1 TRABALHO VOLUNTÁRIO Andréa de Azevedo Ribeiro ¹ Débora Lacerda Ritter ¹ Jéssica Figueira Viegas ¹ Kelly Viviane Rodrigues da Silva ¹ Almiro Ferreira² RESUMO O presente trabalho consiste em uma ação voluntária realizada pelo grupo de alunas da disciplina de gestão de pessoas com os alunos da 7ª série do ensino fundamental da escola estadual Otero Paiva Guimarães. Os resultados desse trabalho são a contribuição para a confecção de uma ferramenta que auxilia no desenvolvimento do raciocínio lógico de forma fácil, divertida e didática. Palavras – chave: trabalho, voluntário, alunos, raciocínio, lógico. INTRODUÇÃO O trabalho apresenta definições sobre voluntário, seus direitos e deveres, voluntariado, princípios do trabalho voluntário e trabalho voluntário no Rio Grande do Sul. Na metodologia é explicada a forma de realização desse trabalho. No desenvolvimento é comentado sobre como transcorreu o trabalho, quais foram as atividades realizadas e qual o grupo de pessoas beneficiadas pela ação voluntária. A conclusão expressa o sentimento do grupo após a realização do voluntariado e a contribuição dessa ação para os alunos da escola Otero Paiva Guimarães. 1 1 Acadêmica do Curso de Administração da Universidade Luterana do Brasil, Campus Guaíba 2011. 2 VOLUNTARIADO O voluntariado é uma atividade inerente ao exercício de cidadania que se traduz numa relação solidária para com o próximo, participando, de forma livre e organizada, na solução dos problemas que afetam a sociedade em geral. Desenvolve-se através de projectos e programas de entidades públicas e privadas com condições para integrar voluntários, envolvendo as entidades promotoras. Corresponde a uma decisão livre e voluntária apoiada em motivações e opções pessoais que caracterizam o voluntário. VOLUNTÁRIO É um indivíduo que de forma livre, desinteressada e responsável se compromete, de acordo com as suas aptidões e no seu tempo livre, a desenvolver acções de voluntariado em prol dos indivíduos, famílias e comunidade. Atuar como voluntário é ter o ideal de fazer o bem, que se traduz numa relação de solidariedade de forma gratuita no exercício da atividade, prestando serviços não remunerados em benefício da comunidade. Ser voluntário é também ter convergência e harmonização com os interesses dos destinatários da ação e com a cultura e valores das organizações promotoras. PRINCÍPIOS DO TRABALHO VOLUNTÁRIO O voluntariado obedece aos princípios da solidariedade, da participação, da cooperação, da complementaridade, da gratuitidade e da responsabilidade. • Participação – Intervenção de voluntários e de entidades promotoras em áreas de interesse social; • Solidariedade – Responsabilidade de todos os cidadãos na realização dos fins do voluntariado; ² Docente do Curso de Administração da Universidade Luterana do Brasil e orientador deste trabalho. 3 • Cooperação – Combinação de esforços e de projectos de entidades promotoras de voluntariado; • Complementaridade – O Voluntário não deve substituir os recursos humanos das entidades promotoras; • Gratuidade – O Voluntário não é remunerado pelo exercício do seu voluntariado; • Responsabilidade – O Voluntário é responsável pelo exercício da atividade que se comprometeu a realizar, dadas as expectativas criadas aos destinatários desse trabalho voluntário; • Convergência – Harmonização da atuação do voluntário com a cultura e objetivos da entidade promotora. DIREITOS DO VOLUNTÁRIO • Desenvolver um trabalho de acordo com os seus conhecimentos, experiências e motivações; • Ter acesso a programas de formação inicial e contínua, de modo a aperfeiçoar o seu trabalho voluntário; • Receber apoio no desempenho do seu trabalho com acompanhamento e avaliação técnica; • Ter ambiente de trabalho favorável e em condições de higiene e segurança; • Participação das decisões que dizem respeito ao seu trabalho; • Ser reconhecido pelo trabalho que desenvolve. DEVERES DO VOLUNTÁRIO Em todas as situações, para que tudo funcione corretamente, além de existirem direitos é necessário que haja deveres a cumprir. Para isso, pode ser considerado como deveres de um voluntário as seguintes ações: • Observar e respeitar as normas e princípios éticos da organização promotora e/ou de todas as pessoas a que elas estão interligadas; 4 • Efetuar algum tipo de formação para um melhor desenvolvimento das atividades realizadas na organização promotora. Nessas atividades deve mostrar-se ativo, voluntário e solidário, utilizando corretamente os bens, equipamentos e recursos materiais colocados ao seu dispor; • Respeitar as opções e orientações dos profissionais das organizações promotoras, cumprindo, também, o calendário da realização de atividades; • Utilizar, durante as atividades, a sua identificação como voluntário e nunca assumir o papel de representante da organização promotora sem o devido reconhecimento da mesma. TRABALHO VOLUNTÁRIO NO RIO GRANDE DO SUL No Rio Grande do Sul existe a Parceiros