A VOZ DO
S E M A N A R IO
IN D E P E N D E N T E
Dircctor-Gcrcntt: JOAQUIM DE AZEVEDO > PFOpNEdadl de: M. BOMÇfllVES fíNNO II
I ( Estado de São Paulo) Ourinhos, 22 de Março de 1931.
A Voz d o Povo
fl questão do sentimento
Semanario Independente
Publica-se aos Domingos
Nada existe no mundo mais sublime e grandio­
so, do que o sentimento puro, quando pricipalmente
DIRBOrOR - «BKKNTK
é sentimento congênito. De todos os recantos da
Joaquim de Azevedo
terra, surgem de quando em vez, noticias alarmantes
P R O P R I B D A O E DEC :
em que torna-se incrível que a falta do sentimento
M. Gonçalves
humano lavre tão intensamente até aos nossos dias.
A questão do sentimento humano, prende-se ex­
clusivamente na vontade própria de executal-o com
E X P E D IE N T E :
dymnamica precisão, porque todos os entes humanos
M s s ig n e ta t*e s
possuem e é o estupendo dom que o Creadoi dis­
CIDADE e FORA
tribuiu sem escolher e nem especialisar creatura.
15& 000
Todos o possuem.
Entretanto as medidas adoptadas pelos homens
Sbdçíoiispc t Editais
neste ponto de vista, são falhas, são mórbidas, são
Por linha . . $300
sem segurança porque são pesadas na balança da
Repetição . . $200
desigualdade.
Os homens que ac*uam sem medir conseqüências, os
As assignaturas começam homens que esquecem a si proprio, anormalisando
em qualquer dia e termi­ as virtudes innatas que dos ceus lhes são irradia*
nam em 31 de Dezembro. das, são como a vergasta que massacra sem pieda­
de, rindo praz inteiramente a dôr alheia, esquecendoANNUNCIOS:
se que não faltará o dia em que a verdade em tripreços a combinar
umpho apparecerá, porque não haverá sonho que não
se acabe, não existe medalha sem o verso, não ha
Pagamento adiantado
lagrima sem consolo e ái do dia em que o homem
RUA P A R A N Á
tem que se curvar sob a lei do incomprehensivel.
O que adianta para os homens rirem do soffriO U R IN H O S
mento alheio ? Onde estão os seus sentimentos ? Se­
rão por ventura despidos desse grande attributo, o
sentimento humano ? Não. Em absoluto . . . Meçamos a distancia que há entre nós e veremos perfei­
tamente que em nada nos separa e que não ha dis­
Transcorreu no dia 15 tancia nem desigualdade em nosso genero.
do corrente p. p., o anniQuando o homem ultrapassa muita vez o limi­
versario natalicio do Exmo. te dos seus actos, cahe Jpusilanime, sem forças, no
Snr. Dr. Jtilio Prestes de mais t^rrivel dos abysmos. E depois ? Depois a veAlbuquerque, ex-Presidente risimihtude vem phautasiada com brancas azas ludi­
do Estado e ex-Presidente briar a estrada do concerto dos homens, mas, acima
eleito da Republica.
de tudo existe o sentimento innato que o reconduz
Cumprindo um dever de a via do endireitamento, porem, torna-se necessário
homenagem, ”A VOZ DO que os homens comprehendam que são ”tal e qual”
POVO”, envia ás plagas aos outros homens e nunca lhe fazer um mal gratui­
europeas, os seus effusivos to. Não comprehenderam, caríssimos leitores ? Ah!
parabéns a esse illustre ci­ ainda bem *.. Porque então dentro do seculo mais
dadão Brasileiro, que o des­ assombrador em que a humanidade atravessa e que
tino fez separar-se de nós a historia descreve não poderemos auxiliar aos que
por algum tempo, porem, tombados pelas multidões caprichosas, sejam ressuciacreditamos piamente que tados? E’ preferido então apagal-os do que consen­
que S. Excia. não esquece tir a sua ressureição ? E’ a questão do sentimento
um só minuto o seu tor­ innato que o seu proprio eu atirou ao monturo, crerão natal.
ando nodoa, quando se deve complascentemente, darFoi esse grande Estadis­ lhe a taboa da salvação, procurando com justiça,
ta, que com o seu genio ►onderar a palavra, julgar com precisão, attribuir com
affeito as grandezas de
porque, e a possibilidade do futuro,
Patria e do seu Estado,,
a consentir uma logica, sem o exame
ciou aè * "i; '
, para sé formar o futuro.
