COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLÓGICA NUM FRAGAMENTO DE FLORESTA PRIMÁRIA EM SANTA BÁRBARA (ZONA BRAGANTINA), PA. Dayse Natasha Barbosa Pastana 1;Kênia Samara Mourão Santos 2; Denison Henrique Lima de Miranda 3; Gracialda Costa Ferreira 4. Resumo Foram realizadas análises florísticas e fitossociológicas em uma área de 0,46 ha de um fragmento de floresta primária no estado do Pará para indivíduos a partir de 10 cm de DAP (Diâmetro à altura do peito). Foram levantados 209 indivíduos, pertencentes a 131 espécies e 30 famílias botânicas. FabaceaeMimosoideae (15), Lecythidaceae (14), Urticaceae (10), Burseraceae (10), Lauraceae (9) e Moraceae (9) foram as famílias mais representativas. O padrão uniforme de distribuição foi o predominante na área e o índice de Shannon e equitabilidade obtidos foram de 4,7 e 0,035, respectivamente. Palavras-chave: Análise florística, Análise fitossociológica, diversidade. Abstract Floristic and phytosociological composition in a fragmentof primary forest in Santa Bárbara (Bragantina area), PA. There were made floristics and phytosociological analysis in an area of 0,46ha of a fragment of primary forest in the state ofPará for individuals with more than 10cm of DAP (Diameter at breast height). It was founded 209 individuals, belonging to 131 species and 30 botanical families. FabaceaeMimosoideae (15), Lecythidaceae (14), Urticaceae (10), Burseraceae (10), Lauraceae (9) e Moraceae (9) were the most representative families. The uniform standard of distribution was the predominant and the index Shanon and equitability obtained were 4,7 and 0,035, respectively. Keywords: Floristics analysis, phytosociological analysis, diversity. INTRODUÇÃO O Brasil, com aproximadamente um terço das florestas tropicais remanescentes do mundo, é um dos mais importantes repositórios da biodiversidade mundial. Porém, o impacto das ações antrópicas sobre os ambientes tem feito com que importantes ecossistemas sejam descaracterizados sem que se tenha conhecimento da sua estrutura fitossociológica e composição florística das espécies nos diferentes ambientes (SILVA et al, 2008). A maioria das florestas tropicais da Amazônia tem sido explorada de forma não sustentável, sem aplicação dos critérios de sustentabilidade do manejo florestal, o que caracteriza perda da cobertura florestal e da diversidade de espécies, antes mesmo que se tenha o conhecimento dessa riqueza natural (SOUZA et al, 2006). A fragilidade dos ambientes florestais da Amazônia indica a necessidade prioritária de se conhecer a composição e distribuição das espécies vegetais nesses ecossistemas, visando com isso planificar de forma eficiente o manejo e a conservação da flora nativa regional. Nesse sentido, os estudos florístico e fitossociológico são imprescindíveis, pois a partir de informações quali-quantitativas, pode-se conhecer, entre outros, a função das diferentes espécies de plantas na comunidade, bem como os habitats preferenciais de cada uma delas (OLIVEIRA et al., 2008). Portanto, a partir destes estudos pode-se adquirir um maior conhecimento das características da vegetação local, a fim de se fazer atividades de exploração e alterando o mínimo possível a estrutura da vegetação local. A Zona Bragantina, localizada no nordeste paraense, tornou-se um exemplo bem conhecido de, como o uso intensivo da terra, pode levar a uma completa modificação na paisagem original e de suas condições ecológicas (DENICH, 1986). Atualmente essa região se caracteriza por um mosaico de florestas em diversos estágios sucessionais. Cerca de 90% das florestas primárias dessa região foram removidas (VIEIRA et al., 2007). 