UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM PROMOÇÃO DE VENDAS E MERCHANDISING, ATUANDO NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Por: Janaina da Conceição Barbosa Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2011 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM PROMOÇÃO DE VENDAS E MERCAHNDISING, ATUANDO NO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Gestão de Varejo. Por: Janaina da Conceição Barbosa 3 AGRADECIMENTOS Ao meu amado Jesus Senhor da minha vida, que me concedeu mais uma vitória. 4 DEDICATÓRIA Dedico a minha mãezinha querida que eu amo muito e sempre me deu palavras de ânimo, a minha irmã Jane que através dos seus conselhos eu pude chegar até aqui e minha amiga Flávia Nunes, uma incentivadora que não se cansa em conversar para ver meu crescimento. 5 RESUMO O presente trabalho demonstra a “Promoção de Vendas e Merchandising, atuando no comportamento do consumidor”. Apresentando através do comportamento do consumidor os motivos pelos quais são influenciados na decisão de compras. Citando elementos pelos quais são impulsionados e destacam-se as técnicas da promoção de vendas e Merchandising sendo bem aplicadas no varejo. Finalmente com apresentação do case da Casa & Vídeo onde mostra seu varejo e suas estratégias para obter crescimento. Palavras chaves: Promoção de Vendas, Merchandising, técnicas, consumidor, ponto de venda. 6 METODOLOGIA Como metodologia adotou a pesquisa bibliográfica, tendo como referenciais teóricos os autores a seguir: Blessa (2006), Parente (2000), Cobra (1997), Las Casas (2000), Pancrázio (2000), Churchill & Peter (2000), Schiffman & Kanuk (2000), De Simoni (2002) Kotler & Armstrong (1995, 1999), Karsaklian (2000). Rodrigues, Márcia Aparecida & Jupi, Viviane da Silva O comportamento do consumidor – Fatores que influenciam em sua decisão de compra. Site: www.nobel.br/templates/administração/revista/2005-03-03/07. A monografia está dividida em três capítulos. O primeiro capítulo faz uma análise no Comportamento do Consumidor e suas influências. O segundo apresenta a aplicação da Promoção de Vendas e do Merchandising no ponto de vendas. O terceiro capítulo apresenta um estudo de caso da Casa & Vídeo com aplicação de suas estratégias. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO________________________________________________08 CAPÍTULO 1 - O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E INFLUÊNCIAS________________________________________________10 CAPÍTULO 2 - APLICAÇÃO DA PROMOÇÃO DE VENDAS E DO MERCHANDISING NO PONTO DE VENDAS_______________________20 CAPÍTULO 3 – CASE CASA & VÍDEO COM APLICAÇÃO DE SUAS ESTRATÉGIAS_________________________________________________32 CONCLUSÃO________________________________________________36 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA _____________________________ 37 BIBLIOGRAFIA CITADA ________________________________________38 ÍNDICE_____________________________________________________39 SUAS 8 INTRODUÇÃO Este estudo tem como objetivo, investigar a promoção de vendas e o merchandising como ferramenta estratégica e demonstrar os fatores que levam o consumidor a decidir pela compra. Para KOTLER & ARMASTRONS (1993), os fatores de influência na decisão de compra são: Motivação, personalidade e percepções dos consumidores. Segundo DE SIMONI (2002), a confusão entre promoção de vendas e merchandising é comum e nem poderia deixar de ser, ambas em muitos pontos quase não tem fronteiras. O fato que a promoção de vendas leva o produto ao comprador, atacando-o no ponto de venda, ficando mais perto do varejo e da caixa registradora, faz com que as pessoas confundam ambas as atividades. Conforme BLESSA (2006), para integrar a comunicação, varejo e consumidor, o ambiente deve estar voltado para seus desejos e necessidades, é importante entender a estratégia da promoção de vendas e do merchandising no varejo, bem como, suas semelhanças e diferenças e para obter resultados positivos, precisa haver um planejamento para impulsionar as vendas. Observar o consumidor, seus hábitos, acompanhar suas mudanças de comportamento, bem como as novas tendências do mundo varejista. O consumidor tem necessidade de interagir com o produto e o ponto de venda, conseqüentemente gera-se resultado positivo para o varejo, aumentando seus lucros e alcançando seu objetivo principal, que é o cliente. O merchandising com interesse de induzir a compra precisa acompanhar a realidade do consumidor, para alcançar a exigência e com isso evoluir, para obter maiores e melhores resultados, consolidando marcas e produtos. Ainda em BLESSA (2006), o ponto de venda representa o lugar certo para alcançar o consumidor que procura diversidade. E os fabricantes e varejistas tentam construir a imagem de marca de seus produtos, com objetivo de fidelizar seu consumidor, levando a ele de uma forma atrativa, a ter gastos de bens de consumo com 9 merchandising nos pontos de vendas, daí a relevância do estudo propõe abordar a Atuação da promoção de vendas e merchandising no ponto de venda, gerando compras por impulso. Sabe-se que a mídia tradicional induz à compra, mas a decisão do consumidor acontece mesmo no ponto de venda, com o contato com o produto, este é o momento decisivo da compra. O merchandising e a promoção de vendas são usados como ferramenta estratégica, para provocar a compra por impulso, por isso o varejista tem mostrado cada vez mais receptividade a essa técnica no varejo, que são desenvolvidas e oferecidas pelos fabricantes aos lojistas, a fim de ganhar espaço no ponto de venda. 10 1. O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E SUAS INFLUÊNCIAS Na análise de KARSAKLIAN (2000), o papel do consumidor é apenas uma parte do ser humano, ele tem suas motivações, para ambições, conquistas e realização pessoal. O consumidor tem sua personalidade adquirida, que faz ele se atrair por um determinado produto, consumidor tem preferências, tem uma percepção. Assim o consumidor desenvolve atitudes positivas e negativas com relação não somente a produtos, bem como, a lojas, a pessoas, à propaganda e tudo que diz respeito a sua vida. O consumidor aprende também como usar determinados produtos, como precisar de cada um deles, ele tem grupo de referência, aos quais pertence como indivíduo que, de certa forma influenciam a padronização de seu comportamento com relação aos demais do seu grupo. Conforme PARENTE (2000), o comportamento do consumidor deve ter prioridade para os varejistas, porque conquistar e satisfazer o consumidor são o maior propósito de qualquer empresa. Com o aumento da concorrência as empresas precisam melhorar e se adequar para satisfazer seus clientes, para conseguir sobreviver. E, manter um consumidor satisfeito deve ser a meta de qualquer empresa. Porque quando uma empresa deixa de priorizar seus clientes, estes ficam insatisfeitos e logo começam a procurar a concorrência. Por isso, deve-se atender às suas necessidades e mantê-los satisfeito, porque o sucesso de uma empresa tem na adesão e manutenção de seus clientes, o eixo estrutural. 