ANÁLISE DO ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO DA REGIÃO METROPOLITANA DO CARIRI/CE NOS ANOS DE 2001 E 2004
ANÁLISE DO ÍNDICE PLUVIOMÉTRICO DA REGIÃO METROPOLITANA
DO CARIRI/CE NOS ANOS DE 2001 E 2004
Juliana Maria Oliveira Silva
Universidade Regional do Cariri
[email protected]
Gabriela de Souza Estevão
Universidade Regional do Cariri
[email protected]
Denise da Silva Brito
Universidade Regional do Cariri
[email protected]
RESUMO
O trabalho objetiva caracterizar a distribuição pluviométrica na Região Metropolitana do Cariri/CE
seguindo a metodologia proposta por Xavier (2001) para a escolha de anos-padrões. Para isso
selecionou-se 18 postos que estão inseridos nos municípios que pertencem a região metropolitana. De
acordo com a metodologia caracterizou-se como 2001 um ano seco e 2004 um ano chuvoso ou muito
chuvoso e procurou correlacionar com os sistemas atmosféricos que atuam no Ceará. Através das
ferramentas do geoprocessamento espacializou-se os dados pluviométricos através do software GvSig
1.9, onde foi possível observar a distribuição diferencial das precipitações nos municípios nos anos
estudados. Os municípios mais chuvosos foram Crato e Barbalha devido a localização na área de
barlavento da Chapada do Araripe.
ABSTRACT
The study analyzes the distribution of rainfall in the metropolitan area Cariri / EC following the
methodology proposed by Xavier (2001) for the choice of standards-years. For this we selected 18
posts that are inserted in the municipalities belonging to the metropolitan area. According to the
methodology characterized as a dry year 2001 and 2004 a very rainy year or rainy and sought to
correlate with atmospheric systems that operate in Ceará. Through the tools of geoprocessing
espacializou up the rainfall data through software gvSIG 1.9, where it was possible to observe the
differential distribution of rainfall in the municipalities in the years studied. The rainiest cities were
Crato and Barbalha due to location in the area upwind of the Araripe.
Objetivos
Caracterizar a distribuição pluviométrica da Região Metropolitana do Cariri, tendo como base a
metodologia proposta por Xavier (2001), onde se observará de uma forma comparativa a variação da
pluviosidade anual e da quadra chuvosa do ano 2001 qualificado por um ano seco e do ano 2004
qualificado por muito chuvoso, identificando quais os sistemas atmosféricos atuantes nessa região.
Como objetivos específicos destacam-se:
•
Selecionar os postos pluviométricos inseridos na Região Metropolitana do Cariri;
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•
Utilizar as ferramentas do geoprocessamento para a análise da distribuição pluviométrica da
Região Metropolitana do Cariri;
•
Empregar os anos padrões conforme Xavier (2001).
Referencial Teórico e Conceitual
Inicialmente é necessário compreender que dentre as áreas da Geografia Física, sabe-se que
a pluviometria, inserida na sub-área da Climatologia apresenta-se como um dos elementos mais
importantes para a classificação climática de uma determinada região e neste contexto são inúmeros os
fatores necessários para compreensão do clima de uma dada área, desta maneira utiliza-se parâmetros
como temperatura, pluviosidade, umidade, velocidade dos ventos, pressão, radiação, precipitação,
entres outros. Segundo Zanella (2005) a distribuição das chuvas no tempo e no espaço, aliada às
formações geológicas existentes, são fatores condicionantes do regime dos rios e, consequentemente
da disponibilidade de recursos hídricos, tornando-se visível a importância do conhecimento de se
analisar e processar os dados pluviométricos disponíveis, onde a partir desta etapa seja viável gerar
informações que possam ser utilizadas para auxílio da disponibilização dos recursos hídricos em uma
determinada área.
Segundo Dias e Silva (2009), clima é definido pela média das condições do tempo ao longo
de um período de algumas décadas, onde no dia a dia, temos os sistemas de tempo que provocam a
variabilidade que observamos e que afetam as atividades humanas.
