RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL DE CONTROLE DE CONFORMIDADE LEGAL (Em Atendimento a Lei Estadual RJ 1898/91 – Resolução CONEMA / DZ-056-R.3 Diretriz para a realização de auditoria ambiental) GPC QUÍMICA Outubro 2010 Elaboração: Ellux Consultoria S/S LTDA. & SIG Consultoria e Assessoria LTDA. Revisão: 00/10 – 02/12/10 1 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO __________________________________________________________ 5 2. APLICABILIDADE DA AUDITORIA AMBIENTAL ______________________________ 5 3. PRINCIPAIS REFERÊNCIAS LEGAIS & NORMATIVAS _________________________ 6 3.1 LEGISLAÇÃO FEDERAL_____________________________________________6 3.2 LEGISLAÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ________________________6 3.3 LEGISLAÇÃO DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO ______________________7 3.4 NORMAS _________________________________________________________8 4. DEFINIÇÕES ___________________________________________________________ 8 5. METODOLOGIA________________________________________________________ 10 5.1 Etapas da Auditoria Ambiental________________________________________10 5.2 Critérios para seleção das áreas / processos auditados ____________________10 5.3 Responsabilidades e Funções________________________________________11 5.4 Formulário aplicado ________________________________________________11 6. PERFIL DA ORGANIZAÇÃO______________________________________________ 11 7. OBJETIVOS DA AUDITORIA AMBIENTAL __________________________________ 11 8. PLANO DE AUDITORIA, RESPONSÁVEL E SETORES AUDITADOS_____________ 13 8. 1 REPRESENTANTES DA ORGANIZAÇÃO AUDITADA _________________________ 15 9. EQUIPE DE AUDITORIA_________________________________________________ 15 10. ESCOPO _____________________________________________________________ 16 11. CARACTERÍSTICAS DAS UNIDADES AUDITADAS ___________________________ 16 11.1 DESCRIÇÃO FÍSICA GERAL______________________________________________ 17 11.2 DESCRIÇÃO GERAL DO PROCESSO & ÁREAS _____________________________ 17 11.2.1 Unidades Produtivas ___________________________________________________ 17 11.2.2 Unidade 100 / 1.000 /10.000– Unidade de Reforma de Gás Natural ______________ 17 11.2.3 Unidade 200 de Compressão de Gás de Síntese_____________________________ 17 11.2.4 Unidade 2.000 de Síntese de Metanol ______________________________________ 18 11.2.5 Unidade 3.000 - Unidade de Purificação de Metanol __________________________ 18 11.2.6 Unidade 400 – Sistema de Refrigeração____________________________________ 18 11.2.7 Unidade 600 – Subestação ______________________________________________ 18 11.2.8 Unidade 500 – Utilidades, Tancagem e Carregamento. _______________________ 18 11.2.9 Unidades de CO2 _______________________________________________________ 18 2 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 11.2.10 Unidade U-M100 ___________________________________________________ 19 11.2.11 Unidade U-Y720 ___________________________________________________ 19 11.2.12 Manutenção, Mecânica______________________________________________ 19 11.2.13 Manutenção & Instrumentação, Elétrica _______________________________ 19 11.2.14 Laboratório Químico _______________________________________________ 20 11.2.15 Restaurante Industrial ______________________________________________ 20 11.2.16 Carregamento / Descarregamento ____________________________________ 20 11.2.17 Centrais de Resíduos _______________________________________________ 20 11.2.18 Segurança do Trabalho _____________________________________________ 20 11.2.19 Almoxarifado______________________________________________________ 20 11.2.20 Co-Geração de energia U-5.000 - GPEE ________________________________ 21 11.2.21 UTA – Unidade de Tratamento de água – HAZTEC _______________________ 21 11.2.22 Planta para fornecimento de oxigênio U-O2 ____________________________ 21 12. AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL_______________________ 22 12.1 Política Ambiental _________________________________________________22 12.1.2 Objetivos metas e programas ambientais _______________________________22 12.1.3 Certificação Ambiental _____________________________________________23 12.1.4 Programas e procedimentos de controle de aspectos ambientais da cadeira produtiva ________________________________________________________23 12.2 Estrutura Gerencial, Comunicação e Treinamento ________________________24 12.3 Conformidade legal ________________________________________________26 12.3.1 Atendimento ao que dispõe a legislação federal, estadual e municipal aplicáveis aos aspectos e impactos ambientais ___________________________________26 12.3.2 A conformidade quanto ao licenciamento ambiental (tipo e validade das licenças), Alvarás, Autorizações, Outorgas, Registros, Termos de Ajustamento de Conduta e outros documentos relacionados às questões ambientais, verificando as datas de emissão e a sua validade. O cumprimento das restrições e exigências deverá ser avaliado. ________________________________________________________26 12.3.3 Avaliação da execução dos planos de ações das auditorias anteriores ________31 12.4 Processos de produção e operação ___________________________________31 12.4.1 Aspectos e impactos ambientais significativos ___________________________31 12.4.2 Procedimentos e rotinas de trabalho___________________________________32 12.5 Gestão de energia _________________________________________________33 12.6 Gestão de água (consumo) __________________________________________33 12.7 Gestão de materiais (matérias-primas, insumos, embalagens e produtos) ______34 3 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 12.8 Gestão de efluentes líquidos _________________________________________34 12.9 Gestão de emissões atmosféricas_____________________________________35 12.10 Gestão de ruídos __________________________________________________35 12.11 Gestão de resíduos ________________________________________________37 12.12 Gestão do uso de agrotóxicos para o controle de vetores e pragas urbanas ____37 12.13 Limpeza e higienização de reservatórios de água_________________________38 12.14 Gestão de riscos ambientais _________________________________________38 12.15 Gestão de passivo ambiental_________________________________________40 13. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL _______________________________ 40 14. PLANO DE AÇÃO ______________________________________________________ 41 14.1 Campos da Tabela de Constatações da Auditoria __________________________41 15. CONCLUSÕES DA AUDITORIA ___________________________________________ 41 15.1 Avaliação da capacidade da organização em assegurar a contínua adequação aos critérios estabelecidos, iniciativas de melhoria e sugestões sobre novas oportunidades detectadas. __________________________________________41 16. DOCUMENTOS AVALIADOS _____________________________________________ 43 16.1 Documentos da Auditada _____________________________________________43 17. LISTAGEM DE ANEXOS_________________________________________________ 45 18. TERMO DE COMPROMISSO DO RELATÓRIO _______________________________ 46 4 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 1. INTRODUÇÃO O Estado do Rio de Janeiro, através de seus órgãos responsáveis, tem realizado grandes esforços para contribuir para a preservação ambiental. Um dos programas governamentais que espelha esta preocupação é o de Despoluição da Baia da Guanabara. A realização dessa Auditoria Ambiental de Conformidade Legal tem como objetivo principal retratar a atual situação da GPC QUÍMICA SA. 2. APLICABILIDADE DA AUDITORIA AMBIENTAL Deverão, obrigatoriamente, realizar auditorias ambientais periódicas anuais, as organizações de Classes 4, 5, 6, de acordo com a tabela de classificação dos empreendimentos / atividades do Decreto Estadual N.º 42.159/2009, das seguintes tipologias, entre outras: I refinarias, dutos e terminais de petróleo e seus derivados; II instalações portuárias; III instalações aeroviárias (aeroportos, aeródromos, aeroclubes); IV instalações destinadas à estocagem de substâncias tóxicas e perigosas; V instalações de processamento e disposição final de resíduos tóxicos e perigosos; VI unidades de geração de energia elétrica a partir de fontes térmicas; VII instalações de tratamento e os sistemas de disposição final de esgotos domésticos; VIII indústrias petroquímicas e siderúrgicas; IX indústrias químicas e metalúrgicas; X instalações de processamento, recuperação e sistemas de destinação final de resíduos urbanos radioativas; XI atividades de extração mineral, exceto dos bens minerais de aplicação direta na construção civil; XII atividades de beneficiamento de bem mineral; XIII instalações de tratamento de efluentes líquidos de terceiros; XIV instalações hoteleiras de grande porte; XV indústrias farmacêuticas e de produtos veterinários; XVI indústrias têxteis com tingimento; 5 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. XVII produção de álcool e açúcar; XVIII estaleiros; XIX demais atividades com potencial poluidor alto, a critério do órgão ambiental. Nota: A GPC QUÍMICA é classificada na Classe 6, dentro da categoria indústrias QUÍMICAS – GRUPO 20 na Classificação de atividades poluidoras, 20 MN-050.R-5. 3. PRINCIPAIS REFERÊNCIAS LEGAIS & NORMATIVAS 3.1 LEGISLAÇÃO FEDERAL 3.1.1 Constituição Federal de 1988 – Artigo 225. 3.1.2 Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 – Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providencias. 3.1.3 Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. 3.1.4 Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990 – Regulamenta a Lei nº 6.092/81 e a Lei nº 6.938/81. 