da Estrada de Fjçfro ,
rink* - Santos
J. B. GUERREIRO
[m o. Sm. Di lulia Prestes
*
Collaboradorcs: DIVERSOS
NUMERO 50
I n fttfeilo
Na presença dos Snrs*:
Rodopiano Leonis Pereira,
Dr. Hermelino de Leão,
Manqel Gumercindo Bar­
bosa, Emilio Leão. Joaquim
Pedrozo, Juveny Luiz de
Carvalho, Henrique Tocalino, EuricoyÂmaral San­
tos, Victorino Teixeira e
João Baptista Guerreiro, to­
mou posse da Prefeitura
local, o Exmo. Snr. Dr.
Theodureto Ferreira Go­
mes. Depois de lavrado o
termo de posse, do qual
consta existir em deposito
na Collectoria Estadoal des­
ta cidade, um saldo de . .
18:747$230 a favor da pre­
feitura, o Snr. Rodopiano
Leonis Pereira usou da pa
lavra felicitando o novo
prefeito, e deu um voto de
louvor aos seus dignos auxiliares, pelos bons servi­
ços prestados durante o seu
curto espaço de tempo que
fora prefeito, e fez votos
de fmuitas felicidades ao
Snr. Dr. Theodureto, espe­
rando que S. S. fará um
governo profícuo, cheio de
justiça, a bem e ao pro­
gresso desta terra.
Respoddendo ao Snr. exprefeito, o Dr. Theodureto,
em poucas, mas eloqüen­
tes palavras, agradeceu a
saudação compromcttendo-se, como todos esperam,
fazer um governo para o
progresso local.
Terminada a sessão, fora
o novo prefeito cumpri­
mentado por todos os pre­
sentes. Juntamos os nos­
sos votos de felicidades ao
Snr. Dr. Theodureto Fer­
reira Gomes, na confiança
absoluta que o seu gover­
no será profícuo, com leal­
dade e justiça, para o en
grandecimento desta cida­
de, este município rico, fér­
til, onde as fontes inesgo­
táveis dos seus produetos,
são as testemunhas eviden­
tes de sua gradiosidade.
A
voe
DO
POVO
22-3-1931
PAGINA LITTCRARIA
í
rm
PI Dl
Todas ais manhãs espero satisfeito
Oito pancadas compassadamente,
Q ue o relogio monotono, indolente,
Vai badalando estridulo e perfeito. .
Oito horas repete mansamente
O coração baixinho no meu peito,
E toda e sfalm a vibra anciosamente,
Qual passaro captivo e satisfeito! . . .
Oito horas. Logo o meu divino encanto
Irá passar com seu sorriso santo,
Por esta rua abandonada e tris te . . .
E eu ao v el-a resplendente e pura
Sinto no peito a mais feliz ventura,
Q ue outra na terra nem siguer e x iste !
D X A O H M A
DESEJO S
- *•
Sinto em mim um desejo insatisfeito,
E mais que insatisfeito, - indefinido. . .
E u sei que não é a dor de um bem perdido,
E nem é mágoa e menos um despeito.
E é por isso que eu vivo dividido
E ntre duos vontades do meu p eito :
Conhecer o desejo e com respeito,
Realizai-o de um modo definido.
Vel-a, era o meu desejo unicamente,
Vel-a toda bonita e sorridente,
Com seu olhar tão meigo e tão cor tez. . .
Mas eu tive a ventura de a ter visto,
Nitni momento que ao certo foi previsto.
Que mais desejo então f - Vel-a outra vez !
ID E Iu O D A
Março, 931
Ourinhos, Março de 931
O Verdadeiro fim or
A ti, que já te foste . . .
Suponham os meus leitores que eu passe por
uma gtande transfiguração. Isto é, que ao\quarto de
scculo que já me pesa sobre os hombros,,eu junte
outro tanto. Que sobre a minha cabelleira eu faça
apparecer alguns fios prateados, en o meu ròsto rapa­
do, um bigode longo e expressivo. E que final­
mente transforme o meu semblante numa physionomia austera e grave.
Depois de passar por essas metamorphoses to­
das — idealisem ainda — eu, com uma voz severa
e compassada, ponha-me a fallar do amor.
Certo que vocês todos rirão de mim. Mas fi­
quem mais certos ainda, de que rirão muito mal.
