MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DECEx - DESMIL - DEPA
ESCOLA DE FORMAÇÃO COMPLEMENTAR DO EXÉRCITO E COLÉGIO MILITAR DE SALVADOR
1º Ten Al WELTON ROCHA SILVA
SERVIÇO DE EVACUAÇÃO AEROMÉDICA COM SUPORTE AVANÇADO NO
EXÉRCITO BRASILEIRO: UMA ANÁLISE DA LITERATURA COMO SUPORTE
PARA IMPLANTAÇÃO.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
à Comissão de Avaliação de Trabalhos
Científicos da Divisão de Ensino da Escola de
Formação Complementar do Exército, como
exigência parcial para a obtenção do título de
Especialista em Aplicações Complementares
às Ciências Militares.
Aprovado em: ______ / ________________ /2011
_____________________________________________________
CARLA CHRISTINA PASSOS – Major – Presidente
Escola de Formação Complementar do Exército
_________________________________________________
JOSÉ MARIA FERREIRA JÚNIOR – Major – 1º Membro
Escola de Formação Complementar do Exército
______________________________________________________
MARLENE SILVA – Professora – 2º Membro
Escola de Formação Complementar do Exército
2
SERVIÇO DE EVACUAÇÃO AEROMÉDICA COM SUPORTE AVANÇADO NO
EXÉRCITO BRASILEIRO: UMA ANÁLISE DA LITERATURA COMO SUPORTE
PARA IMPLANTAÇÃO.
Welton Rocha Silva ¹.
Resumo. A evacuação aeromédica é considerada como o meio mais rápido e eficiente de transporte
de feridos. O Exército Brasileiro insere-se no tema devido ao apoio de saúde prestado aos
combatentes nas operações militares, aos militares e dependentes em tempo de paz, e a população
civil em caso de desastres. Em todas estas situações é necessário um transporte que seja condizente
com a situação clinica do paciente. O objetivo deste trabalho consistiu em realizar uma análise da
literatura na tentativa de propor a implantação de um Serviço de Evacuação Aeromédica com Suporte
Avançado para o Exército Brasileiro. O emprego da Força nas situações de desastre e nos ambientes
de selva, caatinga e montanha, em que a aeronave, às vezes, é a única forma de prestar assistência
ao paciente, as diretrizes do Ministério da Saúde para o transporte aéreo do paciente critico, a
redução da mortalidade e a disponibilidade de parte dos meios necessários ao serviço amparam a
implantação na Força Terrestre.
Palavras-chave: Evacuação Aeromédica, Transporte de Paciente Crítico, Ambulâncias Aéreas.
Abstract. A medical evacuation is regarded as the fastest and most efficient way to transport the
wounded. The army is part of the issue due to health support provided to combatants in military
operations, military and dependents in time of peace, and the civilian population in case of disaster. In
all these situations you need a transport that is consistent with the patient's clinical situation. The
objective of this work consists in performing a review of the literature in an attempt to propose the
establishment of an Aeromedical Evacuation Service with Advanced Support for the Brazilian Army.
The use of Brazilian Army in situations of disaster and in the environment of jungle, savanna and
mountains, where the aircraft is sometimes the only way to provide patient care, the Health Ministry
guidelines for air transport of critically ill patients, the reduction mortality, the availability of the
necessary means to bolster service deployment in the Brazilian Army.
Keywords: Aeromedical Evacuation, Critical Patient Transport, Air Ambulances.
1 INTRODUÇÃO
A evacuação aeromédica com
suporte avançado de vida é o serviço
utilizado para prestar assistência a vítimas
graves que necessitam de um temporesposta reduzido, transporte rápido e
tratamento definitivo em hospitais de
referência (NARDOTO; DINIZ; CUNHA,
2011).
O primeiro transporte, por via
aérea, foi de combatentes e ocorreu em
balões durante a invasão de Paris pelos
Prussianos em 1870. Na I Guerra mundial
surgiram, de forma rudimentar, os
primeiros modelos de aeronaves para
evacuação aeromédica (GENTIL 1997).
Em 1928, os Australianos
projetaram uma ambulância aérea, que
contava com uma tripulação composta por
um médico, uma enfermeira e um piloto.
Em 1933, surge então, na Austrália, o
primeiro
Serviço
de
Evacuação
Aeromédica, a Royal Flying Doctor
(MATÍNEZ; TERÁN; TORRES, 2006).