3.1.5 Resolução CONAMA nº 381, de 14 de dezembro de 2006 – Altera dispositivos da Resolução nº 306, de 5 de julho de 2002 e o Anexo II, que dispõe sobre os requisitos mínimos para a realização de Auditoria Ambiental. 3.1.6 Resolução CONAMA nº 306, de 5 de julho de 2002 – Estabelece os requisitos mínimos e o termo de referência para realização de auditorias ambientais. 3.1.7 Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997 – Dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos e critérios utilizados para o licenciamento ambiental. 3.2 LEGISLAÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 3.2.1 Constituição Estadual de 1989 – Artigo 261, parágrafo 1º, inciso IX. 3.2.2 Lei Estadual nº 3.471, de 4 de outubro de 2000 – Altera o artigo 5º da Lei Estadual nº 1.898, de 26 de novembro de 1991, que dispõe sobre a realização de auditorias ambientais. 3.2.3 Lei Estadual n° 3.467, de 14 de setembro de 2 000 – Dispõe sobre as sanções administrativas derivadas de condutas lesivas ao meio ambiente no Estado do Rio de Janeiro, e dá outras providências. 6 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 3.2.4 Lei Estadual nº 3.341, de 29 de dezembro de 1999 – Altera o artigo 10 da Lei Estadual nº 1.898, de 26 de novembro de 1991, que dispõe sobre a realização de auditorias ambientais. 3.2.5 Lei Estadual nº 2.011, de 10 de julho de 1992 – Dispõe sobre a obrigatoriedade da implementação de Programa de Redução de Resíduos. 3.2.6 Lei Estadual nº 1.898, de 26 de novembro de 1991 – Dispõe sobre a realização de auditorias ambientais. 3.2.7 Decreto-Lei Estadual nº 134, de 16 de junho de 1975 – Dispõe sobre a prevenção e o controle da poluição do meio ambiente no Estado do Rio de Janeiro. 3.2.8 Decreto Estadual nº 42.159, de 2 de dezembro de 2009 – Dispõe sobre o Sistema de Licenciamento Ambiental – SLAM e dá outras providências. 3.2.9 Decreto Estadual nº 21.470-A, de 5 de junho de 1995 – Regulamenta a Lei nº 1.898, de 26 de novembro de 1991, que dispõe sobre a realização de auditorias ambientais. 3.2.10 Resolução CONEMA n.0 21 de 07/5/2010 - Aprova a DZ-056-R. 3 - Diretriz para a realização de auditoria ambiental. 3.2.11 Diretriz DZ-056 R. 3 - Estabelece as responsabilidades, os procedimentos e os critérios técnicos para a realização de auditorias ambientais, como instrumento do sistema de licenciamento ambiental 3.2.12 Resolução CONEMA Nº 23, DE 07 DE MAIO DE 2010 - Aprova o MN-050.R-5 Classificação de atividades poluidoras. 3.3 LEGISLAÇÃO DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 3.3.1 Decreto n. 29.881, de 18 de setembro de 2008 – Consolida as posturas da cidade do Rio de janeiro e dá outras providências. 3.3.12 Lei nº 613, de 11 de setembro de 1984 - Dispõe sobre a obrigatoriedade de plantio de mudas de arvores nas áreas de edificação e loteamento do município do rio de janeiro e dá outras providências. 3.3.13 Lei nº 2.306, de 12 de Abril de 1995 - Dispõe sobre a separação do lixo reciclável, lixo orgânico e lixo de banheiros e similares do município e dá outras providências. 3.3.14 Lei n. 4991, de 22 de janeiro de 2009 - Dispõe sobre a obrigatoriedade da limpeza das caixas de gordura nas edificações do Município do Rio de Janeiro. 3.3.15 Lei nº 2.482, de 4 de Outubro de 1996 - Dispõe sobre a obrigatoriedade de construção de caixas retentoras para os estabelecimentos que menciona, e dá outras providências. 7 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 3.4 NORMAS 3.3.1 NBR ISO 14001:2004 Sistema de Gestão Ambiental – Requisitos com orientações para uso. 3.3.2 ABNT NBR ISO 14031:2004 Gestão ambiental – Avaliação de desempenho ambiental – Diretrizes. 3.3.3 ABNT NBR ISO 19011:2002 – Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental. 4. DEFINIÇÕES São consideradas as seguintes definições para os termos utilizados neste Relatório de Auditoria Ambiental: Termo Definição Auditoria Ambiental Processo sistemático de verificação, documentado e independente, nas modalidades Auditoria Ambiental de Controle e Auditoria Ambiental de Acompanhamento, executado para obter evidências e avaliá-las objetivamente, para determinar a extensão na qual os critérios de auditoria estabelecidos nesta Diretriz são atendidos e os resultados comunicados. Auditoria Ambiental de Controle Realizada normalmente a cada requerimento ou renovação de licença ambiental, para verificação detalhada do desempenho ambiental da organização em operação, com base em conformidade legal e em suas políticas e práticas de controle. Realizada a cada ano, com ênfase no acompanhamento do Plano de Ação Auditoria da última auditoria ambiental, complementando-o com novas medidas Ambiental de advindas de eventuais exigências do órgão ambiental, alterações Acompanhamento significativas nos aspectos e impactos ambientais e mudanças em processo, entre outros. Profissional qualificado para executar auditorias ambientais, registrado e Auditor Ambiental regular em seu respectivo Conselho de Classe, técnica e legalmente responsável pelo relatório da auditoria ambiental. Especialista Técnico Profissional que provê habilidade ou conhecimentos específicos à equipe de auditoria, mas que não participa como um auditor. Organização Empresa, corporação, firma, empreendimento, autoridade ou instituição, ou parte ou combinação destes, incorporada ou não, pública ou privada, que tenha funções e administração próprias. 8 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. Termo Definição Parte Interessada Indivíduo ou grupo interessado ou afetado pelo desempenho ambiental de uma organização. Aspecto Ambiental Elemento das atividades, produtos ou serviços de uma organização que possa interagir com o meio ambiente. Impacto Ambiental Qualquer alteração causada ao meio ambiente, proveniente de atividades, produtos e serviços de uma organização. Sistema de Parte do sistema de gestão global usada para desenvolver e implementar a Gestão Ambiental política ambiental da organização e gerenciar seus aspectos ambientais. Processo recorrente de aprimoramento das práticas de gestão ambiental, Melhoria Contínua com a finalidade de atingir melhorias no desempenho ambiental global consistentes com a política ambiental da organização. Prevenção de Poluição Conformidade NãoConformidade Uso de processos, práticas, técnicas, materiais, produtos, serviços ou energia para evitar, reduzir ou controlar a geração, emissão ou descarte de qualquer tipo de poluente ou resíduo, a fim de reduzir impactos ambientais adversos. Atendimento a requisitos legais ambientais e aos critérios estabelecidos nesta Diretriz. Não atendimento a requisitos legais ambientais e aos critérios estabelecidos nesta Diretriz. Oportunidade de Melhoria Possibilidade de melhoria dos processos internos da organização e de melhor gerenciamento de seus aspectos ambientais. As oportunidades de melhoria identificadas não se caracterizam como não-conformidade e devem ser apreciadas pelo auditado. Evidência de Auditoria Informações verificáveis, registros, constatações ou declarações que comprovam conformidades e não-conformidades identificadas no processo de auditoria. Ação Corretiva Ação que busca identificar e eliminar a(s) causa(s) de uma nãoconformidade evidenciada, de modo a evitar sua repetição. Ação Preventiva Ação que busca identificar e eliminar as causas de uma não-conformidade potencial, de modo a evitar sua ocorrência. Avaliação de Desempenho Ambiental Meio para mensurar a eficácia dos procedimentos ambientais da organização. 9 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. Termo Definição Indicador de Desempenho Ambiental Relatório de Auditoria Ambiental Dado mensurável de um aspecto ambiental, que pode ser usado para acompanhar e demonstrar desempenho. Plano de Ação Documento destinado ao órgão ambiental, elaborado pela equipe de auditoria, que consolida os resultados da Auditoria Ambiental de Controle ou de Acompanhamento. Parte integrante do Relatório de Auditoria Ambiental que contempla as ações corretivas e preventivas associadas às não-conformidades, com respectivo cronograma de execução e identificação dos responsáveis, assim como as oportunidades de melhoria verificadas na auditoria. O Plano de Ação é de responsabilidade da organização auditada e sua adequação técnica deve ser atestada pela equipe de auditoria. 5. METODOLOGIA 5.1 Etapas da Auditoria Ambiental • Análise da documentação • Programação da Auditoria / Plano de Auditoria (Agenda) • Atribuições da equipe de Auditoria • Execução da Auditoria: Reunião de Abertura; Análise da documentação, Coleta de Evidências da Auditoria; Reunião de Encerramento (Apresentação, discussão e consenso do resumo da situação ambiental da Unidade e do Plano de Ação) • Preparação e envio do Relatório de Auditoria para aprovação da Empresa • Finalização do processo - Assinatura da Equipe Auditora e Representante da Auditada • Divulgação, publicação e disponibilização do relatório para consulta pública. 5.2 Critérios para seleção das áreas / processos auditados As áreas / processos selecionadas para a Auditoria Ambiental foram definidas segundo seus aspectos e impactos ambientais, considerando: • Dimensão e natureza dos processos • Quantidade e qualidade de resíduos, efluentes e emissões atmosféricas • Consumo de recursos naturais (principalmente água e energia) • Quantidade e qualidade de matérias primas, produtos químicos e materiais perigosos • Nível de envolvimento nos sistemas de gestão ambiental 10 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 5.3 Responsabilidades e Funções O Auditor Líder é responsável pelo planejamento, organização e condução da auditoria. Os Auditores são responsáveis pela execução da auditoria e por eventual substituição ao Auditor Líder. Os representantes da auditada são responsáveis pela disponibilização das informações e suporte para realização da auditoria. Auditores e auditados são responsáveis pela veracidade das informações contidas neste Relatório de Auditoria Ambiental. O plano de ação é de responsabilidade da organização auditada e a sua adequação técnica deve ser atestada pela equipe de auditoria. 