905 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA DETECÇÃO DA DEPRESSÃO PÓSPARTO NURSING CARE IN THE DETECTION OF POSTPARTUM DEPRESSION Nádya Aparecida Soares Sobreira Enfermeira. Graduada pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais- Unileste. [email protected] Célia Geralda de Oliveira Pessôa Docente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais. Especialista em Docência no Ensino Superior. Mestre em Meio Ambiente e Sustentabilidade. [email protected] RESUMO A depressão pós-parto é uma patologia que ocorre nas primeiras semanas após o parto, com consequências negativas não só para a mãe, mas também para o bebê e a família. Os profissionais de saúde devem estar aptos para identificar e tratar uma gestante com predisposição a desenvolver a depressão pós-parto e prevenir possíveis traumas. Os objetivos da pesquisa foram verificar as ações de enfermagem desenvolvidas para prevenção da depressão pós-parto nas Unidades de Atenção Primária à Saúde de um município do Vale do Aço, Minas Gerais, identificar o conhecimento dos possíveis fatores desencadeantes da depressão pós-parto, bem como verificar qual é a atuação dos enfermeiros para prevenção desta patologia. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, cuja amostra constituiu-se por 15 enfermeiros. Constatou-se que os enfermeiros tinham conhecimento sobre os fatores desencadeantes da depressão pós-parto, bem como desenvolviam ações de prevenção e detecção precoce da patologia, porém de forma pouco sistematizada. Foi observado a necessidade de um trabalho multidisciplinar para a assistência qualificada desse público. PALAVRAS-CHAVE: Cuidados de Enfermagem. Prevenção Primária. Depressão Pós-Parto. ABSTRACT The postpartum depression is a pathology that occurs in the first weeks after birth, with negative consequences not only for the mother but also for the baby and family. Health professionals should be able to identify and treat pregnant women with a predisposition to develop postpartum depression in order to prevent possible injuries. This research objectives were to verify the nursing actions designed to prevent postpartum depression in the Units of Primary Health Care in a city from Vale do Aço, Minas Gerais, at the same time, it is also to identify the knowledge of possible triggering factors of postpartum depression as well as how to check what is the role of nurses in the prevention of this pathology. This is a qualitative survey whose sample consisted of 15 nurses. It has been found that the nurses had knowledge of the triggering factors of postpartum depression as well as how to develop prevention and early detection of this pathology, however not very systematic. It has been observed the need for a multidisciplinary approach to this people quality care. KEY WORDS: Nursing Care. Primary Prevention. After-Birth Depression. Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.5 - N.1 - Jul./Ago. 2012. 906 INTRODUÇÃO Para Gonçales e Machado (2008), desde a antiguidade encontra-se casos de depressão. Cerca de 400 a.C. Hipócrates usava o termo melancolia para esse distúrbio. A palavra depressão começou a ser usada em inglês para identificar o desânimo, mas entrou em uso em meados do século XIX. A depressão é um transtorno recorrente de episódios que tem duração de meses ou anos, podendo vir a atingir pessoas de ambos os sexos em todas as faixas etárias, sendo que o risco do homem sofrer da doença é de 11% e da mulher pode chegar a 18% (GONÇALES; MACHADO, 2008; FALCONE et al., 2005). Segundo Lara et al. (2004), as mulheres têm uma predisposição para desenvolver a depressão, inclusive no período pós-parto devido ao nascimento de um bebê, evidenciando perturbações emocionais ou disfunção cognitiva, sendo necessário estudos sobre o assunto, dando ênfase na experiência materna para conhecer o senso comum da vivência da mãe mediada pelo adoecimento psíquico. Conforme Silva e Botti (2005), a depressão pós-parto é uma patologia derivada de fatores relacionados ao sofrimento biopsicossocial, muitas vezes não controlada, atuando de forma implacável ao seu surgimento tendo como principais fatores de risco a menoridade da mãe, ser solteira ou divorciada, condições socioeconômicas, eventos estressantes nos últimos 12 meses, história de transtorno psiquiátrico prévio e gravidez indesejada (CAMACHO et al., 2006). Moraes et al. (2006) relatam que as manifestações do quadro de depressão pós-parto ocorrem a partir