Reestruturação na indústria farmacêutica
mundial e seus impactos na
dinâmica produtiva e inovativa do setor
farmacêutico brasileiro
ROTEIRO
1.
Introdução: Indústria farmacêutica no contexto do
Complexo Industrial da Saúde – CEIS
2.
Indústria Farmacêutica: Padrões de concorrência e
Dinâmica Global
3.
Indústria de fármacos e medicamentos no Brasil
4.
Questões-chave para o setor farmacêutico
Sistema Nacional de Inovação em
Saúde
Sistema
Nacional
de Inovação
Sistema
Nacional
de
Inovação
em Saúde
Sistema
Nacional
de Saúde
Origem do Conceito de Complexo Industrial
da Saúde:
Dilema
A saúde como um espaço central de inovação e de
desenvolvimento da base produtiva
X
A Saúde como fator de desenvolvimento social (eqüidade e
inclusão)
• A noção de CEIS origina-se, portanto, da necessidade
de articulação da lógica econômica e da inovação com
a lógica sanitária
Sistema de inovação em Saúde: fatos estilizados
•
Crescente desarticulação entre sistemas de inovação e de bem-estar social
nos países menos desenvolvidos. No cenário internacional, a desigualdade
do progresso tecnológico reflete-se na condição social das populações
mundiais.
•
Relação direta entre o nível de desenvolvimento e os recursos alocados para
a pesquisa e desenvolvimento em saúde: países de baixa e média renda
respondem por apenas 2,2% dos fundos globais destinados para pesquisa
em saúde (OMS).
•
Desconexão entre a carga da doença e os gastos em pesquisa e
desenvolvimento – “Hiato 10/90”: menos de 10% dos gastos mundiais em
pesquisa na área da saúde são dedicados a doenças ou condições que
representam mais de 90% da carga mundial da doença. Ex. Pneumonia e as
doenças diarréicas respondem por 15,4% da carga da doença (e são as
duas maiores causas de morte no planeta), e contam com apenas 0,2% dos
recursos para P&D (OMS).
•
(Alburquerque et al, 2004)
A Saúde como um espaço de
desenvolvimento econômico
Saúde como condição de cidadania e um espaço destacado de
desenvolvimento
• Fonte de geração de renda, de investimento e de emprego
• Fonte de inovação e de conhecimento
• 20% do Gasto Mundial em P&D (cerca de US$ 160 bilhões)
Situação no Brasil
• Gasto: Cerca de 8% do PIB
• 10% do trabalho qualificado do País
• 9,0 milhões de empregos diretos e indiretos
• Plataforma para os novos paradigmas tecnológicos (química
fina, biotecnologia, eletrônica, nanotecnologia, materiais etc)
• Expansão significativa do sistema de saúde e da base produtiva
• Potencial reduzido de inovação e fragilidade nos segmentos
mais densos em conhecimento e na articulação do complexo
Prioridade na Política Nacional
• Desenvolvimento da base produtiva articulada com as
necessidades de saúde
Gadelha, 2003
Indústria Farmacêutica
Caracterização geral e Padrões de Concorrência
•
Oligopólio diferenciado baseado nas ciências;
•
Dinâmica competitiva do subsistema determinada pela elevada intensidade de P&D e marketing:
– Dispêndio elevado em P&D - cerca de US$ 890 milhões para o desenvolvimento de um novo
medicamento
– Marketing: dobro do dispêndio em P&D
•
Elevadas Barreiras à entrada decorrentes de economias de escala relacionadas às atividades de P&D
e marketing;
•
Mercado mundial dominado por empresas globalizadas e integradas, e marcado por movimentos de
consolidação e concentração industrial
– Farmacêutico: US$ 670 bilhões
– Reagentes para diagnóstico: US$ 25 bilhões
– Vacinas: US$ 9,0 bilhões
•
Liderança de mercado exercida em segmentos/nichos específicos (ex. classes terapêuticas),
mediante a diferenciação de produtos;
•
Estratégias inovativas das firmas líderes associadas à incorporação dos novos paradigmas
tecnológicos (biotecnologia e química fina);
•
Dissociação entre esforços de P&D e necessidades nacionais (GAP 10/90)
•
Nichos para países menos desenvolvidos: genéricos, atividades de formulação, segmentos
específicos (fitoterápicos), etc.