Na II Guerra Mundial os
americanos e alemães ao reconhecer a
necessidade de transporte rápido de feridos
adaptaram
aeronaves
militares
de
transporte para ambulâncias aéreas com
macas apropriadas, sistema de aspiração e
oxigênio, medicações e profissionais
especializados (BAU, 2007).
A
experiência
adquirida
durante a Guerra da Coréia em 1950, onde
foram evacuados cerca de dez mil feridos,
permitiu que se desenvolvesse na Guerra
do Vietnã em 1959 um sistema de
evacuação eficiente que realizou o
transporte aéreo de cerca de um milhão de
3
militares e civis. A modalidade se firma
então como o melhor método de transporte
de feridos, pela melhora significativa na
sobrevida e diminuição da mortalidade
(GENTIL 1997).
Em 1962, na União Soviética
desenvolveu-se um sistema de atenção préhospitalar para pacientes em estado grave.
Realizado de uma maneira organizada e
por especialistas, que revolucionou o
conceito de ambulância. Deixa, então, de
ser um veiculo de transporte de pacientes,
para torna-se uma extensão do hospital no
ambiente extra-hospitalar (MATÍNEZ;
TERÁN; TORRES, 2006).
Durante os últimos anos
procura-se desenvolver equipamentos
médicos com certificação de qualidade
para não interferir com os sistemas de
navegação das aeronaves e tolerar as
alterações
da
pressão
atmosférica,
temperatura e ruído (MATÍNEZ; TERÁN;
TORRES, 2006).
O
desenvolvimento
da
evacuação aeromédica no mundo atende as
necessidades e características de cada pais.
As principais distinções se dão a partir das
dimensões territoriais, da distribuição
heterogênea de recursos médicos e da
existência de comunidades isoladas
(GENTIL, 1997).
No
Brasil
o
transporte
aeromédico teve inicio em 1960 com o uso
de helicópteros pela Força Aérea Brasileira
no resgate de sobreviventes de acidentes
aeronáuticos. No âmbito das Forças
Armadas a evacuação aeromédica está
ligada a aeronáutica, responsável por
resgate e salvamento e remoções interhospitalares.
Porém na busca de terapêutica
mais adequada ao transporte de pacientes
surgiram vários serviços privados. Em
1980, ganham impulso as aeronaves que
contam com equipe aeromédica capacitada,
ventiladores, desfibriladores, medicações e
monitores cardíacos específicos para esta
atividade (BAU, 2007).
No setor público, o serviço
inicia-se no Rio de janeiro e em São Paulo
em 1988. Na primeira, no apoio às
ambulâncias do Grupamento de Socorro de
Emergências das policias Civil, Militar e
Rodoviária Federal. E no ultimo, no
Grupamento de Radiopatrulha Aérea da
policia Militar de São Paulo (BAU, 2007).
Em 1945, na Segunda Guerra
Mundial, o Brasil enviou para a Itália, com
a Força Expedicionária, cento e oitenta e
seis profissionais de saúde, entre eles,
sessenta e sete enfermeiras, sendo cinco
delas do exercito e especializadas em
transporte aéreo. Todas tiveram que
participar do Curso de Emergência de
Enfermeiras da Reserva do Exército, uma
vez que a força não dispunha de um quadro
dessas profissionais e teve de recrutá-las
com urgência mediante solicitação dos
Estados Unidos (BERNARDES, 2007).
Desde de 2004, o Brasil
comanda a força militar da missão de paz
da ONU no Haiti (Minustah). Mil e
duzentos soldados do País que estão no
Haiti formam o maior contingente
brasileiro enviado ao exterior desde a 2ª
Guerra Mundial. O Conselho de Segurança
da ONU autorizou o envio de força militar
na missão de paz para garantir a
estabilidade no país após a queda do expresidente Jean Bertrand Aristide. Essa
situação expôs novamente a restrita
capacidade da Força Terrestre de enfrentar
situações de contingência, pois para o
envio do segundo contingente foram
necessárias três semanas e a participação
de oitenta e quatro organizações militares
(BRASIL, 2010).