1.1 - Mudanças no comportamento do consumidor Para COBRA (1997), as influências ambientais, podem mudar o comportamento do consumidor, tais como: meio ambiente, o clima, as coisas o lugar e as pessoas. Há também as influências econômicas, como o consumidor ter a facilidade de usar o crédito, também pode diminuir o consumo com a sua restrição, causando inibição à 11 compra. Influências políticas, que podem causar estímulos a determinados produtos para compras e causando inibição a outros, bem como as influências legais, as quais podem causar estímulos ao consumidor a comprar algum produto proibido. Além das influências culturais, sabendo que o meio de comunicação seja por um rádio, um livro, uma propaganda, um filme, é fator de grande influência na vida das pessoas, representando grande poder na decisão do consumidor. Segundo SCHIFFMAN & KANUK (2000), do mesmo modo que as atitudes são aprendidas, é importante ressaltar que a mudança de atitude do consumidor é influenciada pela experiência de cada um e por fontes de informação. A personalidade afeta a receptividade quanto a velocidade com que uma atitude pode ser alterada. Já em PARENTE (2000), o consumidor adquire um grau de insatisfação quando perde seu tempo em filas, procurando produto dentro de lojas com sinalização e layout errados. Os hábitos de compra e o comportamento vem sendo moldados pela falta de tempo e busca de conveniência dos consumidores. Por isso varejistas estão procurando oferecer aos seus clientes um atendimento mais ágil, um departamento com ótima sinalização, serviços funcionando vinte quatro horas, vendas por telefone, internet, entrega em domicílio. Os maiores centros de compras planejadas são os shoppings centers, pois quando os consumidores vão às compras eles procuram o lazer e se socializar. Com essa nova tendência os varejistas oferecem espaços maiores em suas lojas, café, sala com telefone e os acompanhantes também usufruem dessa comodidade. 1.2 - Estilo de vida e valor Novamente em PARENTE (2000), existem consumidores que apresentam estilos de vida diferentes, uns com comportamentos mais ativos, outros menos. Alguns consumidores são movidos pelos prazeres, outros já com perfis religiosos, comportados. O seu estilo de vida e o comportamento do consumidor estão em fatores demográficos, socioeconômicos e suas estruturas psicológicas. E são manifestados pelos seus interesses, opiniões e atividades de cada consumidor. Existem fatores sociais que exercem fortes influências no comportamento do consumidor, estes fatores precisam de 12 atenção dos varejistas. Eles são importantes para identificação do estilo de vida de cada consumidor, tais como: cultura, classe social e grupos de referência. 1.2.1 – Variáveis socioeconômicas Conforme KOTLER (1996), os fatores econômicos têm grande poder em determinar o mercado, ele não exige apenas pessoas, mas também poder aquisitivo, os quais são funções de quatro importantes fatores: poupança, renda normal, preços e disponibilidade de preços. O autor aborda que um consumidor não gastará toda a sua renda num único produto, em virtude do princípio da utilidade marginal, isto é, não importa quão atraente seja um produto, as unidades adicionais lhe trarão satisfação decrescente. ] Para COBRA (1997), as classes socioeconômicas são constituídas grupos de pessoas com os mesmos, interesses, atitudes, valores, comportamento e posse de bens econômicos. Existem vários tipos de classificação, começa na classe A, a que tem maior poder aquisitivo e termina na classe E, que é a de menor poder aquisitivo. À população brasileira tem sido feita por diversas classificações de associações, como a ABA-Associação Brasileira de Anunciantes, ABIPEME - Associação Brasileira de institutos de Pesquisa de Mercado. Essa classificação tem critérios que são levados em conta os bens de conforto como: televisão, geladeira, batedeira, aspirador, carro, máquina de lavar. Além de outros fatores como; grau de instrução do “chefe de família” se tem empregada doméstica, números de banheiros na residência. A posse desses bens é à base da pontuação para classificações socioeconômicas. São atribuídos pontos para posse de cada um desses bens, bem como para números de bens possuídos, desde nenhum até 6 ou mais, o grau de instrução do chefe de família recebe um números de pontos que vai de zero par a o primário incompleto até 10 pontos para curso superior completo. 13 1.2.2 - Grupo de referência do consumidor COBRA (1997) pontua que o consumidor recebe influência do seu grupo de referência, como a família, classe social de casa um e nível cultural, não somente para o ato de compra, mas para a escolha de seus produtos e marcas. A família exerce um grau de influencia muito alto sobre cada indivíduo. Sendo assim a família recebe influência do grupo de referência da classe social de que faz parte, de seu estilo de vida, da personalidade e de cada membro da família. Os amigos influenciam um indivíduo na sua decisão de compra ou na preferência da marca de um produto. A intensidade da influência é que varia. A classe social e o ambiente cultural, não influenciam somente no comportamento do indivíduo, mas também no seu hábito de compra. Já SCHIFFMAN & KANUK (2000), o significado do grupo de referência vem mudando ao longo dos anos. Originalmente era definido de modo que somente incluía aqueles grupos com os quais uma pessoa interagia diretamente, como família e amigos próximos. Entretanto este conceito se ampliou de modo a incluir influência direta e indireta. Os grupos de influência indireta consistem em indivíduos com os quais a pessoa não tem contato direto, como ídolos dos esportes, astros do cinema, líderes políticos ou personalidades de televisão. As referências de uma pessoa servem para avaliar suas atitudes e seu comportamento, varia de um indivíduo ou diversos membros da família ou de uma ação voluntária a uma classe social, uma profissão, uma comunidade, um grupo étnico, uma faixa etária ou uma cultura. Para KOTLER & ARMSRONG (1995), o comportamento de uma pessoa é influenciado por diversos grupos. Os grupos de referência são os que servem para comparar ou com uma referência direta que quer dizer face a face ou indireta na formação de atitudes ou comportamento de uma pessoa. Geralmente as pessoas são influenciadas por grupos de referência aos quais não pertence, um bom exemplo é o grupo de aspiração, é aquele ao qual a pessoas deseja pertencer, como um jogador de beisebol adolescente que espera jogar um dia no Chicago Bull. O indivíduo se identifica com esse determinado grupo, embora não tenha o menor contato pessoal com o time. 14 Os profissionais de marketing tentam identificar os grupos de referência de seus mercados-alvo, pois estes grupos têm a predisposição a novos comportamentos, influenciam suas atitudes e criam pressões que podem alterar sua escolha de produtos e marcas. 