IV ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA - ANPUH-BA
HISTÓRIA: SUJEITOS, SABERES E PRÁTICAS.
29 de Julho a 1° de Agosto de 2008.
Vitória da Conquista - BA.
RESUMO HISTÓRICO SOBRE O HOSPITAL COUTO MAIA
Maria de Fátima Lorenzo Figueiredo
Mestranda em História das Ciências pela Universidade Federal da Bahia e
Universidade Estadual de Feira de Santana
E-mail: [email protected]
Palavras-chave: Hospital. Isolamento. Febre amarela. Mont-Serrat.
O Hospital de Isolamento, atual Hospital Couto Maia, é um órgão estadual, onde a sua
especialidade é o tratamento das doenças infecciosas e parasitarias, com grande importância
para a cidade do Salvador, por ser um Hospital de refer ência no Estado da Bahia, destinado ao
tratamento e não proliferação dessas enfermidades.
Funcionando atualmente no mesmo l ocal da sua fundação, ou seja, á Rua Rio São
Francisco, s/nº, Mont-Serrat, com os mesmos objetivos que os origino u. Ali, no Mont - Serrat,
um lugar deserto, afastado da população, desabitado, vasto de plantações e com uma forte
ventilação marítima, devido a sua proximidade litorânea; Era vista pelas autoridades
governamentais e médicas, como um l ocal propício para aco lher, tratar e controlar uma
epidemia que chegava por mar; ou seja, um local com características geográficas para um
Hospital de Isolamento.
Moura (1853, p. 5), na sua dissertação sobre Hospitais, caracteriza como deveria ser o
local para edificar um hospi tal:
Devem ser edificados os hospitais em um local fora da cidade, saudável,
elevado, plano, vasto, seco, bem arejado, ao abrigo de extalações nocivas,
exposto aos raios solares, próximo de um rio corrente, suficientemente
abastecido de água potável e p ara uso da propriedade, afastado de fabricas,
lagos, enfim completamente isolado de vizinhança .
Exatamente com essas características era o Alto de Mont -Serrat. Estar fora da cidade e
completamente isolado de vizinhança são duas características que podemos destacar,
explicando que quanto mais distante da população, melhor para evitar um maior contagio,
teria que definitivamente isolar o doente, que estaria como perigoso.
Havia muitas comunicações sobre as “febres reinantes” que vitimavam muitas pessoas
por volta de 1850, nas quais as autoridades procuravam paliativos ou solução para controlar a
disseminação da doença.
2
Em torno desse contexto de preocupação da disseminação da febre amarela,
principalmente na cidade baixa, onde os navios mercantes aportavam, a s autoridades
acreditavam que o melhor caminho para transportar esses enfermos seria pelo mar, ou seja, do
Porto de Salvador até o Farol de Mont -Serrat, onde teria uma ponte de desembarque, frente à
Igreja de Nossa Senhora do Mont -Serrat. Dessa maneira, os enfermos estariam ausentes de
passarem por terra, evitando o contato com a população soteropolitana. Com toda essa
estratégia de conhecimento no qual buscavam meios de controlar as doenças , levando os
afetados para longe da população, o Presidente da Junt a de Higiene informa ao Presidente da
Província, que seria útil e conveniente criar um Hospital ali no Mont -Serrat, onde fossem
recolhidos e tratados, os indivíduos atacados pela febre amarela, pertencentes aos navios
nacionais e estrangeiros. 1
Com a aprovação do Presidente da Junta de Higiene, o Presidente da Província Sr.
João Mauricio Wanderley resolve, através do Acto de 9 de abril de 1853, mandar estabelecer
no sitio de Mont -Serrat em casa e roça do Sr. Antonio Pereira Franco, o Hospital de Mont Serrat.2 Nessa casa e roça onde foi estabelecido o Hospital, as árvores eram grandes e
frutíferas, com plantações de craveiro e pimenta da Índia e água potável, a qual abastecia o
Hospital. 3 Nesse período, a casa e roça de Antonio Pereira Franco na qual se esta belecia o
Hospital eram arrendadas ao Presidente da Província. Além desse arrendamento da casa do
Alto de Mont-Serrat, o governo arrendava também mais duas casas na baixa de Mont -Serrat,
de propriedade do capitão Antonio de Freitas Paranhos e do Sr. Franci sco Baldoino Ferreira,
devido à falta de cômodos para acomodação dos doentes.
