto porque vem repor num procedimento que fez, de alguma forma escola. Fui pioneiro de aproveitamento dos óleos mas que não tinha na sua génese um concurso público. --------------------------------------------------- É isso que nós estamos aqui a decidir, um concurso público numa área que para nós é de relevante interesse que é área ambiental. Aliás, demonstrámos no debate que aqui fizemos sobre a OEINERGE que para nós este tipo de políticas têm que ser mais ainda apoiadas porque é, também, nessa área que nós mostramos uma diferença em relação a outros municípios. --------------------- Agora em relação à questão que foi aqui colocada mais uma vez pela Senhora Deputada Sónia Gonçalves (IOMAF) a qual não queria dar grande importância mas ainda assim os termos em que colocou acho que justificam uma resposta. ------------------------------------------------------- Na verdade, se nós entrássemos neste tipo de raciocínio que o IOMAF aqui utiliza para justificar estas situações que são objetivamente e sem considerações sobre as pessoas, como já disse no caso que foi referido anteriormente, não coloco em causa a idoneidade dessa pessoa, mas que objetivamente são situações de conflito de interesses que a lei em inúmeros casos procura inibir. E, por isso é que não temos juízes com possibilidade de serem governantes ou ocuparem lugares na Administração Pública ou estarem em empresas, porque há lugares que pelo seu perfil devem ser ocupados sem que haja a mínima suspeita de parcialidade e daí haver esses regimes de conflito de interesses. ---------------------------------------------------------------------------------- O caso da Doutora Sónia Gonçalves (IOMAF) é um caso flagrante de conflito de interesses. E, é lamentável que a Doutora Sónia Gonçalves (IOMAF) venha aqui trazer o 115 exemplo do Senhor Reis Marques (PS) que, exemplarmente, no anterior mandato quando exerceu funções no executivo da Câmara imediatamente pediu suspensão do seu mandato e por isso falou com autoridade quando falou na situação da Doutora Sónia Gonçalves (IOMAF) nesta Assembleia Municipal. ------------------------------------------------------------------------------------------------------Nós não queremos estar sistematicamente a lembrar mas agora não deixamos de notar que a Doutora Sónia Gonçalves (IOMAF) tenha sempre especial interesse quando colocamos aqui questões relativas ao desempenho de funções por funcionários da Câmara Municipal, quer da Doutora Sónia Gonçalves (IOMAF) que com eles trabalha diariamente que vem aqui falar, quando devia ser exatamente ao contrário, seria a última pessoa a poder vir falar exatamente por esse dever de isenção que julgamos que lhe devia ser exigido. ------------------------------------E a verdade é que há uma reflexão que tem que ser feita sobre esta matéria porque, naturalmente, há posições que, independentemente da idoneidade que as pessoas possam apresentar, não devem ser desempenhadas em simultâneo por uma questão até de respeitabilidade por parte dos municípios e de ética no exercício de funções. -------------------------------------Portanto, acabar a resposta que dei à Doutora Sónia Gonçalves (IOMAF) e espero sinceramente não voltar a ter que responder à mesma relativamente a isto, porque a nossa posição ficou marcada no início do mandato e apenas trouxemos à colação no ponto anterior porque entendíamos que, de facto, à semelhança do que já se passava com a Doutora Sónia Gonçalves (IOMAF) aqui, também, estava mais um exemplo de claro conflito de interesses. ------------------Dizer à Doutora Sónia Gonçalves (IOMAF) que sistematicamente, vem escudandose dos pareceres, teria ficado bem, também, à Doutora Sónia Gonçalves (IOMAF) quando falou deles, nessa primeira reunião em que falámos dessa situação, que os tivesse distribuído por uma questão de lealdade aos restantes membros da Assembleia Municipal para que os pudéssemos ler como a Doutora Sónia Gonçalves (IOMAF) os leu.” ----------------------------------------------------116 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- A Senhora Deputada Alda Lima (PSD) disse o seguinte: -------------------------------------------- “Relativamente a esta questão dos oleões, pois não podemos senão louvar esta proposta. Mas, também, dizer que na realidade para além de se proceder ao concurso público penso que talvez fosse de toda a conveniência a Câmara ter em atenção duas questões: ------------------------ Primeiro, nota-se na informação, e aqui é bem claro, que até não é nada aliciante para quem quer concorrer e aderir a estes serviços. Por uma razão, também, muito simples para além dos oleões serem alvo com alguma frequência de assaltos, infelizmente, também verificamos que eles não estão localizados, e eu falo muito particularmente na área da antiga Freguesia de Algés, nos sítios mais adequados. Eu sempre fiz, e deve haver expediente na Câmara, nota de que por exemplo na zona baixa de Algés onde há tanta restauração não há um único oleão. A sua colocação devia ser repensada, bem analisada e até me atrevo a dizer, como desde sempre venho dizendo, acho que deviam instalar mais oleões porque são muito diminutos.” ------------------------------------ O Senhor Deputado Luís Santos (IOMAF) fez a seguinte intervenção: --------------------------- “Muito rapidamente porque não quero de maneira nenhuma, longe disso, prolongar a discussão feita à volta da situação da Doutora Sónia Gonçalves (IOMAF). Como Deputado Municipal não queria deixar de referir que a situação da Doutora Sónia Gonçalves (IOMAF) nesta Assembleia não tem qualquer incompatibilidade legal, e é só isso que importa. Juízos de valor não devem, não podem, ser feitos porque quem se avoca de estar a defender a transparência e a razoabilidade em tudo o que é sítio. Não, não há incompatibilidade legal e o caso está imediatamente justificado.”------------------------------------------------------------------------------------------------ A Senhora Deputada Sónia Gonçalves (IOMAF) disse o seguinte:-------------------------------- “Senhor Presidente, sem estar aqui a levantar querelas e sem querer estar aqui a entrar em discussões, porque não é isso, de facto, que pretendo, dizer só ao Senhor Deputado 117 Pedro Almeida (PS) que quanto aos juízos de valor, éticos ou morais da minha pessoa, eu os farei, e tenho ainda a lucidez suficiente para os fazer, e a minha postura nesta Assembleia tem sido sempre com respeito por esses valores e pelo interesse dos munícipes do Concelho de Oeiras. ----- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Dizer, também, ao Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) que em dois mil e seis, dois mil e sete e dois mil e oito, o Senhor Deputado Reis Marques (PS) era adjunto na Câmara Municipal de Oeiras.” -------------------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Presidente da A.M. observou seguinte: ------------------------------------------------------“Senhores Deputados, nós temos que avançar, eu dou-lhe a palavra, mas eu não quero coartar a liberdade de cada um de se pronunciar. Queria só chamar atenção porque temos que avançar.” -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Deputado Vidal Antão (PS) disse o seguinte: ----------------------------------------------“Acredito que o mandato da nossa colega do IOMAF não tenha qualquer problema em relação à legislação em vigor, portanto, que ela esteja aqui a exercer o seu mandato sem violação da legislação, agora há uma coisa que eu concebo que é uma questão de ética. A senhora é adjunta de uma vereadora e, portanto, tem informação privilegiada relativamente a tudo o que se passa com o executivo e a tudo o que se passa na Câmara e mesmo assim entende manter o cargo. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------Aquilo que eu queria aqui testemunhar porque na altura em que se verificaram os factos do meu camarada Reis Marques eu até estava nessa Mesa da Assembleia Municipal como Primeiro Secretário, aquilo que a nossa colega Deputada Sónia Gonçalves (IOMAF) acabou de afirmar não é verdade. Isto porque o meu camarada Reis Marques a partir do momento que passou a ser adjunto de um vereador renunciou ao seu cargo e isso pode ser confirmado junto das atas da Assembleia Municipal e junto dos serviços de apoio da Assembleia Municipal, portanto, 118 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS é falso aquilo que foi aqui afirmado. Mais, até posso afirmar que o meu camarada Reis Marques na altura presidia a uma Comissão de Acompanhamento de Revisão do PDM da qual, também, se demitiu por ter renunciado tendo eu assumido esse cargo. Portanto, aquilo que foi dito pela Deputada não é verdade. Muito obrigado.” ----------------------------------------------------------------------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. prestou os seguintes esclarecimentos: --------------------- “Isto é muito simples, trata-se de uma proposta que no fundo visa lançar um concurso público para a recolha do óleo, onde não vai haver receita nem despesa mas que no fundo aquilo que se quer garantir é a contrapartida de a empresa fazer a limpeza periódica dos respetivos oleões.” ---------------------------------------------------------------------------------------------4.10.1. VOTAÇÃO -------------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada, por unanimidade, com trinta e dois votos a favor, sendo doze do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente (Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Fernando dos Santos Afonso, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, Sónia Maria Antas de Barros Amado Gonçalves, Luís Filipe Pereira Santos, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Salvador António Martins Bastos Costeira, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos, António José da Luz Ramalhete, Carlos João Leão de Carvalho Barata Roda e Maria Teresa Sousa de Moura Guedes), sete do Partido Socialista (Dinis Penela Antunes, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Pedro Miguel Ramos Almeida, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Vidal Diogo Fernandes Antão, José António Pires Paiva e Paulo Nicholas Bastos Pinto), seis do Partido Social Democrata (António de Jesus Seixas, Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Alda Maria Reis Gouveia Lima, Valdemar Pedro Cabral da Câmara de Almeida, Augusto Teresa Pissarreira e Andreia Vanessa Mota Alves), quatro da Coligação Democrática 119 Unitária (Carlos Alberto de Sousa Coutinho, Joaquim Vieira Cotas, Aníbal José Gonçalves Guerreiro e Maria Gabriela Bessa da Cruz Tavares), um do Bloco de Esquerda (Feliciano Teixeira Bernardo), um do Centro Democrático Social-Partido Popular (Maria Isabel Pereira Fernandes Costa Jorge de Sande e Castro) e um do Partido pelos Animais e pela Natureza (Ana Sílvia Rodrigues Paixão Ferreira Marques). -----------------------------------------------------------------------------Os Senhores Deputados Jorge Manuel de Sousa de Vilhena, Nuno Emanuel Campilho Mourão Coelho, Maria Carolina Candeias Tomé, do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente, Joaquim dos Reis Marques, do Partido Socialista e Alexis Godinho Gonçalves, do Partido Social Democrata, não estavam presentes na altura da votação. --------------------------“DELIBERAÇÃO N.º 147/2014 ---------------------------------------------------------------------------PROPOSTA C.M.O. N.º 803/14 - DHU - Pº 556/DCP/13 - CONCURSO DE CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS PARA GESTÃO DO SERVIÇO DE RECOLHA SELETIVA DE ÓLEOS ALIMENTARES USADOS (OAU) NO CONCELHO DE OEIRAS -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número oitocentos e três barra catorze, a que se refere a deliberação número vinte e um da reunião da Câmara Municipal, realizada em dezanove de novembro de dois mil e catorze, e deliberou por unanimidade, com trinta e dois votos a favor, sendo doze do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente, sete do Partido Socialista, seis do Partido Social Democrata, quatro da Coligação Democrática Unitária, um do Bloco de Esquerda, um do Centro Democrático SocialPartido Popular e um do Partido pelos Animais e pela Natureza, aprovar a adoção de um procedimento por concurso público para a concessão de serviços públicos para gestão do serviço de recolha seletiva de óleos alimentares usados (OAU) do Concelho de Oeiras, conforme proposto pelo Órgão Executivo do Município traduzido naquela deliberação. -----------------------120 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- Mais foi deliberado, também por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da ata.” ------------- O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte: -------------------------------------------------------- “Nós temos ainda dois pontos na Ordem de Trabalhos, o décimo, o seguinte, que implica uma votação e o último que implica apenas apreciação. ---------------------------------------------------- Este ponto da Ordem de Trabalhos que tem a ver com os ajustes das obras do Parque dos Poetas, portanto, trabalhos a menos, trabalhos a mais. Foi colocado nesta agenda porque estamos no fim do ano com caráter e um pedido de urgência. Pergunto aos Grupos Políticos, são vinte horas e quatro minutos, se podemos ainda uma vez que na próxima reunião de hoje a quinze dias temos uma agenda nova que está no edital.” ------------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) referiu o seguinte: -------------------------------------- “O PSD aceita apenas apreciação e votação relativamente ao Parques dos Poetas, a outra terá que ficar para outra altura.” ----------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Salvador Costeira (IOMAF) disse o seguinte: ------------------------------- “Estou de acordo, eu ia era já intervir. Ainda não posso pois não?” ---------------------------------- O Senhor Presidente da A.M. disse o seguinte: -------------------------------------------------------- “Vamos ao contrário, há algum Grupo Político que se oponha a que discutamos e aprovamos ainda esta proposta antes de acabar a reunião de hoje? Nesse caso estão abertas as inscrições para discutir a proposta.” -------------------------------------------------------------------------4.11. Apreciação e Votação da Proposta C.M.O. Nº. 833/14 - DEM - relativa aos Trabalhos adicionais ao contrato de empreitada Nº. 440/09 “Parque dos Poetas, 2ª. Fase” (os documentos relativos a esta Proposta ficam arquivados, como anexos, na pasta desta reunião) -- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Salvador Costeira (IOMAF) disse o seguinte: ------------------121 --------------“Estamos em presença de uma proposta que analisando com todo o cuidado é um documento técnico muito detalhado e onde estão aqui colocadas e elencadas todas as situações que importa ter em atenção. Dados os objetivos da proposta, a necessidade que ela seja aprovada para levarmos por diante toda esta questão do Parque dos Poetas dentro de um determinado ritmo, o nosso Grupo vai votar favoravelmente.” -----------------------------------------------------------------------O Senhor Deputado Paulo Nicholas Pinto (PS) fez a seguinte intervenção: -----------------------“Antes de mais gostaria de elogiar a Senhora Vereadora Madalena Castro pelo excelente trabalho e pelo excelente relatório que aqui se encontra. É certo que em outras alturas e outros momentos nós, Partido Socialista, fomos bastante críticos com a falta de informação que era prestada relativamente a algumas propostas, posso dizer com à vontade que esta peca por excesso. Por isso estou à vontade para dizer que está tudo aqui transcrito e com bastante precisão. --- -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Relativamente à proposta em análise, isto no fundo vem constituindo aqui um histórico enorme sobre esta obra faraónica que o seu anterior Presidente de Câmara resolveu idealizar. Uma obra que tem custos elevadíssimos para o erário público, mas é certo que às vezes para fazer obra é preciso investir. E é certo que hoje gosto de recordar que tinha eu dezoito anos, e já foi há bastante tempo, dei uma entrevista para um jornal da região onde me perguntaram o que faltava no Concelho de Oeiras na medida em que eu era líder da juventude partidária da altura. E uma das questões que referi nessa entrevista quando me perguntavam ao que é que eu aderia, na altura, ao Senhor Presidente Isaltino Morais sobre o que faltava em Oeiras, uma delas era um grande jardim no lado de cá do Jamor. --------------------------------------------------------------------------Eu não sei se ele leu a entrevista ou não, eu acho que sim porque o editor disse-me que ele leu e não gostou muito, mas o certo é que esse jardim surgiu. Não era o jardim que eu tinha imaginado, para mim um jardim com árvores e um espaço de lazer teria sido suficiente. O 122 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS Senhor ex-Presidente era muito mais megalómano que isso e resolveu criar um museu ao ar livre, o que na minha opinião foi excessivo, mas isto é a minha opinião se calhar não é a opinião da maior parte dos munícipes, isso agora o tempo o dirá.