Falta de controle no orçamento doméstico é a principal dificuldade do jovem
universitário para se tornar investidor
Projeto inédito de Educação Financeira da ANBIMA, em parceria com a Universidade FMU, revela as
dificuldades dos estudantes em investir.
São Paulo, 27 de agosto de 2014 - O jovem universitário paulistano tem planos para o futuro, mas não
conhece o caminho para utilizar o seu dinheiro a favor de seus sonhos. A conclusão é de estudo realizado pela
ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) que traçou um perfil
financeiro dos estudantes do campus Santo Amaro da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas), em São
Paulo. O trabalho foi resultado do Como Investir em Você, programa de educação financeira da Associação
que oferece cursos de extensão à distância para estudantes universitários.
A pesquisa foi realizada com jovens, a maioria com idade entre 20 e 30 anos, que participaram “Planeje sua
Liberdade”, o curso piloto. Dividido em cinco módulos – ganhar, gastar, guardar, investir e planejar – o curso
contou, além de material expositivo, com um ambiente colaborativo onde os estudantes podiam interagir e
compartilhar experiências e planos. Os resultados das atividades apontaram que os universitários possuem
objetivos financeiros claros, mas encontram dificuldades de controlar os gastos e utilizar o dinheiro a seu
favor.
Apesar de esses objetivos serem tratados como prioridades, a diminuição dos gastos e a dificuldade de quitar
dívidas foram apontadas como o principal desafio financeiro para a sua realização. Mais de 34% dos
estudantes afirmaram que suas despesas são maiores que suas receitas. No entanto, mais da metade deles
afirmaram que pretendem reduzir gastos para que possam alcançar seus objetivos.
Em relação aos investimentos e as suas escolhas, 80% dos estudantes consideram difícil decidir como investir
devido às muitas opções oferecidas no mercado. Pensando nisto, 68% dos participantes reconhecem a
necessidade de buscar orientação junto aos agentes financeiros. Porém, 33% dos estudantes revelaram não
confiar nas recomendações desses profissionais. “A decisão final sobre o investimento deve ser sempre do
investidor,” explica Ana Leoni, superintendente de educação da ANBIMA. “Por isso, trabalhamos com a
certificação continuada para que os agentes financeiros estejam cada vez mais aptos a auxiliar o investidor
corretamente, sempre em linha com o perfil de investidor de cada um”.
A pesquisa revelou que o perfil de investidor destes jovens está alinhado ao do brasileiro médio: avesso a
riscos e com poucos recursos para investir. Entre os participantes do curso, 94% se declararam investidores
conservadores. Em simulações de investimentos, a maior parte dos estudantes optou por opções de menor
risco, ainda que com retorno mais baixo. “A maioria das pessoas decide a partir da sua impressão de
segurança, porque prefere o certo pelo incerto, mesmo que os cálculos e análises de risco digam o contrário.
É o que os especialistas chamam de contabilidade mental. Seja qual o for o resultado, o mais importante, é
fazer sentido para quem os faz,” explica Ana.
A principal dificuldade identificada para começar a investir é a falta de segurança e conhecimento do
mercado. O jovem universitário tem menos de R$ 1 mil para começar a investir e objetivos que necessitam de
mais de R$ 10 mil. Quanto às formas de investimento, no entanto, mais de 60% consideram investir em único
produto. “Esse número mostra que, mesmo que tenham se declarados investidores conservadores, eles não
olham para a diversificação como um instrumento para minimização de riscos,” avalia Ana.
Como Investir em Você
Idealizado pela ANBIMA, o programa tem o objetivo de levar a educação financeira aos estudantes
universitários brasileiros. O projeto teve início com o “Planeje Sua Liberdade”, curso à distância que discute
de forma interativa a relação dos estudantes com o dinheiro. Dividido em módulos, o curso conta com
enquetes, fóruns e atividades que auxiliam no compartilhamento de experiências que agregam ao conteúdo.
Com o sucesso da iniciativa na FMU, a ANBIMA estuda agora a ampliação do programa para novos centros
universitários.
Sobre a ANBIMA
A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de
310 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados estão bancos comerciais, múltiplos e de
investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de
investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo
atividades de representação dos interesses do setor, de regulação e supervisão voluntária e privada de seus
mercados, e de oferta de produtos e serviços que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados
financeiro e de capitais.
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