1 AGEU: EQUILÍBRIO FINANCEIRO ESPIRITUAL 2 Assim fala o SENHOR dos Exércitos: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do SENHOR deve ser edificada. 3 Veio, pois, a palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Ageu, dizendo: 4 Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas? 5 Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado. 6 Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado. 7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado. 8 Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me agradarei e serei glorificado, diz o SENHOR. 9 Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? —diz o SENHOR dos Exércitos; por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa de sua própria casa. Ag.1.2-9. INTRODUÇÃO O propósito de Deus em abençoar o homem está em levá-lo a experiências mais profundas com seu caráter e atributos. Recebendo dEle esta experiência alcançamos prosperidade e vitória. No livro do profeta Ageu, nós encontramos fundamentação bíblica para que possamos servir a Deus de maneira digna tanto naquilo que é espiritual quanto naquilo que é natural. 1. HISTÓRICO O livro do profeta Ageu fala de uma época em que o povo de Israel saíra do cativeiro babilônico e voltara para a cidade de Jerusalém, sua própria terra. Ao voltar para Jerusalém cada um procurou primeiramente edificar sua própria casa, enquanto deixaram o templo do Senhor em segundo plano, pois o templo, situavado no monte Moriá, encontrava-se em ruínas. Assim é a descrição histórica do livro do profeta Ageu. Naquela época a casa de Deus era em Jerusalém; hoje, nós somos o templo do Espírito Santo. Assim como em Jerusalém cada hierosolimitano possuía uma casa de residência e cultuava na casa de Deus, assim hoje também possuímos duas casas: o nosso corpo que representa nossa casa natural e o nosso espírito que representa nossa casa espiritual, ou seja, o templo do Espírito Santo onde vivemos em comunhão com Deus. Portanto, existe em nós uma analogia de duas casas: a casa natural que representa nosso lar, a casa espiritual que somos nós templo do Espírito Santo. 4 Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas? 2 Desta forma Deus espera que possamos dedicar à casa espiritual um nível de tempo igual ao que dedicamos a nossa casa natural, pois a medida de tempo em que dedicamos para cada uma destas casas representa o quanto valor nós damos a cada uma delas. Deve haver um equilíbrio entre estas casas. 2. O DESCONTENTAMENTO 9 Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? —diz o SENHOR dos Exércitos; por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa de sua própria casa. 10 Por isso, os céus sobre vós retêm o seu orvalho, e a terra, os seus frutos. 11 Fiz vir a seca sobre a terra e sobre os montes; sobre o cereal, sobre o vinho, sobre o azeite e sobre o que a terra produz, como também sobre os homens, sobre os animais e sobre todo trabalho das mãos. Ag.9-11. Espírito de descontentamento: Existem certos momentos que nós podemos ver a prosperidade material em algum irmão e associarmos que este irmão tem sido abençoado porque têm buscado o Senhor. Todavia, apesar da aparência, pois às vezes, tal não é perceptível, mas o fato é que o povo estava em uma grande miséria espiritual, isto ocorre quando as pessoas negligenciam a casa espiritual ou dão ênfase somente a sua vida natural, Pode aparentar uma prosperidade exterior, mas espiritualmente estão vazios. Daí a origem do descontentamento: “Esperaste o muito”... 6 Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado. Permita-me falar sobre um princípio espiritual: Quando temos uma vida próspera e abastada investimos em coisas que satisfazem nossa alma. Tudo o que investimos é para nos dar alívio, conforto, e etc. Todavia, quando estas coisas não nos farta, isto é porque tais coisas não podem suprir nossa fome espiritual. COISAS MATERIAIS NÃO SUPREM O ESPIRITUAL. Quando negligenciamos à casa espiritual vem como conseqüência disto a fome espiritual, pois as coisas naturais não saciam e preenchem aquilo que espiritual. Deus quer equilíbrio, quer que sejamos tão abençoados na vida espiritual que tal bênção se reflita ou possa repercutir no mundo material. Assim devemos evidenciar a bênção em nossa vida tanto espiritual quanto material. O que posso fazer para que este equilíbrio aconteça? O profeta Ageu determina alguns princípios para que tal verdade seja realidade em nós: a) Devemos considerar o nosso passado. Considerar o passado representa nossa indagação acerca de como temos cuidado de nossa casa espiritual. 5 Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado. 6 Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; 3 bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado. b) Subir ao monte fala de buscar a presença de Deus. Subir ao monte representa aqui ir até a presença de Deus; quando Moisés subiu ao monte, Deus lhe entregou a lei; quando Jesus subiu ao monte houve transfiguração, quando Elias subiu ao monte Deus lhe concedeu vitória, quando nós subimos ao monte Deus nos concede prosperidade. 