1.2.3 – Variáveis culturais Ainda em PARENTE (2000), apuramos que a soma de valores, comportamentos, costumes, normas, atitudes e conhecimentos, são absorvidos ou construídos pelas participações em grupos sociais, ou resultantes de transferências por meio de gerações. O comportamento e valores do brasileiro são muito diferentes de um consumidor de outro país, exemplos de um japonês, são os aspectos culturais que fixam tais diferenças. Dentro do nosso próprio país existem regiões com suas características culturais, com diferentes “subculturas”. Um exemplo é o nordeste com suas características próprias, com a comemoração da festa no mês de junho, festas estas que tomam proporções maiores do que a de outras regiões. Existem várias empresas que se beneficiam desse sentimento, ou seja, orgulho regional. Exemplo disso é o supermercado Bompreço, com sede em Recife, com seu slogan dizendo: “orgulho de ser nordestino”. Alguns segmentos do varejo no Brasil têm dificuldade de crescimento, devido às características culturais do próprio brasileiro, um bom exemplo é o sistema de auto-serviço para postos de gasolina, existe uma grande resistência por parte dos consumidores. Na visão de COBRA (1997), a cultura consiste em modelos, são eles: explícitos e implícitos, de comportamento adquirido, que são transmitidos por tradições, idéias, valores e símbolos. O comportamento do consumidor brasileiro tem sido muito influenciado pela subcultura. Um grande exemplo disso é a subcultura negra e do indígena, seus costumes, alimentos, suas músicas e vários outros grupos com subculturas diferentes. Existe então um cruzamento cultural que acaba visualizando o impacto do consumo, por existir diferentes subgrupos culturais. 15 Para KOTLER (1993), a cultura é de grande importância no comportamento de uma pessoa, posto que em maior parte, esse comportamento é aprendido como é o caso das crianças, que aprendem seus valores ao crescer dentro de uma sociedade onde são passados comportamentos básicos pela sua família e por instituições, como escolas e igrejas. Desta forma, o meio em que a pessoa vive influi no seu comportamento cultural, o que, por sua vez, influi em seu comportamento enquanto consumidor. 1.2.4 – Classe social Conforme PARENTE (2000), no Brasil existe um sistema informal que classifica as pessoas usando critérios como a renda, ocupação, lugar onde reside e educação. O brasileiro adotou um sistema de pesquisa de mercado conhecido como “Critério Brasil”, a sua utilização é para medir o nível de renda, ocupação, grau de instrução do “chefe de família”, nível de conforto e quais os bens duráveis, para assim classificar as classes sociais das grandes cidades brasileiras. Para KOTLER (1996), as classes sociais são divisões relativamente homogêneas e permanentes na sociedade, ordenadas com respeito a cada um e compostas por membros que partilham os mesmos valores, estilos de vida, interesses e comportamento. Neste sentido pode-se analisar que o fator renda não é o único que determina a classe social, conforme NOBEL apud KOTLER (2000 pg. 107). Na análise de CHURCHILL & PETER (2000), apesar do valor aplicado à igualdade na maioria das culturas os consumidores se encontram em diferentes classes sociais. O termo classe social refere-se a uma hierarquia de status nacional pela qual indivíduo e grupos são classificados em termos de valor e prestígio, com base em sua riqueza, habilidade e poder. Existe uma forma confiável de classificá-la é por ocupação. Sendo assim, um cirurgião, um gerente de vendas e um funcionário de processamento de dados provavelmente são membros de classes diferentes. Já a classe social de um estudante universitário está mais relacionada com a ocupação de seus pais e com seus planos de carreira do que com seu trabalho de meio período. 16 Mesmo não existindo regra rápida para identificar as classes sociais, os analistas de marketing podem dividir o mercado em grupos de classes. As classes sociais demonstram não só as diferenças em renda, mas também diferenças em valores e comportamentos. 1.3 - Percepção do consumidor De acordo com SCHIFFMAN & KANUK (2000), os consumidores agem conforme suas percepções, não com base na realidade objetiva. O conhecimento do consumidor não é tão importante para a empresa e sim suas percepções. Se for pensar sobre isso, o que afeta são suas ações e seus hábitos de compras. A percepção se define como o processo pelo qual o consumidor seleciona, organiza e interpreta estímulos, visando um quadro significativo e coerente do mundo. Exemplos de estímulos incluem produtos, embalagens, marcas, anúncios e comerciais. A percepção pode ser descrita a maneira como vemos o mundo à nossa volta. Para BLESSA (2006), a percepção é um conceito-chave na psicologia e no marketing. É fundamental avaliar como o consumidor discerne produtos e serviços que o encaminham para o varejo. Isso significa entender as características dos estímulos e da situação que levam o consumidor a qualificar o produto. O consumidor tem como sinal de qualidade de um produto a sua marca, o preço, a aparência e a imagem do ponto de venda no qual é oferecido. 1.4 – Motivação Conforme PARENTE (2000), Existe uma motivação por trás de qualquer comportamento Humano. Pode-se dizer que motivação é a força que movimenta as pessoas, existem dois elementos que formam a motivação: 17 • Objeto – algo reconhecido como uma meta para aliviar a tensão, resolver um problema e produzir felicidade; • Força propulsora – um sentimento interno de tensão que impulsiona, ações direcionadas para reduzira tensão; Motivação, portanto é um estado de despertar a força propulsora que impele o comportamento para atingir uma meta ou um objetivo. Para o varejista, o entendimento do processo da motivação é valioso, o cliente ao entrar em uma loja, ele trás uma motivação unindo desafios que garante o sucesso de um varejista é saber identificar e satisfazer as necessidades e os objetivos que motivam os consumidores. As necessidades não geram necessariamente uma ação. Para que um comportamento de compra se manifeste é necessário que essas necessidades sejam estimuladas. O modelo da necessidade de Maslow tornou-se um clássico que ajuda a explicar o processo da motivação humana. Maslow propõe que as motivações humanas obedecem a uma hierarquia, em que algumas necessidades precedem outras. Existem necessidades localizadas nos degraus inferiores da hierarquia que são necessidades de sobrevivência físicas, fisiológicas de proteção e segurança. Quando atendidas essas necessidades de ordem social, psicológica e espiritual são despertadas, como as necessidades de pertencer, de auto-estima, de ser amado e de auto-realização. A teoria de Maslow sugere que ao longo do tempo da escala, as pessoas podem progredir, mas elas também podem regredir, quando as necessidades básicas começam se comprometer, a hierarquia de necessidades de Maslow é composta de 5 níveis de necessidades: autorealização, de estima, sociais, de segurança e fisiológicas. Figura 1 Motivação e hierarquia de Maslow 5 - Necessidade de (auto-realização) (auto desenvolvimento e realização) 4 - Necessidade de Estima (Auto-estima, Reconhecimento, Status) 3 – Necessidades Sociais (Sentimento de pertencer e de ser amado) 2 – Necessidade de Segurança (Segurança, proteção). 1 – Necessidades Fisiológicas (fome, sede). 18 Fonte: Hierarquia de necessidades de Maslow. PARENTE (2000 p. 120). 1 – Necessidades fisiológicas Grande parte de segmentos da população brasileira vive em níveis de pobreza essas necessidades não estão satisfeitas. Comida, bebida, vestuário básico são essenciais para assegurar a sobrevivência e bem estar dos consumidores. 