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UM CAPÍTULO DE CARÁTER CONCLUSIVO
A RECIPROCA RELAÇÃO ENTRE A ETNICIDADE POMERANA E A RELIGIOSIDADE LUTERANA EM SANTA MARIA DE JETIBÁ
“A história da igreja luterana no Brasil não é a história
de suas lideranças, mas a de seu povo. Foi o povo luterano quem escreveu essa história e tornou essa história
possível”.
Martim Dreher1
Ao olhar para o inicio deste trabalho, embora esse pesquisador julgue com toda
honestidade que a temática não tenha sido de toda esgotada, é possível considerar que
o caminho trilhado é tão sinuoso como o que levou os primeiros imigrantes até Santa
Maria de Jetibá. Mas foi nessa sinuosidade que a história, a identidade, seja ela social,
étnica, cultural ou religiosa, foram construídas e reconstruídas. As instituições, como a
própria Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), foram formadas graças
aquilo que se tomaram os imigrantes pomeranos no interior capixaba, na segunda parte do século XIX até os dias de hoje. O luteranismo, mais do que qualquer outra instituição, é fruto direto do processo de assimilar-se e aculturar-se à nova realidade, ao
mesmo tempo em que, a igreja serviu de auxílio para o grupo se consolidasse.
Neste capítulo conclusivo, a tarefa é demonstrar como nessa expressão de religiosidade e cultura, no universo do campo religioso brasileiro, estabeleceu uma relação
recíproca, de tal modo que, nem a religião e nem o grupo étnico, seria capaz de sobreviver uma sem a outra. Essa relação é a somatória de uma série de condições antropológicas, psicológicas, socioculturais, históricas, religiosas e míticas, que deu origem a
esse quadro cultural particular, evidentemente reforçada por outros agentes culturais
existentes naquela região do Brasil. Neste ponto, então, faz-se necessário observar algumas considerações que são tidas em conta por este autor como conclusivas para este
trabalho. Essas considerações podem ser divididas em duas categorias: as positivas e as
negativas.
1. O CARÁTER POSITIVO DA RELAÇÃO ETNIA-RELIGIÃO
Os pomeranos reconstruíram sua realidade identitária nas serras capixabas,
dando-se conta que algumas coisas deveriam e iriam mudar. O ato de emigrar é em si
um ato de coragem, uma vez que, por pior que sejam as dificuldades encontradas no
1
DREHER, Martin. A história da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. In: Presença Luterana
1990. São Leopoldo: Editora Sinodal, 1989, p.103-104.
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país ou local de origem, necessariamente este processo exige que se abandone a sua
zona de conforto e segurança, para se lançar numa realidade desconhecida. Seria preciso, portanto, reconstruir o que se havia deixado em terras pomeranas, redescobrir novas formas de subsistência, técnicas de plantio, além de se adaptar aos fatores climáticos. Era preciso, antes de tudo, chegar aos seus sítios e de seus sítios aos sítios das outras famílias. Toda uma organização social deveria ser reestruturada em terras brasileiras. Porquanto, nas palavras de Berger e Luckmann:
Os homens em conjunto produzem um ambiente humano, com a totalidade de suas formações sócio-culturais e psicológicas. [(…)]Assim
como é impossível que o homem se desenvolva como homem no isolamento, igualmente é impossível que o homem isolado produza um
ambiente humano. [(…)] O homo sapiens é sempre, e na mesma medida, homo socius.2
Neste sentido, a socialização ou sociabilização se tornou uma tarefa necessária
aos primeiros pomeranos. Assim
A religião serve, assim, para manter a realidade daquele mundo socialmente construído no qual os homens existem nas suas vidas cotidianas. Seu poder legitimante tem, contudo, outra importante dimensão a integração em um nomos compreensivo precisamente daquelas situações marginais em que a realidade da vida cotidiana é posta em dúvida.3
Não que eles fossem insociáveis, mas porque a sociedade brasileira, de algum
modo, não lhes dava a segurança exigível para que pudessem lidar com o novo ambiente em que entraram. Inicialmente essa segurança seria possível somente a partir dos
seus próprios padrões socioculturais já conhecidos, colocando-os como padrão para a
reconstrução dos antigos valores e construção de novos valores, que possivelmente
fossem exigidos, ajustando cada membro do grupo imigratório ao novo projeto de pátria. Como a sociabilização não pode acontecer no isolamento dos indivíduos de um
grupo e os sítios de terra do pomeranos fazia obrigatório o isolamento, uma solução
para isso estava na religião, graças aos resultados do que Bourdieu denominou de consagração, porquanto:
A religião exerce um efeito de consagração sob duas modalidades: 1)
através de suas sanções santificantes, converte em limites legais os limites e as barreiras econômicas e políticas efetivas e, em particular,
2
3
BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da Realidade, 2ªed. Petrópolis: Editora
Vozes, 1974, 75.
BERGER, Peter Ludwig. O Dossel Sagrado: elementos para uma teoria sociológica da Religião, 5ª ed. São
Paulo: Editora Paulus, 2004, p.55.
325
contribui para a manipulação simbólica das aspirações que tende a assegurar o ajustamento das esperanças vividas às oportunidades objetivas; 2) inculca um sistema de práticas e de representações consagradas
cuja estrutura (estruturada) reproduz sob uma forma transfigurada, e
portanto irreconhecível, a estrutura das relações econômicas e sociais
vigentes em uma determinada formação social e que só consegue produzir a objetividade que produz (enquanto estrutura estruturante) ao
produzir o desconhecimento dos limites do conhecimento que torna possível, e ao contribuir para o reforço simbólico de suas sanções aos limites e às barreiras lógicas e gnosiológicas impostas por um tipo determinado de condições materiais.4
Ato contínuo à sociabilização, a identificação pode ser considerada como o autorreconhecimento de si mesmo como indivíduo pertencente a determinado grupo
sociocultural e religioso, que, ao mesmo tempo, se diferencia dos demais grupos. Ao
instituírem a Igreja, os pomeranos se afirmaram dentro do contexto religioso brasileiro
novecentista, como protestantes luteranos, e que não abriam mão daquilo que eram e
queriam continuar sendo. Essa noção de pertencimento e proteção em relação à religião
se tornou um dos fatores sobre a qual a IECLB construiu a sua hegemonia. Por outro
lado, mesmo a IECLB, sendo uma denominação de teologia mais aberta ao diálogo
inter-religioso, não é possível identificar em Santa Maria, ao menos em grande escala,
um processo de secularização ou “desencantamento do mundo com o sagrado”, levando em
conta que “o pluralismo religioso colabora para a secularização, já que o aumento da concorrência relativiza as definições religiosas tradicionais e acarreta racionalização das estruturas
religiosas.”5 Mesmo que na sede do município existam templos de grupos protestantes
de missão, pentecostais e neopentecostais, além de outros grupos religiosos, o sentimento de pertencimento e identidade religiosa do pomerano, principalmente das paróquias
da zona rural do município, o liga quase inquebravalmente à IECLB, como nas palavras do poeta português: “é querer estar preso por vontade”.6
Isto parece mais que óbvio, na medida em que a instituição IECLB somente pode existir se houver pessoas que se unam a ela. Mas a questão aqui vai mais além. O
fato de a IECLB ser uma igreja de imigração, o que faz que ela não tenha um proselitista,
como outras denominações protestantes e pentecostais em solo brasileiro. Não é sem
motivo, portanto, que sua presença tenha maior destaque em regiões de colonização
BOURDIEU, Pierre. A Economia das trocas Simbólica, 5ª ed. São Paulo: Editora Perspectiva, 2003, p.46.
BERGER, Peter. O dossel sagrado: elementos para uma teoria sociológica da Religião, 5ª ed. São Paulo:
Editora Paulus, 2004, p.139.
6 CAMÕES, Luis de. Soneto 05. Disponível em: < http://static.recantodasletras.com.br/arquivos/
1534663.doc > Acesso em 26 de outubro de 2009.