5.4 Formulário aplicado • Listas de presenças de Reunião de Abertura, Auditoria e Reunião de Encerramento (Anexo 3). 6. PERFIL DA ORGANIZAÇÃO A Prosint Química foi a precursora do GPC - Grupo Peixoto de Castro - na área petroquímica, sendo inaugurada em 1971, no Rio de Janeiro. Dedica-se à fabricação de Metanol e produtos correlacionados, atendendo principalmente ao mercado do sudeste e sul do Brasil. Em janeiro de 2008, após fusão com outra empresa do grupo passou a se denominar GPC Química S.A. É considerado um produtor de qualidade, compatível com os melhores fabricantes mundiais. A GPC QUÍMICA S.A. tem relevância para a atividade industrial do Rio de Janeiro, pois é um dos maiores consumidores individuais de gás natural do Estado. 7. OBJETIVOS DA AUDITORIA AMBIENTAL Dentre os principais objetivos desta auditoria ambiental de conformidade legal podemos destacar: • Incentivar a implantação de política ambiental e sistema de gestão ambiental em organizações públicas e privadas. • Apoiar o órgão ambiental, fornecendo um diagnóstico técnico da conformidade legal e do desempenho ambiental ao longo dos últimos anos, identificando os aspectos ambientais e seus potenciais poluidores e de riscos. 11 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. • Verificar o cumprimento dos dispositivos legais de proteção e controle ambiental, bem como condicionantes e restrições de licenças ambientais e compromissos de recuperação, compensação e mitigação. • Verificar as condições de operação, de manutenção dos sistemas de controle de poluição e de prevenção de acidentes. • Verificar as condições de recebimento, manipulação, estocagem e transporte de matérias primas, substâncias, materiais secundários e auxiliares e produtos, assim como a destinação de subprodutos e resíduos. • Verificar os procedimentos de identificação e tratamento de não-conformidades quanto a sua eficácia na identificação das causas e na implantação de ações corretivas e preventivas. • Comunicar às partes interessadas a atual situação ambiental da organização e a evolução do seu desempenho ambiental ao longo dos últimos anos. • Estimular o uso de tecnologias limpas e de matérias-primas menos agressivas ao meio ambiente, a utilização racional de recursos, a conservação de energia e de água, a não geração e a redução na geração de resíduos, efluentes líquidos e emissões atmosféricas. • Estimular a criação, a proteção e a recuperação de áreas com espécies nativas na organização, sempre que possível em consonância com políticas públicas de conservação ambiental. • Verificar a capacitação dos responsáveis pela operação e manutenção dos sistemas, rotinas, instalações e equipamentos com interação e risco ambiental, de forma a prevenir, proteger e recuperar o meio ambiente. • Estimular a criação de programas permanentes de comunicação e educação ambiental nas organizações. 12 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 8. PLANO DE AUDITORIA, RESPONSÁVEL E SETORES AUDITADOS A auditoria foi realizada pelos auditores mencionados no item 9, sendo suas atividades de campo realizadas no período de 27 a 29/10, conforme programação apresentada a seguir. Horário 8:00 às 8:30 Data: 27/10/10 Auditor 1 - Daniela Auditor 2 - Michel Reunião da equipe 8:30 às 9:30 Verificação do licenciamento e restrições das licenças - Sérgio 9:30 às 11:30 11:30 às 12:30 Gerenciamento de resíduos/ solos - Marcelo SGA/ Política/ compromisso da Alta Administração/ Responsabilidades/ recursos, Indicadores de Desempenho// inventários ambientais/ Objetivos/ metas e programas ambientais / conservação de energia / uso de tecnologia limpa e matérias primas menos agressivas/ identificação de aspectos/ impactos ambientais/ Comunicação interna e externa/Requisitos aos Fornecedores - Jorge Rubem/ Marcelo/ Alta Administração Auditor 3 - Monique Restaurante - pessoal da unidade DZ - Verificação das Auditorias anteriores (ANEXO 2) Laboratório - pessoal da unidade Almoço 13:30 às 14:30 14:30 às 15:30 15:30 às 16:30 16:30 às 17:00 Plano de emergência/ NR 23/ contingência/ gerenciamento de riscos Luis Henrique/ Marcelo Unidades Produtivas / Unidade 400 – CTR pessoal da unidade 13 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. Horário 8:00 às 8:30 Data: 28/10/10 Auditor 2 - Michel Reunião da equipe Auditor 1 - Daniela RH/treinamento e conscientização pessoal da unidade 8:30 às 9:30 9:30 às 10:30 10:30 às 11:30 Outros requisitos legais/ agrotóxicos, controle de pragas/ fauna e flora pessoal da unidade 11:30 às 12:30 14:30 às 15:30 15:30 às 16:00 16:00 às 17:00 Horário 8:00 às 8:30 8:30 às 9:30 9:30 às 10:30 10:30 às 11:30 11:30 às 12:30 Tancagem/carreg./descar/ transporte / estocagem Inflamáveis / NR 20/ NR 23 pessoal da unidade Co-ger. energia-GPEE pessoal da unidade Manut. elétrica, mecânica e instrumentação/ NR 10/ NR 13 / calibração/ gases de refrigeração pessoal da unidade UTA- Geoplan - pessoal da unidade Gerenciamento de Ruído - Marcelo e documentação a ser disponibilizada Auditor 1 - Daniela Outros requisitos legais/ CTF IBAMA/ CTE RJ/ Outorga Água - Marcelo Gerenciamento de resíduos/ solos Marcelo Poluição do Ar/ PROCON AR - Sérgio Preparação de relatório Data: 29/10/10 Auditor 2 - Michel Reunião da equipe Auditor 3 - Monique Co-ger. energia-GPEE pessoal da unidade Comunicação interna e externa/ Comunicações ambientais/correspondências com UTA- Geoplan/ Poluição os órgãos ambientais - Sérgio das Águas/PROCON ÁGUA - pessoal da unidade Pendências da auditoria Elaboração da planilha para o gerenciamento de resíduos Almoço 12:30 às 13:30 13:30 às 14:30 Medicina do trabalho - pessoal da unidade Almoço 12:30 às 13:30 13:30 às 14:30 Auditor 3 - Monique Pendências da auditoria Análise de Causas e Elaboração do Plano de ação do RAA - Sérgio Preparação de relatório Preparação de relatório DZ - Verificação das Auditorias anteriores (ANEXO 2) 14:30 às 15:30 15:30 às 16:30 16:30 às 17:00 Preparação de relatório 14 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. Nota: Os responsáveis pelas áreas auditadas estão descritos no anexo 3 deste relatório. 8. 1 REPRESENTANTES DA ORGANIZAÇÃO AUDITADA REPRESENTANTES DA AUDITADA ÁREA ONDE TRABALHAM FUNÇÕES Marcelo Saxer SGI Coordenador de SSMA Jorge Rubens SGI Coordenador de SGI e Qualidade Sérgio Palhares SSMA Coordenador de SSMA / RJ Nota: Responsabilidades & Atribuições Os representantes da empresa auditada são responsáveis pela disponibilização das informações e suporte para realização da auditoria. 9. EQUIPE DE AUDITORIA Nome Michel Epelbaum Daniela Fernandes Lima Registro Profissional CREA No. 179788/D SP CRQ N.º 03112046 Terceira Região Monique Vianna Solaira CRQ N.º 03423155 Terceira Região MTE: 13140/RJ Qualificação Profissional Engenheiro Químico Química Auditora Ambiental Técnica em Meio Ambiente e em Segurança do Trabalho Função na Auditoria Auditor líder Auditor Auditor Notas: Os certificados e currículos da equipe auditora estão disponíveis no anexo 9 deste relatório. 15 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 10. ESCOPO Foram auditadas as instalações e atividades pertencentes e sob responsabilidade da GPC QUÍMICA SA, situadas a Avenida Brasil 3666, Benfica – Rio de Janeiro. .Foram avaliados as instalações, equipamentos, sistemas, colaboradores e documentações da GPC QUÍMICA SA, sendo selecionadas as áreas de forma que os aspectos ambientais sejam avaliados quanto aos seus impactos ambientais. 11. CARACTERÍSTICAS DAS UNIDADES AUDITADAS Ramo: Atividade Principal: Localização: Indústria Petroquímica Produção de 160.000 toneladas por ano de metanol, a partir de gás natural. Avenida Brasil, 3666 – Manguinhos, município Rio de Janeiro. N.0 de Empregados: 79 (funcionários) 36 (subcontratados) CNPJ Inscrição Estadual CNAE: 90.195.892/0001-16 77289704 2099.1.99 Inicio da Operação: 1971 Licença de Operação: LO IN000045 Validade da L.O.: 10/05/2011 Corpo Receptor: Canal do Cunha Código INEA: UN016423/20.01.30 16 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 11.1 DESCRIÇÃO FÍSICA GERAL Área total do terreno Área construída 573.913 m2 51.540 m2 Áreas ambientalmente protegidas A empresa não possui Áreas verdes 61.100 m2 área protegida. No anexo 10 é apresentada a Planta da Fábrica. 11.2 DESCRIÇÃO GERAL DO PROCESSO & ÁREAS 11.2.1 Unidades Produtivas O processo de produção de metanol consiste basicamente na reação de gás metano, (componente principal do gás natural) com vapor d’água para produzir Gás de Síntese, formado de Hidrogênio, Dióxido de Carbono e Monóxido de Carbono. O Gás de Síntese, através de uma reação catalítica, produz Metanol e Água, que são separados em uma unidade de destilação conforme fluxograma no anexo 1. 11.2.2 Unidade 100 / 1.000 /10.000– Unidade de Reforma de Gás Natural O gás natural fornecido pela companhia estadual de gás (CEG) , é comprimido e enviado para uma unidade de hidrodessulfurização, e então encaminhado para um reformador (forno), que opera a uma temperatura em torno de 850ºC, para que possa ocorrer a reação do gás natural com água na forma de vapor, formando o Gás de Síntese. Como nas unidades 100 e 1.000, fornos de reforma, a unidade 10.000 converte o metano em gás de síntese, porém em um reator autotérmico. 11.2.3 Unidade 200 de Compressão de Gás de Síntese Nesta etapa o gás de síntese (formado por aprox. 77% de H2 e frações de CO, CO2, CH4, C2H6, C3H8 e N2) é comprimido até 61 kgf/cm2 g de pressão e enviado para unidade 2.000. 