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Brasília, fevereiro de 2008
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Universidade de Brasília
Reitor
Timothy Martin Mulholland
Vice - Reitor
Edgar Nobuo Mamiya
Decana de Extensão
Leila Chalub Martins
Faculdade de Educação
Inês Maria Pires de Almeida (Diretora)
Departamento de Ecologia
Helena Castanheira de Moraes (Chefe)
Representação da UNESCO no Brasil
Representante
Vincent Defourny
Coordenador do Setor de Ciências Naturais
Celso Schenkel
Coordenador Editorial
Célio da Cunha
Representação no Brasil
Universidade de Brasília
SAS, Quadra 5, Bloco H, Lote 6,
Ed. CNPq/IBICT/UNESCO, 9º andar
70070-914 – Brasília/DF – Brasil
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www.unb.br
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© 2008 Universidade de Brasília (UnB) e Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (UNESCO).
Revisão: Maria do Socorro Rodrigues
Projeto gráfico e diagramação: Paulo Selveira
Fotografia e capa: André Santangelo
© UnB, UNESCO, 2008
Catalão, Vera Lessa
Roteiros de um curso d’água: água como matriz ecopedagógica; educação e gestão sustentável das águas do Cerrado / Vera Lessa Catalão e Maria do Socorro Rodrigues. – Brasília :
Universidade de Brasília, UNESCO, 2008.
68 p. + CD.
ISBN: 978-85-7652-067-2
1. Água—Educação Ambiental--Cerrado 2. Gestão de Recursos Hídricos—Educação
Ambiental—Cerrado 2. Desenvolvimento Sustentável—Gestão de Recursos Hídricos—Educação
Ambiental—Cerrado I. Rodrigues, Maria do Socorro II. UNESCO III. Universidade de Brasília IV.
Título
CDD 333.91
As autoras são responsáveis pela escolha e apresentação dos fatos contidos neste livro, bem como
pelas opiniões nele expressas, que não são necessariamente as da UNESCO, nem comprometem a
Organização. As indicações de nomes e a apresentação do material ao longo deste livro não implicam
a manifestação de qualquer opinião por parte da UNESCO a respeito da condição jurídica de
qualquer país, território, cidade, região ou de suas autoridades, nem tampouco a delimitação
de suas fronteiras ou limites.
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À Paulo Bertran e Laís Aderne que fizeram de suas vidas uma
celebração permanente do cerrado e suas culturas.
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
MOMENTO I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
MOMENTOS II E III
1.
Água matriz da vida: uma abordagem integrada (Demetrios Christofidis) . . . . . . . . . . . 45
Apresentação Momento I – Corporeidade-Reflexão da aquarela (Joselita Santos e Carla Cartocci)
Roda da palavra – Apresentação da metodologia – Portfolio – Vera Catalão
2.
Água matriz da vida: uma abordagem ecológica (Maria do Socorro Rodrigues) . . . . . . .46
O corpo como unidade – Flexão da coluna vertebral, respiração – Similitudes da natureza
ecopedagogia da água – Aspectos ecológicos – Maria do Socorro Rodrigues
3.
Água matriz da vida: uma abordagem cultural (Leila Chalub) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .47
Movimento – Alongar e aterrar – Abrir-se ao sol – Locomoção
pedagogia vivencial e metodologia de oficinas – Lais Mourão
4.
Água matriz da vida: uma abordagem simbólica (Vera Lessa Catalão) . . . . . . . . . . . .48
Ritmos internos – No ritmo da natureza (Conscientizando pessoas sobre a natureza)
Ecopedagogia da água – Aspectos culturais simbólicos – Vera Catalão
5.
Água, vegetação e solo (José Felipe Ribeiro) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50
Concentração – Movimentos corporais circulares – Audição da terra seca
Correntes de educação ambiental – Vera Catalão
6.
Água subterrânea: conceitos, importância e estudos de caso
(José Eloi Guimarães Campo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51
Concentração em deslocamento – Movimentos corporais circulares – Meditar caminhando
A formação do sujeito ecológico – Vera Catalão
7.
Água e mapas de sensibilidade ambiental no DF
(Celso Schenkel e Bernardo Marcelo Brummer) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .52
Concentração – Movimentos corporais circulares – Abrir e fechar
Paradigmas e valores humanos – Maria do Socorro Rodrigues
8.
Cenário de bacias hidrográficas (Rodrigo Flecha) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54
Concentração – Movimentos corporais circulares – Relaxamento através da música – Boiar
Educação e sustentabilidade – Maria do Socorro Rodrigues
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9.
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Unidades de conservação e bacias hidrográficas no DF (Gustavo Souto Maior) . . . . . .55
Concentração – Movimentos corporais circulares – Comungando com a natureza (Agradecer a colheita)
Simulação de comitês de bacia hidrográfica no DF – Rosana Lobo e Carla Cartocci
10. Modelagem e gestão das águas (Paulo Bretas Salles) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .56
Concentração – Movimentos corporais circulares – O movimento da Seiva
Simulação de comitês de bacia hidrográfica no DF – Rosana Lobo e Carla Cartocci
11. Educação e redes como espaços formativos (Marcos Sorrentino) . . . . . . . . . . . . . . . . .58
Concentração – Movimentos corporais circulares – Desenho sobre música – Fluxo em dupla
Roda da palavra – Avaliação – Vera Catalão e Maria do Socorro Rodrigues
12. Água, urbanização e alteração do ciclo da água (Paulo Celso) . . . . . . . . . . . . . . . . . . .58
Comunicação – Movimentos corporais coletivos – Jogo Percurso do Rio
Educação e gestão ambiental da água – Lais Mourão
13. Os múltiplos usos da água e os conflitos de interesses (José de Sena Pereira Junior ) . . . . . . .60
Comunicação – Movimentos corporais coletivos – A formação em espiral
Movimentos sociais e gestão ambiental da água em ambientes urbanos e rurais – Lais Mourão
14. Água e resíduos sólidos urbanos (Izabel Zaneti) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .60
Comunicação – Movimentos corporais coletivos
Noções práticas sobre qualidade da água – Maria do Socorro Rodrigues
15. Saneamento e recursos hídricos (Sérgio Koide) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .62
Comunicação – Movimentos corporais coletivos – Conjunto de gravuras
Alfabetização ecológica – Maria do Socorro Rodrigues
16. Cuidando da água com agrofloresta (Fabiana Peneireiro) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63
Comunicação – Movimentos corporais coletivos – Biodiversidade
Pedagogia de projetos e educação ambiental – Vera Catalão
17. Água e agropecuária – contaminação e exaustão dos recursos hídricos
(Demetrios Christofidis) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .64
Comunicação – Movimentos corporais coletivos – Abundância
Pedagogia de projetos – Oficina – Vera Catalão
18. Água e saúde (Sônia Terra) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .65
Movimentos corporais coletivos – Prato predileto
Educação ambiental e alimentação – Carla Cartocci
19. Água e comunicação – estratégias de mobilização (Tânia Montoro) . . . . . . . . . . . . . .66
Comunicação – Movimentos corporais coletivos – Teatro – Jogo das profissões
Roda da palavra – Avaliação/culminância – Vera Catalão e Maria do Socorro Rodrigues
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APRESENTAÇÃO
Desde o momento mágico quando meus olhos se abriram no fundo do mar, não
tive mais condições de ver, pensar ou viver como antes. Isto foi há 26 anos. Tantas
coisas aconteceram de uma só vez que mesmo agora ainda não consigo decifrá-las.
Meu corpo sem peso flutuava no espaço, a água possuía a minha pele, as formas
dos seres marinhos eram puras até o despudor e o despojamento dos gestos
assumia um valor moral. Gravidade – compreendi de súbito – o pecado original foi
cometido pelos primeiros seres vivos quando deixaram o mar (…)
Jacques Cousteau
O Decanato de Extensão, por intermédio do projeto de extensão Água como Matriz Ecopedagógica, e a UNESCO editam este material didático com estratégias pedagógicas e artigos científicos
sobre gestão sustentável das águas que constituem a base teórica e metodológica de um curso de
formação de extensionistas ambientais a ser implementado no primeiro semestre de 2008.
Roteiros de um curso d´água será mais uma fascinante experiência que tem a água como matriz
ecopedagógica. Desde a primeira formação de formadores em 2003, buscamos na materialidade
simbólica deste elemento, a inspiração e a orientação de roteiros pedagógicos que despertem a nostalgia das origens esquecidas e possam reatar o pertencimento esquecido.
Que roteiros seguir? Elegemos a razão como tutora, entregamos ao sentimento nosso rumo,
confiamos ao símbolo as possibilidades de conexões? Ou buscamos uma conjunção dessas múltiplas
expressões do humano articuladas por um pensamento complexo e uma epistema transdisciplinar?
Para compreender a água, elemento primordial das misturas é preciso conjugar a pluralidade de
percepções e sentidos que constituem o conhecimento humano. Não optamos por uma única via,
pois no curso de um rio águas diferentes se encontram, entranham-se e fundem-se mestiças. As vias
transversais, os meandros e fusões se fazem presentes em Roteiros de um curso d´agua.
A essa conjunção multireferencial, Enrique Leff denomina racionalidade ambiental: uma
razão que vai além de uma expressão lógica do conhecimento, pois resulta de um conjunto de práticas
individuais, sociais e culturais heterogêneas que dão sentido aos processos socioambientais. (LEFF,
2002). Para Leff, meio ambiente nem é o mundo de fora, nem a pura subjetividade, mas a articulação
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complexa de ambos. Para nós, as águas são a matriz simbólica que reúne indivíduo, comunidade e
ambiente. Educação, ecologia e cultura engendram-se mutuamente na ação pedagógica proposta
nesta nova versão do curso Água como Matriz Ecopedagógica: educação e gestão sustentável das
águas no cerrado.
O objetivo catalisador desta formação de formadores é a produção e experimentação de estratégias pedagógicas inspiradas em uma ecopedagogia que tem a água como matriz simbólica e
socioambiental capaz de ressignificar a gestão cotidiana e sustentável das águas no bioma cerrado.
Os roteiros apresentados nesta edição pretendem orientar a formação de formadores e a multiplicação desta experiência pedagógica para outros coletivos e redes que comungam o mesmo ideal de
um sujeito ecológico em contínua formação.
Cada encontro integra três momentos indissociáveis: 1) práticas de corporeidade – sensibilidade e movimento para enraizar idéias; 2) apresentação de conteúdos teóricos e tecnológicos para
gestão sustentável das águas; 3) exploração criativa de conceitos pedagógicos. Tudo isto dentro
de uma metodologia participativa que permite a apropriação de noções ambientais e a emergência
de potencialidades humanas integradoras de manifestações humanas culturais e naturais capazes
de obedecer e guiar as forças da Vida.
Como toda a vida se anuncia, toda vida principia pela forma sem forma da água (CATALÃO, 2007)
confiamos ao próprio elemento água a orientação de todo processo formativo na perspectiva de
uma auto-hetero-ecoformação que seja capaz de nos reconciliar com a natureza, com os outros
seres e principalmente com nós mesmos.
Vera Lessa Catalão e Maria do Socorro Rodrigues
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MOMENTO I
PRÁTICAS DE CORPOREIDADE – SENSIBILIDADE E
MOVIMENTO PARA ENRAIZAR IDÉIAS
JOSELITA SANTOS E CARLA CARTOCCI
APRESENTAÇÃO
Às vezes é mais difícil enxergar o que está mais próximo: aquilo que somos. Somos, mais obviamente, o nosso corpo: matéria, concretude, peso.
Talvez seja mais difícil porque preferimos ser racionais; o homem se orgulha muito de pensar,
de ser inteligente.
Talvez porque nossa época esteja focada no fora: o que preciso? O que me falta? Preciso
comprar! E, sempre eu, eu; ou, no máximo, minha família, meu grupo, meu time.
Mas, retomando o fio e, sem volteios, sou, em primeiro lugar ou, em última instância, este corpo:
água circulando, ar circulando, ingerindo e excretando plantas e animais. É esta contínua troca que
nos mantém vivos.
Continuamos inteiramente dependentes, agora desta macroplacenta para a qual, ao final de
um ciclo, retornaremos e pela qual seremos reabsorvidos e reciclados.
Se olhássemos de fora, de fora do planeta, através de um microscópio gigante, veríamos
interpenetrações, processamentos, transformações, transmutações dentro de um único organismo –
composto de minerais, vegetais, animais – mas um único organismo, um fluxo regido por um ritmo,
uma sintonia não causada por um maestro externo, mas por uma consciência inerente, presente em
cada elemento deste todo: embora digamos que esta consciência esteja adormecida no mineral,
instintiva no animal, dotada de “livre arbítrio” nos humanos (estarão aí as dissonâncias?).
No âmbito do indivíduo diríamos que a consciência é magnificamente “inconsciente” em
nosso corpo físico; complexa, sábia; para citar um exemplo, quem de nós voluntariamente seria
capaz de harmonizar o fluxo respiratório com o circulatório?
Emocionalmente somos ambivalentes: ora guiados pelos nossos desejos e impulsos – de dominação, de medo de perder o nosso lugar – ora pelos ideais de união que animam nossos corações.
Ora pelas crenças e ambições de nossos grupos de pertencimento (desde a manada-família até a
manada-sistema) ora pela herança de nossa cultura, autênticas raízes de nosso chão.
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Intelectualmente ora deixamo-nos influenciar pelas declarações dos formadores de opinião, ora
ficamos aprisionados pelas inflexíveis leis jurídicas, ora ficamos encurralados pelos dogmas científicos (os quais periodicamente algum ganhador de prêmio revela obsoletos). Felizmente, continuamos
a nos debater em busca de uma verdade que está além, a um sentimento que nos une a todos como
seres humanos, a uma identidade de natureza e cidadania planetárias.
Aí estamos e é daí que podemos partir:
• Como ter acesso a sábia consciência corporal, que é a mesma que rege o curso dos rios, a
direção do crescimento das plantas, a arquitetura de crescimento dos minerais?
• Como fazer fluir juntos o ímpeto de energia vital e os ideais de amor e fraternidade? Ser
indivíduo e ser co-cidadão?
• Como ter clareza do conhecimento que dirige a ação?
• Como ter uma fé sábia e coerente com os pensamentos e as ações?
e assim poder participar do ritmo deste Todo, desta harmonia de polaridades, sem atravessar o
ritmo, sem pretensão de se impor, mas sem se omitir, remando a favor da correnteza da construção,
da evolução, do novo?
Propomos voltar a ser “crianças” e ter o prazer e o deslumbramento de re-descobrir: nosso
corpo individual, nosso ethos, os nossos ritmos, os ritmos da Natureza, a alegria de sermos parceiros
de caminhada; compartilhar a sabedoria ajuntada nos caminhos já percorridos; se aventurar por
caminhos ainda não trilhados e soluções ainda não experimentadas.
Confiemos que, regendo este organismo está um maestro/maestrina que não se coloca com sua
batuta à frente da orquestra, mas que está em cada célula de cada um de nós, músicos, em cada
átomo de cada instrumento deste Universo, e no SOM.
1. SISTEMAS CIRCULANTES
As práticas do Momento 1 estimularão a ampliação de nossa percepção, que é predominantemente mental, para termos acesso à consciência corporal. Esta consciência é a mesma que cria a
gota d’água e que rege o curso dos rios. A água será nossa mestra neste caminho de observação
e reflexão sobre as formas arquetípicas de criação e evolução da vida no planeta. Neste curso a
alimentação também será uma atividade para conscientização corporal. Propomos que seja oferecido
um lanche saudável prpeparado coletivamente.
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1. MOVIMENTOS CORPORAIS (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
• Flexão da coluna vertebral
• Respiração
• Alongar e aterrar
2. LEITURA SILENCIOSA
Onde quer que a água aconteça
ela tende a tomar uma forma esférica.
Ela envolve toda a esfera do mundo,
envolvendo cada objeto numa fina película.
Caindo como uma gota, a água oscila sobre a forma de uma esfera;
ou como um orvalho caindo numa noite clara e estrelada
ela transforma um simples campo num paraíso estrelado de gotas brilhantes. (...)