1 2 3 4 Engenharia Florestal, graduanda, Universidade Federal Rural da Amazônia, [email protected] Engenharia Florestal, graduanda, Universidade Federal Rural da Amazônia,[email protected] Engenharia Florestal, graduado, Universidade Federal Rural da Amazônia,[email protected] Engenharia Florestal, Dra, Universidade Federal Rural da Amazônia,[email protected] O impacto das ações antrópicas sobre os ambientes tem feito com que importantes ecossistemas sejam descaracterizados sem que se tenha conhecimento da sua estrutura fitossociológica e composição florística das espécies nos diferentes ambientes (SILVA et al., 2008). Os conhecimentos florístico e fitossociológico das florestas de terra firme da região são condições essenciais para a conservação de sua elevada diversidade (OLIVEIRA; AMARAL, 2004). Além de permitir o planejamento e estabelecimento de sistemas de manejo com produção sustentável, condução da floresta a uma estrutura balanceada, bem como práticas silviculturais adequadas (SOUZA et al., 2006). Este trabalho teve como objetivo avaliar a composição florística e fitossociológica de um fragmento de floresta do município de Santa Bárbara, PA. MATERIAL E MÉTODOS Descrição da área O município de Santa Bárbara do Pará está situado na mesorregião metropolitana de Belém sob as coordenadas geográficas 01º 13’ 26" de latitude Sul e 48º 17’ 22" de longitude Oeste, às margens da Rodovia Augusto Meira Filho – PA-391, distando de Belém cerca de 40 km (SANTOS; JARDIM, 2006). O município apresenta clima úmido com temperaturas elevadas durante o ano todo, sendo a média em torno de 26ºC e os meses mais quentesde setembro a dezembro; o índice pluviométrico chega a ultrapassar os 2.550mm anuais, com a maior incidência no período de janeiro a junho e, umidade relativa do ar está em torno de 85% (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2008). A área de estudo se refere a um fragmento de floresta primária de propriedade particular denominada “Fazendinha” na sede do município de Santa Bárbara do Pará. A topografia caracteriza-se por um relevo predominantemente plano, fazendo parte do planalto rebaixado da Amazônia (SANTOS; JARDIM, 2006). A vegetação é composta por floresta secundária com predominância de cipós, banhada pelo fluxo hidrológico de um igarapé. Procedimentos de campo Para determinação dos parâmetros fitossociológicos foram demarcadas 23 parcelas de 20x10 metros cada, distribuídas na área em seis linhas, sendo as cinco primeiras com quatro parcelas cada e a última com apenas três, perfazendo um total de 4600 m² amostrados. A separação das parcelas dentro da linha foi de 50 metros e entre as linhas 100 metros (Figura 1). Figura 1: Disposição das parcelas na área Em cada parcela foi realizado o levantamento florístico das espécies arbóreas lenhosas com DAP ≥ 10cm. O material botânico não identificado no local foi coletado de acordo com normas preconizadas e, determinado cientificamente no herbário Felisberto Camargo da UFRA em nível de família, gênero e espécie (quando possível), e confirmado com auxílio de literatura específica. A classificação taxonômica seguiu o sistema APG II. Os dados foram exportados para planilha de dados do Microsoft Excel 2007 no qual por meio da aplicação de fórmulas específicas foram obtidas as variáveis de interesse. A altura foi coletada através do método de superposição de ângulos, com utilização de balizas com 3 metros de comprimento. Parâmetros fitossociológicos – Estrutura horizontal Foram utilizadas as seguintes fórmulas: 𝑛 ABabsi = 𝐴; 𝑛 𝐴𝐵𝑎𝑏𝑠 AB% = 𝑁 x 100; AB% = ∑ 𝐴𝐵𝑎𝑏𝑠 x 100 Abundância, em que: ABabsi = abundância absoluta da i-ésima espécie, em número de indivíduos por hectare;ni = número de indivíduos da i-ésima espécie na amostragem; N = número total de indivíduos amostrados; A = área total amostrada, em hectare; AB%i = abundância relativa (%) da i-ésimaespécie; ∑ABabs = abundância total, em número de indivíduos por hectare (soma das abundâncias absolutas de todas as espécies amostradas). 