El movimiento sindical internacional debe dejar de ser un agente receptor de las quejas para convertirse en emisor de protestas. Nosotros queremos ir más allá”, comentó Báez Mosqueira durante la transmisión. “Debemos tener información sobre el sistema normativo. En esta página virtual se pueden hacer consultas, formación a distancia, foros, alertas informativas y noticias relacionadas con los derechos humanos de los trabajadores y trabajadoras”. CSI – CSA Américas Info nº 24 Américas Info 27 de dezembro de 2011 Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas Contra a Recessão O Grupo de Trabalho sobre o Emprego deve criar 64 milhões de empregos para evitar a crise. www.csa-csi.org Leia neste número: Contra la recesión 01 2012: Congresso da CSA 02 Victor Báez Mosqueira em EcoCultura.TV 02 Jogue Limpo em Londres 03 Trabalhadoras e trabalhadores domésticos 04 O fracasso da OMC 05 Dia Internacional dos Direitos dos Migrantes 05 TLC Coréia – EUA atenta contra o emprego 06 Protesto dos Trabalhadores siderúrgicos 06 O movimento sindical internacional advertiu na primeira reunião do Grupo de Trabalho sobre Emprego do G20, realizada na Cidade do México, que, se não se conseguir proporcionar na próxima década, trabalho decente para os milhões de jovens que entram a cada ano nos mercados de trabalho globais, existe o perigo de explodir uma bomba-relógio social. Sharan Burrow, secretária geral da Confederação Sindical Internacional, disse que abordar o desemprego dos jovens significa criar empregos em toda a economia, uma vez que o déficit de emprego atingiu 64 milhões de pessoas, de acordo com o último relatório da ONU. "O desemprego juvenil é uma epidemia tanto nas economias desenvolvidas quanto nas emergentes, e representa uma grande ameaça para a recuperação econômica. A crise não pode ser tratada exclusivamente com medidas microeconômicas de emprego, porque o déficit atingiu proporções de epidemia”, disse Sharan Burrow. "Os governos precisam desenvolver uma política de investimentos altamente focadas no emprego, a fim de aumentar o crescimento global", disse o secretário geral da TUAC John Evans. "Os sindicatos têm publicado suas reivindicações prioritárias para o G20 em 2012, e forçar os governos a agir para retomar o crescimento e criação de emprego encabeça a nossa lista". Os sindicatos estão pedindo ao Grupo de Trabalho Emprego para desenvolver um Pacto para o Emprego de Jovens para o G20 em 2012. "Durante o ano passado presenciamos a erosão gradual do contrato social entre os políticos e as pessoas. Em 2012, os governos têm que reconstruir sua relação com seus eleitores e ouvir suas demandas por emprego". "O primeiro passo para reconstruir esta relação deve ser um Pacto para o Emprego de Jovens do G20, com treinamento e garantia do emprego aos jovens desempregados e os que abandonam a escola, uma expansão da aprendizagem e uma consolidação dos direitos e da proteção social aos trabalhadores jovens como uma ferramenta chave para enfrentar a crise, desde que também façam parte de medidas em toda a economia para todos os trabalhadores”, disse Sharan Burrow. O grupo de trabalho sobre o emprego é a primeira atividade importante, sob a presidência do México no G20, culminando na Cúpula de Líderes do G20 em Junho de 2012. Leia o Documento de discusión sindical para la primera reunión del Grupo de Trabajo del G20 sobre empleo Leia a Declaración de la Agrupación Global Unions sobre las prioridades sindicales para la Presidencia mexicana del G20 en 2012 Américas Info 01 2012: Congresso da CSA Rafael Freire: Queremos construir na CSA um sindicalismo de esquerda, democrático, pluralista e combativo. Rafael Freire, secretário de Política Econômica e Desenvolvimento Sustentável Confederação Sindical das Américas (CSA) visitou a Colômbia recentemente e a Agencia de Información Laboral falou com ele. www.csa-csi.org No contexto e as demandas da crise econômica mundial, qual é o papel do sindicalismo? Não é um cenário fácil. O desafio é enorme porque o sindicalismo é uma das principais vítimas do modelo neoliberal e de sua crise. É necessário pensar o sindicalismo do século XXI em termos de internacionalismo e demandas que não são as da Guerra Fria, mas as do modelo neoliberal. Surgem várias questões: que modelo se contrapõe, como e onde construir alternativas à crise, quais são as forças políticas e sociais para combater o que temos hoje no planeta, como conformamos uma potencia suficiente para superar a crise em beneficio da democracia e dos povos, especialmente dos trabalhadores, e não apenas do sistema financeiro e das multinacionais. Não é fácil, porque as democracias na Europa estão vinculadas a favor