A esfera é totalidade, um todo, e a água sempre tentará formar um todo orgânico ao juntar o
que está dividido unindo em circulação. Não é possível falar do começo ou do final de um sistema
circulatório, tudo está internamente conectado e reciprocamente relacionado (SCHWENK, 1996).
3. REFLEXÃO DA AQUARELA
• Entregar uma folha de papel canson tamanho ofício a cada participante.
• Pedir que, com um conta-gotas, cada pessoa pingue uma gota de água no papel seco; observar
a forma da gota; a tensão da forma, a perfeição da circunferência.
• Inclinar o papel e observar a gota escorrendo.
• Umedecer duas folhas de papel canson com água, sem encharcá-lo.
• Pingar gotas de tinta guache azul nos dois papéis; observar o percurso que a tinta faz ao se
espalhar no papel; perceber o desenho da água formada pela cor.
• Pingar no primeiro tinta vermelha; observar o mesclar das cores; imaginar como o elemento
poluidor “sufoca” a água.
• Pingar no segundo tinta amarela e novamente observar o mesclar das cores; colocar para si a
pergunta: quanto de “luz” (ações construtivas) preciso para construir a saúde da minha água?
• Ficar em silêncio, não aceitando os pensamentos-padrão, de rotina, aprendidos; contemplar a
pintura, a forma que surge, e deixar vir pensamentos intuitivos, provenientes da sabedoria interior; não precisa ser nenhuma ação grandiosa, mas algo que represente o próximo passo.
• Anotar essas ações num papel.
• Compartilhar com o grupo.
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2. A GOTA
Despertar do movimento corporal para a percepção de que corpo é uma unidade e que pertence
à vida do planeta. Na evolução da vida no planeta, a água foi, e ainda é, o meio físico para a circulação da energia de vida possibilitando que as reações e transformações aconteçam criando
substâncias orgânicas e desenvolvendo seres vivos. Mas, além de ser o meio fecundo para a evolução
da vida, a água tem a capacidade de “moldar” as formas animadas e inanimadas imprimindo sua
matriz circular, seu movimento espiralado e sua capacidade sensorial nos seres vivos.
1. MOVIMENTOS CORPORAIS (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
• Flexão da coluna vertebral
• Respiração
• Alongar e aterrar
2. A GOTA
Exposição de imagens e objetos da natureza que propõe um olhar mais aguçado sobre a subjetividade da natureza, suas leis de ação e criação. É um exercício para observação consciente e
reflexão sobre a unidade, a correlação e interdependência entre tudo o que existe.
EXPOSIÇÃO DE TEXTOS
A energia da medula, a energia da vida é, sem cessar, este movimento que sobe e desce, que
nos eleva e que nos enraíza. Se há seiva, se há medula na nossa coluna vertebral, ela nos enraíza
na matéria e nos abre para a luz (LELOUP, 1998).
Esvazie-se de tudo.
Deixe a mente repousar.
As dez mil coisas vêm e vão enquanto o Eu observa a sua volta.
Elas crescem e florescem e então voltam à fonte.
Voltar à fonte é serenidade, e assim é o caminho da natureza...
(Lao Tzé).
O rio visível da seiva nas plantas é apenas metade de sua circulação completa da água; a outra
metade existe na atmosfera e no solo. As plantas são como sistemas vasculares através dos
quais a água, o sangue da terra, flui numa interação viva com a atmosfera. Juntos terra, mundo
vegetal e atmosfera formam um único organismo, no qual a água flui como sangue vivo
(SCHWENK,1996).
Quando o sol se põe e tudo se torna silencioso, sente-se por um momento e ponha-se em
comunhão com a natureza: você sentirá, erguendo-se da terra, vindo de baixo das raízes das
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árvores e erguendo-se acima, correndo por seus veios até os mais altos galhos estendidos,
a aspiração de um intenso amor e saudade – uma saudade de algo que traz e dá alegria, da luz
que se foi e elas desejam ter de volta de novo. Há um desejo tão puro e intenso, que, se você
puder sentir o movimento das árvores, seu próprio ser também se erguerá numa prece ardente
pela paz e luz e amor que estão não-manifestos aqui. (A Mãe, 1987)
3. OS RITMOS DA VIDA
A água é o elemento planetário que mantém um ritmo e um pulsar no planeta. Ao movimentar o corpo e interagir com o ambiente e com as pessoas podemos sentir se nosso ritmo interno está
em harmonia com o ritmo social e planetário. A nossa respiração e pulsação chamam nossa atenção
para os ritmos internos e para a percepção da circulação do sangue e da energia de vida em nosso
corpo.
1. RESPIRAÇÃO E PULSAÇÃO (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
EXERCÍCIO I
1. Andar pela sala de acordo com o ritmo das atividades no decorrer das horas do dia;
como é seu ritmo de trabalho/lazer? Você acorda já agitado ou vai acelerando durante o dia? Seu
rendimento/prazer é mais acentuado à NOITE/DIA?
2. Andando, formar duplas; a pessoa 2 procura se adaptar ao ritmo da pessoa 1.
3. Sentado, refletir sobre o seu ritmo SEMANAL: como é seu rendimento/prazer durante a semana?
4. Visualizar o ritmo MENSAL: você percebe alguma correlação entre as fases da LUA e sua vida
(saúde, humor etc.).
5. Visualizar o ritmo ANUAL: qual a festa do ano que você mais gosta/desgosta? Como reage
seu corpo/humor ao frio/calor, chuva/seca, às estações do ano?
EXERCÍCIO II
Localizar e bater a pulsação/batida básica da música: batida rítmica básica que acompanha toda
a música, regularmente, durante todo o seu curso.
Usar preferencialmente uma música que tenha a pulsação (batida básica) bem marcada.
EXERCÍCIO III
1. Ouvir o silêncio.
2. Ouvir o seu som interior.
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3. Leitura e concentração.
Uniformidade não é unidade.
Unidade é o fato fundamental e eterno, sem o qual toda multiplicidade seria uma ilusão
irreal e impossível. A consciência da Unidade é chamada portanto de Vidya, o Conhecimento
(SRI AUROBINDO, 1992).
4. A CANÇÃO DAS ÁGUAS
BENÉ FONTELES
A arte como forma de sensibilizar e despertar por meio de sua poética subjetiva. Abertura de
campos de percepção para a educação ambiental e consciência ecológica sem separar mente, corpo
e alma. A água como referência de fluxo, flexibilidade, transparência e utilidade para todas as situações e desafios do cotidiano. A junção de arte e água como consciência de ações de cidadania,
comprometimento, responsabilidade e solidariedade com a vida.
ATIVIDADE PROPOSTA
1. Amostragem de experiências de arte na educação ambiental
2. Vivência corporal – Respiração
3. Criar campos criativos de reflexão
4. Cantar junto
5. Criação coletiva
6. Conversa sobre o processo:
• como foi a experiência para cada participante;
• como aplicar esta atividade como recurso pedagógico;
• definir e refletir sobre o que é “Ampliar campos de consciência” (Joseph Campbell) utilizando o
tema arte e água como meio.
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5. O RITMO NA MÚSICA
Estimular a atenção, a acuidade dos sentidos e a percepção sinestésica do som no ambiente
oportunizam o ouvir mais intenso e mais sensível dos ritmos internos. E desta forma, interagirmos
com os ritmos do ambiente de maneira mais consciente.
ATIVIDADE PROPOSTA
1. LEITURA
Em todos os lugares os líquidos se movimentam em ritmo. Inúmeros ritmos correm através dos
processos da natureza. Não apenas as grandes correntes e as marés dos oceanos estão sujeitas aos
ritmos das estações; cada lago, lagoa, cada poço com o nível de sua água subterrânea tem seus
movimentos que flutuam com a maré alta e baixa ou de acordo com outras leis. (SCHWENK, 1996).
2. RITMO DA MÚSICA
ANDAR LIVREMENTE PELA SALA
Entregar-se à atividade de andar livre e intensamente e mesmo soltamente, mas ao mesmo
tempo conscientizando o andar: sentir o estar de pé, o ir em direção a um ponto que se quer alcançar, o movimento que as pernas, os pés e os braços realizam quando se anda.
CAMINHANDO, CRIAR UMA INTERAÇÃO COM O AMBIENTE
Continuar andando como no exercício anterior e perceber cada vez mais o local onde se está:
sentir o chão, sua solidez e extensão, o contato dos pés com o assoalho; olhar o teto, identificar-se com
sua altura; olhando atentamente o limite representado pelas paredes; olhar por onde entra a luz na
sala, senti-la vivamente; experimentar o ar circulando pela sala; reunir todas as informações colhidas,
sentindo tudo simultaneamente, e então perceber-se dentro, integrado (a), relacionando-se com o ambiente.
LOCOMOVER-SE EM DIVERSOS ANDAMENTOS
O (a) orientador (a) começa a marcar batidas regulares num dado andamento; esse andamento
pode ser marcado com palmas ou com um instrumento de percussão. A cada palma ou toque ouvido
se dá um passo. Assim se anda mais rápido, mais lento, bem rápido, rapidíssimo, bem devagar etc.,
correspondendo ao ritmo dado pelo orientador.
SEQÜÊNCIA RÍTMICA EM QUATRO TEMPOS
O (a) orientador (a) propõe trabalhar a seqüência rítmica que se segue:
1234 / 1234 / 1234 / 1234 / 1234 / 1234
a. batendo palmas;
b. andando (um passo para cada valor rítmico);
c. andando na pulsação/batida básica (constante e regular, sem acentos) simultaneamente, realizar a seqüência rítmica nas palmas.
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6. A POESIA DA ÁGUA
O ritmo das palavras e o ritmo da fala são os ritmos da mente oferecidos ao ambiente. A poesia
ao ser compartilhada em grupo, expressa e integra os ritmos internos dos participantes entre si e
com o ritmo externo / cultural da poesia.
1. MOVIMENTOS CORPORAIS (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
• Flexão da coluna vertebral
• Respiração
• Alongar e aterrar
• Abrir-se ao sol
2. RITMOS NA FALA – POEMAS SOBRE A ÁGUA
1. CADA GRUPO LÊ VÁRIAS VEZES O SEU POEMA IDENTIFICANDO:
1.1. o sentido;
1.2. as pausas, as frases, o ritmo do poema (observe a pontuação, a divisão em versos, estrofes,
as repetições de palavras).
2. LER O POEMA EM GRUPO, PROCURANDO:
2.1. dividir a recitação pelos componentes do grupo, de forma a expressar melhor a correlação
entre o ritmo percebido e o conteúdo intencionado pelo(a) autor(a);
2.2. expressar, através da fala, o sentido e o ritmo percebidos;
2.3. pode-se também acompanhar a fala com movimentos corporais.
3.
OUVIR A RECITAÇÃO DOS OUTROS GRUPOS, IDENTIFICANDO A MÚSICA DA FALA, EXPRESSANDO O
RITMO E CONTEÚDO DOS POEMAS.
POEMA
VISITA DA CHUVA
Estas altas árvores
são umas harpas verdes
com cordas de chuva
que tange o vento.
Vêm os sons mais claros
da amendoeira amarela,
pontuados na palma
das fortes folhas virentes.
Os sons mais frágeis nascem
na fronde da acácia leve,
com frouxos cachos de flores
e folhinhas paralelas.
Os sons mais graves escorrem
das negras mangueiras antigas,
de grossos, torcidos galhos,
franjados de parasitas.
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Os sons mais longínquos e vagos
vêm dos finos ciprestes:
chegam e apagam-se, nebulosos,
desenham-se e desaparecem.
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7. TERRA SECA
Cerrado. Tempo de seca e de águas. No relaxamento a consciência corporal se expande. No
ritmo das estações de seca e chuvas está o momento das águas para a fertilidade da terra e o
momento da seca para a espera e a contenção. Relaxar é criar um momento interno para o desvelar
da consciência.
1. MOVIMENTOS CORPORAIS (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
• Flexão da coluna vertebral
• Respiração
• Alongar e aterrar
• Abrir-se ao sol
2. LEITURA SILENCIOSA
O mesmo rio de vida que corre através de minhas veias, noite e dia, corre através do mundo
e dança em rítmicas batidas. É a mesma vida que irrompe alegremente através da poeira da
terra em inumeráveis folhas de capim e se extasia em tumultuosas ondas de folhas e flores.
(Tagore).
que braseiro que fornalha
Nenhum pé de plantação
Por falta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão. Luiz Gonzaga
Rios correndo, as cachoeiras tão zuando
Terra molhada, mato verde que riqueza
Asa branca ta cantando, aí que beleza
O povo é alegre mais alegre a natureza. Luiz Gonzaga
3. AUDIÇÃO DA TERRA SECA
1. Posição inicial: deitado(a) ou sentado(a), de olhos fechados, em silêncio, reunir-se em si
mesmo(a) / chegar a um estado de concentração que envolva e aquiete todo o ser, impondo ao
corpo uma completa imobilidade.
2. Audição: receber a música com real intensidade, com uma vontade extrema: imaginar o corpo
sendo uma terra seca que durante muitos anos esperou pela chuva, esperou secando e quebrando,
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e agora a chuva vem, e a terra realiza, experimentar uma só coisa: receber, encher-se, não deixar
escapar nenhuma gota, chupar cada pingo, não perder um ínfimo da bênção chuva / e ansiosamente e
ao mesmo tempo com uma profunda alegria, ela se enche com aquilo que mais faltava, de que mais
precisava, e que agora está sendo dado / sentir-se o solo quente do cerrado recebendo a primeira
chuva na primavera, lembrar-se que em muitas lendas, mitologias, contos de fada, a água tem
sentido simbólico: ouve-se falar da “água-vida”, elixir que é a própria essência-vida, e que tem o
poder de fazer brotar ou de renovar, irresistivelmente, força, saúde, juventude e ânimo / lembrar-se
também como plantas murchas respondem à água: reúnem-se, erguem-se, revivem / então abrir
cada poro do corpo à “chuva de sons”.
3. Concentração: após o término da música, voltar tranqüila e cuidadosamente, sem ruptura
brusca, para o estado normal de atenção e presença despertas.
8. MEDITAR CAMINHANDO
O cotidiano nos faz criar uma rotina que, pouco a pouco, nos distancia dos movimentos originais
da criação e da evolução da vida. O ritmo da vida – forte e pulsante nos animais e vegetais – é
esquecido pela mente humana. A consciência humana se revela pela mente, portanto os exercícios
de concentração nos movimentos rotineiros do cotidiano possibilitam o manifestar da consciência
humana no corpo e na mente para a co-evolução do planeta.
1. MOVIMENTOS CORPORAIS (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
• Flexão da coluna vertebral
• Respiração
• Alongar e aterrar
• Abrir-se ao sol
2. LEITURA
Preste atenção nos intervalos – o intervalo entre dois pensamentos, o curto e silencioso espaço
entre as palavras e frases numa conversa, entre as notas de um piano ou de uma flauta ou o intervalo entre a inspiração e a expiração. (Eckhart Tolle).
3. MEDITAR CAMINHANDO
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4. AUDIÇÃO
Marisa Monte, O rio, CD Infinito particular.
Depois da audição da música continuar caminhando por dois minutos.
9. NASCENTE – A POTÊNCIA DA VIDA
Os pensamentos silenciam e as sensações mais sutis do corpo vão aflorar. A consciência da unidade igualmente abarca a todos nós, seres vivos, quando o corpo realiza o movimento–base – abrir/
fechar –, manifestado também por todas as outras formas de vida. A vivência do silêncio interno, da
calma e da disciplina, da coragem e da persistência acordam a sensibilidade para o corpo.
1. MOVIMENTOS CORPORAIS (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
Circulares: relembrar a água não somente como o meio físico para que a vida evolua, mas
principalmente, como matriz da vida. Propomos reproduzir e aperfeiçoar os movimentos circulares e
espiralados, apresentados como características do movimento da água, propiciadores da vibração da
energia de vida em sua qualidade original. Essa é uma forma de “beber na fonte”, e restabelecer com
a água dentro de nós o contato com a energia original do universo.
