Entrada 100 Melhores PME Notícias Galeria Edições Anteriores Contactos Confiança e ambições em comum constroem parcerias Para tal, é necessário que ambos saibam o que procuram, para que não surjam problemas de incumprimento do que foi estabelecido anteriormente. Rodrigo Ferreira Rocha, sócio-administrador da Ferreira Rocha Advogados, fala dos benefícios que a criação de parcerias traz para ambas as empresas e acrescenta: “o aconselhamento jurídico é bom, mas é importante que as empresas antes de recorrerem ao mesmo tenham uma relação de parceria bem cimentada, pois este é para limar algumas arestas”. Facebook 100 Melhores PME 2013 EncontraEncontra-nos no Facebook 100 Melhores PME Gosto 477 pessoas gostam de 100 Melhores PME. Quando é que surgiu a necessidade de formar parceria e que vantagens trouxe para a empresa? A parceria nasce porque uma empresa se sente pequena no país ou mercado onde está inserida. Olhando para Moçambique, o país tem um mercado muito limitado, limitando também a procura daquilo que é a nossa oferta. Quando Moçambique começou a aparecer nos mapas económicos internacionais, o que sucedeu foi que as empresas que vinham investir no país não davam credibilidade aos escritórios que existiam no mercado e queriam trazer os legal advisers dos seus países de origem. Portanto, as parcerias no nosso ramo de actividade nascem porque surge a necessidade de conferir uma maior credibilidade à operação. Por exemplo, a Ferreira Rocha Advogados tem uma parceria com a Abreu International Legal Solutions, um escritório registado em Portugal e que tem bastante know how em várias áreas. O facto de estabelecermos esta associação significa que, na troca de conhecimentos que existe no âmbito de uma parceria firmada, nós podemos considerar também como nossa bagagem toda a experiência que esse escritório tem. Que critérios a empresa usou para seleccionar a sua parceira e que cuidados as PME em geral devem ter no processo de selecção? No caso dos serviços jurídicos, ao contrário daquilo que há em outros tipos de serviços, em que as empresas procuram produtos, nós olhamos para a capacidade técnica do nosso parceiro. Ou seja, saber que é uma empresa que produz material de qualidade, que tem bom nome no mercado, que tem uma reputação ao nível internacional, são essencialmente os critérios que nós usamos para começar a fase do “namoro”. Com a Abreu International, passámos da fase de namoro para casamento a partir do momento em que nos tornamos sócios. Portanto, a parceria evoluiu de tal modo que apenas que não se pode tornar uma integração total porque as ordens de advogados dos países limitam a sua área de actuação. Portanto, cada uma das empresas mantém-se independente, mas partilham recursos comuns. No caso das PME em geral, os critérios variam de acordo com a área de actividade. Se, por exemplo, fôssemos uma empresa de telecomunicações, obviamente que a qualidade dos serviços e produtos seriam importantes, mas, talvez, a tecnologia a empregar para desenvolver esses serviços seria ainda mais importante. Diz que, por causa das limitações impostas pelas ordens de advogados, as empresas mantém-se independentes, mas partilham recursos comuns. Que recursos partilham? Plugin social do Facebook Vídeo institucional Partilhamos recursos de acesso a ferramentas de gestão, recursos de acesso a centros de custos partilhados, e é aí que diminuem os eventuais problemas que surgiriam com o crescimento do escritório, permitindo que seja possível, para o nosso escritório neste caso, dar um passo maior na contratação de profissionais mais competentes e capazes de exercer a profissão em Moçambique e poder competir internacionalmente a nível de salários. O não cumprimento dos contratos estabelecidos na formação de parcerias tem criado receio na criação de novas parcerias. Como as empresas podem precaver-se desse tipo de situação ? Hoje em dia, apesar de as parcerias estarem estabelecidas através de um contrato, este, por vezes, é mais simbólico que propriamente vinculativo, porque a análise feita pelo contrato é tão subjectiva que, olhando através de um quadro, quem pode parecer ter razão é uma empresa, e olhando por outro, outra empresa pode parecer ter razão. O que conta numa relação de parceria não é tanto o contrato, mas as pessoas que o fazem. Uma parceria que olhe apenas para uma relação de subordinação não funciona. É preciso olhar para uma perspectiva mais construtivista e cooperante, e, quando assim é, os contratos deixam de ter valor, deixam de ser um marco. Por isso, o cuidado que devemos ter não é em celebrar um bom contrato, mas é em escolher um bom parceiro. Quando a relação humana entre as duas casas comunga princípios e ambições comuns, não há incumprimento do contrato. Mas havendo alguma situação que possa justificar o rompimento das relações, nós temos a própria legislação comercial, que tem como princípio que em caso de incumprimento de uma das partes, a situação tem que ser penalizante para quem não cumpriu. Fonte: O País © 2013 100 Melhores PME. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por : Interactive