4
5
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germânica, basta considerar que em todo o país os luteranos somam 0,69% da população, ao passo que em Santa Maria percentual é diametralmente oposto, sendo os luteranos 72% da sua população municipal.7 Assim, a Igreja Luterana dá legitimidade à
etnia pomerana, a etnia pomerana, ao mesmo tempo, se apropria da IECLB como um
valor inalienável, porquanto, é nela e através dela que o grupo tem construído e vivido
sua realidade social.
[A Igreja, portanto], consegue submeter o sistema de disposições em
relação ao mundo natural e ao mundo social (disposições inculcadas
pelas condições de existência) a uma mudança de natureza, em especial convertendo o ethos enquanto sistema de esquemas implícitos de
ação e de apreciação em ética enquanto conjunto sistematizado e racionalizado de normas explícitas.8
Como homo religiosus, o pomerano diante da nova realidade nos trópicos, via a
necessidade de ordenar o seu mundo ou mundos. Para isso ele precisava de uma organização social que cumprisse esse papel. É nesse momento e contexto que a relação
com o que viria a ser a IECLB tem início. Embora, os pomeranos tivessem ao seu dispor
as bispreekars, estas serviam para amenizar os males físicos e auxiliá-los naquilo que era
do cotidiano – como o catolicismo santorial do homem pobre da zona rural do qual fala
Mendonça.9 A religiosidade popular e as representações mágicas não têm valia a favor
do homem diante do Totalmente Outro, o Deus Transcendental.
Ao saírem das canoas que os trazia de Vitória, os pomeranos que desembarcavam em Santa Leopoldina viam-se numa realidade geográfica bem diferente daquela
encontrada na Pomerânia. Não havia estradas, não havia vilas próximas, havia uma
grande dificuldade de comunicação entre os imigrantes, por causa das distâncias entre
os sítios e da, já comentada, ausência de estradas, e a dificuldade de comunicação com
os nativos, isso criavam um embaraço inicial. Essa dessemelhança fazia que se tornasse
necessário a organização do grupo, de modo a preencher as lacunas existenciais, formada pela ausência de instituições que foram deixadas na Pomerânia. Como eram estrangeiros num terra com sua própria estrutura política à qual estavam obrigatoriamente subjulgados, instituições de caráter nacionalista poderiam ser imediata e mili-
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponíveis em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/
bda/tabela/protabl.asp?z=t&o=1&i =P>. Acesso em 12 de agosto de 2008
8 BOURDIEU, Op. Cit.,p.46.
9 MENDONÇA, Antonio Gouvêa. O Celeste Porvir, 3ª ed. São Paulo: EDUSP, 2008, p.
7
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tarmente rechaçadas, guardado as devidas proporções, como o Caso Muckers,10 a saída
mais palatável ao Estado Imperial brasileiro para organização de uma instituição capaz
de suprir as necessidades dos imigrantes pomeranos era a religião, dado que, de tempos em tempos, eles poderiam se reunir para os cultos e torna a Igreja uma referencia
social da comunidade de imigrantes.
Ao que parece, através das anotações de J.J. von Tschudi, para os pomeranus religiosus a questão religiosa não era essencialmente simples desejo de batizar seus filhos
ou sepultar seus mortos, regular a sua vida religiosa.11 Muito mais que isso, eles tinham a concepção de que seu Deus precisava ser adorado para que o mesmo tornasse
propício a eles, dando-lhes uma boa colheita e proteção contra os males da floresta e da
existência. Não bastava a religiosidade popular, com suas benzeduras, orações, poções e
medicamentos, não tinham valia contra forças maiores, como a morte, o demônio e o
próprio deus descontente. Além do mais a religiosidade popular pomerana não possui
o caráter institucional, sendo incapaz, por conta desse detalhe, de exercer as funções
legitimantes da instituição.
A religiosidade popular vivida em paralelo com a religiosidade oficial é uma característica, bem forte entre os pomeranos-luteranos, algo, como já visto, encontra expressão semelhante do protestantismo missionário. A explicação desse fenômeno é dada por
Mendonça, ao afirmar que:
No caso protestante, todavia, uma elevada racionalidade, em todos os
níveis (crenças e explicação) obscurece a questão quando se busca o
real nível de crença, isto é, a configuração da realidade que condiciona
as ações em confronto com o significado e explicação.12
Droogers corrobora com Mendonça:
Segundo o trabalho de Heloisa Módolo, que faz parte deste mesmo Projeto de Pesquisa, os Muckers, devido a uma série de fatores religiosos, civis, psicológicos, tomaram a via oposta das
instituições existentes no país, Estado, Igreja (Católica e Luterana), escolas. Neste modelo de
vida, para os padrões do século XIX, e mesmo atuais se considerada, que: “os muckers representavam uma ameaça a uma concepção de desordem social, uma agressão a valores que
constituíam a segurança dos colonos”. Cf. DIECKIE, Maria Amélia Schmidt. Afetos e Circunstancias: um estudo sobre is Muckers e seu tempo. (Tese de Doutorado). São Paulo: Universidade
São Paulo: 1996,pp.53-58 passim, Apud MÓDOLO, Heloísa Mara Luchesi. Delírios religiosos e estruturação psíquica: o caso Jacobina Mentez Maurer e o episódio Muncker – uma releitura fundamentada na psicologia analítica. (Dissertação de Mestrado). São Paulo: Universidade Presbiteriana
Mackenzie, 2006, p.160.
11 TSCHUDI, Johann Jakob von. Viagem à Província do Espírito Santo: Imigração e colonização suíça 1860.
Vitória: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, 2004, p.33-34.
12 MENDONÇA, Antonio Gouvêa. Protestantes, pentecostais & ecumênicos: o campo religioso e seus personagens. São Bernardo do Campo: UMESP, 1997, p.133.
10
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Se quisermos usar o conceito [religiosidade popular] no contexto evangélico, muito vai depender da definição que adotamos. Religiosidade pode ser definida como a vivência da fé que os adeptos de uma
religião elaboram. O que os adeptos fazem com a sua religião é o que
determina a sua atitude, o seu comportamento, a sua maneira de pensar.13
O conceito de religiosidade popular, como foi e está sendo usada aqui, é essa vivência religiosa elaborada no decorrer da história, por leigos, orientados por sua posição social e atuando fora do controle do clero e da instituição da Igreja. Esta religiosidade possibilita um contato direto com o sagrado, sem a intermediação dos sacerdotes
institucionalmente ordenados.14 Paradoxalmente, ao desejo da vivência popular e livre
das crenças ou da fé, os pomeranos como atores sociais no decorrer das manifestações
de seus hábitos e necessidades religiosas, institucionalizaram seus ideais no estabelecimento de uma Igreja Luterana, porquanto já tinham tal confissão religiosa, a qual
permanecia como parte do complexo religioso presente em seu ideário cultural. Tal
confessionalidade típica e comum e a respectiva interação entre os membros da comunidade de imigrantes pomeranos desenvolveram, segundo a proposta teórica de Berger
e Luckmann, “hábitos da atividade humana”,15 que desemboca na institucionalização dos
mesmos. Desta forma:
A institucionalização ocorre sempre que, há uma tipificação recíproca,
de ações habituais por tipos de atores. Dito de maneira diferente,
qualquer uma dessas tipificações é uma instituição. O que deve ser acentuado é a reciprocidade das tipificações institucionais e o caráter
típico não somente das ações mas também dos atores nas instituições.16
O que Berger e Luckmann consideraram é o que acontece na relação entre a Igreja e os pomeranos, isto é, as ações religiosas pressupostas pela IECLB serão executadas por seus membros em graus maiores e menores, conforme a própria instituição
estabeleceu. Assim, existem os ministérios ordenados, os ministérios leigos, cultos diferenciados em momentos diferentes, em fim, do modo que as ações habituais típicas dos
pomeranos, enquanto homo religiosus, direcionaram o surgimento desse modelo de
luteranismo, esse luteranismo assumia e dava forma ao seu grupo.
