Relatório
2010
III FORUM LA
TINO - AMERICANO DE SMART GRID
LATINO
Passando da Teoria para a Prática e
Avançando Rápido no Brasil e na América Latina
Relatório Edição de 2010
Novotel Jaraguá São P
aulo Conventions
Paulo
R. Martins Fontes, 71 - Bela Vista - São Paulo - SP - Brasil
Promoção e Organização
Rua Pamplona, 1465 - cj. 43
01405-030 - São Paulo - SP - Brasil
Telefone: (55-11) 3051-3159
[email protected]
www.smartgrid.com.br
Relatório/2010
A ECOee e a RPM Brasil promoveram, nos dias 23 e 24 de agosto de 2010, a 3ª edição do SMART GRID FÓRUM/2010,
realizado pelo Fórum Latino-Americano de Smart Grid. Neste ano, o evento, realizado no Novotel Jaraguá São Paulo
Conventions, em São Paulo, Brasil, abordou o tema “Passando da Teoria para a Prática e Avançando Rápido no Brasil e
na América Latina”.
Destinado a profissionais e empresas que atuam no mercado de energia (concessionárias,
grandes consumidores e produtores, governos, agências reguladoras, fabricantes de
equipamentos, provedores de sistemas e soluções de medição, controle, automação e
entidades de desenvolvimento de P&D), o encontro teve como objetivo discutir soluções
empresariais integradas e definitivas para o uso eficiente de energia, assim como
alternativas de financiamento para o setor.
O Fórum Latino-Americano de Smart Grid foi criado em 2008 com a proposta de monitorar
o progresso tecnológico mundial na área de smart grid, sintetizar os resultados obtidos
no segmento e articular ações para criar condições de implantação de novas tecnologias,
com base em abordagens de razoabilidade de custos e benefícios para a sociedade e os agentes do setor de energia.
Plenário do FORUM LATINOAMERICANO DE SMART GRID
Essa articulação envolve mobilização dos provedores de solução, empresas de energia, agentes de regulação e política
governamental, agentes financeiros, consumidores e sociedade em geral. A ideia é incluir no debate a mais ampla matriz
de interessados possível, motivo pelo qual o Fórum é fortemente apoiado por várias associações e entidades nacionais e
internacionais.
Em sua 3ª edição, o evento recebeu autoridades mundiais sobre o tema e contou com apoios internacionais importantes,
tanto de entidades de âmbito regional, como a ADEERA (La Asociación de Distribuidores de Energía Eléctrica de la
República Argentina) e CIER (Comisión de Integracion Electrica Regional), quanto de abrangência global, a exemplo do
EEI (Edison Eletric Institute), do IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), do EPRI (Electric Power Research
Institute) e do Smart Grid Australia. Além dessas, houve apoio de 27 entidades e associações brasileiras, entre elas a
ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) e o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial), que foram os apoiadores oficiais do evento.
O tema do encontro foi abordado pelo diretor-executivo do Fórum, Julio M. Rodrigues,
em sua apresentação de boas-vindas. Ele comentou sobre as empresas que já estão
divulgando seus primeiros projetos e estudos de implantação. Em seguida, apresentou
os números do evento, que reuniu as maiores autoridades mundiais do tema, contando
com a presença de 46 palestrantes, sendo 15 destes internacionais; 12 empresas
patrocinadoras; e 27 entidades apoiadoras, que vieram dos mais representativos
segmentos de energia. O Fórum contou com 320 congressistas que participaram da
conferência e outros 300 que visitaram a exposição, o que demonstrou o grande interesse
e necessidade de articulação e desenvolvimento nessa área no Brasil e em toda a América
Latina.
Julio M. Rodrigues
CEO, RPM Brasil e diretorexecutivo, FORUM LATINOAMERICANO DE SMART GRID
Rodrigues destacou também que o objetivo maior do evento é o de monitorar o progresso tecnológico mundial na área de
smart grid, sintetizando resultados obtidos e articulando ações para criar condições de implementação de tecnologias.
