FERNANDA SCHABLATURA ANTUNES SOFTWARE EDUCATIVO DE QUÍMICA ORGÂNICA UMA POSSIBILIDADE PARA O ENSINO MÉDIO CANOAS, 2013 2 FERNANDA SCHABLATURA ANTUNES SOFTWARE EDUCATIVO DE QUÍMICA ORGÂNICA UMA POSSIBILIDADE PARA O ENSINO MÉDIO Trabalho de conclusão apresentado ao curso de licenciatura em Química do Centro Universitário La Salle – UNILASALLE, como exigência parcial para obtenção do grau de licenciado em química. Profª M.ª Paula Nunes CANOAS, 2013 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 8 2 O ENSINO DE QUÍMICA .............................................................................................. 9 3 INFORMÁTICA NAS ESCOLAS ................................................................................ 13 4 SOFTWARES EDUCACIONAIS ................................................................................. 16 5 SIMULAÇÕES VIRTUAIS NO ENSINO DE QUÍMICA ............................................... 18 6 METODOLOGIA ......................................................................................................... 20 6.1 Escolha do simulador......................................................................................... 20 6.2 A utilização do simulador virtual ....................................................................... 21 6.2.1 Conhecendo o Simulador ............................................................................... 21 6.2.2 Simulação: Funções orgânicas ...................................................................... 23 6.2.3 Simulação: Identificação do nome do composto orgânico ............................. 24 6.2.4 Avaliação do simulador .................................................................................. 25 7 RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES ........................................................................ 26 7.1 Gosto e interesse pela Química ........................................................................ 26 7.2 Importância da Química ..................................................................................... 27 7.3 Dificuldade e compreensão da Química ........................................................... 28 7.4 Informática .......................................................................................................... 29 8 AVALIAÇÕES DO SIMULADOR ................................................................................ 31 8.1 Estética do simulador......................................................................................... 31 8.2 Interatividade do Simulador ............................................................................... 32 8.3 Avaliação do simulador...................................................................................... 33 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 35 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 37 ANEXOS.........................................................................................................................42 4 LISTA DE FIGURAS Figura 1 Abertura de simulador............................................................................. 23 Figura 2 Funções orgânicas.................................................................................. 24 Figura 3 Nome do composto correspondente....................................................... 25 Figura 4 Nome do composto correspondente....................................................... 26 Figura 5 Foto simulador do ácido acético (vinagre).............................................. 32 5 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Dificuldade da compreensão da química.......................................... 29 Gráfico 2 Domínio da informática..................................................................... 30 Gráfico 3 Interatividade do simulador............................................................... 34 Gráfico 4 Avaliação dos simuladores............................................................... 35 6 RESUMO Este trabalho apresenta uma análise das potencialidades do uso de um software educativo: Comprando compostos orgânicos no mercado em uma turma de 3º ano do ensino médio da rede estadual no município de São Leopoldo. Esta estratégia foi utilizada na disciplina de Química, para complementação do estudo de funções orgânicas, com vistas a possibilitar aos estudantes uma maior integração do conteúdo discutido em sala de aula com situações de seu cotidiano e na perspectiva de que o uso de uma estratégia pedagógica diferenciada mobilizasse os estudantes para as aulas de Química orgânica e, assim, possibilitasse uma melhor aprendizagem desse conteúdo. A análise dos dados indicou uma aprendizagem satisfatória, nos mostrando que a utilização desses softwares interligando os conceitos mais abstratos com o cotidiano com planejamento e interação aluno-professor, é potente instrumento para aulas de Química se tornarem mais interessantes e aprendizagem mais significativas. Palavra-chave: softwares educativos, ensino, química. 7 ABSTRACT This paper presents an analysis of the potential of using educational software: Buying organic compounds on the market in a class of 3rd year of high school of the state in São Leopoldo. This strategy was used in the discipline of chemistry, to study supplementation of organic functions, in order to allow students a greater integration of the content discussed in class to their daily situations and in view of the use of a differentiated pedagogical strategy mobilize students for classes of organic chemistry and thus make possible a better learning of this content. Data analysis indicated a satisfactory learning, showing us that the use of these software linking the more abstract concepts with everyday with planning and student-teacher interaction, is powerful tool for Chemistry classes become more interesting and more meaningful learning. Keyword: educational software, teaching chemistry. 8 1 INTRODUÇÃO A revolução tecnológica na qual estamos imersos faz com que nos dias de hoje (século XXI) seja muito comum o uso de materiais sofisticados, destinados a atividades variadas, tanto no desenvolvimento social, político, industrial como no científico. Essa demanda de tecnologia implica que as ciências de base, dentre elas a Química, ciência fundamental para a concepção de novos materiais, possam oferecer respostas a essas necessidades, por exemplo, pelo conhecimento sobre a constituição, propriedades e transformações das substâncias e desenvolvimento de novos materiais. Considerando-se esse tempo muito dependente da ciência e da tecnologia, é potente pensar uma educação científica que instrumentalize os sujeitos para participarem de forma efetiva na construção de uma sociedade com essas características. E, por ser uma das ciências naturais de base, a Química deve estar presente na vida (e na escola) de todo indivíduo que almeje ser voz ativa no seu meio social. Nesse sentido, os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM) apontam que, [...] O aprendizado da Química deve possibilitar ao aluno a compreensão tanto dos processos químicos em si quanto da construção de um conhecimento científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas. (BRASIL, 1999, p 31). Posto isso, esse trabalho discute a utilização de um simulador (software educativo) na Química Orgânica, para uma turma do 3º ano do Ensino Médio da rede estadual de ensino, no município de São Leopoldo. 