4
As três casas arrendadas pelo governo provincial na baixa de Mont -Serrat, tinham três
objetivos: O primeiro seria ampliar o número de cômodos para acolhimento dos doentes; isso
porque havia ocorrido um crescimento na procura do Hospital, devido ao grande número de
navios que estavam ancorados no Porto, onde os seus marinheiros e tripulantes estavam
infectados, precisando de atendimento, e a casa do Alto não tinha cômodos suficie ntes; o
segundo objetivo seria para que pudesse ser feito à desinfecção. Subtendendo que a
desinfecção era uma rotina, e quando os doentes melhoravam e mudavam de lugar, a casa na
qual estava teria que passar por um tratamento de desinfecção para receber n ovos enfermos; e
por fim, o terceiro objetivo seria a mudança dos doentes de um prédio para outro; ou melhor,
1
Arquivo Público do Estado da Bahia (APEB). Falas e relatórios dos presidentes da província. Seção
Colonial, n. 967, p. 48, 1853/1858.
2
Idem, ibidem.
3
APEB. Hospital e Isolamento. Seção Judiciária. Livro 0309.
4
APEB. Hospital de Isolamento. Seção Colonial. Maço 5387, 1843/1885.
3
quando o doente chegava ao Hospital ele estava em um estagio da doença no qual tinha um
tratamento emergencial, após alguns dias , com o desenvolvi mento do tratamento e
consequentemente a sua melhora, passava para outra casa, dando lugar a desinfecção da casa
anterior e também cedendo lugar a outros doentes.
As casas da Baixa faziam parte do Hospital, pois funcionava com o mesmo objetivo, a
diferença seria que elas eram arrendadas e a do Alto passou a pertencer ao governo porque
eles a compraram, por isso que, além de chamarem de a “casa do Alto”, também a chamavam
de casa do “Próprio Nacional”.
Uzêda (1992, p. 21) destaca sobre Hospitais de Isolament o que, “O único tipo de
hospital que se permitiu o Estado foi o de Isolamento, porque estes estavam de acordo com o
principio da medicina urbana de manter as cidades livres das epidemias”
Os navios mercantes nacionais e estrangeiros que chegavam ao Porto d e Salvador com
marinheiros e tripulantes já doentes, os comandantes desses navios, cientes da enfermidade,
procuravam participar a Inspeção de Saúde do Porto, onde era solicitada uma guia, para que o
doente fosse levado ao Hospital por mar; e se o doente pertencesse ao navio ao qual tivesse
que ser posto em observação e quarentena, a mesma Inspetoria de Saúde seria responsável na
condução do doente em um escaler, com toldo de encerado e cômodo, da Ponta do Mont serrat próximo ao Farol, frente à Igreja e Mosteiro de Nossa Senhora do Mont -Serrat, onde
havia uma ponte de desembarque .5 Quando o doente encontrava -se em condição de andar,
caminhava da ponte de desembarque a uma das casas da Baixa de Mont -Serrat, onde eram
atendidos. Quando os doentes estavam muito debilitados, sem condição de andar, eram
transportados em padiolas. Encaminhando o doente conforme a gravidade da enfermidade,
para a casa da Baixa ou para a casa do Alto de Mont -Serrat, utilizando caminhos de difícil
acesso pelas condições do terreno che ios de buracos, destruídos pelas chuvas torrenciais, com
uma vegetação alta e sem iluminação. Em oficio ao Presidente da Província, Dr. Tito Adrião
Rabelho, diretor do Hospital no ano de 1855, comunica que pagara por aluguel diário de dois
mil réis, a dois africanos para que ficassem prostrados na baixa de Mont -Serrat das 8:00 h. ás
18:00 h. para fazerem a condução dos doentes da ponta de desembarque até o alto de Mont Serrat.6
A casa do Alto, a casa do Próprio Nacional ou Isolamento de Mont -Serrat, como era chamado
o Hospital, era uma chácara extensa, ricas em arvoredos frutíferos e plantações diversas, fonte
5
6
APEB. Hospital de Isolamento. Seção Colonial. Maço 5386, 05.03.1873.