das quatro primeiras semanas após o parto, tendo intensidade maior nos seis primeiros meses. Os principais sintomas são: desânimo; sentimento de culpa; alterações no sono; choro fácil; tristeza; idéias suicidas; diminuição do apetite e queda do nível de funcionamento mental. Durante a gestação reconhece-se que a mulher está exposta a muitas exigências, passando por um momento de adaptação e reorganização corporal, hormonal, familiar e social. Nesse momento essa mulher fica susceptível a desenvolver um sentimento de culpa, com uma grande probabilidade de desenvolver a depressão pós-parto, principalmente se este momento não for acolhido de forma humana e harmônica pelos familiares, marido e equipe de saúde, podendo interferir na saúde mental materna (BERRETA et al., 2008). Vitolo et al. (2007) afirmam que na maioria dos casos, a depressão pós-parto não é detectada e permanece sem tratamento, sendo seu diagnóstico precoce extremamente importante, pois somente dessa forma é possível prevenir possíveis agravos e impactos na qualidade de vida da mãe e no desenvolvimento do bebê. Zanotti et al. (2003) ressaltam que o acompanhamento psicoterapêutico no tratamento da depressão pós-parto é de grande importância, sendo imprescindível o apoio familiar neste momento para que a puérpera se reestruture e enfrente de forma positiva essa nova realidade. Segundo Ibiapina et al. (2010), para confirmação do diagnóstico e tratamento adequado da depressão pós-parto torna-se necessário uma avaliação oportuna e integrada com diversos profissionais (obstetras, psiquiatras, psicólogos). Ressalta-se Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.5 - N.1 - Jul./Ago. 2012. 907 que estes profissionais atuam no serviço público de saúde, seja na atenção primária ou secundária, dando o suporte necessário a esta fase tão importante da maternidade. A equipe de enfermagem deve desenvolver ações preventivas na rede pública, voltada à saúde da gestante/puérpera, estimulando a compreensão da mulher e do seu companheiro em relação às fases do puerpério. Cabe aos serviços de saúde a aquisição de instrumentos para identificar precocemente, tratar e/ou encaminhar essas gestantes e puérperas com alguma predisposição depressiva, considerando a gravidade do caso (BERRETA et al., 2008). A atuação do enfermeiro na prevenção da depressão pós-parto, identificando possiveis gestantes com predisposição depressiva, diminui riscos e aumenta a qualidade de vida destas, justificando a importância dessa pesquisa. Assim, esta pesquisa teve como objetivo geral verificar as ações de enfermagem desenvolvidas para a detecção da depressão pós-parto nas Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) de um município na região do Vale do Aço e como objetivos específicos identificar o conhecimento dos enfermeiros quanto aos motivos que desencadeiam a depressão pós-parto, bem como verificar qual é a atuação destes profissionais na detecção dessa patologia. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa desenvolvida em um município do Vale do Aço, no interior de Minas Gerais, após apreciação e autorização do gestor da Secretaria Municipal de Saúde. A população foi constituída de 20 enfermeiros lotados nas UAPS do município, previamente contatados por telefone e convidados para participação da pesquisa, sendo-lhes explicado o motivo e a importância da mesma. A amostra constituiu-se de 15 profissionais, devido a não aceitação em participação da pesquisa, férias ou folga de cinco enfermeiros no período da coleta de dados, ocorrida nos meses de junho e julho de 2010. Os enfermeiros foram entrevistados no local de trabalho, de acordo com a disponibilidade dos mesmos e agendamento prévio, utilizando-se um roteiro de entrevista estruturado pela pesquisadora. Após autorização, suas falas foram gravadas em dispositivo de áudio, sendo-lhes garantido o sigilo de suas identidades. Para tanto, os nomes dos entrevistados foram substituídos por pseudônimos de nomes de flores escolhidos em uma lista disponibilizada pela pesquisadora ao início de cada entrevista. Para análise de dados procedeu-se primeiramente a transcrição na íntegra dos depoimentos dos sujeitos da pesquisa. Após este momento, fez-se a leitura repetitiva das falas buscando unidade de significado comum. Para discussão dos resultados, os dados foram comparados com a literatura referente. Foi solicitada aos entrevistados a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, contemplando a Resolução n. 196, de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde que dispõe sobre as diretrizes e normas Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.5 - N.1 - Jul./Ago. 2012. 