17 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 11.2.4 Unidade 2.000 de Síntese de Metanol Nesta etapa o gás de síntese é transformado na mistura de metanol e água no estado gasoso, e enviado para unidade 3.000. O gás de síntese não reagido é enviado para os fornos de reforma e usado como gás combustível. 11.2.5 Unidade 3.000 - Unidade de Purificação de Metanol Nesta etapa o metanol bruto condensado (mistura metanol e água) é destilado, separando o metanol puro da água, e do gás de síntese dissolvido que é utilizado como combustível dos fornos de reforma. 11.2.6 Unidade 400 – Sistema de Refrigeração Torres de resfriamento de água industrial. 11.2.7 Unidade 600 – Subestação Formada por um sistema de disjuntores, transformadores, carregadores de baterias, geradores que alimentam a unidade produtiva com energia elétrica. 11.2.8 Unidade 500 – Utilidades, Tancagem e Carregamento. Nesta unidade o metanol e outros insumos são estocados em tanques de aço e fibra de vidro, em áreas com diques de contenção. Pátio e torre de carregamento de metanol. 11.2.9 Unidades de CO2 A Unidade de Recuperação de CO2 da GPC QUÍMICA S.A. tem como objetivo recuperar o CO2 presente na corrente de gases de combustão do Reformador H-101 e H-1101. Esta recuperação é realizada através da absorção do CO2 por uma solução aquosa de Monoetanolamina (MEA). A capacidade de recuperação da unidade de CO2 I é de 90 toneladas /dia. A capacidade de recuperação da unidade de CO2 II é de 75 toneladas /dia. 18 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 11.2.10 Unidade U-M100 Unidade de produção de metilal, as duas principais matérias-primas para a produção do metilal são metanol e a solução de formaldeído. A corrente da solução de formol passa pelo D-101 para eliminar quaisquer contaminantes que possam estar contidos nessa solução. Da mesma forma a corrente de metanol é conduzida através do D-102 com o mesmo objetivo. Esses vasos possuem leitos fixos de resina catiônica cuja função é eliminar os possíveis contaminantes. Fluxograma disponível no anexo 1. 11.2.11 Unidade U-Y720 Unidade de produção de di-metil éter - DME, produzido através do processo de desidratação do metanol na fase vapor em um catalisador de alumina. Nesse processo duas moléculas de metanol são necessárias para a produção de uma molécula de di-metil éter e uma de água. 2 CH3OH ↔ CH3OCH3 + H2O O produto cru é refinado em duas colunas de destilação onde o produto e a água são removidos do sistema. O metanol não convertido é recuperado para reciclo e o DME é obtido. Depois seguem as seguintes etapas: aquecimento do reator; reação e purificação (O produto cru é processado na Coluna de DME para remover os gases dissolvidos). Fluxograma disponível no anexo 1. 11.2.12 Manutenção, Mecânica Área responsável pela manutenção corretiva e preventiva de máquinas e equipamentos da empresa. Foi evidenciada a existência de um sistema de gerenciamento de manutenção corretiva e preventiva (SGS) que está em fase de reestruturação. No sistema foram implementados os equipamentos críticos ao processo. A fase de reestruturação contempla o cadastramento de todos os equipamentos da unidade no sistema. 11.2.13 Manutenção & Instrumentação, Elétrica Área responsável pela manutenção corretiva e preventiva de máquinas e equipamentos da empresa. Foi evidenciada a existência de um sistema de gerenciamento de manutenção corretiva e preventiva (SGS) que está em fase de reestruturação. No sistema foram implementados os equipamentos críticos ao processo. 19 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 11.2.14 Laboratório Químico Área responsável pelas análises físico-químicas em matérias-primas, insumos e produto acabado. 11.2.15 Restaurante Industrial Prepara e serve as refeições para os funcionários da empresa. Estoca e controla os produtos utilizados na confecção das refeições. O restaurante é gerenciado por uma nutricionista e conta com 5 colaboradores. O efluente líquido é encaminhado para uma caixa de gordura e o efluente final é lançado no Canal do Cunha. 11.2.16 Carregamento / Descarregamento Área responsável pelo recebimento de produtos químicos a granel e expedição do Metanol. 11.2.17 Centrais de Resíduos Áreas destinadas à estocagem de resíduos. Estão subdivididas nas seguintes áreas: DRS1a - Resíduos Classe 1 – Perigosos DRS1b - Resíduos classe 1 – Perigosos (óleos tambores vazios) DRS1c - Resíduos classe 1 – Perigosos (lâmpadas fluorescentes e pilhas) DRS1d- Resíduos classe 1 - Almoxarifado (outros) DRS2 – Resíduos classe 2 - Recicláveis DRS3 – Resíduos classe 2 – Madeira, ferro, entulho, lixo gerado fora do processo. 11.2.18 Segurança do Trabalho Área responsável pela recomendação, especificação e forma de utilização dos EPI’s. Além disso, atua nas recomendações em procedimentos operacionais no tocante à segurança dos trabalhadores seguindo as orientações das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho – NR’s. 11.2.19 Almoxarifado Área responsável pelo recebimento e estocagem de todos os insumos produtivos e diversos com exceção dos produtos a granel. 20 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 11.2.20 Co-Geração de energia U-5.000 - GPEE Área responsável pela geração de energia elétrica a partir do gás natural, como fonte alternativa de energia para fábrica. Possui como equipamentos principais, 2 (dois) motores, com potência líquida equivalente a 3.125 kW cada, acoplados a dois geradores, com potência ativa de 3.000 kW cada, montados em módulos (skids) comuns fabricados, formando, assim, unidades compactas. 11.2.21 UTA – Unidade de Tratamento de água – HAZTEC A empresa Haztec (anteriormente denominada Geoplan) é responsável pela operação da Unidade de Tratamento de Água – UTA. O processo consiste da captação de água do Canal do Cunha, a água recebe uma pré-oxidação com hipoclorito de sódio, segue para a clarificação (floco decantador), onde existe a dosagem de floculante (PAC - Policloreto de Alumínio). Em seguida há uma dosagem auxiliar de floculação (polieletrólito aniônico) e após a saída do clarificador, a vazão da água clarificada passa por um filtro de areia, para antes chegar ao sistema de osmose reversa passar ainda por um filtro cartucho (polimento final). Neste momento a vazão da água filtrada está pronta para entrar na osmose, onde o permeado dos quatro primeiros estágios é fornecido como água industrial. O fluxograma e ilustração do processo encontram-se no anexo 1. 11.2.22 Planta para fornecimento de oxigênio U-O2 Este processo consiste na filtração e compressão do ar. O ar comprimido é então resfriado em um trocador de calor por água de refrigeração e enviado para um vaso separador de condensado. O próximo passo é a retirada do vapor d’água remanescente, do dióxido de carbono e de outros contaminantes, como por exemplo, hidrocarbonetos, em dois vasos (um em operação e outro em regeneração) contendo um adsorvente (molecular sieves). A corrente de oxigênio então segue para o reator autotérmico da unidade U-10.000. O fluxograma e ilustração do processo, encontra-se no anexo 1. 21 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 12. AVALIAÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO AMBIENTAL 12.1 Política Ambiental A GPC QUÍMICA possui uma Política Integrada para Segurança, Saúde, Qualidade e Meio Ambiente estabelecida em 16/04/2010. O texto da política contempla todas as unidades do grupo, inclusive a unidade RJ. Inclui o comprometimento com o atendimento à legislação. Ela menciona genericamente o controle e prevenção dos aspectos e impactos ambientais. Quanto aos compromissos com a adoção de práticas de produção mais limpa, tecnologias limpas para a redução de impactos ambientais adversos, o uso racional de recursos naturais e eficiência energética, a Política do SGI contempla estes compromissos dentro da abordagem de prevenção de poluição da poluição, compromisso citado em seu texto. Recomenda-se, como oportunidade de melhoria, a descrição mais específica destes compromissos em documentos do SGI, como o Manual do Sistema de Gestão e/ou objetivos e metas de meio ambiente. A Política do SGI está difundida internamente na intranet da empresa e externamente através do sítio da empresa na Internet. Houve apresentação da mesma pelo Presidente da empresa a todos os funcionários. Os terceiros não foram envolvidos ainda. Os quadros com a antiga Política do SGI estão sendo substituídos, sendo ainda verificados quadros antigos (p.ex. sala de reunião da Diretoria; sala do supervisor de operação). 12.1.2 Objetivos metas e programas ambientais A empresa não possui objetivos e metas ambientais válidos de melhoria, estruturados de maneira formal para suportar os princípios da Política do SGI (que é nova), porém tem algumas ações distribuídas que atendem parcialmente a este requisito (p.ex. atingir nível 2 no Processo Atuação Responsável da ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química) , que envolve meio ambiente, até 2015). Não foram identificadas metas atuais ligadas a prevenção da poluição, produção mais limpa, tecnologias limpas para a redução de impactos ambientais adversos, o uso racional de recursos naturais e eficiência energética. 22 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 12.1.3 Certificação Ambiental Na auditoria realizada no ano de 2001 foi recomendado à Prosint Química S. A, que desenvolvesse e implantasse um sistema de gestão de meio ambiente, segurança do trabalho e saúde ocupacional, estabelecendo sua política ambiental e os respectivos procedimentos. Embora a Prosint tenha elaborado um SGA o mesmo não foi totalmente implementado, contudo a empresa que a incorporou está estruturando um SGI, englobando meio ambiente, buscando também a certificação, o qual será estendido para a Prosint, doravante chamada de GPC Química. Quanto aos requisitos do Processo de Atuação Responsável da ABIQUIM, a empresa elaborou um plano de implementação, atendendo aos prazos e requisitos da ABIQUIM, com previsão de implementação até 2015. 