2. ABRIR E FECHAR – CONCENTRAÇÃO A NASCENTE
A. PREPARAÇÃO:
sentado (a) / com o braço direito dobrado e a mão levantada (a palma voltada
para o rosto), encostar o cotovelo direito na coxa direita / simultaneamente curvar o tronco, levemente / segurar com a mão do braço livre o pulso do braço encostado / fechar a mão levantada formando um punho, e olhá-lo atentamente e com uma crescente concentração até que reste, afinal,
só a mão na frente dos olhos.
B. EXECUÇÃO:
com a entrada da música, começar, com muito cuidado e imensa calma, a abrir
a mão, que se desdobrará como uma flor que desabrocha, bem simples, bem puramente / quando
a mão estiver completamente aberta, com os dedos todos separados uns dos outros, permanecer
ainda um bom tempo nessa posição alcançada, para depois relaxar e abaixar a mão ou encostar
o rosto nela / caso a música tiver terminado antes de o movimento da mão ter chegado a seu
estágio final, continuar com firmeza e naturalidade no silêncio, até que todo o processo tenha sido
concluído.
C. FINALIZAÇÃO:
desfazer cuidadosamente a posição.
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3. DISTRIBUIR MARCA – TEXTO COM A SEGUINTE EPÍGRAFE:
Todas as possibilidades do mundo no homem estão esperando como a árvore espera em sua
semente. (Sri Aurobindo).
4. OBSERVAÇÃO DE IMAGENS E MUDAS COM SEMENTES GERMINANDO E BOTÕES
DESABROCHANDO.
10. FLUTUAR NAS ÁGUAS
Os ritmos e os movimentos internos de cada pessoa são únicos entre todos os ritmos da
natureza. Isso é a Unidade na Diversidade. O estado de concentração e de calma criados dentro de
si aflorará sensações individuais que as águas do planeta, sejam rios, fontes ou mares imprimiram
na memória.
1. MOVIMENTOS CORPORAIS (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
CIRCULARES: Relembrar a água não somente como o meio físico para que a vida evolua, mas
principalmente, como matriz da vida. Propomos reproduzir e aperfeiçoar os movimentos circulares
e espiralados, apresentados como características do movimento da água, como propiciadores da
vibração da energia de vida em sua qualidade original. Essa é uma forma de “beber na fonte”, e
restabelecer com a água dentro de nós o contato com a energia original do universo.
2. RELAXAMENTO ATRAVÉS DA MÚSICA – FLUTUAR NAS ÁGUAS
Deitado(a) no chão, de barriga para cima, olhos fechados, pernas estendidas, ligeiramente
abertas, braços ao longo do corpo, palmas viradas para cima, pés soltos, relaxadamente virados para
fora. Verificar que o pescoço esteja alongado e que as costas inteiras toquem o chão. O(a) orientador(a), a partir de um estado de concentração e calma criado dentro de si diz:
1. comece a observar sua respiração; faça algumas respirações dando ênfase à expiração, deixe
o ar velho, com as suas impurezas, ir embora; imagine que o ar que você inspira está indo para o
seu abdômen, deixe o abdômen inflar como uma bexiga; deixe sua respiração ficar mais lenta e
mais profunda;
2. sinta os pés, e agora as pernas, e as coxas, e os quadris, e a barriga; deixe tudo ficar bem
pesado, largado no chão; sinta os braços, o peito, o pescoço, a cabeça;
3. imagine que você está boiando num rio calmo e sereno; sinta o contato das suas costas, braços,
pernas, cabeça, com a água fresca; sinta o balanço das ondas do rio; sinta como o seu corpo vai
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se amoldando à água; entregue-se a esse fluxo; sinta o calor dos raios do sol tocando esse seu corpo
e, quando a música chegar (que deve ser calma, fluida e envolvente), deixem-na penetrar no corpo
como se os seus sons fossem raios de sol. Sintam então o calor, a força, a calma, a leveza que ela
dá ao corpo...
Alguns minutos após o término da música, começar a mexer os pés, as mãos; rolar a cabeça
para um lado e para o outro, lentamente; respirar profundamente; ir se espreguiçando, abrindo os
olhos, alongando o corpo todo, se mexendo, até sentar-se.
Observação: caso o grupo tenha resistência em fazer o exercício deitado, pode-se permanecer
sentado, numa posição bem confortável.
3. LEITURA SILENCIOSA
Desde o momento mágico quando meus olhos se abriram no fundo do mar, não tive mais
condições de ver, pensar ou viver como antes (…) Meu corpo sem peso flutuava no espaço,
a água possuía a minha pele, as formas dos seres marinhos eram puras até o despudor e o
despojamento dos gestos assumia um valor moral. Gravidade – compreendi de súbito – o
pecado original foi cometido pelos primeiros seres vivos quando deixaram o mar e a redenção
viria somente quando retornássemos ao oceano, como já o fizeram os maíferos marinhos
(Jacques Cousteau, prefácio do livro in Le Chaos sensible, Theodore Schwenk. Paris, Editions
Triades, 1982).
11. TRAZER A NATUREZA PARA O CORAÇÃO
A subjetividade da natureza e sua relação mais interna e profunda com cada ser possibilitam
impressões de fora para dentro e expressões de dentro para fora. Este é o pulsar de cada ser com o
ambiente.
ATIVIDADES PROPOSTAS
1. EXERCÍCIO
1. Saída em área externa para procurar algum elemento da natureza com o qual a pessoa se
identifique: pode ser uma folha, semente, galho, flor, pedra etc.; recomendar o silêncio, o estar
atento a si mesmo, para perceber qual elemento atrai a pessoa.
2. Após a coleta do material, voltando a entrar na sala, olhar o elemento, apalpar, sentir a
textura, temperatura, cheirar se for o caso; permanecer por um tempo em contemplação; ver se ele
traz memórias, emoções.
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3. Colocar uma música curta (aproximadamente 1 a 2 minutos) - ou trecho de música - que seja
harmoniosa, que tenha unidade; pedir que os participantes ouçam com atenção na unidade da
música, identificando-se com ela.
4. Segurar o elemento da natureza na mão, trazê-lo cuidadosamente, durante todo o tempo da
música, num movimento lento e contínuo, de acordo com o andamento da música, até o coração;
sentir a sua aproximação ao coração; caso facilite a concentração, fechar os olhos.
5. Voltar lentamente ao estado de prontidão.
2. LEITURA SILENCIOSA
Não há nada que seja pequeno para os olhos de Deus; que não haja nada pequeno para os teus.
Ele põe tanto trabalho da energia divina na formação de uma concha quanto na construção de um
império. (Sri Aurobindo).
Há enormes blocos de rochedos que foram destruídos totalmente, gastos pelas gotas de chuva
caindo uma após outra no mesmo lugar. (Mira Alfassa – A Mãe idem)
12. NAS CURVAS DO RIO
O movimento das águas do rio sobre a terra traz a sabedoria da natureza para criar paisagens,
modelar o espaço incluindo todos os elementos físicos e orgânicos. A vida humana ao redor de cursos
d’água deve se integrar a esses movimentos criando mais vida e mais energia. Este exercício simbólico
vitaliza a presença humana nas margens de um rio.
1. MOVIMENTOS EM GRUPO (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
O pulsar
2. LEITURA SILENCIOSA
O ritmo de suas curvas é parte da natureza individual de um rio.(...) Riachos e terrenos circundantes sempre pertencem um ao outro, e a vegetação une ambos numa totalidade viva.
(Schwenke).
O processo evolutivo natural é o resultado da interação e da adaptação das peculiaridades de
todos os elementos da Natureza para a continuidade da vida. Todos os elementos da bacia
hidrográfica – vegetação, solo, pedras, fauna, cursos d’água, seres humanos e suas intervenções ambientais são autônomos em suas atividades físicas e vitais mas influenciam, determinam
e regulam, cada um a sua maneira e necessidade, o funcionamento do sistema hidrográfico.
Carla Cartocci e Rosana Lobo.
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3. NAS CURVAS DO RIO
1. Pedir que os participantes desenhem o curso de um rio, que seja familiar para eles, que seja
de importância para a comunidade; registrar os pontos de referência (vegetação, construções ao
longo do seu percurso).
2. Pedir que ouçam uma música calma, harmoniosa, com toda concentração e abertura possíveis.
3. Identificar e marcar com palmas a pulsação básica da música (batida uniforme, como um batimento cardíaco que acompanha toda a música.
4. Entregar aos participantes – a título de peão – um elemento da natureza (pedrinha, concha
ou semente, por exemplo); deixar que o observem, sintam a textura, o tamanho.
5. Pedir que, bem lenta e uniformemente, no tempo de quatro pulsações, avancem com o
peão, reproduzindo os padrões de movimento da água, de um ponto de referência do rio para o
outro, até chegar à sua foz.
13. O RITMO DAS CORREDEIRAS
Ao olhar um riacho que corre naturalmente, nós observamos o curso sinuoso que ele tem através
de um vale. O ritmo de suas curvas é parte da natureza individual de um rio. (Schwenk). Em analogia
ao fluxo da água no rio, propomos expressar em movimento reduzido o fluxo da música.
1. MOVIMENTOS EM GRUPO (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
O pulsar
2. LEITURA SILENCIOSA
O fluxo das águas é inexorável, correr faz parte da sua natureza.... A água que corre e o tempo
que passa são percebidos como sinônimos do fluxo universal. Vera Lessa Catalão.
3. DESENHO SOBRE MÚSICA – FLUXO INDIVIDUAL
1. Entregar a cada participante quatro folhas de papel ofício e um lápis cera.
2. Pedir que ouçam uma música, com toda concentração e abertura possíveis, concentrando-se
no fluir da sua melodia.
3. Repetindo a música, pedir que registrem este fluxo da música no papel, deslizando o lápis
sobre o papel, como se ele bailasse segundo a música.
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4. Ouvindo a música outra vez, pedir que identifiquem as frases da música (unidades regulares,
intercaladas por pausas mínimas, respirações).
5. Desenhar, na segunda folha, para cada parte dela, uma linha curva, contínua, simples, executada lenta e concentradamente, seguindo o fluxo da música.
1. Na terceira folha, a partir da segunda linha, que corresponde a segunda frase da música,
começar no ponto onde terminou a anterior mas projetar-se numa direção bem distinta daquela em
que a linha anterior terminou; manter o fluxo do movimento.
2. Na quarta folha, as linhas desenhadas não devem cruzar a si mesmas, mas devem necessariamente cruzar qualquer uma das linhas anteriores; atentar para o fluir do movimento.
14. ENCONTRO DAS ÁGUAS
No encontro de duas águas no mesmo rio existe a possibilidade de criação. O contato entre
duas correntes que fluem, passando uma pela outra, em velocidades/ritmos diferentes reproduzem
em ondas e vórtices o movimento arquetípico da água. Assim também, o encontro entre duas pessoas (personalidade / individualidade) pode gerar um diálogo.
1. MOVIMENTOS EM GRUPO (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
O pulsar
2. LEITURA E REFLEXÃO EM DUPLA
Consideremos, por exemplo, um diálogo. Nele, quando alguém diz alguma coisa o interlocutor em
geral não responde com o mesmo significado que a primeira pessoa deu às suas palavras. Os significados são similares, mas não idênticos. Desse modo, quando a segunda pessoa responde, a primeira
percebe uma diferença entre o que ela quis dizer e o que a outra entendeu. Ao considerar essa diferença,
ela pode perceber algo novo, alguma coisa importante tanto para seus pontos de vista quanto
para os do interlocutor. E assim o processo vai e vem, com a emergência contínua de novos conteúdos
que são comuns a ambos os participantes. Desse modo, num diálogo cada pessoa não tenta tornar
comuns certas idéias ou fragmentos de informação por ela já sabidos. Em vez disso, pode-se dizer que os
interlocutores estão fazendo algo em comum, isto é, criando juntos alguma coisa nova (David Bohm).
3. DESENHO SOBRE MÚSICA – FLUXO EM DUPLA
1. Pedir aos participantes que formem duplas, preferencialmente com alguém que não tenha
muito contato; entregar para cada dupla uma folha de papel duplo ofício; e para cada participante
um lápis cera de cor diferente da de seu parceiro(a).
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2. Pedir que ouçam uma música, com toda concentração e abertura possíveis.
3. Identificar as frases da música (unidades regulares, intercaladas por pausas).
4. Pedir que cada membro da dupla, alternadamente, desenhe sobre uma parte da música,
procurando complementar o desenho do outro.
5. Observar a forma que a dupla construiu; compartilhar como cada um se sentiu no processo
da construção conjunta.
15. O MOVIMENTO DA SEIVA
A água é o sangue vivo do organismo terra. O rio visível da seiva nas plantas é responsável por
metade da circulação completa da água do planeta. A outra metade é feita pelo solo e pela atmosfera. Este exercício de movimento reduzido estabelece o sentimento de identidade ao mundo vegetal pela manifestação física no corpo humano.
1. MOVIMENTOS CORPORAIS (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
CIRCULARES: Relembrar a água não somente como o meio físico para que a vida evolua, mas
principalmente, como matriz das formas orgânicas. Propomos reproduzir e aperfeiçoar os movimentos circulares e espiralados, apresentados como características do movimento da água, que
propiciam a vibração da energia de vida em sua qualidade original. Esta é uma forma de “beber
na fonte”, e restabelecer com a água dentro de nós o contato com a energia original do universo.
2. O MOVIMENTO DA SEIVA
1. Sentado (a) bem à frente da cadeira, preferencialmente de olhos fechados, dobrar o tronco
em si e abaixar a cabeça, ouvir a música, concentrando-se na sua unidade, tentando percebê-la
como um só fôlego.
2. Ao longo da segunda vez da música, a mão sobe ao lado do corpo, conduzida pelo cotovelo
que se dobra e depois pelo pulso; quando a mão passa na altura do rosto este também se ergue,
até que todo o corpo esteja voltado para cima.
3. Ficar um pouco na posição, sentindo a energia de ascensão – como a seiva da planta – percorrendo todo o corpo, em direção ao alto (ao sol).
4. Relaxar aos poucos.
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3. LEITURA COLETIVA
A faculdade que tem a água de tornar os corpos mais leves, graças a seus impulsos, e por eleválos, por assim dizer, ao encontro do cosmos tem muita importância para tudo o que vive na terra.
Nenhum crescimento vegetal poderia ser concebido sem esta propriedade da água. Quando, por
exemplo, em certas coníferas americanas, a seiva alcança a altura de 80 metros, a água manifesta
seu triunfo e sua resistência sobre as forças terrestres: por toda parte na natureza, ela serve de
mediadora entre a Terra e o Universo, libera os corpos sólidos da gravidade e transmite à Terra os
impulsos do céu (Schwenk).
16. A ONDA
A água do rio que corre sinuoso num vale não flui apenas correndo para o mar, ela também gira
em torno do eixo do rio, resultando num movimento espiral. A circularidade e a espiralidade são
movimentos arquetípicos da criação que também manifestam a expansão, a contração, a diluição e
a transformação. Para o planeta Terra isto significa co-evolução na diversidade de seres vivos a partir da inclusão e da cooperação.
1. MOVIMENTOS EM GRUPO (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
O pulsar
2. A FORMAÇÃO EM ESPIRAL
6. Pedir aos participantes que formem duplas, preferencialmente com alguém que não tenha
muito contato; entregar para cada dupla um folha de papel duplo ofício.
7. Distribuir para cada pessoa sementes ou grãos de formas e cores distintas (aproximadamente
oito para cada pessoa).
8. Pedir que ouçam uma música curta, de aproximadamente quatro minutos, com toda concentração
e abertura possíveis.
9. Identificar e marcar com palmas a pulsação básica da música (batida uniforme, como um batimento cardíaco que acompanha toda a música).
10. Pedir que realizem sobre o papel uma formação compacta (com os elementos bem próximos)
no centro da folha; cada membro da dupla, alternadamente, tem o tempo de quatro pulsações para
chegar ao centro da folha.
11. Observar a forma que a dupla construiu; compartilhar como cada um se sentiu no processo
da construção conjunta e, no silêncio, com calma, desfazer a formação.
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12. Analogamente, realizar uma formação expandida (com os elementos ocupando todo o espaço).