908 regulamentadoras das pesquisas envolvendo seres humanos (BRASIL, 1996). RESULTADOS E DISCUSSÃO Dos 15 enfermeiros entrevistados, oito afirmaram já terem realizado atendimento a puérperas com depressão pós-parto, destacando-se o relato: Sim. Olha... A gestante chegou recusando... É... A prestar cuidado com o recém-nascido. Ela não queria o filho, rejeitou o filho completamente, não queria convívio mais com o marido, saiu de casa, foi morar com a mãe. Entendeu? Então, foi uma situação muito complicada. (FLOR DE LARANJEIRA) A afirmação acima corrobora com Silva-Guedes et al. (2003), que declaram como característica principal da depressão pós-parto a rejeição total do bebê, onde a mãe consegue se sentir muitas vezes aterrorizada e ameaçada por ele, como se seu filho fosse um inimigo. Outro enfermeiro afirmou: Já. E esse trabalho foi muito difícil... Muito difícil, foi à primeira vez que identifiquei um caso. O mais difícil de tudo é detectar a situação. Então, admiti essa paciente, atendi essa paciente e aí ela estava com relato de isolamento social. Além do isolamento social a questão da preocupação exacerbada com o filho. Não queria saber do marido, dos familiares e não se preocupava com o filho. Tinha ganhado a criança a menos de três meses. [...] E com isso fui pesquisando, procurando saber e descobrir... Conversei com a psicóloga e ela disse que com certeza isso seria uma depressão pós-parto. (LÍRIO) Esse depoimento demonstra a dificuldade e a complexidade para a detecção da depressão pós-parto, uma vez que a queixa principal pode encobrir outros sintomas. Brum (2006) e Camacho et al. (2006) afirmam que a avaliação da depressão pós-parto é difícil devido à fronteira imprecisa e, às vezes, contraria as formas clínicas, tendo seu diagnóstico mascarado por queixas somáticas, que tendem a se cronificar ao longo dos anos, os quais teriam melhor prognóstico se identificados precocemente. Ibiapina et al. (2010) relatam que a confirmação do diagnóstico de depressão pós-parto não é fácil, uma vez que muitos sintomas como alterações do sono, do apetite e fadiga são comuns no puerpério. Os sintomas da depressão pós-parto são parecidos com os da depressão que ocorre em período não puerperal, tendo início típico nas seis primeiras semanas do puerpério, podendo incidir até seis meses após o parto, devendo o humor depressivo e a perda de interesse nas atividades estar presentes por no mínimo duas semanas. Outros sintomas que podem estar presentes são os sentimentos de culpa ou desânimo, a perda de concentração e os pensamentos suicidas. Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.5 - N.1 - Jul./Ago. 2012. 909 Dos enfermeiros, sete relataram não ter trabalhado com mulheres portadoras da depressão pós-parto, mas afirmaram ter conhecimento teórico de como esse atendimento deve ser realizado. Destaca-se que entre esses profissionais, três afirmaram terem atendido casos que pareciam ser depressão pós-parto, porém ao investigarem constataram tratar-se de tristeza materna. Segundo Iaconelli (2005), o que distingue a depressão pós-parto da tristeza materna é a gravidade do quadro e o que ele tem de incapacitante, afetando a funcionalidade da mãe e colocando em perigo seu bem-estar e o do bebê. Além da evidente necessidade de cuidados da mulher, a depressão pós-parto é fator de risco para a saúde mental do bebê e, portanto, requer toda a atenção. Os enfermeiros, ao serem perguntados sobre a melhor conduta para identificação de uma gestante com predisposição a desenvolver a depressão pósparto, deram ênfase à importância da escuta qualificada na realização do pré-natal, apontando-os como instrumentos para detectar e atuar na prevenção dessa patologia, conforme afirmações: No meu entender a melhor conduta é a gente estar realizando uma assistência de pré-natal correta. A primeira consulta é muito importante, porque é nessa primeira consulta que vamos identificar essa predisposição e fazer vários questionamentos. Então, uma ferramenta importante para a gente estar identificando esses sinais é o pré-natal. (AZALÉIA BRANCA) Melhor conduta? Eu acho que aí precisa ter tempo. A conduta é ouvir a gestante e procurar... [...] Questionar sobre a vida dela, sobre o item de relacionamento, aceitação da