Número 2
Payment Report - Inovação em Pagamentos
O que vem no número 2?
1. Fintechs de pagamento colocam fogo no
mercado.
2. O negócio é o paga para mim mesmo.
3. Pop Recarga, tem algo interessante aí.
4. Bancos começam a fechar as portas para o
débito automático em conta corrente.
5. GoCardless, quer vir para o Brasil
6. Plataforma de intermediação Arco, fecha
operação.
7. Subadquirentes do mundo físico já somam
dezenas
8. Rapidinhas
9. Resultados da pesquisa, empresas de
pagamento inovadoras.
Quem fez essa edição?
Editor: Vanessa Gualhanone
Criação: Leandro Andrade
Redação: Patrícia Leone, Camila Donnato, Rodrigo Dantas e Fábio Courin
Texto “Fintechs de pagamento colocam fogo no mercado” - Juliana Pedron redatora convidada.
Esse é o segundo exemplar do “Payment Report Brasil”. O nome é inglês
mesmo, o nome “Diário de pagamento”, fazendo alusão aos jornais
brasileiros, foi descartada. Já estamos com mais de uma centena de
leitores, o que é ótimo.
Uma publicação do portal Pagamento.me.
ii
Fintechs de pagamento colocam fogo
no mercado
por Juliana Pedron
A nova geração de empreendedores, faz um pequeno barulho, não podemos negar. À altura dos grandes, inclusive. Eles sabem o que é
marketing, não nos conceitos de Phillip Kotler (o pai do marketing moderno), mas na prática do mercado selvagem, que é o Brasil. Sem
dinheiro do Vale do Silício e sem os vícios do mercado corporativo das grandes empresas, eles já nascem com a arrogância necessária
para não “dar olhos” para quem está no game há décadas.
A nova geração do mercado de pagamentos vem exatamente sob essa descrição acima: arrogância necessária (isso foi um elogio). São
jovens liderando empresas de pagamento? Peraí…pelo que eu saiba, “pagamento” é algo financiado pelos bancos, pelas grandes
empresas de softwares. Fim. Acabou essa cultura. Quer dizer então que elas estão nascendo em garagens? Parece que sim.
O fim dos grandes monopólios, ensaiado pela Getnet no mercado de adquirência, parece ter chegado a um momento único, com a
chegada da Stone, por exemplo. Centenas de negócios estão pipocando no ambiente dos meios de pagamento no Brasil e no mundo.
De lá para cá, bandeiras, adquirentes, gateways, subadquirentes, softwares, antifraudes e toda cadeia, têm recebido novas caras mês a
mês. E melhor, já fazem frente aos players que navegavam um oceano azul até pouco tempo.
Da garagem para a avenida Faria Lima
A nova geração dos meios de pagamento tem uma cara. São jovens de 25 a 40 anos, que conhece tecnologia como ninguém,
programam inclusive. Na maioria, são empreendedores verossímeis, que despertam a atenção de grandes empresas, inclusive bancos,
adquirentes e investidores, logo no início da jornada.
Os três cases mais emblemáticos, e reais, são três novas empresas que por si só, justificam a preocupação e investida dos protagonistas
da cadeia de pagamentos. Pagar.me, Iugu e Vindi. Se você ainda não ouviu falar desses “três caras”, preste atenção na capacidade de
você se conectar com a inovação e com a disrupção do segmento de pagamentos. O barulho que eles já fazem com pouco tempo de
vida, é absurdo.
iii
O Pagar.me, que tem por trás o funding e a mentoria do André Street (Arpex Capital, Ex-Braspag, Moip, Mundipagg e Stone) é um
fenômeno entre os empreendedores estreantes. Fundado por dois garotos, literalmente, a startup de pagamentos esbanja tecnologia,
design aliado às APIs e um belo case de como facilitar a vida do desenvolvedor, na hora de oferecer uma integração sem complicações.