13. Compartilhar (que sensação diferente trouxe a nova forma?) e desfazer a formação.
14. Como no item 5, realizar uma formação em espiral.
15. Compartilhar e desfazer a formação.
3. LEITURA INTERPRETADA
A água na superfície flui de dentro de uma curva para fora. De lá (de fora) ela volta por baixo
ao longo do leito do rio para o barranco interno, onde ela bate e volta para a superfície novamente.
Os dois movimentos juntos, o de girar em circulação e o movimento de descer, resultam num
movimento espiral.... todas as águas estão em mudança constante... (Schwenk).
17. O LODO DA LAGOA
Nenhum sistema da natureza produz lixo. Lixo é o resultado de processos que utilizam elementos
físicos e biológicos da natureza sem se integrarem ao processo co-evolutivo do organismo Terra.
Da mesma forma que na matéria, os pensamentos e emoções humanas podem contribuir ou frear
a evolução dos seres humanos no planeta.
1. MOVIMENTOS EM GRUPO (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
O pulsar
2. O LODO DA LAGOA
1. Pedir aos participantes que façam uma lista dos ditados populares que conhecem.
2. Colocar em uma coluna aqueles que julgam totalmente verdadeiros.
3. Listar comportamentos – decorrentes desses ditados – que eles cobram de outras pessoas.
4. Formar grupos de quatro pessoas e compartilhar observando, nos seus e nos dos colegas, quais
ditados são racionais, coerentes, comprovados, quais se contradizem com outros, onde cabem exceções etc.
3. LEITURA SILENCIOSA
Ele (ser humano) só tem consciência de uma pequena parte do seu próprio ser: sua mentalidade superficial, sua vida superficial, seu ser físico superficial é tudo o que ele conhece, e
mesmo esses, não os conhece completamente; por baixo deles avulta a vaga oculta de sua
mente subconsciente... no próprio autodomínio que exercemos, somos meros instrumentos
daquilo que dentro de nós parece ser o Inconsciente (Sri Aurobindo).
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18. OLHAR PARA O INVISÍVEL
Um olhar mais interiorizado sobre a natureza expressado nas imagens proporciona inspiração
para observação e reflexão de movimentos mais sutis que apontam para a unidade e interdependência de tudo o que existe.
1. MOVIMENTOS CORPORAIS (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
DANÇA SAGRADA
• Todos de pé formando um círculo.
• Observar a orientação dos passos: dois passos para a direita; um passo para esquerda; um passo
para frente; um passo para trás.
• Todos juntos reproduzem os passos.
• Iniciar a música e os passos.
• Ao término da dança refletir e discutir sobre o significado do movimento.
2. CONJUNTO DE GRAVURAS – PERCEPÇÃO E CONCENTRAÇÃO
ELEMENTOS ISOLADOS
Olhar com atenção fotos ou gravuras, cada uma mostrando um só tema ou objeto, do reino
animal, por exemplo. As imagens transmitem aspectos sutis, que comumente não se percebem, mas
que a sensibilidade desperta e capta.
CONJUNTOS SIGNIFICATIVOS E PROCESSOS
Olhar com atenção fotos e/ou gravuras organizadas em seqüência e que mostrem conjuntos,
processos ou desenvolvimentos da natureza.
OBSERVAÇÃO DE ACHADOS DA NATUREZA QUE REPRESENTEM OS ASPECTOS SUTIS OBSERVADOS NAS IMAGENS.
19. ABUNDÂNCIA DAS ÁGUAS
Poesia e pintura são expressões da criatividade. São também movimentos ascendentes como o
movimento co–evolutivo na natureza: a partir de uma forma, uma espécie ela produz uma nova
capaz de manifestar algo a mais da consciência universal. Esse movimento natural presente dentro
de todos os seres vivos traz fertilidade, diversidade e abundância para a vida.
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1. MOVIMENTOS EM GRUPO (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
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2. ABUNDÂNCIA
1. Audição silenciosa de uma música tranqüila e curta para silenciar a mente.
2. Mantendo o silêncio, são formados grupos de três pessoas que produzirão uma pintura coletiva
“a dedo” espontânea, inspirados na audição.
3. Exposição das obras de arte e comentários dos grupos.
4. Cada pessoa escolhe os elementos dos trabalhos realizados com os quais tenha se identificado.
5. Cada pessoa construirá uma nova obra a partir dos elementos escolhidos (em sistema de
carimbo).
6. Todos contemplam os trabalhos realizados e compartilham suas impressões.
20. BIODIVERSIDADE
A criatividade da natureza se manifesta na diversidade de vida no planeta. O mundo vegetal é
sua maior expressão. “Como as plantas se constituem principalmente de água, um imenso rio transpira
para dentro da atmosfera, vindo dos campos, pradarias e florestas” (Schwenk, 1966). Isso caracteriza
as plantas como sistema circulatório do organismo terra. Como as correntes de água, cada planta
tem um ritmo próprio, porém coordenado com tudo o que existe ao seu redor.
1. MOVIMENTOS EM GRUPO (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
O pulsar
Ciranda
2. BIODIVERSIDADE
1. Cada participante escolhe numa cesta de feira um produto agropecuário/uma planta.
2. Todos discutem sobre o ciclo de vida de cada planta.
3. Na primeira audição a música é ouvida em silêncio.
4. A segunda audição tem o objetivo de se perceber as diferentes possibilidades de ritmo numa
mesma música.
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5. Na terceira audição se propõe que cada participante se movimente representando o brotar,
o crescer e o morrer da planta que escolheu na cesta de acordo com seu ciclo de vida.
6. Na quarta audição se propõe a formação de grupos de acordo com ciclos de vida da planta
para movimento coletivo.
7. Na quinta audição se propõe o movimento de todos participantes, distribuídos aleatoriamente
no espaço, cada um seguindo o ritmo de sua planta.
PLANTAS E SEUS CICLOS DE DESENVOLVIMENTO
CICLO COMPLETO ATÉ QUATRO MESES: milho, sorgo, capins de porte alto, gergelim, girassol, quiabo,
couve-mineira, brócoli, vinagreira, arroz, tomate-trepador, feijão-trepador, soja, feijão, rabanete,
beterraba, alface, rúcula, repolho, maxixe, abóbora, amendoim forrageiro.
CICLO COMPLETO ATÉ DOIS ANOS: mamão, cana, mandioca, banana-nanica, banana ouro, maçã,
guandu, algodão, hibisco, inhame, taioba, abacaxi, capim colonião.
CICLO COMPLETO ATÉ DEZ ANOS: pupunha, caju, flamboyant, sabiá, mandioca sete anos, abacate,
manga, jamelão, banana-prata, banana roxa, angico, bambu, maracujá, cará-do-ar, jambo, goiaba,
carambola, urucum, algodão arbóreo, bacupari, barú, ingá, carqueja, jabuticaba, ora-pro-nóbis.
CICLOS
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ANOS:
inhame-do-pará, araruta, açafrão, pitanga, pequi, ipê-roxo,
mogno peroba, manga, jatobá, copaíba, pitanga, açaí, jaca, cacau, café, jabuticaba.
COMPLETOS É
3. LEITURA COLETIVA
O que regra as relações é que cada espécie aumenta a qualidade e quantidade de vida se cada
uma cumprir a função prevista para ela. O homem não é inteligente, ele faz parte de um sistema
inteligente. Se trabalharmos o potencial dos sistemas, a presença humana deixa de ser inoportuna.
(Ernest Götsch).
21. TURBILHÕES D’ÁGUA
ATIVIDADE PROPOSTA
1. Um turbilhão num jarro: numa jarra d’água de vidro transparente mexer com uma colher
até que se forme um vórtice na forma de um funil pulsante. Acrescentar gotas de tinta colorida,
para que se observe o movimento do vórtice, suas camadas/correntes com diferentes velocidades/
ritmos.
2. Instalação de imagens: vórtices da natureza – tufões, ondas, correntes de ar no planeta e
sistema solar.
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3. MEDITAÇÃO – O VÓRTICE INTERIOR
Sente-se em silêncio.
Contemple o rio de sua vida.
Imagine um vórtice lhe puxando para as profundezas de seu ser.
Deixe vir das profundezas para a superfície momentos de plenitude, de qualquer momento de
sua vida. Observe os sentimentos que vêm junto.
Registre no papel uma palavra, uma sensação.
Reflita o que o (a) está impedindo de viver nessa plenitude?
Registre no papel.
Compartilhe a experiência em pequenos grupos.
4. LEITURA SILENCIOSA
De fato, o corpo não deve governar, deve obedecer. Por sua própria natureza ele é um servo
dócil e fiel. Infelizmente, raras vezes ele tem a capacidade de discernimento que deveria ter em relação a seus senhores, a mente e o vital. Ele os obedece cegamente em detrimento de seu próprio
bem-estar. A mente com seus dogmas, seus princípios rígidos e arbitrários, o vital com suas paixões,
seus excessos e dissipações, destróem bem cedo o equilíbrio natural do corpo e criam nele a fadiga,
a exaustão e a doença (Mira Alfassa – A Mãe).
Semeie um pensamento, colha uma ação
Semeie uma ação, colha um hábito
Semeie um hábito, colha um caráter
Semeie um caráter, colha um destino.
(Sándor)
22. MOVIMENTOS DAS ÁGUAS
Integração de pessoas e de suas atividades rotineiras a partir da visão da complexidade da
situação. Vivenciar situações de trabalho transformando os modelos baseados na dominação e no
resultado quantitativo para modelos motivados pela associação. Assim, os resultados devem ser
também qualitativos e contribuir com a qualidade de vida das pessoas e, principalmente proporcionar
relações saudáveis no trabalho.
1. MOVIMENTOS GRUPO (DETALHE NO ANEXO EM PRÁTICAS DE CORPOREIDADE)
O pulsar
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2. TEATRO – JOGO DAS PROFISSÕES
SEGUIR O MESTRE
O(a) participante começa a falar e mover-se naturalmente, e todos os outros procuram imitá-lo (a).
É importante não fazer caricatura, mas sim reproduzir a força interior que leva o(a) participante
a ser como é, os papéis familiares e profissionais que desempenha, etc.
JOGO DAS PROFISSÕES
Escrever em papéis os nomes de profissões – só profissões que sejam do conhecimento do
grupo e, de alguma forma, estejam relacionadas ao tema em foco. Escreve-se duas vezes o nome de
cada profissão. Cada participante tira um papel. Todos começam a improvisar a profissão que lhes
tocou, sem falar dela, apenas mostrando a versão que têm desses profissionais. O coordenador dará
indicações, como por exemplo: 1. os profissionais estão caminhando na rua; 2. vão comer (barraquinha, lanchonete, restaurante chique, etc.); 3. utilizam-se de um meio de locomoção (bicicleta,
ônibus, carro próprio, com chofer); 4. vão assistir a um show ou um jogo de futebol (como se comportam?); e finalmente 5. vão trabalhar – neste momento, os participantes mostram todos os rituais do
trabalho de cada um e começam a tentar identificar o colega de mesma profissão; 6. quando isto
se dá a dupla sai do jogo.
TROCA DE ATORES DENTRO DE UM RITUAL QUE CONTINUA
O grupo se divide em dois. Metade do grupo vai para a cena; os-participantes-atores interpretam
suas próprias situações de trabalho (escolher aquelas relacionadas ao objetivo do trabalho).
Após alguns minutos, os participantes do grupo observador dizem como gostariam que a situação
encenada fosse mudada, indicando cada elemento a ser modificado; o (a) participante-ator (atriz)
modifica-o, segundo o critério dos companheiros: suavidade em violência, movimentos indecisos
em decididos, voz grave em voz aguda etc.
Após alguns minutos, um participante-observador substitui um participante-ator primeiro,
agindo como ele acha que deveria ser. Os demais continuam suas ações; Após mais alguns minutos,
um segundo observador-participante substitui um segundo participante-ator e assim, sucessivamente.
Ao final, o grupo todo analisa e avalia o processo.
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ANEXO
ATIVIDADES – PRÁTICAS DE CORPOREIDADE –
SENSIBILIDADE E MOVIMENTO PARA ENRAIZAR IDÉIAS
FLEXÃO DA COLUNA VERTEBRAL
1. LUA MINGÜANTE (ARREDONDAMENTO DA COLUNA)
1.1. Em pé, pés um pouco separados um do outro, pernas esticadas e sentindo a coluna bem
alongada, ir dobrando lentamente o tronco, na ordem em que o(a) orientador(a) for indicando (uma
parte de cada vez, as outras permanecem esticadas): cabeça – pescoço – ombros – tórax – cintura – quadris.
1.2. Recolocar o corpo, executando os movimentos na sucessão contrária à anterior; como se
estivesse repondo uma vértebra após a outra, até toda a coluna estar novamente alongada.
2. BICO (ALONGAMENTO DA COLUNA)
2.1.1. Retornando a posição inicial anterior, coluna bem alongada, subir os braços abertos ao
longo do corpo, até os polegares se tocarem, bem acima da cabeça.
2.1.2. Como um cisne ao entrar na água, ir abrindo os braços ao lado do corpo, até as mãos se
colocarem sobre o sacro; enquanto os braços fazem esta curva, tórax e queixo se projetam para a
frente, deslocando-se com força para dentro do espaço, estendendo e abrindo a parte frontal do
tronco; a parte de trás do corpo, costas e nuca, se contrai intensamente, formando uma linha diagonal para cima, o queixo fica bem alto.
2.1.3. dobrando levemente os joelhos, relaxando os braços e a cabeça, recolocar o corpo.
RESPIRAÇÃO
De pé ou sentado(a), o importante é estar tranqüilo (a).
Simplesmente observe sua respiração por alguns minutos e então ponha as mãos sobre o umbigo.
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Ao inspirar, sinta que está respirando diretamente do nariz, através de um tubo longo e estreito, para
um balão situado atrás do umbigo. Quando o balão se expande, o mesmo ocorre com o abdômen.
Enquanto você expira, o balão se contrai e você tem a sensação de que o ar está sendo lentamente empurrado para fora através do mesmo tubo pelo qual entrou. Evidentemente, o ar que você inspira não vai para o abdômen; vai para os pulmões. Mas a “sensação” de um movimento que parte
do nariz para o abdômen relaxa os músculos e tecidos abdominais e ajuda o diafragma a descer
mais e massagear os órgãos abdominais. Certifique-se de que ombros e peito estejam relaxados
durante este exercício. Não faça força alguma. Simplesmente visualize e sinta o movimento do balão
no abdômen. Ao mesmo tempo, sinta os movimentos ascendentes e descendentes do diafragma
enquanto você inspira e expira.
ALONGAR E ATERRAR
1. Em pé, pés um pouco separados um do outro, joelhos levemente dobrados, braços relaxados
ao longo do corpo.
2. Levantar o calcanhar direito, deixando os dedos dos pés bem apoiados no chão; voltar o
calcanhar ao chão; idem com o pé esquerdo.
3. Erguendo um pouco o pé, girar sucessivamente o tornozelo direito e o esquerdo, para a direita
e para a esquerda.
4. Girar simultaneamente os joelhos dobrados para ambos os lados.
5. Com os joelhos levemente dobrados, girar o quadril para ambos os lados.
6. Relaxar o pescoço, deixando a cabeça cair pesada para a frente e o queixo ficar apoiado no peito;
lentamente, girar a cabeça para a direita e depois para a esquerda; deixar ombros e maxilar relaxados.
7. Girar relaxadamente os ombros para frente e depois para trás; observar que as mãos estejam
relaxadas e o tronco seja o menos possível afetado pelo movimento dos ombros.
8. Afastar mais os pés um do outro, com a sola dos pés bem apoiadas no chão, dobrar ambos
os joelhos o mais possível; expirar ao descer, inspirar ao subir; ao subir, colocar a intenção de “empurrar
o chão” com os pés (isto ativa a musculatura das pernas).
9. Subir os braços abertos ao longo do corpo, até os polegares se tocarem, bem acima da cabeça como no item anterior, na inspiração; olhar para o alto; descer os braços enquanto expira e dobra
os joelhos; fazer isto no ritmo da respiração profunda e calma.