das grandes elites, multinacionais e do capital financeiro, e há uma resposta de direita em muitos casos. (...) Nesse contexto, qual o papel que o CSA? Na CSA queremos construir um sindicalismo de esquerda, democrático, pluralista, combativo, com um impacto real na disputa sobre o modelo econômico e a saída da crise. Nossa idéia clara é a construção de um desenvolvimento socialmente e economicamente sustentável, a sustentabilidade ambiental e o trabalho como o centro deste modelo. E, nesse sentido, você escolhe o caminho mais difícil: construir uma unidade programática, por estar vivo e forte o sindicalismo nesta parte do mundo. Não é possível que a Nicarágua tenha mais de 30 sindicatos, e o resto da América Central tenha 46 ou mais. Se o movimento sindical continua dividido e pulverizado, a energia se desgasta na luta interna e não vai servir para mudar a correlação de forças. Mas a construção da unidade não significa ter uma composição de irmãozinhos. (...) Victor Báez Mosqueira na EcoCultura.TV O companheiro Victor Báez Mosqueira, secretário geral da CSA, nos visitou com uma reflexão profunda sobre a situação do país e do mundo do trabalho. Ele foi entrevistado por Pedro Parra. Américas Info 02 Jogue Limpo em Londres Uma delegação sindical brasileira foi a Londres conhecer as iniciativas da campanha PlayFair 2012 www.csa-csi.org As campanhas Playfair Brasil e Playfair Londres 2012 se reuniram na capital britânica nos dias 12 a 14 de dezembro para trocar dicas e compartilhar as lições sobre a forma de assegurar que os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras sejam respeitados nas Olimpíadas e na Copa do Mundo. A delegação incluía Manoel Messias, Secretário de Relações de Trabalho da Central Única dos Trabalhadores (CUT); Nilson Duarte Costa, presidente do sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Rio de Janeiro (SITRAICP) e membro da secretaria executiva da União Geral dos Trabalhadores (UGT); Maria Susiclea Assis, do Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco e do secretariado executivo da Força Sindical; Mauricio Rombaldi, coordenador da campanha brasileira da Internacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM); Alexandre Praça, responsável de comunicação da CSA e Kristin Blom coordenadora de campanhas da Confederação Sindical Internacional (CSI). Um ponto-chave para discussão foi o envolvimento da campanha inglesa Playfair 2012 com o movimento olímpico e marcas esportivas em proteger os direitos dos trabalhadores nas cadeias de fornecimento global. A Playfair Brasil dará continuidade a este trabalho para que o trabalho decente esteja no centro da realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro bem como na Copa do Mundo, incluindo setores como a construção e a indústria têxtil. Os sindicatos e ONGs envolvidos na Playfair 2012 entenderam melhor as questões prioritárias para os trabalhadores brasileiros. Somente no setor de construção no Brasil já foram realizados 12 greves em estádios da Copa, que resultaram em melhor remuneração e melhoria da saúde e segurança para os operários. Uma nova lei está sendo debatida no Brasil, através do qual FIFA está buscando influenciar a legislação relativa à comercialização e direitos autorais. Os sindicatos demandam que a lei deve também garantir o respeito aos direitos dos trabalhadores envolvidos no evento. Estão também preocupados que as cláusulas sobre "marketing de emboscada" poderiam justificar a repressão contra ambulantes nas imediações dos estádios. Para a Copa do Mundo não existe um organismo nacional ou comissão através do qual a sociedade civil pode participar e influenciar as decisões. Isto significa que a FIFA pode atualmente interferir em assuntos de soberania nacional sem entraves. A ICM também vem pressionando a FIFA a assumir maior responsabilidade pelos direitos dos trabalhadores da construção nos estádios em todo o Brasil. Dez sindicatos do setor em cidades-sede da Copa já assinaram um acordo para uma agenda unificada que deve orientar as negociações sobre os direitos do trabalho no nível local em 2012. Américas Info 03 Trabalhadoras e trabalhadores domésticos Junte-se a nossa campanha pedindo a direitos e de proteção para os trabalhadores domésticos. Um ponto final na escravidão moderna. No mundo inteiro mais de 100 millhões de trabalhadores e trabalhadoras estão empregados para trabalhar na casa de outra pessoa. Estes trabalhadores domésticos encarregam-se de limpar, cozinhar, lavar a roupa, cuidar das crianças e de idosos e de muitas outras tarefas. Seu trabalho é subvalorizado, mal pago, invisível, não reconhecido e não respeitado. A maioria dos trabalhadores domésticos são