CENTRO TREINAMENTO CENTRO DE TREINAMENTO NAVEGAÇÃO RADIO Este manual foi elaborado por e não poderá ser redistribuído sem autorização. 1 CENTRO TREINAMENTO Conteúdo ADF (NDB BEACON) .............................................................................................................3 Mudança de QDM/QDR ...................................................................................................4 ADF de Limbo Fixo ...........................................................................................................4 VOR ....................................................................................................................................5 Como se orientar pelo VOR: .............................................................................................6 OBI ..............................................................................................................................6 CDI – ............................................................................................................................6 INDICADOR E BARRA DO GLIDESLOPE ...........................................................................6 Utilizando o VOR para navegação: .......................................................................................6 Como funciona o sistema de Curso/Radial no VOR: ...........................................................7 Como interceptar radiais em alguns casos ........................................................................7 VOANDO TO (INBOUND) ..................................................................................................7 VOANDO FROM (OUTBOUND) ..........................................................................................8 VOANDO EM SITUAÇÃO INDEFINIDA ................................................................................8 SETORES DE VOO COM VOR .................................................................................................9 O ILS.................................................................................................................................. 11 Localizador: ............................................................................................................ 11 Glide Slope: ............................................................................................................. 11 Marcadores ................................................................................................................. 12 Marcador Externo (OM, Outer marker) ....................................................... 12 Marcador Médio (MM, Middle marker) ........................................................ 12 Marcador Interno (IM, Inner marker) ........................................................ 12 Categorias ......................................................................................................................... 13 Categoria I ..................................................................................................................... 13 Categoria II .................................................................................................................... 13 Categoria III ................................................................................................................... 13 Categoria III A ............................................................................................................ 13 Categoria III B............................................................................................................. 13 Categoria III C ............................................................................................................. 13 ARCO DME ........................................................................................................................ 14 Este manual foi elaborado por e não poderá ser redistribuído sem autorização. 2 CENTRO TREINAMENTO ADF (NDB BEACON) Procedimento NDB, é um tipo de procedimento IFR de não precisão, sendo os mínimos meteorológicos, normalmente, superiores aos do procedimento VOR, ILS ou RADAR. Na aeronave, o receptor é conhecido como Rádio Compasso ou ADF (Automatic Direction Finding). Existe também o RMI (Radio Magnetic Indicator) que fornece a Indicação de VOR+ADF). O receptor de bordo é composto por uma caixa de controle, seleção, sintonia e indicadores.Existem dois tipos de ADF: o de limbo fixo e, o de limbo móvel manualmente. Consta de um mostrador graduado e um ponteiro que sempre apontará a direção da estação transmissora. No caso ao lado ele esta indicando que estamos com uma marcação magnética de 45graus a esquerda para a estação. Caso nossa proa de vôo fosse 360 teríamos que curvar a esquerda para proa 315 para voarmos para a estação. Neste momento seria correto dizermos que estaríamos no QDM 315 para a estação. Mas o que é QDM, e QDR? Normalmente, os valores de rumo magnético para se aproximar de uma estação NDB são chamados de QDM (Quê Dê Maique) e para se afastar, QDR (Quê Dê Erre). Voar através de um mesmo QDM, não é tão fácil quanto possa parecer pois, se tivermos ação de um vento lateral enquanto mantemos a estação na proa, a aeronave descreverá uma trajetória curva, conhecida como "Curva do Cão", até atingir o bloqueio da estação. Este manual foi elaborado por e não poderá ser redistribuído sem autorização. 