10. Deixar agora os braços ao longo do corpo, continuar a expirar descendo e dobrando as
pernas e a inspirar subindo; na inspiração (subindo) imaginar ser atraído (a) por uma estrela no céu
e na expiração (descida) imaginar ser atraído (a) pelo magma da terra; visualizar as raízes que o (a)
prendem ao céu e à terra.
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ABRIR-SE AO SOL
1. Em pé, pés um pouco separados um do outro, joelhos levemente dobrados, braços relaxados
ao longo do corpo.
2. Levantar o calcanhar direito, deixando os dedos dos pés bem apoiados no chão; voltar o
calcanhar ao chão; idem com o pé esquerdo.
3. Fazer o movimento de chutar bola com o peito do pé; o “chute” não deve ser alto mas o pé
deve se esticar.
4. Dobrar ambos os joelhos com a sola dos pés bem apoiadas no chão; ao mesmo tempo em
que, dobrando os cotovelos, subir os braços ao lado da cabeça, terminando com os braços esticados,
as mãos voltadas uma para a outra, o rosto voltado para a frente.
5. Subir, esticando os joelhos com a intenção de “empurrar o chão” com os pés ; ao mesmo
tempo, os braços se abrem ao lado do corpo, as palmas das mãos voltadas para cima; o peito bem
aberto; como que abrindo o peito ao sol.
6. Desfazer lenta e cuidadosamente a posição, primeiro dobrando os joelhos; curvando o tronco,
relaxando os braços e depois voltando à postura vertical.
LOCOMOÇÃO
ANDAR LIVREMENTE PELA SALA
Conscientizar o estar de pé, o movimento que as pernas, os pés e os braços realizam quando
se anda.
CAMINHANDO, CRIAR UMA INTERAÇÃO COM O AMBIENTE
Perceber cada vez mais o local onde se está: sentir o chão, sua solidez, o contato dos pés com
o assoalho; olhar o teto, identificar-se com sua altura, com todo o espaço em cima; reparar nas paredes, nos limites da sala; olhar por onde entra a luz na sala; experimentar o ar circulando pela sala;
reunir todas as informações colhidas, sentindo tudo simultaneamente, e então perceber-se dentro,
integrado (a), relacionando-se com o ambiente.
ANDAR INTEGRANDO-SE NO ESPAÇO
Interromper o movimento a um sinal do(a) orientador(a), parar, e observar a distribuição das
pessoas na sala: se estão espalhadas igualmente ou estão formando grupos ou até vários grupos,
havendo, então, esse(s) amontoado(s) em algum(ns) ponto(s) e espaço(s) vazio(s) da sala.
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A outro sinal do (a) orientador (a), voltar a andar; agora conscientemente tentando se espalhar
equilibradamente no espaço, sem se amontoar, procurando preencher os espaços vazios; ao sinal de
parar, observar se a tentativa foi bem-sucedida.
LOCOMOVER-SE EM DIVERSOS ANDAMENTOS
O (a) orientador (a) começa a marcar batidas regulares num dado andamento com palmas ou
com um instrumento de percussão. A cada palma ou toque ouvido se dá um passo. Assim se anda
mais rápido, mais lento, bem rápido, rapidíssimo, bem devagar etc., correspondendo ao ritmo dado
pelo(a) orientador(a).
ANDAR NAS QUATRO DIREÇÕES HORIZONTAIS FUNDAMENTAIS
Todo o grupo se coloca junto a uma parede da sala; eleger a parede oposta como “frente”,
“ponto de chegada”; firme e decididamente andar em direção a este ponto, primeiro trilhando uma
linha reta e depois um caminho curvo, sinuoso; (deixar o corpo se inclinar relaxadamente nas curvas); observar se você perdeu seu objetivo de vista durante o caminho.
O PULSAR
Exercício:
1. fechar – abrir
Todas as pessoas estão em círculo de mãos dadas. Lentamente vão caminhando para frente,
abaixando tronco e cabeça, ao mesmo tempo dobrando os joelhos e assim encolhendo todo o corpo,
até chegarem ao centro, em uma formação bem unida. Em seguida, também lentamente, vão se
afastando do centro esticando o corpo, abrindo a roda o mais possível até os braços se esticarem
totalmente, continuando de mãos dadas.
• os movimentos de abaixar, ao fechar o círculo, e o de esticar, ao abrí-lo, devem ser realizados
de maneira bem contínua, durante todo o tempo determinado para abrir e fechar o círculo.
Fazer isto várias vezes, em diferentes velocidades (lento, moderado, rápido e muito rápido).
2. Em seguida, todos se reúnem mais uma vez no centro do círculo, como antes encolhendo o
corpo, e a partir desta posição sobem juntos, fisicamente bem unidos, em andamento lento, esticando corpo, braços e mãos para cima; durante a subida, as mãos se soltam naturalmente. Quando estiverem bem esticados, o (a) orientador (a) dá um sinal e todos desmoronam de vez no chão e, formando novamente um círculo, rapidamente encolhem o corpo sentando-se sobre os calcanhares e
apoiando as mãos no chão. A partir desta posição, de novo sobem lentamente, desta vez separados
uns dos outros, esticando corpo, braços e mãos para cima, para em seguida se reunirem novamente no centro, encolhendo o corpo.
• Repetir várias vezes esta evolução: subida em conjunto, queda, formação de círculo, subida
separados, reunião no centro do círculo, subida em conjunto etc... terminar a seqüência com um
destes movimentos, possivelmente a queda.
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BIBLIOGRAFIA EM
EDUCAÇÃO INTEGRAL
AEROVILLE: a universal city in the making in South India. Disponível em: <www.auroville.org>.
ANANDA. O corpo: veículo, chance, instrumento, tarefa., Bahia: Ananda: Revista educacional –
espiritual, caderno especial, n. 3, ago. 1974.
ALFASSA, M. Saúde e cura no yoga. São Paulo: Ed. Shakti, 1994.
_____. Whispers of nature. Pondicherry: Sri Aurobindo Society, 1987.
ANDRADE, L.; SOARES, G.; PINTO, V. Oficinas ecológicas: uma proposta de mudança. Petrópolis RJ:
Vozes, 1995.
AUROBINDO, S. Ananda: Revista educacional – espiritual. Salvador: Casa Sri Aurobindo, caderno
especial, n. 2., 1992.
_____. O aperfeiçoamento do corpo e seu significado para a elevação e plenitude da vida. Bahia:
[s.n.], 1978.
_____. Evolução futura do homem: a vida divina sobre a terra. São Paulo: Ed. Cultrix, 1974.
BLAUTH, G.; ABUAHAB, P. De olho na vida: reflexões para um consumo ético. Florianópolis: Instituto
Harmonia da Terra, 2006.
BOAL, A. Jogos para atores e não-atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
BOHM, D. Diálogo: comunicação e redes de convivência. São Paulo: Palas Athena, 2005.
CATALÃO, V.; RODRIGUES, M. S. (Orgs.). Água como matriz ecopedagógica: um projeto a muitas
mãos.Brasília: Universidade de Brasília/Departamento de Ecologia , 2006.
DALAL, A. S. Uma psicologia maior: introdução à Doutrina Psicológica de Sri Aurobindo. São Paulo:
Ed. Cultrix, 2001.
GUAGLIARDI, E.; BROCH, J. Pequeno guia da alimentação saudável e consumo responsável. Cascavel,
Paraná: Coluna do Saber, 2004. 52p.
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HARMONIA na terra: textos e vídeos didáticos. Disponível em: <http://www.harmonianaterra.org.br/
materiais.htm>. Acesso em: 25 jun. 2006.
LEGAN, L. Soluções sustentáveis: permacultura na agricultura familiar. Pirenópolis, GO: Ecocentro,
Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado, Mais Calango Editora, 2007.
LELOUP, J. Y. O corpo e seus símbolos: uma antropologia essencial. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
LEWIS, D. O Tao da respiração natural para a saúde, o bem-estar e o crescimento interior. São Paulo:
Editora Pensamento, 2005.
MEIRELES,C. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, v. 1 e 2.
QUINTANA, M. Água / water / água. Porto Alegre: Ed. Trilingue, Artes e Oficios, 2001. 84 p.
REVERBEL, O. G. Jogos teatrais na escola: atividades globais de expressão. São Paulo: Ed.
Scipione,1989.
RIBEIRO, N. C. A semente da vitória. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2003.
ROMANO FILHO, D.; SARTINI, P.; FERREIRA, M. M. Gente cuidando das águas. Belo Horizonte:
Mazza Edições, 2002.
SANTOS, J. J.; DUNCE, D.; TEIXEIRA, V. R. M. Crescer dançando agindo 2: exercícios e brinquedos de
movimentação para crianças. São Paulo: Casa Sri Aurobindo, 1981.
SCHWENK, T. Sensitive chaos: the creation of flowing forms in water and air. 2. ed. Londres: Rudolf
Steiner Press, 1996.
SRI Aurobindo Ashram. Disponível em: <www.sriaurobindoashram.org>.
TERRA AZUL: Programa de Educação Ambiental para formação de consumidores conscientes. Terra
azul: ecologia, saúde e cidadania. Contato: [email protected]
ZANETI, I. C. B. B. As sobras da modernidade: o sistema de gestão de resíduos em Porto Alegre,
RS: [s.n.], 2006.
DVD
Amor além da vida. Direção de Vincent Ward.
Audiovisual – Ministério da Cultura – DOC TV – II programa de fomento à produção e teledifusão
do documentário brasileiro.
Brasil de todas as lendas – Projeto Ceará Espaço de Vida, Arte Educação - Estado do Ceará.
Canta meu Boi – Mestre Manoel Marinheiro realização Associação TerrAmar. contato: [email protected]
Conversando com Deus – direção de Stephen Simon.
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Doutores de Alegria direção de Mara Mourão .
Fantasia – Walt Disney.
Invenção de Brasília, A. (55 min) Documentário de 2001 direção de Renato Barbiere Roteiro Victor
Leonardi.
Janela da Alma – direção de João Jardim e Walter de Carvalho
Hermógenes: Deus me livre de ser normal – direção de Marcelo Bualnain
No país da Matemágica – Walt Disney.
CDS DE MÚSICAS PARA TODOS OS MÓDULOS
CD: A fonte que nunca seca – Maria Bethania
CD: Agora. Flavia Wenceslau – CD independente contato: [email protected]
CD: Banda de Pífanos de Caruaru, no séc XXI no Pátio do Forró
CD: Beneditos – Bené Fonteles – Movimento Artistas pela Natureza- SESC São Paulo, 2002.
CD: Classics – Sarah Brightman
CD: Coleção: Sons da Natureza – Silence of the rain (silencio da chuva) – produtora Cid
CD: Luiz Gonzaga ao vivo – volta pra curtir – Teatro Tereza Raquel – RJ 1972
CD: Rafael Rabelo e Dino – 7 Cordas. Produtora Kuarup – www.kuarup.com.br
CD: Paisagens. Ivan Vilela. Produção independente contato www.ivanvilela.com e [email protected]
CD: Sons da Natureza – Alpine Flow – produtora Cid
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MOMENTO II
APRESENTAÇÃO DE CONTEÚDOS TEÓRICOS E TECNOLÓGICOS PARA
GESTÃO SUSTENTÁVEL DAS ÁGUAS
MOMENTO III
EXPLORAÇÃO CRIATIVA DE CONCEITOS PEDAGÓGICOS
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MOMENTO II – ÁGUA MATRIZ DA VIDA:
UMA ABORDAGEM INTEGRADA
DEMETRIOS CHRISTOFIDIS
Principais desafios para a educação vinculada à gestão integrada dos recursos hídricos, o modo
sistêmico, a integração intersetorial, o olhar transdisciplinar, a descentralização, as alianças de gênero
e a participação dos agentes e das comunidades. As características do elemento água, os princípios
e as diretrizes para educação, capacitação, mobilização social, informação e comunicação associados
à água e a sustentabilidade ambiental.
PARA SABER MAIS
CAPARA. F. As conexões ocultas: ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Ed. Cultrix,
Amana-Key, 2006.
CATALÃO, V. M. L.; RODRIGUES, M. S. (Orgs.). Água como matriz ecopedagógica. Brasília:
Universidade de Brasília/Departamento de Ecologia, 2006.
CHRISTOFIDIS, D. Um olhar sustentável sobre a água. In: _____. Água como matriz ecopedagógica. Brasília: Universidade de Brasília/Departamento de Ecologia, 2006.
EMOTO, M. As mensagens da água. São Paulo: Ed. Isis, 2004.
FILHO, D. R., SARTINI, P. FERREIRA, M. F. Gente cuidando das águas. Belo Horizonte: Maza
Edições, 2002.
LASZLO, E. Como viver a macrotransição. São Paulo: Axis Mundi, 2002.
NICOLESCU, B. Um novo tipo de conhecimento: trandisciplinaridade. In: _____. Educação e
transdisciplinaridade. Brasília: UNESCO, ESP, CESP, 2000.
RICKLEFS, R. E. A Economia da natureza. 5. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2003.
MOMENTO III
PORTFÓLIO E PROCESSO FORMATIVOS
VERA LESSA CATALÃO
Portfólio, dossiê, relatório de avaliação, todas essas nomenclaturas se referem à organização
de uma coletânea de registros sobre processos de aprendizagem. Portfólio como eixo organizador
do trabalho pedagógico, construção contínua e progressiva. Portfólio como registro da trajetória
de aprendizagem do (a) estudante que facilita a ordenação de documentos por ele/a produzidos,
fotos, reportagens, textos, que de algum modo contribuíram com o seu percurso de aprendizagem.
A organização de um portfólio encontra seu mais autêntico significado nas intenções de quem o
organiza.
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PARA SABER MAIS
HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: educação e realidade. 17. ed. Porto Alegre: Editora
Mediação, 1998.
_____ . Avaliar para promover. 2. ed. Porto Alegre: Editora Mediação, 2002.
VIEIRA, V. M. de O. Portfólio: uma proposta de avaliação como reconstrução do processo de
aprendizagem. Psicol. Esc. Educ., v.6, n.2, p.149-153, Dec. 2002.
VILLAS BOAS, B. M. F. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas: Papirus, 2005.
MOMENTO II – ÁGUA MATRIZ DA VIDA: UMA ABORDAGEM ECOLÓGICA
MARIA DO SOCORRO RODRIGUES
A água como elemento essencial à sustentação da vida na Terra e seu papel ecológico. A eutrofização das águas e sua relação com o atual paradigma na geração de águas servidas e sua influência na diversidade biológica de seres microscópicos aquáticos.
METODOLOGIA
Aula expositiva e prática com exposição microscópica de algas de dois ecossistemas aquáticos do
Distrito Federal sob diferentes graus de antropização com foco na erosão da diversidade biológica.
PARA SABER MAIS
BENSUNSAN, N. (Org.). Seria melhor mandar ladrilhar? Biodiversidade como, para quê, por quê.
Brasília: Editora UnB, 2002.
ESTEVES. F. A. Fundamentos de limnologia. [S.l.]: Editora Interciência, 1998.
RICKLEFS, R. E. A Economia da natureza. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
MOMENTO III
NOÇÕES PRÁTICAS SOBRE QUALIDADE DE ÁGUA
MARIA DO SOCORRO RODRIGUES
A água como elemento essencial à sustentação da vida no planeta terra e seu papel ecológico.
Os diferentes ecossistemas aquáticos e a bacia hidrográfica como unidade de paisagem mínima para
efeito de gestão prática. Organismos aquáticos. Normas de coleta, preservação e análise de amostras
de água. Aula prática de campo e de laboratório em um corpo hídrico do DF, com ênfase na
determinação de algumas variáveis e parâmetros indicadores de qualidade.
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PARA SABER MAIS
MBIBLIOTECA Digital. Disponível em: <http://www.worldwatch.org.br>.
ESTEVES. F. A. Fundamentos de limnologia. [S.l.]: Editora Interciência, 1998. 602 p.
IBAÑEZ-ROJAS, M.O.A., BARBIERI, R., SILVA, A.C. Procedimentos analíticos para análises de
amostras naturais do campo ao laboratório. In: SILVA, A. C. E.; BRINGEL, J. M. M. (Orgs.). Projeto
e ações em biologia e química. São Luís: Universidade Estadual do Maranhão, 2006. 317 p.
