Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo,
C.R.L.
RELATÓRIO, BALANÇO E CONTAS 2010

PARECER DO CONSELHO FISCAL
Março 2011
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
ÍNDICE:
- CONVOCATÓRIA
- COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
- ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO E MERCADO BANCÁRIO
1. INTRODUÇÃO E CONSIDERAÇÕES GERAIS
2.ACTIVIDADE E EVOLUÇÃO DA C.C.A.M.
2.1. RECURSOS ALHEIOS
2.2. APLICAÇÕES
2.3. ANÁLISE DOS PRINCIPAIS RÁCIOS
2.4. RECURSOS PRÓPRIOS E RESULTADOS
3. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5. DOCUMENTOS CONTABILÍSTICOS E MAPAS ANEXOS
Demonstrações Financeiras Individuais
Balanço
Demonstração de Resultados
Demonstração de Alterações de Capitais Próprios
Demonstração de Fluxos de Caixa
Anexo às Demonstrações Financeiras Individuais
Evolução
Sócios
Rendibilidade
Demonstração de Resultados por Funções
- CERTIFICAÇÃO
- PARECER DO
LEGAL DE CONTAS
CONSELHO FISCAL
2
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
Convocatória da Assembleia Geral Ordinária
Em conformidade com o disposto no Artigo 24º. dos Estatutos da Caixa de Crédito
Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, C.R.L. pessoa colectiva nº 501057188,
matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Ferreira do Alentejo, sob o
nº1, com sede na Avenida General Humberto Delgado, Nº.40, em Ferreira do
Alentejo, convoco todos os associados desta CCAM, que se encontrem no pleno gozo
dos seus direitos, a reunirem-se em Assembleia Geral Ordinária a realizar no dia 30
de Março de 2011, quarta-feira, pelas 16.00 Horas, na sua sede social, com a seguinte
ordem de trabalhos:
1. Discussão e votação do Relatório, Balanço e Contas do Exercício de
2010;
2. Apreciação e votação da Proposta de Aplicação de Resultados;
3. Apreciação e votação dos pedidos de exoneração dos associados;
4. Elevação do Capital Social Mínimo da CCAM para cinco milhões de
euros, nos termos da Portaria nº 312/2010, de 5 de Maio;
5. Alteração da redacção do artigo 8º, nº 1 dos Estatutos que passará a ter a
seguinte redacção: “O capital social da Caixa Agrícola é variável e
ilimitado, no mínimo de cinco milhões de euros.”;
6. Outros assuntos de interesse para a CCAM.
Se, à hora marcada para a reunião não estiverem presentes mais de metade dos
associados, a Assembleia reunirá, com qualquer número, uma hora mais tarde.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, aos 14 de Fevereiro
de 2011.
O Presidente da Assembleia Geral
_____________________________________
Joaquim Pedro Gonçalves Grosso de Oliveira
3
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
MESA DA ASSEMBLEIA GERAL
Presidente:
JOAQUIM PEDRO GONÇALVES GROSSO DE OLIVEIRA
Vice Presidente:
JOSÉ LUIS DOS ANJOS
Secretário:
MANUEL SOBRAL DUARTE
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente :
JOSUÉ CÂNDIDO FERREIRA DOS SANTOS
Secretario :
JOSÉ DA PALMA GUERREIRO
Tesoureiro :
JOSÉ LOURENÇO MANGUITO
Substituto:
ANTÓNIO MANUEL REIS SANTANA
CONSELHO FISCAL
Presidente :
ALEXANDRE MARIA SOBRAL MACHADO
Vogal :
FRANCISCO PÁSCOA NIZA
Vogal :
ALBANO ROCHA FIALHO
Substitutos:
FRANCISCO ANTÓNIO ROSA BRANCO
NUNO FILIPE PAIVA BIDARRA DE CARVALHO PANCADA
REVISOR OFICIAL DE CONTAS
ISABEL PAIVA, MIGUEL GALVÃO & ASSOCIADOS, SROC, LDA.
Representada por: João Miguel Pinto Galvão, ROC nº 587
Substituto: José Luís Guerreiro Nunes, ROC nº1098
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Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO
A envolvente macroeconómica continua a apresentar-se complexa para as condições de
exploração das instituições financeiras.
Apesar de se admitir que, no plano internacional, o ponto mais crítico da actual recessão a
nível internacional tenha sido atingido entre o final de 2008 e os primeiros trimestres de
2009, verificou-se em 2010 uma grande disparidade no comportamento das principais
economias. Com efeito, a reanimação que se observou na parte final de 2009 e no princípio
de 2010 assentou em grande medida na manutenção de um crescimento robusto em
economias emergentes – como a China, que deve ter crescido 10,3% em 2010, a Índia, com
um crescimento neste ano de 9,7%, e o Brasil com um crescimento de 7,5%. Como se sabe,
a China tornou-se recentemente a segunda maior economia a nível mundial, em termos do
valor do PIB global, embora ainda a grande distância dos EUA.
Evolução da Economia Mundial
Taxas de crescimento ∆% PIB
2006
2007
2008
2009
2010
[Est.]
2011
[Proj.]
3,0
2,7
0,2
-3,4
3,0
2,5
EUA
2,8
2,1
0,0
-2,6
2,8
3,0
Japão
2,4
2,3
-1,2
-6,3
4,3
1,6
Zona Euro
2,8
2,7
0,5
-4,1
1,8
1,5
7,9
8,3
6,0
2,6
7,1
6,5
China
11,6
13,0
9,6
9,2
10,3
9,6
Índia
9,8
9,4
6,4
5,7
9,7
8,4
Países Desenvolvidos
Paises em Desenvolvimento
Rússia
7,4
8,1
5,2
-7,9
3,7
4,5
Brasil
3,8
5,7
5,1
-0,6
7,5
4,5
Economia Mundial
5,1
5,2
2,8
-0,6
5,0
4,4
∆% Comércio Munidal*
9,3
7,3
3,0
-10,7
12,0
7,1
* Bens e serviços
Fonte: FMI, Wordl Economic Outlook (Update, Janeiro/11)
Este dinamismo das economias emergentes transmitiu-se às economias avançadas com
sectores exportadores mais competitivos – v.g. a Alemanha, cujo crescimento em 2010 foi
de 3,6% e Japão com 4,3%, e os próprios EUA (com um crescimento da ordem de 2,8%,
no entanto considerado escasso face ao potencial produtivo e à evolução dos anos
anteriores). A maioria das economias do continente europeu, e desde logo a Zona Euro no
seu conjunto, continuaram porém a evidenciar fraco dinamismo (1,7% para o conjunto da
5
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
Zona Euro, 1,6% para a França e 1% para a Itália, e contracção económica em Espanha,
com o PIB a cair 0,2%).
Evolução da Economia Europeia
Taxas de crescimento ∆% PIB
2006
2007
2008
2009
2010
[Est.]
2011
[Proj.]
1,5
Zona Euro
2,8
2,7
0,5
-4,1
1.8
Alemanha
3,0
2,5
1,0
-4,7
3,6
2,2
França
2,2
2,3
0,1
-2,5
1.6
1,6
Itália
1,8
1,6
-1,3
-5,0
1,0
1,0
Espanha
3,9
3,6
0,9
-3,7
-0,2
0,6
Fonte: FMI, Wordl Economic Outlook (Update, Janeiro/11)
A desaceleração verificada na segunda metade do ano transacto nas economias avançadas
foi consequência do esgotamento do impulso, que se fez sentir nos últimos meses de 2009 e
início de 2010, da reconstituição dos stocks – os quais na parte final de 2008 e início de
2009 haviam sido massivamente reduzidos como reacção de pânico. Mas a desaceleração
ficou também a dever-se a um certo arrefecimento nos países emergentes, em alguns dos
quais as respectivas autoridades adoptaram recentemente medidas para fazer face ao
sobreaquecimento da economia. O progressivo desmantelamento das medidas de estímulo
fiscal em muitos países, agora – como consequência da crise - a braços com défices públicos
muito expressivos, igualmente contribuiu para o afrouxamento registado.
Impacto da crise financeira
nas finanças públicas
Saldo contas públicas/PIB (%)
-0,2
-0,1
-3,3
65,1
66,0
73,2
2010
(E)
78,8
Espanha
+2,2
-3,9
-11,2
-9,8
-8,8
36,2
39,7
53,2
64,9
Irlanda
+0,2
-7,2
-14,3
-11,7*
-12,1
25,0
43,9
64,0
77,3
87,3
___
-7,7
-13,6
-9,3
-9,9
___
99,2
115,1
124,9
133,9
Alemanha
Grécia
2008
2009
2011
(P)
-4,7
Dívida Pública/PIB (%)
2010
(E)
-5,0
2007
2007
2008
2009
2011
(P)
81,6
72,5
Reino Unido
-2,6
-5,4
-11,5
-12,0
-10,0
44,1
52,0
68,1
79,1
86,9
Japão
-2,5
-5,6
-6,9
-6,7
-6,6
187,7
172,0
189,2
193,5
194,9
EUA
-2,9
-5,3
-11,0
-10,0
-9,9
62,9
70,7
84,0
93,6
102,5
Fonte: DI/Caixa Central com base na Moody’s Investment Services
E/P: Estimativa/Previsão
* Integrando o apoio do Estado Irlandês aos bancos em dificuldades, o défice sobe para o nível colossal de
32% do PIB.
Neste estado de coisas, e sobretudo como consequência de o crescimento económico não
estar a absorver o desemprego existente, que permanecia elevado (9,4%)∗ e mostrava
∗
Os últimos números sobre o desemprego, já do início de 2011, apresentaram uma significativa redução da taxa de
6
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
tendência de subida, as autoridades dos EUA decidiram manter em vigor as políticas de
estímulo
à
actividade económica,
incluindo
a
política
monetária abertamente
expansionista, deixando invariantes, no nível actual de praticamente 0%, as suas taxas
directoras (fundos federais). Em paralelo prosseguiram com as cedências massivas de
liquidez ao sistema bancário e à economia.
Evolução da Euribor 3M e das Taxas Directoras da Zona Euro e dos EUA
6
5,5
5
4,5
4
%
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
Jan-07
Abr-07
Jun-07
Set-07
Dez-07
Mar-08
BCE (TAXA REDESCONTO)
Jun-08
Set-08
Dez-08
Mar-09
FED FUNDS
Jun-09
Set-09
Dez-09
Mar-10
Jun-10
Set-10
Dez-10
Euribor 3M
Na Zona Euro, no entanto, apesar de as taxas de desemprego continuarem também
persistentemente elevadas em vários países, o Banco Central Europeu, mantendo embora a
sua taxa directora (taxa refi) em 1%, nível em que se encontra desde Maio de 2009,
procedeu à inflexão da sua política monetária, começando a drenar, gradualmente, a
liquidez injectada massivamente no sistema no auge da crise financeira. Em virtude deste
reajustamento da política monetária na Zona Euro, as taxas euribor, que tinham descido
para níveis esmagados, de quase 0% nos prazos mais curtos, encetaram uma paulatina
recuperação, que, depois de um período ainda incerto, tem prosseguido nos últimos meses.
No entanto, o possível reacendimento de tensões inflacionistas nos EUA e na Europa – no
caso particular da Zona Euro a taxa de inflação homóloga mensal, ultrapassou, nos últimos
meses já o target de 2% pelo qual o BCE norteia a sua política monetária – introduziria um
factor de complicação na actual postura acomodatícia dos bancos centrais dos dois lados
do Atlântico, obrigando-os a dar, desde já, também atenção à contenção da subida de
preços. As declarações dos principais responsáveis têm ido, no entanto, no sentido de
considerarem que a inflação ainda não é um problema. Assim, no caso particular da Zona
desemprego para 9%, aguardando-se a informação para os meses subsequentes para ver se esta melhoria se
consolida.
7
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
Euro, não é de prever qualquer subida da taxa directora do BCE para os meses mais
próximos.
Neste contexto económico de fraco dinamismo e de acentuada incerteza, os mercados
financeiros mantiveram uma marcada volatilidade, prevalecendo no sector obrigacionista
uma atitude de aversão ao risco, com a correlativa fuga para a qualidade que afectou, e
profundamente, o próprio mercado da dívida pública. No sector accionista, por seu turno,
ocorreram nos últimos meses do ano significativos movimentos de correcção que anularam
os ganhos iniciais, embora com comportamento diferenciado entre os principais mercados
(os índices dos EUA e Alemanha subiram, no resto da Europa em geral regrediram).
Face à conjuntura muito deprimida a nível internacional, a economia portuguesa registou
uma estagnação em 2008 e uma acentuada contracção em 2009, ano em que o PIB decaiu
2,6%, evolução esta que, ao induzir uma forte redução das receitas do Estado e um
aumento súbito da despesa pública via subsídios de desemprego – a taxa de desemprego
subiu para 10,8% e mantém tendência ascendente∗ – provocou uma “crise fiscal”, agravada
pelo afrouxamento, em 2009, do esforço de saneamento das contas públicas que vinha
sendo seguido e pela situação estrutural de excessivo peso das despesas do Estado. O défice
público em percentagem do PIB atingiu assim 9,3% em 2009 e projectava-se que ficasse em
8,3% em 2010, nível subsequentemente revisto para 7,3%, como reflexo das medidas
entretanto adoptadas.
No tocante à evolução dos preços na economia portuguesa, verifica-se uma tendência
semelhante à que se descreveu para a Zona Euro, explicada pelos mesmos factores - subida
do custo de produtos de base energéticos, industriais e alimentares -, a que, no caso
português, poderá vir a acrescer o efeito do aumento do IVA. Assim, a taxa de inflação
média em 2010 situou-se em 1,4%, contra a inflação negativa de -0,8% registada em 2009.
Aliás, as variações mensais mais recentes, também à semelhança do que ocorre na Zona
Euro, mostram uma subida mais vincada do índice de preços no consumidor. (Em
Dezembro foi de 2,4%).
∗
A taxa de desemprego em Janeiro/2011, conforme dados recém-divulgados pelo INE, atingiu 11,1%, correspondendo
a cerca de 620.000 desempregados.
8
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
Evolução das componentes do PIB
v.h. em %
2006
Consumo Privado
Consumo Público
FBCF
Exportações
Importação
PIB
Procura Interna
Export.Líquidas
2007
2008
2009
2010
Est.
2011
Prev.
1,1
1,6
1,8
-1,0
1,8
-2,7
-0,3
0,0
0,8
2,9
3,2
-4,6
-2,0
3,1
-1,8
-11,9
-5,0
-6,8
9,1
7,5
-0,3
-11,8
9,0
5,9
4,2
5,6
2,8
-10,9
5,0
-1,9
1,3
1,9
0,0
-2,6
1,3∗
-1,3**
0,3
1,6
1,2
-3,4
0,6
-3,9
1,0
0,3
-1,2
0,8
0,7
2,5
Fonte:
• 2008, 2009: BdP, Boletim Económico, Outono 2010
• 2010,2011: BdP, boletim Económico, Inverno 2010
∗ Números recentes do INE elevaram a variação do PIB para 1,4%
**A projecção do Governo contida no OGE é de crescimento do PIB em 0,2%.
O nível do défice público, aliado ao crescimento da sensibilidade ao risco da dívida
soberana dos países periféricos da Zona Euro que actualmente se verifica, e que afectou
fortemente os yield da dívida portuguesa, veio criar a necessidade de um considerável
reforço das medidas correctivas do défice, com impacto inevitavelmente gravoso. Estas
medidas vão, no imediato, e porventura por algum tempo no futuro, restringir
consideravelmente o crescimento da economia nacional, afectando o nível de actividade
das empresas e avolumando o desemprego, sendo necessário compensar o efeito negativo
na procura interna através de uma maior dinâmica das exportações, que aliás têm tido
ultimamente comportamento razoável, nomeadamente de produtos não tradicionais e para
mercados fora da Zona Euro.