A idade da empresa, se confunde com os próprios fundadores, ambos com menos de 20 anos. Apesar da idade, a empresa divide o
escritório localizado na Av Faria Lima com o grupo Arpex Capital, que têm a adquirente Stone e a Mundipagg.
Na foto, Pedro e Henrique do Pagar.me (Foto: Reprodução Infomoney)
Isso também é o fator que fazem eles, desenvolverem rapidamente a solução e absorver a
maturidade de André Street e cia. Essa absorção fez inclusive, a empresa decider não vender o
gateway de pagamento somente, mas também virar um subadquirente, fato que ocorreu
recentemente. O Pagar.me assusta pela juventude dos empreendedores e surpreende pelo
potencial.
Já a Vindi, a plataforma líder em recorrência no país, tem uma fusão interessante entre alta tecnologia e uma cultura financeira no seu
dna. Fundada por empreendedores que foram executivos do Itau, Citibank e BankBoston, a empresa conseguiu trazer para dentro de
casa, os maiores especialistas em assinaturas e recorrência do país. A mistura “banco” + “ruby on
rails”, criou uma das empresas mais impactantes do segmento. Rodrigo Dantas e cia, conseguem
facilmente despertar interesse de gente grande no mercado.
A empresa já tem inclusive clientes que faturam bilhões/ano. E é esse de fato a curiosidade: o que faz
uma empresa de apenas dois anos de vida, despertar interesse de grandes empresas? Segundo os
próprios clientes como Smartfit, Pearson entre outros, é o fato da tecnologia estar aliada à cultura da
empresa de entrar de cabeça num projeto. Eles criaram inclusive o Assinaturas Day, evento focado
em assinaturas que já tem uma fila de espera de 400 pessoas.
Rodrigo à esquerda, no maior evento fitness da América Latina. (Foto: Reprodução Fitness Brasil)
iv
Outro fator que chama a atenção é a navegação que têm entre os adquirentes e bandeiras no país. Para citar: ajudaram empresas como
Elavon e Global Payments a entrar no mercado de serviços. É uma nova grande empresa, fique de olho.
O Iugu, tem uma história interessante. Nascida no mobile payment, a empresa fez uma bela mudança de percurso em 2013, criando uma
plataforma de pagamentos focada em startups. O que vem se confirmando, já que a carteira da empresa é formada 100% por empresas
começando as operações no ecommerce brasileiro.
Na foto, o Iugu funcionando. Chega de gravatas! (Foto Reprodução:
Iugu)
A atração das startups nessa empresa chama a atenção, o
que parece ter sido uma grande sacada da empresa. Com
centenas de startups usando o serviço a Iugu é um
subadquirente que já incomoda Pagseguro e Moip na hora
do mercado escolher um arranjo de pagamento. Isso porque
a empresa possui uma comunicação direta com
empreendedores e pela apresentação das funcionalidades e
APIs.
No começo do ano a empresa teve uma sacada de facilitar a
vida das startups oferecendo preços menores que os
concorrentes, o que gerou um buzz enorme. O que chama a
atenção também, é a entrada deles no ambiente
empreendedor das aceleradoras e associações de startups.
Apesar do foco, o Iugu já oferece também uma infraestrutura de boletos, split para atender não só startups.
Os três exemplos acima ilustram a ponta do iceberg que está por vir. Novos nomes surgem a cada dia. O que reforça a importância
dessas soluções para ajudar os próprios adquirentes e bancos a acessar a ponta do mercado, que são os clientes. A AzPay, uma das
estreantes, também complementa essa gama de novos players de pagamento. E curiosamente sai do eixo São Paulo, capital “default”
para criar empresas desse segmento. A Azpay é de Mogi das Cruzes. Outro bom exemplo: o Aceita Fácil. Case de Minas Gerais que
v
investe na facilidade de integração. A Payzen, da Lyra Networks, complementa o parágrafo e merece a atenção pela capilaridade da
plataforma.
