Ano 4 | Edição 40 | Setembro/2014
FÓRUM SOJA BRASIL:
EVENTO DEBATEU OS
DESAFIOS DA OLEAGINOSA
bOIHTEL:
ALTERNATIVA PARA
PECUARISTAS
sumário
■
06
08
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15
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21
■
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25
ACONTECEU
Caravana Soja Brasil passou por Rio
Verde
Alimentos foram doados para
instituições carentes
Ferrugem Asiática foi discutida
durante reunião da Comissão de
Agricultura
Sindicato Rural presente no
Workshop de Aquicultura
Dia Nacional do Campo Limpo
completou 10 anos em agosto
Sindicato Rural participou da sexta
edição do Goiás Mais Leite
Sindicato Rural presente no debate
dos candidatos a presidência
Funcionários passam por reciclagem
na FAEG
Chegou a hora de declarar o
imposto territorial rural
AGRONEGÓCIO
Boihtel: Alternativa para pecuaristas
e investidores
Ponte de Cabo de Aço é patrimônio
estadual
Artigo: participação nos lucros ou
resultados
■
AGROPECUÁRIA
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Manejo é alternativa para evitar
prejuízos nos bezerros
■
EQUOTERAPIA
UVAS
28
TEM SIDO
ALTERNATIVA PARA
PRODUTORES DE
GOIÁS
Equoterapia inicia o segundo
semestre com novos praticantes
■
CULINÁRIA
30
Biscoito frito
16
■ CAPA
diretoria
Triênio 2013/2016
Diretoria
Presidente: Walter Baylão Junior
Vice-Presidente: Luciano Guimarães
Secretário: Walter Venâncio Guimarães
Tesoureiro: Celso Leão Ribeiro
Conselho Fiscal
Antônio Pimenta Martins
Enio Jayme Fernandes Júnior
Antônio Carlos de Campos Bernardes
Delegados Representantes
José Roberto Brucceli
Sadi Secco
Suplentes
Olávio Teles Fonseca
José Oscar Durigan
João Van Ass
Iara Furquim Guimarães
Suplentes
José Cruvinel de Macedo Filho
Simonne Carvalho Miranda
Cairo Arantes Carvalho
Suplentes
Wolney Oliveira Guimarães
Helder Bassan Ruy
fala do presidente
PRODUTORES
DE UVA
Presidente Walter Baylão Jr.
ANO 4
EDIÇÃO 40
SETEMBRO de 2014
SINDICATO RURAL DE RIO VERDE
Fundado em 1958
Sede: Av. João Bello, s/nº, Bairro Popular,
CEP 75900-000, fone (64) 3051-8700
[email protected]
DEPARTAMENTO COMERCIAL
Sindicato Rural - (64) 3051-8700
Terra Brasilis - (64) 3623-8881
JORNALISTA RESPONSÁVEL
Fabiana Sommer Fontana
Mtb 2216-GO
cONSELHO EDITORIAL
Celso Leão Ribeiro
Helder Bassan
Iara Furquim
Simone Carvalho
Valter Venâncio
Walter Baylão Jr.
PROJETO GRÁFICO
Terra Brasilis Marketing e Comunicação
CNPJ 07.284.127/0001-29
DIAGRAMAÇÃO
João Batista | Sávio Marcos
FOTO de CAPA
Fabiana Sommer
IMPRESSÃO
Gráfica Visão
A agricultura familiar brasileira vem se adaptando cada vez
mais as exigências do mercado e ao longo dos anos vem
incorporando avanços significativos nas propriedades sem
perder as características marcantes, como a presença do
trabalho familiar na atividade
agrícola.
Em meio à competitividade do
agronegócio, a agricultura familiar vem se destacando pela
inovação, ou seja, pela produção de diferentes produtos, na busca pela melhor utilização da
família na atividade, e essas inovações vêm trazendo inúmeros
benefícios e resultados satisfatórios, uma delas é a produção
de uva, que tem tido um crescimento significativo em terras
goianas.
Com produção já comprovada, a uva vem se tornando fonte de
renda dentro da agricultura familiar e tem mostrado que no cerrado a cultura também dá certo. Este é o caso da família Neves,
que desde 2001 trabalha com o plantio de três diferentes tipos de
uva na propriedade que fica na região da Bahiinha, localizada a
74 quilômetros de Rio Verde.
A família possui 7.8 hectares de parreiras, o que equivale a 11
mil pés da fruta e na propriedade são cultivadas quatro variedades, Isabel, Cora, Niágara Rosada e a Isabel precoce.
A atividade vem dando tão certa em Goiás, que de acordo com
a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado, diversos municípios estão envolvidos com a atividade, como Alto Paraíso, Bela
Vista, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldas Novas, Caldazinha,
Cidade de Goiás, Formosa, Goianésia, Goiânia, Inhumas, Ipameri, Itapirapuã, Itapuranga, Itarumã, Itumbiara, Nerópolis, Nova
Veneza e Senador Canedo. Já os municípios de Santa Helena de
Goiás e Paraúna além da produção, se destacam em virtude da
presença de indústrias processadoras de uvas.
Apesar do estado de Goiás não possui uma política pública agrícola voltada para essa atividade, o cultivo tem dado muito certo
e espera-se que as novas tecnologias possam surgir para auxiliar
o produtor familiar.
Um forte abraço!
aconteceu
CARAVANA SOJA BRASIL
PASSOU POR RIO VERDE
C
om
aproximadamente
600 pessoas, o 1º Fórum Soja Brasil safra
2014/2015 realizado pelo Canal Rural e Associação dos
Produtores de Soja de Goiás (Aprosoja), com apoio da
Faeg, Senar, Sindicato Rural
de Rio Verde e Embrapa, foi
um sucesso. O evento que
aconteceu no dia 25 de agosto no Salão Verde do Sindicato
Rural, teve como objetivo debater os desafios do próximo
ciclo da oleaginosa.
O município foi escolhido
para a realização do primeiro
Fórum, pois tem o maior PIB
agrícola do estado com cerca de R$723 bilhões, além de
possuir a maior produção de
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soja de Goiás, com média de 579 mil toneladas
e concentra um número muito grande de produtores e indústrias do ramo do agronegócio.
O evento foi realizado em dois momentos através de debates chamados painéis. O primeiro
abordou sobre “Políticas públicas e impactos
nos custos de produção” e foi mediado por
Glauber Silveira, presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de soja, Bartolomeu
Brás Pereira presidente da Aprosoja Goiás e
vice-presidente institucional da Faeg, Marcelo
Hirakuri pesquisador da Embrapa Soja e Pedro
Arantes consultor da Faeg. Durante o painel, os
mediadores abordaram temas como o leilão de
Pepro para o milho, os investimentos governamentais e os problemas logísticos.