Essa capacidade limitada fica
evidente
também
na
evacuação
aeromédica, pois apesar do Exército
Brasileiro, a exemplo do Espanhol, buscar
estruturas funcionais que devem ter todos
os requisitos necessários para o apoio das
tropas, empregando a mesma estrutura para
paz nas operações, e além de contar com
um serviço em resgate e salvamento aéreo
e evacuação aeromédica no 4º Batalhão de
Aviação do Exército (4° Bavex), o
transporte com suporte avançado ainda é
4
realizado por empresas contratadas
(BRAZIL, 2010).
O Ministério da Saúde (2002)
prevê para a transferência inter-hospitalar e
para o resgate de pacientes e feridos graves
o uso de aeronaves de asa-fixa e rotativa
que devem contar com uma equipe de
saúde composta por médico e enfermeiro e
equipamentos para suporte avançado de
vida.
Diante desse contexto percebese que o preparo para a Força
Expedicionária Brasileira (FEB), não
forneceu os ensinamentos adequados
quanto à necessidade de preparo para as
situações de emprego da Força,
especificamente, no transporte do paciente
critico por via aérea. No caso de emprego
da força em operações de combate, o
transporte dos feridos, que necessitassem
de suporte avançado e cuja remoção ou
resgate ocorra por aeronave, não
aconteceria
conforme
os
padrões
recomendados no Brasil.
Soma-se a isso uma estrutura
hierarquizada e regionalizada do serviço de
saúde do exército e as características
geográficas do território brasileiro, além da
necessidade de transporte de pacientes em
estado grave, de forma rápida e segura,
tanto em tempo de paz como de guerra.
Assim sendo, surge o seguinte
questionamento: o conhecimento científico
produzido, a necessidade de uma força
preparada para o emprego e o
desenvolvimento da assistência à urgência
e emergência no país, diante dos aspectos
levantados, amparariam a implantação de
um Serviço de Evacuação Aeromédica com
Suporte Avançado para o Exército
Brasileiro?
No Brasil, o Ministério da
Saúde desenvolve ações no sentido de
implantar um processo de aperfeiçoamento
e modernização dos serviços de
atendimento às urgências e emergências
com o uso de aeronaves com suporte
avançado de vida (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2002).
A grande extensão territorial do
País impõe ao Serviço de Saúde do
Exército distâncias significativas entre os
hospitais de pequeno e médio porte e seus
respectivos hospitais de referência para a
atenção hospitalar especializada e de alta
complexidade para os pacientes graves
(MANUAL DE CAMPANHA, 2001).
O Serviço de Saúde da Força
Terrestre não tem a responsabilidade pelo
transporte dos feridos e doentes nos casos
de evacuação aeromédica, atribuição que
cabe à Força Aérea. Porém a decisão de
empregar meios aéreos na evacuação caso
a Unidade disponha de aeronaves
orgânicas ou sob seu controle operacional
para este fim é de competência exclusiva
do Comandante da Companhia Logística
de Saúde (SANTOS, 2009).
Em combate, o advento de
novos armamentos de elevada letalidade, a
adoção de novas estruturas organizacionais
mais leves e flexíveis e a rapidez nas
operações exigem maior flexibilidade dos
meios, tanto em pessoal como em material,
para o apoio de saúde.
Neste contexto, e considerando
que a Evacuação Aeromédica com Suporte
Avançado de Vida aumenta a mobilidade
tática no campo de batalha e favorece o
emprego no transporte para os doentes,
acidentados e feridos graves em tempos de
paz e de guerra é que se justifica realizar
um levantamento e análise da literatura
como vistas a fornecer suporte e
embasamento para implantação de um
Serviço de Evacuação Aeromédica com
Suporte Avançado de Vida no Exército
Brasileiro.
Este estudo, portanto, objetiva
de modo geral, realizar uma análise da
literatura na tentativa de propor a
implantação de um Serviço de Evacuação
Aeromédica com Suporte Avançado para o
Exército Brasileiro. De forma especifica,
visa identificar, a partir dos estudos
encontrados,
as
possibilidades
e
dificuldades para criação do serviço,
descrever as situações que requerem a
utilização deste tipo de transporte e
5
analisar descritivamente os resultados das
pesquisas produzidas.
2 METODOLOGIA
A
Pesquisa
Bibliográfica
procura elucidar um problema, ao buscar
conhecer as contribuições teóricas de
diversos autores sobre um determinado
tema. A presente pesquisa pretende com a
revisão bibliográfica resgatar as principais
informações e conhecimentos sobre a
evacuação aeromédica no Brasil (CERVO,
2006).