Falar do amor, náo é cousa que compete a es­
ses frangotes de rosto empoado e que mal ultrapas­
saram a adolescência. Falar do amoré cousa grave
e só se amolda cm labios que se movem a meio
seculo já.
Mas como eu me encarreguei de fazer a minha
própria transfiguração, vou dizendo desde já que nos
meus 17 ou 18 annos, tambem tive dessas paixões
de soffrer horrores. (Éf a phrase classica.) E assim
como eu, quasi todo o mundo. Que dias horríveis
que se passava então! Aquiüo é que era soffrer \ . .
Mas tudo isso não passa de uma illusão. Uma
grande iilusão. Esse negocio de amor de criança,
esse decantado primeiro amor; não é mais do que
uma archaica invencionice do Snr. Sentimentalismo.
Não ha no mundo quem ame mais do que uma
só vez na vida. Â questão está em se ter e conhe­
cer o verdadeiro amor.
N ós todos gostamos de u’a moça qualquer e
sentimo-nos apaixonados. Mas tão depressa gosta­
mos, tambem esquecemos, se isso for preciso.
Mas o verdadeiro amor, não esquecemos nun­
ca. Er um amor que não nos faz infelizes, si não
formos amados. Elle é tão grande que subsiste por
si só. A, mulher amada si nos apresenta como uma
cousa ideal, quasi inaccessivel, a quem desejamos
toda a sorie de ventura.
Por ella faremos tudo e para ella, mais ainda que o
tudo. Por ella deixaremos até de respirar, si o ar
que aspiramos, faz-lhe falta. Só seremos felizes si
ella o for tambem.
Esse o verdadeiro amor que só se sente uma
vez na existencia.
Mas nunca elle apparece antes da teiceira dé­
cada da vida.
3?- FELIZ
Minha sorte
Pi' Mazinha
Cheguei ao pé de uma Cigana
e disse . . . Tolice
é quem duvida os augurios teus,
porque dentro em ti, pulsam tambem os meus.
Verifique, certifique,
dei-lhe a mão, e o coração.
Quaes os destinos da humanidade
que só vive na dôr e saudade ?
No entanto,
Como encanto
fallou-me baixinho . . .
Amaste um dia alguem ?
Comprehendes-te uma mulher?
Nunca #. . Nada siquer . . .
Ah . . . pois bem.
Caso não pudes-íe comprehendel-a
Nem o dom do eterno padecer,
nas magicas dum baralho
vede o espantalho
que assombra a humanidade
em eterna deshumanidade
n*um raio rosicler;
é a mulher.
GUOTTOATE
22-3-1931
A
VOZ DO
Dos nossos assipantes M Recreativo Operário
Por estes dias iremos fa­
Por reunião effectuada no
zer uma visita aos nossos dia 10 do corrente p. p..
presados assignantes e pro­ foi eleita a seguinte Direcceder novamente a arreca­ toria que dirigirá os desti­
dação das assignaturas de nos dessa nova agremiação:
nossa folha, de todos que Snrs.: — Presidente, Ítalo
expontaneamente quizerem Ferrari; Vice-presidente, Alnos auxiliar com os seus finio Maciel; 1- Secretario,
favores. Desde já somos Oliverio Ferreira; 2. Secre­
gratos pelo acolhimento tario; Joaquim Cândido Pe­
que tem tido o nosso mo­ reira; 3. Secretario, Altamidesto jornal, que estará sem­ ro Pinheiro; 1. Thezoureipre a testa dos interesses ro, Américo de Carvalho;
da collectividade, e não se 2. Thezoureiro, Leontino
desanimará na ardua tare­ Ferreira; Orador official,
fa de zelar por tudo que José Santanna da Graça.
esteja dentro do direito e
Commissão de Finanças:
da razão.
Snrs.
Altamiro Pinheiro, AlPor isso, temos certeza
que os nossos bondosos berte Nicolosi, Lazaro dos
assignantes, saberão expon­ Santos e Heraclito Sandano.
taneamente corresponder Commissão de Syndicancia
aos nossos muito naturaes Snrs. Antonio Novaes, Do­
mingos Reali, Benedicto
desejos.
Soares e Oscar Pedrozo.
D » vista á Eotoloria
e a Prefeitura
Temos sciencia própria
que um Official de Justiça
de Salto Grande, que, aliáz,
não pode occupar outro
emprego a não ser o do
seu mister, (parece-nos;) é
sub agente de Loterias e
cambista ambulante.