Nesta perspectiva o território brasileiro é caracterizado por uma extensa área, possuindo,
portanto uma grande diversidade de formas de relevo, altitude, dinâmica que se encontra as correntes e
massas de ar, permitindo uma grande diversidade de climas no Brasil. O nordeste pode ser
caracterizado por uma região climática complexa, onde segundo Kayano e Andreoli (2009), os
principais fatores climáticos que determinam a distribuição dos elementos climáticos e sua variação
sazonal, estão em sua posição geográfica, seu relevo, a natureza da sua superfície e os sistemas
atuantes de pressão que atuam na região.
As chuvas que ocorrem no Ceará são provocadas pela ação de três sistemas atmosféricos:
Frentes Frias, a ZCIT – Zona de Convergência Intertropical, considerado mais importante fator causador
de chuvas no estado, as VCAS – Vórtice Ciclônico de Ar Superior e as Zona de Convergência do
Atlântico Sul (esta principalmente no sul do Ceará). Outros sistemas atmosféricos atuam no Estado do
Ceará para a ocorrência de chuvas como as Linhas de Instabilidade (LI), o Complexo Convectivo de
Mesoescala (CCM), Ondas de Leste e fenômenos como o El Niño e La Nina, colaboram ou impedem a
ocorrência de chuvas. Não podemos deixar de mencionar as Brisas Marítima e Continental que também
podem formar chuvas (FERREIRA e MELO, 2005).
De acordo com a metodologia proposta por Xavier (2001), a autora com base na técnica dos
Quantis, dividiu o Ceará em 08 Macro Regiões Pluviometricamente Homogêneas, desta forma o Ceará
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se encontra dividido em: Litoral de Fortaleza, Litoral de Pecém, Litoral Norte, Maciço de Baturité,
Jaguaribana, Cariri, Sertão Central/ Inhamuns e Ibiapaba, conforme figura 01.
Figura 01: Regiões Pluviometricamente Homogêneas no Ceará
Fonte: Xavier (2001)
Xavier (2001) elaborou uma tabela de intervalo de Limite Inferior e Superior definidos para as
Regiões Pluviometricamente Homogêneas do Estado do Ceará, em que se soma a pluviometria da
quadra chuvosa de cada ano do posto e o resultado compara-se com a tabela de intervalo (tabela 01),
observando-se a localização dos postos nas regiões homogêneas. A área em estudo encontra-se em
uma área homogênea classificada como Cariri, localizada ao sul do Ceará.
Tabela 01: Limite Inferior e Superior Definidos para as Regiões Pluviometricamente Homogêneas do
Estado do Ceará.
Categorias Regiões
Muito Seco
(mm)
Seco (mm)
Normal (mm)
Chuvoso (mm)
Muito Chuvoso
(mm)
Litoral Norte
0 a 500,6
500,7 a 729,3
729,4 a 1.073,5
1.073,6 a 1.222,5
acima de 1.222,6
Litoral Trairi-Pecém
0 a 520,4
520,5 a 641,5
641,6 a 861,5
861,6 a 1.157,6
acima de 1.157,7
Litoral de Fortaleza
0 a 625,3
625,4 a 798,2
798,3 a 1.121,5
1.121,6 a 1.355,5
acima de 1.355,6
Maciço de Baturité
0 a 588,4
588,5 a 690,0
690,1 a 911,7
911,8 a 1.241,9
acima de 1.242,0
Ibiapaba
0 a 543,0
543,1 a 729,4
729,5 a 1.044,1
1.044,2 a 1.310,0
acima de 1.310,1
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Jaguaribana
0 a 400,1
400,2 a
555,4
555,5 a
692,3
692,4 a
952,1
acima de 952,2
Cariri
0 a 439,5
439,6 a 567,7
567,8 a 729,1
729,2 a 862,5
acima de 862,6
0 a 361,9
362,0 a 449,7
449,8 a
605,8
605,9 a
763,2
acima de 763,3
Sertão Central e
Inhamuns
Fonte: Xavier (2001)
Nesse contexto e com a metodologia disponibilizada por Xavier, os dados foram processados
utilizando como suporte o geoprocessamento, onde segundo Câmara e Davis (2001),
Geoprocessamento denota a disciplina do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e
computacionais, chamadas de Sistemas de Informações Geográficas (GIS), utilizado para o tratamento