Essa articulação envolve mobilização dos:provedores de solução, empresas de energia, dos agentes de regulação e de
política governamental, dos agentes financeiros, consumidores e da sociedade em geral.
APRESENTAÇÃO DO SMART GRID FÓRUM
O Presidente do Fórum, Cyro Vicente Boccuzzi, sócio-diretor da Consultoria ECOEE,
apresentou estudos realizados por sua empresa para o Fórum Latino Americano de
Smart Grid, a partir da avaliação dos programas de investimentos das principais empresas
brasileiras. De acordo com o trabalho, os investimentos em tecnologias de smart grids
deverão superar a cifra de R$ 4 bilhões até 2013.
Cyro Vicente Boccuzzi
CEO, ECOee e Presidente, FORUM
LATINO-AMERICANO DE SMART
GRID
O estudo se baseou nos planos atuais das empresas de distribuição, transmissão e em
alguns projetos de geração, não considerando, ainda, o potencial efeito que eventuais
incentivos à modernização, por modificações positivas na atual política energética e na
regulação, poderiam proporcionar.
Boccuzzi destacou que entre 2010 e 2013 o Brasil deverá investir cerca de R$ 100
bilhões em energia elétrica, praticamente o mesmo valor investido entre 2003 e 2009. Deste total, cerca de R$ 14 bilhões
serão destinados à distribuição de energia elétrica, por meio das empresas de distribuição de energia, além de investimentos
a serem realizados por grandes consumidores em novas instalações e na automação e modernização da infraestrutura
para atendimento aos projetos da Copa do Mundo, de 2014, e das Olimpíadas, em 2016. Boccuzzi enfatizou: “estamos
orgulhosos por reunir em um único evento a nata da inteligência em tecnologia e negócios de energia e também do
pensamento acadêmico sobre a modernização desta importante infraestrutura, no Brasil e na América Latina”.
Após duas edições do Fórum, Boccuzzi destacou que agora, em 2010, quase todas as empresas de energia começaram
a realizar estudos que pudessem qualificar e adequar seus planos de investimentos para incorporar essas tecnologias em
maior ou menor grau, ainda que não existam políticas e regulamentos específicos sobre o tema no Brasil.
O presidente do Fórum atribui esse fator ao crescimento do nível de exigência dos consumidores de energia, à dependência
deles de serviços contínuos, e os custos e restrições para a implementação de empreendimentos convencionais de
geração, transmissão e distribuição convencionais. Ele também apontou que “o espaço urbano está cada vez mais
limitado e as concessionárias enfrentam crescentes dificuldades e custos para obter autorizações de passagem e uso das
ruas e terrenos nas cidades. Por outro lado, a tecnologia de geração em escala domiciliar avançou vertiginosamente nos
últimos três anos, e hoje já é, em alguns casos, mais barato obter energia de células solares do que solicitar o atendimento
da concessionária, em regiões distantes, por exemplo.”
O DESAFIO DA MODERNIZAÇÃO DA INFRAESTRUTURA
Painel - O DESAFIO DA MODERNIZAÇÃO DA INFRAESTRUTURA
- Rubens Bruncek Ferreira, diretor de Eng. da CPFL
- Acher Mossé, diretor-executivo da Electric Power
Research Institute - EPRI, da América Latina
- Paulo Henrique Silvestri Lopes, superintendente de
Regulação dos Serviços de Distribuição, da Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)
- Cyro Vicente Boccuzzi, Presidente do Fórum LatinoAmericano de Smart Grid e CEO da ECOee
- Luiz Carlos Silveira Guimarães, presidente da
Associação Brasileira de Distribuidores de Energia
Elétrica (ABRADEE)
- Maximiliano Salvadori Martinhão, gerente geral de
Certificação e Engenharia do Espectro, da Agência
Nacional de Telecomunicações (ANATEL)
- Fábio Toledo, assessor do diretor da Distribuição da
Light
No painel de abertura, Rubens Bruncek Ferreira, diretor de engenharia da CPFL, e Fabio Toledo, assessor do diretor da
Distribuição da Light, apresentaram considerações a respeito dos estudos que suas empresas realizam sobre o tema e a
necessidade de que os projetos tenham retorno para os acionistas e a sociedade, bem como as regras para que esses
investimentos tenham clareza e estabilidade.