1 – Necessidades de segurança Nesse nível estão englobadas as necessidades de proteção física de residências, protegendo contra as chuvas, contra a violência e crimes, proteção para a saúde com alimentos saudáveis, programas de saúde. A necessidade de proteção e segurança tem uma forte influência nas atividades varejistas. Os consumidores procuram minimizar os riscos em seu comportamento de compras, na busca de proteção. Varejistas que reduzem a sensação de risco de seus consumidores conseguem maior sucesso em manter seus clientes atuais e atrair novos consumidores. 2 – Necessidades sociais Consiste no desejo de sentir integrado às diferentes comunidades a que se pertence, desejo de aflição, de amor e amizade. Muitos varejistas estão desenvolvendo estratégias para se integrarem na vida das comunidades e também para ajudar os consumidores nesse processo de integração com atividades como, cursos de culinária, que são oferecidos pelos supermercados, de manicure, por lojas de produtos de beleza. Um atendimento atencioso serve para cativar o cliente e satisfazer suas necessidades de aflição. 3 – Necessidades de auto-estima Envolvem as necessidades de reconhecimento, auto-respeito, orgulho, status e sentimento sucesso. Nesse nível de necessidade, os consumidores gostam de se sentir importantes. Um programa de marketing de relacionamento pode valorizar o sentimento de auto-respeito dos clientes e fazê-los sentirem-se especiais. 4 – Necessidades de auto-realização Nesse nível estão incluídas as aspirações mais profundas de realização dos indivíduos, a paz, a felicidade, o equilíbrio, os sentimentos de missão cumprida, de integração interior e de integração universal. Muitos varejistas têm reavaliado seus objetivos empresariais, motivados pela busca do sentido da vida, assim procuram desenvolver missões 19 corporativas que traduzam as necessidades de auto-realização de seus dirigentes, demonstrando responsabilidade social, busca de excelência e um interesse que seus funcionários e clientes atinjam também um nível de auto-realização. Na análise de KOTLER & ARMSTRONG (1995), pessoa tem muitas necessidades em qualquer momento, algumas dessas são biológicas, sua origem vem do estado de tensão como a fome, sede ou desconforto, outras já são psicológicas, com necessidade de reconhecimento. A maior parte dessas necessidades não é tão forte a ponto de motivar a pessoas a agir em um dado momento. Só se torna um motivo quando crescem na intensidade. O motivo ou impulso é uma necessidade com tal grau de intensidade que leva a pessoa a tentar satisfazer-se. Dentre as teorias desenvolvidas pelos psicólogos sobre motivação, tem duas que são mais importantes, a de Sigmund Freud e Abraham Maslow, têm significados muito distintos para a análise do consumidor e do marketing. 1.5 – Consumidor vigilante De acordo com PARENTE (2000), os consumidores tendem a não aceitar mais produtos de má qualidade e serviços inadequados. Muitos consumidores desejam que as empresas apresentem padrões mais humanos nos seus bens e serviços que oferecem. No relatório Popcorn, são citados como exemplos movimentos contra alimentos tratados com agrotóxicos, a pressão por melhorias nos produtos e substituição por componentes mais saudáveis e a boicotes a empresas de atuação pouco ética. Órgãos como PROCON, IDEC e o código de defesa do consumidor, estimulam os consumidores a exigirem seus direitos, cobrando dos varejistas que cumpram com suas obrigações e que sejam éticos. Hoje ainda persistem algumas reclamações, relativas a produtos com defeito e propaganda enganosa, também existe a dificuldade na troca de produtos, entre outros problemas. O consumidor está mais exigente e menos tolerante a estes erros que alguns varejistas cometem. 20 2. APLICAÇÃO DA PROMOÇÃO DE VENDAS E DO MERCHANDISING NO VAREJO De acordo com BLESSA (2006), merchandising é qualquer técnica, ação ou material promocional usado no ponto de venda que proporcione melhor visibilidade a produtos, marcas ou serviços e informação, com propósito de motivar e influenciar as decisões de compra dos consumidores. São atividades de marketing e comunicação destinadas a promover, controlar, identificar e ambientar, produtos e serviços nos pontos de venda. É responsável pela apresentação destacada de produtos na loja, criando espaço e visibilidade, de maneira que acelere sua rotatividade. O merchandising nos Estados Unidos tem mais atributos, acompanha o produto desde o seu lançamento, sua adequação nos pontos de venda, imagem, embalagem, compra, preço, volume, matérias promocionais, até o controle de sua performance mercadológica diante dos consumidores. O merchandising é uma área muito dinâmica que está sempre em transformação. Já DE SIMONI (2002, pg. 49), a promoção de vendas e o merchandinsing estão tão ligados sendo difícil dissociá-los. Cada um cumpre seu papel específico no contexto mercadológico e, no entanto existem grandes confusões entre eles. DE SIMONI (2002, pg. 50) propõe que o merchandising tem muitas definições, algumas ampliando seu entendimento, outras limitando: • É a operação de planejamento necessária para se colocar no mercado produto ou serviço certo, no lugar certo, no tempo certo, em quantidades certas e a preço certo (AMA); • É toda a forma de atividade e prestação de serviços, planejada ou improvisada, para ser executada em nível de loja e com a cooperação do lojista, de forma a aumentar, com rentabilidade mútua, a rotação de produtos; • É a técnica de ajustamento e adequação do produto ao mercado consumidor; • É a estratégia de marketing; • É Toda forma de atividade e prestação de serviços, planejada ou improvisada, aproveitando áreas de oportunidade, executada nas lojas, que tem por objetivo acelerar a rotação do produto; 21 • É o conjunto de atividades desenvolvidos no ponto de venda e prestações de serviços, feitos pelo varejo e pela indústria, direcionados para o consumidor, explorando sua presença no ponto de venda e acelerando a comercialização do bem, idéia ou serviço. Compreende o conjunto de operações táticas efetuadas no ponto de venda para colocar no mercado o produto ou serviço certo, no lugar certo, na quantidade certa, no preço certo, com exposição correta e com impacto visual. Para PANCRÁZIO (2000, pg. 28), no Brasil, diversas interpretações do termo merchandising são aceitas e utilizadas pelos profissionais, mas apenas duas delas, completamente diferentes, referem-se a instrumentos de comunicação. - Conjunto de operações de planejamento e de supervisão da comercialização de produtos e serviços nos locais, períodos, preços e quantidades que melhor possibilitarão a consecução dos objetivos de marketing. - Termo que designa, em mídia, a veiculação de menções ou aparições de um produto, serviço ou marca, de forma não ostensiva e aparentemente casual, em programa de televisão ou de rádio, filme cinematográfico, espetáculo teatral, etc. O merchandising apresenta dois pontos em comum: O palco do merchandising é o ponto de venda. E o merchandising é atividade de marketing mais próxima à decisão de compra, já que atua no momento mais importante do marketing, por ser realizado no ponto de venda, onde o consumidor decide pela marca. Os profissionais de promoção de vendas asseguram que o merchandising é o vendedor silencioso. O merchandising é classificado como uma estratégia de comunicação realizada no ponto de venda, dirigida ao consumidor final, utilizando técnicas que destacam o produto ou serviço junto ao público, é uma atividade de comunicação muito próxima a venda e busca motivar a compra por impulso. Continuando em PANCRÁZIO, (2000, pg. 33) a promoção de vendas e propaganda são favorecidas com maior parte das verbas de comunicação das empresas, não é por isso que não possam atuar separadamente na solução de problemas de comunicação. Quando um produto vai sair de linha pode ser objeto de uma ação promocional do tipo ‘leve 3 e pague 2’, para acelerar a venda. Seria difícil o fabricante investir dinheiro na propaganda de um produto que vai sair do mercado. 