7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado. 8 Subi ao monte... c) Trazer madeira, o que representa estar na presença de Deus para que edifiquemos nossas vidas. Termos conteúdo, firmeza e suporte para nossas vidas. 8 Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me agradarei e serei glorificado, diz o SENHOR. 10 Por isso, os céus sobre vós retêm o seu orvalho, e a terra, os seus frutos. Quando nós cuidamos de nossa casa espiritual, Deus derrama o orvalho que representa o Espírito Santo; então a terra dá seus frutos, assim, os frutos dependem de quanta unção e orvalho cai sobre nós. Desta forma, as bênçãos materiais são reflexos das bênçãos de prosperidade espiritual. Quando há equilíbrio entre a casa natural e espiritual recebemos o orvalho do Espírito Santo. Quando colocamos as prioridades em dia, os frutos e a bênção de Deus começam a cair sobre nós. Por isso devemos ser fiéis na administração de nossa casa. 1 Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus, 2 o qual é fiel àquele que o constituiu, como também o era Moisés em toda a casa de Deus. 3 Jesus, todavia, tem sido considerado digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a estabeleceu. 4 Pois toda casa é estabelecida por alguém, mas aquele que estabeleceu todas as coisas é Deus. 5 E Moisés era fiel, em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que haviam de ser anunciadas; 6 Cristo, porém, como Filho, em sua casa; a qual casa somos nós, se guardarmos firme, até ao fim, a ousadia e a exultação da esperança. Hb.3.1-6. Moisés foi um homem fiel em toda a casa de Deus, isto é, naquilo que era material Moisés cuidava das coisas materiais, porém, ele dava a mesma atenção às coisas espirituais sem desmerecimento algum. Moisés era “simultaneamente legislador e sacerdote”, fazia todas as coisas com excelência. Que possamos ser semelhantes a Moisés, fiéis em todas as coisas espirituais e materiais na nossa casa. Porém Jesus é digno de tanto maior glória do que Moisés. 3. CASA ESPIRITUAL DE DEUS 16 Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? 1 Co.3.16. 4 Nós somos a casa espiritual, o templo do Espírito Santo, assim como o templo de Jerusalém possuía duas glórias, ou seja, era forrado de glória de ouro por fora em sua casa natural. E também que era recheado de glória divina por dentro em sua casa espiritual; de maneira que a glória dourada das construções do tempo era um reflexo da glória espiritual “Shekináh” de Deus que continha o templo. A glória do Espírito Santo. No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Is.6.1ss. Deus quer te rechear de glória espiritual por dentro e te forrar de glória por fora! Deus quer encher o seu templo, que somos nós, com a glória de Deus, a presença do Espírito Santo, para que sejamos cheios de ousadia e beleza por fora. 4. O ADMINISTRADOR E O SACERDOTE DE DEUS 1 No segundo ano do rei Dario, no sétimo mês, ao vigésimo primeiro do mês, veio a palavra do SENHOR por intermédio do profeta Ageu, dizendo: 2 Fala, agora, a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e ao resto do povo, dizendo: 3 Quem dentre vós, que tenha sobrevivido, contemplou esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é ela como nada aos vossos olhos? 4 Ora, pois, sê forte, Zorobabel, diz o SENHOR, e sê forte, Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, e tu, todo o povo da terra, sê forte, diz o SENHOR, e trabalhai, porque eu sou convosco, diz o SENHOR dos Exércitos; 5 segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito, o meu Espírito habita no meio de vós; não temais. Ag.2.1-5. No capítulo 2 de Ageu, a Palavra de Deus faz menção acerca de dois homens que representam aquilo que de fato Deus quer que sejamos: ZOROBABEL, o governador que representa o homem administrativo, de certa forma, todos nós somos semelhantes a Zorobabel, pois possuímos capacidade administrativa dada por Deus para nossa casa natural. 1 Tornou o anjo que falava comigo e me despertou, como a um homem que é despertado do seu sono, 2 e me perguntou: Que vês? Respondi: olho, e eis um candelabro todo de ouro e um vaso de azeite em cima com as suas sete lâmpadas e sete tubos, um para cada uma das lâmpadas que estão em cima do candelabro. 3 Junto a este, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e a outra à sua esquerda. 4 Então, perguntei ao anjo que falava comigo: meu senhor, que é isto? 5 Respondeu-me o anjo que falava comigo: Não sabes tu que é isto? Respondi: não, meu senhor. 6 Prosseguiu ele e me disse: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos. 7 Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel serás uma campina; porque ele colocará a pedra de remate, em meio a aclamações: Haja graça e graça para ela! Zc.4.1-7. As duas oliveiras falam acerca de Zorobabel e Josué. Deus quer que nossa vida administrativa e sacerdotal esteja diante da luz do Sete espíritos (Ap.5) ou Sete olhos dEle. E também somos JOSUÉ que prefigura o sacerdócio, aquele homem que estava na presença de Deus, o homem que busca intimidade e comunhão com Espírito Santo. Desta forma Deus quer que estejamos fortes tanto no administrativo quanto no sacerdotal. 