A importância do Centro de Empreendedores de Rio Verde para o
desenvolvimento regional do Município
1
Carlos Alberto da Fonte Nogueira
2
Edson Aparecida de Araújo Querido Oliveira
3
Elvira Aparecida Simões de Araujo
RESUMO
O artigo apresenta a trajetória dos 10 anos de existência do CERVE - Centro de
Empreendedores de Rio Verde que é a primeira incubadora de empresas do interior do
Estado de Goiás, e que funciona como um núcleo de extensão da FESURV – Universidade
de Rio Verde. Apresenta os principais problemas vivenciados pelos responsáveis pela
Gestão da Incubadora e pelos empreendedores incubados que por ali passaram, além de
vislumbrar os desafios que terão pela frente para manutenção do sistema de incubação no
município. O estudo de caso considera fatores que demonstram a influência da incubadora
como agente de desenvolvimento regional oportunizando efetiva contribuição para o
crescimento de Rio Verde e região. A partir do levantamento dos dados e de sua análise, o
estudo apresenta resultados, tanto econômicos como sociais, que validam o êxito da
incubadora de empresas.
Palavras-Chave: Empreendedorismo. Incubadora de empresas. Inovação.
ABSTRACT
The article presents the history of the 10 years of the CERVE - Center for Entrepreneurs Rio
Verde which is the first business incubator in the state of Goiás, and acts as a nucleus
extension FESURV - University of Rio Verde. Presents the main problems problems
experienced by those responsible for management of the Incubator and incubated by
entrepreneurs who passed by, and envision the challenges that will face for maintenance of
the incubation system in the city. The case study considers factors that demonstrate the
influence of the incubator as providing opportunities for regional development officer effective
contribution to the growth of Rio Verde and region. From the survey data and its analysis, the
study presents results, both economic and social, that validate the success of the business
incubator.
Keywords: Companies Incubators. Entrepreneurship. Innovation.
1 Administrador, Professor da FESURV – Universidade de Rio Verde e Mestrando em Planejamento e
Desenvolvimento Regional na UNITAU - Universidade de Taubaté. E-mail: [email protected]
2 Economista, Doutor em Organização Industrial - ITA – Professor do Programa de Pós-graduação em
Planejamento e Desenvolvimento Regional – Universidade de Taubaté – UNITAU (www.unitau.br). Email: [email protected]
3 Psicologa. Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas. Professora do Mestrado
em Gestão e Desenvolvimento Regional – Universidade de Taubaté - UNITAU. (www.unitau.br). E-mail:
[email protected]
1 INTRODUÇÃO
O cenário de competição provocado pelo processo de globalização vem colocando o
ambiente local como um dos principais fatores estratégicos de sucesso das empresas, sendo
os aspectos relacionados a infraestrutura física, capital humano, sistema de conhecimento,
cultura local e o tipo de instituições que podem formatar parcerias na região considerados
fatores primordiais na atração de novos investimentos para um município. As condições do
ambiente de negócios das empresas, incluindo as características setoriais da região,
conforme citado acima acabam moldando as estratégias empresariais e direcionando os
empresários para mercados mais vantajosos que permitam suas empresas incorporarem o
processo de aprendizagem local e agilizando o processo de criação e difusão de
conhecimentos tecnológico e organizacional. No Brasil, as discussões para facilitar a abertura
e funcionamento de MPE´s - Micro e pequenas empresas, bem como outras ações que
pudessem beneficiá-las, tais como políticas de incentivos fiscais, incentivar a participação das
mesmas em compras governamentais, estimular a formação de mercado para produtos
locais, facilitar o acesso ao crédito, abriram caminho para o fortalecimento das micro e
pequenas empresas. Atualmente considerada uma das alternativas mais eficazes para
viabilizar a geração de emprego, o crescimento econômico e a inclusão social na atualidade.
A articulação entre a sociedade civil e os governos municipais poderá trazer benefícios
importantes para o desenvolvimento, aumentando a legitimidade democrática do poder local,
uma vez que ambas as partes assumem a responsabilidade pela gestão do bem público.