22 Não há dúvida que a promoção de vendas aliada a outros instrumentos de comunicação, propaganda, relações públicas, marketing de relacionamento e outros oferece resultados consistente. 2.1 – Objetivos comuns de merchandising e promoção de vendas De acordo com BLESSA (2006, pg. 04), os objetivos comuns entre merchandising e promoção de vendas, são as seguintes: • Induzir novos consumidores à experimentação e à compra; • Influenciar consumidores atuais, estimulando fidelidade à marca; • Aumentar participação no mercado; • Apresentar inovações; • Diferenciar uma marca de seus concorrentes; • Eliminar estoques nos pontos de venda; • Provocar estoque do produto no lar; • Gerar tráfego nas lojas; • Dar incentivo aos canais de distribuição (PDV). Para PANCRÁZIO (2000), existe a dificuldade de estabelecer limites entre promoção de vendas e merchandising, que não há consenso sobre o que é merchandising e em muitos aspectos são exatamente iguais. Ambos são instrumentos de comunicação, para acelerar e desenvolver a transferência de produtos ou serviços desde o produtor até o consumidor final. 23 2.2 – Diferenças entre merchandising e promoções de vendas De acordo com SIMONI (2002), o merchandising e a promoção de vendas têm as mais comuns confusões, porque ambas as áreas em muitos pontos quase não têm fronteiras. A promoção de vendas constitui no esforço de levar o produto ao comprador, usando o ponto de venda, isso faz com que as pessoas misturem e confundam ambas as atividades. O merchandising está acima da promoção de vendas e usa como meio para efetivar sua estratégia, da mesma maneira que pode usar a propaganda. Quando se cria uma campanha de propaganda e se desenvolvem peças e materiais de ponto de venda com o mesmo tema da campanha, essas peças de propaganda são colocadas no ponto de venda, o merchandising está usando a propaganda como estratégia para impulsionar as vendas da loja. Não são peças de merchandising, como são denominadas de forma errada dentro das agências de propaganda e sim, peças colaterais que complementam as campanhas publicitárias que o merchandising está usando. PANCRÁZIO (2000), nos mostra que existem três pontos de diferenças entre merchandising e promoção de vendas. O primeiro é que a promoção de vendas é dirigida para diversos segmentos de público, que vão desde o vendedor de uma empresa até o consumidor final, enquanto que o merchandising é dirigido apenas para o consumidor final, o segundo ponto é que algumas promoções criam condições para uma venda imediata, embora não visem o retorno imediato dessas ações. O exemplo é um concurso, mala direta, etc. Já o merchandising tem por objetivo a venda imediata, estimulando as pessoas a comprar por impulso, como, por exemplo, é o caso de uma degustação. Portanto, a promoção visa desenvolver e acelerar a venda e o merchandising visa propiciá-la. Para resumir, promoção de vendas é dirigida a vários segmentos de público, desde o interno até o final, têm por objetivo acelerar a decisão de compra dos diversos públicos. E o merchandising é dirigido apenas para o consumidor, são atividades realizadas apenas no ponto de venda. Segundo BLESSA (2006), a promoção de vendas acrescenta algum benefício ao produto por um tempo limitado, ao passo que o material do ponto de venda pode ser um display dure anos, pode ser um cartaz ou uma embalagem promocional. Uma promoção de vendas ter obrigatoriamente algo a ver com a filosofia da empresa tem que vender o produto no tempo estipulado, ou seja, naquele momento. O merchandising é a 24 soma de ações promocionais, materiais no ponto de venda, é o último estágio da comunicação, a hora da compra. Um material de merchandising tem que estar de acordo com a filosofia de comunicação do produto ou empresa, isso ocorre para que não se quebre a unidade de comunicação. 2.3 - Técnicas de merchandising Para BLESSA (2006), as principais técnicas de merchandising, são aplicadas na comunicação direta no layout de loja, na exibitécnica, na exposição bem feita, na exposição e ambientação de linhas, na disposição de produtos, nos pontos principais a serem observados em uma exposição, nas áreas negativas e positivas, nas técnicas para exposição de produtos, dicas para exposição e vitrinismo. 2.3.1 - Na comunicação São abordados os tópicos: indicações, preço, vantagens a informar, tablóides e mala direta, material promocional. As indicações e identificações são para a satisfação do consumidor. As identificações não são apenas as placas suspensas que decidem os grupos de produtos, como as informativas, as propagandas, as de vantagens e as de ofertas. Elas devem ficar em locais legíveis e visíveis. A falta de indicações deixa o consumidor aborrecido e pode afastá-lo definitivamente. Quando este se perde e funcionários não são identificados pelos seus uniformes e não são solícitos, um crachá não basta. Já o preço é de suma importância que seja informado corretamente ao consumidor, pois vai ser fator de decisão da compra. Baseado em pesquisas, a oferta de preço é um fator que estimula a compra por impulso. Importante não esquecer de que há uma lei que manda as lojas exporem os preços aos consumidores, porque podem desistir de uma compra ao pegar no produto sem a etiqueta de preço, durante esses segundos de dúvida, o consumidor pode perder o impulso e achar que o produto está muito caro. Quanto às vantagens a informar, colhemos junto a autora (ibid) que, quando um produto oferece vantagens, bem como, descontos, prêmios, brindes, etc. É a técnica de 25 ajustamento e adequação do produto ao mercado consumidor; o anuncio dever ser de forma esclarecedora e simples. A mercadoria anunciada seja em tablóides, rádio ou TV deve estar exposta nos locais de fácil acesso da loja, para que seja encontrada rapidamente pelo consumidor. Já os tablóides e malas diretas são considerados maior mídia do ponto de venda. Existem redes que separam seus tablóides em tops e pops, para diferenciar as classes de consumo por seu tipo. Existem bairros que se interessam mais por produtos alimentícios por serem populares, os tablóides são pops, se for tratar de bairros classe A, que a maioria das vezes não se preocupa com alimentação trivial, as ofertas dos tablóides são direcionadas para produtos importados, eletrônicos e outros artigos tops, que apresentam maior valor agregado. Porém o que mude é o enfoque, o destaque promocional, mas os preços devem ser os mesmos em ambos os bairros. Acrescente-se que qualquer material promocional ou informativo deve ter a comunicação objetiva e simples, seu