De acordo com Bartolomeu Brás Pereira presidente da Aprosoja Goiás e vice-presidente institucional da Faeg, os produtores brasileiros são
30% mais eficientes que os produtores americanos, mas perdem quando se fala em logística.
“Nosso setor sofre enormes
problemas logísticos, da porteira para dentro somos muito bons, para quando vamos
para fora, todo nosso esforço
acaba sendo incerto”, disse.
Outro assunto discutido foi
com relação ao seguro rural. Para o economista Pedro
Arantes, uma importante ferramenta e que deve ser acompanhado de perto. “O seguro
rural deve ser construído por
todos, pois é fundamental
para os produtores, por isso,
não deve ser deixado de lado,
as discussões em torno deste
assunto não podem parar”,
afirmou.
O presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de
‘‘Os produtores brasileiros tem tudo para
construir um mercado altista’’
soja Glauber Silveira, abordou
o cooperativismo e disse que
no Brasil o agronegócio possui
“mega” produtores e que estes
devem se unir cada vez mais
para discutir os assuntos relativos ao setor.
Os defensivos agrícolas também foram colocados em pauta e os especialistas defenderam que os produtores estão
longe da eficiência, pois é fundamental que se saiba usar
corretamente esses produtos.
“O produtor deve saber usar
corretamente os defensivos,
caso o contrário a próxima safra poderá passar por dificuldades”, alertou o pesquisador
da Embrapa Marcelo Hiroshi
Hirokuri.
O segundo painel teve como
tema “Perspectivas para os
mercados de soja e milho” e
os mediadores foram Liones
Severo diretor da SIM Consult,
Paulo Molinari analista de Safras & Mercado, Almir Dalpasquale presidente da Aprosoja
Brasil e Ênio Fernandes diretor do Sindicato Rural e consultor de mercado.
No segundo momento do
evento, os principais assuntos abordados foram a grande safra norte-americana, a
demanda chinesa e os preços
para a próxima safra. O analista de safras e mercado, Pau-
Fotos: Fabiana Sommer
Almir Dalpasquale
lo Molinari defendeu que a
comercialização da próxima
safra deverá ser mais paulatina. “Acredito que com preços baixos para os produtores
americanos, eles não devem
repetir os mesmo números da
última safra em área, por isso
o produtor brasileiro deve ficar
atento, ainda mais pelo fato
dos americanos estarem importando soja do Brasil e farelo da Argentina ”, reforça.
Já para Ênio Fernandes, diretor do Sindicato Rural e con-
sultor de mercado, o produtor brasileiro deve
ficar atento ao mercado. ‘‘ Este será um ano
em que as oportunidades serão escassas, fatos
novos podem surgir, mas teremos um ano onde
o produtor terá que ser mais profissional’’, ressalta Fernandes.
Liones Severo, da SIM-Consult, disse que ainda
haverá inúmeras especulações sobre o mercado antes do produtor fechar as negociações. “O
mercado pode reagir bem antes do esperado por
causa da demanda”. Mas, segundo o presidente da Aprosoja Brasil, Almir Dalpasquale, os
produtores brasileiros tem tudo para construir
um mercado altista. ■
sindicato rural em Campo | Setembro 2014
7
aconteceu
Fotos: Fabiana Sommer
ALIMENTOS FORAM
DOADOS PARA
INSTITUIÇÕES CARENTES
O
Sindicato Rural, lojas
Maçônicas e Campeão
Supermercados, entregaram na tarde do dia 28 de
julho 4.400 kg de alimentos
para quatro instituições do
município. Os alimentos foram arrecadados durante a
programação da 56ª Exposição Agropecuária, com a luta
de MMA.
De acordo com a diretora Simone Carvalho, o Sindicato
Rural sempre realiza ações sociais dentro da programação
da exposição agropecuária e
este ano os alimentos foram
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arrecadados com a luta. “Nossa festa é grandiosa, são 10 dias de muito trabalho, mesmo
assim, não esquecemos do lado social da instituição, por isso sempre temos um dia onde
abrimos os portões para a população em troca
de alimentos para doações futuras”, disse.
De acordo o presidente da loja Maçônica, Mário
Augusto Padula Castro, as instituições foram
escolhidas através de um sorteio. “Pegamos todas as instituições cadastradas por segmento e
fizemos o sorteio”. Para o presidente, lembrar
do lado social é sempre um gesto de bondade
para com o próximo.
Este ano as instituições beneficiadas foram:
Posto de Assistência Maria do Rosário, Casa de
Recuperação Recanto da Paz, Clínica Mará e o
Posto de Auxílio Primavera. Para o presidente
do Posto de Auxílio Primavera,
Welson Ferreira Guimarães Júnior, esses alimentos irão ajudar muitas famílias necessitadas. “Nossa instituição atende
cerca de 30 famílias carentes e
todas as doações são sempre
bem vindas”, ressaltou.
Segundo o diretor de marketing do Campeão Supermercado, Denis Muniz, o social
é uma das prioridades da
rede de supermercados e no
que depender deles, ações assim jamais serão esquecidas.
“Sempre estamos presentes
em eventos que envolvam o
social e espero que no ano que
vem possamos arrecadar mais
alimentos para colaborarmos
com as inúmeras instituições
carentes do município”, afirmou Muniz.
A distribuição dos alimentos contou com a colaboração do Tiro de Guerra e de membros da
loja Maçônica.
Já no dia 15 de agosto, mais duas instituições
foram beneficiadas com os alimentos arrecadados durante a 56ª Exposição Agropecuária.
Desta vez, os alimentos foram
doados para o Centro de Ensino Especial Bom Pastor e a Associação de Reabilitação Nova
Esperança. ■
sindicato rural em Campo | Setembro 2014
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aconteceu
Foto: Lúcio Moraes
FERRUGEM ASIÁTICA FOI DISCUTIDA
DURANTE REUNIÃO DA COMISSÃO DE
AGRICULTURA
A
comissão de agricultura do Sindicato Rural se
reuniu na noite do dia
11 de agosto na Casa do Produtor para discutir diferentes
assuntos relacionados ao produtor rural, entre eles o Pepro
(Prêmio Equalizador pago ao
Produtor Rural), o vazio sanitário que se estende até o dia
30 de setembro e sobre a estrada de ferro da região do Rio
Preto que tem trazido transtornos para os produtores desta região.
A reunião reuniu os membros
da comissão e de acordo com
o presidente, Flávio Faedo, foi
importante, pois tratou de assuntos pertinentes e que estão
em alta. Uma das pautas foi à
avaliação do leilão do Pepro
(Prêmio Equalizador pago ao
Produtor Rural) que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou nos
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dias 20 e 28 de agosto.