Défice Público em % do PIB
2006
2007
2008
-2,7%
-2,7%
2009
2010(E)
-4,0%
Dívida Pública em % do PIB
2011(P)
2004
2005
2006
2007
63,6%
64,7%
63,6%
2008
2009
2010(E)
2011(P)
-4,6%*
58,3%
-7,3%
66,4%
77,2%
82,1%
86,6%
-9,3%
* OE - 2011
Fonte: PEC (Março de 2010) e OE - 2011. Os níveis de dívida pública contemplados na revisão de Julho/2010
eram de 83,5% do PIB para 2010 e de 85,9% para 2011, os níveis respectivos são 82,1% e 86,6%.
Os factores críticos para o comportamento das exportações prendem-se, naturalmente, com
a melhoria da competitividade, que por sua vez depende do crescimento da produtividade
– que exige medidas estruturais – e da contenção dos custos e da remuneração dos factores
produtivos internos. A competitividade também depende, porém, da evolução do euro em
relação às principais divisas, num quadro em que se especula sobre o ressurgimento de uma
9
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
competição cambial entre os mais importantes pólos económicos. Em tal eventualidade, a
subida do euro para além da cotação de 1€ = 1,35 USD, seria susceptível de prejudicar
significativamente a evolução das nossas exportações, e de outros países da Zona Euro, e
constituiria mais um factor de agravamento das dificuldades de ajustamento da economia
nacional.
Desemprego e Inflação
Taxa de desemprego (%)
Desemprego de longa duração (%)
Desempregados (v.h.%)
Inflação (IPC v.h.%)*
da qual
prod. energéticas
bens alimentares
2007
2008
2009
2010
8,0
48,8
+4,9
7,6
49,8
-4,8
9,5
46,5
23,8
10,7*
54,2*
15,5*
2,5
2,6
-0,8
1,4
3,5
2,8
6,5
4,2
-8,0
-2,5
9,5
0,4
* Até Novembro
Fonte: BdP, Indicadores de conjuntura, Set 2010 e Jan 2011
Boletim Económico Inverno 2010
De referir finalmente que o défice da balança corrente e de capital, que traduz a evolução
do endividamento da economia portuguesa face ao exterior, registou em 2010, em
percentagem do PIB, uma ligeira melhoria – descendo de 9,4% no ano anterior para 8,8% –
, antevendo-se nova redução do défice (em % do PIB) em 2011 para 7,1%. No entanto,
estes níveis de desequilíbrio mantêm-se excessivos, e são insustentáveis num cenário de
subsistência de restrições ao financiamento externo da economia portuguesa.
Balança Corrente e de Capital
( % do PIB)
2007
2008
2009
2010 (E)
2011 (P)
-7,1
-8,1
-9,4
-8,8
-10,5
Fonte: BdP, Boletim Económico, Inverno/2010
MERCADO BANCÁRIO
As perspectivas para o sector bancário que decorrem deste panorama macroeconómico são
desfavoráveis no tocante à dinâmica e às condições gerais do negócio, na medida em que, à
10
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
evolução quantitativamente desfavorável do crédito, se vão adicionar factores de risco,
agravados pelas dificuldades da conjuntura, que tenderão a deteriorar a qualidade da
carteira e a aumentar as imparidades.
Evolução dos Agregados de Crédito
Variação homóloga em %
Dez-08 Mar-09
Total
Empresas
Particulares
Habitação
Consumo
Jun-09
Set-09 Dez-09 Mar-10 Set-10 Nov-10
8,5
6,2
4,7
4,6
3
2,8
2,2
2,1
14
10,9
8,8
7
1,7
0,8
0,2
0,6
4,2
2,4
1,3
2,5
4,1
4,6
4,0
3,4
3,9
2,4
1,5
3,1
5,1
5,5
5,1
4,6
12,1
5,5
3,3
1,8
1,8
2
1,0
-1,2
Fonte: Banco de Portugal; Indicadores de Conjuntura
Estas tendências já se verificam, aliás, no momento presente, na medida em que o crédito a
empresas se encontra em estagnação – o que traduz um volume muito limitado de crédito
novo – e o crédito vencido tem registado níveis de crescimento consideráveis. Entre 2007 e
Junho de 2009 o crédito vencido de empresas aumentou 178,1%, representando mais 2.649
milhões de euros em valor absoluto nesse período, e de meados de 2009 até Novembro de
2010 registou-se novo incremento de 2.026 milhões. No crédito a particulares, embora de
modo menos expressivo, o crédito vencido apresentou igualmente, no mesmo período,
grande aumento, particularmente no crédito ao consumo (mais de 800 milhões de euros
desde 2007) uma vez que no crédito à habitação o crescimento do crédito em mora é
significativamente menos acentuado.
Crédito Vencido no Sistema Bancário Nacional
Evolução
∆ absoluta
Milhões de euros
Jun-09
Jun-10
Dez-07
Jun-09
∆%
Jun-09
Dez-07
Nov-10
Jun-09
Particulares
do qual:
Habitação
Consumo
1.296
794
58,7
22,7
516
452
202
359
40,8
89,5
11,3
37,5
Empresas
das quais
Construção e
Imobiliário
2.649
2.026
178,1
49,0
1.436
957
371,3
47,2
3.617
TOTAL
Fonte: BdP, Boletim Estatístico
2.820
97,9
36,9
Sobre este pano de fundo já complexo, as restrições de balanço que as instituições
enfrentam, a necessidade de iniciarem a adaptação para o enquadramento normativo de
Basileia III, e, sobretudo, as actuais dificuldades em se refinanciarem nos mercados
financeiros internacionais – o que é uma sequela do actual grau de endividamento global
11
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
do país, combinando as dívidas do sector público com as dos agentes privados, que se
reflectem no balanço dos bancos – são factores que vão igualmente pesar nas perspectivas
para o negócio bancário no futuro próximo.
Rácios de crédito vencido empresariais
por escalões do crédito concedido
2007
2008
2008
2009
2009
2010
Dez
Jun
Dez
Jun
Dez
Set
< 20.000
10,6
11,0
11,1
12,6
14,0
15,2
20.000 – 50.000
7,3
7,7
8,0
9,3
9,9
11,1
50.000 – 100.000
5,9
6,6
6,9
8,5
9,0
10,2
100.000 – 200.000
4,8
5,5
6,0
7,2
7,9
8,8
200.000 – 400.000
4,0
4,4
4,7
6,1
6,5
7,9
400.000 – 1.000.000
3,5
4,0
4,6
6,3
6,7
7,8
1.000.000 – 5.000.000
> 5.000.000
2,6
0,4
3,2
0,7
3,5
1,0
5,0
2,7
5,6
2,6
7,2
3,2
[Intervalos em euros]
Fonte: BdP, Boletim Estatístico
Outro aspecto relevante da actual situação do mercado é a persistência, apesar da ligeira
recuperação que se verificou recentemente, do baixo nível das taxas euribor, que, no tocante
à sua actividade doméstica, penalizou a margem financeira dos diferentes bancos, e
naturalmente em maior medida daqueles em cuja carteira de crédito têm peso elevado os
empréstimos a prazos longos indexados a esses referenciais de mercado. Alguns bancos, no
entanto, conseguiram, pelo menos em parte, compensar esta evolução com os proveitos da
sua actividade internacional, e através do aumento da margem complementar.
Apesar da ligeira subida das taxas euribor nos últimos tempos, a margem financeira
mantém-se sob pressão, devido à expressiva subida do custo dos recursos, que tenderá a
acentuar-se, seja em consequência da crescente competição pelos depósitos – induzida pela
necessidade em que as instituições se encontram de recomporem a estrutura do seu passivo
– seja pelos spreads mais altos (em relação ao passado recente) nos financiamentos junto
dos mercados financeiros internacionais, quando estes se voltarem a abrir.
O fraco crescimento que se pode antever na massa global de recursos (depósitos e recursos
fora do balanço) como reflexo da fraca dinâmica da economia e da própria contenção do
crédito, para além de outros factores, vai ser um factor adicional de intensificação da
concorrência entre as instituições financeiras na captação de recursos de clientes.
Verifica-se, na verdade, um crescimento da taxa média de remuneração dos depósitos nos
últimos meses claramente superior ao que se tem verificado no crédito. Assim, desde Junho
até Novembro a taxa média dos depósitos até dois anos subiu 0,46 pontos percentuais,
12
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
quando no mesmo período a taxa média do crédito a empresas apenas subiu 0,33%, sendo
a subida ainda menor nas taxas do crédito a particulares.
Nível de Taxas de Juro Médias
no Sistema Bancário
Depósitos até 2 anos
Crédito a empresas*
Crédito à habitação
Crédito pessoal
(consumo…)
2006
Dez
2007
Dez
2008
Jun
2008
Dez
2009
Jun
2009
Dez
2010
Jun
2010
Nov
∆pp
Jun10 - Jun09
∆pp
Nov - Jun10
2,72
3,58
3,72
3,99
2,37
1,67
1,46
1,92
-0,91
+0,46
5,39
6,15
6,29
6,14
4,02
3,34
3,31
3,64
-0,71
+0,33
4,79
5,51
5,63
5,86
3,08
2,00
1,86
2,06
-1,22
+0,20
8,07
8,75
8,98
9,04
8,00
7,32
7,76
7,87
-0,24
+0,11
* Sociedades não financeiras
Fonte: BdP, Indicadores de Conjuntura, Set/2010
Os bancos portugueses, como se sabe, têm compensado as maiores dificuldades de
financiamento nos mercados recorrendo ao Banco Central Europeu, obtendo assim
recursos em condições até bastante favoráveis, mas este canal não ficará indefinidamente
aberto nos termos e nos moldes actuais.
É porém expectável que a subida no custo dos recursos venha a reflectir-se no preço do
crédito, uma vez que as instituições não têm margem de manobra para acomodar essa
subida sem ajustamento nas taxas activas.
CRÉDITO AGRÍCOLA – EVOLUÇÃO RECENTE E PERSPECTIVAS
O Crédito Agrícola é uma instituição bancária de base cooperativa, integrando-se num
modelo com presença de grande relevo nos sistemas financeiros de outros países europeus,
como a Alemanha, a França, a Holanda e a Itália. A nível europeu, os bancos cooperativos
dispõem de uma quota de mercado de mais de 20%, servem 170 milhões de clientes através
de 4.100 bancos locais com 65.000 balcões, e empregam centenas de milhares de pessoas.
Alguns dos bancos cooperativos encontram-se entre as instituições líderes do continente
europeu. É reconhecido que os bancos cooperativos foram os que melhor suportaram o
impacto da crise financeira, de que não foram causadores, funcionando no contexto da
crise como um factor de estabilidade.
Com a mesma vocação dos seus congéneres europeus, eles também com laços históricos à
agricultura, embora abertos hoje em dia a outros sectores económicos, o Crédito Agrícola
tem vindo a fortalecer continuamente a sua solidez económico-financeira. Tal está bem
expresso no valor da sua situação líquida, de mais de 1.000 milhões de euros, bem como no
13
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
nível do rácio de solvabilidade e do rácio Tier 1 (relativo aos fundos próprios de base),
situando-se este último actualmente em 12,2 %. Este rácio é o mais elevado no conjunto
dos grupos bancários de maior relevância no sistema financeiro nacional, e está muito
acima dos mínimos definidos pelo Banco de Portugal, e também dos que decorrem do
novo regime normativo internacional conhecido como Basileia III. No período 2002-2010,
o Crédito Agrícola aumentou o seu rácio Tier 1 em 4 pontos percentuais, tendo conseguido
um notável reforço da sua solvabilidade.
Ao mesmo tempo que mantém esta forte posição em termos de solvabilidade, o Crédito
Agrícola dispõe igualmente de uma posição de liquidez ímpar, que é o resultado da
prudente política, que sempre manteve, de limitar o volume do crédito que concede aos
depósitos que capta, deixando ainda uma significativa margem de segurança. Esta prática
dispensa o Grupo de recorrer aos mercados financeiros internacionais para o
financiamento da sua actividade creditícia.
Evolução do Rácio Tier 1 do Crédito Agrícola
12,0%
10,0%
10,4%
10,5%
2004
2005
11,6%
11,5%
2006
2007
12,2%
12,0%
11,8%
2008
2009
Set-10
979
1.000
1.016
2008
2009
Set-10
9,1%
8,1%
8,0%
6,0%
2002
2003
Ano
Evolução da Situação Líquida do SICAM
1.200
V a lor e s e m M ilh õ e s d e e u ro s
Percentagem
14,0%
1.000
828
738
800
600
873
657
520
570
400
200
0
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Ano
14
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
Rácio TIER I - Junho 2010
0,00%
12,36%
12,36%
12,21%
8,90%
8,20%
7,90%
8,90%
9,50%
8,40%
8,60%
Em 2010 o Crédito Agrícola voltou a reforçar os seus capitais próprios, apesar das
dificuldades da conjuntura e do efeito exógeno da política monetária do BCE que,
esmagando as taxas euribor, a que muitos contratos de crédito se encontram indexados,
prejudicou bastante a margem financeira das Caixas Associadas, reduzindo em
consequência o seu produto bancário e os resultados. Estes mantiveram-se, no entanto, no
conjunto do Crédito Agrícola, amplamente positivos no corrente exercício, tendo
ultrapassado os 37 milhões de euros para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas) e
atingido cerca de 9 milhões de euros na actividade seguradora.
A actual conjuntura tem conduzido a um aumento do crédito mal parado no conjunto do
sistema bancário nacional, fenómeno inevitável e que se verifica igualmente noutros países,
dadas as dificuldades enfrentadas por numerosas empresas e famílias. Todavia, o aumento
do crédito vencido no Crédito Agrícola, no contexto da actual crise, está bastante aquém
do que se regista no sistema bancário no seu todo.
Refira-se aliás que, nos últimos anos, o Crédito Agrícola reforçou de modo significativo a
sua cobertura de provisões para crédito vencido, a qual se elevou de 73,6% no final de 2002
para cerca de 129% no último exercício.
O activo líquido do Crédito Agrícola situava-se, ao terminar o exercício de 2010, em cerca
de 14 mil milhões de euros (13 mil milhões no SICAM), o que, representando já cerca de
15
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
8% do Produto Interno Bruto português, atesta a dimensão nacional do Grupo e a sua
relevância no sistema financeiro português.
Para além desta evolução no plano financeiro, o Crédito Agrícola conseguiu igualmente
nos últimos anos uma evolução marcante em diversos aspectos da sua actividade, com
melhorias visíveis na sua base tecnológica e no plano operativo, bem como na
modernização da sua imagem e reforço da notoriedade.
Evolução dos Depósitos de Clientes do SICAM
Evolução do Activo do SICAM
14.000
13.098
8.000
7.946
8.251
8.696
9.319
10.000
10.566
V alo res e m m ilh õ es d e e u ro s
V alo res e m m ilh õ es d e e u ro s
10.000
10.044
12.000
12.093
11.447
12.000
6.000
4.000
8.000
7.181
6.863
7.599
8.174
8.671
9.158
9.613
10.070
9.994
2009
Set-10
6.000
4.000
2.000
2.000
0
0
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
Set-10
2002
2003
2004
2005
Ano
2006
2007
2008
Ano
Do mesmo modo, o Crédito Agrícola tem prosseguido o crescimento da sua rede, mesmo
neste período em que o ambiente de negócio se apresenta menos favorável, dispondo
actualmente de 690 balcões, cobrindo a totalidade do território nacional (com excepção da
Região Autónoma da Madeira). Em alguns distritos do continente a rede do Crédito
Agrícola representa mais de 30% da rede bancária existente.