12.1.4 Programas e procedimentos de controle de aspectos ambientais da cadeira produtiva Verificada a existência de procedimentos de qualificação e avaliação de fornecedores de insumos e matérias primas, consistindo de questionário de qualificação e verificação das principais licenças ambientais. Verificado o controle e qualificação do fornecedor de ácido sulfúrico (BUSCHLE & LEPPER), e do fornecedor de MEA (OXITENO). No que tange a transportadores, a empresa adota como requisito de qualificação para o transporte de seus produtos perigosos a certificação SASSMAQ (específica para o transporte de produtos químicos, dentro do contexto do Programa Atuação Responsável da ABIQUIM). Verificada a qualificação válida das empresas transportadoras SAD e LOGA, através de certificação de terceira parte. Quanto a prestadores de serviços, verificou-se que não estão definidos formalmente e de maneira estruturada os requisitos ambientais a serem atendidos por da unidade. P.ex. não evidenciado o certificado atualizado de registro de vetores no INEA da empresa LIMA FORTE, que prestou serviços no dia 28/09/10 (o certificado venceu no dia 05/05/10). A Ordem de Serviços de controle de pragas desta empresa não atende a todo o conteúdo requerido na Deliberação CECA 1430/89. No que tange aos controles ambientais sobre os produtos fornecidos aos clientes, a GPC Química tem as FISPQ’s atualizadas disponíveis no sítio da empresa na internet, e são fornecidas 23 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. as Fichas de Emergência para o transporte. Cabe comentar que não consta da FISPQ do produto novo Metilal (de agosto/2010) as informações ecológicas. 12.2 Estrutura Gerencial, Comunicação e Treinamento Definida a estrutura organizacional de Meio Ambiente, integrada a Saúde e Segurança ocupacional (SSMA), e dentro da visão de SGI-Sistema Integrado de Gestão. As responsabilidades gerais de Meio Ambiente e ligadas ao SGI estão ligadas ao responsável corporativo de SSMA, e as responsabilidades de gestão de resíduos, relacionamento com o órgão ambiental e licenciamento na unidade são assumidas por profissional ligado à GPC). Segundo informado pela unidade, o Responsável Técnico pela Gestão Ambiental (RGA) é o Diretor Industrial Corporativo, Carlos Cruz, porém não foi evidenciada a entrega do Termo de Responsabilidade Técnica pela Gestão Ambiental (TRGA) conforme o Decreto Estadual 42.159/09. O comprometimento da alta administração da empresa foi demonstrado através dos eventos de apresentação da Política do SGI, 2 reuniões por ano de avaliação do Sistema de Gestão Integrado, e através de reuniões na unidade de apresentação de resultados e das estratégias corporativas O sistema de comunicação interna prevê alguns meios/rotinas de comunicação: - Diálogo de Segurança, realizado com os funcionários, 2 x por mês, que no entanto não está contemplando atualmente assuntos de Meio ambiente. - comunicações em caso de emergência na unidade, acionando o ramal específico e disparando a atuação pelo Plano de Emergência - relato via rádio de desvios operacionais e incidentes para o técnico de segurança - comunicação aos supervisores de resultados de desempenho de alguns indicadores de meio ambiente, nas reuniões setoriais - comunicação da Política do SGI através das reuniões realizadas 2 vezes ao ano com o Presidente da empresa. - uso dos quadros de aviso para informações de meio ambiente - informações básicas de segurança e meio ambiente para prestadores de serviços que entram na unidade industrial. 24 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. Quanto à conscientização dos trabalhadores em relação aos potenciais impactos ambientais da organização, verficou-se um bom nível de conhecimento e entendimento do papel de cada um para evitar ou controlar a poluição dentro da unidade. Observa-se, no entanto, que não foram evidenciadas a prática de comunicação dos aspectos/riscos de meio ambiente aos funcionários, bem como de mudança de requisitos legais e objetivos/metas ambientais. Adequação dos Programas de Treinamento e Capacitação É desenvolvido anualmente PATRE – Plano Anual de Treinamento, pelo RH corporativo, em consulta às áreas e unidades, englobando a unidade RJ. Verificado o PATRE de 04/05/10, rev4 (referente a 2010), onde treinamentos de meio ambiente previstos para este ano são Conceitos Básicos do SGI (1º. Semestre, porém não realizado), Sistema de Gerenciamento de Documentação (realizado) e Atuação Responsável (previsto 2º. Semestre, ainda não realizado). Por outro lado, foi realizado treinamento dos brigadistas no plano de emergência, não incluído dentro do PATRE. Quanto ao treinamento e capacitação técnica dos responsáveis pela operação e manutenção dos sistemas, rotinas, instalações e equipamentos de proteção ao meio ambiente ou que possuem o potencial de causar danos ambientais, eles são desenvolvidos dentro da unidade, de modo geral conduzido pelo pessoal da operação. Exemplo disto é o treinamento de 3 meses dos novos integrantes da área produtiva. No entanto, não são guardados registros destes treinamentos e capacitação técnica. Também não há registros de treinamentos em gerenciamento de resíduos, nem de conscientização dos trabalhadores sobre aspectos, riscos e impactos ao meio ambiente da operação. Não foi evidenciada sistemática periódica de reciclagem do pessoal em operação normal, conforme requerido na LO da unidade. Verificadas falhas no gerenciamento de registros de treinamento, não sendo localizadas as evidências de treinamento para operadores de caldeiras conforme a NR 13 para 9 funcionários que operam caldeiras. Outras informações sobre treinamentos para combate a emergências são descritas no item 12.14 deste relatório. 25 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 12.3 Conformidade legal 12.3.1 Atendimento ao que dispõe a legislação federal, estadual e municipal aplicáveis aos aspectos e impactos ambientais A GPC Química não possui uma sistemática para identificação e monitoramento do atendimento aos requisitos legais. Entretanto, foram evidenciadas ações para atendimento aos requisitos legais e outros requisitos subscritos pela organização, como por exemplo, o programa de atuação responsável da ABIQUIM, inventário de resíduos, relatório de atividades potencialmente poluidoras, cadastro técnico federal, pagamento da taxa de controle e fiscalização ambiental no Estado do Rio de Janeiro e etc. As falhas pontuais encontradas pelo não atendimento dos requisitos legais estão descritas no anexo 2 deste relatório. No anexo 8 é apresentada a planilha com as principais legislações aplicáveis à atividade da GPC Química. 12.3.2 A conformidade quanto ao licenciamento ambiental (tipo e validade das licenças), Alvarás, Autorizações, Outorgas, Registros, Termos de Ajustamento de Conduta e outros documentos relacionados às questões ambientais, verificando as datas de emissão e a sua validade. O cumprimento das restrições e exigências deverá ser avaliado. DOCUMENTO Licença de N.º IN000045 Operação Licença de FE015373 instalação Licença de instalação IN000320 DATA DE DATA DE EMISSÃO VALIDADE 19/05/2009 10/05/2011 08/01/2009 23/12/2011 23/06/2009 23/06/2012 ESCOPO Produção de 160.000 toneladas por ano de metanol, a partir de gás natural e produção de oxigênio e gás de síntese Realizar obra de implantação da unidade de produção de 30.000 toneladas por ano de Dimetiléter a partir de metanol. Realizar a obra de implantação de unidade para produção de 15 t/dia de acetal dimetoximetano (metilal) Nos gráficos 12.3.2.1, 12.3.2.2 e 12.3.2.3 é apresentado o acompanhamento do atendimento às restrições das licenças supracitadas. 26 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. Total de restrições Total de restrições não atendidas atendidas IN000045 20 condicionantes 11 condicionantes FE015373 12 condicionantes 4 condicionantes IN000320 16 condicionantes 4 condicionantes Licença OBS: A unidade de Metilal entrou em pré-operação no primeiro semestre do ano de 2010, foi requerida a Licença de operação e empresa está aguardando a inspeção do órgão ambiental para iniciar a operação. Gráfico 12.3.2.1 – Acompanhamento do cumprimento das restrições da LO IN000045 Acompanhamento do cumprimento das restrições da Licença de Operação LO N°IN000045 % de Condições 100% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 65% 35% NAT (%) ATE (%) Total (%) Status 27 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. Gráfico 12.3.2.2 – Acompanhamento do cumprimento das restrições da LI FE015373 Acompanhamento das restrições da Licença de Instalação LI N° FE015373 100% % de Condições 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 75% 25% NAT (%) ATE (%) Total (%) Status Gráfico 12.3.2.3 – Acompanhamento do cumprimento das restrições da LI IN000320 Acompanhamento do cumprimento das restrições Licença de Instalação LI N° IN000320 % de Condições 100% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 80% 20% NAT (%) ATE (%) Total (%) Status No anexo 4 deste relatório apresentamos o acompanhamento, com comentários, de todas as restrições destas Licenças. 28 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. Na tabela abaixo são apresentadas as evidências de cumprimento dos principais requisitos ambientais legais. DOCUMENTO N.