DINÂMICA GLOBAL
Vendas globais da indústria farmacêutica - 2007
Região
US$
bilhões
304,5
45,9
Europa
206,2
31,1
Japão
58,5
8,8
Ásia, África e Austrália
62,2
9,4
32
4,8
663.5
100,0
América do Norte
América Latina
Total
Fonte: IMS Health, 2008.
%
DINÂMICA GLOBAL
As 10 Maiores Empresas Farmacêuticas: 1999/2007
1999
Empresa
2007
% das vendas
totais
Empresa
% das vendas
totais
Novartis
4,4
Pfizer
6,7
Glaxo Wellcome
4,4
Glaxo Wellcome
5,7
Merck & Co
4,0
Novartis
5,1
Hoeschst M. Roussel
3,3
Sanofi-Aventis
5,0
Bristol-Meyers Squibb
3,2
AstraZaneca
4,5
Johnson&Johnson
3,1
Johnson&Johnson
4,4
American Home
3,1
Roche
4,2
Pfizer
3,1
Merck & Co
4,1
SmithKline Beecham
2,7
SmithKline Beecham
2,9
Roche
2,7
Lilly
2,5
Total
34,0
Fonte: IMS, 2008 e Queiroz & Gonzáles 2001.
Total
45,1
DINÂMICA GLOBAL
Empresas do setor Farmacêutico e Biotecnologia entre as
1.250 empresas que mais investem em P&D – 2006
País
Empresa
Importância estratégica
associada a intensidade nos
investimentos em P&D
Distribuição dos gastos em P&D por setor, segundo as 1250
empresas que mais investem em P&D no mundo
Others; 31,6%
Softw are &
Com puter
serviçes; 7,3%
Pharm aceutical
& Biotecnology;
19,4%
Technology
hardw are &
equipm ent;
17,7%
Eletronic &
Eletrical
equipm ent;
7,4%
Autom obiles &
parts; 16,8%
Investimento em
P&D (US$
milhões)
% do lucro % das
operacional vendas
124.460,94
29,6
3,5
24.177,56
78,2
15,9
1.980,91
1.857,35
1.763,78
57,4
51,6
44
14,5
13,4
14,9
Sanofi-Aventis
Roche,
EUA
EUA
Reino
Unido
França
Suíça
1.513,91
1.407,11
93,1
56,2
15,5
15,7
Novartis,
Merck,
Suíça
EUA
1.398,29
1.246,81
64,5
82,4
14,5
21,1
AstraZeneca
Amgen
Eli Lilly
Wyeth
Bristol-Myers Squibb
Abbott Laboratories
EUA
1.017,17
877,45
815,75
810,47
799,51
587,91
47,5
87,7
92,2
57,3
115,1
86,8
14,7
23,6
19,9
15,3
17,1
10
Média geral das 1250+ na
Indústria
Média das 33+ farmacêutica
e biotecnologia
Pfizer
Johnson & Johnson
GlaxoSmithKline
EUA
EUA
EUA
EUA
EUA
Schering-Plough
Boehringer Ingelheim
EUA
Alemanha
570,37
541,07
158,3
72,8
20,7
14,9
Takeda Pharmaceutical
Daiichi Sankyo
Astellas Pharma
Novo Nordisk
Japão
Japão
Japão
Dinamarca
EUA
Alemanha
371,15
347,33
310,84
291,26
275,15
251,46
35,9
120,9
86,8
71,3
14
17,1
16,2
16,3
34,5
11,7
Allergan
Merck
78
Fonte: : Elaboração própria a partir do R&D Scoreboard (2007) elaborado
pelo Department of Trade and Industry (DTI-UK)
Indústria Farmacêutica - Principais Tendências
Internacionais
•
Declínio na produtividade das atividades de P&D: Redução no ritmo de
registro de novos produtos com características inovadoras;
•
Aumento nas pressões competitivas enfrentadas pelos grandes laboratórios
farmacêuticos decorrentes da concentração no vencimento de patentes de
blockbusters;
•
Crescente competição dos medicamentos genéricos: intensificação no
processo de fusões e aquisições entre empresas produtoras de
medicamentos genéricos;
•
Mudanças no Marco Regulatório associados às pressões crescentes de
consumidores.