Segundo Gil (1991) o estudo
descritivo envolve o uso de Levantamento
Bibliográfico. Este estudo foi baseado no
conhecimento disponível na base de dados
da LILACS (Literatura Latino-Americana)
em que foram utilizados como descritores,
remoção aeromédica e transporte aéreo de
pacientes; nos trabalhos disponíveis no site
da ESSEX (Escola de Saúde do Exército);
nos manuais, portarias e leis referentes ao
assunto; e em artigos de revistas
cientificas.
Os dados coletados foram
apresentados e analisados de forma
descritiva as possibilidades e dificuldades
para criação da evacuação aeromédica com
suporte avançado no Exército Brasileiro; as
situações que requerem a utilização deste
serviço; e a proposta de implantação para o
Exército Brasileiro.
3 DESENVOLVIMENTO
Segundo
a
Constituição
Federal (1998), o Exército Brasileiro
destina-se à defesa da Pátria, à garantia dos
poderes constitucionais e, por iniciativa de
qualquer destes, da lei e da ordem. Cabe a
Força ainda, as Atividades Subsidiárias ou
Complementares, que são as ações que
complementam as atividades de outros
órgãos carentes de meios para atendê-las.
Dentre elas, a de interesse deste estudo é a
de cooperar com a Defesa Civil em ações
de socorro em desastres (MENIN, 2007).
Como apoio a estas ações, o
Exército dispõe de um Serviço de Saúde
que deve estar em condições de contribuir
para o êxito destas operações pela
aplicação de conhecimentos técnicos e
logísticos, dentre eles a evacuação de
feridos e, de forma complementar, prestar
assistência médico-hospitalar aos militares
e seus dependentes.
Em tempo de paz o sistema
esta organizado de forma hierárquica e
regionalizado. Conta, portanto com 545
Seções de Saúde, onde ocorre o apoio
inicial, 6 Hospitais Militares de Área, 6
Hospitais Gerais e 11 Hospitais de
Guarnição, para assistência aos enfermos
mais graves, ou evacuação, e com o
Hospital Central do Exército, ultimo
escalão funcional desta cadeia. Este
serviço é complementado pelo Fundo de
Saúde do Exército (Fusex), através de
contratos
e
credenciamentos
com
organizações
civis
e
profissionais
autônomos da área de saúde (MARRONI,
2011).
Em campanha, o Serviço de
Saúde é estruturado em cinco escalões
funcionais. É desdobrado em Serviço de
Saúde de Unidade, de Brigada e de Divisão
de Exército, para o apoio inicial; Serviço
de Saúde de Exército de Campanha, onde
ocorre o inicio da hospitalização; Serviço
de Saúde da Região Militar ou Teatro de
Operações Terrestres e Serviço de Saúde
de Zona do Interior, para hospitalização e
recuperação em maior complexidade
(MARRONI, 2011).
Em ambas as situações, em
tempo de paz ou em campanha, e devido à
hierarquização e regionalização do Serviço
de Saúde do Exército faz se necessário e é
de fundamental importância para o
paciente a evacuação de feridos. Esta deve
ocorrer pelo meio mais rápido, seguro,
cômodo e eficiente. O transporte pode ser
terrestre, aquático ou aéreo e o tipo a ser
utilizado depende do terreno, das vias de
transporte, dos meios disponíveis e do tipo
de
ferimento
ou
enfermidade
(VENÂNCIO, 2011).
6
O Ministério da Saúde (2002)
considera para o transporte de pacientes
cinco tipos de ambulância. Três destinadas
ao transporte terrestre, de acordo com a
atividade, resgate ou remoção, e
complexidade da assistência prestada. O
quarto tipo é a Aeronave para Transporte
Médico. E o quinto é a Embarcação de
Transporte Médico, destinado ao
transporte por via marítima ou
fluvial. Importante ressaltar, que
todas as categorias devem possuir
os
equipamentos
médicos
necessários ao atendimento dos
pacientes conforme a gravidade.
Nas guerras da Coréia e Vietnã
se reconheceu o quarto tipo, transporte
aeromédico, como a melhor forma de
prestar socorro rápido configurando-se no
melhor método de evacuação de feridos
(NARDOTO; DINIZ; CUNHA, 2011).