Segundo Faedo, a subvenção econômica ainda
não é suficiente para manutenção do preço do
milho, que atualmente está abaixo do mínimo,
mas ajuda na manutenção dos preços deste
cereal. “O leilão deverá atender as regiões de
maior consumo, principalmente: avicultores,
suinocultores, bovinocultores e cooperativas, indústrias de ração para avicultura e suinocultura
de várias localidades”.
Ainda de acordo com o presidente, outra demanda comentada durante a reunião foi com
relação ao vazio sanitário, que está sendo descumprido por alguns produtores e também
por empresas que plantaram pivôs com soja
e estas já apresentaram ferrugem asiática, um
problema não apenas para os produtores que
possuem lavouras nas proximidades da referida
região, mas também para as demais, uma vez
que a doença se alastra rapidamente.
A estrada de ferro da região do Rio Preto também entrou em pauta novamente e os produtores estão cobrando o cumprimento da empresa
responsável com relação à construção de uma
ponte no local onde está sendo construída a
estrada de ferro. A região abriga uma área com
aproximadamente 60 mil hectares, e é um importante corredor de escoamento de insumos e produção agropecuária
e no primeiro traçado a empresa responsável pela obra
disse que iria realizar um desvio na estrada, causando um
aumento de cerca de 1,5 km e
deixando o local perigoso.
Diante das colocações, comissão de agricultura e Sindicato
Rural irão tomar as medidas
necessárias para que ambos
os questionamentos sejam
levados para as autoridades
competentes e que as problemáticas sejam solucionadas.
Uma reunião já foi marcada
para este mês junto a Faeg e
órgãos competentes para traçar um plano com relação ao
vazio sanitário. ■
SINDICATO RURAL PRESENTE
NO WORKSHOP DE
AQUICULTURA
discutir o mercado de peixes e
as perspectivas para o cenário
que vem crescendo muito no
estado goiano.
Os participantes puderam assistir a palestras com variados
temas, que abordaram a visão do produtor na atividade
aquícola, a comercialização
através dos programas institucionais (PAA/PNAE), cadastro ambiental rural e outorgo
para a aquicultura, as ações
de incentivos e aspectos econômicos da piscicultura em
Goiás, além da defesa sanitária e linhas de crédito para a
atividade.
De acordo com o diretor Walter Venâncio Guimarães, o
evento foi à oportunidade de esclarecer dúvidas sobre o assunto e ainda trocar ideia com
pessoas que já trabalham com a atividade. “O
Workshop foi muito produtivo, a troca de experiências válida e ainda degustamos no final
do evento produtos a base de pescado”, conclui
Guimarães. ■
Foto: Arquivo Pessoal
O
Sindicato Rural de Rio
Verde, através do diretor Walter Venâncio
Guimarães, participou no dia
oito de agosto, do Primeiro
Workshop de Aquicultura do
Território Sudoeste Goiano,
que aconteceu no Ginásio de
Esportes Baltazar Alves de
Souza no município de São
João da Paraúna. O evento foi
uma realização da prefeitura
e Sindicato Rural de São João
da Paraúna e da Secretaria de
Estado da Agricultura, Pecuária e Irrigação e contou com
a participação de produtores,
representantes de classe e interessados no assunto.
O objetivo do Workshop foi
sindicato rural em Campo | Setembro 2014
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aconteceu
Fotos: Fabiana Sommer
DIA NACIONAL DO CAMPO
LIMPO COMPLETOU 10
ANOS EM AGOSTO
A
Associação dos Distribuidores de Produtos
Agrícolas de Rio Verde
(Adirv), realizou no dia 18
de agosto mais uma edição
do dia Nacional do Campo
Limpo, que este ano foi ainda
mais especial, pois completou
10 anos.
O evento que já faz parte do
calendário oficial do inpEV,
consiste em um dia onde as
centrais de recebimento de
embalagens vazias promovem, nas próprias unidades,
diversas ações de conscientização sobre a preservação do
meio ambiente, como apresentações de peças teatrais,
palestras, plantio de árvores e
distribuição de materiais educativos.
A abertura oficial contou com
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a presença de autoridades, como o secretário
de Indústria, Comércio e Meio Ambiente, Rubens Leão, o vice-presidente da Adirv, Júlio
Humberto, o vice-presidente do Sindicato Rural de Rio Verde Luciano Jayme Guimarães,
produtores rurais, agrônomos e alunos da rede
municipal de ensino de Rio Verde.
O vice-presidente do Sindicato Rural de Rio
Verde Luciano Jayme Guimarães falou aos
participantes que às crianças são o futuro do
país e por isso atividades que envolvam o meio
ambiente são importantíssimas para que elas
entendam o processo de preservação ambiental. Além disso, o vice-presidente falou sobre a
necessidade de aumento da estrutura da Adirv,
uma vez que o setor cresceu e o volume de
embalagens que necessitam ser devolvidas tem
aumentado significativamente. “Nosso setor é
crescente, o volume de embalagens aumenta
muito, por isso, nós, produtores da região precisamos de um local maior”, disse Guimarães.
O secretário de Indústria, Comércio e Meio Ambiente, Rubens Leão, falou que os produtores
de Rio Verde estão de parabéns, pois são destaque na devolução de embalagens vazias
de agrotóxicos. “Rio Verde é
um dos municípios referência
em devolução e processamentos de embalagens e isso nos
envaidece muito”, afirmou o
secretário.
Já o vice-presidente da Adirv,
Júlio Humberto, agradeceu a
presença de todos, principalmente das crianças e explicou
que o Dia Nacional do Campo Limpo é uma iniciativa
que tem por objetivo ajudar
na preservação ambiental e
a conscientização de todos.
“Esse evento é uma das mais
importantes ações do Sistema
Campo Limpo e este ano ainda
mais, pois comemoramos 10
anos e com ótimos resultados”,
ressaltou.
Os participantes do evento puderam durante todo o dia conhecer as etapas do trabalho
realizado por uma unidade de
recebimento e participaram
de atividades culturais e educacionais relacionadas à preservação do meio ambiente.
Além disso, dois alunos foram
premiados no concurso de redação e desenho.
O DIA NACIONAL DO CAMPO LIMPO: O Dia
Nacional do Campo Limpo é um evento instituído no calendário brasileiro por meio da Lei
Federal 11.657 de 16 de abril de 2008 e é comemorado no dia 18 de agosto em todo o país.