9 2 O ENSINO DE QUÍMICA “No Ensino Médio, os adolescentes se preparam para enfrentar desafios e iniciam um novo ciclo de transformações, que tem por finalidade instrumentá-los para que possam assumir responsabilidades na vida adulta”. (SILVA, et al. 2011). Neste período são ensinadas, discutidas e reavaliadas questões que favorecem a formação de cidadãos críticos e mais atuantes na sociedade, oferecendo-lhes subsídios para que possam realizar-se na vida social, econômica e pessoal. Também é de acordo com o texto legal que temos: O aprendizado de Química pelos alunos de Ensino Médio implica que eles compreendam as transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma abrangente e integrada e assim possam julgar com fundamentos as informações advindas da tradição cultural, da mídia e da própria escola e tomar decisões autonomamente, enquanto indivíduos e cidadãos. (BRASIL, 1999, p 31). No entanto, o ensino de Química nas escolas é, ainda hoje, um desafio para muitos professores e alunos. Percebemos que há uma insatisfação muito grande por parte dos professores, que não conseguem atingir alguns objetivos educacionais propostos e uma desmotivação entre os alunos, que consideram a Química uma disciplina difícil e que exige muita memorização (NARDIN, 2013). Uma das implicações disso é que, no ensino médio, o número de reprovações e abandono se tornam elevados. Segundo Bazzan (2009) vários estudos realizados pelo autor, mostram que a disciplina de Química é uma das matérias que mais reprovam no ensino médio. Nesse sentido trazemos alguns dados sobre reprovações e abandono nessa etapa de ensino. No Rio Grande do Sul constatam-se altos índices de reprovação (21,7%) e abandono (13%) (SEDUC, 2012). No Paraná estudos de Nardin (2013) apontam que 9,5% e 17% são os dados de reprovações e abandono, respectivamente . Os estados com maior índice total de reprovação no ensino médio são Rio Grande do Sul (20,7%), Rio de Janeiro (18,5%) e Distrito Federal (18,5%), Espírito Santo (18,4%) e Mato Grosso (18,2%) (QUEIROZ, 2011). 10 Duas condições podem ser elencadas como causas para essa situação (ainda que não exclusivas): o ensino tradicional1, e a falta de contextualização entre os conteúdos abordados em aula e o cotidiano dos estudantes. Nesse sentido se as aulas se restringirem a uma abordagem tradicional, apenas com o uso de livros ou com aulas que se centrem somente no uso de quadro e giz, e, com frequência, com conteúdos que os estudantes julgam que estão diretamente ligados à utilização de fórmulas, conceitos difíceis, complicados e sem relação com suas vidas, acaba-se por não contemplar as várias possibilidades que existem para tornar a ciência mais interessante e seu estudo mais motivador para todos os envolvidos. Uma das possibilidades para contornarmos isso é que o professor seja capaz de gerar um ambiente favorável ao trabalho em equipe e à manifestação da criatividade dos seus alunos por intermédio de pequenos desafios que permitam avanços graduais. A dificuldade dos alunos em construírem seu conhecimento a partir de aulas teóricas e, até mesmo de aulas práticas, desmotiva-os ou dificulta a aprendizagem. Uma dessas dificuldades pode se dar pela descontextualização nas aulas, entendida aqui como a estratégia de trabalhar os conteúdos de forma aleatória, não vinculando ao dia a dia do aluno e não ensinando o porque é importante aprender. Um exemplo da descontextualização citado por Bazzan (2009) seria a forma como é ensinada a atomística,que é trabalhada em nível microscópico no primeiro ano do ensino médio “mesmo que os estudantes nunca tenham manuseado substâncias ou reações em que elas estão presentes”, ou seja, dessa forma é muito difícil que estes estudantes possam dar conta da aprendizagem desse conteúdo com conhecimentos que já possuem. Essas abstrações dos assuntos tratados aumentam as dificuldades encontradas pelos alunos, provocando ainda maior desinteresse pelas aulas. Essa observação coincide com o proposto por Willingham (2011) citado por Silva (2013 p.119), que afirma que “[...] não é fácil aos alunos compreender idéias abstratas. Embora a abstração seja o objetivo do ensino, o professor quer que o aluno seja capaz de aplicar o que aprende em novos contextos e também fora do ambiente escolar”. Dessa forma, ele poderá argumentar e reconstruir significados, provocando sua aprendizagem. 1 Centrado na transmissão de conhecimentos prontos e “verdadeiros” para alunos que, em alguns casos, são considerados mentes vazias a serem preenchidas com informações (GIBIN, 2010). 11 Silva (2013) relata que outro fator de desmotivação é a opção do professor em usar longas listas de exercícios, aulas expositivas em alto grau de dificuldade, acompanhada de explicações insuficientes apresentadas pelos educadores, todos esses fatores levam ao desinteresse dos alunos pelas aulas. A vinculação dos conceitos químicos com ferramentas matemáticas aumenta a dificuldade de compreensão dos alunos. O excesso de cálculos associados a conteúdos descontextualizados trabalham por piorar essa situação. Da mesma forma, conteúdos vinculados a classificações e fórmulas também tornam a aula monótona e desmotivadora. A contextualização tem sido proposta por alguns autores Almeida (2008), França (2005), Silva (2007) entre outros que indicam que está é uma forma de tornar a aprendizagem de Química em uma aprendizagem significativa. Na concepção ausubeliana, A Aprendizagem Significativa é o processo por meio do qual novas informações adquirem significados por interação com aspectos relevantes preexistentes na estrutura cognitiva, e estes são também modificados durante o processo. Essa aprendizagem só terá êxito se for trabalhada de maneira não arbitrária e não literal. Esses novos conceitos só poderão ser retidos se houver um ancoradouro para recebê-los. E, a partir de sua retenção, novos conceitos serão formados, como numa espécie de link, através de interações. Esse processo de ancoragem da nova informação resulta em crescimento e modificação dos conceitos de base. (MOREIRA, 2006, p.15). A aprendizagem significativa caracteriza-se, pois, por uma interação, e não apenas associação, entre as idéias, conceitos, proposições preexistentes e a nova informação, com isso pode-se pensar que a contextualização esta interligada com essa aprendizagem significativa. Embora muitas publicações na área de ensino de Química tenham proposto reflexão e avanços no ensino/aprendizagem dessa disciplina. [...] continuamos com a visão de que o ensino médio é um mero meio de acesso para o ensino superior, preparamos para o vestibular, sem questionar realmente o papel de nosso componente na formação de um sujeito crítico e consciente de suas escolhas mais simples, como a opção por um produto ou outro na prateleira de um supermercado. (BAZZAN, 2009, p.21). 