Cristianismo: a ilusão das histórias na História da Verdade Pe. Hugo dos Santos “Quando se fala de culpas históricas da Igreja, não se pode desprezar o facto de que esta [a Igreja] é a única realidade que permanece idêntica no curso dos séculos, e, portanto, acaba também por ser a única chamada para responder dos erros de todos. A quem lhe ocorre perguntar-se, por exemplo, qual foi, na época do caso Galileu, a posição das universidades e outros organismos de relevância social em relação à hipótese copernicana? Quem pede contas à actual magistratura pelas idéias e as condutas comuns dos juízes do século XVII? Ou, para ser ainda mais paradoxal, a quem lhe ocorre reprovar às autoridades políticas milanesas (prefeito, presidente da região) os delitos cometidos pelos Visconti e os Sforza?” Cardeal Giacomo Biffi no prefácio do livro LENDAS NEGRAS DA IGREJA de VITTORIO MESSORI Tomando como ponto de partida alguns lugares comuns da relação do mundo de hoje com o Cristianismo e a Igreja Católica, este curso tem como objectivo analisar a verdade histórica dos factos, de forma a compreender a mesma verdade segundo a objectividade que se impõe a partir do realismo dos acontecimentos. Os temas serão abordados com o rigor que exige uma recta honestidade intelectual que muitas vezes desafia o nosso desconhecimento objectivo da situação. Este desconhecimento apresenta-se como a raíz do preconceito que se forma pela falta de conhecimento real na elaboração do juízo. Assim, entre outros temas, segundo as expectativas dos alunos, abordaremos: a evidência histórica extra-bíblica da existência de Jesus, a compreensão da expansão cristã a partir do tempo de Constantino, a preservação da civilização por parte dos mosteiros no fim da Idade Clássica, a racionalidade medieval nos fundamentos da universidade e do conhecimento científico moderno, a verdade por detrás da deficiente compreensão do caso Galileu, a perseguição da Igreja na Revolução Francesa, o Iluminismo e as sombras que lançou na visão futura do Catolicismo e as raízes da actual não aceitação da visão geral que a Igreja tem acerca do Homem, ser moral e ético.