DROOGERS, André. Religiosidade popular luterana. São Leopoldo: Editora Sinodal, 1984, p.7.
DROOGERS, Op. Cit., p.7.
15 BERGER; LUCKMANN, Op. Cit., p.79.
16 Ibid., p.79.
13
14
329
O luteranismo, que se desenvolveu na Igreja Evangélica de Confissão Luterana no
Brasil, em seu processo de inserção na realidade Santa de Maria de Jetibá, mesmo acompanhando os seus compatriotas, teve que se reinventar e adaptar-se a nova realidade, em questões mínimas como o abrir mão do Hochdeutsch [ger. alto-alemão] nas
prédicas em favor do que linguisticamente era uma forma plattduustsch [ger. baixosaxão], base da língua pomerana. No entanto, essa é a forma mais simples de descrever
a capacidade de se adaptar as diversas necessidades do grupo pomerano.
No entanto, o que foi dito acima é mínimo, porquanto, a Igreja Estatal Prussiana
dos meados do século XIX estava envolvida numa reestruturação de caráter político,
teológico e litúrgico, como tratado em capítulo anterior. A unificação das bases confessionais, eliminando aquilo que não era fundamental à fé, a adoção de uma Agenda Comum de Ofícios Religiosos e a unificação daquilo que fora um ponto de distanciamento
entre luteranos e reformados calvinistas, a celebração do Sacramento Eucarístico, ou
seja, a Ceia do Senhor, por meio da força política não fora necessariamente aceito por
grande parte da população comum da época.17
Mesmo sendo um dos fatores coadjuvantes, embora, não o importante para a
emigração dos pomeranos para o Espírito Santo, a União Prussiana representava um
possibilidade de continuidade, segundo Rölke, porquanto se tornou exigível pelo rei
Frederico Guilherme III, que aqueles que optassem pela emigração deveriam estar preparados para contratar e carregar financeiramente um pastor que deveria lhes acompanhar.18 O primeiro grupo de pomeranos a desembarcar no Espírito Santo não trouxe
nenhum pastor, os que já estavam por aquelas bandas não davam conta de assistir a
todos os grupos. Contudo, eles desembarcaram com uma mentalidade: reconstruir a
igreja segundo a sua imagem e semelhança.
A Igreja Protestante era inicialmente um ponto de devoção comunitária sem
muita identificação. Na primeira capela construída em Santa Leopoldina havia luteranos e calvinistas trabalhando lado a lado. Os primeiros pastores a dar assistência constante àquela Comunidade eram fruto da intervenção do Ministro Suíço J.J. von Tschu-
Cf. RÖLKE, Helmar Reinhard. Descobrindo Raízes: Aspectos Geográficos, Históricos e Culturais da Pomerânia. Vitória: UFES, 1996, pp.30-33; HUFF JUNIOR, Arnaldo Érico. Vozes da Ortodoxia: o Sínodo de Missouri e a Igreja Evangélica Luterana do Brasil – processos de formação e relações no contexto da I Guerra Mundial e do fim do regime militar. Juiz de Fora: Tese (Doutorado em Ciência da
Religião) - Universidade Federal de Juiz de Fora, 2006, pp.93-95;
18 RÖLKE, Op.Cit., p. 33.
17
330
di, os quais eram enviados do Cantão da Basileia,19 os quais souberam trabalhar a tolerantemente com os dois grupos. Num segundo momento, vieram os pastores enviados
por Berlim esses “pastores uma vez que eles vêm da União Evangélica na Alemanha [ou
Prussiana], uma união da qual fazem parte calvinistas e luteranos”.20 Esse foi, sem dúvidas,
o fim da União Prussiana no Brasil, porquanto, de 1859 até 1973, o número de pomeranos aumentou significativamente e do desejo de se libertarem das amarras unionistas se
tornou possível mediante as Associações Luteranas do Gotteskasten [ger. Caixas de
Deus], que começaram a enviar pastores de estrita confessionalidade luterana a Comunidades fora da Prússia. Estes pastores eram frutos de Igrejas que não aderiram a União Prussiana e retomaram os padrões confessionais e litúrgicos luteranos.
A Igreja que se desenvolveu a partir daí, foi uma estrutura que procurou adaptar-se às necessidades espirituais e temporais de seus fiéis, sem abrir mão da sua identidade luterana, identidade esta que os pomeranos das primeiras gerações de imigrados também assumiram. O apego por parte dos pomeranos formou em Santa Maria de
Jetibá e adjacências uma Igreja que é a cara do seu povo. Mesmo que no desenvolvimento histórico da Igreja Luterana de comunidades autônomas a uma instituição como
é hoje a IECLB, muitas coisas foram sendo transformadas, muito também permaneceu
inalterado, sendo possível às Comunidades Luterano-Pomeranas preservarem suas próprias tradições, sem serem rotuladas pelos seus pares. Foi justamente a capacidade do
luteranismo recriado no Brasil teve de dialogar sem negociar valores é que propiciou a
sua existência e hegemonia nas serras do Espírito Santo, ao um só tempo em que também foi possível a servir de meio para a preservação de traços étnicos de um grupo
como são os pomeranos. A partir dessa consideração é possível entender como funciona a relação recíproca entre etnia e instituição.
A quinta consideração é que o equilíbrio entre a etnicidade do grupo e a IECLB
é mantido por um modelo relação implica num troca ou permuta simbólica constante
entre as duas esferas: a étnica e a religiosa. A não ser que exista este equilíbrio entre as
esferas, os pomeranos, enquanto grupo étnico teria sido mais fortemente assimilado e
aculturado, como ocorreu com outros grupos étnicos e até mesmo com pomeranos que
deixaram a terra e a igreja; igualmente a IECLB não teria a hegemonia que tem na região serrana do Espírito Santo ou ainda sequer existiria nessa região, porquanto muito da
19
20
DREHER, Martin Norberto. Igreja e Germanidade. São Leopoldo: Editora Sinodal, 1984, p.15.
ROOS, Ton; ESHUIS, Margje. Os Capixabas Holandeses: Uma história holandesa no Brasil. Vitória: Coedição Koninklijke BDU Uitgevers e Arquivo Público do Estado do Espírito, 2008, p.66.
331
sua força está na existência de um grupo que inicie uma Comunidade. Portanto, é possível resumir os elementos de troca entre as duas esferas estudadas neste trabalho no
seguinte esquema:
Esquema 04 – Relação de Reciprocidade entre etnia e religião
ETNIA RELIGIÃO
Socialização Estrutura Humana
Identificação Sustento da Estrutura Eclesiástica
Legitimação Legitimadora
Se a Comunidade é a menor unidade orgânica da igreja e a base do trabalho da
IECLB, que congrega os membros da Igreja em torno de um centro comum de culto,
pregação e celebração dos sacramentos,21 deve-se reduzi-la a pessoas que foram socializadas ou se socializaram por meio grupo cultural e religiosamente determinado, isto
é, pessoas que nasceram e foram criadas como luteranas ou pessoas que se converteram ao luteranismo, como expressão de fé. E para o pomerano santa-mariense, enquanto homo religiosus, ser luterano é algo indissociável do seu modo de vida. Perguntar nas
ruas por outras igrejas é um pedido para ouvir: Não sei, sou luterano! O grupo étnico
que precisou se sociabilizar encontrou a sociabilização na Igreja Luterana. Por sua vez,
seguindo a sociabilização, a identidade, o pertencimento foi definido, em termos religião.
Por ser uma instituição que possui uma identidade própria e transmissível, a
IECLB, pode estabelecer os padrões necessários para que o grupo também tivesse uma
identidade e se sentisse como parte de um grupo maior, porquanto o cristianismo luterano afirma a comunhão de todos os santos, é possível dizer que mesmo que a pessoa esteja em qualquer rincão do mundo, ela está em unidade com uma parcela do mundo que
professa a mesma fé. Independente que no início os pomeranos tiveram que enfrentar
mesmo que isolados alguns problemas de caráter religioso, mesmo assim, ser luterano
e ter a instituição que afirma a sociedade quem ele era, fazia toda a diferença.
