AINDA Amanhece no meu tino de menino e eu fico confuso como tudo... Tento voltar a mim, de onde nunca deveria ter saído imaginando que o mergulho que daria me faria mais denso... Penso que se de fato existo há um equívoco nesse meu modo de conceber essa minha existência e é por isso que eu não consigo tolerar a dor... Solicito-a como uma condição de estar sempre voltando a existir, mas a temo como o faço com a minha suposta salvação... Penso que engano a quem com essa minha atitude dissimulada e hipócrita de fingir aceitar a dor como forma de evolução para quando diante dela, negligenciá-la? A quem penso enganar se sei que uma vez implantada em face da minha ignorância a dor precisa cumprir incondicionalmente seu curso? Devo ter paciência de pedra comigo mesmo para não terminar desistindo do meu ideal de conhecer-me, pois isso seria morte certa... Preciso aprender a não chorar minhas mortes tal qual máquina, sem sentimento, apenas para me justificar diante de algo que ainda não consigo lidar...