de informações geográficas, aonde vem influenciando cada vez mais as áreas de Cartografia, Análise
de Recursos Naturais, Transportes, Comunicações, Planejamento Urbano, entre outras, permitindo
realizar análises complexas, integrando dados de diversas fontes e criando bancos de dados georeferenciados. Rosa (2005) conceitua geoprocessamento como sendo:
Conjunto de tecnologias para coleta, processamento, análise e oferta de informações com
referências geográficas. As geotecnologias são compostas por soluções em hardwares,
softwares e peoplewares, que juntos constituem poderosas ferramentas para tomada de
decisão. Dentre as geotecnologias podemos destacar: sistemas de informações geográficas,
cartografia digital, sistema de posicionamento global e topografia. (ROSA, 2005, p. 81)
A espacialização dos dados pluviométricos foi realizada através do software GvSig 1.9
que dispõe da extensão “Sextante - Rasterization and interpolation > Kriging”. Para isso digitou-se no
programa Excel os dados das precipitações com as colunas Posto, Coordenadas em UTM e a média
anual de cada posto. Posteriormente estes dados foram convertidos para o formato “shapefile” de
pontos representando um mapa vetorial de pontos climatológicos. Através da extensão foi possível
realizar a interpolação dos dados (Interpolate Raster) com o intuito de gerar o mapa de dados médios
anuais de precipitação. Com o arquivo gerado reclassificou-se a imagem gerada na etapa anterior em
intervalos de precipitação variando de 100 em 100 mm.
PRINCIPAIS QUESTÕES/PONTOS DESENVOLVIDOS
Inicialmente tratou-se de caracterizar a área em estudo, classificada como a Região
Metropolitana do Cariri (RMC), estando localizada no estado do Ceará (figura 02). Foi criada por uma
Lei Complementar Estadual nº 78 sancionada em 29 de junho de 2009. A região metropolitana surgiu
a partir da conurbação entre os municípios de Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, denominado como
o triângulo Crajubar. Somando-se a eles, foram incluídas as cidades limítrofes situadas no Cariri
cearense: Caririaçu, Farias Brito, Jardim, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri.
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A área da Região Metropolitana do Cariri totaliza 5.025,655 Km², a população possui
aproximadamente 537.860 habitantes e o PIB concentra-se em torno de 2.298.037.
O município do Crato caracteriza-se como o maior em área, com 1.009,202 km². No entanto
Juazeiro do Norte é o mais populoso, com 249.936 habitantes.
Figura 02: Localização da área em estudo.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Instituto de Pesquisa e
Estratégia Econômica do Ceará (IPECE).
A média anual dos postos analisados (Quadro 01) estão sintetizados no quadro a seguir. Para a
seleção dos anos-padrões dos postos considerou-se uma série histórica de 2000-2011, devido a
ausência de dados mais antigos de alguns postos. Os municípios com maiores índices pluviométricos
são Crato, Barbalha, Santana do Cariri e Missão Velha por estarem situados em relevos mais elevados
e áreas de barlavento da Chapada do Araripe.
As chuvas se concentram principalmente nos meses de fevereiro/março/abril, quando o estado
fica sob a influência da ZCIT. A ZCIT se forma na confluência dos ventos alísios de NE e SE, onde
ocorre ascendência do ar, formação de nebulosidade e muita chuva. Em maio, a ZCIT retorna em
direção ao Hemisfério Norte, quando então entra em declínio o período chuvoso (ZANELLA, 2005).
Os postos pluviométricos tem início a quadra chuvosa em meados de dezembro e janeiro e prolonga-se
até abril e maio.