Como uma instituição sócio-humana, a Igreja Luterana reage sobre o grupo étnico que a produziu. Assim, a Igreja foi estabelecida, mas a sua continuidade exige
constantes ações do grupo que a instituiu. Neste caso, os pomeranos se tornam respon21
Constituição da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Art.8, § único. Disponível em:
<http://www.ieclb.org.br/downloads/documentos/constituicao.doc> Acesso em 05 de agosto de 2009.
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sáveis para sustentar a instituição em duas áreas, financeira e humanamente. A este
respeito, o Estatuto-padrão de Comunidade da IECLB, diz que os membros são chamados a:
Contribuir financeiramente para a manutenção da Comunidade e dos
demais órgãos e instâncias da Igreja, tais como a Paróquia, o Sínodo e
a IECLB, na forma estabelecida pelo Presbitério e pelo Conselho Paroquial.22
Essa contribuição, como em qualquer outra instituição de livre associação é
uma forma de manter a estrutura institucional funcionando, uma vez que a mesma se
torna responsável por uma série de tarefas em favor do individuo e do grupo, que vão
desde a assistência religiosa necessária até mesmo os favores que foram considerados
anteriormente, de caráter mais subjetivo. Os valores arrecadados visam à manutenção
dos obreiros (moradia, locomoção e proventos), manutenção das secretarias paróquias,
manutenção dos templos e demais imóveis, além de materiais litúrgicos e didáticos.
Cada Paróquia estipula a contribuição com base no seu orçamento e
planejamento anuais, aprovados pelo Conselho Paroquial. Tais orçamentos variam de acordo com as necessidades de cada Paróquia. A
Paróquia distribui proporcionalmente entre as comunidades os valores a serem arrecadados para o suprimento das despesas. [Estão sendo]realizadas experiências de contribuições espontâneas, de acordo
com as orientações bíblicas que apontam para a importância da espontaneidade e do dízimo.23
Embora a prática do dízimo, elemento muito comum no protestantismo de missão
e levado ao extremo pelo movimento neopentecostal, o que prevalece entre as comunidades e paróquias de maioria pomerana de Santa Maria é o rateio entre os membros
dos valores necessários para a manutenção da Paróquia. É, de certa forma, bonito perceber que isto é parece acontecer sem maiores dificuldades para os pomeranos, porquanto, todas as paróquias visitadas estão com seus templos manutenidos, jardins em
ordem, casas paroquiais amplas e espaçosas, além dos veículos novos para o serviço da
Paróquia. Assim, ter um ministro da Instituição a serviço da Paróquia tem seus custos
para a Comunidade. Ser batizado, confirmado, casado e sepultado por um pastor, exige que o membro tenha seu compromisso de contribuir para com a Comunidade e Paróquia em dia. Não porque haverá impedimentos para receber este ou aquele benefício
Estatuto-padrão de Comunidade da IECLB, Art.15, alínea VI. Disponível em: <http://www.ieclb.
org.br/downloads/documentos/estatuto_padrao_comunidade.doc> Acesso em 05 de agosto
de 2009.
23 GRAF, Geraldo; RAMLOW, Leonardo. (coords.). Nossa Fé, nosso compromisso: respostas que desafiam!
Blumenau: Editora Otto Kuhr, 2008, p.64.
22
333
ou assistência, mas porque sem o custeio não há o especialista da religião a disposição
do grupo.
Por outro lado, para existir os especialistas é necessário que haja disposição do
membro de se envolver na estrutura ordenada da Igreja. Como instituição, a IECLB
não sobrevive sem pessoas que movimentem o sistema clerical. Segundo o Estatuto do
Ministério com Ordenação da IECLB, diz que a “habilitação e a ordenação a que se refere este
artigo somente podem ser concedidas a membro regularmente filiado em comunidade da IECLB”.24 Esta formação inclui o curso de acadêmico realizado na Escola Superior de Teologia, em São Leopoldo, um dos centros de referência de formação teológica no Brasil.25
Deste modo, a Igreja pede clérigos, porque a comunidade pede clérigos. Assim, dos
membros é exigido que fossem dados dos seus para a vida clerical. Fecha-se o ciclo
novamente, cria-se a função pastoral, precisa-se, então, que pessoas assumam a tarefa
de pastorear os seus antigos pares.
Por fim, na análise da relação recíproca entre a etnia pomerana e a religião luterana, torna-se preciso novamente retornar as origens do movimento migratório pomerano para o Espírito Santo. Os primeiros pomeranos tinham seu conjunto de valores,
crenças, esperanças num nível subjetivo e pessoal. No processo de reconstrução da sua
realidade em terras capixabas foi preciso que os mesmos externalizassem esses conjuntos de ideias subjetivas, a fim de que essas se transformassem em ações habituais típicas
comuns a todo o grupo, segundo a teoria de Berger e Luckmann, de modo a terem
condições de dar estrutura a uma instituição.26 Neste momento em que a Igreja Luterana nasce como instituição de origem pomerana, ela nasce para dar sentido aqueles
que a criaram, cumprindo sua tarefa legitimadora.
A função da legitimação, conforme Berger e Luckmann, consiste em tornar objetivamente acessível e subjetivamente plausível as objetivações de “primeira ordem”, que foram institucionalizadas.27 Assim, as mudanças de fase da vida, por exemplo, terão sua legalidade
estabelecida pela Igreja Luterana por meio de seus ritos de passagem como a Confirmação e o Casamento. É através da Igreja que a morte é resignificada não apenas como
Estatuto do Ministério com Ordenação. Disponível em: < http://www.ieclb.org.br/downloads/docu
mentos/>. Acesso 05 de agosto de 2009.
25 Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Disponível em: < http://www.luteranos.com.br/
articles/6408/1/EST-conquista-novamente-a-nota-maxima-na-avaliacao-da-CAPES/1.html> .
Acesso em 26 de outubro de 2009.
26 BERGER; LUCKMANN, Op. Cit., p.79.
27 Ibid., p.127.
24
334
o fim de um processo biológico, mas como inicio de uma nova realidade, mesmo que
ainda futura, uma vez que se torna subjetivamente plausível a ideia da ressurreição como
um evento futuro cheio de suas belezas e encantamentos, uma vez que o pomerano, se
é que seja possível assim dizer, é messiânico ou otimista quando o assunto é o futuro.
O imigrante pomerano precisava por ordem em seu caos, a instituição Igreja
Luterana cumpriu esse papel, estabelecendo os padrões das relações interpessoais, os
direitos e deveres de seus membros e as punições necessárias a cada individuo quando
as regras fossem quebradas. A religião teve o grande papel, no contexto santamariense, de transformar a realidade inicial dos primeiros imigrantes pomeranos e
estabelecer os padrões existências para as novas gerações, como disse Bourdieu:
A religião está predisposta a assumir uma função ideológica, função
prática e política de absolutização do relativo e de legitimação do arbitrário, que só poderá cumprir na medida em que possa suprir uma
função lógica e gnosiológica consistente em reforçar a força material
ou simbólica possível de ser mobilizada por um grupo ou uma classe,
assegurando a legitimação de tudo que define socialmente este grupo
ou esta classe.28
A religiosidade oficial, portanto, dá legitimação à realidade, isto é, ordena o conhecimento e compreensão acerca do mundo, oferecendo os elementos identificadores,
dando subsídios também à religiosidade popular, dando ordem ao seu vasto universo
de crenças. Em contrapartida, a religiosidade popular não é meramente uma coadjuvante
da religião oficial, mas participa da mesma, mesmo que de modo acanhado e, por vezes, às escondidas. Para o pomerano, seu universo sagrado é um todo gigantesco, que
abrange a vida. O sentido da vida é dado pela religião. Em cada mínimo detalhe a Igreja Luterana procura responder de modo lógico e compreensível às necessidades e aos
seus dramas existenciais de seus fiéis. Deste modo, não há como separar o pomerano
dessa instituição que ele mesmo criou sem que ela o destruísse, conforme Bahia explicitou:
Cabe ressaltarmos que um pomerano que tenha saído da Igreja Luterana rompe com os laços familiares e de amizade que possuía anteriormente. Este indivíduo deixa de “ser um dos nossos”, “não pode mais
participar de nossas festas, não pode beber”, “se torna menos pomerano”. A
relação indissociável entre ser pomerano e ser luterano é acionada para
tratar da reação de “espanto e pesar” de um membro da Igreja que te-
28
BOURDIEU, Op. Cit., p.46.
