Perspectivas de investigación
O QUALIS/CAPES como indicador
qualitativo de comunicação da ciência:
análise da produção acadêmica dos
programas de pós-graduação em
Ciência da Informação
Marynice Medeiros Matos Autran
Universidade Federal da Paraíba
Departamento de Ciência da Informação
Brasil · [email protected]
Maria Manuel Borges
Universidade de Coimbra
Faculdade de Letras
Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação
Portugal · [email protected]
Jesus Pascual Mena Chalco
Universidade Federal do ABC
Departamento de Matemática, Computação e Cognição
Brasil · [email protected]
Victor Pinheiro
Universidade Federal da Paraíba
Brasil · [email protected]
Resumo: O QUALIS tem como objetivo avaliar qualitativamente os títulos dos periódicos que
veiculam a produção acadêmica dos programas brasileiros de pós-graduação, constituindo-se,
assim, um indicador científico que classifica os títulos em diferentes estratos. Nesta pesquisa
determinou-se como objetivo geral identificar em quais periódicos os Programas brasileiros de
Ciência da Informação (PPGCIs) veicularam sua produção científica no quinquênio 2008-2012.
Para identificar os estratos dos periódicos utilizou-se o padrão QUALIS/CAPES, a partir da base
de dados WebQUALIS. A produção científica foi extraída do currículo Lattes dos
docentes/pesquisadores mediante a execução da ferramenta scriptLattes. No período
investigado os PPGCIs produziram 1586 artigos. Desses, 20% foram publicados em estrato A1;
2,4% em estrato A2; 47% em estrato B1; 3,5% em B2; 0,7% em B3; 7,5% em B4; 7% em B5; 3,3% em C
e 7% em periódicos sem estrato. Constata-se que mais de 70% dos artigos foram publicados em
revistas qualificadas, chegando alguns PPGCIs a atingirem mais de 90%. Por outro lado,
evidencia-se que percentuais significativos direcionados para publicação em periódicos com
estrato C e sem estrato. Os resultados aqui apresentados permitem caracterizar quantitativa e
qualitativamente a produção de cada PPGCI na perspectiva de avaliação QUALIS/CAPES
comumente utilizada para avaliação dos programas de pós-graduação.
Palavras-chave: Qualificação de periódicos; Estrato QUALIS; Programas brasileiros de pósgraduação em ciência da informação.
Abstract: QUALIS is a Brazilian official system with the purpose of classifying scientific
production (journals, books and conference proceedings) maintained by the Coordenadoria de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). It aims to evaluate qualitatively the
scientific literature of Brazilian graduate programs. This research aims to identify which journal
titles teachers / researchers of Brazilian graduate programs in information science (PPGCI)
convey the production of journal articles in the-five year period 2008-2012. The strata of the
journals were identified by WebQualis and scientific production extracted from Curriculum
Lattes of teachers / researchers by performing the scriptLattes. In the period investigated the
PPGCI produced 1586 articles. 20% of these, were published in stratum A1; 2.4% in stratum A2;
47% in stratum B1; 3.5% in B2; B3 0.7% in B3; 7.5% in B4; 7% in B5; 3.3% in C and 7% in journal
without stratum. More than 70% of the articles were published in qualified magazines. Some
PPGCIs achieve more than 90%. It was noticed that a significant number of articles were
published in journals with stratum C and in those without stratum. These results characterize
quantitatively and qualitatively the production of each PPGCI according to QUALIS / CAPES
assessment commomly used for evaluation of graduate programs.
2
Keywords: Journals qualifying; QUALIS stratum; Brazilian graduate programs in
Information Science.
1 Introdução
s meios de comunicação disponíveis no século XVII, como o anagrama,
destinavam-se a priorizar a autoria intelectual do trabalho e não a sua
divulgação; as cartas pessoais eram usadas como uma forma de comunicação
prévia. Supõe-se que seu objetivo era o de solicitar aos pares que repetissem e
verificassem os experimentos. Os livros apresentavam altos custos de produção e
distribuição, além de ser um meio de comunicação lento para publicação. Desta
forma, o artefato periódico, em que um número de artigos com diferentes temáticas
eram reunidos e publicados mais rapidamente que o livro, emergiu como canal
preferencial para publicação da ciência. Ademais, os periódicos publicados pelas
academias e sociedades eram considerados uma “hallmark quality.” A tendência dos
periódicos comerciais foi seguir o mesmo padrão, de modo que os artigos publicados
nas revistas editadas pelas academias e sociedades ou por editoras comerciais
revelaram-se como o artefato preferencial para a comunicação da ciência.
Nessa perspectiva, os periódicos foram legitimados pela comunidade científica
como o veículo preferencial para a comunicação da ciência, não significando que em
todas as áreas do conhecimento o artigo de periódico seja o meio de divulgação por
excelência, mas significa, sim, que a maioria das áreas do conhecimento vê no artigo
de periódico a tipologia documental mais expressiva. A tipologia documental pode
variar como é o caso das Engenharias (Meadows, 1999; Mueller, 2005), Educação
(Alvarenga, 1998), Ciências da Computação (Mena-Chalco, Digiampietri, & Oliveira,
2012) e das ciências exatas e biológicas (Spinak, 1998; Macias-Chapula, 1998; Targino;
Garcia, 2000).
Consideradas como indicadoras da evolução, tendências e perspectivas das
diversas áreas do conhecimento, as pesquisas sobre produção científica se encontram
vastamente relatadas na literatura. Os estudos dessa natureza “[...] são relevantes
porque fornecem um mapeamento das contribuições, necessidades e déficits nas
diversas áreas do conhecimento como também possibilitam políticas de pósgraduação.” (Domingos, 1999, p. 47). Ademais, afirma (Ziman, 1979, p. 116): “[...] a
literatura sobre um determinado assunto é tão importante quanto o trabalho de
pesquisa a que ele dá origem.” Ao complementarem essa assertiva, (Mueller,
Campello, & Dias, 1996, p. 337) afirmam que a produção científica de uma área é “[...] o
requisito mais importante para o desenvolvimento da ciência.” Este desenvolvimento
“[...] perpassa pela produção científica, que parece ser consolidada a partir de estudos e
análises dos suportes documentais que veiculam as pesquisas em cada área.” (Duarte
et al., 2009, p. 171).