Evolução do número de balcões do SICAM
700
Valores em milhões de euros
680
670
660
690
647
640
628
632
2005
2006
616
620
600
680
598
584
580
560
540
520
2002
2003
2004
2007
2008
2009
2010
Ano
O Grupo dispõe de um dos mais vastos parques de ATM (com 1.400 unidades, 10% da
rede nacional, das quais 400 em localidades onde não existe qualquer outro tipo de serviço
bancário), para além de um sistema avançado de auto-serviço bancário (Balcão 24,
16
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
actualmente com 202 máquinas), e quase 15.700 TPA’s em pontos de venda. O Crédito
Agrícola presta, actualmente, também o serviço de acquirer, detendo uma quota de mercado
em cartões de 7%.
Quotas de Mercado Dezembro 2010
Cartões
TPAs
ATMs
Nº
1.007.281
15.640
1.400
Quota de
Mercado
7,2 %
5,6 %
10%
É ainda de referir que o Crédito Agrícola colocou à disposição dos seus associados e
clientes um serviço de internet banking, designado por CA On-Line, que oferece uma gama
alargada de funcionalidades para consultas e transacções bancárias, quer para empresas
quer para particulares, que tem granjeado adesão crescente, e igualmente instalou um canal
de banca telefónica, também com grande utilização.
Para além das 85 Caixas Agrícolas e da Caixa Central, que entre si formam o SICAM, o
Crédito Agrícola integra um conjunto de empresas especializadas, nas áreas de seguros, de
gestão de activos e de consultadoria, com crescente importância. Merece destaque, neste
contexto, a relevância já adquirida pela actividade seguradora do Grupo, distinguindo-se as
duas companhias – a CA Vida e a CA Seguros -, quer pela evolução dos seus indicadores
económicos e financeiros quer pela crescente qualidade do serviço. Tal conduziu ao
reconhecimento da CA Seguros
como a melhor seguradora de ramos
reais em Portugal no seu segmento,
distinção que obteve, em 2010, pelo
terceiro ano consecutivo. Em 2006 a
CA
Vida
fora,
por
sua
vez,
considerada a melhor seguradora do
Ramo Vida e tem mantido, nos
últimos anos, posição de destaque no “ranking”.
As perspectivas do Grupo para o próximo ano continuam condicionadas pela conjuntura
de crise económica e financeira, admitindo-se no entanto que a recuperação paulatina a
17
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
que se assiste desde há já alguns meses nas taxas euribor tenha continuidade e se reflicta
positivamente na margem financeira das Caixas Associadas. Em sentido contrário, está a
assistir-se a uma concorrência mais aguda pelos recursos, com impacto no seu custo, dada
a necessidade em que os demais bancos se encontram de reajustarem a composição do
passivo.
A chamada margem complementar, em que se integram, entre outros, os proveitos da
venda cruzada, nomeadamente de seguros, as comissões do negócio de cartões, etc. tem
vindo a dar igualmente um contributo mais expressivo para o produto bancário, e tal
tendência deverá manter-se em 2011.
Já no que toca ao crédito mal parado, o seu valor tenderá a aumentar, como sempre sucede
em situações de recessão ou de fraco crescimento económico, mas como se viu atrás, o
Crédito Agrícola dispõe de uma ampla cobertura de provisões, o que constitui uma
salvaguarda nesta conjuntura complexa.
Admite-se que o efeito conjugado dos vários factores em presença se traduzirá em 2011
numa melhoria dos lucros consolidados do Crédito Agrícola comparativamente a 2010. A
este respeito, são já conhecidos os resultados de Janeiro de 2011 que foram, em termos
líquidos, de 10 milhões de euros no conjunto do SICAM, marcando um início muito
positivo para o actual exercício, que é mais de realçar no actual contexto.
18
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
1. INTRODUÇÃO E CONSIDERAÇÕES GERAIS
De acordo com a lei e os estatutos vem o Conselho de Administração da Caixa de Credito
Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo submeter à digníssima Assembleia Geral o
Relatório, Balanço e Contas referentes ao exercício económico do ano de 2010 para ser
apreciado, discutido e votado pelos senhores associados.
O ano de 2010 pautou-se por um contexto económico de contracção. Os mercados
continuaram de um modo geral a reflectir os efeitos da crise económico-financeira
mundial.
A banca, como é do conhecimento geral funciona como dinamizador da actividade
económica.
Tal papel implica um cada vez maior grau de exigência e sofisticação da actividade
bancária com a consequente complexidade procedimental. Foi, portanto, perfeitamente
concebível considerar 2010 um ano de continuidade, no que respeita aos desafios
enfrentados pelo sector financeiro.
À beira de registar 25 anos sobre a adesão de Portugal à então Comunidade Europeia
(1986-2011) é importante compreender as alterações profundas que marcaram a banca
portuguesa no último quarto de século.
Diz-nos a história e os factos que tínhamos, ao tempo, um sector financeiro de matriz
quase exclusivamente publica e na regulação estrita do Banco de Portugal.
O processo de integração europeia e o vislumbre da criação do Mercado Único vieram
“enquadrar e acentuar a liberalização do sector e a alteração estrutural da propriedade das
instituições bancárias.” 1
Tal processo que se prolongou por mais de uma década veio desembocar numa
configuração assente na concentração em pouco mais de uma mão cheia de grupos
financeiros.
1
Artigo do Sr. Professor António de Sousa – Revista do Centro de Informação Europeia Jacques
Delors “Europa Novas Fronteiras” dedicada aos 25 anos da integração europeia de Portugal.
19
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
Paralelamente viveu-se um ambiente onde ocorreu o desaparecimento das restrições
quantitativas ao crédito conduzindo a que as instituições financeiras adoptassem uma
estratégia de optimização dos seus capitais. Consequentemente as regras emanadas dos
acordos de Basileia, consagraram novos modelos de análise e gestão do risco objectivando
a rentabilidade desses mesmos capitais.
É incontornável a verificação da trajectória das taxas de juro nominais que desceram de
valores que quase tingiram 30% para níveis abaixo dos 5% o que impulsionou o acesso das
famílias ao crédito (tal é particularmente notado no crédito à habitação), “tornando
Portugal um dos países da União Europeia em que é maior a percentagem de famílias a
deterem casa própria e a terem um crédito à habitação activo”2.
Em suma, as alterações verificadas nas últimas décadas conduziram a uma profunda
alteração nos balanços da banca não só em dimensão mas também em composição
2
Artigo do Sr. Professor António de Sousa – Revista do Centro de Informação Europeia Jacques
Delors “Europa Novas Fronteiras” dedicada aos 25 anos da integração europeia de Portugal.
20
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
(alteração na estrutura de créditos concedidos e endividamentos para além dos depósitos
obtidos).
Assim, podemos verificar que o crédito concedido a particulares se tornou predominante
como, dentro deste, o crédito à habitação assumiu uma dimensão de cerca de quatro
quintos do total.
Após esta resenha histórica das últimas décadas, centramos as nossas atenções na
actualidade da CCAM de Ferreira do Alentejo.
Sublinhamos o esforço desenvolvido pelos seus dirigentes, técnicos, e colaboradores com
vista a manter-se alinhada e na vanguarda dos desafios enfrentados. Mantivemos em 2010
a articulação com as orientações emanadas pela Caixa Central para o SICAM, bem como,
autónoma e responsavelmente, procurámos reforçar uma dinâmica sólida de resposta
integral às exigências formuladas.
Mantivemos conforme o proposto, o apoio aos nossos agricultores nos processos de
candidatura às ajudas ao rendimento, sem qualquer despesa associada, suportando esta
instituição os custos inerentes a esse serviço. Forma de estar que reiteramos ser o dever de
uma instituição de génese cooperativa e de banca de proximidade.
21
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
Ao ser pois uma entidade local procura responder aos anseios e interesses dos seus
associados e clientes, mediando entre aqueles que nos confiam as suas economias e os que
dela necessitam e retribuindo confiança e apoio.
22
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
2. ACTIVIDADE E EVOLUÇÃO DA C.C.A.M.
Senhores associados, pese embora as dificuldades existentes nas empresas e famílias a
nossa instituição tem o privilégio de vos apresentar um Balanço e Contas que confirmam
estabilidade.
Salientamos
ainda
os
rácios
de
solvabilidade,
que
se
mantém
significativamente acima do mínimo exigível, e o rácio de transformação que se situa
dentro do que é recomendado.
2.1. Recursos Alheios
A carteira de recursos registou uma ligeira redução face ao ano anterior, em grande parte
devido à conjuntura de crise económica e financeira e das inevitáveis repercussões que se
verificaram na actividade bancária. Os depósitos à ordem atingiram 17.731.183 euros e os
depósitos a prazo 19.806.668 euros, traduzindo uma redução de 4,46% nos depósitos
totais.
2.2. Aplicações
O total de empréstimos no final de 2010 apresentava um valor de 32.353.402 euros (liquido
de provisões), verificando-se um aumento de 2.46% comparativamente a 2009,
impulsionado essencialmente pelo aumento do crédito ao consumo.
No decorrer do exercício de 2010, pese embora os esforços dos serviços competentes na sua
redução o Crédito Vencido, registou um ligeiro aumento de 1,9% face ao ano anterior.
Contudo, o Rácio de Crédito Vencido Bruto à mais de 90 dias sobre o Crédito Total Bruto
foi de 3,27 %, abaixo dos valores de referência da Caixa Central (5 %), fruto da dinâmica
na concessão de crédito, do rigor da selecção dos pedidos de financiamento e do empenho
na cobrança dos processos, quer na fase de pré-contencioso quer através de processos
judiciais.
A cobertura por provisões para crédito vencido é de 844.970 euros, o que ajusta o rácio do
Crédito Vencido Líquido sobre o Crédito Total Líquido para 1,72%, abaixo dos valores de
referência da Caixa Central (inferior a 3%). Tem sido uma preocupação constante do
23
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
Conselho de Administração que estes rácios tendam a apresentar uma trajectória de
descida.
Na rubrica de Aplicações em instituições de crédito, os depósitos a prazo aplicados na
Caixa Central atingiram em 2010 o valor de 14.661.662 euros, traduzindo uma diminuição
de 17.52% comparativamente a 2009 (a redução em valores absolutos desta rubrica ocorreu
não só por via do já salientado aumento do crédito, mas essencialmente devido a um
aumento das aplicações em produtos CA Vida).
Registou-se um acréscimo substancial dos investimentos dos clientes nestes produtos
(principalmente PPR e CA Poupança Activa), incutido pela dinamização comercial
imposta a esta categoria de produtos.
N.º de apólices
Capital seguro
Prémios
(Euros)
(Euros)
Objectivos
(Prémios em
Euros)
Produto
Vendas
Carteira
Protecção Família
5
26
320.000,00
8.092,59
CA Vida Plena
6
14
110.000,00
1.203,89
Protecção Crédito Habitação
Protecção Crédito Pessoal
Protecção Empresa Viva
Protecção Poupança
Investimento
CA Poupança Activa
7
66
735.000,00
30.443,28
44
155
747.948,00
24.547,18
0
0
-----
0,00
0
80
-----
13.801,90
16
26
-----
320.322,76
Concretização
(Em %)
18.750,00
49,6%
76.750,00
71,6%
2.000,00
0,0%
525.000,00
63,8%
Protecção Poupança Educação
0
5
-----
1.066,84
Protecção Poupança Reforma
43
147
-----
1.244.463,39
165.000,00
754,2%
Fundos de Pensões
10
10
-----
16.200,00
16.500,00
98,2%
529 1.912.948,00
1.660.141,83
804.000,00
206,49%
Concretização Total das
C.C.A.M.
105,02%
Total
131
Apesar da redução verificada ao nível das aplicações na Caixa Central, esta rubrica
continua a manter grande importância na estrutura do Activo da CCAM, representando
27,73% do seu Activo Liquido.
24
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
2.3. Análise dos Principais Rácios
O exercício de 2010 terminou com um Rácio de Solvabilidade 23,93 %, confortavelmente
acima do mínimo de referência (8%).
O Rácio de Transformação (82,44%) encontra-se dentro do limite recomendado (inferior a
85%).
O Rácio de Produtividade (Produto Bancário/ Nº de Empregados) é de 142.512,87 euros,
muito acima do valor mínimo recomendado (90.000,00 euros).
O Rácio de Eficiência (67,34%) regista valores ligeiramente acima dos valores de
referência (inferior a 55 %), condicionado essencialmente pela redução do produto
bancário.
2.4. Recursos Próprios e Resultados
A C.C.A.M. de Ferreira do Alentejo, Crl. apresenta no fim do exercício de 2010, após
dedução das Amortizações, Provisões e Impostos sobre os Lucros, um Resultado Líquido
de 19.061,43 euros.
A necessidade sentida pela banca de procura de liquidez, originou uma concorrência nos
negócios do passivo, aliado à baixa das taxas de referência do lado do activo, que provocou
uma diminuição acentuada na margem financeira.
Ainda assim, a situação líquida, ascende hoje a 9.506.316,50 euros, 0,8% mais que no ano
anterior, o que reflecte, a solidez económica e financeira da instituição.
25
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
3. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
De acordo com o estipulado nos estatutos e demais legislação em vigor, vem o Conselho de
Administração da C.C.A.M. de Ferreira do Alentejo, Crl. propor à Digníssima Assembleia
Geral que o Resultado do exercício de 19.061,43 (dezanove mil e sessenta e um euros e
quarenta e três cêntimos), tenha a seguinte distribuição:
Para Reserva Legal .........................................
7.755,43€
Para Resultados Transitados..............................
11.306,00 €
Total : .........................................................
19.061,43 €
26
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Terminado o ano de 2010 é, uma vez mais, tempo de lembrar todos os que, com o seu
empenho e entrega permitiram garantir a estabilidade económica desta Organização.
Em primeiro lugar destacaremos os nossos associados e depositantes. A eles, um muito
obrigado pela sua preferência e dedicação.
Continua esta Caixa Agrícola a ser servida por um quadro de empregados excelentes,
unidos num esforço comum em prol da instituição, com empenho e dedicação exemplares,
receptivos à inovação, com a finalidade de melhor servir os associados e clientes e
simultaneamente na procura constante da melhoria dos indicadores da instituição que
servem, a todos um agradecimento reconhecido pelo seu profissionalismo e colaboração.
A todas as entidades com quem contactamos, nomeadamente: IFAP, Banco de Portugal,
Cartório Notarial, Conservatória do Registo Civil e Predial e Repartição de Finanças, o
Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo
agradece reconhecidamente.
Igualmente uma palavra de muito apreço ao digníssimo Conselho Fiscal, pela forma
empenhada, dedicada, e de convergência crítica no apoio ao Conselho de Administração.
A todos o nosso obrigado e a certeza de que tudo faremos para o engrandecimento da
Caixa.
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, Crl.
Ferreira do Alentejo, 30 de Março de 2011
O Conselho de Administração
27
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS
2010
28
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
CAIXA DE CREDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE FERREIRA DO ALENTEJO, C.R.L.