Vem aí uma nova revolução tecnológica. Em diferentes mercados e ramos. E isso tem um excelente impacto nos meios de pagamento,
até então dominado por grandes empresas. Vamos ver novos adquirentes, novas bandeiras e novos pequenos bancos entrando de
cabeça nisso, principalmente no Brasil, que possui ainda uma dependência grande de bancos. É a hora da virada de chave. Fintechs mapeadas pela Fintechlab. Pagamento é referência no Brasil.
vi
O negócio é o
“paga para mim
mesmo”
F. Courin
Quem é do ramo tem visto pipocar soluções de pagamento que já fazem a
liquidação das vendas diretamente num cartão de crédito emitido pela
própria empresa de pagamento. Oi?
Isso mesmo. A investida dos subaquirentes em mobilizar o recebimento de
vendas focada no pequeno lojista (e nos profissionais liberais) ganhou um
novo elemento: a desbancarização. Na prática, o lojista pode receber os
leitores de cartão móveis para vender e direcionar os créditos das vendas,
diretamente num cartão de crédito emitido por eles mesmo.Tudo isso sem
precisar de uma conta bancária. É a força do pré-pago, aliada à
subadquirência.
O precursor por aqui foi a Payleven, que com alguns meses de
antecedência lançou a solução no mercado brasileiro. O leitor oferecido
pela empresa, agora também é o elo para ajudar empreendedores que
querem ter acesso ao dinheiro com a menor burocracia possível. Alguns
dias depois foi a vez da estreante Moviu, fundada nesse ano, lançar o leitor
+ cartão de crédito de forma idêntica à Payleven. Não demorou também
para o Pagseguro lançar sua “Moderninha” plugada ao cartão pré-pago da
empresa. Pagpop e seu leitor também já oferecem a emissão do pré-pago
para a mesma finalidade.Temos aqui uma tendência?
Se pegarmos o grande número de desbancarizados no país (60 milhões de
brasileiros, estimativas do IBGE-2014), podemos dizer que sim, temos algo
de no mínimo, interessante. “A informalidade” também vai agradecer esse
tipo de solução. Sem contar o crescimento do mercado de pré-pagos no
país, que é bom. Segundo a Euromonitor, o pré-pago deve ultrapassar os R
$106 bilhões de volume financeiro esse ano. Tanto Payleven, Pagseguro,
Pagpop como a Moviu, estão enxergando a quantidade de pessoas
desbancarizadas, mas também a dificuldade do segmento de
pré-pagos, que é a recarga. Nesse modelo, o desafio da recarga
é praticamente extinta.
Vamos acompanhar.
Foto: Reprodução Payleven
vii
Pop Recarga, tem
algo interessante
aí
Rodrigo Dantas
A Take.net,
provedora mineira de
soluções mobile e
sms, tem uma
história
interessantíssima.
Eles venderam a
empresa para o
grupo japonês Faith
(http://faith-inc.com/)
por U$35 milhões em 2005. Três anos depois, os fundadores recompraram
a empresa, por 10% do valor. E aí começou uma “restartup” das operações
da empresa, que até então era focada no desenvolvimento de jogos,
ringtones e soluções para sms. Esse é apenas a introdução para o
nascimento do POP Recarga, uma nova forma de pagamento que vem aí e
antes de estrear, já faz um movimento importante no que estå por vir.
A Pop Recarga
Mas então cadê a inovação? Está no celular. A solução funciona em
qualquer telefone da atualidade. E melhor: pode ser integrado a
ecommerce também. Na prática a Pop Recarga funciona como uma
bandeira, onde as empresas podem colocar no checkout a opção para
“clientes Pop” usarem esse método de pagamento.
A vantagem desse tipo de solução em detrimento aos cartões pré-pagos, é
exatamente as pessoas que usam celular e não têm conta em banco.