texto deve ser curto, com letras grandes e fáceis, para que o consumidor possa notar e memorizá-lo. A cada dia aparecem materiais diferentes tipos, os mais comuns são os displays, bandeirolas, cartazes, indicadores, placas, manequins, stands, letreiros, faixas de gôndola, móbiles, etc. O produto deve estar exposto de forma acessível, o material deve estar ao alcance do olhar, deve ser exposto na área de maior tráfego do consumidor. No layout de loja usa-se para projetar um layout eficiente, é preciso equilibrar dois objetivos tais como: Incentivar os consumidores a moverem-se por ele para que comprem mais do que haviam planejado, num fluxo estimulante entre corredores e espaços; Criar esses espaços valorizando os outros mais preciosos onde ficam as mercadorias expostas, criando um clima agradável às compras. Deve-se montar um layout levando em conta o tipo e a classe de consumidor que se quer atingir, bem como, os produtos que se quer comercializar. Na exibitécnica, começou a ser usado a muitos anos por mercadores antigos, é a principal ferramenta do merchandising. Naquele tempo, eles já sabiam que uma mercadoria bem exposta sempre vendia rápido. Existe um conceito de marketing que diz, visibilidade cria vendas. O consumidor não costuma perguntar por algum item que não encontrou, vai acabar deixando para depois, por isso a mercadoria não é exposta não vende. Complementando, BLESSA (2006, pág.43), as vantagens para uma boa exposição, são as seguintes: Facilita as compras; Economiza tempo; Lembra necessidades, estas para o consumidor. Já para o varejista: Cria fidelidade à loja; Atrai novos consumidores; Valoriza o espaço de sua loja. 26 Para o fornecedor: Aumenta a rotatividade dos produtos; Cria fidelidade ao produto e à marca; Bloqueia as atividades de concorrência. Continuando em BLESSA (2006), ambientes externos decorativos e as vitrines têm finalidade de atrair os consumidores para o interior da loja. Já os ambientes internos têm o objetivo de informar, aclimatar e seduzir o consumidor que está com motivação para comprar dentro da loja. Encontra-se dois tipos de exposição e ambientação: a institucional e a promocional. As ambientações promocionais e cenográficas direcionam-se apenas aumentar o giro de produtos ou de categorias inteiras. Decoração de verão tem como exemplo, linha de bronzeadores, guarda-sóis, biquínis, etc. As ambientações institucionais são feitas para criar clima e cativar a simpatia dos clientes, temos como exemplo, papai Noel, carnaval, hortas, copa do mundo, históricas, etc. Estes exemplos, só trazem benefícios para a loja e não para o produto diretamente. Essas decorações de época são altamente positivas, pois cativam seus clientes, que percebem o local mais bonito, agradável e desinteressado. Ainda em BLESSA (2006, pág. 45), todo planograma de colocação de mercadorias pela loja e pelas prateleiras precisa se fixar em quatro objetivos: separação, visibilidade, acessibilidade, disponibilidade. De acordo com a arrumação ou conforme o consumidor que os procura, todos os itens devem ser separados por categorias. As mercadorias podem ser separadas por sexo, tamanho, cor, preço ou estilo. Produtos mal expostos ou com visibilidade prejudicada não vendem, a mercadoria precisa estar bem visível ou a três metros de distância pelo menos, quando o produto for pequeno, agrupe mais frentes para que possa ser visto pelo consumidor. Quando o acesso é difícil, isso é sinônimo de pouca visibilidade, principalmente em loja de auto-serviço, o acesso aos produtos é importante. O que facilita uma compra é uma boa exposição, economiza tempo, lembra necessidades e quebra a monotonia. Os pontos principais a serem observados em uma exposição são estes: • Localização – escolha dos melhores locais de tráfego; • Agrupamento – separação por categoria de produto; • Posicionamento – altura para olhar, alcance para pegar; • Comunicação – sinalização com preço, oferta, etc.; • Volume – quantidade suficiente de mercadoria. 27 2.3.2 – Locais para exposição Para BLESSA (2006, pg. 53), podem ser utilizados diversos locais dentro de uma loja para expor mercadorias, tais como: Gôndola ou prateleira; Vascas, cestões; Pilha simples, pilha de um só produto; Pilha múltipla, pilha com dois ou mais produtos; Ilha, grande pilha isolada no meio de um corredor largo; Terminal de gôndola, sempre com cartaz e papel-forração; Pilhas encostadas em parede; Display, que comportem produtos ou que apenas os divulguem; Stands, montagem de espaço especial ou córner; Balcões, mesinhas com rodas e testeira, onde uma promotora pode demonstrar; Vitrines, externas ou internas. 2.3.3 – Vitrinismo De acordo com BLESSA (2006), o trabalho de vitrine é muito importante para complementar à identificação com o consumidor. Com a exposição, a loja de público declara o tipo de segmento que ela pretende atingir, querer identificar com vários grupos pode significar, no entanto, não agradar a nenhum. A vitrine ou seus produtos deve ser trocados a cada 15 dias, isso no mínimo, mais do que qualquer área da loja, as vitrines reflete a imagem e o estilo de comercializar de cada loja. Os lojistas modernos sabem que a mercadoria bem exposta é mais pedida pelo consumidor, por isso não deve descuidar da exposição. A vitrine precisa de materiais inovadores, fundos e texturas que não apareçam mais que as mercadorias e produtos separados se dos consumidores. Não se devem expor produtos que não tem no estoque e a quantidade excessiva de um produto dificulta a escolha e cria certo desconforto visual aos consumidores, que desiste de escolher. Conforme DE SIMONI (2002), a vitrine seja somente vista pelos consumidores que passam à sua frente, a vitrine é um dos fatores mais importantes de venda de uma loja, por expor ao vivo, os produtos acompanhados ou não de mensagens e ações promocionais. Pela vitrine o consumidor sente como é a loja, ela funciona como iniciação do ato de compra, estimulando ou não o consumidor, daí a importância do vitrinismo elemento de atração de clientes. 28 2.4 – Material no ponto de venda Para BLESSA (2006), todos os tipos de sinalização displays ou matérias impressos têm como finalidade, persuadir, relembrar, informar, expor, indicar posição, vender. O que não é bem exposto Não é visto, com isso não se compra. O material no ponto de venda, da voz à marca, no estudo feito pelo Popai nos EUA em supermercados norte-americanos Measured Médium Study, foi comprovado a influência dos materiais de ponto de venda sobre decisão de compra. Este estudo mostra que os consumidores prestam atenção nos displays, na sinalização, nas ações dentro da loja e mensurou os níveis de influência na escolha dos produtos. Este estudo comprovou que o ponto de venda é uma mídia mensurável, tão importante quanto qualquer outro veículo de comunicação e com função prioritária, pois toda concentração é para a hora da compra, é no local que decide e escolhe o produto. Costuma-se dizer que a propaganda promete e o ponto de venda entrega, se a entrega decepcionar, toda a promessa será refutada. 