335
nha se convertido a uma outra [sic.] denominação, com exceção da
conversão para a Igreja Missouri.29
Logo, é possível considerar que, embora a IECLB seja uma instituição aberta a
qualquer um que queria se agregar a ela, mesmo em áreas que a suas existências devase necessariamente a emigração germânica para o Brasil, no século XIX. O fato é que,
nessas Comunidades de origem imigratória, o caráter da etnia formadora, estabeleceu
os padrões de como a Igreja seria. Volta-se, então, a teoria de Borges Pereira quando a
religião universal torna-se etnicizada, de modo que se confundem a identidade étnica e
a identidade religiosa. Assim, o sua função legitimadora a conduz numa espécie de
preservação da identidade étnica do grupo.30 Romper os laços com a religião é como
romper com o próprio grupo, como foi dito por Joana Bahia. Porém, nem tudo parece
ser tão positivo. O equilíbrio dessa relação deve ser mantido também por meios de
concessões, que ambas as partes tem que fazer para manter a harmonia da relação.
2. O CARÁTER NEGATIVO DA RELAÇÃO ETNIA-RELIGIÃO
Considerando o caráter negativo, não seria incorreto perceber que mesmo onde
há equilíbrio, existe a necessidade que concessões sejam feitas de ambos os lados, a fim
de possibilitar que a manutenção da harmonia estabelecida entre as partes permaneça
inalterada, sem oscilações ou desvios. Assim, o grupo pomerano cede algo como sentimentos ou valores, enquanto, ao mesmo tempo, a IECLB também tem que ceder algo
no campo religioso.
Os pomeranos cedem, por um lado, ao se submeter às ideologias formadas pela
Igreja. A Igreja Luterana Pomerana faz parte de um grupo ainda maior quando ela se
federaliza na IECLB. Da organização da primeira comunidade até os dias de hoje, a
IECLB passou por várias modificações de caráter ideológicas, litúrgicas, confessionais e
teológicas. Vale lembrar que ela deixou de ser uma igreja fechada para se tornar uma
igreja aberta, no sentido de uma ideologia que a conduzia para uma forma de germanização e no seu devir histórico deixou o gueto31 em favor de ser uma igreja na realidade
brasileira, às vezes assumindo elementos de caráter libertacionista, ecumênica e de
BAHIA, Joana D’Arc do Valle. O tiro da bruxa: Identidade, magia e religião entre camponeses pomeranos
do estado do Espírito Santo. Rio de Janeiro: Tese (Doutorado em Antropologia) Universidade
Federal do Rio de Janeiro, 2000, p.94.
30 BORGES PEREIRA, João Baptista. Identidade Protestante no Brasil Ontem e Hoje. In: BIANCO, Gloecir; NICOLINI, Marcos (orgs.). Religare: Identidade, Sociedade e Espiritualidade. São Paulo: All
Print Editora, 2005, p. 106.
31 Cf. SCHÜNEMENN, Rolf. Do gueto à Participação: O surgimento da consciência sócio-política na IECLB
entre 1960 e 1975. São Leopoldo: Editora Sinodal, 1992.
29
336
teológica “liberal”. Seria necessário um estudo histórico dos efeitos das mudanças da
IECLB sobre os seus membros santa-marienses. Porquanto, ao ser um elemento de legitimação da realidade, a religião pode radicalizar, de acordo com Bourdieu, conceitos
em regras, muitas vezes, o arbitrário da problemática, um verdadeiro sistema de questões que não devem ser questionado.32. Bourdieu continua:
[É] graças ao efeito de consagração (ou de legitimação) realizado pelo
simples fato da explicitação, consegue submeter o sistema de disposições em relação ao mundo natural e ao mundo social (disposições inculcadas pelas condições de existência) a uma mudança de natureza,
em especial convertendo o ethos enquanto sistema de esquemas implícitos de ação e de apreciação em ética enquanto conjunto sistematizado
e racionalizado de normas explícitas.33
Mesmo que não objetivamente, as pertencer à Igreja Luterana significa submeter-ser às suas determinações dela emanadas. Mesmo que isso fira no contexto objetivo
a liberdade de consciência de cada pessoa. Contudo, nada impede que essa aceitação
seja meramente aparente.
Por sua vez, a IECLB, no âmbito do contexto santa-mariense, tem que ceder ao
permitir a vivência da religiosidade popular pomerana sem maiores intromissões, mesmo
que em algumas vezes pelo seu próprio caráter de instituição legitimadora, ela tenha
que legitimar a própria religiosidade popular. O fato de a IECLB ser uma igreja ecumênica faz com que ela esteja mais aberta ao diálogo com o diferente. O diálogo necessariamente não significa ceder ou aceitar inteiramente o que o outro diz, mas no mínimo se
preocupar. Por isso, algumas práticas da religiosidade popular dos pomeranos são toleradas, não como uma espécie de superstição de ignorantes, mas como expressão sincera
da sua religiosidade individual e subjetiva, criada e recriada ao longo dos anos entre o
grupo étnico que sustenta a Igreja.
Isso pode soar como uma questão de menor valor, porém, uma das questões
mais atacadas pelos grupos protestante de missão, como os batistas ou presbiterianos –
cujos pastores foram entrevistados – que não aceitam que seus membros tenham vivam
uma religiosidade popular.
O protestantismo oficial que chega ao meio rural brasileiro vem, como
já se afirmou anteriormente, despido de simbologias mágicas. Os poucos símbolos e ritos do cristianismo que restaram ao protestantismo
32
33
BOURDIEU, Op. Cit., p.47.
BOURDIEU, Op. Cit., p.46.
337
histórico recebem dentro do protestantismo rural uma nova roupagem, sendo reinterpretados.34
Se isso é válido para a religiosidade popular católica existente no contexto religiosos brasileiro no momento da inserção do protestantismo de migração, no século XIX, o
mesmo parece ser verdade quanto a religiosidade popular pomerana, quando a inserção
de grupos protestantes, pentecostais e neopentecostais em Santa Maria de Jetibá. Esse
grupos vem também despido da simbologia mágica – ao menos os grupos protestantes,
porquanto o pentecostalismo e o neopentecostalismo tomam alguns elementos mágicos
por empréstimo, embora neguem o que há de mágico no outro.
Enfim, ao ceder em relação a religiosidade popular pomerana, a IECLB torna-se
a instituição religiosa por excelência para o pomerano, principalmente para aqueles são
do meio rural, mais apegados aos elementos mágicos dessa religiosidade popular. Ser
pomerano e ser luterano se torna um ponto de contato muito forte, de modo que a Igreja assume uma característica aglutinadora dos membros da Comunidade.
34
RIBEIRO, Lidice Meyer Pinto. Mapeamento do protestantismo rural no lençol de cultura caipira brasileiro.
In: Cadernos Ceru, Série 2, v.19, nº 2, dezembro. São Paulo: EDUSP, 2008, p.118.