Desde sua 1ª edição, mais de 600 mil pessoas
participaram do Dia Nacional do Campo Limpo
em todo o País. A celebração da data é realizada pelas centrais de recebimento de emba-
lagens vazias, com apoio do
inpEV, seus associados fabricantes de defensivos agrícolas, entidades representativas
do setor (Abag, Aenda, Andav, Andef, Aprosoja, CNA,
OCB e Sindag), organizações
públicas (governo municipal e
estadual) e privadas, além de
outros apoiadores locais. ■
sindicato rural em Campo | Setembro 2014
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aconteceu
SINDICATO RURAL PARTICIPOU
DA SEXTA EDIÇÃO DO GOIÁS
MAIS LEITE
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Foto: Larissa Melo
L
uiz José Machado, proprietário da chácara Nova
Esperança - a Unidade
Demonstrativa de Itarumã –
recebeu cerca de 600 pessoas
para o 6º Dia de Campo Goiás
Mais Leite no último sábado
(16). Desde 2013 ele utiliza
a metodologia Balde Cheio e
comemora os bons ventos que
eleva os lucros com a otimização da produção.
Como todos os Dias de Campo, organizados pelo Serviço
Nacional de Aprendizagem
Rural (Senar) Goiás, com o
apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás
(Faeg) e dos Sindicatos Rurais
(SRs), o evento que aconteceu
na chácara Nova Esperança
contou com a participação de
parceiros que apresentaram
aos visitantes novidades que
prometem melhorar ainda
mais a produtividade de quem
tira o sustento do leite. Estiveram presentes representantes
da Heringer Fertilizantes, da
Agroquima, da Syngenta e da
Dow AgroSciences.
Sendo assim, além de caminhar pela propriedade e ver
de perto as mudanças sofridas
pela propriedade e assistirem
a palestras que apresentaram
o antes e o depois em números, da chácara de Luiz José,
os visitantes também puderam conhecer produtos e tirar
dúvidas sobre a forma correta
de manejar a pastagem, adubar o solo, alimentar os be-
Da água para o vinho
deu ouvidos aos conselhos
desanimadores de vizinhos e
parentes.
Para apresentar a chácara Nova Esperança aos
visitantes ninguém melhor do que Raí Valle de
Souza, o técnico regional que acompanha Luiz
José desde 2012. A primeira visita oficial de Raí
ao proprietário foi em janeiro de 2013, quando
Luiz tinha 16 animais – sendo 14 em lactação –
e tirava 190 litros de leite por dia. “Ele ganhava
no período das águas e perdia tudo no período
da seca”, conta Raí ao falar do alto investimento que Luiz fazia em pastagem.
Hoje são 26 animais – sendo 18 em lactação
– e Luiz retira 410 litros/dia. As medidas da
propriedade não mudaram: a área total é de 4.9
hectares, sendo que 4.1 são utilizados para o
leite e 0.8 são para reserva. Luiz fez a análise
e a correção do solo, além das adubações de
base, orgânica e nitrogenada, a compra de um
tanque de expansão, silo para armazenagem de
concentrado e quadro reprodutivo.
Além disso, seguiu à risca os requisitos exigidos pelo Senar Goiás: faz exames de brucelose
e tuberculose em todos os animais da propriedade, deixou o local aberto à visitação, cumpriu com o combinado junto ao técnico e não
O superintendente do Senar
Goiás, Eurípedes Bassamurfo,
apresentou um estado leiteiro
com alto capital imobilizado
em terras, baixo percentual de
animais em lactação, ausência
de controle zootécnico, falta
de assistência técnica e baixa
sucessão familiar. Em contrapartida, animando os presentes, Eurípedes falou sobre as
metas do Balde Cheio. “Em
2010 eram 03 grupos – com 23
produtores – assistidos. Hoje
são 55 grupos e 700 produtores. A nossa meta são 77 grupos e 1.000 (mil) produtores
assistidos”, afirmou.
O Sindicato Rural de Rio Verde foi representado no evento
pelo diretor Walter Venâncio
Guimarães e pelo veterinário
Juliano Aquino. ■
zerros, produzir uma silagem de qualidade e
aplicar defensivos agrícolas.
Goiás Mais Leite
Foto: ASCOM CNA
SINDICATO RURAL PRESENTE
NO DEBATE DOS CANDIDATOS A
PRESIDÊNCIA
A
Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA) promoveu
no dia seis de agosto, em Brasília, um encontro com os três
principais candidatos à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff
(PT), para debater o setor do
agronegócio, através de temas
levantados anteriormente pelas entidades que representam
agricultores e pecuaristas dos
quatro cantos do Brasil.
Durante o evento, o presidente
da CNA, João Martins da Silva
Júnior, entregou aos candidatos um documento contendo
os principais problemas do setor e propostas para melhoria,
o documento foi intitulado “O
que esperamos do Próximo
Presidente 2015-2018”.
O Sindicato Rural de Rio Verde esteve representado pelo
diretor Ênio Fernandes, que
achou o debate extremamente importante e de
relevância para o setor. O Sindicato Rural de
Rio Verde esteve representado pelo diretor Ênio
Fernandes, que achou o debate extremamente
importante e de relevância para o setor. Quem
também esteve presente foi o ex-assessor técnico do Sindicato Rural e agora assessor da CNA,
Alexandre Câmara Bernardes.
Quem também esteve presente foi o ex-assessor técnico do Sindicato Rural e agora assessor
técnico da CNA, Alexandre Câmara Bernardes.
Os três candidatos tiveram a oportunidade de
expor as ideias sobre temas como: Políticas
Agrícolas, exportações, preços, crédito, armazenagem, infraestrutura e logística, além de
linhas específicas para alguns setores da agricultura.
O candidato do Partido Socialista Brasileiro
(PSB) à presidência da República, Eduardo
Campos (falecido no dia 13 de agosto) afirmou
que se eleito iria fortalecer o Ministério da Agricultura e irá traçar novos projetos para alguns
setores como hidrovias e ferrovias tentando assim, diminuir custos para o produtor rural.
O candidato PSDB, Aécio Neves falou que se
eleito irá criar um Superministério da Agricultura, que terá a mesma importância estratégica
de pastas como Fazenda e Planejamento.
Já Dilma Rousseff (PT), ressaltou que se reeleita irá criar
a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão
Rural (Anater) e que com ela
os produtores terão acesso a
modernas tecnologias e novas
práticas de produção.
TRAGÉDIA
CANDIDADO
EDUARDO CAMPOS
Infelizmente o candidato Eduardo Campo teve a trajetória
política interrompida por um
acidente aéreo no dia 13 de
agosto que o deixou de fora
da disputa pelo cargo de presidente do Brasil. ■
sindicato rural em Campo | Setembro 2014
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Capa
uvaS
TEM SIDO ALTERNATIVA PARA
PRODUTORES DE GOIÁS
Originada da Europa e Oriente Médio, a uva é um fruto
da videira que agrada diferentes paladares.
