FMEA – Resumo Introdução A metodologia de Análise do Tipo e Efeito de Falha, conhecida como FMEA (do inglês Failure Mode and Effect Analysis), é uma ferramenta que busca, em princípio, evitar, por meio da análise das falhas potenciais e propostas de ações de melhoria, que ocorram falhas no projeto do produto ou do processo. Este é o objetivo básico desta ferramenta e, portanto, pode-se dizer que se está, com sua utilização, diminuindo as chances do produto ou processo falhar durante sua operação, ou seja, estamos buscando aumentar a confiabilidade, que é a probabilidade de falha do produto/processo. A ferramenta atualmente é utilizada para diminuir as falhas de produtos e processos existentes e para diminuir a probabilidade de falha em processos administrativos. Histórico A metodologia de FMEA foi criada pela NASA em meados de 1960. Nesta época foi utilizado como método de análise preventivo dos potenciais modos de falha do projeto Apolo. Em 1972, a Ford introduziu o seu uso na indústria automotiva, difundindo-a na indústria por meio da Norma Q 101. Atualmente faz parte da lista de documentos exigidos pela norma ISO/TS 16949:2002. Tipos de FMEA FMEA DE PRODUTO: na qual são consideradas as falhas que poderão ocorrer com o produto dentro das especificações do projeto. O objetivo desta análise é evitar falhas no produto ou nos processos decorrentes do projeto. É comumente denominada também de FMEA de projeto. FMEA DE PROCESSO: são consideradas as falhas no planejamento e execução do processo, ou seja, o objetivo desta análise é evitar falhas do processo, tendo como base as não conformidades do produto com as especificações do projeto. Há ainda um terceiro tipo, menos comum, que é o FMEA de procedimentos administrativos. Nele analisam-se as falhas potenciais de cada etapa do processo com o mesmo objetivo que as análises anteriores, ou seja, diminuir os riscos de falha. 1 Funcionamento O método propõe a quebra de sistemas em componentes inferiores e, em seguida, a análise estruturada desses componentes ou subsistemas para se evidenciar os modos de falha potenciais antes que sejam incorporados ao produto ou processo. Constitui, assim, a análise dos modos de falha no nível inferior e quais suas conseqüências no nível superior. A análise da FMEA consiste em formar uma equipe para encontrar as funções do produto ou processo através de sessões de “brainstorming”, opinião de especialistas e outras técnicas, e, em seguida, avaliar os modos de falha potenciais, seus efeitos e suas causas. Na seqüência, por meio de pontuação de alguns critérios como severidade, ocorrência e detecção é gerado o índice N.P.R. – NÚMERO DE PRIORIDADE DO RISCO – para cada modo de falha. Os maiores riscos são priorizados e é recomendada uma ação para eliminar as causas evitando a ocorrência do modo de falha. Um FMEA sem ações recomendadas não é completa e certamente não garantirá que o modo de falha não será instalado no produto ou processo. Essas ações podem envolver diferentes estratégias para se lidar com os riscos. 2