Legislação____________________________________________________________________________________________________________________ Transfretur prepara empresários enquanto aguarda o Governo Secretaria Municipal de Transportes (SMT) ainda não se pronunciou sobre ofício enviado pelo sindicato e suspensão de tráfego nos corredores continua E E nquanto a Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo não avalia a proposta do Transfretur de suspender as portarias que proíbem o tráfego dos ônibus de fretamento pelos corredores expressos (Passa-rápido), o sindicato realizou uma palestra para que os empresários estejam mais preparados para evitar qualquer imprevisto relacionado à fiscalização da Prefeitura. Embora os ônibus possam circular em vias alternativas, tais vias não são viáveis e expressas como os corredores e aí reside boa parte do problema. Sem corredores e sem vias adequadas liberadas o fretamento está fadado à falência, o que significaria um impacto sem precedentes no trânsito da capital já que são mais de 560 mil passageiros transportados por dia em toda a região metropolitana de São Paulo. Ao mesmo tempo em que trabalha para que o segmento possa ter fluência em sua atividade comercial, o Transfretur também recorre ao bom senso que em 2004 permitiu que os veículos fizessem uso dos corredores apenas para circulação. O objetivo da reunião era exatamente a proibição de utilização dos corredores através de vias alternativas, que por ora tem sido providenciais, mas não são o ideal. Outras exigências - O consultor do Transfretur, Edson Cunha também instruiu os empresários sobre a documentação, uma vez que a ação da Prefeitura se EM 2007 iniciou com a proibição de tráfego nos corredores, mas se estende a outros itens, como a documentação. Segundo Cunha, ainda há muitas empresas que se esquecem de fazer a renovação da documentação, e acreditam que não haja problema, “mas documento vencido, ou, até mesmo inexistente, gera multa e apreensão”, adverte. Todas as empresas que operam no fretamento devem possuir um Termo de Autorização (TA), que se refere ao cadastro da empresa junto ao Departamento de Transportes Públicos (DTP), órgão da Secretaria Página 2 Acessibilidade Página 4 Artesp EM 2004 Municipal de Transportes de São Paulo (SMT). No caso da empresa ser intermunicipal, deve ter uma cópia do contrato social, uma cópia do Certificado da Artesp, EMTU ou ANTT, a relação da frota (com especificações de prefixo, modelo, chassi, ano, placa) e o CNPJ. Já quando a empresa for municipal, além dos documentos elencados, também serão necessários: a certidão de Contribuição de Cadastros Mobiliários (CCM) [atentar para o código 24 e 29 que se referem à prestação de serviço de transporte], a ficha de breve relato (histórico de idoneidade da empresa), Certidão de recolhimento do ISS, Prova de regularidade fiscal com a Fazenda Estadual, Certidão Conjunta de Débitos relativos a tributos federais e Dívida ativa da União, Certidão do INSS, Certidão do FGTS, e declaração do local da garagem. Outro documento imprescindível é o Certificado de Vínculo ao Serviço (CVS). No caso de inclusão, a empresa deve preparar o Certificado de Registro do Veículo (CRV), o Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV), Apólice de seguro (valor mínimo 74 mil unidades fiscais de referência [Ufir´s]) e a vistoria. São aceitas vistorias da EMTU, Artesp ou Laudo de Inspeção Técnica (LIT) fornecido pelo Instituto de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO). A renovação do CVS está vinculada à data da vistoria, sendo no máximo de 12 meses, que é o tempo máximo previsto pelo DTP, ainda que a EMTU - em se tratando de carros 0 KM - tenha vistoria de até 18 meses. São necessários os mesmos documentos para a renovação à exceção do CRV. A empresa quando da renovação deve levar o CVS que vai vencer ou vencido; situação que não deveria ocorrer. “É adequado providenciar a renovação quando faltarem 30 dias para o vencimento. Assim, todos evitamos contratempos”, esclarece Edson Cunha. Todos os