3 CENTRO TREINAMENTO Mudança de QDM/QDR Mudar o QDM de uma aeronave, permite ao controlador ou ao piloto, dirigi-la para o bloqueio de uma estação NDB, por um setor que mais indicado à topografia local, assim como, ajustá-lo com o rumo de afastamento ou de aproximação de um procedimento de descida. Outra aplicação deste processo, é o de poder desviar a aeronave de outros tráfegos, ou ainda, de formações meteorológicas adversas. É importante ressaltar que a parte superior do instrumento,quando no caso do limbo móvel sempre deverá estar setado com a proa da aeronave, o que fará com que a indicação obtida seja coerente. Vejamos caso a caso. ADF de Limbo Fixo 1 – Para QDM menor, curve a direita 30° Para QDM maior, curve a esquerda 30° 2 – Mantenha a proa, até que o ponteiro indique o valor angular correspondente a diferença entre a proa atual e o QDM desejado. 3 - Aproe a estação NDB ADF de Limbo Móvel Manualmente 1 – Para QDM menor, curve a direita 30° Para QDM maior, curve a esquerda 30° 2 – Ajuste, manualmente, o limbo para a proa atual 3 – Mantenha proa até a indicação do QDM desejado 4 – Aproe a estação NDB, reajuste o limpo para a novo QDM Este manual foi elaborado por e não poderá ser redistribuído sem autorização. 4 CENTRO TREINAMENTO VOR O VOR (VHF Omnidirectional Range) é um auxílio à navegação que opera em VHF nas freqüências de 108.00 até 117.95 Mhz. Ainda é o meio de navegação mais utilizado em todo o mundo, embora seu fim esteja próximo, com a implantação do sistema GPS como meio de navegação primário para a aviação. O VOR transmite sinais de rádio em freqüência VHF. Por este motivo o seu alcance fica limitado, pois ao contrário dos sinais do NDB, os sinais do VOR não conseguem acompanhar a curvatura da Terra. Por isso o seu alcance é limitado por obstáculos do terreno (montanhas) conforme a altitude da aeronave. Muitos VORs têm também uma estação de DME que mede continuamente a distância entre a aeronave e a estação. Notem que essa distância é o que chamamos de "slant range" ou seja, a distância direta entre o transmissor do DME e o avião. Isso significa que se sobrevoarmos o VOR a 6000 pés de altura, por exemplo, a menor distância que leremos no indicador será de 1 milha náutica. Logicamente, quanto mais afastados estivermos do DME, menor vai ser o erro. Você pode também ler a sua velocidade em relação ao solo, usando o DME.Tenha em mente o fato de que o DME mede a razão de aproximação tilde;o da aeronave em relação ao VOR. Ele não tem capacidade de medir diretamente a velocidade do avião em relação ao solo, e sim a razão de aproximação para o VOR. Isso significa que a indicação de velocidade só será correta se você estiver aproando diretamente o VOR. Caso a sua proa não seja exatamente a direta para o VOR, à medida que você se aproximar, a indicação de velocidade irá diminuindo, até eventualmente chegar a zero, quando o avião passar ao lado do VOR. Tenha em mente que o efeito do "slant range" também vai afetar a precisão da indicação. Este manual foi elaborado por e não poderá ser redistribuído sem autorização. 5 CENTRO TREINAMENTO Como se orientar pelo VOR: Antes de aprendermos como nos orientar pelo VOR, vamos conhecer os componentes deste instrumento de bordo: OBI Omni Bearing Indicator, é onde vamos ler um CURSO de aproximação ou de afastamento do VOR (RADIAL), Bem como as radiais de referência para definir cruzamentos na nossa navegação. Esses cursos e radiais são selecionados por meio do OBS (Omni Bearing). Indicadores TO/FROM - Indicam se o rumo lido no OBI corresponde a um CURSO (rota eletrônica espacial que nos levará para o VOR (TO)) ou uma RADIAL ( que nos afastará do VOR (FROM). Caso indique OFF é porque estamos fora do alcance do VOR, ou passando diretamente sobre ele, ou no través da radial selecionada no OBI , ou ainda, com o transmissor VOR inoperante ou nosso receptor VOR com defeito CDI – O CDI nos indica o quanto estamos afastados da radial/curso que foi selecionado. Para o VOR cada ponto (dot) representa 2.5 graus fora do curso. Uma deflexão total significa 10 graus ou mais fora da rota. INDICADOR E BARRA DO GLIDESLOPE Serão descritos em detalhes quando falarmos sobre ILS. Utilizando o VOR para navegação: Suponha então que queremos nos aproximar de um VOR. Para saber qual é a proa que devemos tomar para ele (TO) devemos adotar o seguinte procedimento. Sintonize a freqüência apropriada, (em vôo real ou nos simuladores que possuem essa faculdade, ouça os sinais identificadores do VOR). No OBI vá aumentando ou diminuindo o número no OBI até centrar a barra do CDI e o indicador TO/FROM, se indicar TO. O número que estiver no OBI é o seu CURSO para o VOR, ou seja, a proa que você deve voar para bloquear o VOR. (Se não houver vento de través) e na recíproca constara a radial que vc esta voando para o vor. Suponha que o CURSO foi o 090, ou seja, deveremos voar com proa 090 para voarmos direto para o VOR e estaremos sobrevoando a radial 270 da estação. No painel de instrumentos ficara assim: Este manual foi elaborado por e não poderá ser redistribuído sem autorização. 