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"Presidente do CRUP gostaria de saber mais sobre acordos entre
Governo e MIT"
O presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), José Lopes da Silva, disse que
gostaria de ter tido um conhecimento mais aprofundado do acordo entre o Governo e o MIT.
O professor sublinhou que este acordo de colaboração entre universidades portuguesas e a prestigiada universidade
norte-americana vai levar a um conjunto de protocolos, com vista a reunir grupos de excelência de todas as partes
envolvidas.
"Não sei pormenores, mas certamente vai dar resultados positivos", disse José Lopes da Silva.
Questionado sobre a sua participação no processo, o presidente do CRUP afirmou:"Não fui consultado, não fui ouvido, fui
informado aquando da primeira assinatura do Governo com o MIT, há uns meses, e depois através de colaboradores da
minha universidade".
"Penso que nestas coisas o mais importante é o trabalho de colaboração entre as pessoas que vão arregaçar as mangas
para trabalhar", considerou, embora admitindo que gostaria de "ter tido um conhecimento mais aprofundado", além do
que lhe foi transmitido pelos seus colaboradores.
"Cada um faz as coisa como entende melhor. Eu teria tido conversas com os reitores das universidades e os directores"
das instituições envolvidas", disse.
Apesar de a Universidade de Aveiro não constar na lista divulgada, José Lopes da Silva admite que poderá surgir
posteriormente ao nível de protocolos com laboratórios que lhe estão associados.
As universidades de Coimbra e Porto e o Instituto Superior Técnico são três das instituições de ensino superior
envolvidas no acordo que o Governo assina quarta-feira com o MIT.
A Universidade do Minho, as universidades de Lisboa e Nova de Lisboa e o Instituto Superior de Economia e Gestão são
os outros institutos que perfazem as sete universidades escolhidas para estabelecer uma parceria com o Massachusetts
Institute of Tecnology (MIT).
O acordo envolve um financiamento global de 32 milhões de euros às instituições nacionais abrangidas pelo programa
MIT Portugal.
Segundo o texto do acordo, no primeiro dos cinco anos do programa o financiamento público às instituições nacionais
ronda os 4,5 milhões de euros, subindo para 6,1 no segundo ano, 6,9 no terceiro, 7,1 no quarto e 7,2 milhões de euros
no quinto ano de execução.
O conselho de administração do Programa MIT Portugal vai ser liderado por João Sentieiro, presidente da Fundação para
a Ciência e Tecnologia (FCT).
O texto do acordo entre o MIT e o Governo português estipula que o conselho de administração terá três membros
portugueses e três do MIT.
O acordo prevê 14 contratos anuais de professores/investigadores para as instituições portuguesas e 18 bolsas anuais
de pós-doutoramento.
Lusa, 7/10/2006
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