Sendo assim, “[...] la ciência puede verse como una empresa com insumos y
resultados. La medición de esas dos categorías – insumos y resultados – son la base de
los indicadores científicos.” (Spinak, 1998). O uso de indicadores tem sido estimulado
por instituições de fomento à pesquisa, como a Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Todas essas desenvolveram metodologias
para a construção desses indicadores que servem de base para o planejamento de
políticas científicas e tecnológicas, tomada de decisão pelos gestores, avaliação do
O
ensino superior, desempenho dos sistemas nacionais de Ciência e Tecnologia (C&T)
etc. (González-Albo et al., 2012; Silva et al., 2012; Maricato & Noronha, 2012; Santana
et al., 2011; Santos & Kobashi, 2009; Mugnaini, Januzzi, & Quoniam, 2004; Santos, 2003;
Vanti, 2002; Spinak, 1998; Macias-Chapula, 1998).
Este trabalho está dividido em cinco partes além desta introdução. Na seção 2
demonstram-se as pesquisas correlatas sobre a utilização do QUALIS. Em seguida, na
seção 3, faz-se uma descrição da Pós-Graduação no Brasil e a forma de avalição
realizada pela CAPES. Na seção 4 é apresentada a metodologia considerada para a
extração das informações. 4, A discussão sobre resultados discretizados por estratos
QUALIS é apresentada na seção 5. Finalmente, na seção 6, apresentam-se as
considerações finais.
2 Trabalhos correlatos sobre utilização do QUALIS
Neste trabalho todos os Programas brasileiros de pós-graduação em Ciência da
Informação (PPGCIs), UEL (Universidade Estadual de Londrina), UFBA(Universidade
Federal da Bahia), UFF (Universidade Federal Fluminense), UFMG (Universidade
Federal de Minas Gerais), UFPB (Universidade Federal da Paraíba), UFPE (Universidade
Federal de Pernambuco), UFRJ/IBICT (Universidade Federal do Rio de Janeiro/Instituto
Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia), UNB (Universidade de Brasília),
UNESP (Universidade Estadual Paulista), UNIRIO (Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro), USP (Universidade de São Paulo), são analisados sob a perspectiva de
produção bibliográfica com QUALIS.
É importante destacar que este tipo de abordagens não foi, de acordo com a revisão
da literatura, ainda tratado nas pesquisas em ciência da informação. A exceção é o
trabalho de Silva et al., (2012) que qualificaram a produção científica dos programas
de pós-graduação em ciência da informação (PPGCIs) da região nordeste,
especificamente os da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal
de Pernambuco (UFPE) e Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Contudo, identificaram-se trabalhos correlatos sobre a temática que enfocam
diferentes áreas do conhecimento, porquanto se trata de uma literatura que
fundamenta a presente pesquisa. Dentre os estudos brasileiros que exploram a
utilização do QUALIS destacam-se os de Barros (2003) que caracterizou a produção
acadêmica da área de Terapia Ocupacional, focando os grupos de pesquisa
credenciados junto ao CNPq. A dissertação de Jacon (2006) teve como objeto de estudo
os periódicos com estrato QUALIS, especialmente aqueles com estrato A no contexto
do programa de pós-graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de
Campinas. O Documento de Área ‘‘Engenharias III’ (Engenharia Aeroespacial,
Engenharia de Produção, Engenharia Mecânica, Engenharia de Petróleo e Engenharia
Naval e Oceânica) foi analisado e discutido por Lins & Pessôa (2010). Dentre os pontos
abordados, sugerem o aperfeiçoamento do QUALIS. Marchlewski, Silva, & Soriano,
(2011) analisaram a avaliação da pós-graduação em Educação Física, baseados nos
artigos de periódicos da área no período 2006 a 2009. Baseados na dinâmica de
classificação dos periódicos da área de Educação, Sousa & Macedo, (2012) sugerem a
melhoria da política de gestão editorial para fazer face à nova configuração da área.
Maciel & Rocha Neto, (2012) empreenderam pesquisa junto aos coordenadores de
programas de pós-graduação cujas notas sofreram alterações nas avaliações de 2004,
2007 e 2010. Como resultado apontam que a grande maioria mostrou-se favorável à
utilização do QUALIS, contudo sugerem aperfeiçoar o sistema. Em outra avaliação,
Silva & Soriano, (2014) analisaram nos resultados da Avaliação da CAPES referentes
aos Programas de Pós-Graduação em Educação Física (triênios de 2007 e 2010) o
funcionamento do QUALIS Periódicos, em relação às regras para obtenção de capital
científico.
Embora relacionadas a outras áreas do conhecimento, as pesquisas identificadas
vêm demonstrar a preocupação dos diversos campos científicos sobre a utilização do
QUALIS. Nessa perspectiva, esta pesquisa configura-se como inédita, na área de
Ciência da Informação, principalmente em relação à produção acadêmica originada
nos PPGCIs.
3
4
3 A avaliação da Pós-Graduação no Brasil através dos estratos QUALIS/CAPES
A gênese da pós-graduação teve início com o Estatuto das Universidades Brasileiras,
quando Francisco Campos, então Ministro da Educação e Saúde, sugeriu a
implantação de cursos de pós-graduação seguindo o modelo europeu, que se baseava
na organização da universidade em cátedras (Balbachevsky, 2005). De acordo com
Santos (2008), o termo “pós-graduação” só veio a ser utilizado na década de 1940 e sua
institucionalização se concretizou apenas em 1965, através do Parecer 977, conhecido
como Parecer Sucupira, que regulamentou as atividades de pós-graduação,
admitindo-a como formação além do bacharelado. Dessa forma, o Parecer
determinava as características dessa modalidade de cursos de pós-graduação: lato
sensu, se referia aos cursos de aperfeiçoamento e especialização e stricto sensu ao
mestrado e doutorado.
Em 1968, o governo reformou o sistema educacional brasileiro, quando “Aboliramse as cátedras vitalícias, introduziu-se o regime departamental, institucionalizou-se a
carreira acadêmica, a legislação pertinente acoplou o ingresso e a progressão docente
à titulação acadêmica.” (Martins, 2009). Essa legislação passou a adotar o modelo
americano de universidades, em detrimento do modelo europeu, e instituiu a política
nacional de pós-graduação, formalizando-a de acordo com a Lei n.º 5.540/68, da
Reforma Universitária, em complementação à Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB). (Oliveira, 2011).
