ESTRATÉGIAS DE PESQUISA EM PLANTAS
MEDICINAIS
1.Busca aleatória
2. Busca direcionada: plantas filogeneticamente
relacionadas a outras conhecidas e produtoras
de substâncias importantes são coletadas
3. Busca racional de drogas: plantas utilizadas
por populações locais na medicina tradicional
são coletadas
A Etnobotânica é ciência que
estuda a interação entre pessoas e
plantas,
permite
que
o
conhecimento
e
práticas
das
populações locais apresentando um
papel preponderante na procura de
soluções para os problemas locais,
regionais, nacionais e mesmo
internacionais.
A metodologia deve envolver as técnicas qualitativa
e quantitativa.
técnica qualitativa: envolve o uso de plantas e os
significados atribuídos a tais usos, levando em
conta a visão médica do grupo, em toda sua
dimensão simbólica, ligada ao universo mitológico
que a envolve, de onde se denota seu caráter
subjetivo. Etnografia caracterizada pela presença
do pesquisador em campo para estudar o outro,
enquanto estranho.

técnica quantitativa: importância
que hoje se dá à Etnobotânica.
Através desta técnica será possível
se obter dados estatísticos.
Porém, quantificar não basta para
se entender os significados
culturais embutidos nos fatos
observados, devendo, pois, a
técnica quantitativa andar ao lado
da técnica qualitativa.
Que informações sobre plantas medicinais devem
ser coletadas?
Para que se possa escolher espécies com potencial
para desenvolvimento é necessário pesquisar as
plantas, de preferência em seu ambiente nativo.
Para isso não se pode esquecer das informações
referentes ao seu uso, incluindo a parte usada, o
modo de preparo, a forma de uso e para quê ela é
usada.
As plantas pesquisadas precisam ser descritas de
modo que possam ser identificadas por outras
pessoas. Para que isso ocorra, não se deve
esquecer de pegar informações sobre tipo de
planta, odor, cor da flor, forma do fruto, o
ambiente onde ela vive, etc.
- Tipo de lugar onde a planta existe
- Época do ano em que ele é mais abundante
- Melhor época para plantio, onde e como plantar
- Melhor maneira de preparar o remédio para uso
- Outras possibilidades de uso para a mesma
planta
ÉPOCA DE COLHEITA
Raízes: quando as partes que estão sobre o solo estiverem
secas.Geralmente isto ocorre no outono;
Hastes, caules e ramos: quando estiverem bem desenvolvidos, mas
antes da formação dos botões;
Flores: pouco antes de formarem sementes;
Cascas: quando a planta estiver adulta. Depois que florir e der frutos;
Frutos carnosos:pouco antes do fruto estar completamente maduro;
Sementes: quando elas estiverem bem maduras e começarem a secar;
Plantas inteiras: quando já iniciou a formação e a abertura dos
botões, antes das flores abrirem;
DIFICULDADES NA UTILIZAÇÃO DE PLANTAS
MEDICINAIS
1.Cultivo
2. Modo preparo/Forma de uso
3. Concentração/Dosagem
4. Identificação
Nome popular x nome científico
SECAGEM
•separar plantas imperfeitas;
•espalhar sobre uma superfície;
•deve-se virar a cada 2 ou 3 dias;
•deve-se colocar em um local arejado, sem sol e
sem umidade;
•secar uma espécie de cada vez, ou uma longe da
outra;
•ela estará seca quando você amassar um punhado
e esfarelar.
Para que fazer a secagem?
Para eliminar a água que a planta possui, evitando
a deterioração e permitindo que a planta dure por
mais tempo.
PROCESSO PARA UTILIZAÇÃO DAS PLANTAS
INFUSÃO: derramar água fervente sobre a erva picada
numa vasilha, tapar e deixar esfriar por 10 minutos.
Usa-se para partes mais delicadas da planta: folhas e
flores.
DECOCÇÃO: por as ervas numa vasilha com água e
levar ao fogo. Ferver durante 10 a 20 minutos. Usa-se
para raízes, rizomas, madeira, caule, cascas ou
sementes. São partes mais duras que devem ser
picadas e aconselha-se deixar durante a noite na água
antes da decocção.
MACERAÇÃO: colocar as ervas de molho durante
8 a 24 horas em líquidos na temperatura
ambiente: água, vinho, cachaça ou mistura de
água e álcool de cereais. As partes mais duras
ficam mais tempo no líquido. Neste processo os
minerais e vitaminas são mais aproveitados.
Não são expelidos pelo vapor como nos
processos anteriores.