ônibus devem ter uma cópia tanto do CVS quanto do TA. Página 5 Institucional Acessibilidade _______________________________________________________________________________________________________________ Tráfego alterado em função de mudança no calçamento da Paulista D D esde meados do ano, o calçamento público da avenida Paulista vem sendo alterado pela Prefeitura de São Paulo. Acontece que na primeira etapa a alteração se restringiu a dois quarteirões do lado par. Desde novembro, o lado ímpar também passa pela transformação fazendo com que o tráfego dos ônibus de fretamento fosse modificado. Para que houvesse um planejamento adequado à mudança temporária, técnicos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) juntamente com o Diretor-executivo do Transfretur, Jorge Miguel dos Santos, fizeram um test-drive pela Alameda Santos (sentido Consolação-Paraíso) para saber qual o impacto no tráfego da rua paralela à avenida Paulista e também para checar a viabilidade em relação à altura dos ônibus, pois, a Alameda Santos possui uma espécie de pontilhão que une as duas partes do Parque Siqueira Campos, o Parque do Trianon. O resultado foi satisfatório e ficou acordado que até durarem as alterações do calçamento essa via será usada como acesso para os ônibus de fretamento. No sentido oposto (Paraíso-Consolação) não houve alteração e os ônibus permanecessem trafegando pela rua São Carlos do Pinhal. “É sempre possível chegar a um acordo com a Prefeitura quando há consideração também da necessidade do setor, que está diretamente ligada à necessidade do usuário que é a preocupação fundamental do Poder Público”, esclarece Jorge Miguel. Ainda segundo o diretor-executivo, os técnicos da CET também ficaram satisfeitos com o resultado, pois, embora haja uma demanda maior em função do final do ano, a Alameda Santos já é uma via, em geral, mais lenta. Dados da CET deveriam estimular o transporte coletivo A A cidade de São Paulo tem uma das maiores concentrações de frota de veículos particulares do mundo num perímetro de 1.509 Km2 cortado pelo Rio Tietê, tendo como principais afluentes os rios Pinheiros e Tamanduateí, sem contar os inúmeros córregos que recortam a cidade, e que em geral, por não possuírem margem, acabam se transformando em armadilhas com tempo certo para entrar em ação: no verão, quando as chuvas são abundantes. Por si só o aspecto geográfico faz da cidade não só em um caldeirão de pólvora, mas vários que são detonados por incidentes naturais (chuvas fortíssimas) ou sociais, como acidentes de trânsito, em geral, ocasionados por stress, que gera desatenção e pressa, combinação perfeita para desastres, como apontam inúmeros estudos, sem contar os efeitos da ingestão de álcool, fruto do mesmo stress. É possível conhecer dados sobre transporte e trânsito nos principais sites de órgãos públicos, mas todas as evidências parecem não motivar uma política pública de incentivo ao transporte coletivo, deixando-o de tratá-lo como uma prioridade. Mais de 10 anos após a implantação do rodízio de veículos, o tráfego na Mortes em acidentes de cidade está saturado. O fretamento é trânsito na Cidade de São Paulo uma solução para quem não quer trocar o veículo particular pelo transporte Ano Nº mortes coletivo público, mas faria a troca por um transporte em que estivessem alia2002 1.370 dos conforto e pontualidade, caso do 2003 1.268 fretamento, que tem inclusive possibilidades de alterar o trajeto de ônibus 2004* 1.419 como maior facilidade, vide o caso de 2005* 1.505 troca do calçamento da avenida Pau2006* 1.487 lista. Mesmo com esta flexibilidade e oferecendo um serviço de qualidade, ainda assim, o fretamento tem enFonte: CET/Assessoria Técnica/Gerência de Segurança contrado dificuldade para ser visto como um aliado. Apenas para citar um de Tráfego - * utilização de nova metodologia com dado, enquanto isso, o número de mortes no trânsito na cidade é alarlevantamento de mortos junto ao Instituto Médico Legal (IML) e complementações junto à Secretaria de mante. Bem maior que as mortes em guerras que estão em curso, como Segurança Pública do Estado de São Paulo no Iraque. 