Idem, Maço 5387.
4
de água potável na qual abastecia o Hospital, tanto para higiene, quanto para alimentação; um
cemitério que funcionava anexo ao Hospital e que atendi a apenas aos óbitos do Hospital, no
qual era uma das cláusulas contidas no Acto de criação do Hospital. A área verde, por
algumas vezes encontrava -se com uma vegetação agreste e selvagem, bastante crescida, na
qual o feitor tinha obrigação de cuidar, corta r o arvoredo, limpar a chácara, e estar presente
para observar a abertura das covas para sepultamento dos óbitos.
Ofícios subseqüentes dos diretores do Hospital, onde pediam reformas urgentes,
descrevem as condições que se encontrava a casa. Descuidada, se m nenhuma caiação e
pintura, as paredes com rachaduras devido às chuvas que amplialtava o ladrilho de algumas
enfermarias
que estavam esburacadas,
onde arrebentaram
vários formigueiros
que
incomodavam os doentes; a fonte de água potável se achava inutiliza da por estar descoberta,
necessitando de se fazer uma caixa para protegê -la, evitando assim que as águas das
enxurradas, turrando a da fonte, de modo que eles não pudessem beber. As portas emperradas
e mal sustentadas se fechavam com imensa dificuldade, as fechaduras das portas não tinham
chaves; sem esgotamento sanitário, para despreza das águas servidas e também sem latrinas
determinando assim, que tais águas fossem lançadas pelas janelas sobre os pátios.7
O fornecimento de medicações e alimentos era feitos por pessoas encarregadas pelo
governo ou através de arrematação; a solicitação da medicação era feito e assinado pelo
médico interno e rubricado pelo diretor. Já o pedido de alimentos era feitos no dia anterior, e
às 6h do dia seguinte, era entregue pe lo fornecedor, que de tudo cobrava recibo. Geralmente,
quem fazia esses fornecimentos para o Hospital eram os farmacêuticos Alfredo Cassimiro da
Rocha e Pedro Luiz Celestino, da farmácia da Calçada do Bonfim, na qual apresentava uma
relação de medicamentos fornecidos para o Hospital, como: “ácidos gálico, cítrico e nítrico,
canela em pó, água inglesa, água de louro -cereja, vinho do porto, vinagre de Lisboa, xarope
de vinagre, tintura de iodo, dentre outros” .8
As plantas indígenas também eram utilizadas para o tratamento e cura dos doentes no
Hospital de Isolamento, inclusive em um mapa estatístico assinado pelo médico interno João
Ferreira de Bitencourth no ano de 1857, relata sobre o uso de plantas indígenas no Hospital:
[...] Os meios curativos empregados foram os mesmos que os dos anos
passado, e desejamos ter a nossa disposição plantas indígenas que servem de
antídoto aos venenos das cobras, para continuarmos a aplicar, por que talvez
7
APEB. Hospital de Isolamento. Seção Colonial. Maço 5386; 5387. 10.11.1856; 5389 -1853.
APEB. Hospital de Isolamento . Arquivo Público do Estado da Bahia. Seção Colonial. Maço
5389; 27.08.1877.
8
5
conseguiremos obter resultados muitos proveitosos visto como há muita
semelhança entre os sintomas da “febre amarela” e os produzidos pelas
picadas ou mordeduras de algumas cobras .9
Quanto à dieta dos doentes, segundo o diretor Dr. Thomé Affonso, em resposta ao
oficio ao Presidente da Província, não havia uma regulamentaç ão para a dieta dos doentes,
pois, as mesmas variavam conforme o estado em que se achava o doente, ou seja, no período
de adinamia da moléstia, o tratamento consistia quase exclusivamente em caldos de carnes
verdes, ou caldos de galinha, vinho do Porto e o utros tônicos; já na fase de convalescença a
dieta era mais sólida, onde era usado preparos de carne e galinha e vinho do Porto .10
Era oferecido ao doente, cálice de vinho do Porto, conforme prescrição do médico,
diante da necessidade orgânica, ou seja, um ou dois cálices, de uma a três vezes ao dia. Havia
também a utilização da infusão de carne vermelha com o vinho do Porto, formando um caldo,
o qual era utilizado como tônico fortalecedor para os doentes debilitados.