MILLER, JR. G. T. Ciência ambiental. [S.l.]: Editora Thomson, 2007. 123 p.
ODUM. E. P., BARRET, G.W. Fundamentos de ecologia. [S.l.]: Editora Thomson, 2007. 612 p.
UNIVERSIDADE da água. Portal. Disponível em: <http://www.uniagua.org.br>.
MOMENTO II – ÁGUA MATRIZ DA VIDA: UMA ABORDAGEM CULTURAL
Leila Martins Chalub
Características de comunidades tradicionais: uso sustentável da água e da terra; destino da produção; vínculo territorial; situação fundiária; organização social; expressões culturais; inter-relações
com outros grupos da região; relações de gênero. Identidades culturais e diferença; representações
sociais sobre a água. A água na expressão do sagrado em diferentes culturas. Bases da sustentabilidade
no contexto da tradição: a sustentabilidade como resultado do equilíbrio indispensável entre as
dimensões ambiental, econômica e social. As respostas culturais diferenciadas das comunidades e
níveis específicos de desenvolvimento tecnológico, de necessidades e de valores e que dependem do
investimento feito, em termos de capital, energia e conhecimento. Qualidade de vida e sustentabilidade:
a intensidade do uso dos recursos naturais, e a forma como a sociedade age e se organiza.
PARA SABER MAIS
DIEGUES, A. O movimento social dos pescadores artesanais brasileiros. In: _____. Povos e
mares: leituras em sócio-antropologia marítima. São Paulo: NUPAUB/USP, 1995. p. 105-130.
MIRANDA, E. E. de. Água na natureza, na vida e no coração dos homens. Campinas: [s.n.],
2004. Disponível em: <http://www.aguas.cnpm.embrapa.br/bibliografia/livro_13.htm>.
SACHS, I. Ecodesenvolvimento: crescer sem destruir. São Paulo: Vértice, 1986.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo; razão e emoção. 3. ed. São Paulo: Hucitec,
1999.
VIEIRA, P.; WEBER, J. Introdução geral: sociedades, naturezas e desenvolvimento viável. In:
_____; _____ (Orgs.). Gestão de recursos naturais renováveis e desenvolvimento. São Paulo:
Cortez, 1997. p. 17-50.
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MOMENTO III
PEDAGOGIA VIVENCIAL E METODOLOGIA DE OFICINAS
LAIS MOURÃO SÁ
Fundamentos conceituais da pedagogia vivencial e da metodologia de oficinas; discussão
de texto sobre questões teórico-metodológicas. As oficinas como espaços vivenciais que utilizam
princípios estéticos e políticos. O espaço físico e psíquico com qualidade pedagógica capaz de gerar
uma vivência transformadora dos sujeitos, no sentido de sensibilização, criação e reflexão.
METODOLOGIA
Aula expositiva com apresentação dos principais conceitos e debate sobre um dos textos indicados para leitura prévia dos participantes.
PARA SABER MAIS
BBOFF, L. Saber cuidar: ética do humano-compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes, 2000.
BRANDÃO, C. R. Outros olhares, outros afetos, outras idéias: homem, saber e natureza. In:
_____. Somos as águas puras. São Paulo: Papirus, 1994. p. 71-135.
CAMPBELL, J. O vôo do pássaro selvagem: ensaios sobre a universalidade dos mitos. Rio de
Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997.
JUNG, Carl G. O espírito na arte e na ciência. Petrópolis: Vozes, 1987.
MATURANA, H. Transdisciplinaridade e cognição. In: NICOLESCU, B. (Org.). Educação e transdisciplinaridade, Brasília: UNESCO, 2000. p. 79-110.
MORIN, E. O método 5. a humanidade da humanidade; a identidade humana. Porto Alegre:
Sulina, 2002.
SÁ, L. M. O futuro ancestral: tradição e revolução científica no pensamento de C. G. Jung.
Brasília: Editora UnB, 1997.
SHELDRAKE, R. O renascimento da natureza. São Paulo: Cultrix, 1993.
UNGER, N. M. O encantamento do humano: ecologia e espiritualidade. São Paulo: Loyola, 1991.
MOMENTO II – ÁGUA MATRIZ DA VIDA: UMA ABORDAGEM SIMBÓLICA
VERA LESSA CATALÃO
O elemento água e o imaginário construído em torno da água nas diversas civilizações. Os mitos
e os ritos da água. A natureza plástica da água como fonte inspiradora de manifestações artísticas,
de mitologias e rituais. Os movimentos naturais da água como base material para a expressão
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simbólica das culturas. As paisagens da água e a presença cotidiana da água na higiene, alimentação, irrigação. A teoria da Memória da água, a mensagem da água de Masaru Emoto. A materialidade simbólica da água em Gaston Bachelard.
PARA SABER MAIS
BBACHELARD, G. A água e os sonhos. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
EMOTO, M. As mensagens da água. [S.l.]: Editora Isis, 2004.
UNGER, N. M. Da foz à nascente: o recado do rio. São Paulo: Cortez, 2001.
UNIVERSIDADE da água. Portal. Disponível em: <http://www.uniagua.org.br>.
MOMENTO III
ECOPEDAGOGIA DA ÁGUA – ASPECTOS SIMBÓLICOS
VERA LESSA CATALÃO
Em complemento à apresentação teórica dos aspectos simbólicos da água, retoma-se a temática a partir da compreensão reflexiva das qualidades sensíveis da água. A intenção é fomentar o
sentimento de pertencimento, a responsabilidade e o encantamento. Apresentar os significados e os
sentidos da água como matriz de uma ecopedagogia da flexibilidade, fluxo, receptividade e aceitação
e plasticidade através de uma abordagem transversal e vivencial.
Metodologia
Colocar a água em diversos recipientes transparentes (quadrado, redondo, retangular) para
tornar concreta a reflexão sobre a plasticidade e flexibilidade do elemento. Apreciar a água em
repouso e provocar o movimento. Apresentar alguns slides com imagens de obras de arte, paisagens
e mitos da água. A compreensão da água como matriz ecopedagógica deverá ser construída pela
interatividade do grupo e mediada por recursos didáticos vivenciais.
PARA SABER MAIS
CATALÃO, V. As qualidades sensíveis da água. In: _____; RODRIGUES, M. (Orgs.). Água
como matriz ecopedagógica: um projeto a muitas mãos. Brasília: Universidade de Brasília/
Departamento de Ecologia, 2006.
EMOTO, M. A mensagem da água. Disponível em: <http://www.anjodeluz.com.br/a_mensagem
_da_agua.htm>.
INSTITUTO AMBIENTAL VIDÁGUA. Vidágua. Disponível em: <http://www.vidagua.org.br>.
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MOMENTO II – ÁGUA, VEGETAÇÃO E SOLO
JOSÉ FELIPE RIBEIRO
Características hidrológicas do cerrado. Contribuição hídrica do cerrado para as bacias brasileiras.
Situação e gestão dos recursos hídricos no cerrado. Os biomas no Brasil. O bioma cerrado e seus
principais tipos fitofisionômicos: formações florestais, formações savânicas e campestres. Flora associada às fitofisionomias. Principais classes de solos. Características empregadas para distinção de
classes de solos. Classes de solos x tipos fitofisionômicos x hidrologia. Classes de solos x unidades
federativas. O Cerrado em Pé como forma de uso e conservação deste ambiente.
PARA SABER MAIS
EMBRAPA. Ligado no Cerrado. Disponível em: < http://cmbbc.cpac.embrapa.br/Conteudo.htm>.
LIMA, J. E. F. W.; SILVA, E. M. Recursos hídricos do bioma Cerrado: importância e situação. In:
SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P; RIBEIRO, J. F. (Eds). Cerrado: ambiente e flora. 2.ed. Planaltina, DF:
Editora Embrapa Cerrados, 2007.
MENDONÇA, R. C. et al. Flora vascular do Cerrado. In: SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P; RIBEIRO, J.
F. (Eds). Cerrado: ambiente e flora. Planaltina, DF: Editora Embrapa Cerrados, 1998. p. 288-556.
REATTO, A.; CORREIA, J. R.; SPERA, S. T.. Solos do bioma Cerrado: aspectos pedológicos. In:
SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P; RIBEIRO, J. F. (Eds). Cerrado: ambiente e flora. Planaltina, DF:
Editora Embrapa Cerrados, 1998. p. 47-83.
RIBEIRO, J. F.; WALTER, B. M. T. Fitofisionomias do bioma Cerrado. In: SANO, S. M.; ALMEIDA,
S. P; RIBEIRO, J. F. (Eds). Cerrado: ambiente e flora. Planaltina, DF: Editora Embrapa Cerrados,
1998. p. 89-166.
_____; FONSECA, C. E. L.; SOUSA-SILVA, J. C. Cerrado: caracterização e recuperação de Matas
de Galeria. Planaltina-DF: Editora Embrapa Cerrados, 2001. 870 p.
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MOMENTO III
CORRENTES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
VERA LESSA CATALÃO
Por que uma educação voltada para discutir a relação dos seres humanos com o meio ambiente.
O papel da Educação Ambiental para transformar a educação. Os vários significados emprestados à
Educação Ambiental. As diversas correntes de EA e os movimentos ambientalistas. Podemos pensar
em uma EA com abordagem naturalista que não inclui os problemas sociais em seu discurso, uma
EA com dimensão holística que tem como foco a subjetividade e a dimensão simbólico-espiritual do
humano, ou ainda uma EA crítica-emancipatória que incorpora a discussão sobre degradação
ambiental e humana, aponta a conexão entre a desigualdade social e uso dos recursos naturais e
articula as questões de qualidade de vida e gestão ambiental aos direitos e deveres dos cidadãos.
METODOLOGIA
Roda da palavra para que os participantes expressem suas percepções sobre Educação Ambiental.
Conduzir o grupo à problematização das diferentes concepções de EA. Refletir sobre o papel da
subjetividade para formulação de conceitos e práticas de EA.
PARA SABER MAIS
BRASIL. Ministério da Educação. A implantação da educação ambiental no Brasil. Brasília:
MEC/Secretaria de Educação Fundamental/Coordenção de Educação Ambiental, 1998.
_____. Ministério do Meio Ambiente. Identidades da educação ambiental brasileira. Brasília:
MMA/Diretoria de Educação Ambiental, 2004.
GADOTTI, M. Pedagogia da Terra. São Paulo: Peirópolis, 2000.
INSTITUTO ECOAR PARA A CIDADANIA. Ecoar. Disponível em: <http://www.ecoar.org.br>.
INSTITUTO PAULO FREIRE. Disponível em: <www.paulofreire.org>.
REVISTA Árvore. Disponível em: <http://www.revistaea.arvore.com.br>
REVISTA Educação Ambiental em Ação. Disponível em: <http://www.revistaea.org/>
MOMENTO II – ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: CONCEITOS, IMPORTÂNCIA E ESTUDOS DE CASO
JOSÉ ELOI GUIMARÃES CAMPOS
Análise dos fatores geológicos condicionantes da ocorrência, distribuição, movimentação e captação de água subterrânea, aspectos fundamentais sobre a gestão das águas subterrâneas. Estudo
de caso relacionado à sustentabilidade do uso das águas subterrâneas no Distrito Federal. O ciclo
hidrológico; conceitos e propriedades dos aqüíferos; tipos de aqüíferos; tipos de rochas e sua potencialidade para suprir água; recarga natural e artificial de aqüíferos; qualidade da água subterrânea;
contaminação de aqüíferos; construção de poço; hidrogeologia do Distrito Federal e gestão de recursos
hídricos subterrâneos.
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PARA SABER MAIS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS. Abas. Disponível em : <http:://www.
abas.org.br>.
ASSOCIAÇÃO GUARDIÃ DE ÁGUAS. Água. Disponível em: <http:://www.agua.bio.br>.
FEITOSA, A. C. F.; MANOEL FILHO, J. (Coords.). Hidrogeologia: conceitos e aplicações. Fortaleza:
CPRM/LABHID, 2000.
HIRATA, R. Recursos hídricos. In: TEIXEIRA, W. et al. (Orgs.). Decifrando a Terra. São Paulo:
[s.n.], 2000.
MOMENTO III
A FORMAÇÃO DO SUJEITO ECOLÓGICO
VERA LESSA CATALÃO
O conceito de sujeito ecológico formulado por Isabel Carvalho inspira-se nos ideais do movimento ambientalista que para a autora funcionam como um imaginário coletivo de religação entre
cultura e natureza. O sujeito ecológico é um ideal que se atualiza em contextos sócio-históricos e
coloca em evidência não apenas um modo individual de ser, mas sobretudo a possibilidade de um
mundo transformado. Todo conhecimento é interpretação e a Educação Ambiental reconhece o
papel da subjetividade e do cotidiano dos sujeitos e das comunidades.
METODOLOGIA
Dinâmica de grupo onde cada participante coloca para o coletivo seu ideal mais significativo.
Cada participante lança para outro (a) colega um cordão dizendo qual sonho inspira sua vida, em
seguida o outro passa adiante o cordão manifestando a sua escolha e assim sucessivamente enredando uma rede de ideais do grupo. O (a) coordenador (a) da oficina parte da rede de ideais para
explicitar o conceito de sujeito ecológico.
PARA SABER MAIS
CARVALHO, I. Educação Ambiental: o sujeito ecológico em formação. São Paulo: Cortez, 2004.
MOMENTO II – ÁGUA E MAPAS DE SENSIBILIDADE AMBIENTAL NO DF
CELSO SCHENKEL E BERNARDO MARCELO BRUMMER
Dinâmica da ocupação do solo no DF e seu efeito sobre a cobertura vegetal, a riqueza e a diversidade florística das áreas nucleares da Reserva da Biosfera do Cerrado. A análise multitemporal com
técnicas de geoprocessamento em oito momentos distintos: 1954, 1964, 1973, 1984, 1994, 1998, 2001
e 2006. O Sistema Cartográfico do Distrito Federal (SICAD). Interação entre os mapeamentos: corpos
d’água, mata, cerrado, campo e uso antrópico; área urbana, área agrícola, reflorestamento e solo exposto.
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PARA SABER MAIS
AMANDIO, L. A. T; CHRISTOFOLETTI, A. Sistema de informação geográfica: dicionário ilustrado. São
Paulo: Hucitec, 1997. 244p.
ANJOS, R. S. A. Mapa imagem multitemporal do Distrito Federal do Brasil. 2. ed. Brasília : Editora
UP Line Ltda, 1998.
_____. SIG e dinâmica territorial: modelagem dos processos formadores da expansão urbana no
Distrito Federal. In: SEGUNDO CONGRESSO E FEIRA PARA USUÁRIOS DE GEOPROCESSAMENTO,
Curitiba, 1996. Anais. Curitiba: : Sagres Editora, 1996. 971p.
_____ et al. Comparação florística e fitossociológica do cerrado nas chapadas Pratinha e dos
Veadeiros. In: LEITE, L.; SAITO, C. H. Contribuição ao conhecimento ecológico do Cerrado. [S.l.]:
[s.n.], 1997. p. 6-11.
FUNDAÇÃO ESTADUAL DE ENGENHARIA DO MEIO AMBIENTE. Vocabulário Básico de Meio
Ambiente. 4. ed. Rio de Janeiro: Petrobrás/Serviço de Comunicação Social, 1992. 246p.
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL, FZDF. Levantamento da vegetação do Jardim Botânico de
Brasília. Brasília: GDF, 1990. 93 p.
MENDONÇA, R. et al. Flora vascular do bioma Cerrado. In: SANO, S.; ALMEIDA, S. Cerrado:
ambiente e flora. Planaltina, DF: EMBRAPA/CPAC, 1998. p. 287-556.
NOVO, E. M. L. M. Sensoriamento remoto: princípios e aplicações. 2. ed. São Paulo: Editora Edgard
Blücher Ltda, 1995. 308 p.
PEREIRA, B. A. S.; SILVA, M. A.; MENDONÇA, R. C. Lista das plantas vasculares da Reserva
Ecológica do IBGE. Brasília; Rio de Janeiro: IBGE, 1993. 43 p.
