Nota de Imprensa
Santander Cultural encerra série de exposições do projeto Arte
Contemporânea de Pernambuco – edição 2011, com a artista Oriana
Duarte
Santander valoriza iniciativas voltadas para economia criativa e realiza exposições de artistas
que residem e trabalham em Pernambuco
Banco acredita que as cidades são capazes de encontrar soluções criativas para o
desenvolvimento sustentável
Recife, 14 de outubro de 2011 – O Santander Cultural Recife apresenta a mostra Plus Ultra
(Nós, errantes), da artista Oriana Duarte, de 18 de outubro a 27 de novembro, na Galeria
Marcantonio Vilaça. A iniciativa encerra o projeto Arte Contemporânea de Pernambuco- edição
2011, que reúne três exposições de artistas pernambucanos conectados às influências e à
produção global. Paulo Meira apresentou o trabalho A Perder de Vista, e Alice Vinagre a
mostra Anotações sobre Pintura.
Na exposição multimídia com curadoria de Fernando Cocchiarale, Oriana Duarte
apresenta obras dos últimos quatro anos. Desde 2008, a artista faz uma pesquisa sobre remo
atravessando rios de capitais brasileiras. O resultado das viagens experimentais está traduzido
na exposição por meio de vídeo instalação, projetos, desenhos, fotografias e textos. Plus Ultra
nasceu de uma decisão da artista de remar por oito cidades espalhadas de norte a sul do país,
mas trata-se também, segundo o curador, “de um autodesafio, de ir mais além, conforme o
título em latim para designar o conjunto de ações projetado por suas especulações poéticas”.
O projeto marca a sólida parceria do Santander Cultural com o crítico de arte Fernando
Cocchiarale. Para Carlos Trevi, coordenador das unidades do culturais do banco, “a iniciativa
possibilita a valorização de uma importante geração de artistas com reconhecimento nacional
por meio de uma mostra assinada por um dos maiores críticos de arte do País, Fernando
Cocchiarale”.
O executivo também destaca que o projeto Arte Contemporânea de Pernambuco está
em sintonia com iniciativas promovidas pelo Santander, que valorizam a geração de
conhecimento e o desenvolvimento do mercado cultural por meio da economia criativa. A
programação do Santander Cultural Recife se dedica ao incentivo da produção contemporânea
local e à formação do público de artes visuais.
Plus Ultra (Nós, errantes), por Fernando Cocchiarale
A produção de Oriana Duarte desdobra-se no campo experimental aberto pela
chamada desmaterialização da arte, cujos caminhos divergem daqueles dos ofícios da
pintura, da escultura e demais meios artesanais. O conceitualismo, a arte povera, a land
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art e a body art, contrapontos críticos iniciais às poéticas formalistas, então voltadas para
a produção de objetos destinados à contemplação estética, foram decisivos para a
ampliação do campo de invenção e de ação dos artistas nas cinco últimas décadas.
O projeto Plus Ultra nasceu de uma decisão da artista: remar por oito cidades
espalhadas de norte a sul do país, todas elas, à exceção do Distrito Federal, situadas no
litoral brasileiro. Poderia ser uma proposta jornalística ou o projeto de um documentário
para a televisão. Mas trata-se, primeiramente, de um autodesafio, de ir mais além,
conforme o título em latim por ela escolhido para designar esse conjunto de ações
projetado por suas especulações poéticas.
O corpo de Oriana Duarte é praticamente inseparável de parte significativa de seu
trabalho, pois se tornou um campo de investigação, de testes, desafios e jogos, que tem
por finalidade a sua própria superação e a ultrapassagem de vivências pessoais, posto
que, como arte, nos concerne a todos. Não é, portanto, o invólucro de uma alma
efervescente que se expressa, tampouco um modelo a ser representado pelas hábeis
mãos do artista, mas o sujeito de ações projetadas para um campo experimental fora do
campo da arte, cuja realização, registro, elaboração e processamento poético, entretanto,
as reinscrevem na produção artística contemporânea.
Por isso, Oriana é capaz de produzir conexões com temas e questões da própria
arte, ainda que encobertas por ações mundanas, cuja errância (desejada pela artista e
metaforicamente manifesta no circuito de suas viagens e, sobretudo, nos deslocamentos
em barcos pelas águas do Brasil) dificulta sua identificação.
Nós, errantes não é somente uma metáfora da autossuperação imputada aos
artistas pelo imaginário comum. A exposição navega pela paisagem (e pela tradição da
arte de representação da paisagem) de um ponto de vista diverso daquele da
contemplação clássica e daquele, atual, do sight-seeing. Daí a proliferação heteróclita de
registros, imagens, objetos e desenhos que, desta exposição, nos convidam a navegar
mais além.
Mostra Plus Ultra (Nós, errantes)
Artista Oriana Duarte
curadoria Fernando Cocchiarale
Santander Cultural Recife
Av. Rio Branco, 23 – 3o andar
Bairro do Recife, Recife, PE
Exposição aberta de 18 de outubro a 27 de novembro de 2011
De terça a domingo, das 13h às 20h
Entrada franca
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