54º Congressso Nacional de Botânica - 13 a 18 de julho de 2003 - Belém - Pará - Brasil Florística, estrutura e restauração ecológica em paisagem fragmentada de Floresta Atlântica no SUDESTE DO Brasil: estudo de caso na Reserva Biológica de Poço das Antas, Rio de Janeiro. Guedes-Bruni, Rejan R.1; Lima, Haroldo C. de; Moraes, Luiz Fernando D. de. 1 Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2 IBAMA/JBRJ-PMA ([email protected]) A Floresta Ombrófila Densa, ocorrente em áreas de baixada no Rio de Janeiro, constitui a melhor exemplificação do alto grau de degradação e fragmentação da paisagem natural indicando-a como área prioritária para estudos em restauração ecológica e experimentos de implantação de corredores ecológicos. Neste contexto encontra-se a Reserva Biológica de Poço das Antas (22o30’ e 22o33’S; 42o15’ e 42o19’W), com 5.000 ha dos quais 5% correspondem à cobertura florestal em diferentes estádios sucessionais. Distribuída predominantemente sobre planície, com a presença de morros de até 200 metros que são separados por várzeas alagadiças e de fundo achatado a vegetação arbórea nas áreas inundáveis apresenta-se com pequeno porte, com o dossel variando entre 15 e 18 metros de altura. Os índices de diversidade H’ encontrados foram 3,985 nats/inds.(J=0,871) para a floresta inundável e H’= 4,549 nats/inds.(J= 0,887) para a floresta sobre morros. A análise florística e estrutural vem subsidiando a implantação de corredores de vegetação para reconectar fragmentos florestais. Plantios mistos de espécies arbóreas nativas foram instalados em 12 ha da Reserva, em áreas de várzea e de morro. A distribuição das 30.000 mudas plantadas seguiu um desenho baseado na sucessão secundária. A taxa média de sobrevivência das mudas para os plantios foi de 95%. O desenvolvimento das mudas possibilitou o fechamento efetivo do dossel nas áreas plantadas de três a quatro anos após o plantio. Os resultados obtidos até o momento sugerem que, em um plano de trabalho para religar os remanescentes florestais da Reserva aos fragmentos de seu entorno, 8 ha de corredores de vegetação (com no mínimo 30m de largura) poderiam ser implantados por ano, o que representa o plantio anual de 20.000 mudas de espécies arbóreas nativas. ( PETROBRAS S.A.)