•
Novas estratégias das big pharma:
– Direcionamento de esforços para atender demandas nos países emergentes
– Ingresso no mercado de medicamentos genéricos
– Processo de fusões, aquisições e joint-ventures envolvendo empresas do
segmento de biotecnologia
Indústria Farmacêutica - Principais Tendências
Internacionais
Mudança nos vetores de crescimento do mercado global:
•
•
Aumento da importância relativa dos mercados emergentes (Brasil, Rússia,
Índia, China, México, Turquia e Coréia do Sul na expansão das vendas
Redução da contribuição dos mercados tradicionais no crescimento do
mercado
Europa
Japão
Mercados emergentes
Resto do mundo
América Latina
% Participação no crescimento
América do Norte
Fonte: IMS HEALTH, MIDAS, MAT Dez 2007
OBS: Mercados emergentes:
Indústria Farmacêutica - Principais Tendências
Internacionais
• Externalização das atividades de P&D por parte das Big
Pharma: Janela de oportunidade?
– Processo voltado à redução de custos através da realocação de
determinados serviços de P&D e testes clínicos para economias
emergentes (como a Índia);
– Restrito a atividades rotineiras que envolvem o uso extensivo de mãode-obra não qualificada e que não demandam uma articulação estreita
com outros estágios do processo de pesquisa das empresas;
– Ampliação da participação de economias emergentes no esforço global
de P&D da indústria farmacêutica, porém ainda numa escala
consideravelmente inferior à daquela verificada na Europa e Estados
Unidos.
Mercado farmacêutico na América Latina:
Participação no valor total das vendas - 2007 (US$ 30.8 bilhões)
Brasil
5%
11%
México
36%
9%
Venezuela
Argentina
11%
Colômbia
28%
Brasil representa o
mercado com maior
dinamismo em
termos do
crescimento das
vendas;
Brasil e México lideram o
crescimento no mercado
farmacêutico latino
americano com 64% das
vendas totais na região;
Outros
Participação no crescimento das vendas - 2007
12%
31%
13%
Brasil
México
Venezuela
Argentina
25%
Fonte: IMS Health, 2008
19%
Outros
Indústria farmacêutica brasileira: Panorama Geral
30
25
• Elevado dinamismo nas vendas
de medicamentos no período
recente;
20
• Mercado de R$ 28 bilhões;
15
10
• Posição no ranking: entre os 10
maiores mercados mundiais;
5
Vendas R$ 1000
Vendas US$ 1000*
•Sem impostos; ** até nov/2007
•Fonte: Febrafarma, 2008
20
07
**
20
06
20
05
20
04
20
03
20
02
20
01
20
00
19
99
19
98
0
19
97
Milhões
Mercado de medicamentos no Brasil
• Papel destacado do Estado nas
vendas do setor (25-35%)
Vendas 1000 unidades
Indústria farmacêutica brasileira: Panorama Geral
•
Estrutura fortemente internacionalizada, porém com um significativo fortalecimento
do capital nacional com base nos genéricos;
•
Especialização em atividades de menor conteúdo tecnológico
•
Importantes gargalos na cadeia produtiva associados particularmente à estagnação
na produção local de fármacos;
% 45
Mercado farmacêutico brasileiro: segunda a origem das empresas
41,6
40
35
33,8
30
23,9
25
18,8
20
12,2 12,9
15
9,8 9,3
10
9,7
8,3
7
7
3,6 3
5
0
EUA
BR
DE
2002
Fonte: IMS Health, 2007
.
FR
CH
2007
GB
Outras
Indústria farmacêutica brasileira: Panorama Geral
CEIS 2007 – Evolução da Balança Comercial -Segmentos de Base Química e
Biotecnológica (valores em US$)
• Desequilíbrio estrutural
na Balança Comercial
Déficit de R$ 4,5 bilhões em
2007:
Medicamentos: R$ 1,87 bi
Fármacos: R$ 1,47 bi
Vacinas: R$ 216 mi
Hemoderivados: R$ 665 mi
Reagentes: R$ 203 mi
Soros e Toxinas: R$ 60 mi
6,000,000,000.00
4,000,000,000.00
2,000,000,000.00
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
(2,000,000,000.00)
(4,000,000,000.00)
(6,000,000,000.00)
Exportação
Importação
Saldo
Fonte: Elaborado por Gadelha, 2008 (Coord.) - GIS/ ENSP – VPPIS/FIOCRUZ a partir dos dados
da Rede Alice (SECEX/MDIC)
Indústria farmacêutica brasileira: Panorama Geral
Défict
CEIS 2007 – Balança Comercial
Segmentos de Base Química e
Biotecnológica
Reag.
Diagnóstico Soros e Toxinas
4,5%
1,3%
Importação
Reag.