O exemplo das incubadoras de empresas são uma opção viável para essa nova
realidade, onde governo, universidade e setor produtivo buscam aperfeiçoar suas relações,
no sentido de convergir objetivos econômicos e sociais, em um mercado competitivo e
inovador. De acordo com (ALBUQUERQUE, 1998), nas últimas décadas do século XX, são
apontados na literatura diversos fatores como a globalização, os avanços tecnológicos e a
reestruturação do sistema produtivo, como responsáveis pelo redirecionamento das
discussões sobre o processo de desenvolvimento. Este artigo pretende apresentar a trajetória
da incubadora de empresas do CERVE – Centro de Empreendedores de Rio Verde no Estado
de Goiás, ao longo de seus dez anos de existência, buscando evidenciar os fatores que
contribuíram para o seu desenvolvimento. Utilizou-se para tanto uma pesquisa exploratória
participante onde os gestores da incubadora, bem como as empresas que participaram dos
processos de incubação, relatam os principais problemas verificados e os desafios a serem
enfrentados. A pesquisa foi dividida em quatro seções incluindo essa introdução. Na segunda,
realiza-se uma abordagem sobre a evolução socioeconômica do município de Rio Verde e as
origens da incubadora. A terceira seção aborda o desenvolvimento das políticas que
influenciaram a criação e a manutenção do sistema de incubação de empresas no município,
bem como as parcerias que foram articuladas para realização do projeto. Por fim apresenta
os resultados alcançados e os desafios a serem enfrentados para dar continuidade ao projeto,
com as reflexões e considerações finais;
2 Referencial teórico
Para entender a importância de uma incubadora de empresas para uma determinada
região ao qual ela está inserida é necessário explicar alguns conceitos. Segundo Albuquerque
(2001), o processo de desenvolvimento regional pressupõe:
- Criação de novas instituições, advindas de negociações entre gestores públicos e
privados;
- impulso ao empreendedorismo local, criando empresas inovadoras; e
- a melhoria da capacitação de força de trabalho local.
Segundo Valeriano (2001, p. 6), o ato de organizar uma entidade consiste em atribuir a
ela uma estrutura (suas parte – esqueleto e músculos) e estabelecer as funções das partes
(como se interagem, quem faz o que), isto é, seu relacionamento ou funcionamento (estrutura
organizacional), para que ela cumpra sua missão ou atinja seus objetivos, permanentes ou
não. As organizações são instituídas para cumprir uma missão, que passa a ser a sua razão
de ser. Uma incubadora de empresas é organizada para apoiar o desenvolvimento de
empreendedores, micro e pequenas empresas ou grupos, que queiram criar empresas,
organizar seus negócios, transformar idéias em produtos ou serviços inovadores. O
desenvolvimento do município de Rio Verde tem como vertente teórica as teorias de
desenvolvimento territorial, onde as relações sociais e econômicas e as relações entre as
empresas são determinantes para o desenvolvimento local. Para Paula (2008): “o sentido do
desenvolvimento deve ser o de melhorar a qualidade de vida das pessoas (desenvolvimento
humano), todas as pessoas (desenvolvimento social), as pessoas que estão vivas hoje e as
que viverão no futuro (desenvolvimento sustentável)”.
As incubadoras são consideradas o espaço ideal para o desenvolvimento do
empreendedorismo. A estratégia de se implementar uma incubadora num município passa
pela necessidade de articular na região a integração entre a universidade, as instituições
públicas e o setor produtivo. A principal filosofia deste projeto é a integração dos centros de
referência e pesquisa com o setor produtivo, buscando a melhoria contínua dos processos e
um maior valor agregado aos produtos, serviços e marcas das empresas.
O conceito de estratégia é definido como um caminho, ou maneira, ou ação formulada
e adequada para alcançar, preferencialmente de maneira diferenciada e inovadora, as metas,
os desafios e os objetivos estabelecidos, no melhor posicionamento da empresa perante seu
ambiente, onde estão os fatores não controláveis (Oliveira, 2010, p. 185), A idéia de que a
inovação é o motor central do desenvolvimento econômico e na identificação de que as
regiões possuem atributos próprios, sintetizados na literatura por imersão social, ativos
relacionados ou interdependências não comercializáveis, e de que o sucesso econômico
depende da existência de meios inovadores (ALBAGI, 1999), surge a discussãodo papel da
inovação no desenvolvimento regional.
Segundo a ANPROTEC (2013), o movimento brasileiro de incubadoras vem crescendo
a uma taxa expressiva nos últimos dez anos, alcançando uma média superior a 25% ao ano.
Considerando-se levantamento do ano de 2010, as incubadoras brasileiras apoiam mais de
4.800 empresas (residentes e não-residentes), gerando, aproximadamente, 20.000 empregos
diretos. Adicionalmente, já foram graduadas cerca de 1.500 empresas, as quais faturam mais
de R$ 1,6 (um virgula seis) bilhões por ano e geram cerca de 13.500 empregos. Apesar da
significativa contribuição para o desenvolvimento das regiões e para o aumento da
competitividade das empresas, observa-se que as incubadoras precisam sintonizar suas
estruturas e serviços com as novas exigências da sociedade como um todo. Isso ocorre
porque tem havido uma mudança expressiva na natureza da competição, que deixa de
ocorrer entre as empresas para ocorrer entre as diferentes regiões. Os diferentes usos do
conceito de região e suas diferentes operacionalidades variam no tempo e no espaço,
explicando também contextos políticos, econômicos, institucionais e culturais (GOMES,
1995). A região é um produto social construído progressivamente pelas sociedades em seus
espaços de vida (SUFFI, 2002). De acordo com Krugman (1991), as vantagens de
especialização e de concentração geográfica das empresas traziam consigo os retornos
crescentes, independente das vantagens comparativas.
