Ha- Joon Chang publica, pela
Editora Cultrix, 23 coisas que não nos
contaram sobre o capitalismo
No livro, especialista e professor da Universidade de Cambridge
reafirma suas teses polêmicas e aponta princípios básicos para
reconstruir o capitalismo
Se você deseja saber por que os países pobres são pobres e como
eles podem ficar mais ricos, ou se você acha que algumas pessoas
são mais ricas do que outras porque são mais capazes, Ha-Joon
Chang está, mais uma vez, disposto a desconstruir mitos fomentados
pela ideologia do livre mercado e mostrar como o sistema funciona.
Em 23 coisas que não nos contaram sobre o capitalismo, o
consagrado economista sul-coreano aponta um manual de leitura
voltado a questões fundamentais, estruturadas em 7 pontos e
desenvolvidas ao longo de 23 capítulos. Por exemplo: se você acha
que política é perda de tempo, comece pelos capítulos: 1, 5, 7, 12,
16, 18, 19, 21 e 23. Ou ainda, se você nem ao menos tem certeza do
que é o capitalismo, leia: 1, 2, 5, 8, 13,16, 19, 20 e 22.
Livro: 23 coisas que não
nos contaram sobre o
capitalismo
Autor: Ha-Joon Chang
Preço: R$ 45,00
Editora: Cultrix
www.editoracultrix.com.br
Com linguagem clara e objetiva, mas sem abrir mão do rigor teórico
que embasa seus argumentos, Ha- Joon Chang segue os princípios
desenvolvidos no polêmico, Chutando a escada: a estratégia do
desenvolvimento em perspectiva histórica, lembrando que os países
mais desenvolvidos hoje, foram intervencionistas um dia e agora
tentam impedir que as nações em desenvolvimento façam o mesmo,
bem como questiona o pensamento segundo o qual vivemos em uma
Era Pós-Industrial.
Chang, escolhido em 2013 pela Prospect Magazine como um dos
principais pensadores do mundo, também afirma que não se justifica
mais tomar a produtividade como parâmetro para mensurar o valor
do trabalho, e cita como exemplo o caso de um motorista de ônibus
na Suiça, que ganha 5 vezes mais que seu par na Índia. Neste caso,
é notório que o capital humano também desvanece como critério,
porque qual o conhecimento necessário para se dirigir um ônibus
onde quer que seja? O trabalhador sueco precisou de um tempo
maior de formação? Ha-Joon Chang vai pontuar mais uma vez a
importância da política nas determinações econômicas - como as
políticas migratórias que protegem o mercado de mão-de-obra
interno- e como o protecionismo é um caro privilégio.
Ao final do livro, o economista enumera 8 princípios que devemos ter
em mente para reestruturar o capitalismo. Afinal, parafraseando
Churchill a respeito da democracia, Ha-Joon Chang é categórico: o
capitalismo é o pior sistema econômico excetuando-se todos outros.
Outros pontos relevantes do livro
•
•
Não existe algo como um livre mercado
A globalização não está tornando o mundo mais rico
•
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•
Não vivemos em um mundo digital – a máquina
de lavar roupa mudou mais vidas do que a
internet
Os países pobres são mais empreendedores do que os ricos
Executivos mais bem pagos não produzem melhores
resultados
Crítica
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“ Um livro inteligente, dinâmico e provocativo, que nos oferece
maneiras novas e convincentes de analisarmos a globalização.”
- Joseph Stiglitz, Nobel de economia
“Este livro é leitura obrigatória para qualquer pessoa que queira
entender o capitalismo, não como os econimistas ou os políticos o
retratam mas como ele efetivamente é”.
- John Gray, Observer (Reino Unido)
“Lúcido, profundamente bem-informado e repleto de esclareciemntos
impressioanantes”
- Noam Chomsky
“Chang apresenta um resumo esclarecedor do pensamneto
econômico moderno – e de todos os caos em que ele deu errado -,
instigando-nos a reconstruir completamente a economia mundial: ‘
Isso deixará alguns leitores pouco à vontade...É chegada a hora de
ficar pouco à vontade.”
- Publishers Weekly
Sobre o autor
Sul-coreano, Ha-Joon Chang é especialista em Economia do
Desenvolvimento e professor adjunto de Economia Política e
Desenvolvimento na University of Cambridge. Em 2005, recebeu o
Prêmio Wassily Leontief por Expandir as Fronteiras do Pensamento
Econômico. É autor de diversos livros polêmicos sobre política e
economia, entre eles, Kicking Away the Ladder: Development
Strategy in Historical Perspective (2002), que ganhou em 2003 o
Prêmio Gunnar Myrdal.
Tornou-se especialista no modelo econômico adotado pela Coreia do
Sul, país frequentemente comparado com o Brasil. Entretanto, a
nação asiática tinha apenas dois terços da renda brasileira na década
de 60 e agora é 2,5 vezes mais rica.
Em 2013, foi escolhido pela Prospect Magazine para ingressar em sua
lista anual de pensadores do mundo.
Sobre a Editora Cultrix
Fundada em 1956, a Editora Cultrix tem como objetivo lançar títulos
voltados para a área de ciências sociais e humanas, especialmente
literatura, linguística, sociologia, psicologia, administração e
marketing. Hoje, figura entre as editoras que mais contribuem para o
fortalecimento de uma cultura voltada à sustentabilidade.
A editora integra o Grupo Editorial Pensamento, nascido em 1907 e
reconhecido pelo pioneirismo e inovação na seleção de temas e
títulos para publicação.
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