Desafios com o foco na gestão e supervisão baseada em risco Por José Roberto Ferreira, Diretor da Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC. Governança Corporativa De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC, “Governança é o Conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto de monitoramento, voltados para a transparência, prestação de contas, equidade e responsabilidade corporativa”. As Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) não devem se prender à estrutura mínima determinada pela legislação, e sim buscar atender as suas necessidades, dos Participantes, Assistidos e Patrocinadoras. Tendo em vista a preservação dos direitos dos Envolvidos no processo, objetiva-se alinhar legislação, transparência, comunicação, conduta e ética. “Olhar e agir crítico em favor do interesse de terceiros.” No processo de Governança Corporativa é fundamental que no José Roberto Ferreira mínimo sejam abrangidas questões Diretor - PREVIC quanto à politica de investimentos, custos administrativos, premissas atuariais, situação econômica e financeira dos planos. São itens que devem ser apresentados de forma clara, tempestiva e direta. Ainda quanto à Governança Corporativa, faz-se importante citar alguns elementos de conduta e ética. Sabe-se que uma boa gestão é um dos caminhos em busca da credibilidade. Valores corporativos como integridade, honestidade, transparência, eficiência e respeito são imprescindíveis no processo de gestão. É necessária que haja uma cultura de conscientização das responsabilidades individuais dos envolvidos no intuito de mitigação e correção de erros dos desvios de conduta, com a maior brevidade possível, sendo indicada inclusive, a elaboração de Códigos de Ética e Conduta. Gestão e Supervisão Baseada em Risco (GBR e SBR) No que tange à Gestão e Supervisão Baseada em Risco, a principal mensagem é a importância de antecipar as adversidades, criando medidas que atenuem os impactos dessas, buscando sempre a atuação de forma proativa. Além disso, o trabalho deve ser contínuo, objetivando identificar, monitorar e controlar os fatores de risco. O gerenciamento dos riscos e periódico mapeamento dos mesmos é o ponto chave nesse processo. “O objetivo do supervisor não é arrecadar recursos, mas inibir a prática de irregularidades, assegurar a solvência do regime e defender o direito dos participantes e assistidos” Processos e controles • • • • Destaca-se a importância da capacitação dos membros e órgãos estatutários, uma vez que eles são os maiores responsáveis pelos processos decisórios, os quais devem ser devidamente estabelecidos com responsabilidades definidas e mecanismos de controle. É fundamental que as decisões sejam consubstanciadas em análises técnicas. Dentre as atribuições dos conselheiros, inclui-se o monitoramento e fiscalização da atuação dos gestores das EFPC. Faz-se necessária a elaboração de regras e manuais, e de segregação clara de funções por áreas. O grande desafio é a permanente demanda por aprimoramento das atuais práticas e adoção de padrões adequados de governança que facilitem o processo de Gestão Baseada em Riscos e contribuam para a Supervisão Baseada em Riscos. Este sumário foi realizado pela GAMA Consultores Associados com o objetivo de consolidar os principais pontos da Palestra proferida no II Evento GAMA de Previdência Complementar – II EGPC. Poderão ocorrer divergências entre o conteúdo palestrado e o material transcrito. O material de apresentação, em sua íntegra, poderá ser obtido no site www.gama-ca.com.br/egpc.