Atualmente o SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e
a ANPROTEC - Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos
Inovadores trabalham para construção de um novo modelo de atuação denominado CERNE Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos visando promover melhorias
expressivas nos resultados das incubadoras das diferentes áreas, tanto em termos
quantitativos quanto qualitativos.
3 Metodologia de pesquisa
Para o estudo que ora se apresenta, foi realizado um levantamento documental,
utilizando-se de material interno de órgãos públicos municipais, como leis, decretos, ofícios,
memorandos e relatórios, alguns acessíveis e outros não acessíveis ao público em geral, a
fim de descrever como nasceu e evoluiu a incubadora de empresas do CERVE – Centro de
Empreendedores de Rio Verde. Para tanto, utilizou-se da taxonomia adotada por Vergara
(2007), quanto aos meios utilizados, uma vez que para dar o suporte teórico necessário para
conhecer o assunto foram utilizadas informações contidas em livros e publicações técnicas,
acadêmicas, tornando-se estes o referencial bibliográfico da pesquisa. Quanto aos fins a
pesquisa é exploratória e estudo de caso, pois consiste no aprofundamento a respeito da
criação da incubadora de empresas em uma área adquirida pelo Município, onde foram
criados empreendimentos que estivessem dentro dos requisitos estabelecidos pelo município,
trazendo vantagens para a sociedade local, como por exemplo, a geração de emprego e
renda. A pesquisa participante, desenvolvida no âmbito do município de Rio Verde, reflete a
realidade temporal do período de 2003 a 2013 e pretende demonstrar em que medida o
CERVE – Centro de Empreendedores de Rio Verde pode ser considerado um instrumento
capaz de colaborar com a construção do desenvolvimento local? Far-se-á para tanto uma
análise de suas origens, sobre como foi implementado o projeto, como foram distribuídas as
áreas de incubação de empresas e como vem sendo gerida a incubadora nesse período.
Aproveitando-se do trabalho de pesquisa, pode-se fazer uma análise no regimento interno da
incubadora, buscando comparar o modelo de gestão atual com os novos parâmetros
definidos pela metodologia CERNE - Centro de Referência para Apoio a Novos
Empreendimentos, verificando a atuação do comitê gestor e da gerência da incubadora, além
de levantar as necessidades das empresas incubadas que já participaram do processo de
incubação e as que já se graduaram.
Justifica-se a importância teórica desse trabalho, uma vez que a partir dele poder-se-á:
- Aprofundar o conhecimento sobre o funcionamento da Incubadora de Empresas,
suas relações com o poder público e entre os empresários que atuam e atuaram naquele
segmento para o desenvolvimento local;
- Estimular o aparecimento de novas incubadoras na região e no Estado;
- Constituir-se referencial para a sociedade local e regional; e
- Apresentar, em particular aos administradores públicos, a importância de se
promover a qualidade de vida da população e o desenvolvimento da cidade através da
geração de empregos e renda, com consequente retorno dos investimentos realizados pelo
aumento do consumo local e da arrecadação municipal.
4 Origem da incubadora de empresas em Rio Verde
No Estado de Goiás o movimento de incubadoras de empresas nasceu há quase 20
anos com a criação da FUNTEC – Fundação de Desenvolvimento de Tecnópolis, entidade de
personalidade jurídica de direito privado sem fins lucrativos, cujas finalidades estão definidas
em seu estatuto, mas que basicamente destina-se ao fomento de ciência e tecnologia no
Estado de Goiás. A FUNTEC instituída em 24 de novembro de 1994 reuniu como instituições
fundadoras na ocasião de sua criação as seguintes entidades de renome no Estado de Goiás:
- Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás – ACIEG;
- Federação da Agricultura do Estado de Goiás – FAEG;
- Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de
Goiás – FACIEG;
- Federação das Industrias do Estado de Goiás – FIEG;
- Federação dos Clubes de Diretores Lojistas do Estado de Goiás – FCDL;
- Associação Comercial e Industrial de Anápolis – ACIA;
- Fundação de Ensino Superior de Rio Verde – FESURV;
- Universidade Católica de Goiás – UCG;
- Universidade Estadual de Anápolis – UNIANA.
Com o passar dos anos outras instituições de renome passaram a fazer parte do
conselho curador, dentre elas a Universidade Federal de Goiás e a Rede Goiana de
Inovação. Através da articulação dessas instituições muito já se avançou, no sentido de
produzir tecnologias inovadoras.