Na sua participação, o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE), Luiz Carlos
Guimarães, apresentou projeto estratégico que a entidade está propondo em conjunto com a Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL), para criar um Programa Brasileiro de Redes Inteligentes, em que essas regras, custos e benefícios
sejam discutidos para que todos os agentes tenham conforto em avançar nessas novas tecnologias.
Já o superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição da ANEEL, Paulo Henrique Silvestri Lopes, discorreu
sobre estudos que vêm desenvolvendo sobre o tema e também sobre a proposta mencionada pelo presidente da ABRADEE.
Destacou que em todo o mundo os governos têm fomentado o desenvolvimento tecnológico na área de distribuição de
energia objetivando incentivar as concessionárias para promoverem o uso eficiente, a introdução de geração renovável
de pequeno porte junto aos centros de carga, e também objetivando melhorar a confiabilidade, disponibilidade e segurança
do serviço de eletricidade aos consumidores. Lembrou que, em abril, o Ministério da Minas e Energia publicou a Portaria
440/2010 constituindo um grupo de trabalho interno do governo para estudar a questão e, em seis meses, promover a
publicação de diretrizes na área. Este grupo, que conta com representantes da ANEEL, deverá concluir seus trabalhos em
cerca de dois meses.
Maximiliano Salvadori Martinhão, representante da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), destacou a
importância da discussão deste tema e sua íntima relação com as políticas de facilitação do acesso à banda larga e
também às questões ligadas à segurança das comunicações.
O SMART GRID NA VISÃO DAS UNIVERSIDADES E CENTROS DE P&D
- José Sidnei Colombo Martini, professor doutor da
Escola Politécnica da USP
- Presidente da mesa, Máximo Luiz Pompermayer,
superintendente de Pesquisa, Desenvolvimento e
Eficiência Energética da Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL)
- Hélio Marcos Machado Graciosa, presidente do
CPqD
- Djalma Mosqueira Falcão, professor da COPPE/
UFRJ
Os representantes das universidades e centros de
pesquisa também apresentaram seus trabalhos, para
acelerar a capacitação de pessoas e formação de
profissionais, bem como acelerar a realização de
projetos que visam desenvolver competência local
nestas tecnologias.
Painel - O SMART GRID NA VISÃO DAS
UNIVERSIDADES E CENTROS DE P&D
O PODER É SEU: HABILITANDO SERVIÇOS DE SMART ENERGY PARA SEUS CLIENTES
O vice-presidente de Desenvolvimento Global da Tendril, Gilbert Shaw, apresentou
as novas tecnologias de ferramentas da empresa que proporcionam total domínio
dos consumidores sobre a forma de uso e sobre os gastos com energia. Destacou
também projetos em implantação que objetivam, na essência, a economia e a
eficiência no uso de energia.
DEFINIÇÃO E APLICABILIDADE DAS TARIFAS DINÂMICAS DE ENERGIA COMO PASSAR DA TARIFA PLANA PARA UMA ESTRUTURA MAIS COMPLEXA
ENVOLVENDO A SOCIEDADE COMO UM TODO
Gilbert Shaw, vice-presidente de
Desenvolvimento Global, Tendril
Estados Unidos da América
Entre as participações mais aguardadas,
destacou-se a de Ahmad Faruqui, executivo
do Brattle Group, que assessora diretamente
o governo norte-americano no desenvolvimento de tarifas especiais para viabilizar
o melhor uso do sistema e a redução da demanda por energia elétrica.