2 “ _____________________ H Pequena no tamanho, grande na satisfação do cliente H á quase 21 anos nascia a Transuniversal, uma empresa que já contava com o knowhow da família Susaki. “Quando escolhemos o nome a intenção era pensar em algo amplo, que pudesse ter aceitação fácil”, detalha o diretor Francisco Susaki. Embora Francisco viesse de uma empresa que prestava ser- Double Decker Executivo deixamos o contínuo”. Para Francisco, a cidade de São Paulo perdeu eventos. Ele explica. “Até 10 anos atrás dava para trabalhar com tranqüilidade. Não havia o trânsito nem a criminalidade. Os eventos de massa (realizados, em ge- Low Driver viços tanto ao contínuo quanto ao eventual, sua especialidade era o eventual, mas por ossos do ofício a Transuniversal se manteve no início atendendo às duas modalidades de fretamento. Micro Bus “Dessa forma fomos nos adaptando melhor ao eventual, e no começo o forte era trabalhar com operadores: CVC, Agaxtur, Transatlântica, Intravel e LineaC. Depois passamos a trabalhar com eventos, e ral nos grandes centros de exposição, como o Anhembi Expo Center Norte) cresceram, mas os eventos de empresa diminuíram. Muitas empresas foram para o interior, para outros Estados”. Francisco também diz que por conta da concorrência - com o aéreo, o rodoviário e outras empresas que também fazem contínuo, mas sazonalmente realizam prestação de serviço eventual PERFIL - as dificuldades aumenFundada em 1987 taram. Para vencer esses Nº de carros: problemas, além da tradi10 (superluxo, luxo, microônibus e vans) Nº de funcionários: ção e o renome no merca16 (motoristas, manutenção e do, Susaki diz que sempre administração) mantém um contato perReceita: manente com o cliente. 100% eventual Idade Média da Frota: “Só força de vontade 4 anos para trabalhar nesse ramo Tipo de ônibus: e fé naquilo que está faChassi: Scania, Mercedes-Benz e Fiat zendo”, conclui. 3 Editorial _______________________________ “Legislação inibidora” Como todos os empresários de fretamento, também estou mais que descontente com a proibição de trafegar nos corredores e ônibus da cidade de São Paulo. É incrível como o fretamento tem de provar sua utilidade todos os dias, para todos os governos, todas as eleições. Somos uma modalidade de transporte que gera emprego, gera receita à cidade, principalmente, quando realizamos transporte eventual em que o consumo é intenso, desde o transporte propriamente até a hospedagem. Somos discriminados. Não há vagas. Sofremos com recursos para estacionarmos. Os hotéis têm poucos espaços para a chegada de ônibus. Tudo nos é dificultado. Boa parte da dificuldade se dá por falta de planejamento da cidade. Quem planeja prédios anda de carro e não pensa em veículos coletivos, julga-os sinal de pobreza, mesmo que tenhamos ônibus muito bem equipadas e dentro do mais autêntico padrão luxo. Mas é quando há convenções que trazem benefício à cidade, aos habitantes, aos usuários, aos clientes. A lei é dura, mas é lei, diz o ditado. Devemos lembrar que todas as benesses que trazemos encontram sempre quem os inveje. O papel do Poder Público é zelar pelo interesse público e esse também é nosso compromisso, pois, seja na modalidade contínua ou eventual, nos transportamos gente, a mesma que o Poder Público representa. Queremos o direito de trafegar. “ Série Conte sua História O Novos Caminhos trará sempre um breve histórico da trajetória das companhias mais tradicionais até as mais jovens, tendo por base a ordem de registro da empresa na entidade desde sua fundação, em 1989. Francisco S. Susaki é Diretor da Transuniversal Fiscalização _ ________________________________________________________________________________________________________________ Artesp consegue revogar liminares e retirar veículos irregulares U U Gentialmente cedido Acervo SETPESP - Fotos: Edi Pereira ma das principais queixas do empresariado do fretamento refere-se basicamente à fiscalização. Os empresários apontam que