De acordo com Souza (2005, p.249-250):
A sociedade compõe-se de uma rede de instituições em permanente
conflito, gerando mutações que agem sobre os indivíduos e que se
refletem nas instituições. Os indivíduos e instituições buscam a
sobrevivência, adaptando-se constantemente ao meio, por intermédio
da formação de hábitos e padrões de comportamento. Além das
necessidades básicas, o indivíduo procura conquistar um espaço em
seu grupo social, como reconhecimento e poder. O indivíduo
apresenta uma tendência natural à inércia (hábito), mas existem forças
dinâmicas que o movimentam (inovações).
Com a finalidade de se firmar e de conquistar espaço no Estado de Goiás, estas
entidades cederam profissionais para atuarem de forma voluntariosa, como conselheiros
curadores nas reuniões da Fundação. Naquela ocasião a FESURV não possuía ainda o
Status de Universidade, motivo pelo qual buscava inserir-se no cenário Estadual, atuando em
parceira com entidades de renome no Estado. Pouco a pouco, expressões novas passaram a
fazer parte do vocabulário desses conselheiros, dentre as quais destaca-se o movimento em
prol da criação de incubadoras de empresas.
A experiência de criação da incubadora de empresas no município de Rio Verde-GO
foi motivada não só pela aspiração dos representantes da FUNTEC, mas também pela
pujança do empresariado rioverdense. O município situado a sudoeste do Estado de Goiás,
no centro do território brasileiro, possui localização privilegiada, com vias de acesso a todas
as regiões do Brasil, condição que confere contato direto tanto com os Estados do Norte
quanto do Sul do país. A população de Rio Verde é formada por pessoas de várias
procedências, migrantes de diversas regiões do país que se juntaram às famílias pioneiras da
região, atraídas pelo bom desempenho da agropecuária e, no período de 2000 a 2010, pela
agroindústria. Segundo o IBGE, a estimativa populacional em 2011 era de 181.020 habitantes
distribuídos entre as áreas rural e urbana. Localiza-se estrategicamente há 215 quilômetros
da Capital. O município possui quatro distritos industriais municipais e dois estaduais.
De acordo com levantamento realizado em 2010 pela Secretaria da Fazenda do
Municipal de Rio Verde (Tabela 1) identificou-se no município a atuação de 8.958 empresas
distribuídas pelas respectivas atividades:
Tabela 1 - Empresas atuantes em Rio Verde - Ano de 2010
Atividade
Comércio
Serviços
Indústria
Comércio e Serviços
Comércio e Indústria
Indústria e Serviços
Agropecuária
Agricultura
Nº de Empresas
3.743
4.191
457
257
114
44
119
33
Fonte: Secretaria Municipal da Fazenda de Rio Verde
Os dados do IBGE de 2010 (Tabela 2) demonstram a produção das principais lavouras
temporárias, fazendo um referencial à classificação do município de Rio Verde com relação
ao Estado de Goiás.
Tabela 2 - Quantidade produzida das principais lavouras temporárias - Ano de 2010
Lavoura temporária
Algodão herbáceo (em caroço)
Feijão (em grão)
Girassol (em grão)
Milho (em grão)
Soja (em grão)
Sorgo (em grão)
Quantidade Produzida (tonelada)
Classificação
Brasil
Centro-Oeste
Goiás
Rio Verde no Estado
2.949.845
1.784.448
180.404
11.310
5o.
3.158.905
503.573
288.816
13.500
4o.
86.730
63.363
16.674
1.540
4o.
55.394.801
16.900.451
4.707.013
501.600
2o.
68.756.343
31.558.236
7.252.926
768.500
1o.
1.532.064
951.940
611.665
72.000
1o.
Fonte(s): Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Elaboração do Autor
O ano de 2000, após uma disputa política de bastidores, travada com a cidade mineira
de Patos de Minas, iniciam-se as operações do Complexo Agroindustrial da Perdigão,
atualmente Brasil Foods (BRF), maior complexo agroindustrial da América Latina, tendo
possibilitado a multiplicação do número de produtores de aves e de suínos na região. De
acordo com o IBGE (Tabela 3), em 2010 a produção de aves, bovinos e suínos apresentava a
seguinte configuração:
Tabela 3 - Principais produtos da pecuária - Ano de 2009
Atividade (cab)
Efetivo de rebanho de Aves
Efetivo de rebanho Bovino
Efetivo de rebanho Suino
Qtde de cabeças
Classificação
Goiás
Rio Verde
no Estado
55.156.362
12.350.000
1o.
21.347.881
400.000
4o.
2.046.727
718.000
1o.