O usuário do celular pré-pago tem a rotina de carregar o aparelho
semanalmente. Isso já é uma realidade. E é essa aposta que a Pop Recarga
faz: não mudar a forma como desbancarizados com um celular pré-pago
fazem para manter a vida em torno do telefone. Não mudar a cultura é o
caminho.
A rede da “Pop” já conta com cerca de 300 mil estabelecimentos de
recarga da solução, que na prática é a mesma da rede de cartões pré-
pagos. A meta da empresa é ter a solução espalhada por centena
de varejistas oferecendo o pagamento com o “Pop” pelo celular.
Como bem explorado na primeira edição, o mercado de nãobancarizados é algo gigante, tanto que bancos, bandeiras e
meios de pagamento olham com força para esse perfil. Para tirar
ainda a questão da dúvida de regulamentação da frente, a
Take.net, está entre os cinco maiores brokers de sms
homologados pelas operadoras de telefonia. O que nos faz
analisar que: de mobile eles entendem.
Vale à pena ficar de olho.
A “Pop” é uma moeda eletrônica, para definir melhor a solução. Assim
como o pré-pago (do capítulo anterior) a solução precisa de uma recarga.
viii
Bancos começam a fechar as portas
para o débito automático
Rodrigo Dantas
O que era boato e especulação, começou a acontecer. Clientes com grandes carteiras de débito em conta (serviços, assinaturas e
planos) começaram a receber as cartas de intenção dos bancos, onde formalizam a descontinuidade do serviço. Até então nenhum
banco tinha de fato registrado e concluído a ação. Em julho de 2015, dezenas de grandes carteira de débito em conta começaram a ser
bloqueadas pelos bancos. A iniciativa começou com Banco do Brasil, atuando mais forte, mas já temos notícias de Itau e Bradesco
formalizarem notificações e inclusive fechar convênios.
A forma de débito automático até então exclusiva para o mercado de assinaturas (editoras) e concessionárias, começou a crescer diante
do crescimento de segmento de serviços recorrentes no consumo mensal das famílias. O grande motivo dos bancos é a quantidade de
ações judiciais recebidas por conta de serviços debitando valores, sem a comprovação real de autorização por parte dos clientes. E tem
a contrapartida de ser um serviço com resultado baixo para o banco, já que somente grandes operações, com quantidade expressiva de
débitos, fazem sentido para a abertura de novos convênios.
Os bancos estão categóricos: novos convênios estão congelados, os antigos, estão sendo revistos. Boa notícia para o mercado de
cartões: adquirentes e bandeiras.
ix
GoCardless, quer vir para o Brasil
Rodrigo Dantas
A empresa britânica GoCardless, focada na transferência online de recursos bancários, quer fincar a bandeira no país. Executivos da
empresa procuraram profissionais de pagamento por aqui, para estudar o mercado e se possível, vir rapidamente com sua soluções
mobile de recorrência e pagamentos simples.
A GoCardless é a maior provedora de débito direto no Reino Unido. Como o sistema financeiro é integrado de forma simples entre
bancos e instituições por lá, a empresa consegue com um fee de 1% transacionar milhões de transferências de débito com milhares de
usuários. Fundada em 2011, a empresa recebeu investimento de fundos que já colocaram dinheiro no Facebook, por exemplo. O grande
desafio da empresa é convencer os bancos a abrir os braços para esse tipo de solução.
x
Plataforma de intermediação Arco,
fecha operação
Rodrigo Dantas
Quando vi o Arco funcionar no Instagram, pensei rapidamente “legal, mas como
vão operacionalizar isso?” Era de fato legal pra caramba, ver algo corajoso dentro
do Instagram, intermediando vendas através de pequenos lojistas, makers e
artesãos que usam a rede social para divulgar as criações. O Instagram tem um
poder absurdo de engajamento na divulgação de produtos. É inegável. E o Arco,
captou isso rapidamente. A plataforma usava as tags para intermediar a compra e
venda entre as lojas dentro do Instagram. Bastava um #comprar para os
consumidores serem redirecionados para o Paypal e concluir a transação. Do
ponto de vista de solução, não fazia sentido ter algo “manual” para comprar algo
dessa forma, mas acho que o Arco cumpria algo importante, sendo dentro do
Instagram, que tem uma complexidade para lojistas venderem.