O Serviço de Evacuação
Aeromédica do Exército é o responsável
pelo transporte aéreo de feridos na Força,
porem, ainda não está plenamente
estruturado, pois o serviço de transporte
com Suporte Avançado é prestado por
empresa privada, mediante contrato, em
tempo de paz, e em campanha fica a cargo
da Força Aérea ou da Organização das
Nações Unidas em Missões de Paz. Nos
Estados Unidos, por outro lado, o
atendimento ao combatente é consolidado
nos princípios do Suporte Avançado
(VENÂNCIO, 2011).
A Brigada de Aviação do
Exército dispõe de um Serviço de Resgate
e Salvamento destinado a localizar,
socorrer e recolher as tripulações e
passageiros de aeronaves abatidas,
acidentadas ou desaparecidas. Porém o que
é de interesse para este estudo é o Serviço
de Evacuação Aeromédica, desta unidade,
de apoio logístico em que meios aéreos são
empregados no transporte de doentes ou
feridos para ou entre instalações de saúde
(BRASIL, 2003).
A Força Aérea dispõe de um
serviço de evacuação aeromédica. Uma de
suas unidades é dotada de equipamentos de
suporte avançado, adaptáveis a aeronaves
de asa fixa, e por uma equipe de médicos,
enfermeiros e sargentos de saúde.
Denominado de UTI Aérea esta sediado no
Hospital de Força Aérea de Brasília e
realiza missões nacionais e internacionais
no transporte de militares, dependentes e
civis em estado grave, por longas
distancias. Vale ressaltar, porém, que o
transporte de pacientes graves realizado
pelo helicóptero, é feito por sargentos de
saúde e não dispõe de equipamentos
necessários ao suporte avançado.
Segundo Venâncio (2011), a
evacuação aeromédica da Brigada de
Aviação do Exército é realizado por
helicóptero e conta com uma equipe de
sargentos de saúde. Contudo, de acordo
com o Ministério da Saúde (2002), um
serviço de transporte aéreo deve ser
sempre considerado como de suporte
avançado de vida e contar com
equipamentos especializados para a
monitorização e suporte avançado, um
médico, um enfermeiro e um técnico
capacitado em salvamento.
Lacerda, Cruvinel e Silva
(2011) corroboram com a ideia ao definir o
doente crítico como aquele que, por
disfunção ou falência de um ou mais
órgãos ou sistemas, depende, para
sobreviver, de meios avançados de
monitorização e terapêutica. Devem ser
transportados por uma equipe, a quem
compete garantir que o tratamento seja
realizado durante todo o percurso até a
unidade de tratamento definitivo.
O Conselho Federal de
Medicina (2003) completa ao estabelecer
que pacientes graves ou de risco devam ser
removidos acompanhados de equipe
composta por tripulação mínima de um
médico, um profissional de enfermagem e
motorista, em ambulância de suporte
avançado.
O Exército Brasileiro (2001)
considera a Evacuação Aeromédica como o
transporte de doentes, acidentados e
feridos por via aérea, de um local com
recursos médicos limitados para outro com
7
maiores possibilidades técnicas. Nardoto,
Diniz e Cunha (2011) completam ao dizer
que para a escolha desta modalidade,
devem ser avaliadas as condições clínicas
do enfermo, a necessidade de suporte
avançado
com
um
tempo-resposta
reduzido, bem como as características
geográficas do local onde o paciente se
encontra.
A vida de um paciente em
estado crítico depende do tempo em que
ocorre o estabelecimento de cuidados
definitivos. A rapidez do translado nas
melhores condições, tornou o transporte
aéreo o meio mais rápido, confortável e
seguro para o paciente. Em condições de
prestar adequado suporte avançado e
medidas de reanimação e estabilização até
o destino em uma situação clinicamente
estável (HIDALGO, 1997).
Nardoto, Diniz e Cunha (2011)
verificaram que em 66% dos voos, no
Serviço
Pré-hospitalar
Aéreo
de
Pernambuco, a média de tempo entre a
solicitação de atendimento e a chegada ao
local, foi de 11 minutos. O tempo-resposta
é importante porque a vítima, como foi
dito, depende da rapidez e eficácia para
sobreviver e evitar sequelas.
Esta
diminuição verificada da hora de ouro,
tempo máximo em que o paciente deve
receber tratamento definitivo, eleva as
chances de uma melhor recuperação.