Quadro 01: Média anual dos postos pluviométricos da área de estudo
Posto
Média anual (mm)
Barbalha-Barbalha
1073,7
Barbalha-Caldas
1105,8
Crato-Ponta da Serra
883,96
Crato-Dom Quintino
835,86
Crato-Lameiro
1473,2
Farias Brito – Farias Brito
939,4
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Farias Brito - Cariutaba
873,89
Jardim-Jardim
755,94
Jardim-Mirim
781,24
Juazeiro-Juazeiro
1206,98
Juazeiro-Pe Cícero
785
Juazeiro-Marrocos
825
Missão Velha - Missão Velha
953,9
Missão Velha - Jamacaru
1140,5
Missão Velha-Quimami
985
Missão Velha-Gameleiro
1033,99
Nova Olinda – Nova Olinda
864,2
Santana do Cariri –Santana do Cariri
1042,63
Caririaçu – Vila Feitosa
907,35
Figura 03: Localização dos postos da área de estudo.
Fonte: Elaboração própria.
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RESULTADOS/CONCLUSÃO
Utilizando a metodologia de Xavier (2001) que consta na soma da quadra chuvosa (Fevereiro
a Maio, mas como na região do Cariri as chuvas iniciam-se em janeiro, somou-se os meses de janeiro
a abril) foi possível fazer a análise e classificar o ano 2001 considerado um ano seco e 2004
considerado um ano chuvoso.
Os quadros 2 e 3 observa-se a soma da quadra chuvosa do ano 2001 onde o índice
pluviométrico se deu em menor quantidade. Observa-se uma considerável precipitação entre as
cidades de Barbalha, Crato, apresentando um dos maiores índices de pluviosidade, resultado da
influência da umidade da Chapada do Araripe onde a área é de barlavento. Segundo Mendonça e
Danni-Oliveira (2007) as chuvas orográficas ocorrem pela ação física do relevo, que atua como uma
barreira à advecção livre do ar, forçando-o a ascender. O ar úmido e quente, ao ascender próximo às
encostas, resfria-se adiabaticamente devido à descompressão promovida pela menor densidade do ar
nos níveis mais elevados. Outro fator para que este ano fosse classificado como seco, resultou da
pouca influência da La Niña (fenômeno caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano
Pacífico) que, são consideradas favoráveis para as chuvas no Ceará, associado ao Dipolo do Atlântico
que foi considerado neutro, não atuando para as precipitações na Região Metropolitana Do Cariri.
Quadro 02: Quadra Chuvosa do ano de 2001
Soma da quadra chuvosa
Ano
Total
Posto
2001
489,6
Barbalha-Barbalha
Seco
2001
323,6
Barbalha-Caldas
Muito Seco
2001
94
Crato-Ponta da Serra
Muito Seco
2001
214,8
Crato-Dom Quintino
Muito Seco
2001
252
Crato-Lameiro
Muito Seco
2001
590,8
Farias Brito – Farias Brito
Normal
2001
196
Farias Brito - Cariutaba
Muito Seco
2001
6
Jardim-Jardim
Muito Seco
2001
94
Jardim-Mirim
Muito Seco
2001
542,5
Juazeiro-Juazeiro
Seco
2001
141,2
Juazeiro-Pe Cícero
Muito Seco
2001
174
Juazeiro-Marrocos
Muito Seco
2001
227,6
Missão Velha - Missão velha
Muito Seco
2001
302
Missão Velha- Jamacaru
Muito Seco
2001
205,2
Missão-Quimami
Muito Seco
2001
113,2
Missão-Gameleiro
Muito Seco
2001
19,2
Nova Olinda
Muito Seco
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2001
154
Santana-Santana
Muito Seco
2001
490,6
Caririaçu-Vila Feitosa
Seco
Fonte: Autoria própria
A distribuição pluviométrica apresentada no quadro 03, destacando a quadra chuvosa do ano
de 2004 apresenta-se em maior quantidade, classificando como ano muito chuvoso. Observa-se que os
maiores índices de pluviosidade, ainda se encontram nas cidades onde a Chapada do Araripe está
localizada, ou seja, Crato, Barbalha proporcionando maior umidade, devido à altitude e área de
barlavento.