º DATA DE DATA DE EMISSÃO VALIDADE 05/11/02 Não definido 30/09/09 14/12/11 14/12/01 14/12/11 29/10/10 NA 07/04/10 18/05/11 ESCOPO Atividade: 136018 - Produtos derivados do petróleo – IND. Alvará de Licença 136016 – Produtos químicos – IND. para 563578 399116 – Importação e exportação. Estabelecimento OBS: O alvará ainda está em nome de Prosint Química S/A. Outorga de direito Outorga para lançamento de efluentes no OUT de uso de Canal do Cunha 044/2009 recursos hídricos Outorga para captar agua do canal do Cunha, Processo Outorga de direito n. Ede uso de observadas as seguintes coordenadas geográficas: 07/101140/ recursos hídricos 99, Latitude E = 22° 53' Longitude N = 434° 14' Certificado de aprovação do corpo de Certificado de bombeiros – AVCB Aprovação do A-0284/10 Corpo de Bombeiros Aquisição de produtos controlados pela Licença da polícia 00000651Polícia Federal. Federal 3 29 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. DOCUMENTO N.º DATA DE DATA DE EMISSÃO VALIDADE ESCOPO Atividade: 30/08/10 Certificado de 01 – Aquisição (Compra). Protocolo de Registro do 32336 02 – Armazenamento (Depósito). 15/06/10 renovação n. Ministério do 03 – Consumo. 9662 - Data: exército 04 – Utilização industrial. Relatório de 09/08/10 Publicação: auditoria D.O.R.J., Ano XXXVI - No- 030 - Parte V RAA ambiental Data: 18/02/10. Não aplicável Não aplicável 06/11/10 06/02/11 11/08/2010 NA NA NA 014/09 realizada em 2009. Cadastro Cadastro Técnico de atividades Potencialmente Poluidoras Federal Indústria química / produção de substâncias e Certificado de fabricação de produtos químicos. 84919 Regularidade Uso de recursos naturais / atividade agrícola e pecuária. Uso de recursos naturais / mantenedor de RPPN. Autorização para o licenciamento ambiental Licença ICMBIO 117/2010 para ampliação da unidade de água. Relatório dos testes executado pela empresa Relatório de Studio Tec Manutenção e Serviços Elétricos Inspeção SPDA – Ltda – ME, em 18/01/10. Sistema de NA Foram realizadas as correções pela mesma Proteção de empresa em agosto de 2010. Descargas OBS: A empresa ainda não recebeu o Atmosféricas relatório final do trabalho. 30 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. DOCUMENTO N.º DATA DE DATA DE EMISSÃO VALIDADE NA NA ESCOPO Foi evidenciada a elaboração das planilhas de movimentações de resíduos do ano de Inventário de 2010, porém, com a mudança de razão social NA Resíduos e CNPJ não foi possível evidenciar o envio do inventário de resíduos através do site do INEA. 12.3.3 Avaliação da execução dos planos de ações das auditorias anteriores Foi evidenciada falha na implementação das ações do plano de ação das auditorias anteriores, pois ainda foram evidenciadas pendências das auditorias realizadas nos anos de 2003, 2005, 2006, 2007, 2008 e 2009. Considerando que o documento base para realização da auditoria foi revisado e a presente auditoria realizada foi uma auditoria de controle, a equipe registrou novas não conformidades referentes ao ano de 2010, mesmo para assuntos reincidentes, como por exemplo, estocagem inadequada de resíduos, falha na realização de treinamentos, incluindo as evidencias anteriores nas novas não conformidades. Desta forma tornou o plano de ação mais condensado de forma a facilitar o gerenciamento do mesmo. Considerando que as constatações relatadas como oportunidade de melhoria são voluntárias e somente 3 oportunidades de melhoria foram relatadas nas autorias realizadas anteriores ao ano de 2006 elas foram eliminadas do plano ação (anexo 2). 12.4 Processos de produção e operação 12.4.1 Aspectos e impactos ambientais significativos A empresa realizou uma avaliação dos aspectos e impactos ambientais de suas atividades, produtos e serviços, e estabeleceu ações para mitigar os impactos causados. No entanto, após a mudança para GPC Química o processo foi descontinuado e não foram evidenciadas avaliações referentes à planta de oxigênio e U10.000 (reator autotérmico) e para as atividades em faze de pré-operação unidades U-M100 (metilal) e U-Y720 (DME /Dimetil éter). 31 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. Embora o processo de identificação dos aspectos e impactos tenha sido descontinuado a empresa implementou e mantêm estudos de análises de riscos, e ações para mitigar os eventuais impactos causados. No anexo 6 são apresentados os principais aspectos e impactos das atividades realizadas pela GPC QUÍMICA S.A. 12.4.2 Procedimentos e rotinas de trabalho A GPC Química mantém as rotinas de trabalho definidas no MANUAL ÚNICO DE PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA (MUPS) – Código: AR-MUPS-001 – Revisão: 01 – Data: 30/05/06 onde são apresentados os procedimentos operacionais definidos pela empresa. Encontra-se em fase de implementação na empresa o sistema ISODOC, onde serão controlados todos os procedimentos da companhia. Todos as instalações produtivas da unidade possuem fluxogramas de processos, que contemplam também os dados de balanços de massa e energia. Minimização dos impactos ambientais A GPC QUÍMICA S.A. ao longo dos anos vem tomando atitudes de forma a reduzir os impactos das suas atividades produtos ou serviços, tanto relacionados aos aspectos ambientais quanto aos ocupacionais, desde 1984 quando converteu toda a sua planta de nafta para o gás natural, tendo sido eliminado o consumo de óleo para a produção e demais medidas, tais como: • Projeto de recuperação de CO2: Esta Unidade tem como objetivo recuperar o CO2 presente nas correntes dos gases de combustão dos Reformadores H-101 e H-1.101, e utilizá-lo como matéria-prima em substituição ao gás natural no processo de produção de metanol, a GPC QUÍMICA S.A. está reduzindo o consumo de uma matéria-prima não renovável por outra que estaria sendo descartada para a atmosfera. Parte deste CO2 é vendido para empresa Linde Gás, antiga AGA. 32 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 12.5 Gestão de energia As principais fontes de consumo de energia, representando mais de 90% do consumo da unidade são: - forno U100 (consumo de gás natural) - forno U1000 (consumo de gás natural) - Caldeira B101 (consumo de gás natural) - geradores da GPEE (consumo de gás natural) - compressores de gás natural (energia elétrica da LIGHT) - compressores de gás de síntese (energia elétrica da LIGHT) - bombas das torres de resfriamento (energia elétrica da LIGHT) Já existem várias medidas e instalações visando a redução das perdas de energia, por exemplo, a unidade GPEE (geradores à gás natural), e o reaproveitamento de calor na caldeira e fornos. Existem estudos em andamento para buscar maiores reaproveitamentos energéticos. Procedimentos de manutenção são adotados para garantir a disponibilidade dos equipamentos e a prevenção de perdas de energia. 12.6 Gestão de água (consumo) A implantação da Unidade de Tratamento de Água - UTA propiciou uma redução no consumo de aproximadamente de 57.600 m3 por mês de água potável da CEDAE (com qualidade superior a necessária para o seu uso industrial), proporcionando desta forma maior disponibilidade para uso da população da cidade do Rio de Janeiro, com a conseqüente preservação de um recurso natural cada vez mais escasso. Nesta segunda fase a GPC QUÍMICA S.A. solicitou ao INEA Licença de instalação para ampliação desta unidade, UTA. De modo a se evitar aumento na captação de água bruta do Canal do Cunha, a produção adicional de 30.000 m3/mês de água industrial será feita aproveitando-se parcialmente o rejeito salino. Desta forma, além de não haver aumento na captação haverá diminuição de cerca 56% no volume de rejeito salino retornado ao Canal. 33 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 12.7 Gestão de materiais (matérias-primas, insumos, embalagens e produtos) A unidade dispõe de procedimentos para gestão das poucas matérias-primas e insumos adquiridos, bem como para os produtos fabricados, definindo requisitos específicos de recepção, manuseio, estocagem, transporte interno e disposição, dentre os quais as rotinas de operação e manutenção já descritas no item 12.4.2 deste relatório. São obtidas, disponibilizadas e utilizadas as FISPQ’s das matérias-primas e insumos, bem como dos produtos fabricados (já descrita a sistemática no item 12.1.4 deste relatório). Procedimentos de emergência complementam estes controles, como descrito no item 12.14 deste relatório. Procedimentos de reaproveitamento e reciclagem dos materiais são contidos nos procedimentos operacionais e de gerenciamento de resíduos, conforme descrito nos itens 12.4.2 e 12.10 deste relatório, e também como parte dos esforços para garantia de eficiência operacional da planta. A empresa adotou medidas para reduzir o impacto/risco ambiental e aumentar a eficiência, como a conversão em 1984 de toda a sua planta de nafta para o uso de gás natural como principal matéria; eliminação do consumo de óleo para a produção; automatização do Processo de Carregamento de Metanol: aterramento e ao nível do caminhão tanque, evitando a eletricidade estática decorrente do escoamento do Metanol. 12.8 Gestão de efluentes líquidos Os efluentes gerados na unidade produtiva atualmente são destinados para a “piscina de incêndio”, juntamente com a água captada no Canal do Cunha, para serem tratados pela empresa que opera a unidade de osmose reversa, a HAZTEC. Após o tratamento o rejeito é despejado no Canal do Cunha e mensalmente são realizadas duas análises, e enviadas à GPC QUÍMICA S.A.. O monitoramento dos efluentes líquidos (rejeitos da osmose reversa) é realizado por empresa devidamente credenciada, Haztec Tecnologia e Planejamento Ambiental S/A, Certificado de credenciamento de laboratório: CCL FE015173 validade 08/07/2010 / Protocolo de renovação 390360-6 de 03/05/10. Parâmetros monitorados: Vazão e DBO. 34 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. A GPC possui outorga para captação e descarte de efluentes. A captação de recursos hídricos ocorre à jusante conforme preconiza a outorga, decreto 30206 de 30/12/2000. 