Ahmad apresentou vários estudos que concluem que as tarifas dinâmicas são
ferramentas importantes para viabilizar o uso eficiente de energia, de forma a
eliminar subsídios cruzados entre consumidores e a incentivar a otimização da
Ahmad Faruqui, Ph.D. e
infraestrutura. Citou o exemplo do rodízio de veículos empregado na cidade de
CEO do Brattle Group
Estados Unidos da América
São Paulo como um exemplo de gerenciamento da demanda: “se não há espaço
nas ruas para todos os veículos trafegarem ao mesmo tempo, é natural que existam multas e penalização aos motoristas
que descumpram essas regras; da mesma forma, a lei da oferta e da procura diferencia preços nos setores da economia,
menos tradicionalmente na energia, mas isso mudará, no mundo inteiro, em muito breve”.
COLABORAÇÃO GLOBAL PARA A IMPLEMENTAÇÃO DO SMART GRID
- Pier Nabuurs, CEO, Kema, e Chairman da ETP - Smartgrids,
European Technology Platform for the Electricity Networks of the
Future, Holanda
- Presidente da mesa, Cyro Vicente Boccuzzi, Presidente do Fórum
Latino-Americano de Smart Grid e CEO da ECOee
- Ester Beatriz Fandiño, secretária-executiva do Comitê Argentino da
Comissão de Integração Elétrica Regional - CACIER, da Argentina
- Guido Bartels, chairman da Gridwise Alliance and General Manager
Global da Energy & Utilities Industry, IBM, Estados Unidos
Diversos especialistas também apresentaram suas experiências e
interagiram com os participantes para a construção de propostas
Painel - COLABORAÇÃO GLOBAL PARA A
aplicáveis de modo direto e específico ao mercado latino-americano.
IMPLEMENTAÇÃO DO SMART GRID
No primeiro dia do evento, ocorreu um painel sobre colaboração global,
do qual participaram o presidente da Gridwise Aliance, Guido Bartels, e o presidente da Plataforma Tecnológica Européia,
Pier Nabuurs. Pela América Latina, falou neste painel Ester Fandiño, presidente da Associação dos Distribuidores de
Energia da Argentina e ex-presidente da Agencia Reguladora Nacional.
PLANEJAMENTO ENERGÉTICO
BRASILEIRO E USO EFICIENTE
Juarez Castillon Lopes, Diretoria de
Estudos Econômico-Energéticos da
Empresa de Pesquisa Enérgica (EPE)
A apresentação contemplou os estudos
realizados pela EPE nas áreas de eficiência
energética e redução de perdas e contou com
a participação de Juarez Castillon Lopes,
Diretoria de Estudos Econômico-Energéticos
da Empresa de Pesquisa Enérgica (EPE) e
José Starosta, presidente da ABESCO.
Presidente da mesa, José Starosta,
presidente da ABESCO
A IMPORTÂNCIA DA
NORMATIZAÇÃO E INTEROPERABILIDADE
- Dean Prochaska, coordenador nacional para Smart Grid
do Conformance da National Institute of Standards and
Technology, do U.S. Departament of Commerce,
ESTADOS UNIDOS
- Presidente da mesa, Amaury Santos, gerente regional
para a América Latina e Caribe, IEC - International
Electrotechnical Commission, América Latina e Caribe
- João Alziro Herz da Jornada, Presidente do INMETRO
PAINEL - A IMPORTÂNCIA DA NORMATIZAÇÃO E
INTEROPERABILIDADE
No painel foram cobertos os trabalhos que vêm sendo
desenvolvidos de forma coordenada pelas entidades
participantes, tendo se estabelecido a necessidade de um
grande acompanhamento e articulação institucional na
região da América Latina, da forma mais transparente, para
que as normas sejam representativas das necessidades
regionais.
Após esse painel, os trabalhos do primeiro dia foram encerrados e foi realizado um
coquetel de confraternização.