Nas décadas subsequentes, a CAPES passou por reformas, criou novos programas,
como o Plano Nacional da Pós-Graduação, o Sistema de Avaliação da Pós-Graduação e
1
mais recentemente o Ciência sem Fronteiras. Dentre as iniciativas referentes à
avaliação da pós-graduação, destaca-se a criação do QUALIS em 1976 (Guimarães &
Humann, 1995) e implantação em 1998, conforme referem Souza & Paula (2002), com o
objetivo de avaliar qualitativamente a produção acadêmica dos programas de pósgraduação, uma vez que
[...] dentro do conjunto de aspectos que caracterizam o desempenho dos mestrados e
doutorados, os especialistas consideram a pesquisa e a produção científica de
docentes e alunos como os indicadores mais relevantes na determinação do padrão de
qualidade dos cursos (Souza & Paula, 2002).
Nessa perspectiva, Mugnaini, Digiampietri, & Mena-Chalco (2014) chamam a
atenção para a relevância que os indicadores bibliométricos têm despertado na
comunidade científica na última década. Afirmam os autores que isso é decorrência
do aprimoramento dos critérios de avaliação da CAPES, nomeadamente aqueles que
se referem ao peso da publicação em periódicos científicos.
Tendo como objetivo avaliar qualitativamente a produção acadêmica dos
programas de pós-graduação o “QUALIS afere a qualidade dos artigos e de outros tipos
2
de produção, a partir da análise da qualidade dos veículos de divulgação”. No caso
desta pesquisa, os periódicos científicos. Os estratos, indicadores de qualidade dos
periódicos, são escalonados de A1, a maior classificação, a A2, B1, B2, B3, B4, B5 e C.
Segundo o Documento de Área (Brasil. CAPES, 2010) existem critérios mínimos
para que um periódico seja considerado científico. Dentre esses, considera-se
essencial que possuam:
a) Editor responsável;
b) Conselho editorial para opinar nas tomadas de decisão;
c) Conselho consultivo constituído de investigadores de diferentes
instituições;
d) Registro de ISSN;
e) Linha editorial definida (foco, missão, periodicidade, formas de
avaliação/revisão);
f) Normas de submissão claras;
g) Periodicidade regular definida;
1
2
Disponível em: http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf
Disponível em: http://www.capes.gov.br/avaliacao/qualis
h) Avaliação dos originais realizada por membros do Conselho consultivo ou
pareceristas ad hoc;
i) Publicar contribuições na forma de artigos assinados;
j) Indicar a titulação e afiliação institucional dos autores;
k) Indicar a titulação e afiliação do Conselho consultivo ou dos pareceristas ad
hoc;
l) Tratando-se de periódico nacional, apresentar o título, resumo e palavras
chave em no mínimo dois idiomas, sendo um deles o português;
m) Data de recebimento e aceitação de cada artigo.
A partir desses critérios mínimos, os títulos da área de Ciências Sociais Aplicadas I
são classificados e adaptados de acordo com as especificidades das áreas
Comunicação, Ciência da Informação e Museologia.
Para o estrato A1 é exigido que o periódico possua qualidade destacada,
devidamente justificada em relatório pelos avaliadores e ultrapasse as exigências
demandadas dos demais estratos e Fator de Impacto, segundo o Journal Citation
Report (JCR), do Institute for Scientific Information (ISI).
Para o estrato A2, ainda segundo ainda o Documento de Área (Brasil. CAPES, 2010),
é necessário ser editado por instituição que possua pós-graduação strictu senso, ou
sociedade científica com âmbito nacional ou internacional, com reconhecimento da
coordenação da área; instituição profissional nacional, instituição de pesquisa, ou
seja, publicada com apoio da CAPES ou CNPq, ou ainda ter financiamento estatal. É
necessário, também, manter regularidade na periodicidade e constar em quatro bases
de dados ou indexadores, como LISA (Library and Information Science Abstracts),
LATINDEX (Sistema Regional de Información em Linea para Revistas Científicas de
America Latina, el Caribe, España y Portugal, DOAJ (Directory of Open Access
Journals), Scopus, ISI etc. Exige-se, ainda, que, em pelo menos 70% dos artigos, os
autores sejam oriundos de quatro instituições diferentes da que edita o periódico; que
20% dos artigos, por volume, tenham autores ou coautores vinculados a instituições
estrangeiras e que pelo menos 80% dos autores sejam doutores.
Os estratos B1 e B2 obedecem aos mesmos critérios, verificando-se, apenas,
diferença nos percentuais, que diminuem de acordo com a estratificação.
Para os estratos B3 e B4 não se exige presença em bases de dados ou indexadores;
contudo, os demais critérios permanecem os mesmos, observando-se a diferenciação
via percentuais.
A recomendação para o estrato B5 é que atenda aos critérios mínimos
estabelecidos, descritos anteriormente, sem as exigências dos demais estratos.
O estrato C se refere a periódicos considerados não científicos.
4 Objetivos e Metodologia
3
O Sistema de Avaliação da Pós-Graduação da CAPES, implantado em 1976,
compreende dois processos: a Avaliação dos programas de pós-graduação e a
Avaliação das propostas de cursos novos de pós-graduação.
Para o propósito desta investigação, direcionou-se o foco para o primeiro processo,
que apresenta dois componentes: o acompanhamento anual e a avaliação trienal da
execução e desempenho dos programas e cursos que integram o Sistema Nacional de
Pós-Graduação (SNPG).
De acordo com a classificação das áreas do conhecimento da CAPES, na Grande
Área Ciências Sociais Aplicadas I, inserem-se as subáreas Ciência da Informação,
Comunicação e Museologia, sendo a Ciência da Informação a área que se elegeu para
esta investigação.
Partindo do princípio de que a produção científica constitui um dos indicadores
considerados nas avaliações dos programas de pós-graduação, determinou-se como
objetivo desta pesquisa verificar se os docentes/pesquisadores dos PPGCIs
3
Disponível em: http://capes.gov.br/avaliacao/avaliacao-da-pos-graduacao <Acesso em 16 de agosto
2012>
5
6
consideram o padrão QUALIS/CAPES quando ocorre a escolha do periódico para a
publicação de artigos.