quando ela existe, acaba sendo exatamente sob as empresas idôneas que pagam os impostos e estão com a documentação ordenada, mas recentemente a Artesp revogou liminares que permitiam que veículos como vans trafegassem nas estradas estaduais. A seguir uma breve entrevista, realizada por e-mail, com o Diretor de Fiscalização da agência estadual, Sebastião Ricardo Martins. NC - Qual é o maior setor que atua com liminar? SEM - Os setores que mais detêm liminares são os da região de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Baixada Santista. NC - É possível afirmar que o transporte escolar se enquadrou na legislação da agência, pois, muitas peruas/ kombis escolares trafegavam também com liminares? Não temos esse dado. NC - Como a fiscalização está agindo para veículos cuja empresa possui razão social como locadora, mas na prática atuam como fretamento? SRM - Se comprovado o fretamento sem autorização, o veículo é autuado e retirado de circulação até que o proprietário regularize a situação. NC - Em 2004, entre as empresas idôneas que tinham sido autuadas, o cartão de vistoria e o registro vencido eram os principais problemas. Qual a situação atualmente? SRM - A situação não mudou. NC - As blitze se intensificaram em relação aos ônibus clandestinos, aqueles que não têm registro na agência? Há mais fiscais? SRM - As blitze são intensificadas de acordo com a necessidade, uma vez que elas são feitas regularmente nas rodovias de São Paulo. Hoje, cerca de 2% do total de veículos fiscalizados nas rodovias são apreendidos por serem irregulares. Pelo contrário, o número de fiscais diminuiu em razão de várias aposentadorias. Hoje contamos com 24 equipes de fiscalização. Gentialmente cedido Acervo SETPESP - Fotos: Edi Pereira Novos Caminhos - Na última vez que o Novos Caminhos entrevistou o então Gerente de Fiscalização, Luiz Carlos Siqueira Franchim, um dos problemas relativos à fiscalização eram as liminares que permitiam que veículos impróprios em condições ainda mais questionáveis trafegassem pelas rodovias estaduais. Qual a situação hoje? Sebastião Ricardo Martins - Diante da situação das liminares nós levamos aos Magistrados e ao Ministério Público informações sobre os problemas dos operadores não regularizados na Agência. Principalmente sobre as condições de segurança, uma vez que os passageiros ficam sem seguro e não há garantia de que o veículo esteja em condições para o transporte coletivo. Feito esse trabalho, observamos a queda no número de veículos que operam com liminares. NC - Qual o argumento utilizado para cassar as liminares? SRM - Os argumentos utilizados para contestar uma ação são que os serviços prestados não estão autorizados pelo poder público, sendo considerados transportes ilegais, pois ferem a legislação vigente. A interpretação do Magistrado tem grande valia na concessão do pedido cautelar. Por isso a importância do trabalho que fizemos levando informações aos juízes e ao Ministério Público. Melhor idade ________________________________________________________________________________________________________________ “Sem ajuda do Transfretur não poderiamos desenvolver essa atividade” Pouco depois do Transfretur retomar as atividades do fretamento em São Paulo, no final de 2000, os empresários estudaram a condição do fretamento em contribuir com a cessão de ônibus para uma instituição idônea como parte de uma ação de responsabilidade social, uma tendência desde meados dos anos 90. O Transfretur, com o apoio das empresas de sua base e ainda algumas empresas do ABC, passou a conceder ônibus ao Instituto Melhor Idade Estação Vida, fundado oficialmente em 2003, mas com um núcleo ativo desde 1997, promovendo atividades. Atualmente o Instituto é dirigido pela Sra. Esther Tripoli, esposa do fundador Ricardo Tripoli, que concedeu esta entrevista ao jornal Novos Caminhos. Novos Caminhos Há quanto tempo existe o trabalho do Instituto da Melhor Idade Estação Vida ? Quem foi o responsável pela elaboração do projeto e qual o conjunto de atividades desenvolvidas? Esther