12 Um dos desafios atuais do ensino de Química é construir uma ponte entre o conhecimento ensinado e o mundo cotidiano dos alunos. Não raro, a ausência deste vínculo gera apatia entre os alunos e os professores acabam sendo afetados também. O professor de Química deve ajudar o aluno a adquirir e integrar conhecimentos científicos. Para que essa tarefa tenha sucesso, ele tem ao seu dispor um enorme manancial de recursos pedagógicos. Uma das tecnologias mais promissoras é a Internet, que permite o acesso a uma enorme quantidade de informação, mais ou menos organizada, nas mais variadas áreas e nas mais diversas formas. (MARTINS; FIOLHAIS, 2003). Para a implantação do computador na educação são necessários basicamente quatro ingredientes: o computador, ao qual a maioria dos alunos tem acesso nas escolas ou nas suas casas; o software educativo, que é uma alternativa possível para a maior interação aluno-conhecimento; o professor capacitado para usar o computador como meio educacional e o aluno que, por ser dessa geração que possui uma grande integração estudante-computador, não tende a ter dificuldade no uso desse recurso. É potente pensar que o uso das ferramentas computacionais no ensino de Química é importante uma vez que algumas dessas possibilitam que os estudantes transponham a aprendizagem teórica para a compreensão de seu cotidiano, entendendo a importância da Química em sua vida. Uma das possibilidades desse vínculo seria a utilização de softwares de simulação virtual, pois vários desses softwares possibilitam a associação do conteúdo ministrado com o cotidiano, podendo tornar atrativa a aprendizagem desse componente curricular e ajudando na melhoria do aprendizado. 13 3 INFORMÁTICA NAS ESCOLAS Partindo de que o uso de softwares educativos pode mobilizar os estudantes para a aprendizagem de Química e que é uma proposta potente para a contextualização, cabem algumas teorizações a respeito. O objetivo da tecnologia não é de “acelerar” o processo de aprendizagem, ou somente ensinar novas habilidades tecnológicas, o grande desafio é combinar a utilização da tecnologia com novas estratégias instrucionais, auxiliando as escolas a proporcionarem aos alunos aprendizagens significativas. (LOPES, 2011, p.16). A utilização de recursos multimídia é facilitada pelos avanços tecnológicos recentes, que provocam mudanças em nossas formas de agir e de interagir com os estudantes, e mudanças na forma de comunicação, trabalho e aprendizagem. Esses avanços tecnológicos podem resultar em mudanças paradigmáticas a respeito de como ensinar (AGUIAR, 2006). “Mas a utilização desses recursos pode ser ineficiente, se não for bem planejada e apresentada aos estudantes com uma estratégia adequada ao contexto escolar.” (AGUIAR, 2006). No meio no qual estamos inseridos deparamo-nos com recursos tecnológicos sendo utilizados por professores, estudantes, sendo um desses recursos os computadores, que são empregados para diversos fins. “A utilização da informática na educação deve ser vista como uma ferramenta que faz com que o professor e o aluno interajam num ambiente aberto e objetivo.” (MARTINS, 2005, p.6). Neste sentido, Martins (2005) citado por Lopes (2011) afirma que o computador pode provocar uma mudança no paradigma pedagógico, mas não colocar o profissional da educação em risco, visto que é apenas uma ferramenta de auxílio e reforço para uma melhor assimilação de conhecimento. Deve-se considerar o computador como um dos recursos mediadores de uma aprendizagem dinâmica, onde ele não estará substituindo o educador, mas auxiliando-o como ferramenta interativa na construção da aprendizagem. De acordo com os PCNEM, 14 O uso do computador no ensino é particularmente importante nos dias de hoje. A busca e a articulação de informações são facilitadas pelos dados disponíveis na rede mundial de computadores. É claro que a confiabilidade das fontes de informações deve ser objeto de atenção do professor. Há também, hoje em dia, um conjunto de programas para o ensino de Química disponível (no mercado e na rede), cuja aplicação aos alunos deve ser avaliada pelo professor, levando em consideração a qualidade do programa, das informações fornecidas, o enfoque pedagógico, a adequação ao desenvolvimento cognitivo do aluno e a linguagem. Esse recurso também pode ser usado pelo professor ou pelo aluno para a criação de seus próprios materiais: na redação de textos, simulação de experimentos, construção de tabelas e gráficos, representação de modelos de moléculas. É também um meio ágil de comunicação entre o professor e os alunos, possibilitando, por exemplo, a troca de informações na resolução de exercícios, na discussão de um problema, ou na elaboração de relatórios. (BRASIL, 1999, p.106). A utilização da informática no ensino de Química pode se dar em sala de aula, norteada pelo professor com todos os alunos ou individualmente, cabendo utilizar esse espaço para atrair os estudantes para todas as ferramentas disponíveis como Word, Excel, Power Point, e, também, para a Internet fazendo uso de sites de pesquisas, softwares educativos, entre outros, tornando essas aulas mais atrativas e de fácil entendimento. Portanto, o aluno poderá acessar sites ou programas que o auxiliem no aprendizado de diferentes formas: complementação de aulas teóricas, contextualização da teoria com o cotidiano, práticas virtuais, entre outras. Para Souza (apud SILVEIRA, 2012, p.18) “a utilização de recursos computacionais nas aulas de Química representa uma alternativa viável, pois pode contribuir no processo educacional e na tentativa de contextualizar a teoria e prática”. Silveira (2012) destaca que alguns dos motivos do uso da informática no ensino desta disciplina são a melhor capacidade de compreensão, intensificação da aprendizagem visual, desenvolvimento auto-didático, auxílio na visualização de conteúdos mais abstratos e de experimentos potencialmente perigosos para serem feitos em laboratório. De acordo com Aires (2001): Isso se dá, em parte, devido a algumas razões: nas aulas práticas o aluno tem contato com os aspectos físicos, ou “macroscópicos” de uma determinada experiência, como a observação de mudanças de estado físico e mudanças de 15 cores e cheiros em uma reação química, por