2ª Conferência de Investimentos Alternativos: FIDC, FII E FIP São Paulo, 21 de Agosto de 2013 Hotel Caesar Park Patrocínio Fundos de Pensão e Investimentos em Infraestrutura Prof. José Roberto Ferreira Savoia FEA-USP Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura Agosto de 2013 Agenda I. II. III. IV. Investimentos em Infraestrutura- uma preocupação mundial Por onde avaliar os investimentos em infraestrutura Sugestões para investidores e reguladores na promoção destas políticas A Questão dos Riscos 2 Investimentos em Infraestrutura- uma preocupação mundial No Brasil e exterior há um grande interesse dos governos para a realização de investimentos em infreestrutura por agentes privados. A redução da capacidade de investimentos dos governos, comprometidos com outras metas de estímulo às economias prioriza o papel dos investidores institucionais. O nível das atuais taxas de juros no Brasil, aliado ao fraco retorno da renda variável estimulam os Fundos de Pensão a buscarem novas alternativas, diversificando riscos e ajustando o seu ALM. “Huge infrastructure demands and hungry institutional funds – link them.” (Heseltine 2012). 3 Investidores de Longo Prazo – Países Desenvolvidos Fonte: OECD, 2013 4 Horizonte de Investimentos Fonte: World Economic Forum (2011) 5 Por onde avaliar os investimentos em infraestrutura “Capital Paciente” : “Capital Engajado”: Longo Prazo/ Prêmio pela Iliquidez, Giro Baixo, Investimentos Anti-Cíclicos retornos mais elevados , maior estabilidade financeira Investidor Ativo melhores práticas de governança “Capital Produtivo”: Suporte parea desenvolvimento crescimento sustentado Fonte: OECD, 2013 6 da infraestrutura Sugestões para investidores e reguladores na promoção destas políticas Avaliação e Impactos da Regulação Transferência de Riscos para Consumidores Governança e Incentivos aos Investimentos Visão de Curto Prazo 7 Investimentos com Prazos Médios Reduzidos Prazo Médio dos Investimentos nas Bolsa Internacionais 8 Fonte: OECD (2010) Tendências em Alocação de Fundos de Pensão Redução da parcela de renda variável dos portfólios de Fundos de Pensão em alguns países (e.g. reino Unido, Holanda) No exteior menos de 1% dos ativos são investidos em projetos de infraestrutura não-listados em bolsa Aumento da participação em ETFs e outros instrumentos de maior liquidez Participação crescente em private equity e reduzida em em venture capital 9 Sugestões para investidores e reguladores na promoção destas políticas Aumentar a expertise de fundos de pensão na análise e na governança de projetos de infraestrutura. Caminhar no sentido da criação de grupos para realizar os investimentos de forma compartilhada nos seus riscos e monitoramento Avaliar a regulação de forma a manter o interesse nos investimentos de longo prazo. Participação de investidores institucionais no free float das empresas abertas chega a 20% do total Políticas regulatórias de incentivo aos investimentos de longo prazo e ajustes nas regras de contabilidade e de 10 equilíbrio atuarial A Questão dos Riscos Incidência e Renegociação de Projetos de Concessão % Renegociações Prazo médio até a renegociação Todos os Setores 42% 2.1 anos Eletricidade 10 % 2.3 anos Transporte 57% 3.1 anos Água 75% 1.7 anos Fonte: Guasch (2004) – Latin America, 1988-2002, observações de mais de 1.000 casos 11 A Questão dos Riscos Who initiated the Renegotiation?(% of total requests) Iniciativa da Renegociação de Projetos de Concessão Governo e Concessionário Governo Concessionário Todos os Setores 13% 26% 61% Água e Esgoto 10% 24% 66% Transporte 16% 27% 57% Fonte: Guasch (2004) – Latin America, 1988-2002, observações de mais de 1.000 casos 12 A Questão dos Riscos: No passado Fonte: Clark & Evans, 2000, Pension Fund Capitalism, pg. 213 13 Retorno sobre Patrimônio Líquido Fonte: CER - Centro de Estudos em Infraestrutura e Regulação, 2013 14 WACC Fonte: CER - Centro de Estudos em Infraestrutura e Regulação, 2013 15 Lucro por Ação Fonte: CER - Centro de Estudos em Infraestrutura e Regulação, 2013 16 Conclusões Investimentos em infraestreutura produzem redução de riscos no longo prazo, pelo efeito da diversificação e estabilidade dos retornos. Efeito descolamento ddos mercados locai também é observado de forma empírica. Barreiras na entrada, riscos regulatórios e avaliações mal elaboradas dos projetos levam a insucessos e renegociações com resultados duvidosos. Assimetria de informações entre concessionárias e reguladores também provocam oportunidades de maior retorno, que podem ser revistas em períodos subsequentes (o passado pode ser incerto!) A combinação de instrumentos de dívida e de capital podem viabilizar a atuação de fundos de pensão no setor,. O momento é propício para o desenho de instrumentos de incentivo à participação via capital nesses projetos, o que enseja um exercício conjunto de áreas do governo. 17 Conclusões Fundos de Pensão podem e devem utilizar mais de um mecanismo para realizar investimentos em infraestrutura, diversificando-os através de um mix, com investimentos diretos e através de fundos. Dados sobre o desempenho de projetos são obtidos de fontes privadas e o desempenho de empresas abertas é limitado no caso brasileiro. A fixação de um benchmark é tarefa necessária e demanda garimpagem de dados e análise de riscos dos projetos de forma aprofundada, necessariamente estabelecendo uma matriz de riscos da concessão. A existência de uma lacuna de investimentos em infraestrutura levou o governo a rever posições e alterar a remuneração em concessões nos últimos meses. 18