Nazello de Alvarenga Tripoli - Assumi a Presidência do Instituto da Melhor Idade Estação Vida, em março de 2006, após o falecimento de meu marido, Ricardo Tripoli. Durante décadas, ele foi um grande defensor das pessoas idosas. Sempre contou com a ajuda, não só da família, como também de muitos amigos. Meu filho mais velho, o Deputado Federal Ricardo Trípoli, quando Deputado Estadual foi o autor da Política Estadual do Idoso, Lei que está completando 10 anos e trouxe inúmeros benefícios à população idosa do estado de São Paulo. E o Vereador Roberto Tripoli, também tem sido um fervoroso defensor dos idosos. Como presidente da Câmara Municipal de São Paulo, por duas gestões (2005 e 2006), logo no início de seu primeiro mandato, abriu as portas da Câmara Municipal de São Paulo para a população idosa moradora do Centro da Cidade. Todas as manhãs de domingo os interessados participam de inúmeras atividades (físicas, culturais e de lazer). Essa atividade existe até hoje. Além disso, ele faz parte da Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho, Idoso e Mulher. NC - A partir de qual momento se fez notar a necessidade uma política voltada especialmente para o segmento mais maduro da sociedade, uma vez que o Brasil era visto até bem pouco tempo como o país dos jovens? Esther - Há cerca de uns dez anos, os amigos colaboradores de meu marido começaram a sugerir que todo seu trabalho em benefício dos idosos fosse estruturado. E assim nasceu o Núcleo da Melhor Idade Estação Vida, que, em 2003, passou a Instituto. O Instituto da Melhor Idade Estação Vida congrega cerca de 20.000 associados, pessoas da melhor idade moradoras da Região Metropolitana de São Paulo, a maioria de baixa renda. Diariamente recebemos uma média de 15 novos sócios. Temos por objetivos o estímulo ao envelhecimento saudável, a melhoria da qualidade de vida dessa população, o resgate de sua cidadania, através do desenvolvimento de atividades sócio-culturais. São diversos cursos, tais como: yoga, tai chi chuan, biodança, coral, violão, dança de salão, ginástica, pintura em tela, origami, etc. Além disso, fazemos também bailes, os quais facilitam o relacionamento interpessoal, além de contribuir para a redução de medicamentos para pressão alta, colesterol e depressão. Felizmente, alguns geriatras são nossos melhores divulgadores. Também participamos do Carnaval de São Paulo, constituindo uma das alas da Escola de Samba Águia de Ouro. Mensalmente, atendemos diretamente cerca de 5.700 pessoas. Estamos vivendo um processo de envelhecimento global. A longevidade já é fato no mundo todo. O avanço da medicina, as melhores condições de saneamento, a crescente preocupação com a qualidade de vida através de uma melhor alimentação e estímulo à prática de atividade física, vêem contribuindo muito para um envelhecimento maior e mais saudável. NC - Qual a importância do Instituto para o setor mais maduro da sociedade? Quem são as pessoas que participam das atividades? E quantas são atendidas mensalmente? E quantas já foram transportadas por ônibus cedidos através desta parceria com o Transfretur? Esther - No Brasil, a média de vida do homem gira em torno dos 72 anos e da mulher 75 anos. Já não somos mais um país jovem. Além disso, dados do IBGE mostram que para cada 100 crianças, existem 120 idosos. Nosso maior desafio, haja visto que no Brasil não dispomos da estrutura mínima de atendimento aos idosos, além da conquista desses direitos, é nos mantermos saudáveis e ativos o maior tempo possível. Por isso, a grande importância do acesso a atividades tais como as que desenvolvemos no Instituto. Nos países desenvolvidos o poder aquisitivo do idoso sempre foi valorizado, principalmente no turismo. No Brasil, as empresas já estão enxergando a importância sócio-econômica dos idosos e as agências de turismo e hotéis foram os primeiros. Sabemos que os aposentados mantêm a rede hoteleira funcionando em baixa temporada, mas poderia ser melhor. O trabalho do Instituto da Melhor Idade Estação Vida não seria tão eficiente