exemplo. Todavia, não pode “ver” o que ocorre “microscopicamente”, como a quebra de ligações, a transferência de elétrons de um átomo para outro, no caso de uma ligação iônica, com a respectiva formação do cátion ou do ânion, ou o compartilhamento dos elétrons, no caso de uma ligação covalente. Ou seja, o que foi apresentado ao aluno como conteúdo nas aulas teóricas, não é tão facilmente observável nas aulas práticas, fazendo com que este tenha dificuldades de relacionar a teoria, que apresenta os fundamentos “microscópicos” da química, com os efeitos “macroscópicos” das aulas práticas, dificultando, dessas duas formas, a aprendizagem. (AIRES, 2011). Esse tipo de problema pode ser minimizado com uma proposta de utilização de softwares educacionais, uma vez que alguns desses trazem as características microscópicas das espécies envolvidas em determinadas reações, permitindo, com o uso de imagens, que os estudantes se apropriem mais facilmente de conceitos mais abstratos, possibilitando que o estudante e professor desenvolvam a capacidade de buscar soluções para uma aprendizagem mais significativa. Nesse sentido, o uso da informática e das técnicas computacionais pode mostrar que a Química e o cotidiano estão intimamente ligados, facilitando a aprendizagem, tornando o conteúdo menos abstrato e facilitando a sua compreensão. As gerações y2 e z3 (SERRANO, 2008) nasceram na era da informática e assimilam melhor os conteúdos com o apoio dessa ferramenta. Na realidade escolar um dos modos de apoiar a aprendizagem seria a aplicação de experimentos virtuais, apresentados nos simuladores, e isso nos leva a acreditar que a utilização da tecnologia via softwares contribui para a associação dos conteúdos de Química com o nosso cotidiano. As tecnologias digitais modificaram o ensino e a pesquisa em Química e estão presentes no cotidiano de toda a sociedade. É esperado, portanto, que comecem a aparecer cada vez mais trabalhos científicos em Ensino de Química que olhem especificamente, para o papel destas tecnologias. 2 Compreendem os nascidos entre os anos 1980 e 2000, são os filhos da Geração X. (SERRANO, 2008). Nessa geração de indivíduos preocupados, cada vez mais com a conectividade com os demais indivíduos de forma permanente, não são os filhos da geração anterior, nascido 1990 a 2009. (SERRANO, 2008). 3 16 4 SOFTWARES EDUCACIONAIS O computador pode ser utilizado tanto para uso social (jogos, redes sociais, site de entretenimento) como para uso escolar, como site de pesquisas, digitação de trabalhos, construção de gráficos, entre outros. Com todas essas possibilidades para o uso escolar uma proposta de ensino seria a utilização de softwares educativos. No processo de utilização dos softwares educacionais empregados na educação alguns parâmetros devem ser atendidos e dizem respeito aos aspectos pedagógicos e tecnológicos (MARTINS, 2005). Nos aspectos pedagógicos busca-se que o software desperte a curiosidade do estudante, estimule sua reflexão, o raciocínio e que propicie a construção do conhecimento (MARTINS, 2005). Quanto aos aspectos tecnológicos o mesmo autor aponta que para a escolha do software é importante que ele seja atrativo, despertando os sentidos com cores, imagens, animações, mas também é necessário que se reflita, visto que o uso excessivo destes recursos pode, na verdade, esconder a qualidade do software. (MARTINS, 2005). Nos dias de hoje o ensino está cada vez mais estruturado de tal forma que o professor não é o único detentor do conhecimento sendo a educação compreendida como uma construção do estudante e o professor como um guia dessas aprendizagens (MIRANDA, 2008). Retomando o já exposto, os softwares educacionais podem trazer muitos benefícios e melhorar a aprendizagem. Isso não significa que o professor seja substituído nas suas formas de ensinar, no entanto, podem ser um complemento para a melhor compreensão dos conteúdos ministrados. Softwares educativos possibilitam interatividade e conectividade, permitindo estabelecer parcerias de pesquisas, ensino, extensão e do desenvolvimento de experiências de aprendizagem (PEREIRA, 2011). A diversidade de softwares educativos, interativos e com ótima apresentação são capazes de despertar o interesse dos alunos para o aprendizado, aumentando sua capacidade criativa. 17 Eichler e Del Pino (2000) relatam, no entanto, que o software por si só não resolve os problemas de aprendizagem, somente auxiliam no processo de ensino aprendizagem se houver uma ampla integração entre o Projeto Político Pedagógico da escola e as atividades em sala de aula. Desta forma, com o devido suporte pedagógico e uma orientação adequada aos docentes, as utilizações das ferramentas computacionais ajudariam no processo de ensino-aprendizagem. Há softwares que se adaptam melhor a certas propostas pedagógicas e outros nem tanto. Cabe ao professor definir, conforme os objetivos a serem alcançados, os mais indicados para cada processo de ensino/aprendizagem. O professor de Química ajuda o aluno a adquirir e integrar conhecimentos científicos. Há uma grande diversidade de softwares educativos, interativos e com ótima apresentação e estes são capazes de despertar o interesse dos alunos para o aprendizado, aumentando sua capacidade criativa, tornando uma ferramenta bastante útil para as novas gerações com as quais nos deparamos nos dias de hoje dentro das escolas. Através desta ferramenta, pretende-se possibilitar uma nova forma de exposição do conteúdo, provendo além do conhecimento, um contato mais íntimo com a tecnologia. Como já posto anteriormente, a utilização de softwares na educação possibilita a apresentação de fenômenos, experiências e a vivência de situações difícies e perigosas, que não seriam possíveis em um laboratório escolar no qual, na maioria das vezes, não temos todos os aparelhos, reagentes e equipamentos de segurança disponíveis. Nesse ambiente virtual, podemos oferecer um cenário que se assemelha a situações do cotidiano e nos proporciona um contato da teoria com a prática. Nesse sentido, o ensino com os softwares educativos surge para auxiliar o professor, pois cada dia mais alunos estão inseridos na tecnologia. O professor será um mediador entre o aluno e o computador questionando, contextualizando e adaptando os resultados à realidade. Mas nada disso será possível se as novas tecnologias forem usadas de forma superficial sem o aprofundamento necessário para a pesquisa e o conhecimento (BARÃO, 2006). 