BALANÇO EM BASE INDIVIDUAL (NCA) EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010
(Valores em Euros)
ANO
BALANÇO
Notas/
Quadros
Anexos
Valor antes Quadros
de provisões,
imparidade e
1
Provisões,
imparidade e
Amortizações
2
Valor Líquido
ANO ANTERIOR
3=1-2
Activo
Caixa e disponibilidades em bancos centrais
5
611.227,24
611.227,24
377.198,02
Disponibilidades em outras instituições de crédito
6
489.021,98
489.021,98
1.757.450,91
Activos financeiros detidos para negociação
7
Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados
8
Activos financeiros disponíveis para venda
9
654.431,94
Aplicações em instituições de crédito
10
14.661.661,88
Crédito a clientes
11
34.117.456,34
Investimentos detidos até à maturidade
12
Activos com acordo de recompra
13
Derivados de cobertura
14
Activos não correntes detidos para venda
15
Propriedades de investimento
16
Outros activos tangíveis
Activos intangíveis
652.931,94
672.819,54
14.661.661,88
17.775.312,05
1.764.054,43
32.353.401,91
31.575.623,77
490.212,85
8.356,61
481.856,24
391.856,24
17
1.962.212,22
1.256.043,56
706.168,66
711.816,64
18
133.192,50
130.875,35
2.317,15
0,00
Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
19
2.136.843,28
2.136.843,28
2.136.843,28
Activos por impostos correntes
20
29.231,31
29.231,31
131.943,32
Activos por impostos diferidos
20
255.628,25
255.628,25
242.368,28
Outros activos
21
501.138,24
5.560,00
495.578,24
483.448,76
56.042.258,03
3.166.389,95
52.875.868,08
56.256.680,81
Total de Activo
1.500,00
Passivo
Recursos de bancos centrais
22
Passivos financeiros detidos para negociação
23
Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados
24
Recursos de outras instituições de crédito
25
767,71
767,71
900,18
Recursos de clientes e outros empréstimos
26
42.609.344,66
42.609.344,66
45.505.559,74
Responsabilidades representadas por títulos
27
Passivos financeiros associados a activos transferidos
28
Derivados de cobertura
14
Passivos não correntes detidos para venda
29
Provisões
30
370.692,44
370.692,44
361.231,58
Passivos por impostos correntes
20
Passivos por impostos diferidos
20
Instrumentos representativos de capital
31
Outros passivos subordinados
32
Outros passivos
33
Total de Passivo
388.746,77
43.369.551,58
0,00
388.746,77
890.383,34
43.369.551,58
46.758.074,84
7.240.465,00
6.767.110,00
Capital
Capital
35
Prémios de emissão
35
Outros instrumentos de capital
36
7.240.465,00
Acções próprias
Reservas de reavaliação
36
110.613,61
110.613,61
110.613,61
Outras reservas e resultados transitados
36
2.136.176,46
2.136.176,46
2.014.954,24
Resultado do exercício
36
19.061,43
19.061,43
605.928,12
Dividendos antecipados
Total de Capital
Total de Passivo + Capital
O Responsável pela Contabilidade:
9.506.316,50
0,00
9.506.316,50
9.498.605,97
52.875.868,08
0,00
52.875.868,08
56.256.680,81
O Conselho de Administração:
29
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA DE FERREIRA DO ALENTEJO, C.R.L.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM BASE INDIVIDUAL (NCA) EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010
(Valores em Euros)
Notas/ Quadros
anexos
ANO
ANO ANTERIOR
Juros e rendimentos similares
37
1.851.074,79
2.378.972,13
Juros e encargos similares
38
411.353,11
788.290,79
1.439.721,68
1.590.681,34
MARGEM FINANCEIRA
Rendimentos de instrumentos de capital
39
1.121,80
1,00
Rendimentos de serviços e comissões
40
579.052,47
505.653,89
Encargos com serviços e comissões
41
62.531,85
58.657,64
Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados
42
Resultados de activos financeiros disponíveis para venda
43
Resultados de reavaliação cambial
44
3.611,64
851,09
Resultados de alienação de outros activos
45
-212,87
Outros resultados de exploração
46
34.417,30
-1.164,31
1.995.180,17
2.037.365,37
PRODUTO BANCÁRIO
Custos com pessoal
47
693.802,73
779.415,75
Gastos gerais administrativos
48
586.144,26
603.182,19
17 e 18
63.669,46
57.510,78
30
9.460,86
22.168,43
-551.488,41
-151.464,20
Amortizações do exercício
Provisões líquidas de reposições e anulações
Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores
(líquidas de reposições e anulações)
Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações
30
Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações
30
RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS
2.842,06
87.772,39
423.624,02
Impostos
Correntes
20
81.970,83
-171.109,48
Diferidos
20
-13.259,87
-11.194,62
19.061,43
605.928,12
RESULTADO APÓS IMPOSTOS
Do qual: Resultado líquido após impostos de operações descontinuadas
O Responsável pela Contabilidade:
O Conselho de Administração:
30
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
CRÉDITO AGRICOLA MÚTUO DE FERREIRA DO ALENTEJO, C.R.L.
DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO
PARA OS EXERCíCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009
(Montantes expressos em Euros)
Outras Reservas e resultados transitados
Capital
Saldos em 31 de Dezembro de 2008
Reservas de
Outras
reavaliação
reservas
Resultado do
Total
exercício
6.490.610
110.614
1.785.959
-
-
-
Transferência para resultados transitados
-
-
-
11.306
(11.306)
-
Constituição de reservas
-
-
240.301
240.301
(240.301)
-
-
-
-
-
Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota ...)
1.774.653
511.607
Total
(11.306)
-
8.887.484
(11.306)
Aplicação do resultado do exercício de 2008:
Distribuição de dividendos
(…)
Aumento de capital
279.500
(3.000)
-
-
Reembolso de capital
-
Resultado liquido do exercício de 2009
-
Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota ...)
-
-
-
Alterações de justo valor líquidas de imposto
Saldos em 31 de Dezembro de 2009
(260.000)
6.767.110
110.614
19.500
(3.000)
-
-
-
-
-
-
-
605.928
605.928
2.026.260
-
2.014.954
605.928
(11.306)
-
9.498.606
-
-
(11.306)
Transferência para resultados transitados
-
-
-
11.306
(11.306)
-
Constituição de reservas
-
-
121.222
121.222
(121.222)
-
Distribuição de dividendos
-
-
-
-
-
-
-
Aplicação do resultado do exercício de 2009:
(…)
Aumento de capital
Reembolso de capital
476.900
(3.545)
Alterações de justo valor líquidas de imposto
-
Resultado liquido do exercício de 2010
-
Saldos em 31 de Dezembro de 2010
O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE
7.240.465
-
-
-
-
-
-
110.614
(473.400)
-
3.500
(3.545)
-
-
-
-
-
-
19.061
19.061
2.147.482
2.136.176
19.061
9.506.317
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
O Anexo faz parte integrante destas demonstrações
31
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE FERREIRA DO ALENTEJO, C.R.L.
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 31 DE DEZEMBRO DE 2009
( Valores em Euros)
31-12-2010
31-12-2009
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de juros e comissões
2.430.127,00
Pagamentos de juros e comissões
Pagamentos ao pessoal e fornecedores
Contribuições para o fundo de pensões
(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento
Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional
Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais
2.884.626,00
-473.885,00
-846.948,00
-1.271.021,00
-1.374.843,00
-8.926,00
-7.755,00
-68.711,00
182.304,00
38.029,00
-313,00
645.613,00
837.071,00
0,00
0,00
-3.113.650,00
-6.882.914,00
-17.046,00
72.157,00
1.329.267,00
2.662.846,00
0,00
0,00
(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:
Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV
Aplicações em instituições de crédito
Activos financeiros disponíveis para venda
Créditos a clientes
Investimentos detidos até à maturidade
Derivados de cobertura
Activos não correntes detidos para venda
Outros activos
0,00
0,00
90.000,00
277.856,00
-77.323,00
221.023,00
-1.788.752,00
-3.649.032,00
-132,00
-97.582,00
-2.896.215,00
-3.073.001,00
-501.637,00
-573.206,00
-3.397.984,00
-3.231.785,00
-963.619,00
1.254.317,00
-1.122,00
-1,00
Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:
Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura
Recursos de instituições de crédito
Recursos de clientes e outros empréstimos
Outros passivos
CAIXA LIQUIDA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Dividendos recebidos
Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas
0,00
0,00
Variação de activos tangíveis e intangíveis
60.552,00
42.082,00
CAIXA LÍQUIDA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
59.430,00
42.081,00
473.355,00
276.500,00
Diminuição de capital
0,00
0,00
Pagamento de dividendos
0,00
0,00
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Aumento de capital
Variação de passivos subordinados
Reservas
CAIXA LÍQUIDA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes
Caixa e seus equivalentes no início do exercício
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO EXERCÍCIO
O Responsável pela Contabilidade:
0,00
0,00
-484.706,00
-271.306,00
-11.351,00
5.194,00
-1.034.400,00
1.217.430,00
2.134.649,00
917.218,00
1.100.249,00
2.134.648,00
O Conselho de Administração:
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS
2010
33
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
1.
NOTA INTRODUTÓRIA
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM
de Ferreira do Alentejo) é uma instituição de crédito constituída em 22 de Junho de 1913 sob a forma de
Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática
dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável.
A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela
Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo
suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das
entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.
Em 31 de Dezembro de 2010, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua Avenida General
Humberto Delgado, n.º 40, em Ferreira do Alentejo e através de uma rede de 2 balcões situados nos
concelhos de Ferreira do Alentejo e Alvito.
2.
BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS
CONTABILÍSTICAS
2.1. Bases de apresentação das contas
As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das
operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios
consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21
de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.
As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS),
conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo
Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de
Portugal, excepto no que se refere a:
i)
Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas a
receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para
outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos
segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos
redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;
ii)
Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações
subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente,
periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido
na alínea anterior;
iii)
Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo
definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de
Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de
30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime
abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros
instrumentos de natureza análoga;
iv)
Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste
modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos
tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente
autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de
reavaliação”.
v)
Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do
impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.
34
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de
30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com
referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser
atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de
Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de
mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual
esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2011.
Em 2007 a Caixa apresenta pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo
com as NCA, sendo o impacto da introdução destas normas apresentado na Nota 3.
As demonstrações financeiras da Caixa em 31 de Dezembro de 2010, estão pendentes de
aprovação pelos correspondentes órgãos sociais. No entanto, é convicção da Direcção da Caixa
que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas.
2.2. Comparabilidade da informação
Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como as
caixas de crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas
demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da
instrução nº 4/96.
Em 2007 a Caixa apresenta pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo com as
NCA. Com o objectivo de assegurar a comparabilidade com o ano anterior, as demonstrações
financeiras de 31 de Dezembro de 2006 foram convertidas para NCA (demonstrações financeiras
proforma).
2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas
As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações
financeiras foram as seguintes:
a)
Especialização dos exercícios
A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à generalidade
das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são registados à medida
que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.
b)
Transacções em moeda estrangeira
Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao câmbio
de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas
estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de
Portugal.
Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período
em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição
cambial.
Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo são
registadas na posição cambial.
c)
Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas.
As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas
35
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira
(directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas
financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a
mesma.
As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de
análises de perdas por imparidade.
As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não
monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data
da transacção, conforme previsto no IAS 21.
d)
Crédito e outros valores a receber
Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de
acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.
A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de
relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são
reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa
efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período
superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à
contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser,
igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da
taxa efectiva.
Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de
provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio
da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos
periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são
cobrados ou pagos.
Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis
As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em
rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros
proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.
Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos
gerais de crédito
De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações
introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro), e
outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes provisões
para riscos de crédito:
i)
Provisão para crédito e juros vencidos
Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem
prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do
crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função
crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.
ii)
Provisão para créditos de cobrança duvidosa
36
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos
concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que
estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do
Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:
As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique,
relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma
das seguintes condições:
.
Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de
juros;
.
Estarem em incumprimento há mais de:
.
.
.
seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco
anos;
doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas
inferior a dez anos;
vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez anos.
Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da
constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao
crédito vencido dessas operações.
Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação acima
definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente
excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são
provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.
iii)
Provisão para risco país
Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e
extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de
Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com
excepção:
-
Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na
moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos denominados
nessa moeda;
-
Das participações financeiras;
-
Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado de
risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;
-
Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo
15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;
-
Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que cumpram
as condições definidas pelo Banco de Portugal.
As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens em
Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os países e territórios
segundo grupos de risco.
iv)
Provisão para riscos gerais de crédito
37
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a riscos
de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.
Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à
totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:
-
1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a
particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;
-
0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações
de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a
habitação do mutuário;
-
1% no que se refere ao restante crédito concedido.
Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da
provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta
provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.
A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros
decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações
vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo
nesse momento considerada vencida toda a dívida.
Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por
utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos
créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de
exploração”.
e)
Outros activos e passivos financeiros
Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os IAS
32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.
i)
Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados,
passivos financeiros detidos para negociação
Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável
transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra
no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a
receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica de activos financeiros detidos para
negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo),
são incluídos na rubrica de passivos financeiros detidos para negociação.
Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de
rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e
avaliar ao justo valor através de resultados.
Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao justo
valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e
perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em
resultados.
Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o
valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa
efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.
38
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este
critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é
deliberada a sua distribuição.
O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em
mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um
preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com
base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas
de “discounted cash-flows”.
Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros
são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada
corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características
semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a
informações sobre preços de mercado.
O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com base
no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise,
considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das
contrapartes.
ii)
Activos financeiros disponíveis para venda
Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida,
que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo
valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como
crédito ou como empréstimos e contas a receber.
Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com excepção
de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa
ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e
perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica
específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao
reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para
resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas
directamente em resultados do período.
Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o
custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com
o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos
similares”.
Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na
data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos
antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua
distribuição.
iii)
Investimentos a deter até à maturidade
Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento
fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso
determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso.
Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de
aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças
entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de
acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e
rendimentos similares”.
39
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
iv)
Empréstimos e contas a receber
De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são
registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.
São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num
mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos
financeiros.
No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de
eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos
incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentes, estes activos são
reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e
provisões para risco país.
Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o
custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é
aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados
associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.
Operações de venda com acordo de recompra
Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam
originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em
conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros.
v)
Outros passivos financeiros
Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito,
depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que
corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são
posteriormente valorizados ao custo amortizado.
Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de
Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo
Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de
Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i)
garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito
Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem assegurar a
solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema
Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).
Em 2009, a Caixa possuía empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo de Garantia
de Crédito Agrícola Mútuo no montante de zero Euros, descritos na
Nota 32.
vi)
Imparidade em activos financeiros
A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção
de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d).
Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as
perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.
Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação de
desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos
não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor
40
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado
com razoabilidade.
Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por
imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através
de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é
reconhecido directamente na demonstração de resultados.
No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de imparidade,
resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de
dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de
justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por
imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de
resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de
um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade
relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais
mais-valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são
reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os
quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são
sempre reconhecidas em resultados.
No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a
perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.
f)
Derivados e contabilidade de cobertura
Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua
contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo
valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados
pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:
•
•
Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que respeita
a futuros transaccionados em mercados organizados);
Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no
mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.
Derivados embutidos
Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são
destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma
IAS 39, sempre que:
•
As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam
intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma
IAS 39; e
•
A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo
valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados.
Derivados de cobertura
Trata-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um
determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura
e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está
sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39.
Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação
41
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
formal, que inclui os seguintes aspectos:
•
Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de
cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas;
•
Descrição do(s) risco(s) coberto(s);
•
Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura;
•
Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.
Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da
comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto
(na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de
cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre
80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a
demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.
Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados
mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a
cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo
valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é
reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de
resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por
exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os
fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos
similares”, da demonstração de resultados.
As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e
passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são
reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos.
Derivados de negociação
São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que
não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39,
incluindo:
•
Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados ao
justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de
contabilidade de cobertura;
•
Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas
eficazes ao abrigo da Norma IAS 39;
•
Derivados contratados com o objectivo de “trading”.
Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados
diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de
activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e
negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através de resultados”
e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respectivamente.
g)
Propriedades de investimento
Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos
através do arrendamento e/ou da sua valorização.
42
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente com
base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em resultados e os
imóveis não são sujeitos a amortizações.
h)
Outros activos tangíveis
Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são
contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente
atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.
A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do
período de vida útil estimado do bem:
Anos de
vida útil
Imóveis de serviço próprio
Despesas em edifícios arrendados
Equipamento informático e de escritório
Mobiliário e instalações interiores
Viaturas
50
10
4 a 10
6 a 10
4
As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios
que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua
utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.
Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram
registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao
custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de
índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações
que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo
registados os correspondentes impostos diferidos passivos.
Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por
imparidade.
Activos intangíveis
Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou
preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os
activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas
por imparidade acumuladas.
As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da
vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.
i)
Activos tangíveis disponíveis para venda
Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como
detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser
recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de
activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes
requisitos:
•
A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;
43
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
•
O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;
•
Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano após
a classificação do activo nesta rubrica.
Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o
justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é
determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a
amortizações.
j)
Provisões
Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a riscos fiscais,
processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo
com o IAS 37 (Nota 30).
k)
Benefícios de empregados
A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo
que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e
sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as
responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no
pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV.
Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo
Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por
velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes
complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à
idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço
prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.
Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo
Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um
Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros – Crédito Agrícola
Vida S.A..
De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos
pelos benefícios descritos.
Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das
seguintes datas:
•
Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira,
considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;
•
Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se
a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.
Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do
Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:
•
Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à
data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a
considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;
•
Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data
de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no
cálculo do tempo de serviço passado.
44
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e
diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.
Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por
velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez
e sobrevivência imediata.
O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente
casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três
anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontrase em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.
A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é
estimada pela Companhia de Seguros – Crédito Agrícola Vida S.A., para cada entidade
contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.
O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento
integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um
nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de
pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos
relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do
IAS 19.
l)
Impostos sobre os lucros
A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).
Aplicável apenas para a Caixa Central:
As contas das sucursais são integradas nas contas da Caixa Central para efeitos fiscais. A
Sucursal Financeira Exterior na Região Autónoma da Madeira beneficia, ao abrigo do artigo
34º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, de isenção de IRC até 31 de Dezembro de 2011. Para
efeitos da aplicação desta isenção, de acordo com o disposto na Portaria nº 555/2002, de 4 de
Junho, considera-se que pelo menos 80% do lucro tributável da actividade global da Caixa
Central é resultante de actividades exercidas fora do âmbito institucional da zona franca da
Madeira. Este regime é aplicável desde 1 de Janeiro de 2003.
O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os
impostos diferidos.
O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do
resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou
proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros
períodos.
Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos
futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de
balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro
tributável.
Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças
temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao
montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a
utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No
entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:
45
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
•
Diferenças temporárias resultantes de goodwill;
•
Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos
em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;
•
Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por
empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de
controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num
futuro previsível.
Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem
em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas
ou substancialmente aprovadas na data de balanço.
Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do
exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas
noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros
disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por
contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.
m)
Locação financeira
Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido,
sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro
dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.
46
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
3.
INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS
A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras teve um
impacto global positivo/ negativo nos capitais próprios da Caixa em 1 de Janeiro de 2007 no
montante de 0 Euros, em relação ao valor apresentado nas últimas demonstrações financeiras
preparadas de acordo com o PCSB resultante dos seguintes efeitos:
Valor
Bruto
Impacto
Fiscal
Valor
Líquido
Capitais próprios em 1 de Janeiro de 2007 de acordo com o PCSB
6.001.715
Impacto da adoção dos IAS/IFRS, excluindo IAS 32 e IAS 39:
Activos tangíveis e imparidade
IAS 16 e 36
Activos intangíveis
IAS 38
Responsabilidades com pensões
IAS 19
Prémio de antiguidade
IAS 19
Encargos com saúde
IAS 19
Impostos diferidos
IAS 12
Provisões
IAS 37
Activos detidos para venda
IFRS 5
(…)
Aplicação do IAS 32 e do IAS 39
Títulos de capital
Diferimento de comissões associadas a operações de crédito
Reavaliação de instrumentos financeiros derivados
De cobertura
De negociação
Impacto na valorização dos elementos cobertos por derivados de cobertura
Mais valias potenciais
Reconhecimento de títulos detidos até à maturidade ao custo amortizado
IAS 39
(…)
-
Capitais próprios em 1 de Janeiro de 2007 de acordo com as NCA
4.
-
-
6.001.715
RELATO POR SEGMENTOS
Não aplicável
A totalidade dos elementos do balanço e da demonstração dos resultados da CCAM resultaram
de operações efectuadas em Portugal.
Os segmentos de negócio devem ser definidos por cada Caixa.
No entanto, na generalidade dos casos deverá corresponder à Banca Comercial e
consequentemente a apresentação deste quadro não seria aplicável.
47
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
5.
CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Caixa:
Moedas nacionais
Moedas estrangeiras
31-12-2010
31-12-2009
557.118
54.109
611.227
357.743
19.455
377.198
-
-
-
-
-
-
611.227
377.198
Depósitos à Ordem no Banco de Portugal
Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro:
Depósitos à ordem
Cheques a cobrar
Outras disponibilidades
Juros a receber
De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central
Europeu, a partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos EstadosMembros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos
Bancos Centrais Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos
em bancos centrais e em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro
e todos os depósitos de clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de
2% e abatido um montante de 100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à
média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos
Centrais.
48
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
6.
DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2010
Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:
Depósitos à ordem
Cheques a cobrar
Outras disponibilidades
Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro:
Organismos financeiros internacionais
(….)
Sucursais de outras instituições de créditos nacionais
Depósitos à ordem
(….)
Outras instituições de crédito
Depósitos à ordem
(….)
Juros a Receber
7.
31-12-2009
339.442
149.356
488.798
1.170.064
587.163
1.757.227
-
-
-
-
-
-
224
224
489.022
1.757.451
ACTIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
Não existem activos desta natureza.
8.
OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS
Não existem activos desta natureza.
49
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
9.
ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2010
Títulos
Emitidos por residentes
Instrumentos de dívida
Instrumentos de capital
Outros
652.932
672.820
1.500
1.500
Emitidos por não residentes
Instrumentos de dívida
Instrumentos de capital
-
Outros
Crédito e outros valores a receber
Imparidade
31-12-2009
-
(1.500)
(1.500)
652.932
672.820
50
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2010
Aplicações em Instituições de Crédito no País:
No Banco de Portugal:
Mercado monetário interbancário
Depósitos
Empréstimos
Operações de compra com acordo de revenda
Outras aplicações
Em outras instituições de crédito:
Mercado monetário interbancário
Aplicações a muito curto prazo
Depósitos
Empréstimos
Operações de compra de acordo com revenda
Aplicações subordinadas
Outras aplicações
31-12-2009
-
-
14.600.581
61.081
14.661.662
17.738.414
36.898
17.775.312
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
14.661.662
17.775.312
-
-
14.661.662
17.775.312
Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro:
Bancos Centrais:
(….)
Organismos financeiros internacionais:
(….)
Sede e sucursais da própria instituição:
Aplicações a muito curto prazo
(….)
Sucursais de outras instituições de crédito nacionais:
Aplicações a muito curto prazo
(….)
Em outras instituições de crédito:
Aplicações a muito curto prazo
(….)
Correcções de valor de activos que sejam
objecto de operações de cobertura
Provisões
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os prazos residuais das aplicações em instituições de
crédito apresentavam a seguinte estrutura:
Até três meses
Entre três meses e um ano
Entre um ano e três anos
Entre três e cinco anos
Mais de cinco anos
Juros a receber
31-12-2010
31-12-2009
9.300.000
4.005.581
1.200.000
95.000
10.500.000
7.238.414
17.738.414
36.898
17.775.312
14.600.581
61.081
14.661.662
51
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
11. CRÉDITO A CLIENTES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2010
Crédito interno
Médio e longo prazos
Empréstimos à habitação bonificado
Empréstimos à habitação regime geral
Empréstimos com garantia real
Empréstimos sem garantia real
Contratos de locação financeira
Clientes
CCAM
Empresas do grupo
Empréstimos subordinados (CA Seguros)
Curto prazo
Outros créditos
Cartão crédito
Outros créditos
Créditos em conta corrente
Clientes
Empresas do grupo
Descobertos em depósitos à ordem
Empresas do grupo
Outros residentes
31-12-2009
-
-
-
-
-
-
-
32.448.547
Crédito ao exterior
Médio e longo prazo
Empréstimos
Curto prazo
Outros créditos
Descobertos dep.ordem - não residentes
Outros créditos a clientes
Juros a receber
Comissões associadas ao custo amortizado:
Despesas com encargo diferido
Receitas com rendimento diferido
-
324.890
367.219
(47.591)
(47.591)
(30.616)
(30.616)
Correcções de valor dos activos
que sejam objecto de cobertura
Total crédito não vencido
Crédito e juros vencidos
Crédito vencido
Juros vencidos
Total crédito e juros vencidos
CRÉDITO A CLIENTES (BRUTO)
Provisões
Para crédito e juros vencidos
Para crédito de cobrança duvidosa
CRÉDITO A CLIENTES (LÍQUIDO)
31.295.541
32.725.847
31.632.144
1.355.791
35.818
1.391.609
34.117.456
1.138.459
34.265
1.172.724
32.804.868
(844.970)
(919.084)
(1.764.054)
(334.182)
(895.062)
(1.229.244)
32.353.402
31.575.624
52
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispunha em 31 de
Dezembro de 2007 e 2006 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de
199519 Euros, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30) e que em 31 de Dezembro
de 2010 ascende a 807.921 Euros.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a
seguinte estrutura:
Até três meses
Entre três meses e um ano
Entre um ano e três anos
Entre três e cinco anos
Mais de cinco anos
31-12-2010
31-12-2009
3.130.989
3.671.407
2.693.757
2.693.757
20.163.493
32.353.402
5.256.334
5.959.971
2.677.438
2.677.438
15.004.443
31.575.624
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a composição de créditos a clientes por sectores de
actividade é a seguinte:
Agricultura
Alimentos, bebidas e tabaco
Comércio
Construção
Engenharia
Madeira e cortiça
Serviços
Têxtil
Transportes e comunicações
Particulares:
Habitação
Consumo
Outros
31-12-2010
31-12-2009
-
-
32.353.402
-
31.575.624
12. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE
Não existem investimentos desta natureza.
13. ACTIVOS COM ACORDO DE RECOMPRA
Não existem activos desta natureza.
53
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
14. DERIVADOS DE COBERTURA
A Caixa não realiza operações de derivados no âmbito da sua actividade, para cobertura de
posições.
Nos exercícios em análise, não existem saldos contabilísticos de elementos cobertos nem dos
respectivos instrumentos de cobertura.
15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
Activos não correntes detidos para venda:
Imóveis
Equipamento
Outros
31-12-2010
31-12-2009
484.656
5.557
394.656
5.557
400.213
490.213
Outros activos não correntes detidos para venda:
Filiais
Associadas
Outros activos não correntes detidos para venda
Imparidade:
Imóveis
Equipamento
Outros
490.213
400.213
(2.800)
(5.557)
(2.800)
(5.557)
391.856
481.856
O movimento desta rubrica durante os exercícios de 2010 e 2009 pode ser apresentado da
seguinte forma:
31-12-2009
Valor
Utilização
Dotações Reposições
bruto
Imparidade Aquisições Alienações de imparidadede imparidadede imparidade
Activos não correntes detidos para venda
Imóveis
394.656
(2.800)
90.000
Equipamento
5.557
(5.557)
Outros
400.213
(8.357)
90.000
-
31-12-2008
Valor
Utilização
Dotações Reposições
bruto
Imparidade Aquisições Alienações de imparidadede imparidadede imparidade
Activos não correntes detidos para venda
Imóveis
116.800
(2.800)
277.856
Equipamento
5.557
(5.557)
Outros
122.357
(8.357)
277.856
-
31-12-2010
Valor
bruto
Imparidade
Valor
líquido
484.656
5.557
(2.800)
(5.557)
481.856
-
490.213
(8.357)
481.856
31-12-2009
Valor
bruto
394.656
5.557
400.213
Imparidade
(2.800)
(5.557)
(8.357)
Valor
líquido
391.856
391.856
16. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Não existem propriedades desta natureza.
54
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2010
e 2009 foi o seguinte:
Descrição
Imóveis:
De serviço próprio:
Terrenos
Edificios
Outros
Obras em imóveis arrendados
Outros imóveis
Equipamento:
Mobiliário e material
Máquinas e ferramentas
Equipamento informático
Instalações interiores
Material de transporte
Equipamento de segurança
Outro equipamento
31-12-2009
Valor
bruto
Amortizações
acumuladas Imparidade Aquisições
Amortizações
Transferências do exercício Imparidade Regularizações
31-12-2010
Valor
líquido
Alienações
e abates
81.713
614.533
131.794
(326.681)
(2.487)
-
-
-
(10.718)
(2.487)
-
-
-
81.713
277.134
126.820
-
828.040
(329.168)
-
-
-
(13.205)
-
-
-
485.667
114.299
409.807
193.618
179.400
161.262
31.788
7.877
1.098.051
(103.190)
(341.731)
(191.082)
(169.967)
(49.835)
(22.548)
(6.752)
(885.106)
-
6.238
20.887
1.002
25.260
2.020
1.246
56.653
-
(4.290)
(29.836)
(2.194)
(4.364)
(4.435)
(2.881)
(883)
(48.882)
-
20.319
20.319
(20.532)
(20.532)
13.057
58.915
1.344
30.329
106.991
8.379
1.488
220.502
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Equipamento em locação financeira:
Imóveis
Equipamento
Outros activos em locação financeira
Outros activos tangíveis:
(…)
Activos tangíveis em curso
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1.926.091
(1.214.274)
-
56.653
-
(62.087)
-
20.319
(20.532)
706.170
31-12-2008
Descrição
31-12-2009
Valor
Amortizações
bruto
acumuladas
Amortizações
Imparidade
Aquisições
Transferências
do exercício
Imparidade
Regularizações
Alienações
Valor
e abates
líquido
Imóveis:
De serviço próprio:
Terrenos
81.713
-
-
-
-
-
-
-
-
81.713
Edificios
614.533
(315.964)
-
-
-
(10.718)
-
-
-
287.852
Outros
131.794
(2.487)
-
-
-
129.307
-
-
-
Obras em imóveis arrendados
Outros imóveis
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
828.040
(315.964)
-
-
-
(13.205)
-
-
-
498.872
-
Equipamento:
Mobiliário e material
111.818
(99.417)
-
2.481
-
(3.773)
-
-
-
11.109
Máquinas e ferramentas
376.126
(318.459)
-
33681,25
-
(23.272)
-
-
-
68.076
Equipamento informático
192.991
(187.915)
-
627
-
(3.167)
-
-
-
2.536
Instalações interiores
179.400
(166.005)
-
-
(3.963)
-
-
9.433
Material de transporte
161.262
(44.210)
-
111.426
26.495
(19.095)
-
-
9.240
7.877
(5.699)
-
1.055.969
(840.800)
-
Imóveis
-
-
Equipamento
-
-
Outros activos em locação financeira
-
-
(5.625)
-
(3.453)
-
(1.053)
42.082
-
(44.306)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(…)
-
-
Activos tangíveis em curso
-
-
1.884.009
(1.156.764)
Equipamento de segurança
Outro equipamento
5.293
-
-
1.126
-
-
-
212.945
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
42.082
-
(57.511)
-
-
-
711.817
Equipamento em locação financeira:
Outros activos tangíveis:
55
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
18. ACTIVOS INTANGÍVEIS
O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2010 e
2009 foi o seguinte:
Valor
bruto
Descrição
Sistema de tratamento automático de dados (software)
Outros activos intangíveis
Activos intangíveis em curso
129.293
Sistema de tratamento automático de dados (software)
Outros activos intangíveis
Activos intangíveis em curso
(129.293)
129.293
Valor
bruto
Descrição
31-12-2009
Amortizações
acumuladas Imparidade Aquisições Transferências
(129.293)
-
3.900
3.900
-
31-12-2008
Amortizações
acumuladas Imparidade Aquisições Transferências
129.293
(129.293)
129.293
(129.293)
-
-
Amortizações
Alienações
do exercício Imparidade Regularizações e abates
(1.583)
(1.583)
-
-
-
Amortizações
Alienações
do exercício Imparidade Regularizações e abates
-
-
-
-
-
19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica “investimentos em filiais” tem a
seguinte composição:
Empresa
Sector de actividade
CA Informática
Financeiro
CA SegurosFinanceiro
CA Vida
Financeiro
CCCAM
Financeiro
FENACAM
Sede
LISBOA
LISBOA
LISBOA
LISBOA
LISBOA
Participação
efectiva (%)
31-12-2010
<1
<1
<1
<1
<1
Valor de
balanço
31-12-2010
Valor de
balanço
31-12-2009
7.290,39
50,00
32.972,91
2.096.520,00
9,98
7.290,39
50,00
32.972,91
2.096.520,00
9,98
2.136.843
2.136.843
Em 31 de Dezembro de 2010, os dados financeiros mais significativos retirados das
demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:
Empresa
Crédito Agrícola Informática S. A.