PINTO, M. N. et al. Cerrado: caracterização, ocupação e perspectivas. Brasília: Editora UnB, 1990.
657p.
RATTER, J. A. Notas sobre a vegetação da Fazenda Água Limpa. Brasília: Editora UnB, 1986. 136
p. (Textos universitários; 3).
SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P. (Eds.) Cerrado: ambiente e flora. Planaltina, DF : EMBRAPA/CPAC,
1998. 556 p.
SILVA JR, M.C.; FELFILI, J. M. A vegetação da estação ecológica de Águas Emendadas. 2. ed.
Brasília: GDF/SEMATEC, Linha Editora, 1998.
_____. et al. Análise florística de matas de galeria no Distrito Federal. In: RIBEIRO, J.F. (Ed.).
Cerrado: matas de galeria. Planaltina, DF: EMBRAPA/CPAC, 1998. p. 52-84..
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MOMENTO III – ABORDAGEM TRANSVERSAL
VERA LESSA CATALÃO
A transversalidade proposta pelos Parâmetros Curriculares Nacionais-PCNs como metodologia
para inserção de temas contemporâneos e de abrangência nacional que devem ser assumidos pela
escola e grupos sociais como essenciais na formação das novas gerações. Em razão do seu caráter
difuso, os temas transversais não podem ser tratados isoladamente, mas deforma inter-transdisciplinar
convocando diferentes saberes e áreas de conhecimentos. A transversalidade na prática educativa
de EA e a criação de pontes entre os conhecimentos sistematizados, a vida cotidiana e a ação transformadora dos homens na sociedade e no meio ambiente.
METODOLOGIA
Aula expositiva com recurso powerpoint.
PARA SABER MAIS
ALVARES, M. et al. Valores e temas transversais no currículo. Porto Alegre: Artmed, 2002. p. 15 -48.
BRASIL. Ministério da Educação. PCNs Meio Ambiente. Brasília: MEC, 1998.
MOMENTO II – CENÁRIO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS
RODRIGO FLECHA
Evolução da gestão das águas no Brasil. Política Nacional de Recursos Hídricos. Sistema Nacional
de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Instrumentos técnicos e institucionais de gestão. Implementação da Política Nacional em bacias hidrográficas: estado da arte, desafios e estratégias.
PARA SABER MAIS
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Portal. Disponível em: <www.ana.gov.br>.
_____. Implantação da cobrança e agência de águas nas Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e
Jundiaí. Brasília: ANA, 2007.
_____. Relatórios anuais de gestão da Agência Nacional de Águas, 2001 a 2006. Brasília: ANA,
2001-2006.
_____. GEO Brasil recursos hídricos: componente sobre ao estado e perspectivas do meio
ambiente no Brasil. Brasília: ANA, MMA, PNUMA, 2007.
BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO. Portal. Disponível em: <www.bird.org>.
BRAGA, B., TUNDISI, J. G.; REBOUÇAS, A. da C. Águas doces no Brasil: capital ecológico, uso e
conservação. São Paulo: [s.n.], 2007.
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BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Portal. Disponível em: <www.mma.gov.br>.
PEREIRA, D. S. P. Governabilidade dos recursos hídricos no Brasil: a implementação dos instrumentos de gestão na Bacia do Rio Paraíba do Sul. Brasília: ANA, 2003.
OFFICE INTERNACIONAL DE L’EAU. Portal. Disponível em: <www.oieau.fr>.
UNESCO. Portal. Disponível em: <www.unesco.org>.
MOMENTO III – EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE
MARIA DO SOCORRO RODRIGUES
O conceito de sustentabilidade ambiental está estreitamente atrelado à vertente sócioambiental.
Análise da relação entre valores humanos e valores ambientais amparada nos 4 “Es” da sustentabilidade: ecologia, economia, ética e educação.
METODOLOGIA
Aula expositiva com recurso power point.
PARA SABER MAIS
ODUM. E. P., BARRET, G. W. Fundamentos de ecologia. [S.l.]: Editora Thomson. 2007. 612 p.
MOMENTO II – UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E BACIAS HIDROGRÁFICAS
NO DISTRITO FEDERAL
GUSTAVO SOUTO MAIOR
Principais estudos que embasaram a escolha da região onde foi construída Brasília, em especial
os relatórios Cruls e Belcher. Noções básicas para compreensão da complexidade das questões
ambientais no Distrito Federal com ênfase no ordenamento territorial, bacias hidrográficas e a criação de Unidades de Conservação. Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) – tipos de
Unidades de Conservação, implantação e práticas de gestão de Unidades de Conservação, custos e
benefícios de Unidades de Conservação. As Unidades de Conservação para a proteção dos recursos
naturais com foco na questão dos recursos hídricos.
PARA SABER MAIS
BENSUSAN, N. Conservação da biodiversidade em áreas protegidas. Rio de Janeiro: Editora FGV,
2006. 176 p.
_____; BARROS, A. C.; BULHÕES, B. Biodiversidade: para comer, vestir ou passar no cabelo?
[S.l.]: Ed. Peirópolis, 2006. 418 p.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Portal. Disponível em: <www.mma.gov.br>.
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FONSECA, F. O. (Org.). Olhares sobre o Lago Paranoá. Brasília: Secretaria de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (SEMARH), 2001.
MORSELLO, C. Áreas protegidas públicas e privadas: seleção e manejo. São Paulo: Annablume,
Fapesp, 2001. 344 p.
SALGADO, G. S. M. Economia e gestão de áreas protegidas: o caso do Parque Nacional de
Brasília. 2000. Dissertação (Mestrado em Economia) – Universidade de Brasília/Instituto de Ciências
Humanas
MOMENTO III – A ECOPEDAGOGIA E USOS COTIDIANOS DA ÁGUA
VERA LESSA CATALÃO
Os múltiplos usos da água e a responsabilidade social compartilhada: empresas, instituições
publicas, ONGs, comunidades e pessoas. A ecologia da ação e a Ecoformação. A água com elemento
articulador dos conhecimentos sistematizados, conhecimentos que emergem da prática, conhecimento
popular, percepção estética e expressões simbólicas. O corpo humano e o corpo da terra. A água e as
conexões entre cultura e natureza. A água como traço de união entre a ação local e a perspectiva
global, práticas coletivas e subjetividades.
Metodologia: Apresentação de trecho do filme Atlantis de Luc Bresson. Reflexão compartilhada
sobre a presença da água e seus usos no cotidiano.
PARA SABER MAIS
GUTIÉRREZ, F.; PRADO, C. Ecopedagogia e cidadania planetária. São Paulo: Cortez, Instituto
Paulo Freire, 1999.
Vídeos:
Atlantic, direção Luc Bresson
O planeta branco de Thierry Ragobart e Thierry Plantanida
MOMENTO II – MODELAGEM E GESTÃO DAS ÁGUAS
PAULO BRETAS SALLES
As incertezas e imprecisões na tomada de decisões. Ameaças à qualidade das decisões tomadas
na gestão de recursos hídricos. Modelos qualitativos como ferramentas capazes de aumentar a compreensão do funcionamento de sistemas de interesse, tais como bacias hidrográficas. Os modelos
como representações das relações de causa e efeito e como linguagem comum para gestores e demais
interessados em prever efeitos de decisões tomadas e resolver conflitos relacionados ao uso da água.
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PARA SABER MAIS
REDE DE LABORATÓRIOS ACADÊMICOS. Coleção de estudos temáticos sobre os objetivos de
desenvolvimento do milênio. Brasília: UnB, PUC Minas, PNUD, 2004. Disponível em:
<http://www.virtual.pucminas.br/idhs/02_pnud/ODM_WEB/livro5_web.pdf>.
MOMENTO III
AULA 1: EXPERIÊNCIAS DE COMITÊ DE BACIAS HIDROGRÁFICAS NO DF
Será conduzido um debate para trocas de experiências do grupo referentes ao entendimento
sobre: bacia hidrográfica, composição de um comitê de bacia, instrumentos de gestão das águas,
maneira como a comunidade local se relaciona com os diversos níveis de poder. Para estimular o
debate serão utilizadas fichas informativas sobre situação local caracterizando a ocupação desordenada de áreas rurais por assentamentos urbanos; a exaustão e a contaminação das águas por
atividades agropecuárias e industriais.
FICHAS INFORMATIVAS
Zoneamento Ecológico – Econômico do Distrito Federal e Entorno; Crescimento acelerado do
Distrito Federal; Remoção indiscriminada da cobertura vegetal e a impermeabilização dos solos;
Perda de qualidade e quantidade das águas do Distrito Federal; Unidades de Conservação - parques
e Áreas de Preservação Permanentes; Água do Distrito; Lançamento de efluentes.
AULA 2: SIMULAÇÃO DE UM COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA
Serão organizados três grupos, de acordo com o perfil dos participantes, que representem: o
poder público, a sociedade civil e os usuários (ou setor produtivo) dos recursos hídricos locais. Será
escolhida pelos participantes uma situação – problema/embasamento técnico/análise da proposta
para ser foco de uma assembléia de Comitê de bacia hidrográfica. Cada grupo irá examinar a
questão sugerida e discutir seu papel e as intervenções necessárias à resolução do problema. Numa
plenária no final da oficina cada grupo fará uma apresentação da sua reflexão e proposição. Após
as apresentações e discussões entre os grupos serão identificados possíveis encaminhamentos do
comitê simulado.
PARA SABER MAIS
CATALÃO, V.; RODRIGUES, M. S. (Orgs.). Água como matriz ecopedagógica: um projeto a muitas
mãos. Brasília: Universidade de Brasília/Departamento de Ecologia, 2006.
COMITÊ DE BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARANAÍBA. Portal. Disponível em: <www.ana.
gov.br/cbhparanaiba>.
SALLES, P. S. B. de A. Paradigmas e paradoxos: solo, água e biodiversidade no Distrito Federal.
In: INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL. Seria melhor ladrilhar? Biodiversidade; como, para que, por
quê. São Paulo: ISA, 2002
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MOMENTO II – EDUCAÇÃO E REDES COMO ESPAÇOS FORMATIVOS
MARCOS SORRENTINO
Coletivos Educadores como caminhos capilarizados para os círculos de aprendizagem participativa
sobre meio ambiente e qualidade de vida e para tecitura de redes complexas de pesquisa-ação participativa, e educomunicação socioambiental, voltadas a propiciar bons encontros e a fomentar a
potência da ação individual e coletiva. Educação Ambiental para construção de sociedades sustentáveis e responsabilidade global no contexto da Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável e das Mudanças Socioambientais Globais, potencializadas pelo aquecimento do planeta.
PARA SABER MAIS
BRANDÃO, C. R. Aqui e onde eu moro, aqui nos vivemos. Brasília: MMA, 2005.
BRASIL. Ministério da Educação. Tratado de educação ambiental para sociedades sustentáveis
e responsabilidade global. Brasília: MEC, 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/
secad/index2.php?option=content&do_pdf=1&id=76&banco=.
_____. Ministério do Meio Ambiente. Cartilha coletivo educador. Brasília: MMA, 2007.
_____. _____. Encontro e caminhos, v. 1 e 2. Brasília: MMA, 2006-2007.
_____. _____. Carta da Terra. Brasília: MMA, s.d.
www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/carta_terra.doc>.
Disponível
em:
<
V CONGRESSO IBERO AMERICANO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, Joinvile, SC, 5-8 abr. 2006.
Anais. Brasília: Presidência da República, MEC, MMA, 2006. Disponível em: <
http://www.viberoea.org.br/index.php?secao=secoes.php&id=85&url=>.
Vídeo:
Foz do Iguaçu – Círculos de Aprendizagem Participativa
Filmes:
Bagdá, Café.
MOMENTO II – ÁGUA, URBANIZAÇÃO E ALTERAÇÃO DO CICLO DA ÁGUA
PAULO CELSO DOS REIS GOMES
As questões urbanas e suas relações com o ciclo da água. O desordenamento territorial, o adensamento populacional, a impermeabilização dos solos e a concentração das chuvas. A utopia do
sistema separador absoluto e a realidade dos sistemas unitários. A Educação Ambiental vinculada à gestão integrada dos principais sistemas de saneamento ambiental: (i) captação, tratamento e
distribuição de água potável; (ii) coleta, tratamento e disposição final de esgotos sanitários; (iii) cole-
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ta, tratamento e disposição final de resíduos sólidos urbanos; e (iv) coleta, tratamento e disposição
final de águas pluviais. A manutenção dos sistemas de saneamento ambiental e a participação
comunitária na sustentabilidade ambiental urbana.
PARA SABER MAIS
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Introdução a drenagem urbana. Brasília: ANA, s.d. Disponível
em: <http://www.ana.gov.br/AcoesAdministrativas/CDOC/ProducaoAcademica/Antonio%20Cardoso
%20Neto/Introducao_a_drenagem_urbana.pdf>.
ÁGUA ONLINE. Portal. Disponível em: <http://www.aguaonline.com.br/>.
BOTELHO, M. H. C. Águas de chuva: engenharia das águas de chuva nas cidades. São Paulo:
Ed. Edgard Blucher Ltda, 1985.
CATALÃO, V. M. L.; RODRIGUES, M. S. (Orgs.). Água como matriz ecopedagógica. Brasília:
Universidade de Brasília/Departamento de Ecologia, 2006.
CORDEIRO NETO, O. M. Gerencimaneto de saneamento de comunidades organizadas: técnicas
de minimização de drenagem de águas pluviais. São Paulo: [s.n.], 2004. Disponível em:
<http://www.etg.ufmg.br/tim2/auladrenagem.ppt>.
FERNANDES, C. Sistemas de drenagem urbana. In: _____. Microdrenagem. Campina Grande:
UFCG, s.d. Disponível em: <http://www.dec.ufcg.edu.br/saneamento/Dren01.html>.
IBGE. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico. Rio de Janeiro: IBGE/Departamento de População
e Indicadores Sociais, 2002. (PNSB/2000).
SALLES, P. S. B. de A. Paradigmas e paradoxos: solo, água e biodiversidade no Distrito Federal.
In: INSTITUTO SÓCIO-AMBIENTAL. Seria melhor ladrilhar? Biodiversidade; como, para que, por
quê. São Paulo: ISA, 2002.
SANEAMENTO BÁSICO. Portal. Disponível em: <http://www.saneamentobasico.com.br/>.
MOMENTO III
MOVIMENTOS SOCIAIS E GESTÃO AMBIENTAL DA ÁGUA EM AMBIENTES URBANOS E RURAIS
LAÍS MOURÃO SÁ
Reflexão teórica e vivencial em contextos de educação e gestão ambiental. Políticas públicas
de gestão da água, conflitos sociais e a participação dos movimentos sociais como sujeitos do processo de gestão ambiental. Agricultura, qualidade de vida e segurança alimentar, na relação com a
gestão dos recursos hídricos.
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METODOLOGIA
Oficina vivencial em dois momentos com a apresentação e debate de vídeo sobre gestão
ambiental e mediação de conflitos no uso da água; dramatização de contextos de gestão de conflitos
entre atores sociais envolvidos em questões socioambientais numa bacia hidrográfica, a partir de
dados de uma situação real (Planaltina-DF).
PARA SABER MAIS
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Encontros e caminhos: formação de educadoras (es)
ambientais e coletivos educadores. Brasília: MMA/SE/DEA, 2005.
SÁ, L. M.; CALISTO, C. de S.; SANTOS, R. A. N.. Gestão participativa de recursos hídricos: legitimidade das estratégias de mobilização social. In: SIMPÓSIO GOVERNANÇA DA ÁGUA NA AMÉRICA
LATINA, São Paulo, 2007. Anais. São Paulo: USP/PROCAM, 2007.
Vídeo:
MONTI, E. R. Sertão Brasília – vídeo – 22’ - [email protected]
MOMENTO II – OS MÚLTIPLOS USOS DA ÁGUA E OS CONFLITOS DE INTERESSES
JOSÉ SENA PEREIRA JÚNIOR
Principais usos dos recursos hídricos; usos consumptivos e não-consumptivos; usos conflitantes
de recursos hídricos; perspectivas de demanda e disponibilidade de recursos hídricos e gestão de
recursos hídricos. O abastecimento público urbano, a geração de esgotos sanitários e a inviabilização
de outros usos, como a agricultura irrigada, a pesca, o lazer e o próprio consumo humano. Captação
(ou retirada) de água dos mananciais e sua interferência no aproveitamento de potenciais hidráulicos
para geração de eletricidade. A gestão dos recursos hídricos e a administração de conflitos.