gravidez, se foi planejada ou não? E se mesmo que foi planejada, se o parceiro está aceitando... [...] A história afetiva da pessoa, acho que é muito importante da gente saber. (COPO DE LEITE) Os relatos dos enfermeiros corroboraram com Coutinho e Saraiva (2008) e Silva-Guedes et al. (2003) ao afirmarem que a atuação preventiva das equipes multidisciplinares durante a gestação pode proporcionar a nova mãe o apoio de que necessita para enfrentar os eventuais episódios de depressão, sendo importante, permitir que a gestante expresse seus temores, queixas e ansiedades, podendo o enfermeiro dar assistência e orientação durante o acompanhamento do pré-natal, pois o atendimento precoce representa prevenção, ao qual traz grandes repercussões futuras. A consulta de pré-natal é um momento em que o enfermeiro e a gestante, têm oportunidade de criar vínculo, sendo fundamental a relação de confiança entre o paciente e o profissional. De acordo com Brasil (2001a), os avanços no conhecimento científico sobre o período gestacional têm permitido que as habilidades dos enfermeiros e médicos se baseiem em uma assistência mais específica à mulher, de forma a atender as necessidades desse momento. Porém, a conduta desses profissionais deve ir além do aspecto biológico, dando especial atenção ao processo psicológico vivido pela mulher. Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.5 - N.1 - Jul./Ago. 2012. 910 Figueira et al. (2009), Moraes et al. (2006), Ruschi et al. (2007) e Santos, Martins e Pasquali (2000) citam a importância do uso da Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) ou Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EDPE) uma escala de auto-avaliação de sintomas depressivos, como instrumento adequado de triagem da depressão pós-parto, podendo ser implantada na rede pública de saúde devido a sua facilidade, rapidez de aplicação, baixo custo e possibilidade de aplicação por qualquer profissional de saúde. O uso dessa escala pode ser associado a um aumento nos índices de diagnóstico e tratamento da doença, minimizando os possíveis efeitos deletérios sobre mãe e filho. Esses estudos mostraram boa capacidade de detectar gestantes com o diagnóstico de depressão pós-parto. A EDPE é composta de 10 enunciados, onde as opções recebem pontuações de zero a três, de acordo com a presença ou a intensidade de sintomas psíquicos como humor depressivo, sentimentos de culpa, idéias de morte ou suicídio, perda do prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis, fadiga, diminuição da capacidade de pensar, de concentrar-se ou de tomar decisões, além de sintomas fisiológicos como insônia, alterações do comportamento, bem como crises de choro. A pontuação total na escala varia de zero a 30, sendo consideradas deprimidas as entrevistadas que tiverem pontuação igual ou superior a 12 na escala. Ressalta-se que a escala não irá detectar as mães com neuroses de ansiedade e fobias (RUSCHI et al., 2007). Questionados sobre quais fatores de risco podem levar uma gestante a desenvolver a depressão pós-parto, destacaram-se os seguintes depoimentos: Os sinais eles partem desde a condição financeira... Ocupação da mãe, número de filhos e relacionamento do casal. (GARDÊNIA) A grávida geralmente ela tem queixas... [...] Às vezes, as queixas são mais especificas... [...] E os sintomas às vezes, não se relacionam um com o outro. Eles não casam! Você não consegue resolver o problema, ela queixa mais, muito mais do que o normal. Tudo está ruim, tudo é mais expressivo. A náusea nela é pior, a dor de cabeça é maior, a cólica é muito maior. [...] Ela expressa com mais intensidade essa fisiologia da gestação. É uma a tristeza! Ela não vem consultar, ela dorme até tarde, ela falta à consulta porque estava com preguiça. ”Eu tava dormindo”. “Porque eu não quis vir”. Elas faltam mais a consulta. (AÇUCENA) As afirmações confirmam os dizeres de Costa, Pacheco e Figueiredo (2006) e Moraes et al. (2006) ao reconhecerem a gestação como um período na vida da mulher que necessita ser avaliado com especial atenção, pois fatores como menor escolaridade, baixo nível socioeconômico, baixo suporte social, história de doença psiquiátrica, baixa autoestima, ansiedade no pré-natal, estresse, gravidez não planejada, tentativa de interromper a gravidez, são condições que mais influenciam no aparecimento da depressão pós-parto. Outros fatores desencadeantes da depressão pós-parto relacionados pelos enfermeiros foram também destacados por Baptista e Baptista (2005) como a Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.5 - N.1 - Jul./Ago. 2012. 