18 5 SIMULAÇÕES VIRTUAIS NO ENSINO DE QUÍMICA No que diz respeito aos benefícios do uso dos simuladores Benite (2006) defende que: a possibilidade do professor se apropriar dessas tecnologias integrando-as com ambiente de ensino aprendizagem de Química poder gerar um ensino de química mais dinâmico e mais próximo das constantes transformações que a sociedade tem vivenciado, contribuindo para diminuir a distância que separa a educação básica das ferramentas modernas de produção de difusão do conhecimento. (BENITE, 2006, p.40) Vários softwares para o ensino de Química estão disponíveis, seja na rede (Internet) ou em CD comercializados no mercado de materiais educacionais. Quanto aos disponíveis na rede, muitos deles são gratuitos podendo ser acessados de qualquer lugar (escola, residência) sem que haja a necessidade de vínculo com instituições de ensino para seu uso, e tanto podem ser usados on-line, como seu download pode ser feito para o computador. Nesse sentido, o estudante pode aprender a usar o simulador na escola, no tempo disponível em aula e depois continuar sua utilização em sua própria casa para o melhor entendimento do conteúdo. Existem várias categorias de softwares, alguns se apresentam como jogos, um exemplo seria o Carbópolis que tem como tema principal a questão ambiental; outros como simulações de experimento como o caso do Labvirt. É importante ressaltar o já exposto anteriormente que a simulação de experimento de laboratório utilizando computadores é justificável e, em alguns casos até preferível, devido ao fato de que algumas experiências laboratoriais importantes serem de difícil manipulação, além de serem perigosas para alunos com pouca prática em laboratório, como é o caso de alunos do ensino médio. O software pode simular tais procedimentos evitando assim a exposição dos alunos a riscos, além de proporcionar em alguns casos a simulação do que ocorre em nível microscópico nas reações, fator que é preponderante para o aprendizado. Há também que se considerar que inúmeras escolas não possuem laboratório de ciências, ou mesmo um espaço adequado que seja destinado a tais experiências. Para essa monografia aplicou-se um software educativo para o ensino de química, especificamente um simulador de química orgânica, buscando promover uma 19 interação entre o conteúdo discutido em sala de aula e o cotidiano dos estudantes. Tal software simula uma compra de supermercado e tem como intenção relacionar os diferentes compostos orgânicos com suas aplicações/ocorrências em produtos utilizados no nosso cotidiano. Esse software ajuda a compreender as funções orgânicas (onde são encontradas, em quais produtos consegue-se identificar cada função orgânica especificamente) através de uma simulação de uma compra de supermercado. Para tal fim, conforme se percorre esse mercado virtual, aparecem produtos do cotidiano como vinagre, gás de cozinha, acetona, fertilizante e, ao lado, o nome do composto orgânico presente ou a estrutura do grupo funcional que o caracteriza a fim de que o estudante o associe a uma das funções orgânicas já estudadas. 20 6 METODOLOGIA Esse trabalho fez uso de uma metodologia qualitativa, configurando um estudo de caso. O trabalho foi desenvolvido com o 3º ano do ensino médio do Instituto Estadual de Educação Professor Pedro Schneider, situado em São Leopoldo/RS, no ano de 2012. A turma 2301 era composta por estudantes com idade entre 16 a 20 anos, sendo a maioria com 17 anos (56%). A fim de caracterizar essa turma antes da aplicação do simulador, o conteúdo de funções orgânicas foi ensinado em sala de aula, de maneira expositiva, de tal forma que foram apresentadas todas as funções orgânicas separadamente. Ao final de cada função realizaram-se exercícios e uma prova, ao final desse conteúdo. Logo após aplicou-se o questionário (Anexo I) no qual o objetivo era verificar o interesse desses alunos pela disciplina de química e pela informática, além de identificar a finalidade de uso do computador e internet por esse grupo de estudantes, bem como verificar onde eles tinham acesso a esses recursos. O passo seguinte foi trabalhar o simulador com a turma, e logo após, aplicar o segundo questionário (Anexo II) a fim de levantar a percepção dos estudantes sobre esse objetivo de ensino, que seria a identificação dos grupos funcionais nos compostos orgânicos encontrados no nosso cotidiano. 6.1 Escolha do simulador A escolha do simulador foi feita com base no plano de ensino proposto para o 3º ano do ensino médio daquela escola, que é Química Orgânica, e dentro desse tema utilizamos o conteúdo de funções orgânicas. Após várias pesquisas o software escolhido foi o simulador intitulado Comprando compostos orgânicos no mercado, desenvolvido pelo professor André Arigony Souto da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), que está disponível na rede gratuitamente. O simulador sobre funções orgânicas conta com duas possibilidades de uso, uma a identificação da função orgânica em alguns produtos através do grupo funcional 21 que a caracteriza, e outra através do nome do composto. O acesso a esse simulador pode ser feito através da Internet no endereço: http://www.pucrs.br/quimica/professores/arigony/super_jogo3.html. O software específico foi escolhido uma vez que se identificou que os alunos apresentavam dificuldade na correlação entre a função em estudo e a sua estrutura e o simulador auxiliava na melhor compreensão dessas funções proporcionando integração entre teoria e prática. Além disso, ele possibilita a contextualização do conteúdo estudado em aula com a vivência dos estudantes. Estas simulações abordam de uma maneira ilustrada e lúdica, os conteúdos das funções orgânicas como: hidrocarbonetos, álcoois, fenóis, aldeídos, cetona, ácidos carboxílicos, éter, éster, aminas, amidas, associando-os aos produtos encontrados no nosso cotidiano em uma prateleira de supermercado. 6.2 A utilização do simulador virtual Como indicado anteriormente para utilizarmos o simulador, todas as funções orgânicas foram ensinadas, provas e trabalhos sobre esse conteúdo foram realizados e, após isso, foi aplicado o simulador para melhor assimilação do conteúdo ensinado em sala de aula, na perspectiva de inserir as funções orgânicas no cotidiano dos alunos, para que esses pudessem vincular a teoria com seu dia a dia. A escola dispõe de laboratório de informática, no qual foi realizada a aplicação do simulador. A proposta de aula virtual, implicou na separação da turma em duplas e cada uma realizou uma rodada de identificação do grupo funcional e outra rodada em que a identificação se deu pelo nome do composto, ou seja, o simulador foi aplicado segundo as duas possibilidades por ele oferecidas. 6.2.1 Conhecendo o Simulador A página de entrada do programa é a seguinte. Figura 1: Abertura do simulador – Comprando Orgânicos no Supermercado 22 Fonte: PUC/RS A tela inicial mostra uma figura e abaixo ícones. O terceiro deles oferece as principais instruções que permitem ao usuário fazer uso desse simulador. Clicando-se sobre o mesmo se encontram descritas as principais orientações para proceder no jogo conforme as duas possibilidades, encontrar a função orgânica e a outra possibilidade o nome do composto orgânico. Os outros dois ícones levam para o jogo em si. No entanto pode-se escolher entre funções orgânicas: em que a associação entre o produto na prateleira e a função orgânica predominante em sua composição se dá pelo grupo funcional que caracteriza essa função e nome do composto predominante, em que essa associação se dá pelo nome oficial (IUPAC) do composto. 