Uma vez que a pesquisa está direcionada para identificar em quais periódicos a
produção científica dos PPGCIs está sendo veiculada, adotou-se o padrão
QUALIS/CAPES como indicador científico qualitativo dos periódicos.
O locus de análise teve como referência a Plataforma Lattes, através da qual se
levantou o Currículo Lattes individual dos docentes/pesquisadores, efetivos e
colaboradores, associados a cada programa de pós-graduação em Ciência da
Informação, em plena atividade acadêmica até 31 de dezembro de 2012. Para também
incluir o docente/pesquisador colaborador partiu-se da premissa de que estes
contribuem com aportes teóricos e metodológicos importantes para a área, estão
inseridos em uma linha de pesquisa, orientam teses e dissertações e possuem
produção científica relevante para a área. Nesse levantamento foram identificados
217 docentes/pesquisadores, permanentes e colaboradores, os quais constituem o
corpus de análise desta investigação. As etapas da pesquisa seguiram a seguinte
metodologia: a) identificação dos programas de pós-graduação; b) identificação dos
professores/pesquisadores permanentes e colaboradores, associados a cada
programa de pós-graduação; c) registro dos identificadores individuais dos currículos
Lattes de cada professor/pesquisador; d) extração da produção acadêmica de cada
programa (produções bibliográficas), o que foi feito através da ferramenta scriptLattes.
4
Efetuou-se a identificação dos periódicos a partir da base de dados WebQUALIS
cuja busca se realiza por intermédio do título, ISSN ou por área do conhecimento
(Autran, 2015).
5 Resultados e discussão
Estrato A1
Os PPGCIs produziram 1586 artigos no quinquênio 2008-2012. Desses, 309 foram
publicados em 14 títulos com estrato A1, o que corresponde a 20% do total da
produção. Três títulos destacam-se com o maior percentual de artigos publicados:
Informação & Sociedade (40%), Perspectivas em Ciência da Informação (30%) e
Transinformação (15%).
Os PPGCIs com maior número de produção são os da UFMG (74), UFPB (51), UFSC
(39).
A Tabela 1 relaciona os títulos do estrato A1 por ordem decrescente de número de
artigos. Observe-se que o maior número de artigos foi publicado em periódicos
nacionais, nomeadamente Informação & Sociedade: Estudos, Perspectivas em Ciência
da Informação e Transinformação, sugerindo que 89% dos artigos foram publicados no
5
idioma português. Dentre os 14 títulos, 11 são internacionais, dos quais nove em
língua inglesa e dois em castelhano.
Tabela 1 – QUALIS A1
Títulos
Informação & Sociedade
Perspectivas
em
Ciência
Informação
Transinformação
Knowledge Organization
Scientometrics
Investigación Bibliotecológica
El Profesional de la Información
Information Research
JASIST
Applied Ontology
Electronic Library
Expert Systems with Applications
Information Development
4
Nº de Artigos
da
124
106
46
10
7
5
2
2
2
1
1
1
1
Disponível em: http://qualis.capes.gov.br/webqualis/principal.seam
Isto é uma suposição, à medida que, por exemplo, Informação & Sociedade, Transinformação e
Perspectivas em Ciência da Informação aceitam artigos em outros idiomas.
5
Management
Quarterly
Total
Communication
1
309
Fonte: Autran (2015)
Estrato A2
De acordo com os dados, os docentes elegeram 17 periódicos com estrato A2 para
publicar seus artigos. Desses, cinco estão no idioma inglês, dois em espanhol e 10 em
português. Nesses títulos foram publicados 38 artigos, o que corresponde a 2,4% da
produção total. Os docentes que mais publicaram nesse estrato foram os dos PPGCIs
da UFRJ/IBICT e da UFPB. Note-se que existe um
número considerável de títulos que não pertencem à área da Ciência da
Informação, mas receberam estrato na área de Ciências Sociais Aplicadas. Dos 17
títulos, apenas seis são específicos da CI.
Dada a interdisciplinaridade do campo, supõe-se que a escolha para publicação em
periódicos com esse estrato foi, em termos de volume, insignificante (Tabela 2).
Tabela 2 – QUALIS A2
Títulos
Nº de Artigos
História, Ciência, Saúde-Manguinhos
Revista Interamericana de Bibliotecologia
Information Services & Use
Intercom
Multitudes
ERA – Revista de Administração de Empresas
Revista General de Información y Documentación
Revista FAMECOS
Anais do Museu Paulista
Archival Science
Bol. do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências
Humanas
Ciência e Saúde Coletiva
International Journal of Metadata, Semiotics and
Ontologies
Journal of Scientific Communication
Journal of the Medical Library Association
Matrizes
Psicologia Escolar e Educativa
Total
6
6
5
4
2
2
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
38
Fonte: Autran (2015)
Estrato B1
A produção nesse estrato foi de 740 artigos, em contraposição ao estrato A1 com 309.
Supõe-se que o volume de artigos publicados neste estrato seja decorrente do número
de títulos de periódicos nacionais na área da Ciência da Informação classificados
neste estrato.
Constatou-se, também, que os títulos com maior número de artigos publicados são
Encontros Bibli, Datagramazero, Informação & Informação, Ciência da Informação,
Ponto de Acesso, Biblionline, Em Questão, Tendências da Pesquisa Brasileira em
Ciência da Informação e Liinc em Revista, com até 30 artigos.
Todos os PPGCIs publicaram artigos nos periódicos Encontros Bibli e Ponto de
Acesso, o mesmo ocorrendo com Datagramazero, Informação & Informação e
Tendências da Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação, excetuando–se, nesses
três últimos, o programa UNIRIO A.
Dos 57 títulos estratificados como B1, 10 são publicados em castelhano, o que
pressupõe a penetração da CI brasileira na comunidade científica Latino-americana e
Europeia. Observou-se, ainda, que os periódicos nacionais na área de CI, em sua
grande maioria, são publicados por universidades que possuem cursos de graduação
e/ou programas de pós-graduação na área. Verificou-se também que alguns são
publicados por associações, como Federação Brasileira de Associação de Bibliotecas
(FEBAB), Associação Nacional de Ensino e Pesquisa em Ciência da Informação
(ANCIB), Grupos de Pesquisa (Grupo de Pesquisa em Informação e Inclusão Social) ou
Sistemas de Informação (Sistema de Bibliotecas da UNICAMP). Vale ressaltar que
7
todas essas publicações seguem a filosofia open source, considerando-se, assim, que os
gestores dessas revistas reconhecem e contribuem para o acesso ilimitado à produção
científica da CI brasileira (Tabela 3).