Fonte(s): Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Elaboração do Autor
São inúmeras as possibilidades propiciadas pela cultura do empreendedorismo
orientado para a Inovação no Brasil atualmente. Dentre as políticas públicas pode-se citar:
- Tecnologias sociais que promovem a inclusão das pessoas mediante redes voltadas
para a solidariedade e redução de desigualdades (políticas muito comuns no norte e
nordeste);
- Incubadoras e parques tecnológicos que se situam na maioria das vezes agregados
à universidades e instituições de ensino e que abrigam empreendimentos inovadores;
O estímulo ao empreendedorismo fora do contexto acima citado, através de políticas públicas
não é uma tarefa simples, pois envolve uma série de fatores alheios à vontade dos gestores
públicos. Pensando em articular a solução de dois problemas que se avolumavam no
município de Rio Verde-GO, quais sejam:
- Fluxo de imigração de pessoas advindas de outros Estados para trabalharem nas
grandes indústrias e que não dispunham de moradia e/ou moravam em assentamentos
irregulares;
- Reduzir/eliminar distúrbios causados por pequenas indústrias instaladas no Centro
da Cidade;
- Gerar empregos e renda para a população;
- Atender a demanda por serviços especializados das grandes indústrias.
A solução para os problemas passavam necessariamente pela construção de
moradias, pela transferência das empresas instaladas no centro da cidade para a periferia
(longe do centro) e pela criação e/ou desenvolvimento de novos empreendimentos.
Para proceder a remoção das famílias carentes assentadas em área pública e que
encontravam-se em condições precárias (sem saneamento básico, água, energia, asfalto,
escolas para os filhos), articulou-se junto ao Governo do Estado de Goiás, a doação de
terrenos de sua propriedade, que localizavam-se na periferia da cidade, para que tais famílias
(que ocupavam indevidamente terrenos à margem da estrada) pudessem construir casas com
um mínimo de dignidade.
A idéia de instalação de um novo distrito industrial em Rio Verde vinha sendo cogitada
desde a chegada das grandes indústrias que se instalaram no Distrito Industrial localizado na
BR060 no ano 2000. Através de um convênio com o Governo do Estado e Prefeitura
Municipal de Rio Verde no ano de 2000, aportaram grandes empresas de embalagens,
manutenção de veículos e outros serviços para atender à demanda do maior frigorífico de
aves e suínos da América latina (antiga Perdigão e atual BR Foods).
Apostando na ideia de solucionar alguns transtornos provocados por indústrias
localizadas no centro da cidade, o município adquiriu uma área de 402.091,43 metros
quadrados, localizada à margem da Rodovia GO174, à direita de quem vai para o município
de Montividiu. Nesta área consolidou-se o primeiro Distrito Industrial destinado a micro e
pequenas empresas, procedendo o desmembramento da área total em lotes, resultando em
um total de 23 quadras e 436 lotes (figura 1).
O município se propôs a doar um ou mais lotes que pudesse atender às necessidades
da empresa a ser transferida para esse novo distrito. A aquisição da área foi feita através de
permuta com o governo do Estado de Goiás (esta área estava sendo ocupada por
representantes do Movimento Sem Terra).
As empresas interessadas e que reunissem os requisitos para o recebimento do lote
na ocasião deveriam se dirigir à Secretaria de Indústria e Comércio para candidatar-se ao
pleito.
Figura 1. Projeto de urbanização
Com a criação da incubadora de empresas do CERVE – Centro de Empreendedores
de Rio Verde no mês de setembro de 2003, o município deu um passo decisivo para apoiar
os empreendedores interessados a se instalarem no DIMPE - Distrito Industrial Municipal de
Pequenas Empresas. Com uma equipe técnica de dois professores da FESURV e uma
secretária geral mantida pela Prefeitura, realizou-se diversos trabalhos de consultoria para
realização de planos de negócios para os interessados em se instalar no DIMPE.
A Lei No. 4746/2003 de 17 de dezembro de 2003 consolidou a criação no novo Distrito
Industrial. Em 03 de março de 2004 a Lei 4775/2004 em seu artigo primeiro autoriza a doação
de lotes para instalação de indústrias e prestadores de serviços, desde que atendam ao
disposto na Lei 4746/2003. Dentre os requisitos para se candidatar a um lote no DIMPE
estavam:
- Apresentação de projeto (plano de negócio) por parte do interessado no terreno;
- Ser pequeno empresário;
- Estejam funcionando em condições precárias dentro da cidade (áreas de risco) e/ou
próximo a instalações coletivas (escolas, hospitais, condomínios residenciais), causando
poluição sonora e outros efeitos prejudiciais ou que utilizem máquinas e equipamentos que
causem interferência na energia de transformadores, nas rádios/televisões da vizinhança
dentro da cidade;
- Estejam enquadrados dentro das categorias empresariais definidas como industria
e/ou prestador de serviços para indústrias.