𝐷𝑎𝑏𝑠 Dabs = Gi; Dr% = ∑ 𝐷𝑎𝑏𝑠 x 100 Dominância, em que: Dabsi = dominância absoluta da i-ésima espécie; D%i= dominância relativa da iésima espécie; Gi= área basal da i-ésima espécie; G = área basal total amostrada. Fabs = Frequência 𝑛º 𝑑𝑒𝑝𝑎𝑟𝑐𝑒𝑙𝑎𝑠𝑑𝑒𝑜𝑐𝑜𝑟𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛º 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙𝑑𝑒𝑝𝑎𝑟𝑐𝑒𝑙𝑎𝑠 (Índice de Valor de Importância) IVI 𝐹𝑎𝑏𝑠 x 100; Fr% = ∑ 𝐹𝑎𝑏𝑠 x 100 IVI =𝐴𝐵𝑟% + 𝐷𝑟% + 𝐹𝑟% Padrão de distribuição Espacial Para determinar o padrão de distribuição das populações de cada espécie, adotou-se o Índice de Morisita padronizado (Ip), expresso pelas seguintes fórmulas (KREBS, 1989 apud OLIVEIRA, 2005) Ip = 0,5 + 0,5 (Id – Mc / n – Mc), quando Id ≥Ma> 1,0; Ip = 0,5 (Id – 1/Mu – 1), quando Ma> Id ≥1,0; Ip = 0,5 (Id – 1/Mu – 1), quando 1,0 > Id > Mu; Ip = - 0,5 + 0,5 (Id – Mu / Mu), quando 1,0 > Mu > Id. Onde: Id = Índice de dispersão de Morisita (Id = n [∑ 𝑥i²– ∑ 𝑥 i / (∑(xi)²–∑ xi]); n = Número de parcelas; ∑ 𝑥i=Somatória do número de indivíduos da espécie i nas 4parcelas = x1 + ... + x4; ∑ 𝑥i²= Somatória do número de indivíduos da espécie i ao quadrado nas 4 parcelas; Mu = Índice de uniformidade de Morisita (Mu =x²0,975 – n + 3 xi / (3 xi) – 1); Ma = Índice de agregação deMorisita (Ma = x²0,025 – n + 3 xi / (3 xi) – 1); x²0,975 e x²0,025= Valores do Qui-quadrado tabelados com n-1 graus deliberdade que têm 97,5% e 2,5% da área para a direita. ValoresdeIp≥0,5 indicam distribuição espacial agregada; Ip≤-0,5designam distribuição uniforme; Ip entre +0,5 e - 0,5 indicampadrão. Diversidade Florística As diversidades foram estimadas de acordo com os ÍndicesdeRiqueza de Espécie e de Shannon.O primeiro Índice foi obtido da razão entre o número deespécies acumuladas e o tamanho da área amostrada (m²),enquanto o segundo, pela fórmula: H’ = - ∑(pi) (ln pi), ondepi = (ni / N) é a probabilidade de que um indivíduo amostradopertença a espécie i; ni = no total de indivíduos da espécie i; N= no total de indivíduos amostrados na área; a equitabilidade(uniformidade) foi obtida segundo a 𝐻′ fórmula E’ = 𝐿𝑛 𝐸 , onde E = nº de espécies. RESULTADOS E DISCUSSÃO Composição Florística O levantamento florístico resultou em 209 indivíduos, pertencentes a 131 espécies e 30 famílias botânicas. As espécies que apresentaram maior número de indivíduos foram: ApeibaechinataeEschweilerasp, ambas com 8 indivíduos; Cecropiascidophilla, com 6 indivíduos; Pouroumasp, com 5 indivíduos e Eschweileracoriaceamori,Iryantherasp, Lecythissp, Pouroumaferruginea,Pouroumamyrmecophila, apresentaram 4 espécimes cada (Figura 2). Essas nove espécies correspondem a 35,9% das espécies encontradas. Cerca de 71% das espécies registradas no levantamento foi encontrado apenas um representante, como Pouteriasp, MicropholisspePsychotriamapourioidesDC, dentre outras. Espécie Pourouma myrmecophila pourouma ferruginea Iryanthera sp Eschweilera coriacea Lecythis sp Pourouma sp Cecropia sciadophylla Apeiba echinata Eschweilera sp 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral Número de indivíduos Figura 2: Número de indivíduos das principais espécies encontradas num fragmento de floresta primária no Município de Santa Bárbara, PA. As famílias com maior número de espécies foram: Fabaceae (Mimosoideae), com 15 espécies; Lecythidaceae, com 