Isso não seria nada se
vendesse os bilhetes so­
mente na cidade onde pa­
ga imposto (caso pague).
Por conseguinte pedimos
aos dignos Collectores e
Prefeito estarem de alerta
com os que não pagando
impostos no município, exerçam qualquer profissão,
lesando seriamente|aos que
tem legatisado os seus im­
postos.
CapJoão B. de Miranda
Já tomou posse da De­
legacia de Policia local, o
Exmo. Snr. Capitão João
Baptista de Miranda, que
veio substituir o Exmo. Sr.
Dr. Raynold Donner, que
fora nomeado recentemen­
te para o mesmo cargo, na
cidade de Avahy.
Fazemos votos ao lllustve militar, que o seu man­
dato seja coberto da mais
inteira felicidade, bem co­
mo fazemos os mesmos
votos ao Dr. Donner.
A posse dessa Directoria
dar-se-á no Sabbado de Alleluia, terminando com um
pomposo baile, que por
certo prolongar-se~á até o
dia seguinte.
RYdro-Aviãg
O Misinho está com uma
çoragem bruta de vencer o
ar. O hydro - avião está
promptinho, pode-se dizer.
O Misinho, auxiliado pe­
lo Zico, um competente
mechanico, não haverá du­
vida, ha de ir parar lá pe­
la ”via lactea* com toda
a certeza.
Esperamos anciosos o
dia em que o Misinho tre­
pado no seu passaro de
aço, abrirá as azas para
n’uma ascenção gloriosa,
lustrar a intelligencia de
que é muito digno porta­
dor.
Gnaiá
Recebemos do Snr. Gar­
cia Pedrotti, algumas gar­
rafas do precioso Guaraná
de sua fabricação, o qual
é recomendado pelos seu
fino paladar e asseio no
engarrafamento.
Agradecidos.
Df. M io franco
Esteve entre nós o Exmo, Snr. Dr. Arcilio Fran­
POVO
3
co, D. D. Fiscal do Con­
sumo, que veio a esta, em
serviço do seu mandato.
Hoje, domingo, estará
Cumprimentamol-o com
aberta
para attender o pu­
immenso prazer e fazemos
blico,
a PHARMACIA
votos de felicidade ao ze~
Sta.
THEREZ1NHA
losissimo fiscal.
Fhamacía de Plantão
O s que viajam
A Voz rio Povo
Agradece penhorada
Regressou da Capital em
companhia d o S n r . Dr.
Theodureto Ferreira Go­
mes, o Snr. Eduardo Sal­
gueiro, alto commerciante,
ex-chefe politico e ex-pre­
feito desta cidade.
a
todos que a cumprimenta­
ram pelo seu anniversario
natalicio, especialmente aos
dignos collegas que tão
bondosamente publicaram
em suas columnas a pas­
sagem do seu primeiro anno de existencia.
A REDACÇÃO
— estiveram nesta cida­
de, e nos visitaram, os se­
guintes Snrs.:
ELIXIR DEN06UEIRÂ
Empregado com fiuccesso cm todas
as moléstias provenientes da syphilis
e impurezas do sangue:
É
FERIDAS
ESPINHAS
ÚLCERAS
ECZEMAS
MANCHAS DA PELLE
DARTHROS
FLORES BRANCAS
RHEUMATISMO
SCROPHULAS
SYPHILITICAS
S
e finalmente em todas
as affeqções cuja oriMirca registrada
gcm **** a
“ AVARIA"
—
Milhares de curados -----
Cel. José Ferreira Leite,
residente em S. Paulo;
Armando Timotheo Baumer e Alvaro Porfirio, guar­
das sanitarios com residên­
cia em Avaré.
esteve entre nós, o
Exmo. Snr. Dr. Luiz Domingues operoso engenhei­
ro da Sorocabana.
— seguiu para Pocinhos
do Rio Verde, o Snr. Mi­
guel Cury, agente da Che­
vrolet nesta cidade;
REGRESSARAM:
de S, Paulo os Snrs.:
Hermenegildo Zanotto Agente da Ford nesta cidade;
— Domingos Perino, ca­
■íÂNDE OEPÜRÂTIVO DO SANGUE pitalista residente neste mu-
Ona feia
casa do Snr.