Crédito Agrícola Seguros S.A.
Crédito agrícola Vida S.A.
Caixa Central
Fenacam
Activo
líquido
33.113.585
154.839.987
72.792.809
5.633.234.164
6.515.891
Situação
líquida
5.498.777
22.655.039
45.289.864
147.251.679
3.760.401
Resultado
líquido
146.365
3.096.651
6.107.050
2.268.545
498.046
56
31-12-2010
Valor
líquido
2.317
2.317
31-12-2009
Valor
líquido
-
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO
Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2010
e 2009 eram os seguintes:
Activos por impostos diferidos
Por diferenças temporárias
Em Activos
Em Passivos
Por prejuízos fiscais reportáveis
Passivos por impostos diferidos
Por diferenças temporárias
Activos por impostos correntes
Pagamentos por conta
Outros
Imposto sobre o rendimento a recuperar
Passivos por impostos correntes
Imposto sobre o rendimento a pagar
31-12-2010
31-12-2009
232.047
23.581
255.628
220.719
21.649
242.368
-
-
255.628
242.368
29.231
29.231
131.943
131.943
-
-
29.231 -
131.943
57
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2010 e 2009
foi o seguinte:
2010
Saldo
em
31-12-2009
Adopção da
IAS 39
Variação
Variação
Variação
Saldo
em
Resultados
em Resultados
Transitados
em
Reservas
em
31-12-2010
. Activos tangíveis e imparidade
-
-
-
-
-
. Activos intangíveis
-
-
-
-
-
-
17.272
-
(7.217)
-
-
10.055
1.140
-
5.087
-
-
6.227
118.751
-
30.547
-
-
149.298
87.022
-
(10.573)
-
-
76.449
Provisões para riscos bancários gerais
-
-
-
-
-
-
Provisão para aplicações financeiras
-
-
-
-
-
-
Provisões para imóveis
-
-
-
-
-
-
-
6.300
-
-
6.300
18.184
-
(10.884)
-
-
7.300
Reformas antecipadas
-
-
-
-
-
-
Desvios actuariais
-
-
-
-
-
-
Contribuição efectuada
-
-
-
-
-
. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente
-
-
-
-
-
-
. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados
-
-
-
-
-
-
. Valias fiscais
-
-
-
-
-
-
. Prejuízos fiscais reportáveis
-
-
-
-
-
-
. Comissões
-
-
-
-
-
-
. Correcções no justo valor dos elementos cobertos
-
-
-
-
-
-
. Valorização dos activos disponíveis para venda
-
-
-
-
-
-
. Carteira de títulos detidos até à maturidade
-
-
-
-
-
-
242.369
-
13.259
-
-
255.628
. Prémio de antiguidade
. Encargos com saúde
. Provisões não aceites fiscalmente:
Provisões para cobrança duvidosa
Provisões para crédito vencido
-
Provisões para riscos gerais de crédito
Provisões para outras aplicações
Provisões para outros riscos e encargos
. Pensões
(…)
(…)
-
2009
Saldo
em
31-12-2008
Adopção da
IAS 39
Variação
Variação
Variação
Saldo
em
Resultados
em Resultados
Transitados
em
Reservas
em
31-12-2009
. Activos tangíveis e imparidade
-
-
-
-
-
. Activos intangíveis
-
-
-
-
-
-
15.498
-
1.774
-
-
17.272
1.140
-
-
-
-
1.140
118.751
-
-
-
118.751
77.601
-
9.421
-
-
87.022
Provisões para riscos gerais de crédito
-
-
-
-
-
-
Provisões para riscos bancários gerais
-
-
-
-
-
-
Provisão para aplicações financeiras
-
-
-
-
-
-
Provisões para imóveis
-
-
-
-
-
-
Provisões para outras aplicações
-
-
-
-
-
-
18.184
-
-
-
18.184
Reformas antecipadas
-
-
-
-
-
-
Desvios actuariais
-
-
-
-
-
-
Contribuição efectuada
-
-
-
-
-
-
. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente
-
-
-
-
-
-
. Reavaliação de instrumentos financeiros derivados
-
-
-
-
-
-
. Valias fiscais
-
-
-
-
-
-
. Prejuízos fiscais reportáveis
-
-
-
-
-
-
. Comissões
-
-
-
-
-
-
. Correcções no justo valor dos elementos cobertos
-
-
-
-
-
-
. Valorização dos activos disponíveis para venda
-
-
-
-
-
-
. Carteira de títulos detidos até à maturidade
-
-
-
-
-
-
231.174
-
11.195
-
-
242.369
. Prémio de antiguidade
. Encargos com saúde
. Provisões não aceites fiscalmente:
Provisões para cobrança duvidosa
Provisões para crédito vencido
Provisões para outros riscos e encargos
-
. Pensões
(…)
(…)
-
58
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal,
medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de
impostos, podem ser apresentados como se segue:
31-12-2010
Impostoscorrentes
Impostossobreoslucrosdoexercício
Correcçõesdeimpostosrelativasaexercíciosanteriores
31-12-2009
81.971
65.316
16.655
81.971
(171.109)
115.508
(286.617)
(171.109)
13.260
13.260
(11.195)
(11.195)
Total deimpostosreconhecidosemresultados
68.711
(182.304)
Lucroantesdeimpostos
87.772
423.624
Cargafiscal
78,28%
-43,03%
Impostosdiferidos
Registoereversãodediferençastemporárias
Prejuízosfiscaisreportáveis
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção
por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as
declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2006 a 2009 poderão vir ainda a ser sujeitas a
revisão e a matéria colectável a eventuais correcções.
Contudo, na opinião da Direcção da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com
impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2010.
A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto nos exercícios de 2010 e 2009
pode ser demonstrada como segue:
31-12-2010
Taxa de
imposto
Montante
Resultado antes de impostos
Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal
Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidos
Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais
Diferimento de comissões
Activos não correntes detidos para venda
Activos tangíveis e intangíveis
Por diferenças temporárias em passivos
Por diferenças temporárias em acrivos
(…)
Diferenças permanentes
Mais valias na venda de participações financeiras
Mais valias na venda de outros activos tangíveis
Variações patrimoniais negativas
Outras diferenças permanentes
Tributações autónomas
(…)
Imposto corrente sobre o lucro do exercício
31-12-2009
Taxa de
imposto
Montante
87.772
55,98%
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
(2,20%)
(12,91%)
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
18,44%
0,00%
49.134
(1.932)
(11.327)
16.182
423.624
22,73%
115.508
0,00%
0,00%
0,00%
0,00%
(2,02%)
(10,73%)
(1.774)
(9.421)
0,00%
0,00%
0,00%
(326,55%)
0,00%
52.056
Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos
0,00%
Custo com imposto do exercício
59,31%
52.056
(286.617)
(182.304)
0,00%
-316,57%
(182.304)
Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores
16.655
-
Impostos correntes sobre os lucros
68.711
(182.304)
59
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
21. OUTROS ACTIVOS
Esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2010
31-12-2009
86.760
86.760
69.049
69.049
1.153
1.153
1.186
1.186
288
159
288
159
2.256
42.444
64.651
2.787
54.074
75.426
109.351
132.287
271.638
31.949
275.284
41.044
303.587
316.329
(5.560)
(5.560)
(35.560)
(35.560)
495.578
483.449
Devedores e outras aplicações
Outros devedores diversos
(….)
Outros Activos
Outros metais preciosos, numinismática e
medalhistica
(….)
Rendimentos a receber
Outros rendimentos a receber
Despesas com encargo diferido
Fundo de Pensões
Seguros
(…)
Outras - SAMS
Valores a regularizar
Operações cambiais a liquidar
Operações activas a regularizar
Outras operações a regularizar
Outras
Imparidade – Outros activos
Outros devedores diversos
(…)
22. RECURSOS DE BANCOS CENTRAIS
Não existem recursos desta natureza
23. PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO
Não existem passivos desta natureza.
24. OUTROS PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS
Não existem passivos desta natureza.
60
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2010
Recursos de instituições de crédito no país
Mercado monetário interbancário
Recursos a muito curto prazo
Depósitos
Empréstimos
Operações de venda com acordo de recompra
Outros recursos
Recursos de instituições de crédito no estrangeiro
Organismos financeiros internacionais
Recursos a muito curto prazo
Depósitos
Empréstimos
Operações de venda com acordo de recompra
Outros recursos
Sucursais de outras instituições de crédito nacionais
Recursos a muito curto prazo
Depósitos
Empréstimos
Operações de venda com acordo de recompra
Outros recursos
Outras instituições de crédito
Recursos a muito curto prazo
Depósitos
Empréstimos
Operações de venda com acordo de recompra
Outros recursos
Correcções de valor de activos que sejam objecto
de operações de cobertura
Juros a pagar
31-12-2009
742
-
831
-
742
831
-
-
-
-
-
-
-
-
25
69
768
900
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o prazo residual dos recursos de outras instituições de
crédito apresenta a seguinte estrutura:
Até três meses
Entre três meses e um ano
Entre um ano e três anos
Entre três e cinco anos
Mais de cinco anos
31-12-2010
31-12-2009
768
768
900
900
61
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Depósitos
À ordem
A prazo
De poupança
Outros recursos de clientes
Cheques e ordens a pagar
Outros
31-12-2010
31-12-2009
17.731.183
19.806.668
4.962.576
16.808.152
22.483.109
6.070.201
5.597
-
104
4.929
103.320
139.065
42.609.345
45.505.560
Juros a pagar
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros
empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:
31-12-2010
31-12-2009
28.827.167
13.293.618
488.560
31.582.276
11.792.398
2.130.886
42.609.345
45.505.560
Até três meses
Entre três meses e um ano
Entre um ano e três anos
Entre três e cinco anos
Mais de cinco anos
27. RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS
Não existem responsabilidades desta natureza.
28. PASSIVOS FINANCEIROS ASSOCIADOS A ACTIVOS TRANSFERIDOS
Não existem passivos desta natureza.
29. PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
Não existem passivos desta natureza.
62
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
30. PROVISÕES E IMPARIDADE
O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante os exercícios de 2010 e
2009 foi o seguinte:
Saldos em
31-12-2009
Provisões para créditos sobre clientes e aplicações
em instituições de crédito:
- Créditos de cobrança duvidosa
- Crédito e juros vencidos
- Risco-país
Provisões:
- Riscos gerais de crédito
- Outros riscos e encargos
- Riscos bancários gerais
Imparidade
- Imparidade de outros activos financeiros
- Imparidade de outros activos:
Activos não correntes detidos para venda
Outros activos tangíveis
Outros activos
Provisões:
- Riscos gerais de crédito
- Outros riscos e encargos
- Riscos bancários gerais
Imparidade
- Imparidade de outros activos financeiros
- Imparidade de outros activos:
Activos não correntes detidos para venda
Outros activos tangíveis
Outros activos
Utilizações Transferências
Saldos em
31-12-2010
895.062
334.182
1.229.244
76.664
833.887
910.551
(52.642)
(320.257)
(372.899)
(2.842)
(2.842)
-
919.084
844.970
1.764.054
318.292
318.292
31.902
31.902
(22.441)
(22.441)
-
-
327.753
327.753
1.500
-
-
-
43.917
42.940
88.357
-
(30.000)
-
-
(30.000)
1.635.893
942.453
(395.340)
(32.842)
Saldos em
31-12-2008
Provisões para créditos sobre clientes e aplicações
em instituições de crédito:
- Créditos de cobrança duvidosa
- Crédito e juros vencidos
- Risco-país
Reposições e
anulações
Reforços
Reposições e
anulações
Reforços
1.500
-
13.917
42.940
58.357
2.150.164
Utilizações Transferências
Saldos em
31-12-2009
905.094
188.723
1.093.817
60.453
546.725
607.178
(46.366)
(409.347)
(455.713)
(16.038)
(16.038)
(24.119)
24.119
-
895.062
334.182
1.229.244
296.122
296.122
53.178
53.178
(31.010)
(31.010)
-
-
318.290
318.290
1.500
-
-
-
6.857
80.000
86.857
-
-
-
-
1.476.796
660.356
(486.723)
1.500
-
37.060
(37.060)
-
43.917
42.940
86.857
(16.038)
-
1.634.391
63
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
31. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL
Não existem instrumentos desta natureza.
32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS
Não existem passivos desta natureza.
33. OUTROS PASSIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2010
Credores e outros recursos
Credores por operações sobre futuros
Recursos diversos
Sector Público Administrativo
Retenção de impostos na fonte
Contribuições para a Segurança Social
Imposto sobre o Valor Acrescentado
Cobranças por conta de terceiros
Contribuições para outros sistemas de saúde
Credores diversos:
Contribuições a entregar – Fundo de Pensões
Credores por fornecimentos de bens
Outros credores - Diversos
Outros credores - Empresas do grupo
Encargos a pagar - Outros
Por capitais próprios e equiparados
Comissões por operações sobre instrumentos financeiros
Por gastos com pessoal:
Provisão para férias e subsídio de férias
Prémio de antiguidade
SAMS
Subsídio de morte
Remunerações variáveis
Outros
Por gastos gerais administrativos
Outros
Receitas com rendimento diferido - Outras
Comissões sobre garantias prestadas
(….)
Valores a regularizar
Posição cambial
Operações sobre valores mobiliários a regularizar
Outras operações a regularizar:
Operações passivas a regulizar
Outras operações a regularizar - Compensação
Outras operações a regularizar -meios elec.pagamento
Outras operações a regularizar - Efeitos
31-12-2009
104
44.742
11.133
1.193
32.329
172
89.672
104
63.753
10.501
765
923
2.951
39.800
132.010
1.596
252.405
-
-
89.460
59.147
81.753
65.176
148.607
146.929
3.466
3.466
10.614
10.614
-
-
32.568
45.309
64.124
5000
147.001
362.469
67.439
50.265
263
480.436
388.747
890.383
64
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS
Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se
registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:
31-12-2010
Garantias prestadas e outros passivos eventuais
Garantias e avales prestados
Aceites e endossos
Créditos documentários abertos
Outros passivos eventuais
Compromissos perante terceiros
Contratos a prazo de depósitos
Por linhas de crédito
Compromissos irrevogáveis
Compromissos revogáveis
Por subscrição de títulos
Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores
31-12-2009
865.731
-
734.228
-
-
-
3.515.440
1.982.487
3.798.806
-
735.027
107.185
-
623.012
111.278
-
7.205.870
5.267.324
Responsabilidades por prestação de serviços
Depósito e guarda de valores
Valores recebidos para cobrança
Valores administrados pela instituição
Outras
35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a estrutura accionista da Caixa é a seguinte:
31-12-2010
N º de
acções
%
Títulos de Capital por entrada em dinheiro
Títulos de Capital por incorporação Reservas
31-12-2009
N º de
acções
%
45.740
3%
45.749
1.402.353
97%
1.307.673
97%
1.353.422
100,00%
1.448.093
7.240.465
100,00%
3%
6.767.110
Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B,
nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem
para a aquisição de acções próprias.