As indicações relacionadas ao
tempo e local para a utilização da
Evacuação Aeromédica são o tempo de
chegada da ambulância terrestre ou a
diferença de tempo entre o transporte
terrestre e aéreo superior a 15 minutos para
os casos graves, a indisponibilidade de
transporte terrestre e o acesso por terra
difícil ou impossível como em montanhas,
ilhas e selva (LACERDA, CRUVINEL e
SILVA, 2011).
Estes autores estabelecem
também os critérios clínicos que são a
pressão arterial sistólica inferior a 90
mmHg, frequência respiratória inferior a
10 por minuto ou superior a 35 incursões
por minuto, sinais de instabilidade
hemodinâmica, quadro clínico grave
(infarto agudo do miocárdio, ataque
cerebral e abdome agudo), alteração aguda
de nível de consciência e lesão com risco
de perda funcional de extremidade.
Para finalizar, eles definem os
critérios em caso de trauma que são a
escala de trauma inferior a 12, a escala de
coma de Glasgow inferior a 10, trauma
penetrante (crânio, tórax, abdome), fratura
de pelve ou fêmur bilateral, queimadura
por inalação e trauma facial ou ocular
grave.
Torres (2006) verificou que dos
pacientes transportados por via aérea, em
um serviço do México, 42,6% foram por
traumas,
25%
por
problemas
cardiovasculares, 10,3% por problemas
digestivos, 7,3% por causas neurológicas,
5,9% respiratórias e 2.9% por causas
ginecológicas e obstétricas. As demais,
totalizaram 6% cada, e incluem as
queimaduras, as infecções, os problemas
endócrinos e um caso de aspiração.
No Brasil, em um Serviço
Aeromédico de Pernambuco, Nardoto,
Diniz & Cunha (2011) verificaram que
79% dos pacientes foram transportados por
causas externas, 15% por causas clínicas,
3% por causas não especificadas, 2% por
causas
obstétricas
e
1%
causas
psiquiátricas.
O Exército Brasileiro, nas
últimas décadas, dentro e fora do território
nacional, vem desempenhando cada vez
mais tarefas como as Missões de Paz e as
Operações de Garantia da Lei e da Ordem
em que a chance de conflito é iminente.
Com isso, a necessidade de pessoal
treinado no atendimento pré-hospitalar,
assim como de um meio de transporte
adequado, torna-se cada vez maior
(VENÂNCIO, 2011).
As operações da Força
Terrestre, devido às características
geográficas do território nacional podem
ocorrer em locais onde a disponibilidade
de trilhas, estradas, vias fluviais, campos
de pouso, a densidade da vegetação, a
estação do ano e as condições gerais do
8
terreno, terão sérias implicações nos meios
de evacuação (BRASIL, 2011).
As operações nas montanhas
caracterizam-se, pelas dificuldades que o
terreno oferece aos movimentos terrestres e
pela inexistência de rede fluvial adequada.
No ambiente de selva a evacuação de
doentes e acidentados por terra e por rios é
uma tarefa que demanda muito tempo. A
evacuação no interior da caatinga também
sofre restrições, em virtude da dificuldade
dos deslocamentos. E ainda, as operações
de contraguerrilha rural impõem grandes
distâncias entre as instalações de saúde que
exigirão o apoio de Unidades de Saúde de
Escalão Superior (BRASIL, 2011).
O processo mais adequado e
rápido de evacuação, nestes casos, é o
aeromédico. Porém, em alguns locais
desses ambientes, esse tipo de transporte a
partir do local onde o paciente é ferido ou
acometido da enfermidade, é impraticável.
O atendimento deverá, então, ser prestado
o mais próximo do local onde se encontra
o ferido ou enfermo para em seguida ser
aero removido (BRASIL, 2011).
Em caso de conflito em
Guerra, nas Operações de Paz e de
Garantia da Lei e da Ordem a evacuação
aeromédica é realizada com a finalidade de
recuperar o maior número de baixas
possível no menor espaço de tempo. No
sentido de garantir a preservação do
potencial humano empregado nestas
operações através do adequado acesso das
baixas às instalações de saúde, que
favorece o tratamento, diminui o êxito letal
e reduz os custos operacionais. (SANTOS,
2001).