Na
José
Vieira, dedicado machinista da Comp. F. S. P. P.
alem dos seus innumeros
amigos que jantaram hontem em sua companhia,
pelo motivo de sua tradiccional promessa a S. José.
nessa festa, cento e tantas
creanças foram servidas no
opiparo jantar offerecido
aos pequenos, que n’uma
alegria cordeal, eram ser­
vidas pela sua bondosa
familia. Alem do jantar
foi hontem rezado um ter­
ço e para finalisar a festa,
foi offerecido um baile que
durou até a madrugada do
dia seguinte.
Comparti­
lhamos nessas festas com
todo o prazer.
Bicos para Prateleiras
encontram-se nesta Pap.
PEÇA 5 0 0 réis
cipio;
— Graciano Raccanelle;
— Luiz Tonon;
Nascim ento
Acha-se em festas o lar
do Snr. Braulio de Mou­
ra, e sua exma. consorte
Da. Carmella Almeida Mou­
ra, com o advento de mais
um gorducho que receberá
o nome de Mauro.
Parabéns
Participou-nos
o Snr. Mansur Abunasser, alto commerciante des­
ta praça, ter contractado
o seu casamento com a
Ixma. Snrta. Naziha Cury,
fino elemento da colonia
syria desta cidade.
Nossos parabéns
4
A
VOZ
Desfazendo calumnias
Indivíduos sem escrupulos, movidos por intuitos
inconfessáveis e com o fim exclusivo de obter van­
tagens pessoaes, andaram espalhando nesta cidade, e
chegaram mesmo^a levar como denuncia para S. Paulo,
que, na qualidade de Prefeito, criei embaraços afim
de evitar que fosse assoalhada a ponte da Estrada de
Ferro S. Paulo Paraná, para o transito de vehiculos.
Para conhecimento do publico e autoridades
superiores, transcrevo abaixo um documento que
desmascara taes indivíduos:
« Ourinhos, 18 de Março de 1931
Exmo. Snr, Dr. Superintendente da
Cia. Ferroviária S . Paulo-Paraná.
NESTA
Amigo e Senhor
Respeitosas Saudações
Venho pela presente solicitar de V. Excia.
a finesa de, a bem da verdade, declarar ao pé des­
ta se eu, na qualidade de Prefeito Municipal des­
ta cidade, ou mesmo em caracter particular, pro­
curei influir perante essa Companhia, ou crear difficuldades para que não fosse assoalhada a ponte
dessa mesma Companhia, sobre o rio Paranapanema, afim de dar passagem a vehiculos que tran­
sitam entre esta cidade e o Norte do Paraná.
Seria tambem obséquio se V. Exat se dig­
nasse declarar ainda ao pé desta qual o motivo
porque não foi assoalhada a dita ponte para o
trafego de vehiculos.
*
Antecipando os meus agradecimentos, pe­
ço permissão para fazer da resposta o uzo que
me convier, e subscrevo-me com estima e alta
consideração
O espirito de coopera­
ção c o instincto proprio
do homenm desde o inicio
dos tempos na terra; des­
de os tempos prehistoricos
os homens se viram na emergencia de se associa­
rem para a caça para a
caça para a pesca e para
as luctas contra os animaes
ferozes e contra os elemen­
tos da natureza. E esse
instincto feito pelos hábitos,
os quaes vão se methodizando, systhemathizando e
que em todas as epocas,
dominarão o estado, a na­
ção o mundo. E* neces­
sário melhorar as condicções funccionaes e finan­
ceiras, afim de melhor de­
senvolver a nação em to­
dos os sentidos, na defeza
agricola e pecuaria presti­
giando as organisações be­
néficas dos progressos locaes para o bem da collectividade e união dos Esta­
dos. Essa cooperação para
Para a
DO
POVO
22-3-1931
De V. Exa.
Amo. Atto. Obrig.
Rodopiano Leonis Pereira >
< Certifico que ninguém estranho á esta
Estrada de Ferro trouxe difficuldades ao assoa*
lhamento da ponte.
A ponte não foi assoalhada por diver­
sas razões: 1) - Por as reparações diffinitivas
ainda não estarem terminadas. 2) - Por os regula­
mentos das Estradas de Ferro, não permittirem o
transito de vehiculos de rodagem pela via ferrea
3) • Por o Governo ainda não ter pedido. 4) Que a Estrada de ferro de nenhuma forma pode
permittir, sem previa combinação e sem o Gover­
no assumir todas as responsabilidades de quaesquer accidentes. e indemnisação a Cia. pelos custos
de obras e os prejuizos que advierem.