mulheres (82%) – muitas vezes migrantes e menores de idade. Em muitos países, as trabalhadoras e trabalhadores domésticos não estão abrangidos pela legislação trabalhista e por programas de proteção social. A muitos é negado o direito, na lei ou na prática, para formar ou participar de um sindicato. Como resultado disso, o abuso, a exploração, a violência física e sexual são comuns e geralmente ficam impunes. O CSA e o Comitê das Mulheres Trabalhadoras das Américas lançaram campanha para a ratificação da Convenção 189 Em junho de 2011 a agência da ONU que lida com questões trabalhistas, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) adotou a Convenção 189 (C189) e Recomendação 201 (R201) sobre os trabalhadores domésticos. A Convenção 189 reconhece o direito dos trabalhadores e trabalhadores domésticos de formar e aderir a sindicatos, algo que permanece proibido em muitos países. Ela também protege o direito ao benefício de um salário mínimo nos países onde tal sistema existe, e propugna por pagamentos mensais e acesso à seguridade social, incluindo a cobertura para a maternidade. A Convenção estabelece que as trabalhadoras da casa devam ter um dia de folga por semana e regulamenta o seu horário de trabalho. Em essência, a Convenção assegura que os trabalhadores e as trabalhadoras domésticas sejam tratados como todos os outros trabalhadores abrangidos pelo direito de trabalho. A Convenção entrará em vigor quando for ratificada por pelo menos dois países. A Confederação Sindical Internacional (CSI) lançou a campanha mundial "12 por 12", que visa assegurar que 12 países ratificaram a Convenção 189 até o final de 2012. A campanha "12 para 12" da CSI se desenvolverá em cooperação com outras organizações em todo o mundo, incluindo a União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação, Agrícolas, Hotéis, Restaurante, Tabaco e Afins (UITA), da Rede Internacional da Casa, a Confederação Européia dos Sindicatos (CES) e outras organizações de direitos humanos, de mulheres e migrantes. Junte-se a nossa campanha para apoiar os direitos dos trabalhadores domésticos em seu país! Embora a campanha pretenda mobilizar a ação em todo o mundo, ela irá centrar-se sobre os seguintes países e sobre a UE: Brasil, Peru, República Dominicana, Paraguai www.csa-csi.org África do Sul, Senegal, Quênia Filipinas, Indonésia, Índia Arábia Saudita Mais informações: : [email protected] Américas Info 04 O fracasso da OMC Em uma declaração prévia à Oitava Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Genebra, 15-17 de dezembro, os sindicatos globais emitiram uma declaração conjunta criticando a OMC por não abordar os problemas fundamentais e propor soluções. O movimento sindical internacional está unido na sua forte crítica à OMC: "Apesar das críticas expressas por milhões de trabalhadores e trabalhadoras do mundo, ainda há muito pouca atenção na OMC para o crescimento com eqüidade, desenvolvimento e criação de pleno emprego, digno e produtivo, baseado no respeito pelos direitos dos trabalhadores e dos outros direitos humanos". Enquanto os trabalhadores e suas famílias sofrem cortes severos, como resultado da crise da dívida atual: "A existência da OMC não ajuda a prevenir os crescentes desequilíbrios em níveis insustentáveis, e muitos países entram em uma profunda recessão. O acordo, que se discute atualmente, que carece de transparência e tem base nas modalidades para as negociações na OMC, de dezembro de 2008 sobre NAMA e Agricultura, bem como as negociações em curso de liberalização dos serviços sob o GATS, não vai ajudar que o comércio traga como resultado a recuperação econômica, a criação de emprego e nem um desenvolvimento econômico real.” Véase la declaración completa aquí. Os sindicatos globais instam a OMC a negociar um pacote de medidas para os países menos desenvolvidos a fim de alcançar, pelo menos, um resultado positivo para os países mais pobres. De acordo com os sindicatos, o pacote deve incluir o acesso a mercados livre de direitos e quotas para todos os produtos dos países menos desenvolvidos. Os subsídios ao algodão devem ser eliminados. Além disso, em resposta às atuais problemas financeiros mundiais, a OMC não deve impedir diferentes medidas de regulação financeiras comumente recomendadas como controles de capital, proibições de serviços financeiros de risco, os limites de tamanho para os bancos e a “barreira de segurança" entre serviços bancários e serviços de investimento. Pede-se a todos os filiados da CSI para enviar uma declaração para seus ministros de comércio antes da Oitava Conferência Ministerial da OMC. 18 de dezembro de 2011 Dia Internacional dos Direitos dos Migrantes Hoje, ao