2.5 – Compra por impulso Conforme PARENTE (2000), compra por impulso, é um caso extremo de compra não planejada, itens comprados de forma espontânea e não premeditada isso é uma resposta de um sentimento de urgência, são compras sem avaliação, não são racionais, elas são efetuadas rapidamente. Existem situações que o comportamento de compra está na fronteira entre a compra à não planejada, temos exemplos, o consumidor pretende levar um vidro de café instantâneo, mas resolveu levar três unidades para aproveitar o preço que se encontra na promoção ou o consumidor por não encontrar a marca de sua preferência decide levar um substituto. BLESSA (2006) enfatiza que a compra por impulso é um processo decisório rápido e não planejado. Isso pode ocorrer quando o consumidor lembrar uma necessidade, pode ser a quebra de um padrão de hábitos, de ter-se admirado com alguma oferta ou até por um comercial e se lembrar de algum produto que ache interessante. Pode ser levado ao impulso por um produto que ainda não conhece e percebido como necessário e útil. Pode também ser um padrão de compra, que deixa a decisão 29 final quando estiver dentro da loja, quando ocorre com a dona de casa que organiza o cardápio enquanto escolhe os itens no supermercado. Haveria neste caso intenção, um planejamento no, inconsciente, que, por vários estímulos da loja, seria levada pelo impulso. Pesquisas mostram que 85% das compras em lojas de auto-serviço são realizadas por impulso, são feitas pelo desejo, sem planejamento. O consumidor ao ver a mercadoria exposta, resolve então comprar. A propaganda é feita para prepararem a cabeça dos consumidores para desejarem os produtos anunciados, mas só serão vendidos aqueles produtos que forem encontrados na loja. A visão do merchandising é, a preparação dessa exibição de produtos nas gôndolas, vitrines e materiais de divulgação. Para planejar o merchandising dentro da loja, comece pela decoração do ambiente que vai envolver cada produto. Tente atrair os consumidores com novidades e promoções que não tenham custo alto, aprenda a criar impulso. 2.5.1 - A tentação da gôndola Conforme BLESSA (2006) o supermercado pode ser uma tentação para quem faz compras do mês. Para incentivar o consumo, os executivos de marketing usam várias técnicas, bem como, embalagens atrativas, aromas artificiais para despertar o desejo e promoções do tipo pague dois e leve três. O consumidor sem pensar pega um produto aqui, outro ali e quando não espera, seu carrinho está cheio, só vai se dar conta na hora de pagar a conta. Uma pesquisa feita pelo programa de administração de varejo Provar, da Fundação Instituto de Administração FIA/USP, mostra que 37% das pessoas que entram nos supermercados compram mais itens do que haviam planejado e gastam em média 18,7% a mais do que o previsto. Tudo isso tem um nome nos dicionários dos profissionais de marketing, é a compra por impulso. 30 2.6 – Ações Promocionais Ainda em BLESSA (2006) as empresas tem sido cada mais atraídas para o PDV, por causa do desejo de estar mais perto do consumidor na hora crucial da compra. Antes de elaborar uma ação, os responsáveis devem ter uma compreensão clara de sua estratégia de marketing: Quais os canais de distribuição, quais os públicos que devem receber e quais os produtos empregados. Os executivos da área têm que responder às perguntas, dependendo da estratégia de marketing. • O que deve acontecer no PDV para atender as necessidades do consumidor? • Quem – fabricantes, varejistas, agências – desempenhará que funções? • Quem poderá desempenhá-las da forma mais eficiente do ponto de vista dos cursos e dos resultados? • De que forma a estrutura de preços do produto (e do programa do PDV) deveria refletir esta alocação de funções? Quando essas perguntas forem respondidas os profissionais de marketing podem elabora o planejamento, objetivos, veículos, agência e orçamento do programa. O que leva a indústria e as lojas a fazerem ações agressivas no PDV são as já conhecidas vantagens do merchandising: 31 Figura: 2 Displays de chão Fonte: Blessa (2006 p. 119). 32 3 – CASE – CASA & VIDEO E SUA ESTRATÉGIAS É uma empresa que nasceu no Rio de Janeiro em 1988, completou vinte e três anos em agosto de 2010. Mesmo depois da crise que ela enfrentou, continua sendo uma das maiores redes de varejo do Rio de Janeiro. Desde o início a Casa & Vídeo anunciava todos os seus produtos em todos os jornais do Rio fazendo-se sempre presente para o consumidor. 3.1 – Destaque e Comunicação A Casa &Vídeo se tornou o maior anunciante mundial, foi até para o Guiness Book de 2007. Até nossos dias seus anúncios funcionam como catálogos, o cliente escolhe dirigindo-se para concretizar o pagamento. A Casa & Vídeo trabalha seu market- share através de sua comunicação massificada, o público alvo da empresa são as classes C, D e E. A Casa & Vídeo ganhava em umas estratégias, mas perdia em outros aspectos, por suas mercadorias serem da China, nota-se que a preocupação não era com a qualidade, sim com os resultados imediatos. Em 1995 foram inauguradas 03 lojas de auto-serviço, facilitando o consumidor a fazer suas compras mais rápido. Em 1996 o serviço de entrega foi ampliado para alguns bairros. E 1998 foi criada uma equipe de merchandising. Em 2001, a Casa & Vídeo deslancha com sua loja virtual Com o compromisso de oferecer soluções aos consumidores, com excelentes produtos de grandes marcas, a preços muito competitivos. Com amplo sortimento, muitas promoções e novidades tornaram-se um grande sucesso entre os clientes e conta com mais de 70 lojas, situadas nos principais Shoppings Centers e pontos comerciais nas cidades em que atua. Atualmente opera em todo o país, atendendo clientes através da Internet ou por Televendas. Além das promoções e novidades diárias, a cada semana novos eventos 33 temáticos são apresentados na Internet, encartes e anúncios na TV e nos Jornais trazendo oportunidades muito apreciadas e produtos para tornar o dia a dia mais prático e agradável. "Próxima, Rápida e Sempre com Você", esse é o lema da empresa que tem como valores o profundo respeito ao ser humano, a melhoria contínua e a paixão pelos produtos que oferece. O compromisso com a qualidade dos produtos que vende, a assertividade e imparcialidade das informações sobre as soluções que oferece, a segurança da compra, a agilidade da entrega e os excelentes preços, tornam a compra através do site, do Televendas ou das lojas uma ótima opção para os consumidores de todo o Brasil." 3.2 – Prazo de entrega A Casa & Vídeo faz entrega em todo Brasil, o prazo a ser informado é uma estimativa e varia de acordo com o local de entrega e com o tipo de produto comprado. Ele começa a contar após a aprovação do pedido. Há duas maneiras para saber o prazo de entrega: • Após escolher o produto no carrinho de compra, você informa o CEP do endereço de correspondência e clica no botão “OK”. Será mencionada a data prevista de entrega. • Após ter incluído sua compra, pode-se consultar o andamento do pedido e a data de entrega prevista através da opção “minhas compras”. Lembre-se que esta previsão começa após a aprovação do pedido 3.3 – Estratégias Como comprar Respeito, qualidade, compromisso e comodidade! É por essas e outras questões que a Casa & Vídeo esclarece todo o mecanismo do processo de segurança e privacidade que você encontra ao comprar conosco. 