Soros e Toxinas
Diagnóstico
1,2%
4,0%
Hemoderivados
14,8%
Medicamentos
41,8%
Vacinas
4,8%
Exportação
Vacinas
2,8%
Reag.
diagnóstico
1,1%
Fármacos
25,9%
Hemoderivados
12,7%
Vacinas
4,5%
Medicamentos
45,9%
Fármacos
32,7%
Fármacos
31,7%
Medicamentos
69,4%
Fonte: Elaborado por Gadelha, 2008 (Coord.) - GIS/ ENSP – VPPIS/FIOCRUZ a partir dos dados
da Rede Alice (SECEX/MDIC)
CEIS 2007
Participação das Indústrias no Déficit Comercial
Hemoderivados
12%
Reag. para
diagnóstico
4%
Medicamentos
34%
Vacinas
4%
Equip. e
materiais
19%
Soros e toxinas
1%
Fármacos
26%
Fonte: Elaborado por Gadelha, 2008 (Coord.) - GIS/ ENSP – VPPIS/FIOCRUZ a partir dos dados
da Rede Alice (SECEX/ MDIC)
20
Indústria de Vacinas: caracterização e tendências
•
Papel destacado do Estado na
produção e nas vendas do setor
(mais de 95% em doses – Cerca
de R$ 750 milhões em 2007)
Orçamento do PNI
Aquisição de Imunobiológicos
R$ mil
900000
800000
Fonte: Ministério da Saúde, CGPNI
700000
•
Programa de Auto-suficiência
Nacional em Imunobiológicos
(PASNI) e Programa Nacional de
Imunizações (PNI): iniciativas
cruciais para aumento da
capacidade de oferta interna,
qualidade e consolidação da
demanda nacional;
600000
500000
400000
300000
200000
100000
0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
•
Estratégias recentes nos produtos
mais dinâmicos por parte de BioManguinhos/Fiocruz e Butantan
Principal desafio: Desenvolvimento e
produção nacional de vacinas com maior
valor agregado a partir de novas
plataformas tecnológicas (ex. Vacinas
quiméricas, Vacinas DNA recombinante,
Vacinas conjugadas)
Indústria de Hemoderivados: caracterização e tendências
• Estratégia nacional de autosuficiência relacionada com a
criação da Hemobrás;
Valores em US$ FOB atualizados
• Crescimento explosivo do déficit
comercial;
Milhões
• Brasil: situação institucional
peculiar > proibição da
comercialização de sangue e
derivados;
800
600
400
200
0
-200
-400
1996-89 1997-82 1998-1211999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
-172 -180
-234 -258 -249
-292
-392
-441
-600
-666
-800
Exportação
Importação
Saldo Comercial
Indústria de Reagentes para Diagnóstico: caracterização e
tendências
• Mercado mundial: Cerca de US$ 25 bilhões
• Concentração mundial: as duas líderes detêm 1/3 do mercado
mundial
• Mercado nacional dominado pelas líderes internacionais
• Especialização das empresas locais em atividades de menor
conteúdo tecnológico
• Alto potencial de articulação com a academia > líder na
entrada de novas empresas de biotecnologia
• Papel central das laboratórios empresas de análises
laboratoriais
• Déficit comercial permanente mesmo após a desvalorização
• Papel significativo das compras governamentais (política de
sangue e de assistência em geral)
Indústria farmacêutica brasileira: Panorama Geral
Registros de medicamentos genéricos - valores acumulados
16000
14130
14000
14591
12846
11535
12000
10000
9022
8000
6289
6000
3985
4000
2447
2000
1556
750 337
549
143 133
186
66
1703
854
234
1235
258
292
2023
317
2226
329
2572
334
2645
337
0
2000
2001
Nº de fármacos registrados
Fonte: Anvisa, 2010.
2002
2003
2004
2005
2006
Nº de medicamentos genéricos registrados
2007
2008
2009
Nº de apresentações registradas
Indústria farmacêutica brasileira: Panorama Geral
As 10 Maiores Empresas da Indústria Farmacêutica no Brasil em 2008
Ranking
Empresas
Vendas em 2008
(Em US$
Milhões)
Market share em termos
de volume de vendas
(%)
1
EMS
957
7,7
2
Novartis
788
6,3
3
Sanofi-Aventis
776
6,2
4
Medley Brasil*
707
5,7
5
Ache
705
5,7
6
Bayer
502
4,0
7
Eurofarma Brasil
466
3,7
8
Castro Marques
412
3,3
9
Pfizer
393
3,2
Johnson & Johnson
361
2,9
6.407
51,4
12.472
100
10
Outras Empresas
Total Brasil
* Em 2009, a Medley, uma das principais empresas nacionais do setor, foi adquirida pela Sanofi-Aventis por R$ 1,5
bilhões tornando-se o maior produtor de genéricos da América Latina
Indústria farmacêutica brasileira: Panorama Geral
Aquisições realizadas na indústria farmacêutica no período recente.