Tais requisitos não estavam explícitos em nenhum regulamento, no entanto eram
considerados para fins de análise dos projetos. A foto abaixo apresenta a localização do
distrito industrial municipal de pequenas empresas (figura 2).
Figura 2. Vista aérea do DIMPE
5 Resultados
Através de convênio firmado entre a Prefeitura Municipal de Rio Verde e a FESURV,
em um espaço físico cedido pela prefeitura (Figura 3), situado na Rua Nizo Jaime de
Gusmão, 644 no Bairro Vila Amália, iniciavam-se os trabalhos da incubadora de empresas.
Num escritório para realização de consultorias com uma área total de 72 m2 os projetos para
empresas interessadas a se instalar no DIMPE eram analisados e transformados em Planos
de Negócios. O SEBRAE apoiou a implantação com recursos do Edital de Apoio à
Implantação de Incubadoras no Estado de Goiás. Com os recursos desse Edital foram
realizados cursos e os gestores da incubadora puderam conhecer melhor como deveria
funcionar uma incubadora de empresas.
Apesar que havia entre o DIMPE e o escritório da incubadora, conseguiu-se reunir por
diversas vezes, empreendedores e empresários interessados em inovar em suas atividades,
razão pela qual o movimento conseguiu obter o apoio por anos consecutivos por parte da
prefeitura Municipal, tendo inclusive provocado a criação de duas associações empresariais
(confeccionistas e moveleiros) que até hoje atuam em prol de suas classes empresariais.
Figura 3 – Escritório do CERVE
Neste mesmo local, através de convênios realizados com a Secretaria de Indústria e
Comércio do Município e Governo do Estado de Goiás, foram instalados os Polos Moveleiro e
de Confecções através de projetos elaborados pelo CERVE e com apoio dos empresários dos
dois setores. Hoje funcionam regularmente cursos ministrados pelo SENAI para os
profissionais das duas áreas. Para uma perfeita integração do CERVE com a sociedade local
foram realizadas parcerias com as seguintes instituições:
- SENAI – Serviço Nacional da Indústria - Goiás;
- IEL – Instituto Euvaldo Lodi - Goiás;
- SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas - Goiás;
- Secretaria de Juventude, Ciência e Tecnologia de Rio Verde – SECTEC;
- Secretaria de Indústria, Comércio e Meio Ambiente de Rio Verde;
- Secretaria de Trabalho do Município de Rio Verde;
- Associação Comercial e Industrial de Rio Verde;
- SIMESGO – Sindicato das Indústrias Metalúrgicas do Estado de Goiás;
- FUNTEC - Fundação de Desenvolvimento de Tecnópolis de Goiás,
- RGI - Rede Goiana de Inovação;
- Banco do Brasil através do Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável;
- Fundação de Apoio a Pesquisa do Estado de Goiás e;
- Fundação de Apoio a Pesquisa da UFG.
Na perspectiva dos agentes políticos e do Conselho Gestor da incubadora, nessa área
anexa ao escritório da incubadora, antigos galpões da CONAB – Companhia Nacional de
Abastecimento, a Prefeitura destinaria às empresas incubadas, com Show Room e Centro de
Treinamentos, além de outras salas para atendimento geral da população. Com esforço e
determinação os empreendedores saíram em busca de patrocínio e criaram suas associações
a fim de se organizarem melhor.
Figura 4 – Galpões da CONAB adquiridos pela Prefeitura
Num dos galpões com 800 m² (figura 5) foi constituído através de projeto elaborado
pelo CERVE o Polo Moveleiro. Atualmente ali funciona o Showroom para as empresas da
Associação dos Fabricantes de Móveis de Rio Verde (12 empresas mantém exposição
permanente de produtos e serviços) com recepção, cantina e dois banheiros, além de duas
salas para treinamento (atividades práticas e teóricas). No ano de 2013 formou sua 14ª.
Turmano Curso de Marcenaria Moderna.
Figura 5 – Galpão reformado – Polo Moveleiro
Prepara-se para realizar sua primeira turma para o curso de design gráfico em
software recebido através de Projeto realizado pelo CERVE.
No outro galpão com 1.425 m² (figura 6) funciona o Polo de Confecções que também
foi constituído através de projeto elaborado pelo CERVE e que atualmente está dividido em
Showroom onde estão instaladas 125 máquinas de costura industrial, com recepção, cantina
e dois banheiros e três salas para treinamento (atividades práticas e teóricas). Já formou
inúmeras turmas de corte e costura industrial. Possui ainda uma área de total de 1500 m²
para estacionamento.