Voluntários é uma Organização NãoGovernamental, sem fins lucrativos, apartidária, criada em janeiro de 1997 por iniciativa do empresariado do Rio Grande do Sul, com a missão de mobilizar, articular, formar pessoas e instituições, estimulando redes e parcerias para o atendimento das demandas sociais pelo trabalho voluntário organizado. Partindo da crença de que toda pessoa é solidária e um voluntário em potencial, a Parceiros Voluntários está presente no Rio Grande do Sul, multiplicando, através de milhares de voluntários, seus conceitos e seus conhecimentos em benefício das comunidades onde atua. A ONG exerce a atividade de voluntariado através dos Programas Voluntário Pessoa Física – VPF, Voluntário Pessoa Jurídica – VPJ, Parceiros Jovens Voluntários – PJV e Organizações da Sociedade Civil – OSC. Cada Programa possui processos e metodologias próprios, estruturados para potencializar os resultados do voluntariado na Comunidade. METODOLOGIA Esse trabalho consiste na realização de um trabalho de voluntariado de livre escolha. 5 Primeiramente foi definido entre os integrantes do grupo o local de realização do trabalho, o tipo de trabalho que seria realizado e a data. Ficou decidido que seria realizado na escola estadual Otero Paiva Guimarães, localizada no Bairro São Francisco, na cidade de Guaíba. Após foi feito contato com uma professora da escola para pedir autorização para realização do trabalho. A próxima etapa foi à aquisição e separação do material a ser utilizado, bem como a preparação do café da manhã que foi servido. DESENVOLVIMENTO O trabalho voluntário foi realizado no dia 11 de junho de 2011 no horário das 8:00 às 11:30, na escola estadual Otero Paiva Guimarães, no bairro São Francisco, na cidade de Guaíba. De acordo com dados da secretaria da educação do estado do Rio Grande do sul, a escola integra a 12º CRE, está localizada na área urbana e oferece ensino fudamental e médio, nos turnos manhã, tarde e noite. O trabalho consiste na confecção e aplicação dos Jogos Boole, que são uma forma de desenvolver o raciocínio lógico. O autor dos jogos, chamado George Boole (1815-1864) nasceu em uma época em que não era possível imaginar os equipamentos eletrônicos. Ainda assim, ele foi um dos fundadores da lógica matemática usada nos computadores. Ele publicou suas idéias em 1847 e tornou-se famoso da noite para o dia, sendo convidado para ser o primeiro professor de matemática da nova universidade de Cork, na Irlanda. Os jogos Boole têm como objetivo desenvolver o raciocínio por meio de histórias lógicas. Eles auxiliam a organizar as informações recebidas, processá-las e a estimular o interesse pela descoberta. Todas as histórias apresentadas nos jogos Boole têm como solução verdadeiras matrizes no sentido matemático do termo, isto é, quadro de fileiras e colunas conexas, representadas pelas cartas utilizadas como representação concreta. 6 As colunas correspondem aos critérios característicos da estrutura pré-determinada e as linhas, correspondem aos objetos de mesmas categorias. Os jogos estão sendo aceitos em diversas escolas de todo o país e vêm recebendo a aprovação de psicólogos, pedagogos, psicopedagogos, fonoaudiólogos e educadores. Os jogos são dividos em sete níveis de acordo com a complexidade. Cada nível corresponde a um conjunto de cartas de cor diferente. Para a realização dos jogos, é feita a distribuição das cartas para os participantes que as ordenarão de acordo com a história que será contada. Após o término da história serão feitas perguntas que deverão ser respondidas de forma lógica com o auxílio das cartas. Durante a manhã de realização do trabalho, compareceram 20 alunos da 7ª série do ensino fundamental que participaram da confecção de diversos conjuntos de cartas, com o auxílio das voluntárias. Também foi servido o café da manhã e para finalizar foi feita uma rodada de jogos, em que todos participaram. CONCLUSÃO A realização desse trabalho nos proporcionou uma experiência inédita. Foi muito divertido estar na sala de aula trabalhando com esse grupo de alunos que nos receberam muito bem e nos ajudaram muito. A descoberta desses jogos também foi muito importante, pois é muito bom saber que existem alternativas para desenvolver o raciocínio lógico de forma atrativa e agradável para os alunos. Finalmente, podemos dizer que saímos da escola com a sensação de dever cumprido e nos sentindo muito bem por ter feito bem ao próximo e ter, de certa forma, contribuído para o aprendizado de um grupo de estudantes. Além disso, foi realmente gratificante ter proporcionado uma manha diferente e divertida para quem precisa de alternativas para valorizar os estudos. 7 REFERÊNCIAS MELLO, Procópio. Jogos Boole. Porto Alegre: Webeditora, 2008. VOLUNTÁRIOS ONLINE. Disponível em: http://www.voluntariosonline.org.br Acesso em: 11 de jun. 2011 PARCEIROS VOLUNTÁRIOS. Disponível em: <http://www.parceirosvoluntários.org.br> Acesso em: 13 de jun. 2011