comemorarmos o Dia Internacional dos Migrantes, estendemos o nosso chamado para defender o trabalho decente e serviços públicos de qualidade para todos, de forma que para todos os trabalhadores, a migração se tornará só uma escolha, não uma necessidade. Ativistas da ISP e organizações da sociedade civil se reúnem em Genebra pelos direitos dos migrantes e serviços públicos de qualidade para todos! Ratificar os principais instrumentos dos direitos dos trabalhadores migrantes: www.csa-csi.org Convenção Internacional sobre os Direitos de todos os Trabalhadores Migrantes e Membros de suas Famílias, Convenções da OIT sobre os trabalhadores migrantes: C97 e C143 http://www.migrantsrights.org Américas Info 05 TLC Coréia – EUA atenta contra o emprego A CSI, com o apoio de suas subsidiárias na Coréia e nos EUA, alertou que o novo tratado de livre comércio "KORUS" entre os dois países vai custar centenas de milhares de empregos. O tratado foi aprovado precipitadamente no parlamento coreano, em uma sessão convocada às pressas para pegar desprevenidos os partidos de oposição e minimizar a possibilidade de uma reação por parte do público. "Este www.csa-csi.org CSA Presidente: Linda Chávez Thompson Presidente Adjunto Julio Roberto Gómez Secretário Geral Víctor Báez Mosqueira Secretária de Políticas Sindicais e Educação Amanda Villatoro Secretário de Políticas Sociais Laerte Teixeira da Costa Secretário de Política Econômica e Desenvolvimento Sustentável Rafael Freire Neto Américas Info é o boletim informativo bimensal da Confederação Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas. CSA CSI Rua Formosa, 367 4°andar - Centro CEP 01049-000 São Paulo / SP - Brasil Telefone:11-21040750 tratado terá consequências devastadoras para milhares de famílias numa época em que os governos devem se concentrar na criação de emprego, em vez de minar o trabalho decente e diminuir o padrão de vida. Ele não fornece mecanismos adequados para proteger os direitos no trabalho, vai incentivar ainda mais a especulação financeira e o procedimento de resolução de litígios, que prevalece sobre o direito nacional é totalmente antidemocrático", disse a secretário geral da CSI Sharan Burrow. Estimativas independentes do impacto do TLC sobre o emprego mostram que se pode perder até 130 mil empregos no setor agrícola na Coréia, e mais de 150 mil nos EUA. A própria U. S. International Trade Commission concluiu que o impacto na criação de emprego seria provavelmente insignificante, contrariamente às afirmações da Câmara de Comércio dos EUA que se criaria até 280.000 novos empregos. Os sindicatos coreanos, FKTU e KCTU expressaram oposição à KORUS, com um protesto organizado pela KCTU em 13 de novembro, que contou com 40.000 participantes. O presidente da AFL-CIO, Rich Trumka disse que não se encaixa no novo modelo de acordo comercial que o movimento sindical tem defendido, nem contribui para o futuro global sustentável. "É essencial que ambos os países ajustem suas leis trabalhistas e práticas para se conformar com as normas internacionais, antes de implementar qualquer tratado", disse Trumka. "O tratado deve ser adiada até KORUS ser redesenhado de forma a promover o trabalho decente e normas fundamentais do trabalho", disse Burrow. "O mecanismo de solução de controvérsias Investidor-Estado seria eliminado, além de fazer uma avaliação completa do público sobre o impacto econômico e social do TLC para os trabalhadores de ambos os países." (CSI EnLínea, 16.12.2011) Protesto dos Trabalhadores siderúrgicos Os 1.050 membros do sindicato local 207L do United Steelworkers se enfureceram porque a administração da Cooper Tire & Rubber, em Findlay, Ohio, incumpriu as negociações que foram conduzidas de boa fé, impondo um fechamento patronal (lockout) a partir de 28 de novembro. Em demonstração de indignação, no sábado, dia 17 de dezembro, eles realizaram uma demonstração maciça de protesto, junto com sindicalistas de outros estados e regiões, nesta cidade, no norte de Ohio. O bloqueio começou quando, no final de novembro, os trabalhadores rejeitaram uma proposta cheia de concessões exigidas pela empresa, e após o pedido do USW para continuar trabalhando e continuar as negociações. O bloqueio da Cooper foi repentino, sem provocação, e agora é prejudicial tanto as relações de trabalho como para a vida dos trabalhadores. Poucos dias após o bloqueio, a empresa disse arrogantemente que vai reiniciar produção com uma força de trabalho composta pelos gestores e trabalhadores temporários fura-greves. (...) Em 13 de dezembro, o sindicato USW 207L voltou à mesa de negociações com Cooper, sob a supervisão de Kevin Moyer, mediador federal dos EUA. Américas Info 06