Ano
Adquirente
Adquirida
2005
Aché


Astamedica
Biosintética
2005
Biolab


Dalmatia
Sintefina
2005
Libbs

Mayne Pharma do Brasil
2006
AstraZeneca

Cambridge Antibody Technology
2006
Bayer

Schering
2009
Sanofi-Aventis

Medley
Fonte: Atualizado a partir de Barbosa, A., Mendes, R., Sennes, R., 2007
Indústria farmacêutica brasileira: Esforço inovativo
Estrutura do dispêndio em atividades inovativas na
indústria farmacêutica brasileira –2005
•
Atividades internas
de Pesquisa e
Projeto industrial e
outras preparações
técnicas; 16,3%
Desenvolvimento;
Aquisição externa
17,4%
de Pesquisa e
Aquisição de
software; 0,9%
Investimentos em atividades
inovativas ainda pouco
expressivos frente ao padrão
internacional:
– Dispêndio em atividades
inovativas (2005): R$ 1,04
bilhões (4,16% da RLV)
– Dispêndio em P&D interno
(2005):R$ 180 milhões (0,72%
da RLV)
Desenvolvimento;
13,1%
Introdução das
inovações
tecnológicas no
Aquisição de
mercado; 20,0%
Treinamento; 1,1%
Aquisição de
outros
máquinas e
conhecimentos
equipamentos;
externos; 4,8%
26,4%
Taxas de inovação e incidência sobre a receita líquida de vendas dos dispêndios em atividades
inovativas
Variável
Incidência sobre a receita líquida de vendas dos
dispêndios realizados nas
Taxa de inovação
Fonte: PINTEC/IBGE.
Atividades inovativas
Ano
Total indústria - Brasil
19982000
31.5
20012003
33.3
20032005
34,4
Farmacêutica - Brasil
46.8
50.4
52,4
2000
P&D interno
2003
2005
2000
2003
2005
3,8
2,5
2,8
0,6
0,5
0,6
5,7
3,4
4,2
0,8
0,5
0,7
Indústria farmacêutica brasileira: Esforço inovativo
Estrutura do dispêndio em atividades inovativas no setor
farmacêutico - Brasil – 2000, 2003 e 2005 (em %)
100%
17,3%
20,7%
16,3%
90%
80%
20,9%
18,0%
20,0%
70%
60%
50%
28,7%
26,2%
26,4%
4,9%
4,8%
40%
30%
5,0%
11,5%
12,9%
14,6%
15,3%
13,1%
20%
10%
17,4%
0%
2000
2003
Atividades internas de Pesquisa e Desenvolvimento
Aquisição de outros conhecimentos externos
Treinamento
Projeto industrial e outras preparações técnicas
2005
Aquisição externa de Pesquisa e Desenvolvimento
Aquisição de máquinas e equipamentos
Introdução das inovações tecnológicas no mercado
Aquisição de software
Indústria farmacêutica brasileira: Estrutura Industrial
Participação relativa do setor farmacêutico no total da indústria de transformação, 1996-2007
Fonte: Fonte: Pia/IBGE. Unidade Local - 1996-2006 - Elaboração própria a partir dos dados
obtidos na fonte
Indústria farmacêutica brasileira: Estrutura Industrial
Evolução da participação relativa das atividades de fabricação de produtos farmoquímicos no setor
farmacêutico, segundo variáveis selecionadas da PIA-IBGE, 1996-2007 (em %)
Fonte: Pia/IBGE. Elaboração própria a partir dos dados obtidos na fonte
OBS: UL- unidades locaisl; VBP - Valor da Produção; TM-med – tamanho médio
segmento medicamentos; TM-far – tamanho médio segmento farmoquímico
O segmento farmoquímico: importante gargalo da cadeia produtiva farmacêutica:
1. Participa com menos de 1% do Valor Bruto da Produção e da Receita Líquida total
do setor farmacêutico
2. Apresenta uma escala de produção muito baixa e consideravelmente inferior à do
segmento de medicamentos
Indústria farmacêutica brasileira: Estrutura Industrial
Relação entre Valor Bruto da Produção (VP) e Número de Unidades Locais (UL) no
segmento farmoquímico e de medicamentos, 1996-2007
R$ Mil a Preços de 2007
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
250
Em R$ Mil da preçor de 2007 por PO
60.000
206,72
197,10
192,82
193,63
186,69
174,88
146,11
165,85
162,11
198,42
155,57
141,11
200
160,64
145,21
165,35
150
130,49
110,20
126,22
120,94
104,70
100
84,79
67,79
65,81
0
1996
1997
(VP/UL)_Farmoquímico
191,87
50
0
1998
1999
2000
2001
(VP/UL)_Medicamentos
2002
2003
2004
2005
(VTI/PO)_Farmoquímico
2006
2007
(VTI/PO)_Medicamen
O que esperar num cenário de médio prazo?