PARA SABER MAIS
BRASIL. Câmara dos Deputados. Milênio, a. 3, n. 3, 2006.
MOMENTO II – ÁGUA E RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
IZABEL ZANETI
A questão dos resíduos sólidos urbanos e a poluição. A Educação Ambiental como um instrumento de conscientização e prevenção para uma mudança de paradigma e práticas que contribuam
para o enfrentamento do problema como a Política dos 3 Rs: reduzir, reaproveitar e reciclar. O tratamento de efluentes; projetos que visam a transferência de tecnologias em reciclagem de resíduos
para a geração de renda, inclusão social dos catadores e a sustentabilidade ambiental.
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PARA SABER MAIS
ÁGUA: impacto ambiental; poluição e conscientização.
<http://slidespowerpoint.googlepages.com/poluiodaagua.ppt#0>.
Disponível
em:
CARVALHO, P. R. S. A expansão urbana na Bacia do Ribeirão Mestre D’armas (DF) e a qualidade
da água. Estudos Geográficos, v. 3, n. 1, p. 71-91, jan./jun. 2005. Disponível em: <http://cecemca.
rc.unesp.br/ojs/index.php/estgeo/article/viewFile/243/199>.
IBGE. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico. Rio de Janeiro: IBGE/Dep. População e
Indicadores Sociais, 2002. (PNSB/2000.).
INSTITUTO AKATU. Portal. Disponível em: <www.akatu.net>.
INSTITUTO TRIÂNGULO. Portal. Disponível em: <http://www.triangulo.org.br>.
SALLES, P. S. B. de A. Paradigmas e paradoxos: solo, água e biodiversidade no Distrito Federal.
In: INSTITUTO SÓCIO-AMBIENTAL. Seria melhor ladrilhar? Biodiversidade; como, para que, por
quê. São Paulo: ISA, 2002.
WIKIPÉDIA. Aterro sanitário. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Aterro_sanit%C3%A1rio>.
_____. Poluição hídrica. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o
_h%C3%ADdrica>.
ZANETI, I. C. B. B. As sobras da modernidade. Porto Alegre: CORAG, 2006.
MOMENTO III – NOÇÕES PRÁTICAS SOBRE QUALIDADE DE ÁGUA
MARIA DO SOCORRO RODRIGUES
O conceito sistêmico de bacia hidrográfica implica em considerá-la como uma unidade integrada
por água, solo, flora, fauna formando uma totalidade não só de elementos naturais como sociais,
intimamente relacionados de forma dinâmica. Na análise da qualidade da água não deve ser levada
em consideração apenas a massa de água de um determinado corpo hídrico, mas todo o ecossistema.
METODOLOGIA
Aula prática com saída de campo a um determinado ecossistemas fluvial do Distrito Federal
onde serão realizadas análises de variáveis de qualidade de água in loco tendo em vista a integridade
ambiental dos diferentes trechos da microbacia a ser investigada.
PARA SABER MAIS
ESTEVES. F. A. Fundamentos de limnologia. [S.l.]: Editora Interciência, 1998. 602 p.
RODRIGUES, M. S. R. Bacia hidrográfica: um conceito sistêmico. In: CATALÃO, V. M.; RODRIGUES, M. S. R. (Orgs.). Água como matriz ecopedagógica: um projeto a muitas mãos. Brasília:
Universidade de Brasília/Departamento de Ecologia, 2006.
UNIVERSIDADE da água. Portal. Disponível em: <http://www.uniagua.org.br>.
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MOMENTO II – SANEAMENTO E RECURSOS HÍDRICOS
SÉRGIO KOIDE
A relação entre saneamento, saúde e os recursos hídricos. A qualidade da água. Os serviços de
saneamento e os recursos hídricos. Abastecimento de água. Esgotos sanitários. Águas pluviais.
Limpeza pública.
PARA SABER MAIS
BARROS, R. A. C. et al. (Eds.). Manual de saneamento e proteção ambiental para os municípios.
Belo Horizonte: UFMG, 1995.
FUNASA. Manual de saneamento: engenharia de saúde pública; orientações técnicas. Brasília:
Ministério da Saúde/Funasa, 2006. Disponível em: <http://www.funasa.gov.br/Web%20
Funasa/pub/pdf/Mnl%20Saneamento.pdf>.
MOMENTO III – ALFABETIZAÇÃO ECOLÓGICA
MARIA DO SOCORRO RODRIGUES
Uma nova forma de olhar o mundo pressupõe levar em conta relações, encadeamentos, complementaridades, oposições, contextos, ritmos e significados presentes no real como argumenta
Frijot Capra na sua proposta de alfabetização ecológica. É esperado que nossas escolas sejam transformadas em comunidades de aprendizagem cooperativa onde se recriam os princípios e valores dos
ecossistemas naturais. Em uma comunidade de aprendizagem, todos estão ligados em uma rede
de relações que organiza o trabalho de forma cooperativa, diversificada e interativa para promoção
da aprendizagem. O principal propósito da educação é nutrir as possibilidades dos indivíduos e
promover o pleno desenvolvimento humano.
METODOLOGIA
Análise crítica de um fragmento de vídeo/filme acerca das interações entre plantas e ou animais
e sua relação com os princípios ecológicos e as comunidades de aprendizagem na visão de Capra.
PARA SABER MAIS
CAPRA, F. A teia da vida. São Paulo: Editora Cultrix, 1996.
Vídeos:
Coleção de vídeos Planeta Terra. Editora Abril.
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MOMENTO II – CUIDANDO DA ÁGUA COM AGROFLORESTA
FABIANA MONGELI PENEIREIRO
Gaia: o planeta vivo. Ciclo hidrológico. A importância da cobertura florestal para a saúde da
microbacia. Agrofloresta: o convívio harmônico entre ser humano e natureza. A água organizada
na vida. Restauração ambiental: recuperação de APPs e RL. Recuperação de áreas degradadas.
Princípios da agrofloresta sucessional: sucessão ecológica, biodiversidade, estratificação, dinâmica
da matéria orgânica, proteção do solo, solo vivo, ciclagem dos nutrientes, produção escalonada no tempo.
PARA SABER MAIS
AGROFLORETA. Portal. Disponível em: <www.agrofloresta.net>.
COMITÊ DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS PIRACICABA, CAPIVARÍ E JUNDIAÍ.
Preservação e recuperação das nascentes. Piracicaba: CBHRPCJ, 2004.
GÖTSCH, E. Homem e natureza: cultura na agricultura. Recife: Centro de Desenvolvimento
Agroecológico Sabiá, 1997.
_____. Importância dos SAFs na recuperação de áreas degradadas. IV CONGRESSO BRASILEIRO
DE SISTEMAS AGROFLORESTAIS. Ilhéus, out. 2002. Anais. Ilhéus: [s.n.], 2002.
JUNQUEIRA, R. P.; MALTA E.; PENEIREIRO, F. M. Cuidando das águas e matas do Xingu. São
Paulo: Instituto Socioambiental, 2006.
PENEIREIRO, F. M. Fundamentos da agrofloresta sucessional. In: II SIMPÓSIO SOBRE AGROFLORESTA
SUCESSIONAIS, Sergipe, dez. 2003. Anais. Sergipe: Embrapa/Petrobrás. 2003.
MOMENTO III – PEDAGOGIA DE PROJETOS I E II
VERA LESSA CATALÃO
Pedagogia de projetos como estratégia pedagógica. A interatividade na construção dos projetos
pedagógicos. O planejamento participativo e a formação de equipes transdisciplinares. Projeto como
trabalho pedagógico para promoção da pesquisa. Como nos projetos de pesquisa, o projeto pedagógico
parte de uma dúvida, problema ou de uma necessidade específica. A origem da pedagogia de projetos, o movimento da Escola Nova. A Pedagogia Freinet e a Pedagogia Ativa de John Dewey. As
etapas de construção de um projeto: identificação e descrição da situação problema; proposição dos
objetivos; definição de metas; métodos, estratégias e procedimentos; definição dos beneficiários,
previsão de recursos e avaliação.
METODOLOGIA
Aula expositiva para apresentação do tema (aula I ), seguida por oficina para construção de
projetos a partir de eixos de interesse (aula II).
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PARA SABER MAIS
BRASIL. Ministério da Educação. Quando e porque surgiu a pedagogia de projetos? Disponível
em: <pontodeencontro.proinfo.mec.gov.br/PedagogiadeProjetos.ppt>.
CIPÓ COMUNICAÇÃO INTERATIVA. Escola com sabor. Disponível em: <www.cipo.org.br/
escolacomsabor/>.
EDITORA ABRIL. Revista Nova Escola. Disponível em: <novaescola.abril.com.br/ed/154_ago02>.
INFORMUM COMUNIDADE DE COMUNIDADES VIRTUAIS. Projetos pedagógicos na escola.
Disponível em: <inforum.insite.com.br/projetos-pedagogicos-na-escola/>.
MOMENTO II – ÁGUA E AGROPECUÁRIA:
CONTAMINAÇÃO E EXAUSTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
DEMETRIOS CHRISTOFIDIS
Aborda os principais desafios a serem vencidos para que a agropecuária brasileira, em especial
na região dos cerrados, apresente um desenvolvimento sustentável. Considera orientações a serem
observadas pela agricultura tradicional (de sequeiro), pela pecuária e pela agricultura irrigada de
maneira a que haja aumento de produção e produtividade, porém reduzindo os impactos da expansão
de áreas de fronteira. Explora aspectos voltados à proteção das bases hídricas e de respeito ao ciclo
das águas. Considera o conceito de "água virtual" na produção de alimentos e o comércio entre
regiões. Trata, ainda, das dietas humanas, indicando as implicações na saúde humana, na perenidade
hídrica e no meio ambiente.
PARA SABER MAIS
BROWN, L. R. Alimentando nove bilhões de pessoas. Salvador: Estado do Mundo 1999, 2002.
CARMO, R. L. do et al. Água virtual, conflitos internacionais, escassez e gestão: o papel do Brasil.
In: III ENCONTRO ANPPAS, Brasília, 2006. Anais. Brasília: ANPPAS, 2006.
CHRISTOFIDIS, D. Água: um desafio para a sustentabilidade do setor agropecuário. Agrianual.
São Paulo: p. 37-42, 2007.
_____. A água: fonte de segurança alimentar, Revista Nutrição. Porto Alegre: nov./dez. 2002.
_____. A água e agricultura: os múltiplos desafios da água. Revista Plenarium. Brasília: Câmara
dos Deputados, a. 3, n. 3, set. 2006.
_____. Olhares sobre a politica de recursos hídricos no Brasil: o caso da Bacia do rio São
Francisco. Brasília: UnB/CDS, 2001.
_____Recursos hídricos dos Cerrados e seu potencial de utilização na irrigação. Revista ITEM,
v. 1/2, n. 69/70, p. 87-97, 2006.
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_____. Recursos hídricos irrigação e segurança alimentar. In: AGÊNCIA NACIONAL DE ÀGUAS.
O Estado das águas no Brasil, 2001-2002. Brasília: ANA/MMA, 2006.
_____. Water, irrigation and food crisis. Carfax, Water Resources Development, v.14, n. 3, p. 405
– 415, 1988.
MUDE sua dieta e salve a Amazônia. Revista Galileu, p. 50-55, ago. 2007.
MOMENTO II – ÁGUA E SAÚDE
SONIA TERRA
Abordagem da água como elemento fundamental e responsável pela preservação da vida e da
saúde. Principais problemas de saúde pública vinculados à ausência de equidade e acesso. Saúde e
meio ambiente. Perfil e estatísticas mundiais advindos da escassez de água e seu impacto para a
saúde das populações. Alerta sobre a poluição da água e seus efeitos sobre a saúde e a sobrevivência
humana. A conscientização sobre água como direito e exercício da cidadania.
PARA SABER MAIS
BBALL, P. H2O: uma biografia da água; temas e debates. Lisboa: Editorial, 1999.
CATALÃO V.; RODRIGUES, M. S. Água como matriz ecopedagógica. Brasília: Universidade de
Brasília/Departamento de Ecologia, 2006.
CLARK, R., KING, J. O Atlas da água. São Paulo: Ed. Publifolha, [s.d].
INSTITUTO TERRAMAR. Portal. Disponível em: <www.terramar.org.br>.
MOSS, G.; MOSS, M. Brasil das águas. Disponível em: <www.brasildasaguas.com.br>
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANDA DE SAÚDE. Água: fonte de vida, equidade e qualidade dos
serviços, documento preparado no marco da iniciativa do Dia Interamericano da Água. Brasilia:
OPAS/OMS, 2005.
_____. Água e saúde. Brasília: OPAS/OMS, 2005. (Série autoridades locais, saúde e ambiente).
_____. Biblioteca Virtual de Desarrollo Sostenible y Salud Ambiental. Disponible em:
<www.cepis.ops-oms.org>
_____. A desinfecção da água. Brasilia: OPAS/OMS, 2005. (Série autoridades locais, saúde e ambiente).
_____. HEP/HES – Programa de Saneamiento
<www.paho.org/spanish/HEP/HES/agua.htm>.
Básico.
Disponível
em:
_____. A proteção das captações. Brasilia: OPAS/OMS, 2005. (Série autoridades locais, saúde e ambiente).
_____. Vazamentos e medidores. Brasilia: OPAS/OMS, 2005. (Série autoridades locais, saúde e ambiente).
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MOMENTO III – EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ALIMENTAÇÃO
CARLA MARIA CARTOCCI
Discutir a qualidade da alimentação como uma escolha consciente, ampliando a percepção para
a transversalidade do alimento, símbolo de encontro e de comunhão.
METODOLOGIA
Simulação de preparo de um prato especial. Para tanto, será discutido no grupo o que significa
“um prato predileto. A partir dessa discussão será oferecida aos participantes uma diversidade de
alimentos e ingredientes culinários de todas as qualidades, reais ou feitos em papel, para que cada
grupo faça suas escolhas e prepare seu prato preferido. Cada grupo fará uma apresentação do
“prato predileto” em forma teatral.
... consumir comensalmente é comungar com os outros que comigo comem. É
entrar em comunhão com as energias escondidas nos alimentos, com seu sabor,
seu odor, sua beleza e sua densidade. É comungar com as energias cósmicas que
subjazem aos alimentos, especialmente a fertilidade da terra, a irradiação solar, a
floresta, a água, a chuva e o vento... (Leonardo Boff)
ÁGUA E COMUNICAÇÃO – ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL
TÂNIA MONTORO
Comunicação como estratégia de mobilização social de pessoas, grupos e coletividades para
questões do meio ambiente/água. Metodologias de intervenção social com uso dos meios de comunicação no processo de dinamização de consciências, valores e comportamentos. A comunicação
como mensagem informativa para mudança de atitudes e hábitos. A comunicação para mobilização
social e a construção da cidadania.
PARA SABER MAIS
MHENRIQUES, M. S. (Org.). Comunicação e estrátegias de mobilização social. Ed. Autêntica, 2004.
LINS E SILVA, C. E. A conscientização ecológica do público. In: _____. Ecologia e sociedade: uma
introdução às implicações sociais da crise ambiental. São Paulo: Loyola, 1978.
MONTORO, T. (Org.). Comunicação, cultura, cidadania e mobilização social. Brasília: Ed. Unb, 1997.
RABELO, D. C. Comunicação e mobilização na agenda 21 local. Vitória: Ed. UFES/ FACITEC,
2003.
TAVARES, M. C. A força da marca: como construir e manter marcas fortes. São Paulo: Harbra, 1998.
TORO, A. J. B.; WERNECK, N. M. D. Mobilização social: um modo de construir a democracia e a
participação. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Abes, Unicef, 1996.
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MOMENTO III
VERA LESSA CATALÃO E MARIA DO SOCORRO RODRIGUES
Roda da palavra – avaliação
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