Tabela 3 - QUALIS B1
Nº
Artigo
s
88
87
Títulos
Encontros Bibli
Datagramazero
Informação e Informação
8
71
43
42
40
34
33
30
Ponto de Acesso
Biblionline
Ciência da Informação
Em Questão
Tendência da Pesquisa Brasileira em CI
Liinc em Revista
Perspectivas em Gestão do Conhecimento
28
Scire –Represent. y Organizac. del
Conocimiento
Revista Digital de Biblioteconomia e CI
InCID – Rev. de Ciência da Inf.e
Documentação
Rev. Ibero-Americana de Ciência da
Informação
Biblios (Lima)
Ibersid - Rev. de Sist. de Inf. y
Documentación
Arquivo e Administração
Brazilian Journal of Information Science
Rev.
Bras.
de
Biblioteconomia
e
Documentação
RECIIS - Rev. Eletrônica de Comum. Inf. &
Inovação em Saúde
Ciencias da la Información
Revista Interamericana de Bibliotecologia
Anales de Documentación
Eptic
Pesquisa
Brasileira
em
CI
e
Biblioteconomia
Alexandria
Comunicação e Sociedade
Tempo Brasileiro
Comunicação & Inovação
28
25
21
21
18
13
11
10
Nº
Artigo
s
2
2
Títulos
Conexão (UCS)
Discursos Fotográficos
ECCOM
Educação,
Comunicação
FISEC Estratégias
História UNISINOS
In Texto (UFRGS)
Infodiversidad
Líbero
Revista Eco-Pós
Rev.
Latinoamer.
de
Comunicação
Cultura
Ciências
da
Varia História
BAR - Brazilian Administrarion Review
BID. Textos
Document.
Contracampo
Universit.
de
Biblio.
2
1
I
Culturas Midiáticas
10
9
Estudos Historicos (Rio de Janeiro)
8
6
5
5
História (São Paulo)
International Social Science Journal
Revista Cosmopolítica
Revista de Comunicação e Linguagens
Revista de Comunicação Midiática
Revista Fronteiras
Revista Organicom
Rumores
Total
2
2
2
2
2
2
2
2
1
América Latina Hoy
Diálogos (Maringá)
Diálogos de la Comunicación
Document. de las Ciencias
Información
4
3
3
3
2
e
de
la
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
740
Fonte: Autran (2015)
Estrato B2
Nos 21 títulos com estrato B2 foram publicados 56 artigos, totalizando 3,5% da
produção. Dos títulos específicos da área de CI, identificaram-se apenas três:
Museologia & Patrimônio, Revista do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro e
Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, esta última com 21 artigos
publicados. Ressalta-se que esses três títulos publicaram 48% do estrato B2 e os
demais 52%, se encontram pulverizados nos 18 títulos das áreas afins (Tabela 4).
Tabela 4 – QUALIS B2
Nº
Artigos
21
4
4
Títulos
Revista ACB
Espacios
Museologia e Patrimônio
ver. do Inst.Histór. e Geographico Brazileiro
ver. Gestão da Tec. e
Informação
Comunicação & Educação
Tempo e Argumento
Verso Reverso
Sistemas
de
4
4
2
2
2
Títulos
Comunicação & Política
Estudos em Comunicação
Estudos em Design
Nº
Artigos
1
1
1
Extraprensa
1
Gestão & Produção
1
Musica Hodie
Nomadas
Psicologia (USP)
1
1
1
Aletheia
Artcultura
Comunicação & Informação (UFG)
1
1
1
Revista do Arquivo Geral da Cidade do RJ
TripleC
Total
1
1
56
Fonte: Autran (2015)
Estrato B3
Identificaram-se 49 artigos publicados em 28 periódicos classificados como B3.
Desses, seis (21%) são específicos da CI. Nestes seis identificaram-se 11 artigos, o que
perfaz 22,5% da produção nesse estrato e 0,7% da produção total dos PPGCI (Tabela 5).
Tabela 5 – QUALIS B3
Títulos
Biblos (RG)
Revista Brasileira de Pós-Graduação
Acervo
Revista da Associação de Pesquisadores
Negro
Políticas Culturais em Revista
Nº
Artigo
s
7
5
4
3
2
Revista Brasileira de Educação Física e
Esporte
Revista do Arquivo Público Mineiro
Revista do Centro de Estudos Portugueses
RevIU. Revista Informação & Universidade
Sciences de la Société (Toulouse)
Acta Semiótica
Biblioteca Escolar em Revista
Cadernos de Pesq. Interdisc. Ciên. Hum.
Cadernos EBACE – BR
Ciências & Cognição (UFRJ)
2
2
2
2
2
1
1
1
1
1
Títulos
Esboços
Estudos de Sociologia (SP)
Eutomia
Íconos (Quito)
Nº
Artigo
s
1
1
1
1
J. of Technology Manag. & Innovation
1
Nuovi Annali Scuola Speciale per Archiv. e
Bibliotecari
Patrimônio e Memória
Plos One
Revista Educação em Questão
Revista Estudos da Linguagem
Revista Iberoamericana de Educação
School Libraries Worldwide
Service Business
Total
1
1
1
1
1
1
1
1
49
Fonte: Autran (2015)
Os programas com maior número de publicações foram os PPGCIs da UFMG (11),
UFSC (oito) e USP com sete artigos.
Estrato B4
Constam do estrato B4, 45 títulos, dos quais, 10 são específicos da área de CI. O total de
artigos publicados nesse estrato atingiu o patamar de 118, correspondendo a 7,5% da
produção de todos os estratos. Nos 10 títulos da CI, foram publicados 58 artigos (49%),
mas a produção mais significativa é da Revista EDICIC, periódico editado sob a
responsabilidade da Asociación de Educación e Investigación en Ciencia de la
Información de Iberoamérica y El Caribe, a qual publicou 38 artigos (Tabela 6).