Martínez, Terán e Torres
(2006) relatam que na Guerra da Coréia,
um soldado ferido poderia ser evacuado,
em poucos minutos, para um hospital. Com
este sistema, que oferecia um atendimento
rápido, especializado e eficiente no local
da cena, reduziu-se consideravelmente a
mortalidade pré-hospitalar. Estima-se que
transportaram mais de 20.000 pacientes e
que a mortalidade diminuiu para 2,5 óbitos
em 100 casos, comparados com os 4,5 da
II Guerra Mundial.
Ponto, atualmente, marcante da
atuação do Exército é a Amazônia, em que
trabalha no sentido de manter a soberania e
a integridade territorial, além de outras
atividades subsidiarias, voltadas para a
segurança, o apoio às populações
ribeirinhas
e
o
desenvolvimento
socioeconômico (MENIN, 2007).
A
Amazônia
Brasileira
concentra a maior bacia hidrográfica e o
maior manancial de água doce do planeta,
diversos corredores ecológicos, o maior
potencial mineral do mundo (ouro,
estanho, nióbio, petróleo, gás natural,
potássio, manganês, ferro, cromo, bauxita,
cassiterita
e
outros),
30%
da
biodiversidade do planeta e diversos
insumos medicinais, que despertam o
interesse de vários grupos estrangeiros pela
região. Onde então a possibilidade de
conflito é considerável (MENIN, 2007).
Como apoio as operações nessa
região, a Força Terrestre conta com o
Serviço de Saúde do Exército com 06
hospitais, sendo 2 Hospitais Gerais, 4
Hospitais de Guarnição, 03 Postos
Médicos de Guarnição e Seções de Saúde
nas Organizações Militares. Na faixa de
fronteira, o exército, representa às vezes o
único apoio de saúde disponível para as
comunidades indígenas e ribeirinhas
(MARRONI, 2008).
A carência na assistência à
saúde na região amazônica e a estrutura
hierárquica, em níveis de complexidade, do
Serviço de Saúde do Exército, torna
necessário um transporte de pacientes para
o hospital ou para locais de maior
capacidade assistencial. O ambiente de
selva restringe o uso dos meios. As longas
distâncias e a densidade da vegetação
tornam o transporte terrestre moroso e
difícil. Os meios fluviais e aéreos
necessitam de atendimento inicial e
transporte por terra até a margem do rio ou
clareira. A lentidão do meio fluvial torna
então
o
transporte
aeromédico,
principalmente por helicóptero, o meio
9
mais rápido e eficiente, e, portanto o mais
adequado para a evacuação de feridos
neste ambiente (MENIN, 2007).
O Exército coopera com a
Defesa Civil através do socorro às
populações atingidas por calamidades
públicas. Devido às características destes
ambientes, enchentes e desmoronamentos,
o
transporte
aeromédico,
pelas
características
de
velocidade
e
versatilidade de pouso, é uma escolha
vantajosa em alguns casos de emergência e
muitas vezes o único meio de se chegar ao
local do evento e ao hospital (NARDOTO;
DINIZ; CUNHA, 2011).
Importante ressaltar que o
Brasil encontra-se entre os países mais
atingidos por inundações e enchentes, pois
se registrou 94 desastres no período de
1960 a 2008, com 5.720 mortes e mais de
15 milhões de pessoas afetadas. Em 2008,
o Brasil, em relação aos desastres
hidrológicos, ocupou o 10º lugar entre os
países do mundo em número de vítimas de
desastres naturais, com 1,8 milhões de
pessoas
afetadas
(TOMINAGA;
SANTORO; AMARAL, 2009).
Segundo Matínez, Terán e
Torres (2006), o transporte aéreo é
considerado seguro quando a equipe
assegura a integridade do paciente. Para
tanto, a capacitação da tripulação em
fisiologia de voo, em noções de
aeronáutica e segurança de voo,
sobrevivência, em suporte básico e
avançado de vida é fundamental.
Recomenda-se, portanto habilitação em
Medicina Aeroespacial.
Segundo Lacerda, Cruvinel e
Silva (2011) os profissionais envolvidos no
transporte de pacientes críticos devem ser
treinados e frequentemente reciclados. No
Brasil, foi na década de 80 que a
capacitação destes profissionais ganhou
ênfase. Ainda associado ao fator de
transporte, móvel e aéreo, há uma notória
importância da atuação de equipes
capacitadas
nesta
modalidade
de
atendimento. Nardoto, Diniz e Cunha
(2011), em seu estudo, verificaram que os
profissionais do Suporte Aeromédico de
Pernambuco
fazem
constantes
treinamentos através de simulações e
cursos teóricos.