911 insatisfação na relação do casal, a solidão, o grande número de filhos, a história de partos problemáticos anteriores, o baixo apoio emocional e a menoridade. Para Frizzo e Piccinini (2005), mulheres que passaram por muito estresse na gestação e no parto, que não puderam contar com apoio social, especialmente do apoio do próprio marido, têm grandes chances de desenvolver depressão. A relação da mãe com a sua figura materna também deve ser considerada como importante fator que pode influenciar na qualidade das experiências emocionais durante o puerpério. Os enfermeiros das UAPS ao serem abordados a respeito de sua atuação diante de um gestante com predisposição a depressão pós-parto, relacionaram: Eu acho que a gente tem que acompanhar essa gestante, envolvendo a equipe multidisciplinar, que seria o psicólogo, nesse acompanhamento. Fazendo nosso papel de educador... Às vezes a gente assume até o papel da família mesmo, e às vezes até prioriza mais essa gestação, esses cuidados, do que a própria gestante. [...] O que a gente faz aqui hoje com essas gestantes, que têm essa pré-disposição, é o acompanhamento mais próximo. Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) vão a casa dessa gestante toda semana, pra saber como ela está, se está tudo bem. Eles trazem essas informações pra mim. [...] Estabeleço um vínculo com essas gestantes, e hoje aqui eu tenho um grupo de interação com gestantes e nutrizes, que tem sido muito gratificante, tem dado um resultado muito bom. Então a gente trabalha é com educação e projetos que envolvem uma equipe multidisciplinar, mas que ela seja a principal colaboradora, que a gente sempre conscientiza, assim como qualquer paciente. (FLOR DE LIZ) Estar atuando o mais precocemente possível, apesar de nunca ter visto... Mas acho que assim, seria atuar com uma equipe multidisciplinar e desenvolver ações para que evite mesmo, o que seria o transtorno, que eu nunca vi... Mas já teve caso de ter certa tristeza, não chega a ser uma depressão, nem chega a ser aquela crise... Seria estar atuando junto com essa equipe multidisciplinar, estar conversando, estar orientando, tentando esclarecer todas as dúvidas que ela tenha e dar apoio psicológico. (CACTO) Tem o papel como profissional mesmo... O acolhimento, a questão do apoio enquanto enfermeiro, da parte física e atenção psicológica. A gente acaba sendo um pouco de psicólogo, tem que dar atenção, tentar tirar os medos dela pra ver qual vai ser a melhor conduta. (BRINCO DE PRINCESA) Observou-se através dos depoimentos, apesar de que alguns entrevistados relataram não terem atendido mulheres com depressão pós-parto, que os mesmos têm conhecimento de como devem acolher, atender, referenciar, compreender e atuar com uma usuária que pode apresentar sintomas tão diferenciados. Foi ressaltado ainda, a necessidade da atuação da equipe multidisciplinar no atendimento à mulher com depressão pós-parto. Para Brasil (2001b), o enfermeiro é o profissional mais próximo da mulher durante o ciclo gravídico/puerperal, e tem importante atuação nos programas de educação em saúde, evitando dúvidas e possíveis complicações no pós-parto. Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.5 - N.1 - Jul./Ago. 2012. 912 Considerando o trabalho do enfermeiro, Silva e Botti (2005) descrevem que, enquanto profissional de saúde, o mesmo deve voltar seus conhecimentos a uma demanda diversificada, principalmente tratando-se de questões psicológicas, capazes de se camuflarem em intercorrências clínicas que podem dificultar o diagnóstico e o tratamento adequado. Borges (2001) menciona que toda a equipe de enfermagem deve procurar estabelecer com a paciente um relacionamento, com o objetivo de: desenvolver confiança; observar e anotar o comportamento; prestar cuidados específicos, caso ela esteja deprimida; estimular e oferecer atividades construtivas; observar e ouvir atentamente indícios de idéia suicida e estimular os cuidados pessoais como higiene, vestuário, alimentação. Azevedo e Arrais (2006) e Maldonado (2002) ressaltam a importância de atividades em grupo, durante o pré-natal, para que as gestantes possam discutir assuntos da maternidade, permitindo que essas mulheres compartilhem vivências com a finalidade de aliviar os sentimentos de culpa, os níveis de insegurança, o sentimento de inferioridade, e as expectativas