Tabela 6 – QUALIS B4
Títulos
Revista EDICIC
Inclusão Social
Páginas A&B
Revista Estudos Universitários
ETD
Bib.
Univ.,
Pesq.,
Experiências,
Perspectivas
Revista Educação e Tecnologia
Baleia na Rede
Cenário Arquivístico
Nº
Artigos
38
8
7
7
6
Títulos
Estudos de Jornalismo
FACESI em Revista
Fronteiraz
FUMDHAMentos
Gestao e Planejamento
4
Healthmed
3
Int. J. of Services Operational Management
Journal
of
Information
and
Data
Management
Journal of Inf. and
Knowledge
Management
Lecturas Educación y Deportes
Olhar
Problemata
Rev. Bras. de Arqueometria, Restaur.
Conserv.
Revista Brasileira de Cartografia
2
Comma. International Journal of Archives
International Journal of Comic Art
Lugar Comum
2
2
2
2
Sisifo
2
Textos de la Cibersociedad
2
Nº
Artigos
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
9
Achegas.net
Arquivística.net
Aurora
Bol.
Correo
de
Bib.
Publicas
Iberoamericanas
Boletim Museu Histórico de Londrina
Ciência em Movimento
Desenvolvimento em Questão
Domínios da Lingu@gem
Egitania Sciencia
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Revista de Nutrição
Revista do GELNE
Revista do Instituto de Estudos Brasileiros
Revista do Inst. Histórico e Geográfico do
RJ
Revista FSA
Revista Produção Online
Revista Turismo em Análise
Tecnologia Educacional
Total
1
1
1
1
1
1
1
1
118
Fonte: Autran (2015)
10
Estrato B5
No estrato B5, identificaram-se 110 artigos publicados em 69 títulos. Isto equivale a 7%
do total de artigos produzidos pelos PPGCIs.
Dentre os 69 títulos, 12 são considerados da área de CI, perfazendo o percentual de
17% nesse estrato. Nesses periódicos foram publicados 25 artigos, o que corresponde a
23%.
O maior número de artigos foi publicado na Revista CRB-8 e Percursos (seis).
Verificou-se um número considerável de revistas voltadas para a área de Arquivologia
e duas para a Museologia.
Os PPGCIs que mais publicaram nesse estrato foram os da UFMG (22), UNESP (15) e
UNB (13).
Os demais periódicos pertencem às mais variadas áreas, como Administração,
Contabilidade, Pedagogia etc., constatando-se mais uma vez a dispersão da literatura
(Tabela 7).
Tabela 7 – QUALIS B5
Títulos
Percursos
Revista CRB-8
Morpheus
AtoZ
DOM
Extensio
Fonte
Informação Arquivística
Revista Ciência em Extensão
Revista de Iniciação Científica da F.F.C.
UNOPAR Científica. Ciências Hum.e
Sociais
Caderno de Ideias
Educación y Bibliotecas
Informação&Profissões
Interciências
Navus. Revista de Gestão e Tecnologia
Prisma.com
Revista Arhivelor
Revista Biodiversidade
Revista Eletrônica de Estratégia &
Negócios
Revista Multiplicidade
Revista
Museologia
&
Interdisciplinaridade
Revista Museu
Revista Turismo & Desenvolvimento
Semina. Ciências Sociais e Humanas
ASI T Bulletin
Butlletí
de
L'Associació
D'Arxivers
Valencians
Caderno.com
Cibertextualidade
Nº
Artigos
6
6
4
3
3
3
3
3
3
3
3
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
1
1
1
1
Títulos
Hélice
História, Imagens, Narrativas
Homeopathics Links
Index de Enfermería Digital
Inter-Legere
Instrumento
Int. Journal of Library and Information
Science
Légua & Meia
Maquinações
Múltiplos Olhares em CI
Parcerias Estratégicas
Parlatorium
Plurais
Presença Pedagógica
Qualit@s
Religare
Revista África e Africanidades
Revista Anistia Política e Justiça
Transição
Revista
Brasileira
de
Política
Comunicação
de
de
Revista Brasileira de Farmacognosia
Revista Contemporânea
Revista de Contabilidade e Controladoria
Revista de Documentación
Revista de Informação Contábil
Revista Diálogo Educacional
Revista Educaonline
REA
Revista
Eletrrônica
de
Administração
Revista Gestão & Tecnologia
Revista
Latinoam.
de
Tecnología
Educativa
Nº
Artigos
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Comportamento Organizacional e Gestão
Documento em Revista
Domínios da Imagem
EAD em Foco
Electronic
Journal
of
Knowledge
Management
GEPROS - Gestão da Produção, Operação e
Sistemas
1
1
1
1
1
1
Revista Organizações em Contexto
Sonora
UNOPAR Científica. Ciências Jurídicas
Veredas
Work (Reading, MA)
Total
1
1
1
1
1
110
Fonte: Autran (2015)
Estrato C
Desse estrato constam 37 títulos onde foram publicados 52 artigos, correspondendo a
3% da produção de todos os PPGCIs. A revista BOCC - Biblioteca Online de Ciências da
Comunicação foi a que apresentou maior volume de artigos (seis), seguindo-se a
Revista USP e Salto para o Futuro, ambas com três artigos.
Na área de CI, encontram-se apenas dois títulos: Archivo... Que? e Revista AIBDA,
com um artigo cada uma (Tabela 8).
Tabela 8 - QUALIS C
Títulos
BOCC - Biblioteca Online de Ciências da
Comunicação
Journal of Community Informatics
Revista USP
Salto para o futuro
Memex
Revista de História Regional
Revista do Instituto Genealógico da BA
TouchPoint
Anuário
Unesco/Metodista
de
Comunicação
Archivo... Que?