C
om troncos retorcidos e
cultivo próprio de regiões de clima temperado,
a fruta tem grande benefício
à saúde, além de ser utilizada para a fabricação de vinho, sucos e geleias. As uvas
podem ser divididas em quatro grupos. Uvas rústicas de
mesa, como Niagara Branca,
Niagara Rosada, Isabel e Concord, que possuem um ciclo
de cultivo de 135 a 155 dias.
Uvas finas de mesa, como
Itália, Rubi e Red Globe, que
são as mais consumidas naturalmente e também existem
as uvas sem sementes, muito apreciadas para o consumo
natural, e aquelas especialmente destinadas à fabricação
industrial de vinhos.
Por ser uma fruta de consumo variado, o cultivo tem se
inserido cada vez mais no cenário goiano. Este é o caso da
família Neves, que desde 2001
trabalha com o plantio de três
diferentes tipos de uva na propriedade que fica na região da
Bahiinha, localizada a 74 quilômetros de Rio Verde.
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www.sindicatoruralrioverde.com.br
Baseada na agricultura familiar, que vem passando de
geração em geração, a família
possui 7.8 hectares de parreiras, o que equivale a 11 mil
pés da fruta. Na propriedade
são cultivadas quatro variedades, Isabel (bem aceita no
mercado e que serve para vinho), Cora (suco e vinho), Niágara Rosada (uva de mesa) e
a Isabel precoce (vinho, suco
e mercado).
A ideia de iniciar o cultivo de
parreiras veio através de um
empreendedor, que resolveu
ajudar a família a ter outra
fonte de renda. De acordo com
o patriarca, Lourenço Maria
das Neves, tudo começou em
2001 com uma associação formada por aproximadamente
50 pessoas. “A ideia veio do senhor Sebastião Ferro de Moraes, na época Prefeito de Paraúna, ele foi o pioneiro e trouxe
para a região o empreendedorismo através da realização de
coisas diferentes, difíceis e até
fora do comum e uma delas foi
o cultivo de uvas em terra de
cerrado, nós nos unimos com
outras 50 pessoas e começamos uma associação e só em
2005 é que resolvemos sair da
associação para cuidarmos da
nossa própria produção”, disse Lourenço Neves. As enxertias para o início da atividade
vieram do município de Jales
(SP) e de Itaberaí (GO).
Segundo dona Levina Macedo
Neves (mãe), no início a atividade foi bem difícil, principalmente porque eles ouviam
de muitas pessoas que estavam ficando loucos em querer
plantar uva em terras goianas.
“Nós sofremos muito no início,
ninguém acreditava que iríamos conseguir e graças a Deus
vencemos e hoje nossa fonte de
renda vem toda da uva”, ressalta.
A família é a responsável por
todas as etapas do cultivo,
desde o plantio até a colheita,
por isso, um dos filhos do senhor Lourenço se formou em
agronomia. Odonilson Macedo das Neves é o agrônomo do
Sítio Recanto da Barra, é ele
que monitora, planeja e supervisiona a aplicação de princípios e processos básicos da
produção agrícola, combinando conhecimentos de biologia, química e física, aos estudos
específicos sobre o solo, clima e as variedades
plantadas. Para ele, o mais difícil na produção é
com relação às doenças. “A principal doença da
uva se chama míldio, também conhecida como
mofo e pode causar perdas de até 100% na
produção, pois ela afeta todas as partes verdes
da planta; nas folhas, por exemplo, aparecem
manchas amareladas, na face inferior da folha,
observa-se um mofo branco e quando o ataque é
muito intenso, até os cachos são atacados” afirma Odonilson. Entretanto, se foram seguidos
passos básicos de pulverizações, correções de
solo, controle de matos e as podas necessárias,
o cultivo de uvas não passa por grandes problemas como são vistos em outras culturas.
Na propriedade a irrigação utilizada é através
de aspersão, que se caracteriza pela pulverização do jato de água no ar, visando o umedecimento de 100% da área ocupada pela planta.
PONTO DE COLHEITA
As uvas só podem ser colhidas
após atingirem as condições
apropriadas para o consumo.
Por isso, antes de iniciar a colheita é fundamental que se
observe a textura, o sabor e
a coloração, embora a coloração da uva por si só não seja
suficiente para determinar o
ponto de colheita, mas ela é
importante para a padronização do produto.
Com relação à textura, a uva
estar macia e o se falando de
sabor, deve apresentar teor de
sólidos solúveis totais igual
ou superior a 15°Brix (escala
de grau). “Geralmente o ciclo
para a venda in natura é de
quatro meses e para a vinícola
é de cinco meses”, reforça o
agrônomo.
A colheita é realizada manualmente e são utilizadas duas
tesouras específicas, uma para
a poda do cacho e outra para
a poda da rama.
COMERCIALIZAÇÃO
A família não trabalha com
contratos fixos de venda das
mercadorias, mas a garantia
deles é o fornecimento para a
Vinícola Serra dos Gales locasindicato rural em Campo | Setembro 2014
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Fotos: Fabiana Sommer
Capa
lizada em Paraúna (GO) que
tem capacidade de processamento e armazenamento dinâmico de até 1,5 milhões de
quilos de uvas e contempla as
várias fases necessárias a elaboração, desde o recebimento
ao engarrafamento. “Grande
parte de nossa uva é comprada pela vinícola, eles são os
nossos grandes compradores e
chegamos a fornecer para eles
cerca de 70 a 80 toneladas”,
afirma o agrônomo Odonilson Macedo das Neves.
Mas a família também vende o produto para
compradores do Mato Grosso e Brasília.
O produto é embalado em caixas próprias confeccionadas exclusivamente para a venda com
a logomarca “Lourenço e Família”. “Nosso
produto é muito bem aceito, temos inúmeros
compradores interessados e vendemos de acordo com o preço oferecido pelo quilo, que varia
muito, de R$ 0,95 até R$ 2,30, dependendo da
variedade da fruta”, ressalta Neves (pai).