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ANEXO
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Q
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Você fala pom
merano? ( ) sim
no? ( ) sim
Você entendee o pomeran
( ) não
( ) não
N sua casa qual
Na
q
língua é mais falaada? ( ) porttuguês ( )pomerano ( )alemão
See você não fala,
f
você go
ostaria de faalar o pomeerano? ( ) siim
o
( ) não
Você é identiificado com
mo pomerano? ( ) Sim ( ) Não
Em
m caso posiitivo para questão
q
acim
ma, como: __
________________________________
_______
_____________________________________________
________________________________
________
_____________________________________________
________________________________
________
Co
omo é possível identifiicar um pom
merano: ___
________________________________
________
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________________________________
________
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Q
Qual
é a sua igreja/relig
gião
( ) Igreja de Confissão
C
L
Luterana
( ) Batista
( ) Igreja Luterana
L
M
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( ) Católica
( ) outra. Qual? _______________
________________________________
________
UNIVERSIDAD
DE PRESBITERIANA MACKENZ
ZIE
ESCOLA
A SUPERIO
OR DE TEO
OLOGIA
Programa de
e Pós-Gradu
uação Stric
cto Sensu em Ciências da Religião
o
Este questio
E
onário serviirá para colleta de dados que serãão usados u
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_______
__
_________________________________
_______
H quantos anos
Há
a
a sua igreja está em
m Santa Ma
aria de Jetib
bá:
□5
□ 110
□ 220
□ 330
□ 440
□ 550
□+
+50 Quanto
o? _____
Q
Quantos
mem
mbros ela teem? _________________
_
Q
Quantos
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merano-desccendentes?_
________________
Co
omo você vê
v o pomeraano em relaçção à religiã
ão? _______________
O que você mais
m acha esstranho na religiosidad
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________
_____________________________________________
________________________________
________
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________________________________
________
Q
Quando
um pomerano
p
s agrega a sua igreja ele
se
e enfrenta alguma difficuldade?
□ Sim □Não
o
Qu
ual (quais)??__________
______________________
___________
________
_____________________________________________
________________________________
________
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________________________________
________
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________________________________
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_______
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________________________________
________
_____________________________________________
________________________________
________
_____________________________________________
________________________________
________
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________________________________
________
_____________________________________________
________________________________
________
_____________________________________________
________________________________
________
O que signifficou a Con
nfirmação para você??______________________________________
_____________________________________________
________________________________
________
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________________________________
________
_____________________________________________
________________________________
________
_____________________________________________
________________________________
________
_____________________________________________
________________________________
________
Q
Qual
é a suaa responsab
bilidade co
omo um Confirmado
C
o? ___________________________
_____________________________________________
________________________________
________
_____________________________________________
________________________________
________
_____________________________________________
________________________________
________
_____________________________________________
________________________________
________
_____________________________________________
________________________________
________
ANEXO
O II
MAPA
AS
M
Mapa da Prúss
sia em destaaque a Pomeerânia1 To
odas as áreas em azul marca o território prussiano. A área em verm
melho era a Po
omerânia. 1
KUNZ, Andreas; JOHNEN
K
N, B. & MOES
SCHL, Joachiim Robert. Map
M data of the IEG-Maps prroject. MaU
of Mainz, 2007. Diisponível em:
e
<http:/
//www.ieg-m
maps.uniinz: University
mainz.d
de/gif/vp850__a4.htm/>. Acesso
A
em 27 de novembro
o de 2008.
ANEXO III
CONTRATO DE TRABALHO
ANEXO IV
TABELAS
Tabela 1.1
Comparativo de porcentagem de luteranos em cidades capixabas1
Amostragem de
Amostragem da
Porcentagem
população residenpopulação reside luteranos
Cidades
te por confissão
dente de confisem por munireligiosa
são luterana
cípios
Santa Maria de Jetibá – ES
28.774
20.812
72,33%
Afonso Cláudio – ES
124.675
24.470
19,63%
Alegre – ES
152.787
0%
Barra de São Francisco –
86.612
1.078
1,24%
ES
Cachoeiro de Itapemirim –
310.718
68
0,02%
ES
Colatina – ES
185.507
8.928
4,81%
Guarapari – ES
158.972
201
0,13%
Itapemirim – ES
68.279
0%
Linhares – ES
250.300
1.421
0,57%
Montanha – ES
50.746
31
0,06%
Nova Venécia – ES
115.086
9.042
7,86%
Santa Teresa – ES
98.174
30.510
31,08%
São Mateus – ES
158.454
720
0,45%
Vitória – ES
1.337.187
7.598
0,57%
Tabela 1.2
Divisão da população por Confissão Religiosa2
1
2
Total de Habitantes de Santa Maria de Jetibá
28.774
Católica Apostólica Romana
Evangélicas de missão
Evangélicas de missão – Igreja Evangélica Luterana
5.865
21.571
20.812
Dados disponíveis em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?z=t&o=1&i =P>.
Acesso em 12 de agosto de 2008.
Dados disponíveis em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?z=t&o=1&i =P>.
Acesso em 12 de agosto de 2008. Alguns termos em uso pelo IBGE deve ser mais bem categorizado para que não haja maiores conflitos com o corpo do trabalho. A expressão “de missão”
categoriza alguns grupos, porém o grupo majoritário entre os luteranos – a Igreja Evangélica
de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) – não é uma “igreja de missão”, mas de imigração. O
uso aqui é diferente daquele usado no restante do trabalho. A expressão “evangélica sem vínculo institucional” refere-se a pessoas que professam a fé evangélica, mas por diversos motivos
estão desligados de uma membresia, entretanto, não deixam de se declararem evangélicas.
Por exemplo, por disciplina eclesiástica. Apenas 1,76% da população da cidade é formada adeptos de outras religiões (umbanda, espiritismo e Testemunhas de Jeová) ou são sem religião
ou não declararam.
Evangélicas de missão – Igreja Evangélica Presbiteriana3
Evangélicas de missão – Igreja Evangélica Batista
Evangélicas de missão – Igreja Evangélica Adventista
Evangélicas de origem pentecostal
Evangélicas de origem pentecostal – Igreja Assembléia de Deus
Evangélicas de origem pentecostal – Igreja Evangelho Quadrangular
Evangélicas de origem pentecostal – Igreja Universal do Reino de Deus
Evangélicas de origem pentecostal – Igreja Deus é Amor
Evangélicas de origem pentecostal – Igreja Maranata
Evangélicas sem vínculo institucional
625
134
831
337
40
117
160
118
59
Recorte do Jornal A Tribuna4 Embora não seja identificada no Censo de 2000 a presença presbiteriana em Santa Maria, existe lá
uma pequena congregação a pouco mais de seis anos, com média de 15 membros. Mais a frente, na estrutura provisória do projeto dissertativo, o presbiterianismo será incluído, como elemento de análise, não pelo seu destaque local, mas tendo em vista seu lugar dentro da história
do protestantismo brasileiro.
4 PEIXOTO, Roberta. Inovações para Atrair Jovens. A Tribuna, Vitória. Ano 68, nº 23.079. 24 de maio de
2009, p.4.
3
ANEXO V
CALENDÁRIO LITÚRGICO DA IECLB1
ÉPOCA
Advento PERÍODO
4 domingos:1º Advento2º Advento3º Advento4º Advento CORES LITÚRGICAS
Violeta DETALHES
Significa tempo de preparação e espera para cele‐
brar o nascimento de Jesus; mas também lembra a espera pela segunda vinda de Cristo. Com ele inicia o Ano da Igreja. É tempo de vigiar e orar. SÍMBOLO: Velas, Coroa de Ciprestes Véspera de Natal 24/dez Branco É tradição reunir a família (pais, avós, filhos, netos, etc), para uma noite de festa. Em geral é costume ir primeiro ao Culto da Família, em seguida ir para casa, ter um momento de meditação familiar, depois celebrar a Ceia de Natal e distribuir presen‐
tes. SÍMBOLOS: Pinheirinho, guirlandas, luzes coloridas, velas, estrelas, presentes, etc. Natal 25/dez Branco Dia tradicionalmente em que se comemora o Nas‐
cimento de Jesus. Esta data foi oficializada no ano de 570 dC. Neste dia tem Culto na Igreja. SÍMBOLO: Manjedoura, Estrela, Presentes, Velas
Epifania Janeiro e Fevereiro Verde Começa dia 6 de janeiro e segue por mais 8 domin‐
gos (as vezes). Epifania significa aparição ou surgi‐
mento da luz, que é Cristo, a Luz que veio ao mun‐
do. Lembramos os magos do oriente que foram visitar Jesus, guiados pela estrela. O primeiro dia da Epifania é comemorado sempre no dia 6 de janeiro.