Bahia Analise & Dados
Cadernos IHU
CEUR Workshop
Comunicação 360 graus
FACEP Pesquisa
Governet. Boletim Recursos Humanos
IEEE Geoinformatics
Informe C3
Iniciação Científica (CESUMAR)
Nº
Títulos
Artigos
Nº
Artigos
6
Latinidade
1
3
3
3
2
2
2
2
Manuscrítica
MídiaCom Democracia
O Tripeiro
Os Urbanitas (São Paulo)
Polêm!ca
Primeiros Escritos
Projectics
1
1
1
1
1
1
1
1
Revista AIBDA
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Revista CESUMAR
Revista Coletiva
Revista O QI
Revista Observatório Itaú Cultural
Revista Observatório do Milênio BH
Revista PJ:br
Ricerche di S/Confine
Sapiência
Verbo
Total
1
1
1
1
1
1
1
1
1
52
Fonte: Autran (2015)
Periódicos sem estrato QUALIS
Os títulos considerados sem estrato na área de Ciências Sociais Aplicadas I pertencem
a várias áreas do conhecimento como Administração, Contabilidade, Direito,
Economia, Letras, Pedagogia, Tecnologia, Economia, Enfermagem etc. Identificaramse alguns títulos na área específica de CI, como também outros de interesse como:
Scholarlay Research Communication, International Journal of Strategique
Communication, Journal of Scientometric Research, Performance, Measurement and
Metrics e Sociedad de la Información Revista Digital (Tabela 9).
No total, sem estrato QUALIS constam 105 títulos, nos quais foram publicados 114
artigos, correspondendo a 7% da produção total. O número máximo de artigos
publicados por título equivale a apenas dois.
Apesar de os programas direcionarem parcela considerável de sua produção para
os periódicos com estrato C e para os sem estrato, sete PPGCIs alcançaram o
percentual de mais de 90%, quatro mais de 80/% e dois, mais de 70% de artigos em
revistas qualificadas. Com relação à publicação em periódicos com estrato C e sem
estrato, observam-se os maiores percentuais entre 17% e 20% (Tabela 10).
11
Tabela 9 – Publicação em periódicos sem estrato
Títulos
Clio. Série Arqueologia
Coletâneas do Nosso Tempo
Comunicación y Medios
12
EMBO Reports
Interface (Maynooth)
OBS.
Publicação
Trimestral
do
Observatório das Actividades Culturais
Observatório da Imprensa
REGES: Revista Eletrônica de Gestão
RGO. Revista Gestão Organizacional
Saeculum
Acta Scientiarum. Human and Social
Sciences
Afro-Hispanic Review
Agenda Cultural Alma Máter
Agricultural Information Worldwide
Ambiente & Sociedade
Anos 90 (Online) (Porto Alegre
Applied Clinical Informatics
Aula de Innovación Educativa
Boletim Interfaces da Psicologia da
UFRuralRJ
Boletim USP
Brazilian Cultural Studies
Brazilian Journal of Medical and Biolog.
Res.
Cadernos de Letras da UFF
Cadernos de Pesquisa do CDHIS
Cadernos de Pesquisa em Educação UFES
Cadernos do Desenvolvimento
Caravelle
Nº
Nº
Títulos
Artigos
Artigos
2
Journal of Scientometric Research
1
La Revue Internationale des Livres des
2
1
Idées
Languages: Linguistics Variation and
2
1
Sociocognitive Dimension
2
Logic and Logical Philosophy
1
2
Maringá Management
1
2
Memorandum (Belo Horizonte)
1
2
2
2
2
Musika Jornal
Ñanduty
Navigator (Rio de Janeiro)
Neurocomputing
1
1
1
1
1
Nous Voulons Lire
1
1
1
1
1
1
1
1
Ponto.Urbe
Performance, Measurement and Metrics
Principia
Política e Trabalho
Principia (Florianópolis)
Questions de Communication (Nancy)
Registro
1
1
1
1
1
1
1
1
Revista ABEU
1
1
Revista Brasileira de Contabilidade
Revista
Ciências
Administrativas
(UNIFOR)
1
1
Revista Científica IMAPES
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Ciencias Sociales y Religión
1
CLE e-Prints
Brazilian Cultural Studies
Comunicação. Veredas
Configurações
Consultoria. Informe
Contabilidade Vista e Revista
CRB-6 Informa
Cuadernos de la ALFAL
Diálogos (UNOESTE, Xanxerê)
Desenvolvimento e Meio ambiente
Documentação e Memória
ECCOS. Revista Cultural
Educação e Pesquisa
Educação em Revista
Em Tese
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Enfoque
1
Ethnos Br
Horizonte (BH)
Interface (Natal)
International
Journal
of
Historical
Learning, Teaching and Research
International
Journal
Strategique
Communication
Janus - Revista de Pesquisa Científica
Total
1
1
1
Revista Científica Tecnólogos
Revista Contabilidade & Finanças
Revista da ABRALIN
Revista da Escola de Enfermagem da USP
Revista de Direito das Novas Tecnologias
Revista de Extensão Universidade de
Taubaté
Revista Direitos Humanos
Revista Economia & Gestão
Revista Eduf@tima
Revista Innovare
Revista Mineira de Contabilidade
Revista Musear
Revista Palavra
Revista Pós Ciências Sociais
Revue d'Etudes Benthamiennes
Scholarly Research Communication
Scientia Uma
Segurança Pública & Cidadania
Senatus
Sociedad de la Información Revista Digital
System Dynamics Review
Teh n icn i in Vseb. Prob. Klasičn ega in
Elektron. Arhiv.
Teoria & Sociedade
Universidade Católica Portuguesa
Universum (Talca)
1
V!rus
1
1
Verbo de Minas: Letras
1
1
19&20 (Rio de Janeiro)
1
114
Fonte: Autran (2015)
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
Tabela 10- Produção em periódicos com e sem estrato QUALIS
PPGCI
UEL
UFBA
UFF
UFMG
UFPB
UFPE
UFRJ/IBICT
UFSC
UNB
UNESP
UNIRIO A
UNIRIO B
USP
Produção total
Produção com
QUALIS
%
Produção em estrato
C e sem estrato
%
72
67
56
238
221
109
84
159
145
200
47
41
147
68
59
52
225
198
89
69
144
131
189
37
30
128
94,4
88
92,8
94,5
89,5
81,6
82,1
9,5
90,3
94,5
78,7
73,1
87
4
8
4
13
23
20
15
15
14
11
10
11
18
5,5
12
7,1
5,4
10,4
18,3
17,8
9,4
9,6
5,5
21,2
26,8
12,2
Fonte: Autran (2015)
Os resultados da qualidade da produção acadêmica dos PPGCIs revelam que 19,5%
dos artigos foram publicados em estrato A1, denotando, assim, um padrão de
excelência, de acordo com os critérios de qualidade estabelecidos pela CAPES.