sobre o bebê, enfim, dando-lhes oportunidade de livre expressão. Gonçales e Machado (2008) advertem que é preciso conhecer as necessidades, saber os planos e projetos e compreender que a depressão não é vivenciada de maneira uniforme, pois cada pessoa tem sua singularidade. Silva-Guedes et al. (2003) acreditam que os enfermeiros devem estar atentos, e quando necessário deverão relatar à família que algo não está bem com a paciente. Ressaltam ainda que, a união dos profissionais de saúde pode transformar esse momento em uma fase em que a paciente se sentirá mais firme e confiante para expressar seus sentimentos, sentindo-se acolhida e ajudada. Assim, proporcionarão uma melhor superação das dificuldades da depressão pós-parto, já que na maioria dos casos seus maiores aliados são o descaso e a subestimação do sofrimento da mulher, quer seja pela equipe de saúde ou pela própria família. Indagados sobre a abordagem durante o pré-natal com gestantes com predisposição a desenvolver a depressão pós-parto, destacaram-se as afirmações dos enfermeiros: Olha, o que o enfermeiro deve fazer é acolher essa gestante, procurar participar da vida dela, criar um vínculo com ela, para poder perceber esses sinais de depressão. Após perceber esses sinais deve encaminhar para algum psicólogo, para uma pessoa que possa ajudá-la. É criar vínculo com essa gestante, orientar mesmo, ajudá-la a tirar suas dúvidas em relação à criança, principalmente se for o primeiro filho... [...] Ela tem medo de não dar conta de cuidar do bebê, ela tem medo de não saber como proceder em algumas situações. Então, é tirar as dúvidas da gestante, tentar acalmá-la o máximo possível para evitar essa depressão. É orientação e encaminhamento a um especialista. (JASMIM) Orientação. Orientar a paciente. Trazer a paciente para participar de grupos com outras gestantes para que ela possa ver a situação das outras. Tentar incluí-la, pra que ela se anime junto com as outras gestantes, para que ela Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.5 - N.1 - Jul./Ago. 2012. 913 aceite essa gestação, uma vez que ela tente negar essa gestação. É o que a gente tem feito. Ontem, tivemos um grupo com premiação para gestantes, onde elas ficaram felizes... (risos). Através de palestras, de grupos, de consultas, com orientação juntamente com acadêmicos de psicologia e com a médica. Eu não trabalho sozinha. Cada um faz sua parte para que a gente consiga... (ALECRIM) As ações relatadas, em parte, concordam com Falcone et al. (2005) ao afirmarem que o acompanhamento de uma gestante com alguma pré-disposição a transtornos mentais deve ser feito por uma equipe multiprofissional, composta por nutricionistas, pedagoga, psicóloga, agente comunitário e enfermeiros. De forma conjunta, através de monitoramento da gravidez, com atendimento humanizado, ocorrerá o fortalecimento na relação futura/mãe e futuro/filho, revelando excelentes oportunidades para prevenir, detectar e tratar os transtornos afetivos da gestação. Falcone et al. (2005) e Luis e Oliveira (1998) utilizam o argumento de que o atendimento em grupo pode trazer resultados positivos para as gestantes, uma vez que elas passam a ter consciência do momento que estão vivenciando, passando a tomar mais cuidado e tendo a compreensão, a atenção e o interesse da família e da equipe de saúde. Além disso, o trabalho multiprofissional pode estar propondo a essas mulheres intervenções mais humanas e harmônicas entre os profissionais. Alves et al. (2007) complementam que a equipe multiprofissional necessita ter características como intuição, dinamismo, julgamento clínico e autonomia, devendo ultrapassar uma conduta solidária, visando à singularidade e especificidade de cada uma. A partir dessa percepção é possível traçar estratégias de um cuidado transicional que propicie uma melhor adequação ao papel de mãe. Para que o profissional de enfermagem faça um atendimento às gestantes, ele necessita ter habilidade na comunicação, permitir um acompanhante às consultas, realizar consultas de forma qualificada e em número suficiente, bem como programar ações de educação em saúde, para que o trabalho realizado seja sistematizado, garantindo assim qualidade na assistência prestada (CECCATO; VAN DER SAND, 2001; BULHOSA; SANTOS; LUNARDI, 2005). Para lidar com a prevenção da depressão pós-parto, deve ser prestado um atendimento qualificado às gestantes e às puérperas, estando sempre atento a fatores de risco para a