SÍMBOLO: Estrela; Magos Quaresma Inicia na Quarta‐feira de cinzas e vai até um Do‐
mingo antes da Páscoa Violeta São 40 dias antes da Páscoa ou cerca de 5 ou 6 domingos até a Páscoa. É a época de se preparar para a Páscoa. Começa na quarta‐feira de cinzas. Cinza é o símbolo de tudo o que é passageiro e transitório; é época de penitência e arrependimen‐
to. SÍMBOLO: Coroa de Espinhos Ramos Um Domingo antes da Páscoa Violeta Dia em que Jesus entra em Jerusalém montado num jumento e é recebido como Rei pelo povo. As pessoas o saúdam com ramos de palmeiras. É também o último domingo da quaresma. SÍMBOLO: Ramos (galhos) de palmeiras Noite em que Jesus celebrou a Ceia da Páscoa
Quinta‐Feira da PAI‐
XÃO Branco e o fez o lava‐pés. Noite em que ele é preso e levado para ser julgado, ainda de noite. SÍMBOLO: ceia
1
Disponível em: <http://www.paroquiadacruz.com.br/liturgias/q_liturgia.htm>. Acesso em 10 de
Abril de 2009.
Sexta‐Feira da PAIXÃO
Preto Dia em que Jesus está sendo julgado, condenado, executado na cruz e é sepultado. SÍMBOLO: Cruz
Páscoa Branco Dia da Ressurreição de Jesus. É a festa central da fé cristã para lembrar a vitória de Deus sobre o poder da morte e que nós temos a vida eterna e salvação em Jesus Cristo. Passagem da morte para a vida. SÍMBOLO: Sepultura aberta; cruz sem a imagem de Jesus pregado nela; Coelho; Ovo de Páscoa.
Domingo após a Pás‐
coa Ascensão Um ou dois, depende. 40 dias após a Páscoa Branco Branco Continuamos a lembrar a ressurreição de Jesus. Um novo tempo começou. Dia em que Jesus foi elevado às alturas diante de várias pessoas crentes. SÍMBOLO: Imagem da Cruz entre o céu e a terra.
PENTECOSTES Junho 50 dias depois da Páscoa. Dia em que se cumpriu a promessa do Dom do Espírito Santo doado aos Vermelho crentes, conforme Atos capítulo 2. SÍMBOLO: Pomba
Trindade Junho Verde Celebramos que Deus age e se manifesta de três formas: é Pai Criador, Deus é no Filho Jesus Cristo, Deus é no Espírito Santo. Domingos após Pente‐
costes De junho até novembro Verde A igreja deve lembrar da sua ação / missão no mundo Ação de Graças Geralmente no terceiro domingo de pentecostes, próximo de ou em 25 de junho. Verde Nas cidades este é o Dia de Ação de Graças. Nas regiões agrícolas este Dia é celebrado como Festa da Colheita. Reforma 31 de outubro Lembra o dia em que Martin Luther expôs suas 95 teses na porta do Castelo / Igreja de Wittenberg e tudo o que aconteceu a partir do movimento dos reformadores para mudar a história do mundo e da Vermelho igreja. SÍMBOLO: Rosa de Lutero, Bíblia, letras do alfabeto grego: Alfa e Ômega. Dia de todos os santos
1 de novembro Preto Lembrar dos santos e dos mártires Finados 2 de novembro Preto Lembrar das pessoas que eram crentes e morreram confiando em Deus ETERNIDADE. Último Domingo do Ano da Igreja. Um domingo antes do 1º domingo de advento. É costume na igreja lembrar das pessoas que se anteciparam a nós na vida eterna. É para enfatizar a promessa da vida eterna, a esperança na vitória Preto ou da vida. Branco SÍMBOLO: Cruz; um vela acesa e outra apagada; um ramo verde e outro ramo seco. ANEXO VI
GENEALOGIA DA CASA DE GREIFENGESCHLECHT
Wartislaw I to Bogislaw IV and Otto I 1. († between 1134 and 1148)
1. Bogislaw I (* about 1130; † 1187) ∞ (I) Walburgis († 1177),
daughter of Valdemar I of Denmark;
(II) Anastasia, daughter of Mieszko III of Poland and Eudoxia of
Kiev
1. (I) Ratibor (* 1160; † 1183) ∞ Salome, daughter of Mieszko
III of Poland and Eudoxia of Kiev
2. (I) Wartislaw II. (* 1160; † 1184) ∞ Sophia, daughter of
Bolesław IV. of Poland
3. (II) Bogislaw II. (* um 1177; † 1220) ∞ Miroslawa (†1233) ,
Daughter of Mestwin I of Pomerelia and Swinislawa
1. Woislawa († 1229)
2. Barnim I (* ca. 1217/19; † 1278) ∞ (I) Marianne,
Daughter of Wilhelm of Luneburg and Helene of
Denmark
(II) Margarete of Brunswick
(III) Mathilde (Mechthild) († 1316), Daughter of Otto
III of Brandenburg and Beatrix of Böhmen
1. (I) Anastasia (* 1245; † 1317) ∞ Henry I. of
Mecklenburg (1230–1302)
2. (II) Bogislaw IV (*1258; † 1309) --> PomeraniaWolgast, see section below
3. (III) Barnim II (* about 1277; † 1295)
4. (III) Otto I. (* about 1279; † 1344) -->
Pomerania-Stettin, see section below
5. (III) Miroslawa († 1328) ∞ Nikolaus I of
Schwerin
6. (III) Beatrix († 1300 or 1315) ∞ Henry II of
Werle
7. (?) Dobroslawa ∞ Jaczo of Salzwedel
4. (II) Casimir II. (* ca 1180, † 1219) ∞ Ingardis of Denmark
1. Wartislaw III(* ca 1210; † 1264) ∞ Sophia
2. Elisabeth († 1222)
5. (II) Dobroslawa (* before 1187, † ca 1226)
2. Casimir I. (* after 1130; † 1180) ∞ Pritolawa
2. Ratibor I († 1156) --> Ratiborides
3. Swantibor --> Swantiborides
Bogislaw IV to Bogislaw X (Pomerania-Wolgast, -Barth, and -Stolp)
1. Bogislaw IV (*1258; † 1309) ∞ (I) Mechthild († vor 1309), Daughter of
John I of Brandenburg and Jutta of Saxony
(II) Margareta, (Daughter of Wizlaw II of Rugen and Agnes of
Brandenburg
1. (II) Euphemia of Pomerania (1289-1330) ∞ Christopher II of
Denmark
2. (II) Margareta (1287-1337) ∞ (I) Nikolaus of Rostock († 1314), (II)
John of Schleswig-Holstein-Glogau († 1365)
3. (II) Wartislaw IV (* before 1290; † 1326) ∞ Elisabeth of LindauRuppin (?)