12.9 Gestão de emissões atmosféricas A Empresa não está inserida na relação de empresas que fazem parte do PROCON - AR. Principais emissões: vapor d’água e compostos orgânicos voláteis. Fontes de emissões: Processo produtivo: as principais emissões do processo produtivo são provenientes de emissões fugitivas, atualmente não quantificadas. Fornos: fontes de emissão atmosférica, CO e CO2, contudo os gases gerados em um dos fornos são reaproveitados. Caldeiras: as caldeiras funcionam a gás natural, são realizadas as inspeções das caldeiras, conforme norma regulamentadora do ministério do trabalho, todavia foram evidenciadas falhas pontuais no atendimento a NR 13, não conformidade descrita no anexo 2 deste relatório. As emissões das caldeiras não são monitoradas. Capela do laboratório: emissões provenientes das análises, sem a existência de sistema de lavador de gases. Sistema de refrigeração: a empresa utiliza gás freom R-22, clorodifluormetano, gás nocivo para a camada de ozônio, nas há um procedimento de coleta de gases nas atividades de manutenção, não conformidade descrita no anexo 2 deste relatório. Gerador: há um gerador a diesel destinado às situações de emergências, 12.10 Gestão de ruídos Última avaliação de ruído foi realizada no ano de 2008. Foi evidenciada a instalação de duas novas unidades, alvo das licenças de instalação: LI FE015373 e LI FE000320, sem as devidas medições de ruído, vale ressaltar que é uma restrição da LI N° FE015373, Validade: 23/12/2011 a medição de ruído ambiental. 35 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. • Resultados da avaliação realizada no ano de 2008: PONTO DE MEDIÇÃO DESCRIÇÃO DO LOCAL NÍVEL DE RUÍDO [dB(A)] (Período Diurno) Ponto 1 Entre o Canal do Cunha e a comunidade localizada na Rua José Moreira Pequeno. Altura das Unidades 100 e 1000 e às margens do Canal do Cunha. (Norte) 63 Nível de ruído proveniente dos equipamentos das Unidades 100 e 1000. Ponto 2 Próximo a AGA 57 Planta AGA Ponto 3 Ponto 4 Ponto 5 Ponto 6 Ponto 7 Ponto 8 Ponto 9 Ponto 10 Ponto 11 Próximo à área de carregamento. Altura das Unidades 100 e 1000. Em frente ao Portão 2. Altura das Unidades 100 e 1000. Captação de Água da Geoplan. Altura das Unidades 100 e 1000. Próximo à serraria. Entre a fronteira com a antiga TASA e o eixo 2000. (Sul) Tratamento de Água da Geoplan. Entre a fronteira com a antiga TASA e o eixo 2000. (Sul) Junto à guarita dos fundos. Entre a fronteira com a antiga TASA e o eixo 2000. (Sul) Entrada da fábrica em frente à portaria principal na Av. Brasil. (Oeste) DESCRIÇÃO DAS FONTES /OBSERVAÇÕES 74 76 Nível de ruído proveniente dos equipamentos das Unidades 100 e 1000. 64 61 73 Nível de ruído proveniente dos equipamentos das Unidades 100 e 1000 e dos equipamentos de osmose reversa da Empresa Geoplan. 59 68 78 Nível de ruído proveniente do trânsito de veículos da Av. Brasil. 68 Foi concluído pela equipe avaliadora ao comparar os valores medidos nos pontos de avaliação com a legislação pertinente, que os limites estabelecidos, em alguns pontos de medição foram ultrapassados no horário diurno. Entretanto, apurou-se que a uma das fontes de ruído é o trânsito de veículos da Avenida Brasil e que as atividades executadas pela GPC contribuem também para o aumento do nível de ruído nas áreas externas à fábrica. Nota: Não foi realizada a medição de ruído no horário noturno. Não houve ocorrência de reclamação do público externo sobre poluição sonora. 36 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 12.11 Gestão de resíduos A empresa possui os seguintes procedimentos para o gerenciamento dos resíduos: - Norma Interna de gerenciamento de resíduos sólidos, 2349/P revisão 10 data: 8/9/10; - Gerenciamento de resíduos de serviço de saúde – SA-PO-001 revisão: 01 data 07/11/2006. Os resíduos gerados estão estocados em área coberta, devidamente identificada, pavimentada e com o acesso restrito. DRS 1A / DRS 1B / DRS 1C / DRS 1D - Resíduos classe I DRS 2 / DRS 3 - Resíduos classe II A Coleta Seletiva apresenta falhas de implementação, sendo ainda encontrados coletores com resíduos misturados, fato observado em auditoria legal anterior. Quanto ao monitoramento dos resíduos, a empresa registra mensalmente informações na planilha Relatório de Manifesto de Resíduos: data, identificação, origem, estado físico, classe, forma de acondicionamento, quantidades, tratamento/ disposição, transportador e receptor para todos os resíduos gerados. No anexo 5 é apresentada por amostragem a lista de empresas participantes do gerenciamento de resíduos destinados durante o ano de 2010. Não foi realizada destinação dos seguintes resíduos no ano de 2010: lodo da UTA, resíduos analíticos de laboratório, madeira, entulho, catalisador (óxido de zinco), pneus, álcool superior, pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes, os mesmos são mantidos estocados de acordo com as normas ambientais vigentes. As não conformidades e ou observações detectadas neste processo estão relatadas no anexo 2 deste relatório. 12.12 Gestão do uso de agrotóxicos para o controle de vetores e pragas urbanas A empresa não compra atualmente agrotóxicos, no que tange ao controle de pragas e vetores, foi contratada a empresa Lima Forte Dedetização Ltda tendo sua licenciada pelo órgão ambiental Certificado de Registro de Vetores - CRV 000152, vencida em 05/05/10. 37 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. Não foi evidenciado um programa para o manejo de pragas, índice de infestação e medidas mitigadoras para a redução dos impactos gerados pela aplicação de inseticidas e raticidas. 12.13 Limpeza e higienização de reservatórios de água Serviço realizado pela Empresa Conservadora Cinemar Ltda - ME – CRH N.º IN 000628 válido até 20/08/2010. Serviço realizado no dia 19/08/10 válido até 19/02/11. Análise feita pelo laboratório Coli Water Rio Lab. E Assessoria Amb. Ltda – Boletim N.º 76020/10 em 30/08/2010, atendendo aos padrões da Portaria MS N.º 518 / 2004. 12.14 Gestão de riscos ambientais Diversas metodologias e ferramentas são utilizadas pela GPC Química RJ para a realização de avaliações de risco nas unidades de processo: - Análise Preliminar de Perigos (APP) interna – todas as unidades existentes até 2002 tem estas avaliações, feitas pelo pessoal interno sob orientação de consultoria externa, que subsidiaram a definição de ações de gerenciamento de riscos e elaboração do Plano de Emergência da unidade vigente à época. - Análise Preliminar de Perigos (APP) externa – diversas unidades foram objeto de APP’s elaboradas por profissionais especializados, p.ex. unidade de CO2 I, U 1000, etc. - “Hazard and Operabilities Studies” (HAZOP) externo – algumas unidades produtivas tem este estudo que visa gerenciar riscos de operação de plantas químicas e instalações de estocagem (p.ex. CO2 II). - Análises Quantitativas de Risco (AQR) externas- as unidades mais recentes, objeto de licenciamento ambiental, foram objeto de AQR’s quando requeridas pelo órgão ambiental estadual (FEEMA), identificando-se que os riscos de acidentes maiores não atingem a comunidade. (p.ex. UM 100, DME). Como comentário geral, recomenda-se avaliar as medidas propostas, onde existentes, para redução dos riscos. A partir dos diversos estudos de análises de riscos foi elaborado Plano de Emergência da unidade, substituído em 2010 pelo Plano de Emergência Corporativo. Este Plano Corporativo é composto de alguns procedimentos, sendo um referente a plano de chamadas (código 2555-P de 02/09/10), outro específico para formol (código 2571), outro para produtos inflamáveis (código 38 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 2930-P de 10/05/10), outro para evacuação de pessoal em emergência (código 2403). O conjunto dos procedimentos contemplam as responsabilidades, estrutura de atendimento, recursos, treinamento e simulados (sendo previstos 3 simulados em 2010, sendo dois já realizados, um de resgate em espaço confinado, um de contenção de vazamento químico com vitima e outro de extinção de incêndio com vitima). O cenário do simulado com vazamento químico foi de vazamento de amônia – existente em pequena quantidade no sistema de refrigeração. Foi verificado o controle existente sobre os recursos de emergência (extintores, hidrantes, vapor, carreta de espuma, kit absorvedor de derramamentos, alarmes), de modo geral consistindo em inspeções mensais, e no caso de extintores, a pesagem e recarga conforme a legislação. Foi feita inspeção em campo para avaliar a eficácia do controle destes recursos de emergência. No entanto, foram evidenciados desvios em relação à implementação do plano de emergência: - plano de emergência válido corporativo não contempla a unidade DME; - plano de emergência válido corporativo não foi totalmente passado ao pessoal (ainda faltando treinamento de algumas pessoas); - não evidenciado o treinamento completo que atenda ao previsto no Plano de Emergência Corporativo, nem à legislação/NBR (amostrados 4 brigadistas, sendo que 1 não teve treinamento de formação, e os outros tem treinamentos que não atendem completamente ao necessário); - não há identificação física da brigada, nem a divulgação ao pessoal de quem são os brigadistas; - a empresa não possui diferentes pontos para o acionamento do alarme de emergência, o mesmo fica centralizado na sala de controle, contrariando o que preconiza a NR 23. Não evidenciada rotina de inspeção dos mesmos; - não evidenciada rotina de inspeção do kit sparksorb para derramamentos, cuja caixa na auditoria encontrava-se quase sem material; - simulado referente a vazamento de amônia previsto para julho/10, porém realizado em ago/10. Não houve planejamento das ações corretivas decorrentes da avaliação deste simulado (ações foram tomadas, não formalizados planos de ação). Observou-se ainda que a unidade dispõe do Ramal 9489 para emergências, recomendando-se que ele seja inteiramente dedicado somente a situações de emergência. No que tange ao procedimento para investigação de acidentes/incidentes ambientais, verificou-se a existência de procedimento corporativo de registro e investigação de acidentes ambientais 39 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. (código 1322-N de 24/05/2010), porém ainda não implementado na unidade. No entanto, vale ressaltar que não há histórico de acidentes ambientais nos últimos 5 anos na unidade. 