O ano de 2004 ocorreu um enfraquecimento do fenômeno El Niño (Aquecimento
anômalo das águas do Oceano Pacífico), e não influenciou nas chuvas, associado com o
Dipolo do Atlântico que estava negativo considerado favorável às chuvas, sendo normalmente
responsável por anos considerados normais, chuvosos ou muito chuvosos na região.
O ano de 2004 teve como uma característica apresentar o mês de janeiro muito
chuvoso no norte do Nordeste brasileiro. Segundo Alves et al (2004) em janeiro de 2004, os
ventos alísios de nordeste ficaram mais intensos do que os alísios de sudeste, impulsionando a
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) a atingir o setor norte do NEB, como também um
anômalo transporte de umidade oriundo da Amazônia e do Oceano Atlântico na baixa troposfera.
Esse padrão termodinâmico favoreceu a uma intensificação na Zona de Convergência do
Atlântico Sul (ZCAS), possibilitando a maiores penetrações das frentes frias oriundas do sudeste
do Brasil a permanecer mais ao norte do NEB. Este padrão observado em janeiro de 2004. Neste
ano o mês de janeiro foi considerado muito chuvoso no norte do nordeste
Quadro 03: Quadra chuvosa do ano de 2004
Soma da quadra chuvosa (Chuvoso)
Ano
Total
Posto
2004
1267,3
Barbalha-Barbalha
Muito Chuvoso
2004
1566,8
Barbalha-Caldas
Muito Chuvoso
2004
1164
Crato-Ponta da Serra
Muito Chuvoso
2004
870,4
Crato-Dom Quintino
Muito Chuvoso
2004
1356
Crato-Lameiro
Muito Chuvoso
2004
1139,4
Farias Brito – Farias Brito
Muito Chuvoso
2004
1182,6
Farias Brito - Cariutaba
Muito Chuvoso
2004
779
Jardim-Jardim
Chuvoso
2004
674,4
Jardim-Mirim
Normal
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2004
1364
Juazeiro do Norte-Juazeiro do Norte
Muito Chuvoso
2004
1141,2
Juazeiro do Norte-Pe Cícero
Muito Chuvoso
2004
1130
Juazeiro do Norte-Marrocos
Muito Chuvoso
2004
1376,5
Missão Velha - Missão Velha
Muito Chuvoso
2004
1314,2
Missão - Jamacaru
Muito Chuvoso
2004
961
Missão-Quimami
Muito Chuvoso
2004
1126,6
Missão-Gameleiro
Muito Chuvoso
2004
1026
Nova Olinda
Muito Chuvoso
2004
1378,2
Santana do Cariri-Santana do Cariri
Muito Chuvoso
2004
1263,3
Caririaçu – Vila Feitosa
Muito Chuvoso
Fonte: Autoria própria
Pode-se observar então que existe uma grande variabilidade pluviométrica na área de estudo,
resultado dos sistemas atmosféricos atuantes no período e parâmetros como relevo, vegetação, etc. A
figura 04 ilustra a altitude das cidades inseridas na Região Metropolitana do Cariri e a figura 05 a
distribuição pluviométrica anual e da quadra chuvosa dos anos de 2001 e 2004.
Desta forma, os dados analisados forneceram indicadores que reforçam a sazonalidade e a
irregularidade no regime pluviométrico da semiaridez presente no Ceará, especificamente na área de
estudo, a Região Metropolitana do Cariri, possibilitando assim a tentativa da comparação entre dois
anos, podendo identificar os possíveis agentes atuantes.
Destaca-se aqui que devido a série considerada ser pequena por falta de dados, pode ter
ocorrido alguns erros em relação a média anual dos postos pluviométricos, sugere-se a ampliação de
estudos mais detalhados da área através de busca de uma maior fonte de dados e corrigir as falhas nas
séries históricas de alguns postos.
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Figura 05: Distribuição da precipitação anual e da quadra chuvosa dos anos de 2001 e 2004
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p. 188-.
1277
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