ÓRGÃO DO PARTIDO OPERÁRIO REVOLUCIONÁRIO – MEMBRO DO COMITÊ DE ENLACE PELA RECONSTRUÇÃO DA IV INTERNACIONAL Abril de 2013 Viva o dia 1º de Maio, dia de luta, classista e socialista! Para defender a unidade na luta por emprego, salário, terra, educação, saúde e moradia! Greve dos operários em Belo Monte O 1º de Maio não é dia de festa, é dia de luta! Assim foi no passado e é assim hoje! É dia de luta dos explorados contra os exploradores! A alta do custo de vida esmaga as famílias assalariadas. Os preços sobem bem mais que a inflação oficial e muitíssimo mais que os salários. Principalmente os gêneros de primeira necessidade: alimentos, medicamentos, alugueis. Para os trabalhadores, as contas do governo e dos capitalistas sobre a inflação não interessam. A taxa de juros é manejada para enriquecer os banqueiros e/ou patrões. O que precisamos é de um salário que consiga sustentar nossas famílias e que seja reajustado automaticamente de acordo com a inflação. Esse é o salário mínimo vital (em nossos cálculos, 4 mil reais), reajustado com escala móvel de salários. Os empregos estão ameaçados. A indústria registra queda após queda na produção, apesar dos incentivos do governo. As recentes 598 demissões na GM são uma pequena parte do que já está acontecendo e ainda pode acontecer. Ou os trabalhadores se organizam para defender seus empregos por meio da luta de classes ou o patronato vai passar o facão. Os acordos de redução de direitos e viabilização de demissões impostos pelos patrões aos sindicatos são malditos! A defesa do emprego deve ser feita a todos: a divisão de todo o trabalho disponível entre todos os aptos, sem redução salarial, isso é a escala móvel de horas de trabalho, para pôr fim ao desemprego. E ela deve ser imposta aos patrões com luta! O movimento dos sem-terra se encontra numa situação difícil. O governo petista, apoiado por sua direção, não tem mais como política os assentamentos – assim, nem mesmo a reforma agrária ultralimitada será colocada em prática. Os fazendeiros, com organização no parlamento e com armamento de jagunços, impu- nes em seus assassinatos de lideranças, mantêm o latifúndio que esmaga os milhões de camponeses pobres e estrangula a produção agrícola. Isolados pelas direções burocráticas dos sindicatos e centrais operárias, não têm perspectiva de solução de seus problemas. É preciso romper com isso e colocar em pé a aliança operário e camponesa, que apoie a luta dos sem-terra contra o latifúndio, impulsione a ocupação e divisão das terras e realize a revolução agrária. A juventude e os trabalhadores em educação têm realizado grandes manifestações em defesa do ensino público e gratuito, que sofre com a mercantilização da educação. A educação nas mãos dos governos e dos capitalistas é destruída e se torna cada vez pior. A maioria da juventude não tem acesso à educação para todos em todos os níveis. Somente uma minoria consegue pagar os estudos. A maioria dos assalariados, que é negra, está fora da universidade, e nem mesmo a lei de cotas se aplica. Os professores da rede pública têm condições de vida e trabalho indignas. Têm de lutar para garantir que pelo menos a lei do piso seja aplicada. Os governos impulsionam a mercantilização e imbecilização com o ensino a distância. As bandeiras democráticas de ensino público e gratuito a todos, científico, laico, único e vinculado à produção social, aliadas às bandeiras específicas de estatização sem indenização da rede privada e controle coletivo pelos que estudam e trabalham, de atendimento às reivindicações salariais e de trabalho a todos os professores colocam a juventude e os trabalhadores da educação ao lado dos explorados contra os exploradores. Para impor suas medidas, os governos e os capitalistas têm utilizado a repressão como meio de intimidação e criminalizam os movimentos sociais. Assassinatos de sem-terra, repressão às greves e demissões por justa causa, processos e multas contra sindicatos, despejos militares de ocupações de sem-teto, processos e perseguição política contra estudantes e funcionários nas universidades e denúncia de movimentos como ação de quadrilhas, tudo isso tem de ser respondido com a defesa de fim de todos os processos e em defesa do direito democrático de se mobilizar pelas reivindicações. Os movimentos sofrem com o corporativismo ou governismo das direções, que mantêm as lutas divididas, e também aumentam a divisão entre as centrais. Sem unidade organizativa e na luta, não se obtém a força necessária para derrotar os capitalistas e os governos. É preciso um Congresso de base, com a mais ampla democracia operária, que unifique as centrais numa única organização nacional de centralização e unificação das lutas. A crise capitalista se manifesta mais profundamente na Europa e nos Estados Unidos, mas se espalha pelo mundo todo. Os governos procuraram proteger os bancos e as multinacionais aumentando explosivamente as dívidas públicas. Agora buscam despejar o custo da crise sobre as massas, com medidas de violento ataque aos empregos, salários e direitos. O intervencionismo militar das potências, tendo à frente os Estados Unidos, coloca as massas dos países oprimidos em levante contra a ingerência externa. As ameaças imperialistas contra países como Síria, Irã e agora Coreia do Norte colocam na ordem do dia a necessidade de defesa da autodeterminação dos povos oprimidos contra o imperialismo. A crise do sistema baseado na exploração do trabalho assalariado, capitalista, abre uma situação histórica em que o proletariado pode lutar pela transformação da propriedade privada dos meios de produção nas mãos da burguesia em propriedade social, coletiva, a ser controlada e manejada pelos explorados. O dia 1º de maio é a data da classe operária levantar seu programa socialista de destruição da sociedade de classes. Desde já, é preciso exigir dos sindicatos e demais organizações populares a convocação de assembleias de base para discutir e aprovar um plano de luta, que empunhe um conjunto de reivindicações de defesa do emprego, salários e da vida das massas. Que as centrais sindicais parem de colaborar com os patrões e governo e se coloquem por uma frente única de luta em defesa das reivindicações dos explorados. Todos ao 1º de maio, dia da classe operária e de todos os oprimidos pelo capitalismo! Viva o 1º de maio de luta pelo emprego, salário, moradia, saúde, educação para todos! Viva o 1º de maio de luta contra a repressão nas cidades e os assassinatos no campo, pelo fim da lei antigreve, pelo fim dos processos de perseguição política! Viva o 1º de maio anti-imperialista e anticapitalista! Escreva para Caixa Postal 01171 - CEP 01059-970 - São Paulo - SP - www.pormassas.org