------------------------------------------------------------- Relativamente a esta proposta e no fundo a todas as questões que somos aqui obrigados a aprovar, de acordo com o que percebi estamos aqui a tentar ver e viabilizar para ver se esta obra se conclui e se ela, finalmente, chega a bom porto. É certo que aqui diz segunda fase do projeto, eu acho que já é a terceira, nem há segunda- visto considerando que a outra já está concluída ficamos por terceira - mas não deixo de fazer aqui uma menção ou duas. ----------------------------- É verdade e na altura a Assembleia Municipal já teve a oportunidade de visitar as obras do jardim. A Senhora Vereadora Madalena Castro deu-nos o prazer de nos acompanhar nessa mesma visita e teve a oportunidade de nos explicar com toda a transparência o que sucedia e o que se passava com o próprio jardim. ------------------------------------------------------------------------------- Na altura até tive a oportunidade de colocar algumas questões que foram, obviamente, prontamente respondidas com toda a sinceridade e, na altura, agradeci-lhe e agora que torno público, agradeço publicamente. Na altura fomos críticos relativamente a uma questão, que são as alterações de projeto. ------------------------------------------------------------------------------------------ É certo que as alterações de projeto foram feitas de acordo com o projetista, segundo pelo menos está transcrito aqui, mas elas acabam por estar a desvirtuar um pouco o que era a ideia. Isto é um bocado um contrassenso, se é certo que acho que são trinta milhões ou vinte milhões que é um exagero, o certo é que se já se decidiu que é vinte milhões então agora vai para a frente. Anda para trás, para a frente, põe e tira porque isso acaba por poder desvirtuar a ideia em si e depois ficámos naquele misto de não é nada, nem é bem um museu ao ar livre e nem é bem um jardim, é aquela coisa no meio-termo.------------------------------------------------------------123 --------------Sei que na altura a Senhora Vereadora justificou com necessidade por imperativos do construtor, por necessidade de conseguirmos concluir esta obra, por demasiadas dificuldades que surgiram pelo caminho o certo é que já não vai ficar exatamente como estava. E, tenho pena porque realmente no papel e no desenho aquilo até era bastante bonito e agora vamos esperar para ver e espero que no final fique bonito na mesma. -----------------------------------------------------------------Houve uma questão que na altura referi, a passagem aérea naquela rua (peço desculpa mas não me recordo do nome) mas a rua que liga a Avenida de Brasília até à escola secundária (Rua Carlos Vieira Ramos) em que para mim é um perigo e uma questão de segurança visto que ao contrário da outra via que atravessa a Primeira Fase e a Segunda Fase em que não é tão movimentada se calhar ou tem um acesso de maior visibilidade, ali é uma zona de escola onde, efetivamente, os passeios nem são muito largos e as crianças muitas vezes, eu já frequentei a escola e sei como é, estão na brincadeira no passeio e até é com frequência que às vezes até põem o pé na estrada ou pode surgir alguma situação que poderá ser mais perigosa. -----------------Sei que no projeto inicial estava previsto uma passagem aérea, julgo que seria essa a circunstância que estava prevista e que foi suprimida nestas alterações. --------------------------------------------Volto a fazer o apelo, na altura a Senhora Vereadora justificou com a necessidade do um elevador e assim este iria constituir ainda maior prejuízo mas acho que é uma questão de segurança que se deve ponderar, porque para além do fluxo das crianças a saírem e a virem da escola vai haver o fluxo transversal das pessoas, eventualmente, a passearem e isto poderá ter alguns perigos para a saúde pública e rodoviária. -----------------------------------------------------------------------Relativamente às questões de enquadramento e, nomeadamente, aos reparos que foram feitos, também deixar aqui uma nota relativa aos trabalhos resultantes de erro ou omissão do projeto, que é de evitar. A Câmara terá que ter sempre, ainda mais numa obra desta dimensão, de, efetivamente, não ter a atenção devida no que diz respeito aos custos, quer dizer, se custa 124 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS trinta milhões não pode haver erros e omissões é uma coisa que para mim me parece evidente, se vai haver erros e omissões, como se poderão depois contornar? ----------------------------------------------------- Trabalhos resultantes de supressões é uma outra questão que vem encarecer ainda mais o projeto e os trabalhos resultantes de acertos de quantidades excedidas, ou seja, quando se mexe muito depois acaba por ter este problema que é, obviamente, ter a oportunidade, quer dizer se estamos a corrigir o que possa, eventualmente, estar errado isso também tem um custo e esse vê-se aqui refletido, também, naquilo que temos e que vai onerar o Município. ---------------------------------- Aliás, aproveito para questionar se estes trabalhos resultantes de acertos que foram necessários fazer se, efetivamente, foram a concurso público ou se, por alguma razão, foram adjudicados diretamente pelo empreiteiro. ------------------------------------------------------------------------------ Estas são as questões que gostaria de ver respondidas primeiro, antes de poder tecer mais alguns comentários.” ------------------------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente da A.M. observou o seguinte: --------------------------------------------------- “Pedia aos Senhores Deputados que enquanto não dessemos por encerrada a Sessão que evitassem fazer ruído para nos ouvirmos bem uns aos outros.” ------------------------------------------------- A Senhora Deputada Isabel Sande e Castro (CDS-PP) disse o seguinte: ------------------------ “A obra do Parque dos Poetas tem conhecido várias vicissitudes desde o seu início. Ocorreram sucessivos atrasos e uma empreitada que se previa durar três anos e neste momento corre há cinco sem termos garantias que termina em menos de seis. ------------------------------------------------ Sabemos que o problema decorreu da falta de capacidade do empreiteiro para realizar os trabalhos adjudicados no tempo aprazado mas é, também, devido à crise do setor da construção. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Mas esta é uma obra que desde o início pecou pelo excesso exibicionismo: uma 125 Fonte Cibernética, um Templo dos Poetas, um Garden Center, espelhos de água e rescadarias e repuxos em profusão. O que se pedia era um parque para as pessoas e para as famílias de Oeiras. Estamos a pagar as opções megalómanas que se fizeram no passado. -----------------------------------------------Lembramos ainda que a obra foi lançada em setembro de dois mil e nove, já em plena crise económica, especialmente grave no sector da construção (já havia PEC Um, PEC Dois, PEC Três, PEC Quatro). Já se sabia que as empresas de construção estavam em crise quando adjudicámos a obra, agora não podemos estar tão surpreendidos assim pelas dificuldades financeiras. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Se em lugar do investimento num pacto superior a trinta milhões de euros optássemos por uma solução mais simples mas igualmente agradável certamente não teríamos agora um problema com esta gravidade. ---------------------------------------------------------------------------------Teria, também, sido melhor que se lançasse várias empreitadas uma por cada uma das componentes da obra e preferencialmente dilatadas no tempo de acordo com as disponibilidades orçamentais municipais, agora serão suprimidas, a escadaria, o espelho de água, o equipamento do restaurante, a passagem superior, o estacionamento subterrâneo, o Garden Center e o anfiteatro. --------------------------------------------------------------------------------------------------------Quanto a nós, dizemos que lamentamos a supressão do anfiteatro, talvez, mas quanto ao Garden Center pode ser substituído por um jardim bastante mais económico. Quanto ao estacionamento com uma extensão de dez hectares pode ser feito à superfície. Os equipamentos do restaurante, obviamente, podem ficar a cargo dos concessionários. ----------------------------------------------De resto, é mais uma vez o resultado de uma gestão anterior que quis muito mais do que aquilo que poderia ser feito e que não conseguiu alcançar os seus objetivos de inaugurar uma obra ainda no tempo de um outro Presidente e que agora nós herdámos com as grandes dificuldades que aqui nos traz.” -----------------------------------------------------------------------------126 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- O Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD) interveio dizendo o seguinte: ------------------------- “Eu, como muitos outros, ainda, Senhores Deputados presentes nesta Assembleia tivemos o prazer de aprovar em tempo ido a construção desta obra e ontem, como hoje, continuo a entender que a mesma se justifica. ------------------------------------------------------------------------------------- Num Concelho com estas características é por demais evidente que uma obra que no fundo acaba por ser um elogio ao verde, aos espaços abertos, à qualidade, àquilo que, efetivamente, as pessoas pretendem e daí o grau de utilização que o jardim tem, só podem ser bem-vindos. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ E ontem como hoje continuamos, de facto, a entender que esta obra se justificou. Justificou-se quando a Câmara era dirigida pelo PSD e continua a justificar-se agora que não é dirigida pelo PSD.----------------------------------------------------------------------------------------------------------- Portanto, o que importa aqui referir é que obras como esta ou como o Passeio Marítimo ou até como a Piscina, há obras que marcam, efetivamente, um Concelho e marcam, de facto, os homens. É, evidente que houve vicissitudes aqui, é evidente que por aquilo que tem chegado ao conhecimento desta Assembleia essas vicissitudes são, não da Câmara mas, do empreiteiro que esteve quase em vias de ser declarado insolvente, teve que ser adquirido por um fundo com todas as inerentes consequências que daí resultam com subempreiteiros que não eram pagos devidamente e isso determina aquilo que estamos confrontados neste momento. ------------------------- Houve um deslizar do “timing” da conclusão da obra, o que não significa que não seja importante que ela seja concluída no mais curto espaço de tempo. Houve aqui uma ultrapassagem de uma Segunda para a Terceira Fase que já se encontra concluída, com o êxito que todos lhe conhecemos e com, de facto, a beleza que tem e esperamos que essa Segunda Fase depois de concluída tenha tanta ou mais beleza que aquilo que já lhe conhecemos. -----------------127 --------------É uma obra, de facto, importante para o Concelho mas não só e isto é que marca, de facto, por vezes aquilo que é a visão das câmaras. Não apenas beneficiar os munícipes mas beneficiar o Homem e isto é visível, quer no Passeio Marítimo que é utilizado por gente dos concelhos limítrofes e não apenas de Oeiras e é visível no Parque dos Poetas. Portanto, consideramos esta obra relevante e não deixamos de reafirmá-lo aqui com toda a dimensão. -------------------Esta proposta que vem até nós é, enfim uma vez mais, o resultado de todas essas vicissitudes e que a Câmara de alguma maneira tem procurado como diz na proposta, e muito bem, ajudar o promotor, neste caso o construtor para que, de facto, a obra chegue ao fim que é isso que é o desejo de todos nós. ------------------------------------------------------------------------------------------Dizer, no entanto, que já o fizemos aqui e julgo que mais cedo ou mais tarde alguém vai ter que tomar conta deste tema, que é um tema que pode ser incómodo, mas com o qual poderemos estar confrontados no futuro que é exatamente o futuro. ------------------------------------------------Costuma-se dizer e isto para os proprietários dos barcos, que estes têm dois momentos de alegria na vida que é quando o compram e quando o vendem. A questão, de facto, aqui do Parque dos Poetas é um pouco isto, é uma alegria para todos nós mas é uma alegria que para além dos custos fixos conhecidos que ele nos dá tem os outros. Isto, porque estamos perante aquilo que podemos chamar uma escultura viva que exige um acompanhamento diário e permanente de jardinagem, de rega, de guardas, etc. e que tem, de facto, um custo real para a Câmara. ---- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Eu já o disse aqui, um dia, e continuo a dizê-lo, eu entendo que a Câmara tem que olhar para os custos de manutenção daquele Parque e fazer aquilo que em muitas cidades europeias e até em Lisboa, não é preciso ir muito mais longe, que é cobrar uma entrada. Não para os munícipes que o custearam mas todos aqueles que são de municípios vizinhos. -------------------------------Eu recordo que o Castelo de São Jorge é gratuito para os lisboetas e eu que sou de 128 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS Oeiras se for lá tenho que pagar. Portanto, diremos que nem sequer, de facto, se coloca isso em causa mas o que importa neste momento é aprovar esta proposta. O PSD irá, efetivamente, aprová-la e dizer ainda que tal como já foi feito anteriormente, em que a Senhora vereadora Madalena Castro teve o cuidado de nos trazer até nós uma informação, que é importante para que tenhamos conhecimento perfeito das razões que justificam a mesma.” --------------------------------------------- O Senhor Deputado Joaquim Cotas (CDU) disse o seguinte: --------------------------------------- “Para começar, queríamos destacar pela positiva este trabalho que está aqui apresentado. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Nós fizemos uma visita ao Parque, a Vereadora Madalena Castro acompanhou-nos e na altura verificámos como ela estava a acompanhar bem as obras e os trabalhos do Parque dos Poetas mas este trabalho que está aqui, na verdade, atesta isso exatamente. Está com uma clareza enorme e com uma informação vastíssima à Assembleia Municipal o que é muito positivo. ------------------- Destacando este relatório, agora vamos aos factos:------------------------------------------------------ Em maio de dois mil e um, portanto, já lá vão treze anos, a proposta, o projeto do Parque dos Poetas foi votado aqui e foi aprovado por unanimidade. A CDU votou favoravelmente esse projeto e fez uma declaração de voto que ainda hoje está praticamente atualizada e que diz mais ou menos assim: “é uma mais-valia para o Município de Oeiras este projeto principalmente nos domínios do meio ambiente e da cultura” e dado exatamente esse e a dimensão do projeto que na altura foi apresentado a CDU votou favoravelmente e fez esta declaração de voto como disse e fizemos outra para o SATU que, também, ainda está atualizada e foi na mesma altura, foi em maio de dois mil e um. ----------------------------------------------------------------- Ora bem, nós mantemos a nossa opinião que foi um projeto positivo para o Município, positivo para os seus munícipes no aspeto ambiental e no aspeto cultural. Agora os 129 desvios, não quer dizer que seja “gamanço” porque agora isso está na moda vai tudo para o DCIAP e vai tudo ser investigado, portanto este desvio não tem nada a ver com isso. O desvio que se fez no Parque dos Poetas foi, na verdade, foi injustificado e na altura o Presidente da Câmara parece que tinha descoberto o petróleo em Oeiras e desata a gastar dinheiro. ----------------------------Ora o dinheiro público tem que ser rigorosamente aplicado, com muito rigor e muita clareza. E, o que se construiu no Parque dos Poetas que não tem para nós qualquer justificação e que vai ser um elefante branco ou cor-de-rosa, chamam-lhe o que quiser e que é aquela cor panorâmica que está lá em cima ao pé do “Puxa Feixe” que está ali uns milhões enterrados, que são milhões mal enterrados porque é dinheiro público. Os cento e trinta milhões do Orçamento da Câmara não caem do céu, caem é dos bolsos dos consumidores, do bolso de nós todos, para aquilo. Portanto, têm que ser rigorosamente aplicados e com muita clareza.” -------------------------------------E, gastou-se ali naquele parque, naquela torre, uma torre panorâmica, tem lá um restaurante panorâmico, vê-se o Bugio, vê-se o mar até parece que estamos num restaurante, até parece que estamos no restaurante naquelas torres no Qatar a ver o mar lá de cima, e fez-se cá em baixo, também, um auditório. E, pergunto quem é que vai pegar num restaurante ali, naquelas condições e certamente quem é que vai para ali utilizar o restaurante. Portanto, aquilo não tem retorno é dinheiro desperdiçado.