34 Independentemente da forma de pagamento escolhida, nós utilizamos as melhores ferramentas e soluções para proteger seus dados e, assim, tranqüilizá-lo durante todo o processo de navegação em nosso site. Certificação Cômodo Temos certificado SSL da Cômodo, autoridade mundial em segurança na Internet. O padrão SSL permite que todas as informações trocadas com endereços de site que comecem por https sejam criptografadas antes da transmissão. Isto significa compras online com absoluta segurança no site da Casa & Vídeo. Procure o cadeado Outro fator que identifica a segurança do site é a imagem do desenho de um cadeado fechado sempre que você estiver navegando numa página segura. Cookies A Casa & Vídeo instala “cookies (*)” no seu computador para possibilitar a identificação do seu browser após a primeira visita. Com isso, o atendimento virtual fica mais personalizado e sem perder a privacidade, uma vez que nesses cookies não existem informações pessoais de segurança. Isto significa que, quando você acessa o site da Casa & Vídeo mais de uma vez e pelo mesmo computador, uma vez cadastrados os seus dados pessoais, identificamos seu browser e automaticamente buscamos o nome informado no cadastro para personalizar o atendimento. Porém, na hora da compra você sempre terá que informar sua identificação e senha! (*) Cookie é um arquivo criado pelos sites para armazenar informações em seu computador e deixar o serviço mais personalizado. Os cookies podem armazenar informações de identificação pessoal para identificá-lo. Após um cookie ser salvo em seu computador, somente o site que o criou poderá lê-lo. Computador compartilhado para mais de 01 usuário: Se você utiliza um computador com outras pessoas, e ao acessar um site que trabalhe com o cookie, se o usuário anterior a você for cadastrado naquele site, é natural que ao 35 acessar o site ele o identifique com o nome daquela pessoa. Neste caso faça o logout e informe seu login e senha para ter a verdadeira identificação. Caso tente navegar no site sem efetuar o logout, quando for entrar em páginas seguras será solicitado o login e senha para confirmação de identidade. E - mails exclusivos Utilizamos o e-mail [email protected] para enviar aos nossos clientes ofertas exclusivas. Portanto, ao receber algum e-mail em nome da Casa & Vídeo, fique atento ao endereço do remetente. Nunca solicitamos nenhum tipo de confirmação de dados ou informação no corpo do email, tampouco nenhum cadastro também é realizado através de e-mails. Principalmente alteração/confirmação de senha. Dicas Casa & Vídeo: Para ter sempre uma compra segura na Internet, verifique se a página visitada corresponde ao endereço desejado. Certifique-se de que a URL comece com http. Mantenha seu antivírus, firewall pessoal e outros softwares de segurança sempre atualizados. Ao receber e-mails duvidosos com links, verifique se não se trata de spam com vírus antes de clicar. Não forneça sua senha e dados pessoais a terceiros. Nunca efetue pagamento em sites não confiáveis e de procedência desconhecida. Lembre-se do http e do selo da Internet segura. Nunca acesse a bancos ou sites de compras em computadores, não protegidos por senha, a que outras pessoas possam ter acesso. Seja no trabalho, lan house e até mesmo em casa. Todo cuidado é pouco. Cuidado com o spyware! Por definição, Spyware é todo o programa que captura informações do usuário sem seu conhecimento. Eles chegam escondidos em alguns programas gratuitos (freeware) e com período de uso determinado (shareware) e, depois de instalados monitoram as atividades do usuário na Internet. 36 CONCLUSÃO O merchandising e a Promoção de vendas é uma estratégia de marketing que realiza suas atividades no ponto de venda, possibilitando através de suas técnicas melhor aparência, exibição localização de produtos, marcas e serviços, assim diferenciando da concorrência. O trabalho de uma equipe de promoção de vendas e merchandising é indispensável para uma empresa que deseja obter vantagens competitivas. Esse bem elaborado atrai o consumidor causando-lhe impacto, assim induz a comprar o que não planejou. É importante saber que o merchandising está acima da promoção de vendas, enquanto o primeiro utiliza o meio para efetivar sua estratégia proporcionando informações, o segundo tem período para seu término, sempre oferece valor ao produto e causa aumento rápido das vendas naquele momento. O merchandising aliado a uma promoção de vendas bem elaborada contribui para uma imagem positiva da empresa, essa união gera maior rotatividade nas vendas, posicionando o produto no mercado e ajuda a fidelizar a marca na mente do consumidor. Finalizando com a apresentação do case da Casa & Vídeo, observamos sua estratégia no mercado, destacando os resultados obtidos, não só através do varejo físico, mas também com seu comércio eletrônico. Através da sua estratégia, a Casa & Vídeo pode entender que a atuação da promoção de vendas e merchandising é fundamental para a empresa que pretende permanecer no mercado. 37 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BLESSA, Regina Merchandising no ponto de venda. São Paulo: Atlas, 2006. COBRA, Marcos, Marketing básico. São Paulo: Atlas, [s.d.]. 1997. LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de varejo. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil. São Paulo: Atlas, 2000. PANCRÀZIO, Paulino Da San, Promoções de vendas, o gatilho do marketing. São Paulo: Editora Futura, 2000. SCHIFFMAN, Leon G.; KANUK, Leslie Lazar. Comportamento do consumidor. 6 ed. Rio de Janeiro. LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. 2000. KARSAKLIAN, Eliane. Comportamento do consumidor. São Paulo: Atlas, 2000. FERRACCIÙ, João de Simoni Soderini. Promoções de vendas. São Paulo: Pearson Education do Brasil KOTLER, Phillip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de Marketing 7ª ed. Rio de Janeiro: LTC – Livros técnicos e científicos editora S. A,1995, 1993. JR, Gilbert ª Churchill; PETER, J. Paul, Marketing Criando Valor para os clientes. Trad. 2ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2000. 38 BIBLIOGRAFIA CITADA RODRIGUES, Márcia Aparecida & JUPI, Viviane da Silva O Comportamento do Consumidor – Fatores que influenciam em sua decisão de compra. Site: www.nobel.br/templates/administracao/revista/2005-03-03/07. Site: www.terra.com.br/istoedinheiro/consumo/impulso/index.htm/09/11/07 Site: www.casaevideo.com.br 39 INDICE FOLHA DE ROSTO___________________________________________02 AGRADECIMENTO__________________________________________03 DEDICATÓRIA______________________________________________04 RESUMO___________________________________________________05 METODOLOGIA_____________________________________________06 SUMÁRIO___________________________________________________07 INTRODUÇÃO_______________________________________________09 CAPÍTULO 1_________________________________________________10 CAPÍTULO 2_________________________________________________20 CAPÍTULO 3_________________________________________________32 CONCLUSÃO________________________________________________36 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA_________________________________ 37 BIBLIOGRAFIA CITADA_______________________________________38 INDICE______________________________________________________39