Os trabalhos do segundo dia foram iniciados com apresentações de soluções
oferecidas pelos patrocinadores, que discorreram sobre projetos reais e tecnologias
recentemente implantadas, bem como sobre seus benefícios e vantagens.
Coquetel de Boas-Vindas
A AUTOMAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO NO
CONTEXTO DO SMART GRID: UM CASO
PRÁTICO
- Dario Almeida, executivo de Negócios,
Serviços em Consultoria / Utilities da IBM
Dario Almeida, executivo de Negócios,
Serviços em Consultoria, IBM
SMART GRIDS - DA TEORIA PARA A
PRÁTICA - ALGUNS EXEMPLOS
REALIZADOS
Davi Bisinotto Gomes, coordenador do
Segmento Smart Grid, SIEMENS
- Davi Bisinotto Gomes, coordenador do
Segmento Smart Grid, SIEMENS
AS VANTAGENS DO SMART GRID
- Bob Gilligan, vice-presidente, Digital Energy,
GE Energy Services, ESTADOS UNIDOS
CASO DE SUCESSO NA IMPLANTAÇÃO
DE SMART GRID
Bob Gilligan, vice-presidente, Digital
Energy, GE Energy Services, USA
- Francisco José Arenas Pérez, TELVENT,
ESPANHA
Francisco José Arenas Pérez,
TELVENT, ESPANHA
DA TEORIA PARA A PRÁTICA NA AMÉRICA LATINA:
OS PRIMEIROS CASES DE SMART GRID
- Jacir Carlos Paris, superintendente de
Engenharia de Distribuição da Copel
- Denys Claudio Cruz de Souza, superintendente de Desenvolvimento e Engenharia
da Distribuição da CEMIG
- presidente da Mesa, Julio M. Rodrigues
CEO, RPM Brasil e diretor-executivo, Fórum
Latino-Americano de Smart Grid
- Ricardo Van Erven, diretor de Tecnologia e
Serviços da AES Eletropaulo
- Luiz Fernando Arruda, assistente do
Presidente das Empresas de Distribuição
da Eletrobrás
O debate contou com apresentações de
executivos de várias empresas de distribuição
Painel
brasileiras, como CEMIG, Eletrobrás, Copel e
DA TEORIA PARA A PRÁTICA NA AMÉRICA LATINA:
AES Eletropaulo. Estas empresas já
OS PRIMEIROS CASES DE SMART GRID
incorporaram em seus planos de investimentos
atuais algumas das novas tecnologias de redes inteligentes nas suas expansões ou estão desenvolvendo propostas de
projetos de demonstração, que permitam acessar de forma mais direta e objetiva os custos e benefícios das plataformas
de smart grid.
ADOÇÃO DE REDES ELÉTRICAS INTELIGENTES NO BRASIL LIÇÕES ORIUNDAS DA EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL
- Joisa Campanher Dutra, Consultora e Professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV)
O PAPEL DA LIDERANÇA DOS GOVERNOS E DOS
REGULADORES NA MUDANÇA TECNOLÓGICA
- Presidente da mesa, Virgínia Parente,
professora doutora, Finanças e Regulação
Aplicadas à Energia e ao Meio Ambiente,
IEE/USP e Presidente do Comitê de
Energia da Amcham (Câmara Americana
de Comércio).
- Cyro Vicente Boccuzzi, CEO, ECOee e
Presidente, FÓRUM LATINO-AMERICANO
DE SMART GRID
- Ashley C. Brown, diretor-executivo do
Harvard Electricity Policy Group, da
Harvard University, Estados Unidos
- Frederick F. Butler, vice-presidente da
Salmon Ventures and Former US State
Comissioner, Estados Unidos da América
Painel
O PAPEL DA LIDERANÇA DOS GOVERNOS E DOS
REGULADORES NA MUDANÇA TECNOLÓGICA
As apresentações específicas sobre regulação
ficaram a cargo da consultora e professora da Fundação Getúlio Vargas ( FGV) Joísa Campanher Dutra (ex-diretora da
ANEEL), de Ashley Brown, diretor de Política Regulatória da Harvard School, de Frederick Butler, ex-presidente da
NARUC (Associação de Reguladores Estaduais Americanos). O painel teve a moderação de Virgínia Parente, professora
doutora, Finanças e Regulação Aplicadas à Energia e ao Meio Ambiente, IEE/USP e Presidente do Comitê de Energia da
Amcham (Câmara Americana de Comércio).