-------------------------------------------------------------------------------------------O auditório panorâmico é um luso asiático e pergunto se há justificação para aquilo? Quando nós já temos bastantes auditórios no Concelho e julgo que chegam para as necessidades atuais e não era necessário gastar ali aqueles milhões todos.----------------------------------------------------------Depois construi-se um parque de estacionamento subterrâneo para trezentos e tal lugares hoje está cheio de caixotes porque não há carros para lá meter. Portanto, perguntamos para que foi projetado um parque de estacionamento subterrâneo com aquela dimensão para trezentos trinta ou trezentos e trinta e cinco. ---------------------------------------------------------------130 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- Isto era tudo à grande, havia petróleo em Oeiras e então vamos gastar. Portanto, nós vamos votar favoravelmente esta proposta até porque seria muito injusto não a votarmos dado o desenvolvimento e clareza com que a Vereadora apresentou aqui este projeto. Merece o nosso voto favorável mas merece esta crítica porque são dinheiros públicos que estão ali enterrados que não têm retorno nem vão servir para coisa nenhuma. O restaurante panorâmico para ver o Bugio, subimos lá acima, ao “Puxa Feixe” e vê o Bugio e pode lanchar lá e escusamos de gastar aqueles milhões. --- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Portanto, eu ainda estou dentro do tempo de antena e por isso é que continuo, por isso repetimos a posição da CDU de dois mil e um, em maio, a CDU considera o Parque dos Poetas uma mais-valia positiva que continua hoje na atualidade. Só aqueles dois projetos que engoliram milhões não são justificados e foi pena que a Câmara fosse por aí. Isto porque no projeto inicial que nós votámos favoravelmente, se nesse projeto inicial estivesse lá a torre panorâmica e o parque de estacionamento nós não tínhamos votado favoravelmente. Isto porque era absolutamente desmedido para as nossas possibilidades. E mais prioritariamente havia muitos sítios onde aplicar esse dinheiro de interesse imediato para as populações e não era para construir ali aquele luxo asiático parecido com as torres do Qatar, para ver o mar cá de cima, à noite com aquelas luzes todas. Obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------ O Senhor Deputado Salvador Costeira (IOMAF) disse o seguinte: ------------------------------- “Senhor Presidente, eu fui menino e moço naquela zona, conheço-a há oitenta anos e é muito gratificante analisar tudo aquilo que se passou e todo aquele envolvimento. ---------------------------- Eu digo claramente que não estamos em presença de uma obra megalómana, estamos em presença de uma obra grandiosa. É cedo, muito cedo para analisar o que a história vai dizer em relação àquela obra. Daqui a dez ou vinte anos é que nós vamos ter a verdadeira análise do 131 que é o significado do Parque dos Poetas. -------------------------------------------------------------------------------Todas as argumentações que aqui foram colocadas estão todas certas, tudo correto. O que é melhor? É contratar o Cristiano Ronaldo ou comprar um berlinde? Não é comparado, não se pode comparar. Estas questões têm que ser analisadas na sua verdadeira dimensão. E, de facto, com o dinheiro que se gastou podia-se comprar muito pão mas não é só de pão que vive o homem. A cultura, o recreio e todas estas questões que nos envolvem como sociedade são extremamente importantes. -------------------------------------------------------------------------------------------------Agora respondo à nossa amiga Isabel (fica então para outra altura) mas vou dizer na mesma o que tinha para dizer - quando uma obra desta dimensão decorre no tempo e há muitos exemplos por essa europa fora e pelo mundo, não é importante quem é que está à frente dos órgãos de poder quando ela é acabada. O que é importante é que quem teve a visão de a realizar e como ela se iniciou. -------------------------------------------------------------------------------------------------------Obras destas demoram dez, demoram vinte, demoram trinta anos até serem concluídas, não pode ser nunca a mesma que está no poder. Esta é uma questão que coloco mas meus amigos, não brinquemos. --------------------------------------------------------------------------------------------Eu gostava muito de estar cá daqui a vinte anos mas não devo estar. Mas daqui a vinte anos alguém vai fazer a análise e o julgamento do que é, efetivamente, o Parque dos Poetas. Como hoje se faz a análise do Parque Eduardo Sétimo, como hoje se faz análise da Avenida da Liberdade, como hoje se faz a análise de muitas obras que na altura foram consideradas megalómanas mas aí estão para demonstrar a capacidade que o homem tem de realizar coisas que são importantes para a nossa vida. -----------------------------------------------------------------Bem-haja a todos aqueles que trabalharam, bem-haja à nossa Vereadora porque tem, também, trabalhado muito como o nosso Senhor Vice-Presidente e todas as Câmaras e bem hajam a todos. E eu diria só: meus amigos - àqueles que são jovens, eu e o Cotas já não somos 132 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS meditem no que eu estou a dizer e oiçam bem o que as pessoas vão dizer daqui a vinte anos. Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ A Senhora Deputada Teresa Moura Guedes (IOMAF) disse o seguinte: ------------------------ “Peço perdão a todos por ir ainda atrasar um bocadinho mais o fecho da nossa Assembleia mas não queria passar sem deixar uma palavra de apreço por muito do que aqui ouvi e muita coisa contraditória, foi muito interessante. -------------------------------------------------------------------- Ouvi falar em projeto faraónico, eu não chamaria assim mas sim obra faraónica. E o que é que fica na história, senão as obras faraónicas. ------------------------------------------------------------------ O que é que vale a pena, o que é que nos vai para além da morte libertando senão as obras faraónicas. O que vai ficar, como disse o meu amigo Salvador, como disse o meu amigo Jorge Pracana, como disseram, no fundo, todos, ainda que dissessem o contrário disseram isso. Isto vai ficar para Oeiras, não é a obra de um homem, não é o projeto faraónico de um homem é a obra de Oeiras, é a obra de todos nós porque eu, também, sou de Oeiras embora seja de Torres Vedras. ---- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Evidentemente, que é uma herança pesada que a Câmara herda, que as Câmaras vão herdando. A manutenção é uma herança pesada com certeza que é, mas não vale a pena? O que é preciso é muito trabalho, muito cuidado na gestão, aí isso com certeza. É preciso uma readequação às realidades económicas atuais, porque uma coisa é um projeto de uma época e outra é a realização noutra mas isso não impede que a obra seja grande e que ela valha os vossos sacrifícios, os nossos sacrifícios. Muito obrigado.” -------------------------------------------------------------------- O Senhor Deputado Feliciano Bernardo (BE) referiu o seguinte: ---------------------------------- “Em relação a esta obra é daquelas coisas quem se mete à nora tem que tirar água. Portanto, podemos estar aqui a discutir em relação ao projeto e às alterações ao mesmo. Discutir 133 se aquele zigurate seria aconselhável fazer ou não. Podemos estar a discutir esta alteração de quatrocentos e noventa e tal euros, que creio que é por causa da segurança e por causa dos vidros. Podemos estar aqui a discutir tudo, mas o que me parece é o sumo que temos que tirar depois desta obra concluída - diz aqui fevereiro de dois mil e quinze, penso que será depois prorrogada até junho ou coisa assim (vejo que a Doutora Madalena é uma senhora de fé). Portanto, podemos estar aqui a discutir isto tudo.