se não fosse a colaboração do Transfretur. A maioria dos Grupos e Entidades de e/ou para idosos gostaria de fazer ao menos um passeio por mês, mas o alto custo do transporte inviabiliza essa prática. Alguns nem sequer conseguem fazer um passeio durante o ano todo. NC - Atualmente há alguma subvenção governamental ou o Instituto mantém suas atividades graças a outras ações de responsabilidade social? Esther - Não contando com qualquer subsídio público, nosso Instituto não dispõe de recursos para pagamento de transporte. Sendo assim, sem a ajuda do Transfretur, não poderíamos desenvolver essa atividade, que para eles é tão importante. Para o desenvolvimento de nossas atividades contamos com a colaboração de voluntários e algumas parcerias conquistadas ao longo dos anos de trabalho de meu marido. Dentre as mais importantes, destacamos o Transfretur, que há cerca de 6 anos vem contribuindo de forma efetiva, através da ação de responsabilidade social, subsidiando o transporte de nossos associados a locais igualmente cedidos por outros parceiros. NC - Qual a importância desta parceria com o Transfretur, que é o responsável pela ação de responsabilidade social que cede ônibus para passeios com o pessoal da melhor idade? Sem tal ação, as atividades do Instituto seriam inviabilizadas? Esther - Para citar um exemplo apenas: há poucos meses atrás oportunizamos a alguns idosos o reencontro com o mar, após décadas. A felicidade estampada no rosto dessas pessoas não tem preço. Durante esse ano já atendemos cerca de 1.472 idosos e esperamos atender ainda mais 190, no início de dezembro, quando faremos o último passeio do ano. Todos os beneficiados sabem que o transporte é disponibilizado pela empresa através do Transfretur. Meu falecido marido, o “pai Tripoli” como era amorosamente tratado, dizia que “o importante é sermos felizes” e essa tem sido nossa luta no Instituto da Melhor Idade Estação Vida. Tentamos fazer da velhice a nossa melhor idade e o Transfretur tem colaborado muito conosco. Só temos o que agradecer a todas as empresas que por seu intermédio tem nos ajudado. Aproveito para desejar Boas Festas a todos e que Deus abençoe a cada um com muita saúde e grandes realizações em 2008. Esperamos estar juntos novamente. Motor Euro IV Inovação _____________________________________________________________________________________________________________________ Petrobrás tem diesel a 50 ppm de enxofre em 2009 Avanço no combustível agora passa a depender de tecnologia de motores P P etrobrás anunciou uma ótima notícia no início de dezembro; a partir de 2009 vai produzir diesel com muito menos enxofre concentrado, conforme exigência de uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). Serão 50 partículas por milhão (50ppm), um índice comparado a países de primeiro mundo e que torna o ônibus ainda mais promissor como veículo de transporte coletivo. Para que os estudos desenvolvidos possam estar nas bombas de todos os postos das regiões metropolitanas e depois de todo o território nacional serão investidos 9 bilhões de reais por parte da Petrobras. A notícia foi comemorada pelos empresários de fretamento porque vem agregar valor às demais qualidade da modalidade, principalmente na cidade de São Paulo, em que desde maio o Prefeito Gilberto Kassab iniciou a segunda fase do Company). Segundo a própria assessoria de imprensa da Petrobrás divulgou, a situação é promissora, mas ainda há muito por se caminhar. “Querer resolver a questão apenas com o combustível de melhor qualidade é um erro. O mundo não fez assim. É tapar o sol com a peneira. Se o Brasil quiser levar a sério essa questão, a redução das emissões exige motores de última tecnologia e controle rígido por parte dos Estados Motor Euro IV na manutenção das condições de uso desses equipamentos”, avalia Paulo Roberto Costa, diretor da Área de Abastecimento da petrolífera sobre a necessidade de se combinar óleo e motor. De qualquer forma, o que é possível adiantar é que a tecnologia tanto do motor quanto do combustível