23 6.2.2 Simulação: Funções orgânicas No primeiro ícone temos a opção de identificarmos o grupo funcional presente nos compostos orgânicos que o jogo disponibiliza. Após clicar nesse ícone, essa possibilidade do jogo iniciará, devendo-se proceder da seguinte maneira: na tela do simulador aparecerá uma estante onde encontram-se diferentes produtos dispostos simulando uma prateleira de supermercado conforme figura 2. A figura abaixo ilustra uma das telas de compras do simulador. Figura 2: Funções Orgânicas Fonte: PUC/RS Percebe-se no canto superior direito uma “caixa” em que aparece o tempo decorrido, o nome da função que deve ser “comprada” e abaixo um escore que marca a pontuação do jogador. O nome da função também aparecerá no carrinho de compras que fica passando na tela do jogo. Assim que a função aparece deve-se clicar no produto da prateleira que contenha uma substância orgânica pertencente a essa função Se o jogador clicar no produto com o grupo funcional correto, o mesmo ficará azul, não retornando mais essa função orgânica como opção de jogo, caso clicar no composto errado o mesmo não ficará azul, porém esse grupo funcional em questão aparecerá novamente, mas não na sequência. O jogo prossegue com uma nova função para ser 24 identificada e assim sucessivamente, até que se identifique todos os produtos dispostos na prateleira. A cada acerto uma nova função aparecerá até que sejam identificadas todas as funções. É importante salientar que se o aluno errar, uma nova função é mostrada, sendo sempre aleatórias as funções disponibilizada na tela, no entanto só são mostradas as funções que tem algum composto correlacionado na prateleira do supermercado. Esse simulador é composto de três telas de variadas funções orgânicas. Para identificar acertos e erros é utilizado o meio da pontuação, cada vez que há um acerto dez pontos são computados e, a cada erro automaticamente é descontado cinco pontos. Também é mostrado um cronômetro para que o jogador tenha uma noção do tempo utilizado, porém isso não é o fator limitante, pois não tem um tempo determinado para concluir o jogo. 6.2.3 Simulação: Identificação do nome do composto orgânico No segundo ícone temos uma outra possibilidade de jogo que é a identificação do composto através de seu nome correspondente. Nessa parte do jogo temos que clicar no produto ilustrado que possua o composto cujo nome está indicado no canto superior direito e no carrinho de compras que fica passando na tela. Procede-se no jogo da mesma maneira descrita anteriormente. Figura 3: Nome do composto correspondente Fonte: PUC/RS 25 Ao final da simulação aparecerá uma tela com a pontuação do aluno como descrito na figura 4. Figura 4: Nome do composto correspondente Fonte 4: PUC/RS Nesse caso podemos identificar que o aluno teve 100% de acerto, utilizou 1 minuto e 9 segundos e obteve 210 pontos, ressaltamos que isso é só um exemplo do que pode ser obtido no final da simulação. O cronômetro é para nortear o jogar sobre o tempo gasto para terminar o jogo, e também como possibilidade de competição entre os estudantes. 6.2.4 Avaliação do simulador Após a aplicação do simulador foi aplicado outro questionário aos estudantes para analisarmos a aceitação da metodologia utilizada (Anexo II). 26 7 RESULTADOS E DISCUSSÕES Como posto anteriormente antes de iniciarmos a utilização do simulador, aplicamos um questionário (Anexo I) para caracterizarmos a população. Por se tratar de pessoas de diferentes classes sociais, alguns questionamentos seriam pertinentes antes da realização do jogo, como ter computador, acesso a Internet, entre outros. Através do primeiro questionário de questões identificando a familiaridade dos alunos com essa tecnologia. Esse mesmo questionário continha perguntas relacionadas à Química a fim de avaliar sobre gosto, interesse, importância e a dificuldade dessa disciplina na vida deles. Para esse grupo de perguntas os estudantes tinham como possibilidade de respostas números de 1 a 5, em que (1 para menor e 5 para maior) a intensidade da preferência do que era perguntado. 7.1 Gosto e interesse pela Química Conforme observado nas respostas dos estudantes podemos considerar que o resultado é razoável, os alunos mostram-se divididos com notas de 2 a 4. No depoimento dos alunos transparece a associação entre a atuação do professor e os motivos que causam sua desmotivação pelas aulas. Inicialmente, a crítica dos alunos aborda sobre a prática dos professores, aulas repetitivas, transmissivas, o afastamento de situações cotidianas ou de interesse do aluno acabam por distanciá-lo de suas aulas. O excesso de cobrança dos conteúdos, aliado a uma grande dificuldade das questões, também contribuem para a desmotivação dos alunos. Estudos feitos por diversos autores entre eles, Silva (2013), Willingham (2011), Moraes, Ramos e Galiazzi (2007) também relatam que a falta de contextualização, aulas expositivas, assuntos abstratos são os principais motivos de desinteresse dos estudantes no aprendizado de Química, o que corrobora com os resultados dessa pesquisa. Como exposto anteriormente o uso de aulas tradicionais, linguagem abstrata que não tem significado para os estudantes e um ensino que não contextualiza a 27 Química com o cotidiano estão entre as alegações desses alunos para sua falta de interesse. Portanto, a partir desses relatos, pode-se pensar o uso dos simuladores como estratégia para aumentar o interesse daqueles que não se identificam com essa disciplina. Um grupo dos alunos (34%) não gosta e não se interessam pela Química, isso nos indica o quanto o uso do software, que favorece uma contextualização no estudo de Química Orgânica, pode apoiar esses estudantes e os resgatarem para futuros interesses na disciplina. 