65
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO
EXERCÍCIO
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 as rubricas de reservas e resultados transitados têm a
seguinte composição:
31-12-2010
Reservas de reavaliação:
Reservas resultantes da valorização ao justo valor:
De activos financeiros disponíveis para venda
De investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
(…)
Reservas de reavaliação do imobilizado
Reservas por impostos diferidos
De activos financeiros disponíveis para venda
(…)
Outros instrumentos de capital
Reserva legal
Outras reservas
Resultados transitados
Lucro do exercício
31-12-2009
110.614
110.614
110.614
110.614
2.142.494
4.988
(11.306)
2.136.176
19.061
2.265.852
2.021.272
4.988
(11.306)
2.014.954
605.928
2.731.496
Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo
Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à
concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados
transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não
inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante.
Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar
o capital.
66
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2010
Juros de disponibilidades em bancos centrais
Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito
Disponibilidades sobre instituições de crédito no país
Juros de outras disponibilidades
Juros de aplicações em instituições de crédito
Aplicações em instituições de crédito no país
Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro
Crédito não representado por valores mobiliários
Crédito interno
Empresas e administrações públicas
Desconto e outros créditos titulados por efeitos
Empréstimos
Créditos em conta corrente
Descobertos em depósitos à ordem
(….)
Outros créditos:
Particulares
Habitação
Outros créditos
Consumo
Operações de locação financeira
Outros créditos
Outras finalidades
Desconto e outros créditos titulados por efeitos
Empréstimos
Créditos em conta corrente
Descobertos em depósitos à ordem
Crédito externo
Empresas e administrações públicas
Descobertos em depósitos à ordem
Outros créditos
Particulares
Habitação
Consumo
Operações de locação financeira
Outros créditos
Outras finalidades
Desconto e outros créditos titulados por efeitos
Empréstimos
Créditos em conta corrente
Descobertos em depósitos à ordem
Outros créditos
Outros juros e rendimentos similares
Juros de crédito vencido
Juros de activos financeiros disponíveis para venda
31-12-2009
3.160
-
4.681
-
196.651
199.811
445.864
450.545
21.017
435.673
129.976
30.684
14.159
461.149
130.837
27.655
-
-
80.971
125.570
194.301
11.095
600.712
34.509
24.240
1.563.177
185.770
17.870
759.738
35.368
29.775
1.787.890
1
-
-
-
-
1
7
7
77.451
10.633
88.085
124.507
16.023
140.530
1.851.075
2.378.972
67
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Juros de recursos de outras instituições de crédito
no país
no estrangeiro
Juros de recursos de clientes e outros empréstimos
Juros de passivos financeiros de negociação
instrumentos financeiros derivados
Juros de derivados de cobertura
Juros de passivos subordinados
Outras comissões pagas:
operações de crédito
Outros juros e encargos similares
31-12-2010
31-12-2009
1.680
409.673
2.265
786.026
-
-
411.353
788.291
39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Activos financeiros disponíveis para venda
Emitidos por residentes
Emitidos por não residentes
Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
No país
Investimentos em filiais
Investimentos em associadas
Investimentos em empreendimentos conjuntos
No estrangeiro
Investimentos em filiais
Investimentos em associadas
Investimentos em empreendimentos conjuntos
Outros instrumentos de capital
31-12-2010
31-12-2009
-
-
1.122
-
1
-
1.122
1
-
-
1.122
1
68
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2010 31-12-2009
Por garantias prestadas
Garantias e avales
Fianças e indemnizações (contragarantias)
Créditos documentários abertos
Outras garantias prestadas
Por compromissos assumidos perante terceiros
Compromissos irrevogáveis
Linhas de crédito irrevogáveis
Subscrição de títulos
Outros compromissos irrevogáveis
Compromissos revogáveis
Por operações sobre instrumentos financeiros
Operações de crédito
Outras operações sobre instrumentos financeiros
Por serviços prestados
Depósito e guarda de valores
Cobrança de valores
Administração de valores
Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários
Comissão de gestão
Comissão de emissão de unidades de participação
Comissão de resgate de unidades de participação
Transferência de valores
Gestão de cartões
Anuidades
Montagem de operações
Operações de crédito
Por operações de factoring
Outras operações de crédito-comis.abertura
Outras operações de crédito-comis.processamento
Outras operações de crédito-comis.outras
Outros serviços prestados (8139)
Por operações realizadas por conta de terceiros
Sobre títulos
Em operações de Bolsa
Em operações fora de Bolsa
Outras operações realizadas por conta de terceiros
Outras comissões recebidas (818)
20.469
601
21.070
17.368
1.041
18.409
7.561
7.561
5.701
5.701
-
-
552
-
1.053
-
11.529
615
20.819
-
6.815
485
18.276
-
8.100
16.480
101.955
241.010
401.061
5.633
19.226
91.610
256.986
400.083
143
143
-
149.218
81.461
579.052
505.654
69
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2010
Por garantias recebidas
Por compromissos assumidos por terceiros
Por serviços bancários prestados por terceiros
Depósito e guarda de valores
Operações de crédito
Cobrança de valores
Administração de valores
Outros serviços bancários prestados por
terceiros
Por operações realizadas por terceiros
Outras comissões pagas
31-12-2009
-
-
2.938
-
3.560
-
59.291
303
62.532
55.097
58.658
42. RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AVALIADOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE
RESULTADOS
Não existem resultados desta natureza.
43. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Não existem resultados desta natureza.
44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Operações cambiais à vista
Operações cambiais a prazo
31-12-2010
31-12-2009
3.612
3.612
851
851
70
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Resultados em activos não financeiros
Outros activos tangíveis
(…)
Resultados em investimentos em filiais, associadas e
empreendimentos conjuntos
31-12-2010
31-12-2009
(213)
-
-
-
-
(213)
-
46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO
Estas rubricas têm a seguinte composição:
31-12-2010
31-12-2009
Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
(….)
-
-
-
-
5.257
11.717
46.125
59.669
7.516
24.482
143.050
82.584
52.041
4.151
32.121
182.614
(25.614)
(34.835)
(48.183)
(108.633)
(35.033)
(68.404)
(80.341)
(183.778)
34.417
(1.164)
Ganhos em activos não financeiros
(….)
Outros rendimentos de exploração
Rendas de locação operacional
Ganhos em operações descontinuadas
Reembolso de despesas
Recuperação de créditos, juros e despesas
Recuperação de créditos incobráveis
Recuperação de juros e despesas de crédito vencido
Rendimentos da prestação de serviços diversos
Outros
Outros encargos de exploração
Quotizações e donativos
Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo
Outros encargos e gastos operacionais
71
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
47. CUSTOS COM PESSOAL
Esta rubrica tem a seguinte composição:
31-12-2010
31-12-2009
100.040
445.878
121.788
518.984
11.630
7.755
96.753
27.558
-
93.010
27.200
-
9.521
10.680
-
Encargos sociais facultativos
-
-
Outros custos com pessoal:
Indemnizações contratuais
Outros
2.423
-
693.803
779.416
Salários e vencimentos
Órgãos de Gestão e Fiscalização
Empregados
Encargos sociais obrigatórios
Fundos de Pensões (Nota 18)
Encargos relativos a remunerações:
Caixa de Abono de Família
Segurança Social
SAMS
Outros
Outros encargos sociais obrigatórios:
Subsídio por morte
Outros
Outros
O número médio de colaboradores da Caixa em 2010 e 2009 apresenta a seguinte composição:
2010
Administração
Chefias e gerência
Quadros técnicos
Administrativos
Outros
2009
3
4
3
7
1
3
4
2
8
1
A política de remunerações em vigor para os órgãos sociais da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de
Ferreira do Alentejo é a seguinte:
Conselho Fiscal
A forma de remuneração adoptada consiste no pagamento de uma remuneração fixa, a título de
senhas presença por cada reunião do Órgão a que estiverem presentes.
72
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
Conselho de Administração
A forma de remuneração adoptada em relação aos elementos executivos consiste no pagamento de
uma remuneração fixa mensal, indexada por cargo, a um percentual sobre o nível 18 do ACT para o
Crédito Agrícola, multiplicada por 14 meses por ano.
A forma de remuneração adoptada em relação aos elementos não executivos consiste no
pagamento de uma remuneração fixa, a título de senhas presença por cada reunião do Órgão a que
estiverem presentes.
Revisor Oficial de Contas
Remuneração de acordo com contrato celebrado entre as partes, datado de 17 de Março de 2010 e
coincidente, em termos de duração, com o mandato dos restantes órgãos.
Assim se divulgam, de acordo com o estabelecido no artigo 3.º da Lei n.º 28/2009 de 19 de Junho,
as remunerações auferidas pelos respectivos Órgãos e elementos:
Conselho Fiscal
Presidente do Conselho Fiscal
Vogal do Conselho Fiscal
Vogal do Conselho Fiscal
Fixa
1.633,92 €
1.255,44 €
1.633,92 €
Remuneração
Variável
- €
- €
- €
Total
1.633,92 €
1.255,44 €
1.633,92 €
4.523,28 €
Conselho de Administração
Presidente do Conselho de Administração
Tesoureiro do Conselho de Administração
Secretário do Conselho de Administração
Fixa
49.560,56 €
7.080,32 €
38.123,54 €
Remuneração
Variável
- €
- €
- €
Total
49.560,56 €
7.080,32 €
38.123,54 €
94.764,42 €
Revisor Oficial de Contas
Fixa
Revisor Oficial de Contas
11.070,00 €
Remuneração
Variável
Total
- €
11.070,00 €
11.070,00 €
73
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS
Esta rubrica tem a seguinte composição:
Água energia e combustíveis
Material de consumo corrente
Publicações
Material de higiene e limpeza
Outros fornecimentos de terceiros
Com serviços:
Rendas e alugueres
Comunicações
Deslocações, estadas e representação
Publicidade e edição de publicações
Conservação e reparação
Transportes
Formação de pessoal
Seguros
Serviços especializados:
Avenças e honorários
Judiciais contencioso e notariado
Informática
Segurança e vigilância
Limpeza
Informações
Bancos de dados
Mão de obra eventual
Outros serviços especializados:
Estudos e consultas
Consultores e auditores externos
Tratamento de valores
Multibanco
Avaliadores externos
(…)
Outros serviços de terceiros
30.384
20.675
986
2.082
8.825
62.953
30.770
40.704
879
1.451
9.172
82.976
14.448
59.859
29.283
37.355
16.421
6.857
4.687
11.520
15.850
60.408
49.114
35.933
23.217
6.683
3.203
11.222
54.465
8.960
158.718
112
8.840
-
61.663
10.073
160.419
75
7.532
-
21.726
25.237
5.908
28.663
8.758
58.794 *
523.191
37.393
520.206
586.144
603.182
74
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
49. ENTIDADES RELACIONADAS
Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de
Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os
seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:
2010
2009
Associadas Coligadas
Outras
empresas do
Grupo
Total
Associadas
Coligadas
Outras
empresas do
Grupo
767.081
Activos:
Disponibilidades em outras instituições de crédito
-
-
445.171
445.171
-
-
Activos financeiros detidos para negociação
-
-
-
-
-
-
-
Activos financeiros disponíveis para venda
-
-
652.932
652.932
-
-
672.820
Aplicações em instituições de crédito
-
-
14.600.581
14.600.581
-
-
17.775.312
Crédito a clientes
-
-
-
-
-
-
-
Outros activos
-
71.101
210
71.311
67.836
-
260
-
Passivos:
Passivos financeiros detidos para negociação
-
-
Recursos de outras instituições de crédito
-
-
Recursos de clientes e outros empréstimos
-
-
Responsabilidades representadas por títulos
-
-
Passivos subordinados
-
Outros passivos
-
19.727 K
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
1.041
20.768
-
345
1.252
Custos:
Juros e encargos similares
-
-
1.680
1.680
-
-
2.262
Encargos com serviços e comissões
-
-
62.234
62.234
-
-
5.109
Resultados de activos e passivos avaliados
ao justo valor através de resultados
-
Gastos gerais administrativos
-
-
-
-
-
-
253.330
21.377
274.707
11.222
199.465
5.317
Proveitos:
Juros e rendimentos similares
Rendimentos de instrumentos de capital
Rendimentos de serviços e comissões
Outros resultados de exploração
-
198.747
198.747
1.122
-
1.122
1
-
449.107
-
127.567
10.785
138.352
144.267
-
2.393
(5.184)
-
(5.184)
-
19.662
1.813
Extrapatrimoniais:
Garantias prestadas e outros passivos eventuais:
-
-
-
-
-
-
-
Garantias recebidas
-
-
12.500
12.500
-
-
-
Compromissos perante terceiros
-
-
-
-
-
-
-
As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de
mercado nas respectivas datas.
75
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
50. PENSÕES DE REFORMA
Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a
empregados no activo e aos já reformados foram efectuados estudos actuariais pelo Crédito
Agrícola Vida – Companhia de Seguros, S.A.
Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM
FERREIRA DO ALENTEJO com referência a 31 de Dezembro de 2010 e de 2009 foram os
seguintes:
31/12/2010
31/12/2009
5,5%
4,28%
2,5%
1,75%
5,5%
5,52%
3%
2%
TV – 88/90
EVK 80
65
“Projected
Unit Credit”
TV – 88/90
EVK 80
65
“Projected
Unit Credit”
Pressupostos financeiros:
Taxa de desconto
Taxa de rendimento
Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios
Taxa de crescimento das pensões
Pressupostos demográficos
Tábua de mortalidade
Tábua de invalidez
Idade de reforma
Método de avaliação
Em 31 de Dezembro de 2010, o valor actual das responsabilidades com complemento de pensões de
reforma e respectiva cobertura, são as seguintes:
31-12-2010
F.2010 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados
F.1.
Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores
229.394
95.010
F.2.
Com licenças sem vencimento
0
F.3.
Com pré-reformados
0
F.4.
Com pensões em pagamento
134.384
O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM
FERREIRA DO ALENTEJO é o que a seguir se apresenta:
G.1.
+ Custo do serviço corrente
G.2.
+ Custo dos juros
G.3.
- Rendimento esperado dos activos do Fundo de Pensões
G.4.Ano
+/- (Ganhos) e Perdas actuariais
+ Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas
antecipadas
= Acréscimo anual de responsabilidades
G.5.
G.6.
6.412
13.545
8.860
-20.113
0
-9.017
76
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM FERREIRA DO
ALENTEJO foi o seguinte:
A.4.2009 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2009
H.1.
(+) Contribuições efectuadas
H.1.1.
Pela CCAM FERREIRA DO ALENTEJO
H.1.2.
Pelos empregados
208.932
6.096
0
6.096
H.2.
(+) Capitais recebidos de seguro
H.3.
(+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido)
4.207
H.4.
(-) Prémios de seguro pagos
2.704
H.5.
(-) Pensões pagas pelo fundo de pensões
H.5.1.
Por reformas antecipadas
H.5.2.
Outros
H.6.
(-) SAMS pago pelo fundo de pensões
H.7.2010 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2010
H.8.
Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2010
(H.7.2010 – A.4.2009)
0
11.483
0
11.483
4.144
200.903
-8.029
O movimento ocorrido durante o exercício de 2010 relativo ao valor actual das responsabilidades
por serviços passados foi o seguinte:
F.2009
(+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2009
G.1.
(+) Custo do serviço corrente
G.1.1.
Custo do serviço corrente da Entidade
H.1.2.
Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados
G.2.
(+) Custo dos juros
G.4.1.
(+/-) (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades
(+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas
antecipadas
(-) Pensões pagas pelo fundo de pensões
G.5.
H.5.
H.5.1.
Por reformas antecipadas
H.5.2.
Outros
249.831
6.412
316
6.096
13.545
-24.767
0
11.483
0
11.483
H.6.
(-) SAMS pago pelo fundo de pensões
F.2010
(=) Responsabilidades totais em 31-12-2010
229.394
K.
Variação nas responsabilidades em 2010 (F.2010 – F.2009)
-20.437
4.144
77
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2010, de acordo com o Aviso
4/2005 do Banco de Portugal e de acordo com o ISP, era o seguinte:
F.2010
Valor actual das responsabilidades com serviços passados
I.1.
Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2010
I.2.
Responsabilidades por serviços passados (Aviso 4/2005)
I.3.