encarecerá toda a transação do transporte, e demandará a troca de toda a frota, ou pelo menos de todos os motores; processo que é moroso e ao mesmo tempo demandará um planejamento e uma legislação combinadas que dêem prazos para adaptação. Ainda segundo a Petrobras, atualmente, 41% dos veículos que circulam no País são movidos a Transfretur em evento do lançamento da segunda fase do Projeto Cidade Limpa. Dirediesel. Na década de 1950, correspondiam a 19% tor-executivo do Transfretur, Jorge Miguel dos Santos, Prefeito de São Paulo, Gilberto do total. A partir da década de 90, o teor de enKassab e empresário, José Boiko xofre no diesel era de 13.000 ppm e a meta é, até Projeto Cidade Limpa realizando uma inspeção da emissão de 2013, encerrar a produção e a venda do diesel com 2.000 ppm. fumaça preta. Todo dia 22 de setembro é comemorado o dia Mundial sem Mas como toda boa notícia, a inovação da Petrobrás de- carro. A iniciativa tem agregado várias capitais do país e cidades pende de um outro elemento imprescindível. O motor que vai onde o trânsito é um destacado problema e influencia em custos receber o combustível também precisa ser moderno o suficien- e perdas gigantescas ao longo do ano. Neste dia, na capital, o te senão de nada valerá a menor concentração de enxofre. O Movimento Nossa São Paulo organizou um manifesto com a assimotor necessário já é produzido no exterior. Trata-se do Euro natura de 400 entidades interessadas em promover um ambiente IV. No Brasil há duas empresas, no momento, em condições de mais saudável para todos. O Transfretur é uma destas entidades produzir o motor. São elas: a empresa International Engines, signatárias do manifesto que reivindicava a manutenção das daque incorporou a MWM International, e se transformou em tas-limites para a inovação e a considerável redução dos níveis de MWM International Indústria de Motores da América do Sul enxofre no monóxido de carbono despejado no ar através das Ltda., e a Cummins Latin America (divisão da Cummins Engine fumaças dos veículos movidos a diesel. Presidente da Fresp está confiante na eficácia de todo o ciclo Expediente O Presidente da Fresp e do Transfretur, Silvio Tamelini, mostrou-se confiante que mesmo com todas as dependências em relação ao motor um novo período tem início com a divulgação da Petrobrás.”Podemos pensar em inúmeros benefícios: a população como um todo, à cidade menos cinzenta, ao transporte coletivo que pode inspirar uma onda de proteção ambiental, e ao fretamento porque somente empresas idôneas terão condições de se manter na atividade, uma vez que o papel do governo será o de manter a fiscalização àqueles que estão fora das legislações e mais que isso promover um plano de financiamento global para a troca de motores ou mesmo de frota a depender da adaptação”, destaca. Para o empresário, há ainda outro ponto importante. “Estaremos colaborando com a geração de emprego, porque esta medida vai ativar inúmeros setores: transporte, auto-peças, montadoras, combustível. A Petrobrás está de parabéns por cumprir um importante papel à frente de muitos países de primeiro mundo. Isso vai ao encontro do momento político internacional de rediscussão do Protocolo de Kyoto”, conclui. Novos Caminhos é o órgão de divulgação do Transfretur Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros por Fretamento e para Turismo de São Paulo e Região - e da Associtur - Associação dos Transportadores de Turistas, Industriários, Colegiais e Similares do Estado de São Paulo. www.transfretur.org.br Cartas, dúvidas e sugestões: Rua Marquês de Itú, 95 - 1° andar cjs. A/B - CEP 01223-001 - Tel.: (0xx11) 3331 - 8022 e-mail: [email protected] Jorge Miguel dos Santos - Diretor-executivo Editoração e produção: Stilo Arte Jornalista Responsável: Gislene Bosnich - MTb. 26610 [email protected] Tiragem: 2000 exemplares Diretoria: Silvio Valdemar Tamelini, Claudinei Brogliato, Marcelo Laurindo Félix, José Parada Garcia, José Boiko, Jerônimo Ardito, Ricardo Luiz Gatti Moroni, José Martinho, Eidi Shiguio, Iutaka Soyama