12.15 Gestão de passivo ambiental Nas instalações da GPC Química, não foi observada suspeita de existência de passivo ambiental. 13. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL Foi evidenciado um conjunto de indicadores de desempenho ambiental abrangente, que é monitorado e acompanhado internamente na empresa, e relatado para a ABIQUIM. A avaliação de desempenho ambiental nos últimos 5 anos para estes indicadores está descrita no Anexo 7 deste relatório. Sugere-se como oportunidades melhoria: • Monitorar indicadores específicos (em relação ao total produzido), de modo a permitir uma melhor análise e comparação. • Acrescentar a alguns indicadores parciais os totais (p.ex. resíduos totais gerados, como soma dos resíduos perigosos e não perigosos) • Avaliar a oportunidade de acrescentar os indicadores relacionados no Anexo A da DZ-56: multas e penalidades (registre-se que não houve nem multas nem penalidades nos últimos 5 anos); horas-homem de treinamento e percentual de atendimento às condicionantes das licenças ambientais Em 2009 não houveram acidentes ambientais na planta. Cabe comentar que neste ano a fábrica ficou parada por muito tempo, tendo como consequência resultados menores de vários indicadores de consumos e poluição. Estas paradas prejudicaram a análise dos resultados de desempenho ambiental frente aos anos anteriores. De qualquer maneira, pode-se dizer que a unidade tem um bom aproveitamento energético (e ainda tem uma geração própria próxima da adquirida da distribuidora). Verificou-se que não há reciclagem de efluentes tratados na ETE, o que poderia ser analisado do ponto de vista de viabilidade de reuso. 40 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. A quantidade de resíduos perigosos em 2009 foi relativamente grande em relação aos números de 2008, considerando que a planta ficou muito tempo parada. 14. PLANO DE AÇÃO 14.1 Campos da Tabela de Constatações da Auditoria A seguir está a Tabela de Constatações da Auditoria, na qual constam as seguintes colunas: CAMPO N.o Relatório Constatação Requisito Classificação Identificação das Causa(s) Ação de disposição Ação corretiva/ preventiva Recursos Prazo Responsável Área Status Comentários DESCRIÇÃO Número sequencial da Oportunidade de Melhoria ou Não Conformidade da Auditoria Descrição do ano do relatório objeto da Não conformidade Descrição da Oportunidade de Melhoria ou Não Conformidade da Auditoria Requisito da Política da Empresa, Legal ou Normativo. Classificação da Constatação da Auditoria: Não Conformidade ou Oportunidade de Melhoria Descrição da(s) causa(s) da não conformidade (ou oportunidade de melhoria) Ação para atacar o efeito da não conformidade, sem necessariamente atuar na causa da mesma. Ação que atua na causa da não conformidade, evitando a sua recorrência (corretiva) ou ocorrência (preventiva) Informa se os recursos estão disponíveis ou não Prazo limite para a implementação da ação Função / Pessoa responsável pela implementação da ação Área / Departamento ao qual se aplica a constatação Descrição do andamento da ação Contempla outros comentários adicionais, onde necessário No Anexo 2 é apresentado o Plano de Ação da Auditoria - 2010 15. CONCLUSÕES DA AUDITORIA 15.1 Avaliação da capacidade da organização em assegurar a contínua adequação aos critérios estabelecidos, iniciativas de melhoria e sugestões sobre novas oportunidades detectadas. Estão apresentadas neste item as conclusões mais significativas que consolidam este Relatório de Auditoria Ambiental, neste dado momento. 41 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. Foi evidenciada uma gestão ambiental estruturada na unidade, que vem sendo reforçada pelo Sistema de Gestão Corporativo. De modo geral, os requisitos legais são atendidos. Iniciativas de melhoria são definidas, porém podem ter uma melhor sistematização. Como pontos fortes desta auditoria, é possível evidenciar o grau de conscientização dos funcionários que realizam atividades com impacto ao meio ambiente. A existência de procedimentos operacionais para atividades com aspectos e impactos significativos para o meio ambiente e a pró-atividade e transparência da empresa de forma a atender as exigências legais, também foram considerados como pontos fortes. A auditoria ambiental realizada na GPC apresentou 20 (vinte) não-conformidades e 1 (uma) oportunidade de melhoria, de acordo com o anexo 2 deste RAA. Os principais pontos que demandam atuação são a gestão de treinamento e emergências, falhas no atendimento a algumas restrições operacionais da LO INEA, sistematização de requisitos ambientais a prestadores de serviços, melhoria do controle de documentos e a estruturação de objetivos e metas de melhoria da planta. É importante ressaltar que a auditoria é uma amostragem, e em função disso, recomenda-se que a GPC proceda à análise de abrangência as não conformidades necessárias para as demais áreas e processos. Recomenda-se também especial atenção para que as ações corretivas e preventivas implementadas efetivamente atuem nas causas dos desvios encontrados a fim de se traduzir em ações eficazes que evitem a recorrência / ocorrência dos mesmos desvios. Em função disso, se deve evitar que o tratamento das não conformidades se esgote na tomada de ações de disposição que, em alguns casos, apenas atuam nos efeitos das não conformidades. 15.2 Avaliação do cumprimento das medidas preventivas e corretivas estabelecidas no Plano de Ação da auditoria ambiental anterior Conforme mencionado no item 12.3.3, avaliação da execução dos planos de ações das auditorias anteriores, a equipe auditora incluiu as não conformidades pendentes como evidências em novas não conformidade encontradas na presente auditoria, descritas no anexo 2. Contudo, no anexo 2.1 é apresentado o acompanhamento das não conformidades encerradas. 42 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 16. DOCUMENTOS AVALIADOS 16.1 Documentos da Auditada 1. Licença de Operação 2. Registros de análise 3. Livro de Registro da caldeira B- 101 4. Comprovantes de pagamento, data 28/10/2010, TCFA – IBAMA e INEA 5. Correspondências Enviadas para a FEEMA 6. Correspondências Recebidas da FEEMA 7. Certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros 8. Licença de Operação dos Transportadores 9. Licença de Operação dos Receptores 10. Licença de Operação dos Fornecedores de Insumos/ Matérias Primas 11. Manifestos de Resíduos Industriais 12. Inventário de resíduos 13. Plantas da empresa 14. Fluxogramas dos Processos 15. Outorga de lançamento – OUT n. 044/2009 data: 30/09/09 16. Relatório de avaliação e medição de ruído em áreas habitadas – NBR 10151 – Ano de 2008 17. Cadastro Técnico Federal Certificado de Regularidade N do cadastro: 84919 17. Emitido em: 06/11/10 Validade até: 06/02/11 SPDA - Relatório dos testes executado pela empresa Studio Tec Manutenção e Serviços Elétricos Ltda – ME, em 18/01/10. 18. Pragas e vetores Empresa: Lima Forte Dedetização Ltda – ME CRV: IN000152 OS: 24374 19. Validade: 05/05/10 Data: 28/09/10 Validade: 28/10/10 Limpeza da coifa Empresa: VPM Serviços Meriti S/S Ltda Serviço realizado em 17/06/10 43 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 20. Limpeza de cisternas e caixa d’água Empresa: Conservadora Cinemar Ltda – ME CRH: IN000628 Validade: 20/08/10 Serviço realizado em 19/08/10 21. Ficha de emergência do Metanol 22. Ficha de emergência do Metilal 23. Ficha de emergência do DME 24. Check list de inspeção dos caminhões Código: TRADI-CLIST-001 25. Data: 30/08/06 Procedimento de carregamento de Metanol Código: DVCAPO-001 26. Rev.: 13 Rev.: 02 Data: 06/08/03 Plano de emergência para Formol Código: 2571 Rev. 07 27. Data: 05/01/10 Plano de emergência para produtos inflamáveis Código: 2930-P Rev. 03 Data: 10/05/10 28. Plano de emergência para evacuação de pessoal em emergência Código: 2403 29. Plano de chamados de emergência Código: P2555 Rev.: 09 30. Procedimento do gerenciamento de resíduos sólidos 31. Código: 2349-P Rev.: 10 Data: 08/09/10 Procedimento para Não conformidades, acidentes e incidentes Código: 1322-N Rev.: 25 Data: 24/05/10 32. Política Integrada do SGI 44 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 17. LISTAGEM DE ANEXOS Anexo 1 – Fluxogramas de Processo Anexo 2.1 – Plano de ação da auditoria de 2010 Anexo 2.2 – Plano de ação de acompanhamento das não conformidades encerradas Anexo 3 – Listas de Presença Anexo 4 – Status do Cumprimento das Restrições da LO Anexo 5 – Lista de empresas participantes do gerenciamento de resíduos Anexo 6 – Listagem com os principais aspectos e impactos ambientais Anexo 7 – Indicadores de desempenho ambiental Anexo 8 – Planilha com as principais legislações aplicáveis à atividade da GPC QUÍMICA Anexo 9 – Currículo e certificados dos auditores Anexo 10 – Planta da Fábrica 45 RELATÓRIO DE AUDITORIA AMBIENTAL RAA N.º 007/10 GPC QUÍMICA S.A. 18. TERMO DE COMPROMISSO DO RELATÓRIO Reconhecemos que este Relatório de Auditoria Ambiental representa, da forma mais completa possível, as atuais condições das unidades minerarias da GPC QUÍMICA localizadas no município do Rio de Janeiro - RJ no que diz respeito aos aspectos resguardados pelos objetivos desta Auditoria Ambiental. Rio de Janeiro, 16 de Dezembro de 2010. Michel Sergio Pallhares Auditor Líder Coordenador de SSMA Daniela Fernandes Lima Carlos de Oliveira Cruz Auditora Diretor Monique Vianna Solaira Auditora 46