Figura 6 – Galpão reformado – Polo de Confecções
O primeiro convênio firmado em 2003 com a Prefeitura Municipal de Rio Verde venceu
no ano de 2009 e por este motivo o CERVE – Centro de Empreendedores de Rio Verde teve
que buscar outro local para continuar mantendo suas atividades. Temporariamente encontrase instalado em uma sala de 12 m2 na Rua Senador Martins Borges esq. c/ Rua Maria
Ribeiro do Carmo, anexo ao Prédio do Centro de Negócios da FESURV. Mantém atualmente
cinco empresas incubadas como associadas sendo elas:
- Inovice Soluções Corporativas Ltda. End. Praça Carolina Leão Veloso, 291, Morada
do Sol. Contrato assinado em 02 de Junho de 2011.
- Coopersag – Cooperativa de Suinocultores e Avicultores de Goiás. End. Avenida
Presidente Vargas, Morada do Sol. Contrato assinado em 22 de Novembro de 2011.
- Rio Verde Inox Ltda. End. Rua Zé do ferro, Qd. 11, lote 11/24 Nº 508, DIMPE – Rio
Verde – GO, contrato assinado em 05 de maio de 2012.
- Ricardo de Souza e Cia Ltda. End. Rua Zé da Vitamina, Nº 181, Quadra 20, lote 13,
DIMPE- Rio Verde – GO, contrato assinado dia 05 de maio de 2012.
- NECTAR Informática Ltda. End. Travesssa 01 Qd 2, Lt 07, Vitória Régia, Rio Verde –
GO, Contrato assinado em 21 de agosto de 2012.
Além deste apoio para incubação de empresas o CERVE realiza plano de negócios
para que empreendedores possam simular a montagem de empresas nos diversos ramos de
negócios.
Ao longo destes 10 anos de atuação o CERVE realizou centenas consultorias gratuitas
a empreendedores interessados, já apoio a incubação de 15 empresas, graduou duas,
apoiando duas associações empresariais e uma cooperativa de produtores sendo elas:
- Excelência Júnior Consultoria Empresarial no agronegócio de apoio ao CERVE
Residente Contrato assinado em 01/09/2003 concluiu atividades em Jan/2005;
- Mix Eventos e Marketing Empresarial - Consultoria Empresarial no agronegócio de
apoio ao CERVE Residente Contrato assinado em 01/09/2003 concluiu atividades em
Jan/2005;
- AgroBiotech - Biotecnologia Vegetal - Gerar produtos e processos de interesse do
produtor (da agricultura) e negociar com as Fundações para que essas introduzam as
características de interesse em suas variedades comerciais – Contrato assinado em
01/07/2004 e distrato em 01/07/2005;
- Natuvida - Produtos manipulados e processados a base de vegetais – End. Rua
Agenor Diamantino, 386 – Pq Bandeirantes – Contrato assinado em 01/07/2004 e distrato em
01/07/2009;
- Associação dos Produtores Rurais do Rio Doce e Barra Mansa Bebidas
Orgânicas
Indústria de Cachaça. Contrato assinado em 01/07/2004 e distrato em 01/07/2005;
- Industria e Comércio de Farinha Dona Nega - Indústria alimentícia a base de Farinha
de mandioca com soja End. BR 060, Km 372 - Distrito Industrial - Contrato assinado em
01/07/2005 e distrato em 01/07/2006;
- Produtos Alimentícios Tapioca Ltda - Contrato assinado em 01/07/2005 e distrato em
01/07/2006;
- América Alves e Andrade Ltda – End. Rua 04 Lt 06 Qd 08 - Pq. Betel - Contrato
assinado em 01/07/2005 e distrato em 01/07/2006;
- Indústria e Comercio de Produtos Naturais ODLA Ltda. End. Rua 08 quadra 16, Lote
11 – Residencial Dona Gercina - Contrato assinado em 01/06/2007 e distrato em 01/06/2009.
- Soy Tech Seeds Ltda - Melhoramento Genético Contrato assinado em 01/10/2008 e
distrato em 01/06/2009;
- Techshop Informática - Marcos Augusto Informática Ltda. End. Rua Prof. Joaquim
Pedro, 206 Sala 02 – Centro - Contrato assinado em 01/07/2008 e graduada em 01/07/2010
- Associação dos Fabricantes de Móveis de Rio Verde – conta com 32 associados e é
residente desde 2007 nas instalações do Polo Moveleiro - End. Rua Nizo Jaime de Gusmão,
Centro
- Associação das Indústrias de Confecções de Rio Verde – Assincorv – conta com 72
associados e é Residente desde 2008 nas instalações do Polo de Confecções - End. Rua
Nizo Jaime de Gusmão, Centro
Com o término do Convênio com a Prefeitura de Rio Verde, a partir de 2009 o CERVE
encontrou dificuldades para sua manutenção, por ter sido desalojado do endereço em que
realizava suas operações, motivo que levou o núcleo de extensão a realizar projetos em
parceria com a FUNAPE – Fundação de Apoio à Pesquisa da Universidade Federal de Goiás,
através do PROINE - Programa de Incubação de Empresas da UFG em Goiânia-GO, com a
finalidade de obter recursos e equipamentos para suas instalações, sendo que atualmente
existem dois projetos em andamento:
-
Convênio
FINEP
nº
0110023200/10
–
PROJETO
DE
INTEGRAÇÃO
E
DESENVOLVIMENTO TECNOLOGICO – IDETEC;
- Convênio 1852/2010 - INTECGO - Projeto INTEGRAÇÃO, CONSOLIDAÇÃO E
FORTALECIMENTO DAS INCUBADORAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE GOIÁS.