FESTA DA UVA
O sucesso das uvas de “Lourenço e Família” é tão grande
que há seis anos eles realizam
a Festa da Uva da Bahiinha. A
festa que acontece sempre no
mês de setembro conta com
danças, orquestra de violeiros,
encontro de cavaleiros a escolha da rainha da uva e é claro
as comidas típicas baseadas
na uva: suco, vinho, sorvete,
torta, geleia e mousse. ■
É importante seguir alguns critérios na hora da colheita:
• Colher as uvas pela manhã, evitando as horas mais quentes do dia e reduzindo assim o calor de campo,
indesejável para as fases iniciais de elaboração dos vinhos;
• Proceder à colheita manual, que preserva mais a integridade física da uva, em relação à colheita mecânica;
• Proceder à seleção da uva colhida, de modo a vinificar lotes semelhantes e sem problemas de podridão ou
de desuniformidade de maturação;
• Acondicionar a uva colhida em caixas plásticas especiais, limpas, com capacidade máxima de 20Kg;
• Manter a uva colhida à sombra e manuseá-la o menos possível;
• Encaminhar a uva à unidade beneficiadora imediatamente após colhê-la, pois a mesma não se mantém em
boas condições por muito tempo após ser colhida. O ideal é iniciar seu processamento em no máximo 12 horas
após a colheita;
• Evitar transportes a longas distâncias, bem como a utilização de veículos de transporte que trepidem ou sacolejem demasiadamente, danificando e reduzindo a qualidade da uva;
• Se possível, resfriar rapidamente a uva na vinícola, antes do esmagamento da mesma. Este procedimento
tem a vantagem de reduzir a atividade enzimática oxidativa na fase de esmagamento e prensagem, limitando
o desenvolvimento e a ação de bactérias acéticas. A conseqüência é a limitação da produção de acidez volátil
e a preservação da qualidade do vinho;
FONTE: EMBRAPA
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sindicato rural em Campo | Setembro 2014
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aconteceu
Fotos: ASCOM FAEG
FUNCIONÁRIOS PASSAM POR
RECICLAGEM NA FAEG
N
o mês de agosto a FAEG
realizou
treinamento
para os funcionários dos
Sindicatos Rurais do estado.
O evento reuniu aproximadamente 50 profissionais e teve
como foco principal o Imposto
Territorial Rural (ITR), Declaração de Aptidão ao Pronaf
(DAP) e o Cadastro Ambiental
Rural (CAR).
Os treinamentos tiveram como
objetivo tirar dúvidas e reciclar os funcionários, para que
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os mesmos possam atender os
produtores rurais nas necessidades contábeis e de cadastro
a fim de prestar um serviço de
qualidade.
O Sindicato Rural de Rio Verde
foi representado pelos funcionários Paulo Henrique Gonçalves e Renato Drugowich
que concentraram o treinamento no ITR, uma vez que
a instituição costuma realizar
inúmeras declarações todos os
anos.
Segundo Paulo Henrique, o treinamento serviu
para esclarecer as dúvidas e ainda ensinar assuntos que até então não eram do conhecimento dele. “Essa foi a primeira vez que participei
de um curso assim e para mim foi a oportunidade de adquirir um conhecimento específico
do assunto com o qual tenho trabalhado”, afirmou. A mesma opinião teve Renato Drugowich, que ressaltou ainda a integração com profissionais de outros sindicatos rurais. “A troca de
experiências foi muito boa e a federação deixou
claro que a ideia deles é essa mesma, a troca de
informações entre as instituições”, concluiu. ■
CHEGOU A HORA DE DECLARAR
O IMPOSTO TERRITORIAL
RURAL
O
s agricultores já podem
fazer, pela internet, a
declaração do ITR, o
Imposto Sobre a Propriedade
Territorial Rural. O prazo para
entregar a declaração é até 30
de setembro e devem declarar
o imposto, pessoas físicas ou
jurídicas que possuem imóvel
rural.
O ITR funciona como um instrumento auxiliar de disciplinamento do poder público sobre a propriedade rural. Toda
receita vai para o município
arrecadador e quem deixar de
fazer a declaração não poderá
tirar certidão negativa de débitos, que é o documento exigido para financiamentos agrícolas, e registro de compra ou
venda da propriedade. Além
disso, terá de pagar multa de
1% ao mês sobre o imposto devido.
O imposto deve ser realizado através do site
da receita Federal, através do programa multiplataforma ITR2014, que pode ser utilizado em
computador que possua máquina virtual Java
(JVM), versão 1.6.0 ou superior. A declaração
deverá ser enviada por meio do programa de
transmissão Receitanet, com o uso do computador, mediante a utilização do Programa Gerador da Declaração (PGD) do ITR/2014 disponível no sitio da Receita: www.receita.fazenda.
gov.br. A Receita Federal alerta todos os produtores que não existem mais formulários e que
todas as reclarações devem ser encaminhadas
por meio do site.
O pagamento do imposto pode ser parcelado
em até quatro quotas, mensais, iguais e sucessivas, desde que cada quota não seja inferior a
R$ 50,00.
O Sindicato Rural de Rio Verde possui uma
equipe para atender os associados que quiseram ajuda para o preenchimento do formulário,
para isso, basta vir até a instituição munido da
última declaração completa.
No ano passado o Sindicato Rural realizou uma média
de 200 ITR. De acordo com
o departamento responsável,
é obrigatório declarar, sendo
isentou ou não. A falta do
pagamento implica em vários
problemas,
principalmente
multas. ■
sindicato rural em Campo | Setembro 2014
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agronegócio
BOIHTEL
ALTERNATIVA PARA
PECUARISTAS E INVESTIDORES
R
io Verde é um dos municípios de maior destaque
na agropecuária tecnificada, sendo referência a nível
nacional, e é no município
que fica o Confinamento Rio
Verde, responsável pela terminação de aproximadamente 40
mil animais por ano. O confinamento é o sistema de criação de bovinos em que lotes
de animais são encerrados em
piquetes ou currais com área
restrita, e onde os alimentos
e água necessários, são fornecidos em cochos. O confinamento é mais utilizado para a
terminação de bovinos, que é
a fase da produção que imediatamente antecede o abate
do animal, ou seja, envolve
o acabamento da carcaça que
será comercializada. A qualidade do produto (bovino)
produzido no confinamento é
assim dependente das outras
fases da produção.
O Confinamento Rio Verde
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trabalha com o sistema chamado Boihtel, que
nada mais é do que uma forma operacional de
resultados onde a criação de gado de corte é intensiva. “No nosso sistema iniciamos na recria
e terminamos no confinamento e não matamos
boi a pasto”, explica o proprietário Carlos Kind.
Atualmente o confinamento possui 15.700 animais, com capacidade para 17 mil.
A ideia de fazer um sistema de boihtel em Rio
Verde surgiu em 1997, quando na época Kind
e mais três investidores estavam querendo expandir os negócios e trabalhar por conta própria, para evitar prejuízos. No início a atividade
foi planejada e executada em Goiânia, uma vez
que lá existia uma fábrica de produtos alimentícios que não sabia o que fazer com os desejos
e os mesmos serviam para alimentar o gado,
mas, com o passar dos tempos o investidor foi
notando a necessidade de estar mais perto do
mercado consumidor e foi então que decidiu
instalar a propriedade em Rio Verde. “Escolhi
Rio Verde por três questões, posição física, localização e alta produtividade de grãos”, disse
Kind.