7.2 Importância da Química Quando importância da Química é questionada, os dados nos mostram que para 50% dos alunos a Química tem importância mediana. Esses descrevem que a Química é ensinada de maneira descontextualizada, não mostrando o porquê eles apreendem, e esse é o fator preponderante para que a importância desse componente curricular não seja percebida por eles. Um percentual de 22% nos relataram a importância máxima, dizendo que tudo que temos ao nosso redor é a Química que nos mostra. Estudos de Cardoso (2000), em uma pesquisa com 154 alunos, relatam que 76% desses estudantes consideram a Química importante na vida pessoal e mostraram ter um bom conhecimento de sua presença no cotidiano. Alguns exemplos foram citados, a química está relacionada ao metabolismo (respiração e digestão), à natureza (nas florestas, fogo, ar e água), às substâncias usadas no dia-a-dia (remédios, cosméticos, produtos de limpeza e higiene, alimentos, plásticos, combustíveis, tecidos e tintas) ou a processos que auxiliam e melhoram as condições de vida do homem (combustão nos automóveis, comida industrializada, reciclagem de lixo e papel). Também de acordo com Cardoso (2000) 86% dos alunos acham importante este estudo, pois consideram que através da Química terão a possibilidade de conhecer as substâncias e fenômenos da natureza, compreendendo-os e controlando o que pode ser prejudicial ao homem, ou devido à sua necessidade na futura profissão. Alguns estudantes (7,6%) consideram importante o estudo de todas as disciplinas pela 28 informação e cultura adquirida. Já para uma minoria (2%), este estudo só faz sentido por ser cobrado em concursos. Com os resultados obtidos podemos relatar que nossas pesquisas estão em comum acordo com outros autores, entre eles Cardoso (2000). 7.3 Dificuldade e compreensão da Química A última pergunta relacionada com a Química, era a dificuldade na compreensão dessa disciplina. Nessa questão os aluno se mostraram divididos, 33% desses tem uma maior compreensão, no entanto, não podemos deixar de dar importância ao fato de 50% dos alunos mostrarem de mediana a mínima a sua compreensão da Química. Os alunos que geraram essa porcentagem relataram que a dificuldade é grande em alguns conteúdos, descrevem que tiveram uma base mínima nos outros anos do ensino médio , e 22% deles que deram nota 2 para essa questão, não conseguem entender a matéria. Esses valores estão descritos no gráfico 1. Gráfico 1: Dificuldade e Compreensão da Química 17% 6% 22% 33% 22% 1 Fonte: Autoria própria, 2013. 2 3 4 5 29 7.4 Informática Nas questões 4 e 5 referentes à informática foi constatado que 100% dos alunos dispõem de computadores em suas casas, 78% tem acesso a Internet em sua residência, não necessitando de outro meio para ter acesso a conteúdo encontrados na rede. Na escola os alunos têm disponível um laboratório de informática com vários computadores. Sobre o domínio da informática tratado na pergunta 6, os alunos mostram um alto grau, como demonstrado no gráfico 2. Gráfico 2: Domínio da informática 17% 0% 28% 55% 1 2 3 4 5 Fonte: Autoria própria, 2013. Nas perguntas 7, 8 e 9, foram questionadas a finalidade do computador, da Internet e a freqüência da utilização do computador. Os alunos nos relatam que utilizam o computador com fins variados como diversão, (com jogos e vídeos), para finalidades escolares e profissionais. Revelam que a utilização da Internet se dá para fins escolares, acessos à rede social, site de jogos, vídeos, site de relacionamento, e-mails, entre outros. No item frequência do uso do computador 70% utilizam todos os dias, 19% de uma a três vezes na semana e 13% uma vez por semana. 30 As três últimas questões, sobre aula de informática, simulação virtual e a possibilidade de informática e a Internet auxiliarem na aprendizagem, tinham como possibilidade de resposta sim e não. Sobre ter aula de informática na escola, a maioria (80%) afirmou que tiveram aula, pois estudam nessa escola a algum tempo, e a mesma disponibiliza essa alternativa para os alunos. Já os que relataram que não, afirmavam que a escola na qual eles estudavam anteriormente não possuía um laboratório de informática para os estudantes. A utilização de simulação virtual é mais restrita, apenas 5 alunos nos informaram que esse recurso foi utilizado por algum professor, mas não comentaram a disciplina em que prática se deu. Os estudantes afirmam que acreditam no uso da Internet e da informática na aprendizagem, entendem que aulas com essas tecnologias são bastante interativa e relatam que aprendem mais com essas aulas, percebendo-as como boas ferramentas para o aprendizado. 31 8 AVALIAÇÕES DO SIMULADOR Após a aplicação do simulador foi realizado um outro questionário (Anexo II) composto por 5 questões, no qual questionávamos a estética, interatividade, conteúdo do simulador, auxílio na aprendizagem com o uso do simulador e se julgavam importante futuras simulações sobre outros conteúdos de Química. Para avaliarmos essas perguntas, foi pedido para dar nota de 1 a 5, sendo 1 para menor e 5 para maior e justificar suas respostas. 8.1 Estética do simulador A pergunta 1, tratava da estética do simulado, na qual os estudantes teriam que considerar a parte gráfica, animações, cores, layout. Nesse quesito grande parte da turma 80%, gostaram do visual do simulador, dando nota máxima, alguns comentários foram feitos: Aluno 1: “é de fácil compreensão”; aluno 2: “é colorido”; aluno 3: “um simulador que chama a atenção”. Um dos únicos relatos desses alunos no aspecto negativo foi que os produtos encontrados no mercado do simulador não eram bem desenhados, seus rótulos, quando existiam, eram muito pequenos. Como podemos visualizar na figura abaixo. Figura 5: Foto simulador do ácido acético (vinagre) Fonte: PUC/RS 32 Dessa forma muitas vezes eles não conseguiam indicar qual o composto orgânico majoritário, simplesmente por não identificarem qual o produto estava em questão, dificultando a imediata associação do produto com a função orgânica. Um dos exemplos é o do ácido acético,como mostra a figura 5. No cotidiano não é essa a imagem com a qual nos deparamos quando encontramos esse produto em uma prateleira de supermercado, e no simulador é essa a figura que é disponibilizada para os alunos identificarem o grupo funcional a qual pertence. Porém, quando passamos o mouse em cima da figura, aparece a fórmula estrutural nos permitindo identificar que se trata do vinagre como é conhecido no cotidiano. O restante da turma deu nota 3 e 4, afirmando que os produtos na prateleira poderiam ser fotos dos mesmos. No entanto, de maneira geral gostaram da estética do simulador, pois é colorido, de fácil manuseio e com um layout atrativo. 8.2 Interatividade do Simulador Nessa parte da pesquisa eles precisavam relatar se conseguiram interagir com o simulador, se o software em questão fornecia os subsídios necessários para conseguirem essa conexão estudante-simulador. Os estudantes avaliaram positivamente o simulador, mostrando que o mesmo conseguiu atingir o objetivo proposto. O gráfico a seguir nos mostra a alta interação aluno-simulador. Gráfico 3: Interatividade do simulador 0% 7% 13% 80% 1 2 3 4 5 Fonte: Autoria própria, 2013. 33 Nessa pergunta, os alunos justificavam suas respostas. Podemos citar algumas como: Aluno 1: “foi muito bom à interação do simulador comigo e aprendi muito”. Aluno 2: “muito mais divertido e aprendi mais”. aluno 3: “muito bom”. aluno 4: “fácil compreensão, mais rápido nos assimilamos o conteúdo”. Isso nos evidencia que os alunos conseguiram entender a proposta do simulador e compreenderam com mais facilidade o conteúdo quando esse foi trabalhado de forma divertida. Esse dado também indica que futuros softwares seriam uma possibilidade dessa assimilação teoria-prática. 