14; Urticaceae e Burseraceae, com 10; Lauraceae e Moraceae, com 9; Fabaceae (Papilionoideae), Malvaceae e Sapotaceae, com 7 (Figura 3). Essas nove famílias contribuíram com 67,2% das espécies encontradas na área de estudo, dado semelhante ao encontrado por SILVA et al. (2008), no Parque Fenológico da Embrapa, na Amazônia Ocidental, onde a diversidade vegetal da área está concentrada em poucas famílias. Essas famílias foram semelhantes às encontrados por VALE et al. (2010), no Município de Peixe- Boi, também localizado na Zona Bragantina Paraense, no qual as famílias mais frequentes foram Fabaceae, Burseraceae, Malvaceae, Sapotaceae, Euphorbiaceae e Lecythidaceae. GONÇALVES & SANTOS (2008) ao estudarem a composição florística na Floresta Nacional do Tapajós, Pará, encontraram também a predominância de Fabaceae, Lecythidaceae, Burseraceae, Lauraceae e Moraceae. Distribuição espacial Todas as espécies analisadas apresentaram uma distribuição espacial do tipo uniforme, diferente do encontrado por Oliveira e Amaral (2005), onde a distribuição foi na sua maioria agregada, no entanto foi semelhante ao resultado encontrado por Oliveira et al. (2008), onde a distribuição foi uniforme, ambos em floresta de terra firme. Diversidade Florística Quanto ao índice de Shannon (H’), o valor obtido foi de 4,7, o que indica uma alta diversidade de espécies no local, fato também observado por Oliveira e Amaral (2005) e Alves e Miranda (2008) em outros estudos de florestas de terra firme. O índice de equabilidade de Shannon (E’) mostrou um valor de 0,958, um valor alto, que corrobora a distribuição uniforme da área encontrada a partir da fórmula. Família Fabaceae (Caesalpinioideae) Euphorbiaceae Sapotaceae Malvaceae Fabaceae ( Papilionoideae) Moraceae Lauraceae Urticaceae Burseraceae Lecythidaceae Fabaceae (Mimosoideae) 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral 1900ral Nº Indivíduos Nº Espécies Figura 3: Disposição do número de espécies e indivíduos de acordo com as famílias num fragmento de floresta primária no Município de Santa Bárbara, PA. CONCLUSÃO O fragmento de floresta estudado apresenta elevada diversidade florística, quando comparado com outros trabalhos realizados, apresentando distribuição uniforme de indivíduos em relação ao número de espécies, de forma que não há espécies com um domínio expressivo, capaz de caracterizar o fragmento. O índice de Shannon 4,7 encontrado para o fragmento mostra grande diversidade de espécies na área, com grande distribuição dos indivíduos entre as espécies comprovado pelo índice de equitabilidade 0,958 demostrando a abundância das espécies. A área estudada possui uma grande diversidade de espécies, porém com pouca quantidade de indivíduos representantes. O que nos indica uma necessidade constante de aplicação de métodos de manejo adequados para que não haja problemas futuros com a reposição adequada destes indivíduos na área em casos de exploração florestal. REFERÊNCIAS ALVES, J. C. Z. O.; MIRANDA, I. de S. Análise da estrutura de comunidades arbóreas de uma floresta amazônica de Terra Firme aplicada ao manejo florestal. Acta Amazônica, vol. 38(4) 2008: 657-666. DENICH, M. A vegetação da Amazônia oriental com ênfase na vegetação antrópica. Belém, EMBRAPA-CPATU. 1986. p. 43-69. Documentos, 40. GONÇALVES, F. G.; SANTOS, J. R. Composição florística e estrutura de uma unidade de manejo florestal sustentável na Floresta Nacional do Tapajós, Pará. Acta Amazônica, vol. 38(2), p. 229 –244, 2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Carta geológica de Belém,1:250.000. 2002a. Disponível em:<http://www.ibge.gov.br>. 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