6 CENTRO TREINAMENTO Agora que vimos como achar o rumo para se voar até um VOR, veremos como trabalhar com o OBI para nos aproximarmos por um determinado curso para um VOR. Lembrem-se sempre do seguinte: 1. Se a barra estiver centrada e o indicador em TO, o curso indicado em cima no OBI é o CURSO direto para o VOR e o indicado em baixo no OBI é a RADIAL que nos levará diretamente para fora do VOR. 2. Se a barra estiver centrada e o indicador em FROM o curso indicado em cima no OBI é a RADIAL e o indicado em baixo no OBI é o CURSO direto para o VOR. Como funciona o sistema de Curso/Radial no VOR: Uma das maiores dificuldades que os iniciantes têm com o VOR é que, ao contrário do ADF, suas indicações não dependem da proa da aeronave. Para evitar erros de leitura a proa magnética sempre deverá coincidir com a leitura na parte superior do instrumento. O princípio para aproximar voando um determinado CURSO é o seguinte: Cada radial do VOR é verdadeiramente um caminho eletrônico, fixo no espaço, definido por modulação espacial de um sinal fixo de referência e outro sinal variável. Cada grau dos 360 dessa variação é enxergado e medido pelo comparador de fases do receptor de bordo. Essas diferenças de fase são traduzidas em graus no OBI. Portanto, a modulação está na "mente" do receptor de bordo e não diretamente no espaço. É por essa faculdade do VOR que as radiais e cursos independem da proa Vamos supor que foi selecionado no OBI o CURSO 360(Norte). Atenção: Todas as informações do VOR são em relação ao NORTE MAGNÉTICO. Como interceptar radiais em alguns casos VOANDO TO (INBOUND) Imagine que você esteja se aproximando do VOR POR, para ajuste a Órbita com proa 117, CDI centrado e com a indicação TO, isto que dizer que você esta se aproximando pela radial 297 com proa 117. Se você deseja alterar esta radial de chegada para a radial 270, o que fazer? Como a radial pretendida é menor que a atual, vc deverá curvar a direita 30°, ajustar a radial pretendida na recíproca e aguardar o CDI centrar para tomar a nova proa, que será 090, conforme indicado no seu OBI. Agora imagine que você deseja retornar a radial anterior, ou seja a 297 como ela será uma radial maior que a atual, você devera reduzir sua proa em 30°, ajustar a radial pretendida na recíproca e aguardar o CDI centrar para tomar a nova proa, que será 117, conforme indicado no seu OBI. Com isto podemos afirmar que: se estivermos voando TO ou INBOUD com o VOR coerente se desejarmos uma radial maior que a atual teremos que reduzir em 30° nossa proa. Se desejarmos uma radial menor que a atual teremos que aumentar 30° nossa proa. Este manual foi elaborado por e não poderá ser redistribuído sem autorização. 7 CENTRO TREINAMENTO VOANDO FROM (OUTBOUND) Imagine que você esteja iniciando um afastamento do VOR POR, mantendo a radial 117 FROM (a proa e a radial será lida no OBI) e o controle lhe solicita que intercepte a radial 140, o que fazer? Curve 30 ° a direita, e sete no OBI a radial 140. Aguarde o CDI centrar e assuma a proa 140 conforme o CDI. Agora imagine que o controle lhe pediu que retorne a radial 117, curve 30° a esquerda, sete a radial 117 no OBI e aguarde o CDI centra e assuma a proa 117. Com isto podemos afirmar que se estivermos voando FROM ou OUTBOUND com o VOR coerente se desejarmos uma radial maior que a atual teremos que aumentar em 30° a nossa proa. Se desejarmos uma radial menor que a atual teremos que diminuir 30° nossa proa. VOANDO EM SITUAÇÃO INDEFINIDA Se você estiver voando em um local qualquer e desejar prosseguir para um determinado VOR próximo, faça o seguinte: Através do ajuste do OBI, selecione seu VOR para a janela TO ou INBOUND, e faça com que o CDI fique ao centro do instrumento.Leia a proa para a estação na parte superior do VOR (OBI), e curve para ela. Pronto vc estará voando para a estação. Este manual foi elaborado por e não poderá ser redistribuído sem autorização. 8 SETORES DE VOO COM VOR 1 2 3 9 Este manual foi elaborado por e não poderá ser redistribuído sem autorização. 