-----------------------------------------------------------------------É evidente que isto tem um pecado original. Aqui, efetivamente, os valores envolvidos eram muitos e a própria estrutura do Parque, também, parece que não foi a mais aconselhada. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Já tínhamos a sensação que na Primeira Fase havia alguns problemas em relação aos próprios materiais. Se forem lá a ver, na Primeira Fase os próprios poemas estão escritos na pedra, as pedras já estão partidas e a maior parte dos poemas já desaparecerem. Portanto, os materiais aplicados não foram os mais adequados porque são muito fáceis em termos erosivos. O material utilizado era uma pedra que se chama “azul cascais”, que é muito pouco dura, portanto, facilmente vão se partir e os poemas vão desaparecer. Se calhar vamos ter que arranjar uma outra solução para ver se as pessoas veem os poemas, se calhar temos que arranjar uma posição vertical ou uma outra forma. -----------------------------------------------------------------------------------------------Portanto, este Parque depois de construído vai ser um calcanhar de Aquiles para o Município porque, efetivamente, os custos quer de manutenção, quer da segurança irão ser astronómicos. Dir-me-ão: “depois aluga-se o restaurante e depois mais uns pozinhos e tal, pode ser que a gente consiga equilibrar as finanças”. Mas, efetivamente, tendo em atenção a situação económica do país, quanto é que teria que pagar um restaurante naquele sítio com aquela vista, quanto é que custaria? E, se teria alguém disposto para alugar aquilo e quem é que iria para lá? Se calhar só aqueles que, eventualmente, tivessem umas posses elevadas, os outros nunca iriam 134 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS àquele restaurante. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- Portanto, meus caros concidadãos, o que me parece é que, efetivamente, a Câmara terá de pensar muito em termos de futuro nos custos elevados que isto vai ter. Portanto, mas eu disse quem se mete à nora tem que tirar água.” ------------------------------------------------------------------------ O Senhor Deputado Paulo Nicholas Pinto (PS) disse o seguinte: ---------------------------------- “É muito breve dado ao adiantado da hora. É simplesmente e só para dizer à Senhora Deputada Teresa Moura Guedes (IOMAF), que já não está cá, que era projeto porque ainda não está concluído, porque quando estiver será obra faraónica. ----------------------------------------------------------- Aproveitar para colocar uma questão à Senhora Vereadora, esqueci-me na primeira intervenção, que era relativamente ao parque de estacionamento. O que vão fazer relativamente ao parque de estacionamento? Espero que esteja em funcionamento para os munícipes, pelo menos na visita, na altura, indicou que sim e era só para confirmar.” ---------------------------------------------- O Senhor Vice-Presidente da C.M.O. disse o seguinte: ---------------------------------------------- “Vou passar a palavra à Senhora Vereadora, como é óbvio ela está muito mais abalizada com o processo e muito bem e, portanto, ninguém melhor do que ela para responder às questões.” ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- A Senhora Vereadora Madalena Castro esclareceu o seguinte: ------------------------------------ “Vou tentar ser o mais sintética possível e vou, procurando responder às questões que foram suscitadas pelos Senhores Deputados, falar em três dimensões desta obra que está a decorrer, da forma mais resumida que me for possível. --------------------------------------------------------------- Primeiro, é o conceito. O conceito do Parque, como todos sabemos, foi construído na cabeça não só do Senhor Presidente da Câmara da altura, mas também de alguma elite intelectual do Concelho de Oeiras, e não só do Concelho de Oeiras. ------------------------------------------------135 --------------O conceito foi construído, penso que não vou errar se estiver a falar, há vinte e cinco anos. Pensava-se em construir uma alameda do Parque dos Poetas, como homenagem aos poetas e aos escultores que eternizariam esses poetas, e não posso deixar aqui de fazer uma homenagem ao Professor Noronha Feio, que já cá não está, mas que foi o grande ideólogo desta ideia. ----------------------E o Presidente Isaltino evoluiu no seu pensamento com a sugestão do Professor Noronha Feio e investiu num Parque dos Poetas. -----------------------------------------------------------------------A Primeira Fase, como todos sabemos, foi projetada pelo Gabinete do Francisco Caldeira Cabral e, em dois mil e cinco, quando nós fomos eleitos e tomámos posse, uma das primeiras ações em que o Presidente anterior se envolveu foi no desenvolvimento da Segunda Fase do Parque dos Poetas, que não estava concluído, e que se destinaria a fazer uma homenagem aos poetas e aos escultores da lusofonia, e é aquilo que está em obra. -------------------------------Nós podemos discutir se gostamos do projeto, porque é o projeto que materializa a obra, se gostamos do traço do Francisco Caldeira Cabral, mas, de facto, foi ele que fez a Primeira Fase, e podemos ficar aqui numa discussão infindável, eu, pessoalmente, não vou dar a minha opinião pessoal, a única coisa que quero transmitir é que este conceito que está a ser materializado é o desenvolvimento da ideia que vem de há vinte e tal anos com o projeto do Francisco Caldeira Cabral. -------------------------------------------------------------------------------------------------Obviamente que todos sabemos que o projeto não foi por concurso público, foram alegados direitos de autor, o projeto não custou milhões, não chegou a custar quinhentos mil euros, o concurso para obra foi público e, se a memória não me falha, nós tivemos cerca de vinte e seis ou vinte e sete concorrentes, alguns viriam a ser desclassificados, mas tivemos uma empresa independente a fazer a análise das propostas. -----------------------------------------------------------------E depois da análise das propostas, veio à Câmara e à Assembleia Municipal a proposta para adjudicação da obra que, por caso, e talvez não tenha sido por acaso, foi 136 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS adjudicada à empresa que apresentou o preço mais baixo. ----------------------------------------------------------- Devo dizer-vos que tenho sorrido, porque acho que nós temos que viver com alegria, porque tristezas todos nós já temos muitas, mas esta obra tem sido dificílima, tem-me tirado, a mim, várias noites de sono, para não dizer semanas, mas também aos técnicos e dirigentes da Câmara. Tem sido muito, muito, muito difícil trabalhar com a Edifer. --------------------------------------------- Fiz questão de refletir na proposta de deliberação que já conhecemos três gestores de obra, já conhecemos o rosto da empresa, depois deixámos de conhecer, tem sido muito difícil e, a acrescer a isto, a dificuldade financeira das empresas, que esta empresa também está a atravessar, imensos trabalhadores que já passaram por ali, nós sabemos que uns vão sendo despedidos, outros vão sendo convidados a ir para alguns países de África e da América Latina, e tem sido muito complicado, porque o projeto não é fácil e a obra tem sido muito difícil, até porque não há fornecimentos sem pagamentos à cabeça, o que, como a Câmara não adianta pagamentos, só adianta mediante autos de mediação, não tem sido fácil. ------------------------------------------ Mas as coisas difíceis também são um desafio e devo dizer que há muitos municípios que têm parques, há muitos municípios que têm jardins, mas não há nenhum município em Portugal que tenha um Parque dos Poetas e, portanto, como dizia a nossa colega Teresa, de facto, o Parque dos Poetas vai ser um orgulho para nós, para os mais jovens, para os nossos filhos, porque vai ser uma referência a nível nacional, estou certa disso. --------------------------------------------------- Relativamente agora às questões que colocaram, e aqui seguiria por ordem, o projeto não foi desvirtuado. O projeto teve, desde o início, duas premissas, dois pressupostos, aliás, três, que eu impus. E foi difícil ao empreiteiro perceber, aliás, só percebeu ao fim de cinco meses: não há trabalhos a mais, não há alterações ao projeto sem a concordância do dono da obra, da equipe projetista, e sem haver menores-valias para a Câmara, isto é, sem haver menor-valia para o 137 empreiteiro e