Attenciosas saudações
Thoms. D . Hamilton
Director Superintendente
Cia, Ferroviária S. Paulo Paraná
Reconheço a firma supra dou fé.
Ourinhos, 19 de Março de 1931.
Em test. J. P. da verdade
Joaquim Pedroso
Escrivão de Paz e Tabellião pela Lei.
Deixo de fazer commentarios, peia certeza que
tenho de que o publico sensato saberá classificar taes
detractores.
Ourinhos, 19 de Março de 1931
Rodopiano Leonis Pereira
0 EDSIHO PROFISSIONAL
‘A VOZ DO POVO" pelo Prof, CONSTANT1NO A. MOLINA
o bem geral, trará benefí­
cios sempre crescentes pa­
ra o progresso do Paiz e
poderá ser empregado em
todos os ramos da actividade humana : no lavrar a
terra para semear e colher,
como na transformação da
matéria prima para a ven­
da dos productos, como
tambem na compra dos ali­
mentos e na defeza contra
o imprevisto trabalhando
para o melhoramento so­
cial. E como tratar des­
ses meios de producção?
Como centralizar esse nos­
so valor para as applicações dos nossos esforços ?
E* preciso que saibamos
produzir maior quantidade
com mcncs esforços e mais
economia. E’ necessário
que tenhamos os principaes
technico.
Não esqueçamos que a
agricultura é a maior fon­
te de riqueza de um paiz e
que junto com o ensino
profissional, são considera­
dos como elementos primordiaes de grandeza dos
povos, e um bom agricul­
tor é acclamado como um
grande cidadão.
conhécimentos e as bases
scientificas para fornecer­
mos productos proprios que
são procurados pelos com­
pradores, exportadores e
consumidores. Para me­
lhorar tanto os processos
de cultura como a capaci­
dade de nossos agriculto­
res, os quaes em grande Vinho Creosotado
do pàena.-ck*m .
parte apezar de sua com»
JOÃO DA SILVA
provada boa vontade, não
SILVEIRA
dispõe de elementos neces­
Poderoso
Tonieo
sários para a lavoura, de
e Fortificante
ahi se impõe a creação de
BmprefMto c#n fr to d l
escolas agrícolas nas quaes
mrrciio u fcooseiee
rernL
se alliem a theoria e á pra~
RECONST1TÜINTB
tica e d ensino technico e
DE La ORDEM
scientifico sejam completa­
dos pelo ensino pratico.
Na escola agricola, o agricultor aprenderá a pro­ Bicos para Prateleiras
duzir com effíciencia; não encontram-se nesta Pap.
PEÇA 6 0 0 réis
será um theorico, mas um
22-3-1931
A
VOZ DÔ
POVO
tiirarii i Papelaria Commercial
Completo sortimcnto de:
Cartões de visitas, Livros escolares,
Cadernos paraEscripturações Mer­
cantis, Tinto.\s para escrever, Fitas
para inachinas, Papel hygienico
para barbeiro, Tintas para
carimbos, Lapis de cores, etc.
NEIL HAMILTON e EVELYN
BRENT,. serão apresentados na te­
la do Casino, na collossal producção da Paramount
H o je!
Quarto escuro
TERÇA FJBIFtA
Sedenta de Amor
T Y P O G R A P H IA
Uma obra prima da FÒX
Alta comedia do nosso século
Executa-se, por preços modicos,
todo e qualquer serviço referente
a arte, em uma ou mais cores.
QTJINTA FEIIRA.
A METRO apresenta fROBERT AMES cm:
A Voz da Cidade
Lotoia do Estado de Sio Paulo
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Menos 25°jo . .
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Rs. 504:0001000
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em Prêmios Rs. 378:0001000
D o iv n is r G to
Saur Beck, o salteador
PBEMIOS
1
1
1
6
10
22
14
140
1400
1940
Premio de
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Prêmios de 60$
2535 Prêmios e finaes
Outro collosso da UFA
Rs. 2oo:oooooo
„ 2o:oooooo
„ . 5:oooooo
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5:ooo$ooo
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56:4oo$ooo
B R B V B avrB JS T T B
M ulher singular
Agora O U Nunca
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lxliao*SKlias6,13,20eZI de Marco
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A VOZ DO P O V O
22-3-1931
D
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Alfredo Devíenne
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