A maioria deles, têm que reforçar o site (www) na hora do cliente comprar, o que
era para o Arco, uma simples hastag.
Mas o que deu errado? Primeiro que o Instagram não é aberto a integrações, ou
seja: não teria o Arco, uma solução nativa para o checkout completo dentro da
solução, pelo menos por enquanto.
Segundo, que pagamento é algo complexo de se gerenciar. A fundadora Diana Assennato, uma das fundadores da empresa, deixou claro
que “o fechamento da empresa e suas operações voi motivado diretamente por funding. Não conseguiriam manter a empresa, sem
investimento para escalar o negócio.”
xi
A startup ganhou diversos prêmios, incluindo R$20.000,00 num concurso da revista Info.
Foto Reprodução “O Arco”
Era de fato bem cool. Mas “deu ruim”, no popular ditado.
O Arco pode ser um belo aprendizado para os empreendedores do ramo. Apesar de ter algo extremamente inovador, o Arco não
conseguia ganhar dinheiro de verdade, pois a interface da plataforma não permitia transações reais e a relação banco-adquirentebandeira não existia dentro da tecnologia deles. Ou seja, não transacionavam nada, eram na verdade um elo entre Paypal e loja. Esse
“case” é de fato um belo parêntese no paradoxo que é muitas vezes empreender e ganhar dinheiro.
xii
Subadquirentes do
mundo físico já
somam dezenas
dinheiro com cartões é um bom negócio. É mais barato por
exemplo que duplicatas mercantis e empréstimos com garantia
de sócios. O banco enxerga isso, porque ele garante a trava
juntamente com a CIP ( ) a trava por bandeira: Visa e Master, na
grande maioria. Isso garante para o banco, um risco pequeno
se...
Patricia Leone
É um monstro de fato. Os chargebacks para uma operação de
crédito de antecipação de recebíveis é o pesadelo dos lojistas e
do bancos também, pode acreditar. E isso vem sendo
minimizados devagar do ponto de vista de tecnologia. Mas o
assunto chargeback fica para depois, nossa motivação aqui é
falar do risco inerente ao sistema financeiro, se o crash das
operações de crédito começarem a acontecer por conta de
subadquirentes físicos que tiram os bancos da jogada.
Sem regulamentação firme ainda, os subadquirentes do mundo
físico chegam com soluções que ajudam lojas mas oferecem um
risco para o sistema financeiro. Como Banco Central ainda não
colocou as mangas de fora para fiscalizar e controlar o mercado
de pagamentos de fato, soluções surgem diariamente para
absorver uma fatia de mercado interessante: os pequenos
empreendedores e informais. Não é segredo para ninguém da
cadeia que os “arranjos de pagamento” já somam centenas,
alguns mais estruturados, caso do Iugu, citado na matéria
principal dessa matéria e os mais conhecidos como Moip,
PagSeguro, Bcash, Paypal, já são nomes fáceis no Banco
Central. Mas e aqueles que estão fazendo sem nenhum histórico
ou lastro?
O risco é maior que a oportunidade?
O varejo brasileiro é uma economia por si só. E o mercado de
cartões é o motor para o acesso ao crédito da maioria dos
varejistas e comerciantes. Independente do tamanho deles, fazer
...Não houver chargeback.