mais-valia para a Câmara e, portanto, as supressões ou as alterações ao projeto têm que ser todas conduzidas no sentido de reduzir o custo da obra. E reduzimos até ao limite, que são os vinte por cento que estão espelhados na proposta de deliberação e que procurei sempre consensualizar com os vários representantes do empreiteiro e, portanto, não houve uma única alteração ao projeto que não tivesse a concordância escrita do projetista. Esse é o primeiro pressuposto e vou-lhe dar um exemplo: foram reduzidas cinquenta por cento das árvores que eram para ser plantadas e, como veem, o Parque tem muitas árvores, porque uma das características deste projetista é que manda plantar demais, e nós podemos ver na Primeira Fase que há zonas que estão completamente fechadas. Portanto, essa foi uma das alterações. Obviamente que estas coisas têm que ser consensualizadas mas, também, como calculam, se o que lá está é suficiente, mais cinquenta por cento era um exagero. --------------------------------------------------Outra das alterações foram as passagens superiores, não só porque tinham um peso financeiro bastante significativo, mas também porque nós queremos avaliar qual é a procura que o Parque tem, e penso que ao fim de seis meses, um ano já percebemos isso, sendo certo que proporei ao Senhor Presidente e à Câmara que a passagem aérea na Segunda Fase, entre a zona A e a zona B, deverá ser prioritária, por razões óbvias, porque há ali zona escolar, porque há uma densidade populacional maior, agora, obviamente que não vamos gastar oitocentos mil euros numa passagem aérea, podemos gastar, se calhar, cento e cinquenta mil e ficará uma passagem aérea que liga as duas fases, que é aquilo que nós pretendemos, sem os tais luxos que, na época atual, são dispensáveis, cumprindo a passagem aérea a mesma função, que é dar segurança na passagem. - -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Erros de projeto: evitar. Mas aconteceram e acontecem e, ainda nesta fase, todos os dias. Infelizmente, em Portugal, não há nenhuma legislação que responsabilize o projetista pelas consequências dos erros de projeto. O erro de projeto, fatalmente, recai sempre sobre o dono da 138 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS obra, não só porque os projetistas não têm seguros que cubram estes erros, como nunca se chega a uma situação muito clara, ou porque não houve revisão ao projeto e, de facto, não houve revisão ao projeto. Quando este concurso público foi lançado, não havia na lei nada que obrigasse a revisão ao projeto, dois anos depois já seria necessário, e devo dizer-vos que é um bem que a legislação preveja revisões aos projetos quando eles preveem obras acima de um certo nível, de um certo esforço financeiro. ------------------------------------------------------------------------------------ Mas neste não houve e há erros de projeto. --------------------------------------------------------------- Depois, o Senhor Deputado perguntou também se os acertos foram a concurso público. Obviamente que não foram, porque o empreiteiro está lá e nós não podemos pôr dois ou três empreiteiros a trabalhar numa obra, porque o empreiteiro, depois, não nos dá garantia da boa execução da obra. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- Por outro lado, os acertos também não são montantes tão elevados quanto a obra em si e, muitas vezes, os acertos (não estou a falar de erros de projeto, estou a falar de acertos) resultam da supressão de trabalhos. Nós retirámos dez milhões e tal de trabalhos no Parque dos Poetas. ---- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Obviamente que se nós tiramos muros laterais que não fazem falta nenhuma, tem que haver uma contenção de terras, tem que haver mais relva, tem que haver mais…ou uma escadaria, portanto, digamos que eu estou a falar desses acertos e, aqui, a lei não prevê que haja lugar a concurso público, é o empreiteiro que está que tem que fazer estas retificações. ------------------------ Relativamente ao parque de estacionamento, este está construído, prevê albergar cerca de trezentas e vinte viaturas. --------------------------------------------------------------------------------------- O parque de estacionamento que foi construído na sua estrutura não foi concluído e o que nós retirámos foi os acabamentos, porque, entre a execução do projeto, o lançamento do 139 concurso público para a obra e o curso da obra, a legislação dos parques de estacionamento foi muito alterada. Portanto, nós suprimimos os acabamentos do parque de estacionamento e, obviamente que, quando for acabado, já será com a legislação que está atualmente em vigor e, enfim, isto ainda tem que ser bem refletido, já sugeri ao Senhor Presidente que fosse a Parques Tejo a completar o que falta para a funcionalidade do parque e, eventualmente até, afetarmos um dos pisos, porque me parece que cento e cinquenta lugares de estacionamento respondem muito bem à procura daquela zona, o Parque tem muito estacionamento à superfície, como todos sabemos e, portanto, ainda estamos a construir o desenho do que vai ser os acabamentos do edificado para parque de estacionamento.--------------------------------------------------------------------------------Retirámos também, como sabem, e veio aqui, à Assembleia, o Garden Center, que era para ser concessionado. Lá está, o conceito, o projeto foi desenvolvido numa altura em que não havia ainda a perspetiva desta crise, nós, entretanto, soubemos que fechou um dos Garden Center do Concelho, portanto, não faz sentido nenhum estarmos ali a fazer um equipamento para vir a concessionar, porque não tem procura. Será, com certeza, destinado a outra funcionalidade, eventualmente, não sei se vai ser isto, mas nós precisamos de uma secção de limpeza e para os espaços verdes e, portanto, poderá passar por uma secção para os nossos trabalhadores e poderá também passar por outras funcionalidades que a Câmara definirá e trará, certamente, à Assembleia Municipal. ------------------------------------------------------------------------------------------------------A Senhora Deputada do CDS já saiu. Sucessivos atrasos. Pois houve. A obra já devia estar pronta há dois anos e tal e, pelas razões que estão expostas, ou nós suspendíamos a obra e parávamos a obra e andávamos dez anos em Tribunal, ou, então, procurámos, que foi o que fizemos, terminar a obra com este empreiteiro. -------------------------------------------------------------------------Agradeço as palavras do Senhor Deputado Jorge Pracana (PSD). De facto, é uma elegia à cultura e ao ambiente de uma forma diferenciada, e são estas grandes obras que fazem a 140 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS diferença e que aumentam a competitividade dos concelhos. -------------------------------------------------------- Relativamente à questão suscitada pelo Senhor Deputado Joaquim Cotas (CDU), queria-lhe só esclarecer que os milhões do Templo da Poesia não estão enterrados, estão sobrelevados (risos), enterrado está pouco, mas, de facto, aquele edifício custou cerca de três milhões, não chegou aos três milhões, porque também retirei lá uma série de investimento. Aquilo que se pretende ali é fazer, de facto, um espaço dedicado a iniciativas que notabilizem a poesia da lusofonia, mas também vai haver um espaço grande para restauração que, estou certa, a Câmara vai concessionar, não sei em que termos, mas vai concessionar com certeza, porque não é a Câmara que vai explorar um restaurante, de todo. Agora, o edifício está muito bonito, está iluminado com LED, portanto, diz-me o empreiteiro que, supostamente, tem uma duração de longa vida, espero que seja, que é para os custos de manutenção baixarem. Esperemos que haja procura para o restaurante, vamos ver, o futuro o dirá. ---------------------------------------------------------------- De qualquer forma, quer o anfiteatro de ar-livre, que alguém falou e que já me esqueci de referir, há um anfiteatro de ar-livre. Quer a animação do Templo da Poesia e de todo o Parque, está a ser estudada por um grupo de trabalho que inclui aqui o pelouro da Senhora Vereadora, minha colega, Marlene, que inclui o pelouro do Turismo e que, obviamente, está ligado à obra por esta questão dos funcionamentos e das funcionalidades, e que nós estamos a estudar como é que vai ser a animação do Parque. --------------------------------------------------------------------- Relativamente à questão da gestão e manutenção futuras, quero esclarecer a Assembleia Municipal que nós estamos a procurar, ao nível dos verdes, haver o menor custo possível. Isto porquê? Porque já devem ter visto que ali ao lado da AERLIS há ali umas obras que estão a rearranjar o pavimento, nós fizemos furos artesianos e estamos a fazer as captações de águas dos nossos níveis freáticos, para que não haja gasto com água tratada, portanto, toda a 141 água do Parque dos Poetas vai ser água dos nossos níveis freáticos e a manutenção do Parque dos Poetas no futuro próximo vai ser feita por duas, ou três, ou quatro equipes de jardineiros, aliás, a zona B, que já foi inaugurada o ano passado, tem em permanência uma equipe da DEV que faz a manutenção do Parque, aliás, do Parque dos Poetas e de todos os nossos jardins municipais. -------------------Penso que esclareci, não sei se me falhou alguma coisa, Senhor Presidente, mas estou disponível. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Tudo o resto, valores, trabalhos, está explícito na proposta de deliberação, acho que está compreensível e o que nós temos procurado, e gostava de terminar com esta nota, é preservar os postos de trabalho do empreiteiro privado. Percebemos que as pessoas que estão dedicadas àquela obra, fazem-no com empenho e, de vez em quando, deixam escapar: “quando isto acabar, vamos para…”. ------------------------------------------------------------------------------------------------Portanto, deixam as famílias, deixam os filhos, e a Câmara, e particularmente a nossa Direção Financeira em colaboração connosco, tem feito um esforço enorme para pagar os autos de medição da obra a dez, quinze dias. Isto é notável e deve ser invulgar no panorama nacional do nosso País, na época que nós estamos a viver.” -------------------------------------------------------4.11.1. VOTAÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------O Senhor Presidente submeteu à votação esta proposta, a qual foi aprovada, por maioria, com dezoito votos a favor, sendo dez do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente (Fernando dos Santos Afonso, Jorge Manuel de Sousa de Vilhena, Domingos Ferreira Pereira dos Santos, Sónia Maria Antas de Barros Amado Gonçalves, Luís Filipe Pereira Santos, Maria da Graça Rodrigues Tavares, Salvador António Martins Bastos Costeira, Abílio José da Fonseca Martins Fatela, Maria da Graça Simões Madeira Ramos e António José da Luz Ramalhete), cinco do Partido Social Democrata (António de Jesus Seixas, Jorge Manuel Madeiras Silva Pracana, Alda Maria Reis Gouveia Lima, Valdemar Pedro Cabral da Câmara de 142 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS Almeida e Augusto Teresa Pissarreira) e três da Coligação Democrática Unitária (Joaquim Vieira Cotas, Aníbal José Gonçalves Guerreiro e Maria Gabriela Bessa da Cruz Tavares), com seis votos contra do Partido Socialista (Dinis Penela Antunes, Sílvia Maria Mota dos Santos Andrez, Pedro Miguel Ramos Almeida, Maria Hermenegilda Ferreira e Vasconcelos Guimarães, Vidal Diogo Fernandes Antão e José António Pires Paiva), e com duas abstenções, sendo uma do Bloco de Esquerda (Feliciano Teixeira Bernardo) e uma do Partido pelos Animais e pela Natureza (Ana Sílvia Rodrigues Paixão Ferreira Marques). ---------------------------------------------------------- Os Senhores Deputados Carlos Jorge Santos de Sales Moreira, Nuno Emanuel Campilho Mourão Coelho, Maria Carolina Candeias Tomé, Carlos João Leão de Carvalho Barata Roda, Maria Teresa Sousa de Moura Guedes, do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente, Joaquim dos Reis Marques, Paulo Nicholas Bastos Pinto, do Partido Socialista, Alexis Godinho Gonçalves e Andreia Vanessa Mota Alves, do Partido Social Democrata, Carlos Alberto de Sousa Coutinho, da Coligação Democrática Unitária e Maria Isabel Pereira Fernandes Costa Jorge de Sande e Castro, do Centro Democrático Social-Partido Popular, não estavam presentes na altura da votação. -------------------------------------------------------------------------------------------- “DELIBERAÇÃO N.º 148/2014 -------------------------------------------------------------------------- PROPOSTA C.M.O. N.º 833/14 - DEM - TRABALHOS ADICIONAIS AO CONTRATO DE EMPREITADA N.º 440/09 - PARQUE DOS POETAS - 2.ª FASE ---------------------- A Assembleia Municipal de Oeiras tomou conhecimento da proposta número oitocentos e trinta e três barra catorze, a que se refere a deliberação número quarenta e seis da reunião da Câmara Municipal, realizada em dezanove de novembro de dois mil e catorze, e deliberou por maioria, com dezoito votos a favor, sendo dez do Grupo Político Municipal Isaltino Oeiras Mais à Frente, cinco do Partido Social Democrata e três da Coligação 143 Democrática Unitária, com seis votos contra do Partido Socialista e com duas abstenções, sendo uma do Bloco de Esquerda e uma do Partido pelos Animais e pela Natureza, aprovar os trabalhos adicionais no valor de quatrocentos e noventa e quatro mil trezentos e quinze euros e oitenta e nove cêntimos, sem IVA e que representam um vírgula oitenta e três por cento, do valor da adjudicação do contrato inicial da empreitada número quatrocentos e quarenta barra zero nove – Parque dos Poetas - segunda fase, nos termos e condições propostos pelo Órgão Executivo do Município traduzidos naquela deliberação. ------------------------------------------------------------------------------Mais foi deliberado, por unanimidade, aprovar em minuta esta parte da ata.” ---------4.11.1.1. O Senhor Deputado Pedro Almeida (PS) fez a seguinte Declaração de Voto: ----------------------“Começar por agradecer os esclarecimentos prestados pela Senhora Vereadora. -------------------O Partido Socialista votou contra esta proposta, não por, enfim, não reconhecermos os méritos e as muitas virtudes que estiveram no projeto inicialmente, mas por considerarmos, e não colocamos em causa a boa-fé com que a Senhora Vereadora tem vindo a tratar este processo, reconhecemos os constrangimentos, mas a verdade é que perpassou, e perpassa, nas opções que foram tomadas na Câmara, sobretudo, relativamente à relação que têm com o empreiteiro, que existe aqui um certo desequilíbrio, uma certa subjugação da Câmara relativamente aos empreiteiros, e atendendo àquilo que até são inúmeros pareceres do Tribunal de Contas relativamente a contratação por ajuste direto em trabalhos adicionais, que a Câmara deveria libertar-se desse tipo de constrangimentos e deveria equacionar outros cenários contratuais, que colocasse em cima da mesa inclusivamente, e no interesse do erário municipal, a contratação de outras empresas resultantes de um processo de concurso público que pudessem complementar e preencher falhas que foram aqui assumidas por parte da Senhora Vereadora na concretização da obra.” ------ -----------------------------------------------------------------------------------------------------5. INTERVENÇÃO DO PÚBLICO ----------------------------------------------------------------------144 ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OEIRAS ------------- Não houve intervenção do público. -----------------------------------------------------------6. O Senhor Presidente da A.M. concluiu dizendo o seguinte: ----------------------------------------------------- “Resta-me agradecer a presença e o empenho de todos nesta reunião e desejar a todos uma boa noite.” -------------------------------------------------------------------------------------------------7. ENCERRAMENTO DA REUNIÃO ------------------------------------------------------------------------------- O Senhor Presidente deu por encerrada a reunião às vinte e uma horas. Para constar se lavrou a presente ata, que vai ser assinada pelo Senhor Presidente e pelas Secretárias da Mesa. ------------- --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------O Presidente, -------------------------------------------------- --------------------------------------------A Primeira Secretária, ---------------------------------------------- ---------------------------------------------A Segunda Secretária, --------------------------------------------- ------------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ------------------------------------------------------------------------------------------------------145