Nível de cobertura (Aviso 4/2005) (%)
I.4.
Responsabilidades por serviços passados (ISP)
I.5.
Nível de cobertura (ISP) (%)
229.394
49.958
192.893
104
192.893
104
Os ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros
utilizados e os valores efectivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao
rendimento esperado dos fundos de pensões, bem como os resultantes de alterações de
pressupostos actuariais, são diferidos numa rubrica de activo ou passivo (“corredor”), até ao limite
de 10% do valor actual das responsabilidades por serviços passados ou do valor dos fundos de
pensões, dos dois o maior, reportados ao final do ano corrente. Caso os ganhos e perdas actuariais
excedam o valor do corredor, deverá ser reconhecido em resultados, no mínimo, um montante
correspondente ao referido excesso dividido pelo diferencial entre a idade média dos colaboradores
no activo e a idade normal de reforma considerada no estudo actuarial.
Em 31-12-2010 a decomposição do corredor é a seguinte:
J.2010
Corredor 2010
G.4.2009 (saldo)
J.2009
J.1.2009
H.1.2.(acumulado)
(+) Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2009
(Ganhos) e perdas actuariais dentro do corredor
(Ganhos) e perdas actuariais fora do corredor
(-) Transferência das contribuições acumuladas dos
empregados
(-) Amortização de desvios actuariais em 2010
(+/-) Desvios actuariais gerados em 2010
Desvio financeiro [(Ganho)/Perda]
Desvio actuarial [(Ganho)/Perda]
(=) Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2010
(G.4.2009 – J.3.2010 + G.4.Ano)
J.3.2010
G.4.Ano
G.4.2.Ano
G.4.1.
G.4.2010 (Saldo)
22.939
107.411
24.983
82.428
12.973
3.925
-20.113
4.654
-24.767
70.400
J.Dentro_2010
Ganhos e perdas actuariais dentro do corredor
em 31-12-2010
22.939
J.Fora_2010
Ganhos e perdas actuariais fora do corredor em 3112-2010
47.461
J.2.
Tempo de serviço médio futuro dos activos do fundo
J.3.2010
Amortização dos desvios em 2010
21
3.925
78
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros,
com trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:
N.1.2009
N.2.2009
Prémio de Antiguidade
Com trabalhadores no activo
Total
N.1.2010
Prémio de Antiguidade
Com trabalhadores no activo
N.2010
O.1.
0
Com licenças sem vencimento
N.2009
N.2.2010
31-12-2009
65.176
65.176
31-12-2010
59.147
0
Com licenças sem vencimento
Total
Prémio de Antiguidade
Com trabalhadores no activo
59.147
Variação
-6.029
O.2.
Com licenças sem vencimento
0
O.
Com licenças sem vencimento
-6.029
51. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS
A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Ferreira do Alentejo está inscrita no Instituto de
Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º,
alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de
intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a
Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica
ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida –
Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o
Ramo Vida e Fundos de Pensões.
No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e
de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no
encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM.
Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a
CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de
Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas
Seguradoras.
As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração
de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a
pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um
activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações
financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2010,
encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras.
79
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela
CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):
Origem
Seguradora
Ramos Não Vida
Ramo Vida
Fundos de Pensões
Total
CA Seguros
CA Vida
CA Vida
2008
104.986,20
8.459,60
0,00
113.445,80
2009
2010
119.404,80
24.862,54
0,00
144.267,34
90.985,15
36.136,90
444,77
127.566,82
% por Origem
2010
71,3%
28,3%
0,3%
100,0%
A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a
movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há
qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação
de seguros exercida pela CCAM.
52. FUNDOS PRÓPRIOS
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o detalhe dos fundos próprios da Caixa Agrícola
apresenta-se de seguida:
53.
2010
2009
Fundos próprios de base
Fundos próprios complementares
Deduções
7.908.580
438.366
(33.333)
7.212.065
428.905
(16.667)
Fundos próprios totais
7.875.247
7.195.399
Riscos ponderados totais
28.398.888
28.081.034
Rácio TIER I
Rácio TIER II
Rácio de solvabilidade
24,03%
21,74%
-
23,93%
21,69%
DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS
Não aplicável.
80
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
C.C.A.M. DE FERREIRA DO ALENTEJO
RECURSOS ALHEIOS
DEPÓSITOS
À ORDEM
DEPÓSITOS
A PRAZO
DEPÓSITOS
TOTAIS
Montante
Evolução %
Montante
Evolução %
Montante
Evolução %
2005
2006
2007
2008
2009
2010
(Euros)
15.096.510 16.099.299 17.035.846 17.907.486 16.808.152 17.731.183
-15,86%
6,64%
a)
a)
a)
a)
29.384.025 28.201.437 20.143.332 23.798.865 22.493.609 19.806.668
4,84%
-4,02%
a)
a)
a)
a)
44.480.535 44.300.737 37.179.178 41.706.351 39.301.760 37.537.852
-3,24%
-0,40%
a)
a)
a)
a)
APLICAÇÕES
CRÉDITO
Montante
CONCEDIDO
Evolução %
APLICAÇÕES
Montante
EM INST. DE CRÉDITO Evolução %
30.515.833 27.363.261 29.037.423 29.064.242 31.575.624 32.353.402
-0,33%
-10,33%
a)
a)
18.793.591 20.323.812 19.080.494 24.658.226 17.775.312 14.661.662
8,41%
8,14%
a)
a)
a)
a)
RECURSOS PRÓPRIOS OU EQUIPARADOS
CAPITAL SOCIAL
5.726.315
6.001.715
6.202.155
6.490.610
6.767.110
7.240.465
RESERVAS
1.495.272
1.616.210
1.751.562
1.885.267
2.136.874
2.258.096
RESULTADOS TRANSITADOS
0
0
-60.366
-11.306
-11.306
-11.306
RESULTADOS
403.118
390.717
423.217
511.607
605.928
19.061
7.624.705
8.008.642
8.316.568
8.876.178
9.498.606
9.506.317
5,61%
5,04%
3,84%
6,73%
7,01%
0,08%
SITUAÇÃO LIQUIDA
TOTAL
Montante
Evolução %
a) Por via da transição para as NCA’s a comparabilidade nesta rubrica não é fiável pelo que se opta
por descontinuá-la
81
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
DEPÓSITOS
50.000.000
40.000.000
30.000.000
DEPÓSITOS À ORDEM
20.000.000
DEPÓSITOS A PRAZO
10.000.000
DEPÓSITOS TOTAIS
0
1
2
3
4
5
6
ÚLTIMOS 6 ANOS
CRÉDITO CONCEDIDO
34.000.000
32.000.000
30.000.000
28.000.000
26.000.000
24.000.000
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Anos
RECURSOS PRÓPRIOS OU EQUIPARADOS
10.000.000
8.000.000
6.000.000
4.000.000
Série1
2.000.000
0
1
2
3
4
5
6
ÚLTIMOS 6 ANOS
82
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
CCAM DE FERREIRA DO ALENTEJO
MOVIMENTO DE SÓCIOS DURANTE O ANO DE 2010
- Sócios existentes em 31.12.2009
.
.
2.566
- Admitidos durante o ano de 2010
.
.
7
.
.
2.573
Soma
- Sócios falecidos
.
0
- Sócios demitidos a seu pedido
- Sócios anulados
.
.
.
0
Soma
.
.
SÓCIOS EXISTENTES EM 31.12.2010
ASSOCIADOS
CRESCIMENTO
8
8
2.565
2006
2007
2008
2.527
------
2.527
0,00%
2.542
0,59%
2009
2010
2.561 2.565
0,75% 0,16%
Nº de Associados
SÓCIOS - EVOLUÇÃO
2570
2560
2550
2540
2530
2520
2510
2500
2006
2007
2008
2009
2010
Ano
83
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
SÍNTESE DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA
6190 - CCAM DE FERREIRA DO ALENTEJO
Estrutura do Balanço
Data do reporte:
Moeda:
Valor
31-12-2010
Euro
% A.L.
Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais
Disponibilidades em outras Instituições de crédito
Disponível
Aplicações em Instituições de Crédito
Aplicações em Instituições de Crédito
Crédito Vivo Líquido
Crédito Vencido Líquido
Crédito Total Liquido
Activos Financeiros detidos para negociação
Outros activos Financeiros ao justo valor atrvés de resultados
Activos financeiros disponiveis para Venda
Activos com acordo de Recompra
Derivados de cobertura
Investimentos detidos até à maturidade
Títulos Líquido
Activos não correntes detidos para venda
Aplicações R C
Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos
Activos tangiveis
Propriedades de Investimento
Activos Intangiveis
Imobilizado
Activos por impostos correntes
Activos por impostos diferidos
Outros activos
Outros activos
Activo Líquido
611.227
489.022
1.100.249
14.661.662
14.661.662
31.806.763
546.639
32.353.402
0
0
652.932
0
0
0
652.932
481.856
481.856
2.136.843
706.169
0
2.317
2.845.329
29.231
255.628
495.578
780.438
52.875.868
1,156%
0,925%
2,081%
27,728%
27,728%
60,154%
1,034%
61,187%
0,000%
0,000%
1,235%
0,000%
0,000%
0,000%
1,235%
0,911%
0,911%
4,041%
1,336%
0,000%
0,004%
5,381%
0,055%
0,483%
0,937%
1,476%
100,000%
Recursos de bancos Centrais e de OIC's
Passivos Financeiros detidos para negociação e ao justo valor atravées de resultados
Recursos de clientes e outros empréstimos
Responsabilidades representadas por títulos
Passivos Financeiros associados a activos transferidos
Derivados de cobertura
Passivos não correntes detidos para venda
Provisões
Passivos por Impostos correntes
Passivos por Impostos diferidos
Instrumentos representativos de capital
Outros passivos subordinados
Outros passivos
Passivo
768
0
42.609.345
0
0
0
0
370.692
0
0
0
0
388.747
43.369.552
0,001%
0,000%
80,584%
0,000%
0,000%
0,000%
0,000%
0,701%
0,000%
0,000%
0,000%
0,000%
0,735%
82,021%
7.240.465
0
110.614
2.136.176
19.061
9.506.317
13,693%
0,000%
0,209%
4,040%
0,036%
17,979%
Capital
Outros instrumentos de capital
Reservas de reavaliação
Outras reservas e resultados transitados
Resultado do exercício
Capitais e Equiparados
84
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
RÁCIOS DE ESTRUTURA
Riscos Ponderados (para riscos de crédito)
Requisitos de Fundos Próprios (para risco de crédito)
Requisitos de Fundos Próprios (para risco operacional)
Outros Requisitos de Fundos Próprios (Aviso 7/96)
Fundos Próprios Elegíveis (Aviso 12/92))
Rácio de solvabilidade (Aviso 7/96)
Fundos Próprios de Base (TIER I))
28.398.888
2.271.911
361.080
0
7.875.247
23,93%
7.908.580
Fundos Próprios complementares
Fundos próprios complementares (UPPER TIER 2)
0
438.366
Fundos próprios complementares (LOWER TIER 2)
Rácio de solvabilidade (Aviso 6/99 ou rácio TIER I)
0
24,03%
Imobilizado financeiro, corpóreo e imóveis por recuperação crédito (I. 120/96)
Fundos Próprios (I. 120/96)
Rácio de imobilizado (Inst. 120/96)
1.752.050
7.875.247
22,25%
Crédito Total Líquido de provisões específicas
Provisões para riscos gerais de crédito
Crédito Vencido Líquido (de provisões para crédito vencido)
Rácio Credito Vencido (Aviso 6/99) = Crédito Vencido Líquido / Crédito Total Líquido
32.353.402
327.752
546.639
1,71%
Créditos Sobre Clientes (Bruto)
33.840.156
Crédito Sobre Clientes liquido (de provisões para crédito vencido)
Recursos
Rácio de transformação (APB) = Créditos Sobre Clientes (Bruto) / Recursos
32.995.186
42.609.345
79,42%
Crédito Total Líquido + Aplic. R.C.Líquido + Imobilizado
Rácio = (Crédito Total Líquido + Aplic. R.C.Líquido + Imobilizado) / Activo Líquido
35.680.587
67,48%
85
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
SÍNTESE DE INFORMAÇÃO SOBRE RENDIBILIDADE
6190 - CCAM DE FERREIRA DO ALENTEJO
Data do reporte:
Moeda:
Análise de rendibilidade I
Aplicações:
Disponível
Aplicações em Instituições de Crédito
Crédito Total Líquido
Títulos Líquido
Imobilizado Financeiro
"Valor residual"
Rendibilidade ponderada das aplicações
Recursos:
Recursos Alheios
Capitais Próprios e Equiparados
Custo Ponderado dos recursos
Incidência
Prov/Custo
Aplicações:
Disponível
Aplicações em Instituições de Crédito
Crédito Total Líquido
Comissões Recebidas
Títulos Líquido
Imobilizado Financeiro
Outros proveitos
Rendibilidade ponderada das aplicações
Recursos:
Recursos Alheios
Comissões Pagas
Capitais Próprios e Equiparados
Custo Ponderado dos recursos
spread
Euro
Rendibilidade
1.100.249
14.661.662
32.353.402
652.932
2.136.843
1.970.780
52.875.868
3.160
196.651
1.640.630
11.755
0
1.113.486
2.965.683
0,29%
1,34%
5,07%
1,80%
0,00%
56,50%
5,61%
43.369.552
9.506.317
52.875.868
411.353
0
411.353
0,95%
0,00%
0,78%
spread
Análise de rendibilidade II
31-12-2010
4,83%
Prov/Custo
Peso Activo
3.160
196.651
1.640.630
579.052
11.755
0
534.434
2.965.683
0,01%
0,37%
3,10%
1,10%
0,02%
0,00%
1,01%
5,61%
348.821
62.532
0
411.353
0,66%
0,12%
0,00%
0,78%
4,83%
86
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
D.R. POR FUNÇÕES (Óptica do Banco de Portugal)
JA - Juros e proveitos equiparados
JP - Juros e custos equiparados
MF - Margem Financeira
Rendimentos de Instrumentos de Capital
Rendimentos de Serviços e Comissões
Encargos com serviços e comissões
Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados
Resultados de activos financeiros disponiveis para venda
Resultados de reavaliação cambial
Resultados de alienação de outros activos
Outros resultados de exploração
PB - Produto Bancário
CP - Custos com Pessoal
OGA - Outros Gastos Administrativos (FST)
CA - Custos Administrativos
RBE - Resultado Bruto de Exploração
Amortizações do exercício
Provisões líquidas de reposições e anulações
DAP - Amortizações e Provisões
Resultados Consolidação
Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações
Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperaçãoes
RAI - Resultados Antes de Impostos
Valor
% PB
% A.L.
1 851 075
- 411 353
1 439 722
1 122
579 052
- 62 532
0
0
3 612
- 213
34 417
1 995 180
- 693 803
- 586 144
- 1 279 947
715 233
- 63 669
- 563 791
- 627 461
0
0
0
87 772
92,78%
-20,62%
72,16%
0,06%
29,02%
-3,13%
0,00%
0,00%
0,18%
-0,01%
1,73%
100,00%
-34,77%
-29,38%
-64,15%
35,85%
-3,19%
-28,26%
-31,45%
0,00%
0,00%
0,00%
4,40%
3,501%
-0,778%
2,723%
0,002%
1,095%
-0,118%
0,000%
0,000%
0,007%
0,000%
0,065%
3,773%
-1,312%
-1,109%
-2,421%
1,353%
-0,120%
-1,066%
-1,187%
0,000%
0,000%
0,000%
0,166%
- 81 971
13 260
19 061
0
0,96%
0,00%
0,036%
0,000%
Impostos:
Correntes
Diferidos
Resultados após Impostos
Do qual: resultado líquido após impostos de operações descontinuadas
87
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS
88
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
89
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
90
Crédito Agrícola Mútuo de Ferreira do Alentejo, CRL – Relatório e Contas de 2010
91
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