depressão pós-parto, tendo sempre como principal objetivo do atendimento prevenir e identificar os indicadores de forma precoce, favorecendo o vínculo mãe-filho. Porém, observa-se que muitas das vezes os serviços de saúde não prestam esse tipo de atendimento, fazendo com que esses fatores de risco passem despercebidos, ocasionando muitas das vezes quadros graves. Por outro lado, uma atenção adequada e precoce promove um processo de reconstrução da saúde da gestante e da puérpera, fortalecendo assim as relações familiares e o crescimento e desenvolvimento saudável do bebê (FONSECA; TAVARES; RODRIGUES, 2009). Azevedo e Arrais (2006) alegam que há necessidade dos programas de saúde pública desenvolver mais trabalhos voltados não só pra função reprodutiva da população feminina, mas também para saúde integral da mulher. Além disso, Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.5 - N.1 - Jul./Ago. 2012. 914 estimular a compreensão da mulher e do companheiro, bem como emoções e sentimentos provenientes deste período, ou seja, somando esforços na prevenção e tratamento da depressão pós-parto que irão traduzir no exercício materno saudável e essencial ao desenvolvimento humano. Deste modo, as alterações de humor no puerpério necessitam ser estudadas no âmbito das configurações subjetivas da depressão pós-parto. Durante o puerpério, a equipe de enfermagem deve garantir estratégias de enfrentamento e adaptação a esse momento da maternidade, oferecendo suporte profissional, onde as informações importantes precisam ser repassadas em um tempo curto, tanto no momento da internação ou em seu retorno para a consulta de enfermagem, ficando atenta às mudanças ocorridas com a gestação e a readaptação à sua vida normal. É importante salientar que o enfermeiro durante o pré-natal deve avaliar a auto-estima, a satisfação das futuras mães, para que no pós-parto, essas mulheres tenham suporte necessário pra enfrentar em mudanças de suas vidas (ZAGONELI et al., 2003). Para que a mulher se sinta mais à vontade é importante acolher um acompanhante de sua escolha, não oferecendo obstáculos para sua participação no pré-natal, no trabalho de parto, no parto e no pós-parto. A presença de acompanhantes neste momento traz muitos benefícios, mostrando que esta gestante se sinta mais segura e confiante (BRASIL, 2005). Assim, o acolhimento é um momento em que o profissional de enfermagem deve ter postura ética, fazendo com que esta etapa do processo, seja vista como uma ação que necessita ocorrer em todos os momentos da atenção, desde o prénatal, o parto e o puerpério. CONCLUSÃO A depressão pós-parto é um problema de saúde que pode ser detectado precocemente, ainda na gestação, sendo de fundamental importância uma assistência de pré-natal qualificada com estratégias para prevenção da mesma. Por meio da pesquisa foi possível observar que os enfermeiros têm conhecimento sobre a depressão pós-parto, pois não só relacionaram os fatores desencadeantes, mas também os de risco, se não detectados precocemente. Percebeu-se que o diagnóstico da depressão pós-parto é difícil, mas o conhecimento científico e a habilidade técnica são características essenciais para a identificação dos sinais e sintomas da predisposição a depressão pós-parto. Os enfermeiros ressaltaram a necessidade trabalharem de forma multidisciplinar, ao detectar possíveis predisposições para a mulher apresentar depressão pós-parto. Sugere-se que ao trabalhar-se em grupos de gestantes/puérperas seja oportunizado a discussão de temas propostos pelas usuárias, para que estas exponham suas dúvidas, abordando as dificuldades da maternidade. A pesquisa evidenciou que as ações desenvolvidas pelos entrevistados são realizadas de forma correta, porém pouco sistematizada. Entretanto, segundo os Revista Enfermagem Integrada – Ipatinga: Unileste-MG - V.5 - N.1 - Jul./Ago. 2012. 915 enfermeiros falta tempo, prática e estudos mais aprofundados sobre o assunto, pois essas ações devem ser criativas, cooperando para uma estruturação positiva da identidade dessas gestantes/puérperas, melhorando o equilíbrio psíquico e corporal durante esta fase da vida. REFERÊNCIAS ALVES, Maria. Alexandra; GONÇALVES, Cristhiane Silva Ferreira; MARTINS, Maria Aparecida; SILVA, Sueli Terezinha; AUWERTEN, Tânia Cristina; ZAGONEL, Ivete Palmira Sanson. A enfermagem e puérperas primigestas: desvendando o processo de transição ao papel materno. Rev. 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