Determinantes da Dinâmica dos Investimentos Esperados
Gastos per capita com medicamentos - 2007 e
2011, países selecionados
•
O gasto per capita com
medicamentos na América
Latina tende a dobrar entre
2007 e 2011
•
O principal vetor de
crescimento no mercado latino
americano está associado
mais ao aumento do volume
do que ao dos preços;
•
Os gastos correntes com
saúde na América Latina
equivalem atualmente a cerca
de 4-9% do PNB enquanto
que nos mercados maduros
este percentual tende a ser
superior à 10%;
350
317
2007
300
Gasto per capita em US$
2011
250
200
150
134
123
99
100
75
138
105
69
50
12
20
8 12
0
Argentina
Brasil
México
Venezuela
Fonte: IMS HEALTH, MIDAS, MAT Dez 2007
China
Índia
O que esperar num cenário de médio prazo?
• Aumento da importância do mercado brasileiro no
ranking do mercado mundial;
• Ampliação da capacidade produtiva e da capacitação
para inovações de caráter incremental no segmento
farmacêutico;
• Redução modesta do hiato da intensidade dos esforços
de P&D de empresas brasileiras frente ao padrão
internacional;
• Redução modesta no descompasso entre a evolução da
capacidade produtiva e da capacidade de inovação;
Principal desafio para o cenário desejável 2022:
vincular o aumento de capacidade e de porte
empresarial com estratégias mais ativas de
inovação
Conclusões: questões-chave para a indústria
farmacêutica no Brasil
1.
2.
Fortalecimento e expansão da capacidade produtiva nacional:
–
–
–
–
–
Aumento da escala de produção
Adensamento da cadeia produtiva
Consolidação da estrutura patrimonial
Novos arranjos produtivos
Diversificação para produtos de maior valor agregado
–
–
Aumento do investimento privado em P&D
Fortalecimento da infra-estrutura pública e privada de apoio ao
desenvolvimento tecnológico e industrial do segmento
Desenvolvimento de novos produtos e plataformas tecnológicas
prioritárias para o Sistema de Saúde
Ampliação dos investimentos em P&D e inovação em áreas
estratégicas
–
3.
4.
Redução do déficit comercial e consolidação da inserção externa
das empresas nacionais
Adequação do Marco Regulatório e do uso do poder de compra
do Estado visando o estímulo à inovação e produção local
Roche (Suíça), oferta de US$ 44 bilhões por 44%
de participação na Genentech, uma das maiores
empresas mundiais no segmento de biotecnologia
Bristol-Myers Squibb (BMS) (EUA), oferta de US$
4,5 bilhões pelo controle de 83% da ImClone
(EUA),
Vencimento de patentes
De acordo com estimativas realizadas pela Associação de Fabricantes
de Medicamentos Genéricos – Pró-Genéricos, o vencimento de
patentes de 17 medicamentos até 2011 abrirá um mercado potencial
de R$ 750 milhões para os fabricantes nacionais de medicamentos
genéricos.
Dentre os medicamentos que se encontram na listagem produzida pela
Pró-Genéricos encontram-se alguns dos medicamentos mais vendidos no
mundo como o Liptor, Viagra, Diovan e Zyprexa, cujas marcas pertencem à
grandes multinacionais como Pfizer, Novartis e Eli Lilly.
Mercado farmacêutico Global: lançamento de
novas entidades químicas
OECD, 2008: STRUCTURE, DYNAMICS AND PERFORMANCE IN NATIONAL BIOPHARMACEUTICAL INNOVATION SYSTEMS
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