Em 2012 o CERVE conseguiu recursos para realização de projetos através da FAPEG
– Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de Goiás através do CONVÊNIO FINEP FUNAPE GO - Ref. 1852-10 motivo pelo qual espera ampliar o número de empresas
incubadas para o ano de 2013.
Considerações Finais
O artigo se propôs apresentar a importância do CERVE para o desenvolvimento
regional do município de Rio Verde, muito embora nem todas as pessoas que tiveram a
oportunidade de se envolver com o movimento de incubação de empresas houvessem tido o
sucesso esperado em seus empreendimentos. O processo de incubação de empresas em
Goiás ainda é recente se comparado a outros Estados, motivo que ainda impede que um
volume maior de recursos públicos sejam destinados ao sistema, pelos parcos resultados
verificados pelo movimento até o presente momento. Fazer o movimento de incubadoras de
empresas crescer no Estado de Goiás é uma das aspirações dos conselheiros e gestores do
CERVE. Apesar das dificuldades enfrentadas e da falta de estímulo, o momento atual
continua positivo e dinâmico já que recursos públicos estão sendo disponibilizados pelos
Governos, desde que haja projetos viáveis. Os novos projetos realizados pelo CERVE darão
condições para sustentabilidade por pelo menos mais dois anos, espera-se nesse período
ampliar a divulgação do movimento na região, atingindo novos empreendedores e dando
condições para incrementar a inovação. O ano de 2013 sinaliza com a disposição para a
realização de um novo convênio com a Prefeitura Municipal de Rio Verde, para implantação
do Parque Tecnológico do Sudoeste Goiano, buscando parcerias com o Governo do Estado
de Goiás e o Governo Federal. Ressalta-se a importância do contexto organizacional que
envolve a incubadora e a Universidade e de como suas características influenciarão na
definição de políticas públicas voltadas para a inovação, principalmente a nível municipal.
Este é um ponto de extrema relevância para o avanço do movimento na região – o melhor
entendimento da questão de se apoiar a inovação com recursos públicos, principalmente
através do oferecimento de espaços compartilhados. Pode-se ainda perguntar: Como os
agentes públicos veem a funcionalidade da incubadora para o desenvolvimento do município?
No que se refere ao interesse da população, percebe-se que o grande desafio é mostrar para
os empreendedores que se faz necessário buscar novos conhecimentos para poder inovar e
neste aspecto a incubadora, independentemente de apoio governamental estará cumprindo
seu papel, promovendo cursos, treinamentos e consultoria para o público em geral.
REFERÊNCIAS
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E.;LASTRES, H. M. M.(Orgs.) Globalização & Inovação localizada: experiências de
sistemas locais no Mercosul. Brasília: IEL/IBICT, 1999.
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<http://www.anprotec.org.br/cerne/modelo.php>. Acesso em: 30 jan. 2013.
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<http://terra.cefetgo.br/inove/inove.htm>. Acesso em: 30 jan. 2013.
GOMES, Paulo Cesar da C. O conceito de região e sua discussão. In: CASTRO, Iná Elias;
CORRÊA, Roberto Lobato; GOMES, Paulo César da C. (Orgs.). Geografia, conceitos e
temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. p. 49-74.
KRUGMAN, P.R. Development, geography and economic theory. Massachusetts:MIT,
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PAULA, J. Desenvolvimento local: como fazer? Brasília: SEBRAE, 2008
SOUZA, N. J. Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Atlas, 2005.
SUFFI, S. Desenvolvimento Regional: uma abordagem através de cluster da saúde.
Dissertação Mestrado de Engenharia de Produção. Florianópolis: UFSC, 2002. Disponível
em: <http://www.eps.ufsc.br>. Acesso em: 17 jan. 2012.
VALERIANO, D. L. Gerenciamento Estratégico e Administração por Projetos. São Paulo:
Makron Books, 2001.
VERGARA, S. C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 9. ed. São
Paulo: Atlas, 2007.
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a importância do centro de empreendedores de rio verde