Na prática, uma operação garantida pela agenda de recebíveis
de cartões pode ser facilmente substituída por um POS de um
subadquirente. O Banco, por sua vez, corre o risco de desvio dos
créditos para outro lugar, que não a conta corrente garantida
daquela operação. Esse caso inclusive, já ocorreu diversas vezes,
mas sempre com o consentimento do próprio cliente, que
motivado pelo “calote”, faz o acordo com um subadquirente. Na
prática e legalmente, todo cliente com operação de crédito
garantida por cartões, assina um contrato concordando com as
responsabilidades de manter o fluxo na conta indicada para a
garantia, mas sabemos que alguns não cumprem, trocando
maquinetas, cancelando a venda em algumas bandeiras e muitas
xiii
vezes usando outro CNPJ para direcionar os créditos para outras contas. Está aí o grande risco do banco e da própria operadora de
cartão, enquanto não houver uma ação fiscalizadora e regulamentadora de fato, por parte dos órgãos.
Os subadquirentes do mundo físico já existem, e são dezenas. Alguns casos têm por trás, gente que entende de pagamento, inclusive. O
que é bom, pois já é um ensaio para o arranjo de pagamento ser ainda maior que os volumes transacionados na web. Os melhores
exemplos do avanço para essa rede são Pagseguro e Pagpop. Além do foco no pequeno empreendedor, eles fazem um ótimo trabalho
na subadquirência do mundo físico. Com milhares e milhares de estabelecimentos, os subacquirers do comércio parecem estar com
grande mercado à vista. Não é segredo, a “Moderninha” está na televisão.
Mas é bom ter isso à vista, já que em casos de crédito, o banco precisa ter o controle, já que validou o crédito mediante às travas de
bandeiras na CIP (Câmara Interbancária de Pagamentos). Na prática todo mercado deve ser regulamentado: quem vende, quem compra
e quem empresta, no caso, os bancos.
Ainda vamos assistir capítulos sem definição.
xiv
“Rapidinhas”
Vanessa Gualhanone
O Stripe já tem um nome no Brasil
Daniel Topel, ex-Netmovies é o cara do Stripe no Brasil. Boa notícia, no nosso ponto de vista. Não é ninguém de pagamentos, mas é
empreendedor, o que faz da escolha, uma boa cartada para a entrada da empresa por aqui.
Adyen tem mudança na direção
Após os holandeses começarem a participar mais da operação no Brasil, que é um baita mercado para eles, a Adyen começou algumas
mudanças importantes no alto comando. O primeiro movimento foi a saída do ex-Vice Presidente Renato Odakara, que foi um dos
primeiros caras da Adyen no Brasil.
Global Payments e First Data no ecommerce
A Global e a First Data finalmente vão entrar no ecommerce. Já formalizaram inclusive transações online com suas APIs integradas a
alguns gateways. Ótima notícia.
xv
Resultados da pesquisa, empresas de pagamento
inovadoras
Na última edição pedimos um voto de mais de 100 profissionais de pagamento no Brasil, e temos o resultado sobre qual empresa é mais
inovadora no segmento. A percepção é que o Apple Pay, é de fato a empresa mais inovadora. Com quase 30% dos votos.
xvi
Já podemos dizer que você é importante para nós. Precisamos continuar
escrevendo e trazendo para você e para sua empresa a inovação em
pagamentos sem filtros e direto no seu contato.
O que você verá na
assinatura mensal do
report?
Por se tratar de uma produção independente, o report é isento de qualquer
influência de empresas, instituições ou agentes do segmento, por isso nosso
maior compromisso é trazer ótimo conteúdo para você e sua empresa, seja
ela fornecedor, software, hardware ou uma provedora de soluções de
pagamento.
Achamos que só teríamos trabalho para uma edição, mas fomos além. Mais
de 100 profissionais do segmento e interessados, receberam a primeira
edição, e voltaram com um feedback importante sobre a realização ou não
de novas edições. Após colhermos as ideias e experiências dessas pessoas,
decidimos virar um mensal prontinho para acessar a disrupção e inovação
em pagamentos, da forma mais ágil e rápida que podemos fazer.
Bem vindo novamente!
Rodrigo Dantas
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