8.3 Avaliação do simulador Nessa parte, foram avaliados os conteúdos, aplicação do simulador e instruções de como utilizar o simulador. Os estudantes mostraram muita aceitação no que se refere aos aspectos de conteúdos, aplicabilidade, entre outros. Nesse sentido pode-se dizer que esse recurso auxiliou os estudantes a terem uma visão mais detalhada dos compostos que temos no nosso dia a dia. Relataram que a utilização da informática com o uso de softwares educacionais é muito interessante quando é aplicada com planejamento e dedicação. A seguir os dados nos indicam que essa prática pode auxiliar no processo da aprendizagem. Gráfico 4: Avaliação do simulador 0% 6% 18% 76% 1 Fonte: Autoria própria, 2013. 2 3 4 5 34 Muitas respostas positivas foram dadas para essa questão: Aluno 1: “consegui entender a matéria”. aluno 2: “assimilei a teoria com a prática”. aluno 3: “gostei muito, poderíamos fazer sempre”. aluno 4: “adorei o simulador”. aluno 5: “foi bom”. aluno 6: “posso aplicar o que aprendi”. Na última questão, foi perguntado aos estudantes se o simulador de funções orgânicas o auxiliou na compreensão dos conteúdos das aulas de Química. Identificamos que somente um aluno respondeu que não para essa pergunta, pois não tinha entendido o conteúdo. Os demais alunos mostraram vários pontos positivos, isso nos sinaliza que o interesse e a compreensão no geral foram muito bons e essa foi uma atividade produtiva sendo, como já afirmado, um indício de que futuras simulações poderão ser aplicadas para melhor entendimento do conteúdo ministrado. 35 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com este trabalho nosso objetivo foi diversificar a maneira de ensinar o conteúdo referente à Química orgânica, visto que os conceitos podem ser dispostos de maneiras mais atrativas, interativas e com animações que possibilitam uma melhor visualização e entendimento dos compostos orgânicos. A informática nas escolas tem uma grande importância de apoio às disciplinas e aos conteúdos, além de preparar os estudantes para uma sociedade informatizada, a utilização de softwares educacionais se torna viável nesse processo. Nesse sentido podemos considerar que aulas informatizadas auxiliam os estudantes, na qual a interação aluno-computador é um ponto positivo nesse processo, interligando os conteúdos, que primeiramente no ponto de vista deles eram abstratos, com o dia a dia e uma dessas possibilidades seriam a utilização de simuladores virtuais para o ensino de Química. É necessário estimular o uso de softwares educacionais com o intuito de melhorar a qualidade de ensino, para que este sirva de apoio para se obter um melhor aproveitamento nas aulas em com isso aumentará o aprendizado dos alunos. O software aplicado na turma do 3º ano do Ensino médio (2013) apresentou pontos positivos, despertando maior interesse pelas aulas de Química orgânica pela maioria dos estudantes. Através da avaliação dos alunos podemos afirmar que a utilização desse simulador nos aspectos da estética e interatividade foi de 80% de aceitação e sobre o conteúdo, aplicação e instruções 87% classificaram com nota máxima. Ao analisarmos as opiniões desses estudantes, percebemos que estes simuladores vão ao encontro da realidade da grande maioria deles, proporcionando um ambiente de estímulo, motivação e envolvimento no processo de ensino/aprendizagem, fazendo com que os alunos participem ativamente da aquisição de informações e construção do conhecimento. Nesse sentido a possibilidade do professor em fazer uso dessas tecnologias favorecendo um ambiente interessante ou motivador de ensino de Química poderá 36 tornar as aulas mais dinâmicas com um grande aprendizado, aproximando os conceitos desse componente curricular do dia a dia dos estudantes e, com isso, estimulando-os a compreenderem a importância do aprendizado dessa disciplina. Portanto, considera-se que novos simuladores poderiam ser utilizados para nos movermos no sentido de aulas mais dinâmicas e menos “tradicionais”, em que os estudantes se vejam como protagonistas de seus processos de aprendizagem; em que as relações entre práticas e teorias sejam postas em evidência numa busca de contextualização entre o que é visto em sala de aula e o cotidiano desses alunos. 37 REFERÊNCIAS AGUIAR, C. E. Informática no Ensino de Física. Material didático impresso. CEDERJ, 2006. Disponível em: http://omnis.if.ufrj.br/~carlos/infoenci/notasdeaula/roteiros/aula01.pdf. Acesso em: 20/04/2013. AIRES, Joanez Aparecida. Novas Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação: Uma Análise dos Softwares Educativos Comerciais de Química Produzidos no Brasil. 2001. Disponível Em: www.Anped.Org.Br/Reunioes/24/P1640409406278. Acesso Em: 10/03/2013. ALMEIDA, Elba Cristina S. de et al. Contextualização do Ensino Médio de Química: Motivando alunos do Ensino Médio. 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( ) sim ( ) não 6) Que nota você daria para seu domínio da informática? ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 7) Quanto a finalidade do uso do computador para você é ( ) para finalidades escolares ( ) para trabalhar ( ) para lazer e diversão, como jogos e vídeos ( ) outro qual _____________________________ 8) Quanto a finalidade do uso da internet para você é ( ) para finalidades escolares (pesquisas, trabalhos) ( ) para trabalhar ( ) para jogar e assistir vídeos ( ) para acessar redes sociais e sites de relacionamento ( ) outro qual _____________________________ 9) Quanto a frequência que você usa o computador: ( ) todo dia ( ) de uma a três vezes na semana ( ) uma vez por semana ( ) uma vez ao mês ( ) outra qual ______________________________ 10) Você já teve aula em laboratório de informática? ( ) sim ( ) não 11) Você já teve algum tipo de aula ou simulação virtual? ( ) sim ( ) não 12) Na sua opinião, a informática pode auxiliar na aprendizagem? ( ) sim ( ) não 41 ANEXO B - Modelo Questionário – Avaliação Do Simulador MODELO QUESTIONÁRIO AVALIAÇÃO DO SIMULADOR 1) Como você avalia a parte estética do simulador (gráficos, animações, cores)? Justifique: ()1()2()3()4()5 ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 2) Como você avalia a interatividade do simulador? Justifique: ()1()2()3()4()5 ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 3) 3) Como você avalia o conteúdo do simulador (fundamentações teóricas, instruções...)? Justifique: ()1()2()3()4()5 ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 4) Você acha possível utilizar simulações nas aulas de Química, com frequência? ( ) Sim ( ) Não 5) Você acha que o simulador o auxiliou na compreensão dos conteúdos nas aulas de Química? ( ) Sim ( ) Não