No Acto de criação do Hospital, o Presi dente da Província fez algumas determinações
sobre as contratações dos funcionários e seus rendimentos; os detalhes sobre as obrigações
dos funcionários, ficaram a cargo de ser designado pelo diretor através do Regimento Interno.
Inicialmente foi nomeado u m médico para residir no Hospital, tendo a seu cargo o
tratamento dos doentes, Regimento Interno, econômico e administrativo do estabelecimento.
Para o desenvolvimento desses deveres junto ao médico foi contratado um empregado no qual
foi denominado enferm eiro interprete, devendo ser poliglota, dominando principalmente o
inglês. Um outro médico que lhe foi dado o nome de diretor, tinha a incumbência de visitar
cotidianamente o Hospital, fiscalizar e regular o serviço, fazer conferencias com o médico
interno, corresponder-se com as autoridades e ter disponível tudo que fosse conveniente para
manutenção e ordem do estabelecimento. Além desses três funcionários, tinha quatro
enfermeiros, um cozinheiro, um ajudante de cozinha, um servente e o feitor.
O feitor era responsável pelo asseio de toda a chácara, como limpeza e preservação do
arvoredo. Os serventes deveriam manter atenção ao asseio e a limpeza dos doentes e da casa,
e também a boa conservação dos objetos pertencentes ao estabelecimento. As enfermarias
eram lavadas a cada oito dias e as roupas de cama eram trocadas de três em três dias, se
houvesse necessidade fazia -se um intervalo menor.
O cemitério foi estabelecido anexo ao Hospital, fazendo parte dele, para que os óbitos
do Isolamento fossem enterrados ali; evitando assim que passassem em outras ruas quando
9
APEB. Hospital de Isolamento. Seção Colonial. Maço 5387; 2.11.1857.
Idem. Maço 5386; 24.01.1874.
10
6
conduzidos para outro cemitério. O terreno no qual funcionava o cemitério era castigado, no
inverno pelas águas das enxurradas, fazendo grandes buracos e levando terras as covas
prontas feitas pelos a fricanos, tendo que refazê -lo; além de obstruir as fontes das águas
servíveis ou potáveis, pelas pedras e cascalhos que vinham das sepulturas, tornando as fontes
inutilizáveis; já no verão, o terreno rachava -se devido a grande quantidade de formigueiros .11
No cemitério os africanos desenvolviam varias atividades como: manter um
determinado número de covas abertas e preparadas para o caso de necessidade; reparo dos
buracos e das rachaduras no terreno devido as chuvas e as formigas, e as exumações dos
cadáveres sob a vigilância e cuidados criteriosos, pelo fato dos óbitos serem da epidemia,
sendo essa uma das formas de evitar que os gases se disseminassem.. Outra forma com o
mesmo objetivo era o de colocar sobre o caixão mortuário fechado uma camada de dois de dos
de cal e também caiar ao redor da sepultura. Para cada sepultura eram utilizados seis carrinhos
cheios de cal.12
O enterramento no cemitério anexo ao Hospital de Isolamento se deu até a década de
1871, quando o Dr. Luiz Alvarez dos santos pede para que o enterramento dos óbitos do
Hospital passassem para o cemitério da Massaranduba. E assim se procedeu, os óbitos do
Isolamento eram levados em carroças até o cemitério de Bom Jesus da Massaranduba.
As despesas diárias de cada doente estrangeiro eram em to rno de um a dois réis, o qual
era pago pela pessoa que solicitou o transporte do doente para o Hospital; ocorrendo o mesmo
com as despesas do sepultamento. O tratamento só teria gratuidade se o doente fosse
reconhecidamente pobre.
O Hospital de Isolamento de Mont-Serrat era direcionado a estrangeiros afetados pela
febre amarela, ou moléstia desse caráter. Com tais objetivos, estava voltado ao tratamento dos
doentes dos navios mercantes que para tratar -se levava mais ou menos doze dias. Após a saída
do ultimo doente, contava -se trinta dias, e se nenhum doente fosse admitido fechava -se o
Hospital e consequentemente os funcionários dispensados. Somente com novas admissões
que o Hospital era reaberto, no qual o diretor convocava os funcionários para retornarem a o
trabalho.