Apesar das características
geográficas do território e da diminuição
dos índices de mortalidade e morbidade
cair consideravelmente com a evacuação
aeromédica. O Brasil ainda realiza em
média 2 mil evacuações por ano enquanto
que os Estados unidos 200 mil. Isso se
deve principalmente aos altos custos com
aeronave,
angaragem,
manutenção,
combustível, seguro, equipe treinada e
equipamentos médicos (BAU, 2007).
O transporte aéreo permite uma
transferência mais rápida dos pacientes ao
hospital, mas raramente é usada no país,
provavelmente por causa do custo alto.
Porém a evacuação aeromédica comparada
com outros meios de transporte deve ser
medida em vidas, tempo e recursos. É um
elo na cadeia de saúde que melhora o
prognóstico vital em um curto e longo
prazo funcional (TORRES, 2006).
Parte destes custos o Exército
não teria que arcar, pois dispõem de
aeronaves, de manutenção, de angaragem,
de médicos, enfermeiros, pilotos e
especialistas em salvamento sob seu
comando. Porém, os custos com
equipamentos médicos, treinamento da
equipe e alocação de pessoal para esta
atividade são elevados e dificultam a
implantação do serviço.
4 CONCLUSÃO
Nas varias situações de
emprego do Exército, seja nas missões
constitucionais, em que o risco de conflito
é iminente, seja nas subsidiárias como a
cooperação com a Defesa Civil em ações
de socorro em desastres, seja em tempo de
paz na assistência aos militares e seus
dependentes e, devido à hierarquização do
serviço de saúde da Força, é necessário que
se tenha um transporte de pacientes críticos
rápido, seguro, cômodo e eficiente.
10
Esse transporte pode ocorrer
por via terrestre, aquática e aérea. Esta
última é considerada a mais rápida e
eficiente via de evacuação com uma
redução significativa na taxa de
mortalidade e melhora na sobrevida.
Acrescenta-se a isso que o
emprego da força, muitas vezes ocorre em
situações de desastres e em ambientes de
selva, caatinga e montanha, locais de
difícil acesso, que muitas vezes o único
meio de se chegar é por via aérea.
Atualmente, as recomendações
do Ministério da Saúde e do Conselho
Federal de Medicina é que a aeronave seja
dotada de equipamentos para Suporte
Avançado de Vida e equipe composta por
médico, enfermeiro e um profissional
capacitado em salvamento, este quando a
situação o exigir.
Baseado nisso há a necessidade
do Exército aperfeiçoar o serviço de
evacuação aeromédica, para proporcionar
uma assistência adequada aos pacientes
críticos transportados. Este estudo propõe
então a implantação de um serviço de
evacuação aeromédica com suporte
avançado, que deverá contar com
equipamentos
normatizados
pelo
Ministério da Saúde, através da Portaria
2048 de 05 de novembro de 2002, e com
médicos e enfermeiros capacitados, já que
dispõe de sargentos habilitados em
salvamento,
O custo do serviço é alto
porém parte considerável dele a força
dispõe, como helicópteros que já são
utilizados no meio civil para este fim,
manutenção, angaragem, combustível e
piloto. A conservação do potencial humano
do Exército e a necessidade de uma
estrutura pronta para o emprego, a redução
da mortalidade e melhora da sobrevida,
bem como, a adequação ao padrão de
assistência previsto pelo Ministério da
Saúde e realizado pelos melhores Exércitos
do Mundo justificam os custos com
equipamentos, infraestrutura e treinamento
de pessoal para implantação do serviço.
Apesar da pesquisa evidenciar
a necessidade do serviço o tema é pouco
abordado e novo no Brasil, as fontes de
pesquisas são limitadas e as existentes são
relacionadas ao assunto no meio civil o que
restringe o acesso a tópicos importantes
como o custo e a demanda do serviço para
o Exército Brasileiro e demais Forças
Armadas, os resultados obtidos com
serviço da Força Aérea, do SAMU, da
Policia Rodoviária Federal, do Corpo de
Bombeiros e da Policia Militar de São
Paulo.
11
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar
projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas,
1991.
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