ESTRUTURA FLEXÍVEL NAS
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E O
SMART GRID
- José Juarez Guerra,
diretor Comercial da Finder
José Juarez Guerra,
diretor Comercial da Finder
INTEGRATED DISTRIBUTED
MANAGEMENT SYSTEM (IDMS): SISTEMA
PARA OTIMIZAÇÃO DA GESTÃO DA
DISTRIBUIÇÃO
- Ricardo Hering, diretor América Latina de
Automação da Alstom Grid
Ricardo Hering, diretor América Latina
de Automação da Alstom Grid
Duas abordagens também voltadas à forma de implementação dessas tecnologias, oferecidas por patrocinadores, seguiram
o debate regulatório.
A IEC E SEU TRABALHO
ESTRATÉGICO EM SMART GRIDS
- Richard Schomberg, vice-presidente de
Inovações, EDF Group e Chairman do
Strategic Group 3, Smart Grid, IEC International Electrotechnical Commission,
França
Richard Schomberg, vice-presidente
de Inovações, EDF Group e Chairman
do Strategic Group 3, Smart Grid, IEC International Electrotechnical
Commission, França
MAKING SENSE OF THE SMART GRID
- Matthew S. Loeb, Staff Executive,
Corporate Strategy, IEEE,
Estados Unidos
Matthew S. Loeb, staff executive,
corporate strategy, IEEE, Estados
Unidos da América
As duas palestras finais discorreram, respectivamente, sobre o trabalho da International Electrotechnical Commission
(IEC – França) na preparação de um arcabouço normativo, ao mesmo tempo amplo e coerente e, por outro lado, específico
e profundo, do smart grid, a que Richard se referiu como sendo “o cromossomo ou o código genético” do smart grid, e as
estratégias que o IEEE vem adotando no sentido de proporcionar visão de liderança e, ao mesmo tempo, trabalhos
articulados em torno de uma plataforma colaborativa mundial, encerraram esta terceira edição do evento.
ENCERRAMENTO
Falando após a conclusão do último painel, no encerramento do evento, o
presidente do Fórum, Boccuzzi resumiu e apresentou os destaques do
evento, primeiramente falando sobre sua satisfação em ter realizado um
encontro com qualidade e nível internacional, no qual, durante todo o tempo
e até o último painel, a sala esteve completamente lotada.
Cyro Vicente Boccuzzi
CEO, ECOee e presidente,
FORUM LATINO-AMERICANO DE SMART GRID
Discorreu também sobre os excelentes feedbacks recebidos dos
participantes durante o Congresso e concluiu relembrando que os projetos
já estão acontecendo, ainda que, sem muita publicidade e quietamente, e
que, inclusive, as universidades e centros de pesquisa também já estão
trabalhando na formação de profissionais e no desenvolvimento de know
how. Lembrou os estudos mencionados na sessão de abertura, em que a
ECOee estima que dos R$ 100 bilhões de investimentos previstos no
Brasil para o período de 2010 a 2013, cerca de R$ 4 bilhões já estariam
hoje incorporados aos planos das empresas, mesmo sem política e
regulação específicas.
Sobre as estimativas, Boccuzzi comentou que “o Ministério de Minas e Energia do Brasil foi convidado a participar do
evento e a relatar, ainda que de forma genérica, o andamento dos estudos que oficialmente vêm sendo conduzidos, mas
parece ter preferido não desejar antecipar as medidas futuras”.