TINTURA: usa-se de 25 a 80% de ervas e
completa-se com álcool de cereais com maior ou
menor graduação, usa-se mais ou menos álcool
conforme a planta. Algumas liberam com mais
facilidade que outras suas propriedades.
BANHO: faz-se uma infusão ou decocção mais
concentrada que deve ser coada e misturada na
água do banho ou colocar as ervas em um saco
de pano firme e deixar boiando na água do
banho.
CATAPLASMA:
amassar as ervas frescas e bem limpas, aplicar
diretamente sobre a parte afetada ou envolvidas em
um pano fino ou gaze;
ervas secas podem ser reduzidas a pó, misturadas em
água, chás ou outras preparações e aplicadas envoltas
em pano fino sobre as partes afetadas;
pode-se ainda utilizar farinha de mandioca ou fubá de
milho e água, geralmente quente, com a planta fresca
ou seca triturada.
COMPRESSA: É uma preparação de uso local (tópico) que
atua pela penetração dos princípios ativos através da pele.
Utilizam-se panos, chumaços de algodão ou gaze embebidos
em um infuso concentrado, decocto, sumo ou tintura da planta
dissolvida em água. A compressa pode ser quente ou fria.
Outra forma é molhar a ponta de uma toalha e colocar no local
afetado, cobrindo com a outra ponta da toalha seca, para
conservar o calor.
GARGAREJO: infusão concentrada e gargareja
quantas vezes for necessário. Ex.: Sálvia (mau
hálito), tanchagem, malva e romã (amigdalites
e afecções na boca).
INALAÇÃO: vapor de água quente com aroma das
substâncias voláteis das plantas aromáticas, é
normalmente recomendada para problemas do aparelho
respiratório. Colocar a erva a ser usada numa vasilha com
água fervente, na proporção de uma colher de sopa da
erva fresca ou seca em 1/2 litro d'água, aspirar lentamente
(contar até 3 durante a inspiração e até 3 quando expelir o
ar), prosseguir assim ritmicamente por 15 minutos. O
recipiente pode ser mantido no fogo para haver contínua
produção de vapor. Usa-se um funil de cartolina (ou outro
papel duro); ou ainda uma toalha sobre os ombros, a
cabeça e a vasilha, para facilitar a inalação do vapor.
SUCO OU SUMO: espremendo o fruto e o sumo ao triturar uma
planta medicinal fresca num pilão ou em liquidificadores e
centrífugas. O pilão é mais usado para as partes pouco suculentas.
Quando a planta possuir pequena quantidade de líquido, deve-se
acrescentar um pouco de água e triturar novamente após uma hora
de repouso, recolher então o líquido liberado. Como as anteriores,
esta preparação também deve ser feita no momento do uso.
XAROPE: utilizados normalmente nos casos de tosses, dores de
garganta e bronquite. Na sua preparação, faz-se inicialmente uma
calda com açúcar cristal ou rapadura, na proporção de 1 1/2 a 2
partes para cada 1 parte de água, em volume, por exemplo, 1 1/2 a 2
xícaras de açúcar ou rapadura ralada. A mistura é levada ao fogo e,
em poucos minutos há completa dissolução e a calda estará pronta,
com maior ou menor consistência, conforme desejado, então são
adicionadas as plantas preferencialmente frescas e picadas, colocase em fogo baixo e mexe-se por 3 a 5 minutos, findos os quais o
xarope é coado e guardado em frasco de vidro. A quantidade de
plantas a ser adicionada em cada xarope é variável segundo a
espécie vegetal. O xarope pode ser guardado por até 15 dias na
geladeira, mas se forem observados sinais de fermentação, ele deve
ser descartado. Obviamente, os xaropes, devido à grande quantidade
de açúcar, não devem ser usados por diabéticos.
Cuidados no uso de plantas medicinais
O uso de remédios feitos com plantas envolve a coleta
adequada, a quantidade certa, o modo de preparo e a via de
administração mais apropriada para a doença que se queira
curar.
Que parte da planta é usada como remédio (folha, raiz,
caule, flor, fruto e semente.
-Como coletar a parte da planta usada
- Como preparar o remédio
-Que quantidade de planta é usada na receita
(uma folha, uma colher ...)
- Como cuidar da planta antes de usar (lavar,
picar...)
- O que e em que quantidade misturar na
preparação
- Que quantidade do remédio deve ser usada
- Quantas vezes ao dia usar o remédio
-Por
quanto
tempo
usar
o
remédio
É importante usar as plantas da maneira
correta ou isso pode significar que a receita
não vai funcionar ou, o que é mais grave, o
remédio pode fazer mal a quem o utilize.
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Slide 1 - Universidade Castelo Branco