Todavia, se faz necessário o empenho dos demais PPGCIs em busca desse padrão de
qualidade, principalmente em relação aos cursos de mestrado profissional que,
embora se reconheça serem cursos recentes, necessitam empreender maior esforço,
no sentido de aprimorar a qualidade da sua produção acadêmica.
Mesmo com exigências semelhantes ao estrato A1, os resultados do estrato A2 se
mostram insignificantes, não ultrapassando sete artigos, identificando-se, inclusive,
PPGCIs com produção zero nesse estrato.
Quanto ao estrato B1, sem exceção, este foi o que teve maior número de artigos,
atingindo a magnitude de 740, ou seja: 50% de toda a produção. Supõe-se que isso seja
decorrência do número de periódicos nacionais, específicos da área de CI,
classificados nesse estrato.
Representando 3,5% dos artigos publicados, o estrato B2 teve produção zero no
PPGCI-UFF e o máximo de 14 produções no PPGCI-UFSC. Todos os demais publicaram
menos do que 10 artigos em periódicos desse estrato.
Tal como o B2, os resultados para o estrato B3 foram também pouco expressivos,
observando-se um percentual de 3%, com produção zero no PPGCI-UEL e máximo de
oito no PPGCI-UFSC.
Comparando-se a produção do estrato B4 com A1, B2 e B3, verifica-se que este
representa 7,44% da produção total, ultrapassando os percentuais dos estratos
supracitados.
No estrato B5, a produção dos PPGCI da UEL, UNIRIO B, UFMG, UNB e UNESP
representa, individualmente, 12%, 12%, 9%, 9% e 7,5%, respectivamente.
Segundo os critérios estabelecidos pela CAPES, o estrato C não recebe pontuação,
pois os periódicos não preenchem os requisitos para serem considerados científicos;
todavia, observou-se que alguns PPGCIs elegeram esse estrato para veicular parte de
sua produção.
Com relação aos periódicos sem estrato (na área de Ciências Sociais Aplicadas I),
constatou-se que 7% dos artigos foram publicados nesses títulos (Tabela 11).
6 Considerações finais
Vista a estratificação emergem alguns questionamentos a exemplo da
interdisciplinaridade da CI. Estariam os docentes buscando esses títulos para
disseminar sua produção, uma vez que esta não se enquadra nos títulos específicos da
CI? Se os periódicos com estrato C e sem estrato na área de Ciências Sociais Aplicadas I
não são valorados nas avaliações da CAPES, não estaria o docente prejudicando o
desempenho do programa a que pertence? Uma vez que os artigos de periódicos são
indicadores de excelência para a avaliação dos programas não estariam os docentes
desviando a produção para periódicos de outras áreas? Se essa produção não recebe
pontuação, não estaria o docente prejudicando a si mesmo quando da sua avaliação
13
para fins de progressão funcional? Ou a política do publish or perish, induz os autores a
publicarem em periódicos sem estrato?
Evidencia-se que percentuais significativos foram direcionados para publicação
nesses periódicos, a exemplo da UNIRIO A e UNIRIO B, que atingiram a magnitude de
19%, ultrapassando os demais estratos, com exceção do B1. Caso semelhante ocorre
com o PPGCI-UFPE, cuja produção não estratificada atinge os 16%. Não se exclui desse
rol a UFPB, UNB, UFSC, UFRJ/IBICT e USP que, sem exceção, tiveram mais que 5% dos
artigos publicados em periódicos sem estrato (Tabela 11).
As informações sobre o QUALIS, aqui apresentadas, podem servir de insumo para
avaliação dos PPGCIs que se perfilem a obter uma maior avaliação. A caracterização
apresentada evidencia que há necessidade destes convergirem sua produção
acadêmica para periódicos estratificados a fim de que possam melhorar tanto a
qualidade da produção quanto a das avaliações, uma vez que o artigo de periódico é
considerado como um indicador científico pela CAPES. Cabe, também, às
coordenações dos programas de pós-graduação maior atenção à produção acadêmica
dos docentes, concebendo-a como um instrumento de gestão.
14
Tabela 11 - Produção dos PPGCIs segundo o estrato QUALIS/CAPES
Estrato
QUALIS
UEL
UFBA
UFF
UFMG
UFPB
UFPE
UFRJ
UFSC
UNB
UNESP
UNIRIO A
UNIRIO B
USP
Art.
%
Art.
%
Art.
%
Art.
%
Art.
%
Art.
%
Art.
%
Art.
%
Art.
%
Art.
%
Art.
%
Art.
%
Art.
%
A1
8
11
9
13,5
12
21,5
74
31
51
23
18
16
11
13
39
24
20
14
33
16,5
1
2
3
7,3
30
20,5
A2
2
3
2
3
2
3,6
2
1
6
3
0
0
7
8
3
2
3
2
3
1,5
2
4,5
3
7,3
3
2
B1
45
62
37
55
23
41
101
42
109
49
43
40
32
40
67
42
81
56
107
53,5
15
32
15
37
65
44
B2
2
3
2
3
0
0
9
4
4
2
2
2
5
6
14
9
2
1,3
3
1,5
7
15
1
2,4
5
3,5
B3
0
0
1
1,5
2
3,6
11
5
3
1
2
2
3
4
8
5
2
1,3
4
2
4
8,5
2
4,8
7
5
B4
2
3
4
6
9
16
6
2
16
7
16
14
8
9
5
3
10
7
24
12
4
8,5
1
2,4
13
9
B5
9
12
4
6
4
7
22
9
9
4
8
7
3
4
8
5
13
9
15
7,5
4
8,5
5
12,2
6
4
C
2
3
5
7,5
2
3,6
5
2
5
2
3
3
5
6
6
4
2
1,3
4
2
1
2
3
7,3
9
6
Sem
estrato
2
3
3
4,5
2
3,6
8
4
18
8
17
16
10
12
9
6
12
8
7
3,5
9
19
8
19,5
9
6
Total
72
100
67
100
56
100
238
100
221
100
109
100
84
100
159
100
145
100
200
100
47
100
41
100
147
100
Fonte: Autran (2015)
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