5 1 Deus me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do Anjo do SENHOR, e Satanás estava à mão direita dele, para se lhe opor. 2 Mas o SENHOR disse a Satanás: O SENHOR te repreende, ó Satanás; sim, o SENHOR, que escolheu a Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo? 3 Ora, Josué, trajado de vestes sujas, estava diante do Anjo. 4 Tomou este a palavra e disse aos que estavam diante dele: Tirai-lhe as vestes sujas. A Josué disse: Eis que tenho feito que passe de ti a tua iniqüidade e te vestirei de finos trajes. 5 E disse eu: ponham-lhe um turbante limpo sobre a cabeça. Puseram-lhe, pois, sobre a cabeça um turbante limpo e o vestiram com trajes próprios; e o Anjo do SENHOR estava ali, 6 protestou a Josué e disse: 7 Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Se andares nos meus caminhos e observares os meus preceitos, também tu julgarás a minha casa e guardarás os meus átrios, e te darei livre acesso entre estes que aqui se encontram. 8 Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se assentam diante de ti, porque são homens de presságio; eis que eu farei vir o meu servo, o Renovo. 9 Porque eis aqui a pedra que pus diante de Josué; sobre esta pedra única estão sete olhos; eis que eu lavrarei a sua escultura, diz o SENHOR dos Exércitos, e tirarei a iniqüidade desta terra, num só dia. 10 Naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, cada um de vós convidará ao seu próximo para debaixo da vide e para debaixo da figueira. Zc.3.1-10. 5. A PROMESSA 5 segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito, o meu Espírito habita no meio de vós; não temais. 6 Pois assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda uma vez, dentro em pouco, farei abalar o céu, a terra, o mar e a terra seca; 7 farei abalar todas as nações, e as coisas preciosas de todas as nações virão, e encherei de glória esta casa, diz o SENHOR dos Exércitos. 8 Minha é a prata, meu é o ouro, diz o SENHOR dos Exércitos. 9 A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos. Existe uma promessa para nós quando mantemos equilíbrio em nossa vida espiritual e secular. Assim, Deus fará um rebuliço! Sim, ele de fato sacudirá todas as coisas, para que as riquezas e as bênçãos das nações venham sobre nós quando colocarmos em equilíbrio o homem natural com o homem espiritual. Se nós temos corrido muito, mas temos achado pouco é porque falta equilíbrio nestas duas casas dentro de nós. Deus quer trazer a nós as coisas preciosas das nações. A prata simboliza rendenção e o ouro representa sua natureza divina, assim Deus te revestirá de redenção (prata) e maior comunhão com Ele (ouro). Deus não traz problemas para nossa vida, o propósito da bênção de Deus é que esta seja para deleite, Deus fará com que a nossa segunda casa seja mais abençoada do que a primeira e assim é então que haverá paz. Na primeira casa trabalhávamos muito e colhíamos pouco, mas quando edificamos à casa espiritual onde existe “um administrador ungido e um sacerdote na presença de Deus” então existirá paz. Assim não haverá mais angústia e ansiedade por que 6 habitaremos em paz, através do equilíbrio espiritual semearemos no espiritual e colheremos no natural em paz. 9 A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos; e, neste lugar, darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos. 6. A RESTAURAÇÃO 15 Agora, pois, considerai tudo o que está acontecendo desde aquele dia. Antes de pordes pedra sobre pedra no templo do SENHOR, 16 antes daquele tempo, alguém vinha a um monte de vinte medidas, e havia somente dez; vinha ao lagar para tirar cinqüenta, e havia somente vinte. 17 Eu vos feri com queimaduras, e com ferrugem, e com saraiva, em toda a obra das vossas mãos; e não houve, entre vós, quem voltasse para mim, diz o SENHOR. 18 Considerai, eu vos rogo, desde este dia em diante, desde o vigésimo quarto dia do mês nono, desde o dia em que se fundou o templo do SENHOR, considerai nestas coisas. 19 Já não há semente no celeiro. Além disso, a videira, a figueira, a romeira e a oliveira não têm dado os seus frutos; mas, desde este dia, vos abençoarei... 21 Fala a Zorobabel, governador de Judá: Farei abalar o céu e a terra; 22 derribarei o trono dos reinos e destruirei a força dos reinos das nações; destruirei o carro e os que andam nele; os cavalos e os seus cavaleiros cairão, um pela espada do outro. 23 Naquele dia, diz o SENHOR dos Exércitos, tomar-te-ei, ó Zorobabel, filho de Salatiel, servo meu, diz o SENHOR, e te farei como um anel de selar, porque te escolhi, diz o SENHOR dos Exércitos. Ag. 2.15-19;21-23. Quando negligenciamos algumas destas casas Deus permite escassez (a coisa fica travada), queimaduras (fala de feridas e frustração nos negócios), ferrugem (quando fazemos algo sem a unção de Deus) e saraiva (representa a pedra de gelo, pois é fria, assim leva representação da frieza espiritual) que andamos quando não possuímos o equilíbrio das duas casas. Porém, venho nesta noite avisar e profetizar que Deus tem trazido uma nova autoridade sobre sua vida, um novo anel de selar! (como o Filho Pródigo, Lc.15.22; e José no Egito, Gn.41.42) Um novo cargo de autoridade na empresa. Deus te escolheu nesta noite a exercer esta autoridade em nome de Jesus! Então a glória do Senhor vem sobre nós na segunda casa, a qual passa a ser maior do que a primeira.