Para ele, a ausência de discussão mais ampla com a sociedade neste tema pode significar a manutenção da atual política
energética. “O governo brasileiro ainda possui um foco muito concentrado na expansão, em razão da recente e significativa
melhoria da qualidade de vida e renda da população, bem como da abundante oferta de opções energéticas disponíveis,
que passam pela biomassa de cana de açúcar, pelo etanol e também pelo enorme potencial hidroelétrico ainda inexplorado,
sem falar nas recentes descobertas de petróleo em águas profundas”, explicou Boccuzzi. Entretanto, essa abordagem,
apesar de justificável frente a uma primeira análise, olhando-se exclusivamente para dentro do próprio país, é bastante
limitada quando avaliada à luz da competitividade e qualificação das empresas brasileiras para as tecnologias inovadoras,
com a possibilidade de não só atender às questões do país, mas ter uma política tecnológica voltada para servir ao
mundo.
Um dos grandes aspectos é a necessidade de financiamento para a implantação dessas tecnologias inovadoras, e Boccuzzi
lembra que, entre os países da região, “o Brasil possui um grande desafio e a melhor oportunidade, na medida em que seu
setor elétrico conta com uma das mais altas tributações do mundo. A desoneração tributária desse bem essencial, alinhada
a adequadas sinalizações para que as distribuidoras modernizem seus sistemas, permitiria uma rápida implementação de
novas plataformas com tecnologias avançadas, além de colocar o país em uma posição estrategicamente privilegiada
quanto à competitividade tecnológica sobre o tema, podendo tornar-se rapidamente um importante exportador de soluções
para a região e o mundo.”
Boccuzzi destacou também a positiva participação do INMETRO, que apoiou oficialmente o evento, e também da ANEEL,
que participou de dois painéis e discorreu sobre a proposta de regulamentação para medição eletrônica colocada para
consulta pública, e sobre o P&D estratégico sobre o tema, a ser desenvolvido pelo Instituto ABRADEE. Da parte da EPE,
notou-se que o planejamento estratégico ainda está sendo feito de forma usual, com metas de eficiência energética
bastante conservadoras e sem a previsão de recuperação de perdas significativas, indicando não serem esperadas
melhorias significativas no agregado geral do pais - a solução parece estar sendo postergada para depois da próxima
década. Além disso, está em curso a revisão da estrutura tarifária de baixa tensão, como projeto estratégico da ANEEL,
mas de forma ainda não sincronizada com estas novas tecnologias.
Nos vários painéis realizados ao longo do evento, foi consenso que, além dos aspectos técnicos e econômicos
cientificamente fundamentados, deverá sempre haver um aspecto político precedente a estes a ser considerado. Foi
também enfatizado por vários especialistas que estamos à frente de uma grande mudança do modelo regulatório, que
acopla as tarifas aos investimentos e receitas. As empresas são tradicionalmente avessas ao risco e no atual modelo
sempre tenderão a sobre investir. Também foi consenso que não faz sentido modernizar o sistema sem adotar sinais de
preços mais representativos dos custos e que sistemas de precificação que espelham demanda e melhor utilização da
capacidade instalada existem em todos os outros setores, menos nas tarifas de eletricidade.
Além de intensificar a rede colaborativa mundial, o Fórum está formulando o desenvolvimento de um grupo latinoamericano de doutrina regulatória para o desenvolvimento de consultorias e apoio aos governos e às empresas da região
e já tem programadas outras importantes atividades nesse sentido para os meses que virão. Este grupo terá competências
para focar aspectos técnicos, econômicos, regulatórios, sociais e energéticos e também de sinergia com outras
infraestruturas relevantes para o planejamento urbano de forma integrada e visando a eficiência energética.
III FORUM LA
TINO - AMERICANO DE SMART GRID
LATINO
www.smartgrid.com.br
Download

Relatório 2010 - Fórum Latino Americano de Smart Grid