A diária de um animal no Boihtel varia de acordo com a raça e o peso de entrada do animal,
mas os valores podem girar em torno de R$
6,12 até R$ 8,39. “Os preços sempre são revisa-
dos e corrigidos, uma vez que
existem raças que consomem
mais, por isso a diferenciação”, explica Kind.
Com relação à alimentação,
Kind explica que os animais
consomem diariamente 21 kg
de matéria natural, sendo que
deste montante, 70% é concentrado e 30% silagem, o
que caracteriza uma dieta de
alto grão. Para alimentar todos
os animais, anualmente são
gastos 200 mil sacos de milho
ou sorgo e mais 40 mil toneladas de silagem. “Os alimentos
são comprados na época de
produção e nossos fornecedores são os próprios produtores
da região, uma vez que eu
sempre ressalto que a pecuária
deve sempre andar junto com
a agricultura”.
No sistema Boihtel, outro diferencial é com relação ao
manejo dos animais. Ao adentrarem no sistema, é feito todo
um protocolo de vacinas e ver-
Fotos: Fabiana Sommer
mífugos como forma de evitar qualquer dano à
saúde do animal e consequentemente a carne
na hora do destino final. Outro destaque é na
hora da escolha dos animais, que são comprados de acordo com o preço e também genética,
mas sempre com os mínimos cuidados. Todo o
trabalho executado na propriedade é realizado
por 10 funcionários.
Mas, embora a atividade esteja cada vez mais
em alta, algumas dificuldades acabam sendo
encontradas, como por exemplo, a falta de incentivo por parte das autoridades. “Quem trabalha com confinamento acaba tendo que se
virar sozinho, pois o governo não tem nenhum
projeto que incentive o pecuarista, já em outros
países, como nos EUA, o confinamento é subsidiado, por isso é que eles produzem mais com
uma quantidade menor de animais”, diz Kind.
Mesmo assim, o confinador se diz apaixonado
pela atividade e não largaria ela jamais, pois
além de ser rentável, já criou amor por ela. ■
VANTAGENS DO BOIHTEL
Kind explica que o primeiro passo que uma pessoa deve fazer antes de deixar o animal
em um boihtel, é ser um investidor, não necessariamente precisa ser um pecuarista
ou possuir fazenda. Outro detalhe muito importante e que o empresário ou pecuarista
deve entender é que a produção de animais em regime intensivo é a melhor saída para
o pecuarista em época de seca, pois quando o boi é deixado no pasto ele fica com um
efeito sanfona, engorda e depois emagrece na época da seca. Outra vantagem de levar
o boi para um boihtel é o descanso de 100% da propriedade, sem esquecer claro que os
resultados financeiros são bem melhores e o abate dos animais acaba sendo em 65 dias.
sindicato rural em Campo | Setembro 2014
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agronegócio
PONTE DE CABO DE AÇO É
PATRIMÔNIO ESTADUAL
C
vez que partes dela já não suportavam mais o
peso dos veículos, principalmente de carga.
Durante muito tempo ela foi a principal ligação
entre Goiânia e o Sudoeste Goiano.
O produtor rural Lázaro Antônio Serafim mora
próximo à ponte há 33 anos, a antiga estrada que
ligava à ponte passava em frente à propriedade.
Após a desativação, sobraram apenas lembranças
e boas risadas dos episódios vividos por ela e pela
família. “O fluxo de veículos sempre foi grande
na ponte e o problema é que alguns motoristas
vinham muito carregados e por vezes não conseguiam fazer a travessia, eu cheguei a presenciar
caminhões de adubo caindo, um carregado com
abóbora e outro com tomate”, comenta Serafim.
Apesar da ponte já ter sido muito útil, hoje ela
serve apenas para contar história, pois o tempo
tem a degradado constantemente. Partes da madeira do chão
estão sendo deteriorada com as
ações climáticas, o que se mantém intacto até hoje são os cabos de aço.
Através da lei estadual nº15.218,
de 23 de junho de 2005, a assembleia legislativa do estado
de Goiás, nos termos do art. 10
da Constituição Estadual, decretou e o governador Marconi
Perillo sanciono a lei que denominou a ponte como: PONTE
PEDRO FELIPE VIEIRA. ■
Fotos: Fabiana Sommer
onstruída em meados de
1935, a ponte Pedro Felipe
Vieira sobre o Rio Verdão,
conhecida como “Ponte Cabo
de Aço”, localizada na Rodovia
GO-333, na divisa dos Municípios de Rio Verde e Paraúna se
tornou patrimônio histórico do
Estado após em 2005 ter sido
desativada, tento o fluxo de veículos sido desviado para uma
ponte de concreto com 156 metros de extensão.
A ponte de madeira e cabo de
aço foi desativada para evitar
que sofresse mais as consequências do tráfego pesado, uma
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ARTIGO
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS
OU RESULTADOS
Por Cairo Augusto Gonçalves (advogado)
sindicato dos trabalhadores.
Ressalta-se que a mencionada lei não estendeu
tal direito para os empregados de pessoa física, quando nela determinou que pessoa física
não se equipara à empresa, conforme dispõe o
art. 2º, § 3º e inciso I.
Porém, entendo que nada impede que o empregador rural pessoa física possa pactuar participação nos lucros ou resultados com seus
empregados, nos termos desta lei, eis que, é
um benefício a mais para o trabalhador, o que
é sempre bem visto pelo Judiciário. Até porque, ser o empregador pessoa física ou jurídica é aqui irrelevante, tanto mais quando a lei
equipara a empresa individual à coletiva (art.
3º da CLT).
Os instrumentos pactuadores da participação
nos lucros ou resultados devem conter regras
claras e objetivas no que diz respeito aos critérios de aferição das informações, periodicidade, vigência, prazos para revisão do acordo,
podendo ser considerados, entre outros, os critérios de índices de produtividade, qualidade
ou lucratividade do empregador, os programas
de metas, resultados e prazos, pactuados previamente.
O acordo coletivo celebrado será arquivado na
entidade sindical dos empregados (artigo 2º,
§ 2º).
A PLR pode ser a solução para os entraves
dos produtores rurais que pactuam com seus
empregados, o pagamento de “comissões” no
final da safra, as quais, apesar da semelhança com a participação nos lucros e resultados,
nada tem a ver com o tema em questão. Isso
porque a comissão é salário para todos os efeitos legais, integrando a média salarial, bem
como, sobre ela incidem todos os encargos trabalhistas e impostos.
Ao contrário, sobre a participação nos lucros
e resultados não há encargos, não integra a
média salarial, e o imposto de renda é diferenciado. ■
Foto: Reprodução
O
direito do trabalhador
rural à participação nos
lucros, ou resultados,
está previsto no artigo 7º, inciso XI, da Constituição Federal:
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que visem à
melhoria de sua condição social;
(...)