1. Bogislaw V-Stolp (* ca 1318; † 1373/74) ∞ (I) Elisabeth of
Poland, daughter of Casimir III of Poland and Anna of
Lithuania
(II) Adelheid of Brunswick, daughter of Ernest I of
Brunswick-Grubenhagen and Adelheid of Everstein
1. (I) Casimir IV (* ~ 1351; † 2.1.1377) ∞ (I) Johanna
(Kenna) († 1368), daughter of Olgierd of Lithuania
and Mary of Witebsk
(II) Margareta († 1409), daughter of Siemowit III of
Masovia and Eufemia of Toppau
2. (I) Elisabeth of Pomerania (* 1347; † 15.2.1393) ∞
Charles IV, Holy Roman Emperor
3. (I) Daughter 2
4. (II) Wartislaw VII (* 1363/64; † 1395) ∞ Maria of
Mecklenburg, daughter of Henry III of Mecklenburg
1. Eric (Bogislaw) of Pomerania (* 1382; † 1459)
∞ Philippa, daughter of Henry IV (England).
2. Katharina (* ca 1390; † 4.3.1426) ∞ John of
Pfalz-Neumarkt
1. Christopher III of Denmark
5. (II) Bogislaw VIII (* ca 1364; † 11.2.1418) ∞ Sophie of
Holstein
1. Bogislaw IX (* 1407/10; † 7.12.1446) ∞ Maria
of Masovia, daughter of Siemowit IV of
Masovia and Alexandra of Lithuania
1. Sophia (* ca 1435; † 24.8.1497) ∞ Eric II,
Duke of Pomerania-Wolgast
2. Alexandra
6. (II) Barnim V (* 1369; † 1402/04)
7. (II) Margareta
2. Barnim IV (* 1325; † 22.8.1365) ∞ Sophie, daughter of John
II of Werle
1. Wartislaw VI (* ca 1345; † 1394) ∞ Anna, daughter of
John I of Mecklenburg-Stargard
1. Barnim VI (* ca 1365; † 1404) ∞ Veronica of
Hohenzollern
1. Wartislaw IX (* um 1400; † 1457) ∞
Sophia of Saxony-Lauenburg
1. Eric II. (* ca 1425; † 1474) ∞
Sophia († 1497), daughter
Bogislaw IX of Pomerania-Stolp
1. Bogislaw X (* 1454; † 1523)
2. Casimir VII. (VI.) (* ca 1455;
† 1474)
3. Wartislaw XI (after 14651475)
4. Barnim († 1474)
5. Elisabeth, Priorin in Verchen
abbey († 1516)
6. Sophia, (* 1460, † 1504) ∞
Magnus II of Mecklenburg
7. Margarete († 1526), married
to Balthasar of Mecklenburg
8. Catherine († 1526)
9. Mary, Äbtissin of Wollin (†
1512)
2. Wartislaw X (* ca 1435; † 1478)
∞ (I) Elisabeth († 1465), widow
of Joachim of Pommern-Stettin,
daughter of John of the
Neumark
(II) Magdalena of Mecklenburg,
widow of Count Burkhard of
Barby
1. (I) Swantibor († 1464)
2. (I) Ertmar († 1464)
3. Elisabeth
4. Christoph
2. Barnim VII (* um 1390; † 1450)
3. Elisabeth, Äbtissin of Kammin
2. Wartislaw VIII ∞ Agnes of SachsenLauenburg
1. Barnim VIII. (* ca 1406, † 1451) ∞ Anna of
Wunstorf
1. Agnes (1434–1512) ∞ (I) 1449 Frederic
III of Brandenburg (the Fat)
(II) 1478 George II. of Anhalt-Zerbst
3. Sophie ∞ Henry I of Brunswick
2. Bogislaw VI
3. Elisabeth ∞ Magnus I of Mecklenburg
3. Wartislaw V
4. (II) Jutta (1290-1336), Äbtissin in Krummin abbey
5. (II) Elisabeth (1291-1349) ∞ Eric I of Saxony-Lauenburg
Otto I. to Otto III. (Pomerania‐Stettin) 1. Otto I. (* ca 1279; † 1344) ∞ Elisabeth (*1281), daughter of Gerhard II of
Holstein and Ingeborg of Sweden
1. Barnim III (before 1300; † 24.08.1368) ∞ Agnes (1318–1371),
daughter of Henry II of Brunswick-Grubenhagen
1. Otto
2. Casimir III (* before 1348; † 1372)
3. Swantibor I. (III). (* ca 1351; † 21.6.1413) ∞ Anna of
Hohenzollern, daughter of Albrecht of Nuremberg (the
Pretty)
1. Otto II. (* ca 1380; † 27.3.1428) ∞ Agnes, daughter of
John II of Mecklenburg-Stargard and [[Wilheida of
Lithuania))
2. Casimir VI. (V.) (* after 1380; † 12.4.1435) ∞ (I)
Catherine of Brunswick-Luneburg († 1429), daughter
of Bernhard I of Luneburg
(II) Elisabeth († 1451), daughter of Eric of
Brunswick-Grubenhagen
1. (I) Joachim the Elder (* um 1424)
2. (I) Anna († 1447) ∞ John V of MecklenburgSchwerin
3. (I) Joachim the Younger (* after 1424; † 1451) ∞
Elisabeth (* 1425; † 1465), daughter of John of
Brandenburg and Barbara of SaxonyWittenberg
1. Otto III.(* 29.5.1444; † 10.9.1464)
3. Albrecht
4. Margareta
4. Bogislaw VII (*before 1355; † 1404)
2. Mechthild († 1331) ∞ Johann III of Werle († 1352)
Bogislaw X to Bogislaw XIV 1. Bogislaw X (* 1454; † 1523) ∞ Anna (1476-1503), daughter of Casimir IV.
of Poland
1. Sophie of Pomerania (* 1498, † 1568) ∞ Frederick I of Denmark
2. George I. (* 1493, † 1531) ∞ (I) Amalia (* 1490; † 1525), daughter of
Philipp of the Palatinate and Margarete of Bavaria
(II)Margareta of Brandenburg, daughter of Joachim I of
Brandenburg and Elisabeth of Denmark.
1. (I) Bogislaw (* 1514)
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
2. (I) Phillipp I. (* 1515; † 1560) ∞ Maria († 1583), daughter of
John of Saxony
1. Georg (died early)
2. Erich (died early)
3. John Frederic (* 1542; † 1600)
4. Bogislaw XIII (* 1544; † 1606) ∞ Clara, daughter of
Franz of Brunswick-Luneburg
1. Philipp II. (* 1573; † 1618) ∞ Sophia, daughter of
John of Schleswig-Holstein-Sontheburg
2. Franz (* 1577; † 1620) ∞ Sophia, daughter of
Christian I of Saxony
3. Bogislaw XIV (* 1580; † 1637) ∞ Elisabeth,
daughter of John of Schleswig-HolsteinSontheburg and Elisabeth of BrunswickGrubenhagen
4. Ulrich (* 1589; † 1622) ∞ Hedwig of Brunswick (†
1650)
5. Anna ∞ Ernest of Croy and Aerschot
1.
Ernest Bogislaw of Croy
5. Ernest Ludwig (* 1545, † 1592) ∞ Sophia Hedwig
(1561-1631), daughter of Julius of BrunswickWolfenbuttel
1. Hedwig Maria
2. Elisabeth Magdalena
3. Philipp Julius(* 1584, † 1625) ∞ Agnes,
daughter of John George of Brandenburg.
6. Barnim X. (IX.)
7. Casimir VII. (IX). (* 1557, † 1605)
8. Amalia (died unmarried)
9. Margaretha ∞ Duke Franz of Saxe-Lauenburg
10. Anna ∞ Ulrich of Mecklenburg-Gustrow
3. (I) Margareta (1518-1569) ∞ Ernest III of BrunswickGrubenhagen
4. (II) Georgia (* 1531; † 1574) ∞ Stanislaus Latalski Count of
Latochin
Anna (* 1492, † 1550) ∞ George I of Silesia of Silesia-Liegnitz
Barnim (* before 1501, † before 1501)
Barnim IX. (* 1501, † 1573)
Elisabeth († before 1518)
Otto (* before 1503, † vor 1518)
Casimir VIII. (* 1494, † 1518)
Christoph; probably illegitimate son, as squires Christoph
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Gladson Pereira da Cunha4 - início