Era rotina que o interprete e escriturário, antes do fechamento do Isolamento, fizessem
um inventario dos móveis e utensílios existentes no Hospital, e logo tal relação dos objetos
eram entregues ao guarda, para que, sob sua responsabilidade pu desse conservar e zelar.
11
12
APEB. Hospital de Isolamento. Seção Colonial. Maço 5387; 15.10.1857.
APEB. Cemitério de Bom Jesus. Seção Colonial Provincial. Maço 5397, 19.02.1873.
7
Na relação constavam os nomes dos objetos, a quantidade e seu estado de
conservação, como por exemplo: “2 pás de ferro, 2 relógios de parede, tinteiro e aroeiro de
metal, bomba para clyster, 2 seringas de metal” .13 O interessante é que nesse inventário
constava o quadro da planta projetada para o Novo Hospital.
Mas somente no século XX, no mês de abril de 1916, o Dr. Gonçalo Muniz, diretor
geral de Saúde Pública, tendo em vista a deficiência do Hospital de Isolamento, encarrega o
engenheiro Archimedes de Siqueira Gonçalves, a elaborar o projeto de um Novo Hospital, no
mesmo lugar do antigo, ao Alto de Mont -Serrat, abrangendo o terreno ao norte até a entrada
da Pedra Furada. Em 22 de dezembro do mesmo ano, foi publicado na Diretoria da
Agricultura, o edital para a concorrência para a construção de cinco pavilhões, considerados
de necessidade mais urgente. Sendo marcado o dia 9 de janeiro de 1917 a abertura das
propostas. Tal prazo foi prorrogado para o dia 23 de janeiro. Não tendo sido aceita a única
proposta apresentada, foi chamada nova concorrência para 8 de fevereiro, na qual foi
escolhido como empreiteiro o Dr. Armando Carneiro da Rocha, com a proposta no valor de
trezentos e quarenta e seis contos, cento e vinte e cinco mil e oitoc entos e três
reis(346:125$803), com prazo para conclusão das obras de 8 meses .14
Em 15 de março de 1917, foi batida pelo Dr. Antonio Muniz, governador do Estado, a
pedra fundamental para a construção do Novo Hospital de Isolamento de Mont -Serrat.
Em 1º de janeiro de 1923, foram inaugurados pelo governador do Estado, o Dr. Góes
Calmon, os novos (e atuais) prédios 15. Tendo o Novo Hospital, como diretor o Dr. Augusto de
Couto Maia, também professor Catedrático de Microbiologia da Faculdade de Medicina do
Terreiro de Jesus (atual Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia). Dr. Couto
Maia foi diretor do Isolamento por mais de trinta anos, tendo sido afastado do Hospital por
uma invalidez física, que o fez aposentar em 18 de março de 1936 . 16
Em sua homenagem, o Governo do Estado, atendendo as solicitações não só do corpo
clinico do estabelecimento como também dos amigos, através do Decreto nº 9.881, de 20 de
março de 1936, modifica a denominação de Hospital de Isolamento de Mont -Serrat, para
Hospital Couto Maia.
13
17
O Dr. Augusto de Couto Maia faleceu em 1944.
APEB. Seção Colonial Provincial. Maço 5389; 24.08.1877.
BARROS, B. Coleção de Diário Oficial do Estado da Bahia . Arquivo Público do Estado da
Bahia. (Período de 1916 a 1917).
15
Idem, 1926.
16
Idem, 1936.
17
Idem, ibidem.
14
8
Referências
MOURA, Thomé Affonso P. de . Algumas considerações acerca dos hospitais. 1853.
Dissertação (Graduação em Medicina) – Faculdade de Medicina da Bahia , Salvador, 1853
Doc. 0030F.
OTAVIO, F. Esboço histórico dos acontecimentos mais importantes da vida da Faculdade de
Medicina da Bahia (1808-1946). Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Saúde , 1946.
UZÊDA, Jorge Almeida. A morte vigiada: a cidade do Salvador e a prática da medicina
urbana, 1890-1930. 1992. Dissertação (M estrado em História) – Universidade Federal da
Bahia, Salvador, 1992.
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