4 5 6 10 Este manual foi elaborado por e não poderá ser redistribuído sem autorização. O ILS ILS ou Instrument Landing System é um sistema de aproximação por instrumentos, que dá uma orientação precisa ao avião que esteja pousando em determinada pista.Ele consiste em dois sistemas distintos, um deles mostra a orientação lateral do avião em relação a pista, e o outro mostra o ângulo de descida, ou orientação vertical. A aproximação ILS (Instrument Landing System) é também chamada de “Aproximação de Precisão” (Precision Approach), por contar com as informações do Localizador em VHF (Very High Frequency) e do Glide Slope em UHF (Ultra High Frequency), fornecendo informações para o alinhamento com o eixo da pista e com a trajetória correta de planeio para o pouso. Localizador: Esse equipamento têm como finalidade fornecer a direção da pista, uma vez que a freqüência de ILS foi colocada no sistema de navegação do avião (NAV1), que leva a aeronave a se alinhar no eixo da pista. Ele corresponde a barra vertical do instrumento. Glide Slope: A antena do Glide Slope está tem a finalidade de fornecer o ângulo de planeio correto durante uma aproximação. Este ângulo ideal está entre 2 e 4° e varia conforme o relevo do setor de aproximação. Ele corresponde a barra horizontal do instrumento. 11 Este manual foi elaborado por e não poderá ser redistribuído sem autorização. Marcadores Algumas instalações possuem os Marcadores junto com o ILS. Quando o avião recebe a transmissão de um marcador, um sinal visual é mostrado ao piloto e outro sonoro é reproduzido é fornecer informações de distância em relação à cabeceira da pista. Marcador Externo (OM, Outer marker) Quando existente esta inicio da aproximação final do procedimento, e seu indicador é azul.normalmente. Marcador Médio (MM, Middle marker) Quando existente tem o propósito de avisar o piloto que o contato visual com a pista é iminente. Marcador Interno (IM, Inner marker) Fica localizado a aproximadamente 300 m da pista. Tem o propósito de avisar o piloto, quando em condições de baixa visibilidade, da chegada iminente 12 Este manual foi elaborado por e não poderá ser redistribuído sem autorização. Categorias Categoria I - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de decisão não menor que 60 m (200 pés) e visibilidade não menor que 800m ou contato visual com a pista não menor que 550 m. Categoria II - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de decisão menor que 60 m (200 pés) mas não menor que 30 m (100 pés), e contato visual coma pista não menor que 350 m. Categoria III Possui 3 sub-divisões Categoria III A o - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de decisão menor que 30 m (100 pés), ou nenhuma altura de decisão e contato visual com a pista não menor que 200 m. Categoria III B o - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de decisão menor que 15 m (50 pés), ou nenhuma altura de decisão e contato visual com a pista menor que 200 m mas não menor que 50 m. Categoria III C o o - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso sem altura de decisão e sem restrições de visual da pista. Uma aproximação Categoria I pode ser efetuada manualmente; nas categorias II e III é requerido o uso do Piloto Automático sendo que, para operar na Categoria III, ele tem que ter capacidade de efetuar o pouso automático. É recomendado, entretanto, que o pouso automático seja usado também na Categoria II. 13 Este manual foi elaborado por e não poderá ser redistribuído sem autorização. ARCO DME O Arco DME é um procedimento utilizado na transição do ambiente de rota para o ambiente de aproximação por instrumentos. Como o próprio nome diz, será necessário operar uma aeronave com o DME instalado. Um “arco” é um segmento de circunferência e é exatamente isto que a carta de aproximação ilustra: um arco imaginário que tem como centro um VOR. A maior dificuldade é a entrada no arco, como saber quando iniciar a curva para se adaptar ao arco? Esta etapa é a mais importante para que o procedimento tenha uma boa execução. O diâmetro da curva é aproximadamente 1% da TAS (True Air Speed) Por exemplo: Se temos uma TAS de 150 KT, a curva se inicia 1,5 NM antes do arco. Se o arco é de 10 NM, a curva se iniciará a 11,5 NM do auxílio referência. Esta primeira curva deverá ser de 90 graus. A correção da proa deverá ser de 1° a cada 3 segundos para manutenção do arco constante. Segundo o procedimento acima imaginemos que estamos mantendo a radial 61 do VOR POR. Podemos observar que o arco tem uma circunferência de 12 NM, portanto se estivermos a 200 KT, deveremos iniciar uma curva padrão pela esquerda a 14NM do VOR POR até a proa 151, neste momento estaremos sobre o arco. Podemos disparar o cronometro e a cada 30 segundos aumentar nossa proa em 10°, até receber a radial 282 do VOR POR para ingressarmos para o Fixo Hera e iniciarmos o procedimento de aproximação final. 14 Este manual foi elaborado por e não poderá ser redistribuído sem autorização.