XI - participação nos lucros,
ou resultados, desvinculada
da remuneração, e, excepcionalmente, participação na
gestão da empresa, conforme
definido em lei.
Segundo a lei 10.101/2000, a
participação nos lucros ou resultados deverá ser objeto de
negociação entre a empresa
(empregador) e seus empregados, mediante um dos procedimentos a seguir descritos,
escolhidos pelas partes de comum acordo:
a) comissão escolhida pelas
partes, integrada, também,
por um representante indicado pelo sindicato da respectiva categoria: nesta modalidade o empregador e seus
empregados escolhem as pessoas que vão compor a comissão, em igual número, sendo
que no grupo escolhido pelos
empregados deverá estar um
representante do sindicato
profissional correspondente.
b) convenção ou acordo coletivo: nesta modalidade, a
negociação é feita entre o empregador ou seu sindicato e o
sindicato rural em Campo | Setembro 2014
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Agropecuária
MANEJO É ALTERNATIVA
PARA EVITAR PREJUÍZOS
NOS BEZERROS
A
pesar do aprimoramento
das técnicas de manejo
e das estratégias de prevenção e tratamento, a diarreia
continua sendo a mais comum
e onerosa das doenças que afetam os bezerros recém-nascidos. Os prejuízos econômicos
são elevados, envolvendo além
da perda de animais e gastos
com serviços veterinários e medicamentos, a queda no desempenho produtivo dos animais
até a completa recuperação.
As diarreias em bezerros podem ser determinadas por
vários agentes infecciosos,
etiologia bacteriana, viral ou
protozoária ou até mesmo por
26
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conjunto de algum desses agentes, intensificando o quadro clínico da doença em bezerros de
diferentes idades. “Não é possível realizar um
diagnóstico etiológico através apenas da observação dos sinais clínicos, a coleta de amostras
sanguíneas ou de fezes é fundamental para um
resultado preciso”, afirma o médico veterinário
Juliano Aquino.
Os principais agentes enteropatogênicos são:
bactérias (Escherichia coli, Salmonella sp., Clostridium perfringens), vírus (rotavírus e coronavírus); protozoários (Eimeria sp.); verminoses,
fatores nutricionais (ingestão excessiva de leite
ou rações similares) e de meio ambiente.
A diarreia é uma doença que causa grande perca
de líquido e eletrólitos corporais que causam desidratação, originando a perca de peso, podendo
levar o animal a morte e uma das causas pode
ser pela falta do colostro ou pelo consumo exces-
sivo de leite.
Geralmente, em propriedades
leiteiras, os bezerros ficam confinados ou semiconfinamento e
a higiene dos bezerreiros, mantendo-os sempre limpos, secos
e com desinfecções rigorosas e
constantes, pode evitar surtos
de doenças e eliminar focos. “A
doença é adquirida por via oral,
por isso, um manejo adequado
pode diminuir a incidência”,
ressalta Aquino. A transmissão
também se dá pela ingestão de
água, alimentos e fezes infectadas. Por isso, bebedouros e comedouros devem estar sempre
limpos. Segundo o veterinário,
é comum encontrar fazendas
Foto: Reprodução
com acúmulo de água contaminada saindo da sala de ordenha
após a limpeza e correndo no
pasto onde se encontram os
bezerros, águas empossadas
próximas a bebedouros ou bezerros bebendo água suja nas
beiradas de córregos. “Tudo
isso é impróprio para o animal e pode ocasionar
e agravar mais a doença” reforça. O veterinário
ressalta ainda que a mesma água que o ser humano bebe deve ser a ingerida pelos animais.
Para tratar o bezerro com diarreia em primeiro
lugar deve-se ficar atento à reposição de líquidos
e eletrólitos, visando à correção da desidratação,
da acidose e do desequilíbrio eletrolítico. A tera-
pia antimicrobiana deve ser feita com medicamentos de ampla
ação. ■
sindicato rural em Campo | Setembro 2014
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Equoterapia
EQUOTERAPIA INICIA O
SEGUNDO SEMESTRE COM
NOVOS PRATICANTES
V
isando atender um número maior de pacientes, o Centro de Equoterapia Primeiro Sorriso iniciou
o segundo semestre com mais
25 praticantes, chegando agora ao número total de 125.
De acordo com o coordenador do Centro, Alvanir Vilela
Resende Júnior, o aumento se
deu devida a demanda cada
vez maior e também a vontade do Sindicato Rural em
estar ajudando cada vez mais
os portadores de necessidades especiais ou adquiridas
nas áreas de saúde, esporte
e educação. “A procura pela
reabilitação através da equoterapia é sempre muito grande nós temos tentado inserir
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mais e mais praticantes e agora conseguimos
abrir essas 25 novas vagas e eu como coordenador me sinto muito gratificado em poder estar reabilitando vidas”, afirma Júnior.
Outra novidade é que das vagas abertas, cinco
delas foram destinadas para atender o público
que frequenta o CAPS AD, Centro de Atenção
Psicossocial - Álcool e Drogas.
Mas, as novidades não param por aqui, o Centro de Equoterapia está iniciando os trabalhos
na área de pesquisa, por isso, neste mês ainda estará participando de congressos para a
qualificação dos profissionais que atuam com
as reabilitações. “Nosso objetivo é expandir
cada vez mais, nos especializar e prestarmos
um serviço cada vez melhor, por isso estamos
sempre em constante aprimoramento”, afirma
Júnior.
O Centro de Equoterapia Primeiro Sorriso funciona no Sindicato Rural, de segunda a sextafeira e conta com uma equipe formada por fonoaudiólogo, educador físico, fisioterapeuta,
psicólogo, pedagoga, assistente social, tratador e treinador. ■
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culinária
Foto: Reprodução
Biscoito Frito
Ingredientes
• 1 quilo de polvilho
• 2 copos americanos de queijo ralado
• 1 copo de leite
• 5 ovos
• ½ copo de óleo de soja
• ½ copo de água
• Sal a gosto
Modo de preparo
O primeiro passo é colocar a massa para escaldar. Para isso, misture
a água, o leite e o óleo e leve ao fogo. Depois que ferver, despeje a
mistura encima do polvilho e misture bem. Coloque o queijo ralado,
o sal e os ovos. É preciso amassar bem até que fique em ponto de
desgrude.
Para enrolar os biscoitos também é fácil, não precisa nem untar a
mão. Leve direto para uma panela cheia de óleo, mas atenção, o óleo
tem que estar frio.
Os biscoitos ficam mergulhados no óleo por cerca de 25 minutos. Tem
que mexer aos poucos para não queimar e garantir que todos fiquem
bem douradinhos.
Rendimento: 15 Biscoitos
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