6° RELATÓRIO CONSOLIDADO DE ANDAMENTO DO PBA E DO ATENDIMENTO
DE CONDICIONANTES
CAPÍTULO 2 – ANDAMENTO DO PROJETO BÁSICO AMBIENTAL
Anexo 13.3.4 - 11 – Desenhos de larvas representando
as principais Ordens e Famílias capturadas (2012-2014)
nos trechos do rio Xingu na área de influência da UHE
Belo Monte no âmbito do Projeto de Monitoramento da
Ictiofauna, PBA
Anexo 13.3.4 - 11 – Desenhos de larvas representando as principais
Ordens e Famílias capturadas (2012-2014) nos trechos do rio Xingu
na área de influência da UHE Belo Monte no âmbito do Projeto de
Monitoramento da Ictiofauna, PBA
Para todos as figuras a escala é de um milímetro.
1. ORDEM CHARACIFORMES
1.1. FAMÍLIA CHARACIDAE
Apresenta a maior variação no padrão de pigmentação e com muita sobreposição nos
caracteres merísticos, o que dificulta a identificação ao nível de espécie,
principalmente nos estágios iniciais de desenvolvimento.
Figura 1 - 1 – Larva de Characiformes da Família Characidae em estágio de préflexão capturada no período de cheia e vazante na área de influencia da UHE
Belo Monte
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Figura 1 - 2 – Larva de Characiformes da Família Characidae em estágio de préflexão, morfotipo MFC BP capturada principalmente nos períodos de enchente e
cheia na área de influencia da UHE Belo Monte. Esse morfotipo apresenta uma
grande variação na intensidade dos pigmentos presentes na cabeça e na região
do saco vitelínico, podendo representar mais de uma espécie de Characidae de
pequeno porte.
Figura 1 - 3 – Larva de Characiformes da Família Characidae em estágio de préflexão, morfotipo MFC01 capturada principalmente nos períodos de enchente e
cheia na área de influencia da UHE Belo Monte. Esse morfotipo apresenta uma
variação na pigmentação presente somente na cabeça.
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Figura 1 - 4 – Larva de Characiformes da Família Characidae, Triportheus sp.
capturada na área de influência da UHE Belo Monte e que apresenta ampla
distribuição no rio Xingu. Apresenta pigmentação bem marcada podendo ser
visualizada em vista dorsal, ventral e lateral.
Figura 1 - 5 – Larva de Characiformes da Família Characidae, Triportheus sp.
capturada na área de influência da UHE Belo Monte e que apresenta ampla
distribuição no rio Xingu.
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Figura 1 - 6 – Larva de Characiformes da Família Characidae, Brycon sp. em
estágio de Pós-Flexão capturada em fevereiro de 2013. As larvas desses gênero
apresentaram distribuição em toda área de corredeira (Sítio IC02 ao IC04) do rio
Xingu capturada na área de influência da UHE Belo Monte e que apresenta ampla
distribuição no rio Xingu.
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1.2. FAMÍLIA SERRASALMIDAE
Figura 1 - 7 – Larvas de Characiformes da Família Serrasalmidae em estágio de
flexão capturadas principalmente na enchente e cheia em toda a área de
influencia da UHE Belo Monte. Essas larvas podem ser pertencentes a uma ou
mais espécies de pacu que ocorrem na região. Apresenta uma intensificação de
pigmentos na parte posterior do corpo ao longo de seu desenvolvimento
ontogenético. A pigmentação apresentou grande variação nas larvas
capturadas, mas sempre nas mesmas posições. Larva capturada nas
amostragens do mês de dezembro 2012 e a última larva capturada em janeiro de
2013.
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1.3. FAMÍLIA CURIMATIDAE
Figura 1 - 8 – Larva de Characiformes da Família Curimatidae em estágio de préflexão, denominada de Curimata sp. capturada principalmente durante o período
de enchente no Sítio IC08. Esta espécie é responsável pela maior densidade de
captura em toda área de estudo. Apresenta como característica principal um
ponto bem intenso na região frontal da cabeça e dois pontos de pigmentação na
região anterior e posterior do saco vitelínico.
Figura 1 - 9 – Larva de Characiformes da Família Curimatidae em estágio de préflexão, com padrão de Potamorhina sp., comumente encontrada na bacia
Amazônica. Para o rio Xingu, é possível que esse morfotipo de larva seja
pertencente a outra espécie de Curimatidae. Possivelmente uma espécie de
Cyphocharax.
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1.4. FAMÍLIA ANOSTOMIDAE
Figura 1 - 10 – Larva de Characiformes da Família Anostomidae em estágio de
larval vitelínico denominada de ANO04 capturada somente na vazante do rio
Xingu em toda área de estudo.
Figura 1 - 11 – Larva de Characiformes da Família Anostomidae em estágio de
pré-flexão denominada de “PRETO” em função do padrão de pigmentação. A
denominação dessa larva é temporária em função da ausência de alguns
caracteres possíveis de serem identificados nesse estágio. Espera-se capturar
mais indivíduos desse morfotipo em estágio de desenvolvimento mais avançado
para poder dar uma melhor definição.
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1.5. FAMÍLIA CYNODONTIDAE
Figura 1 - 12 – Larva de Characiformes da Família Cynodontidae, Cynodon sp.
capturada durante o mês de fevereiro/2014, principalmente na bacia do rio
Bacajá.
Figura 1 - 13 – Larva de Characiformes da Família Cynodontidae em estágio de
flexão, pertencente ao gênero Hydrolycus, apresentando distribuição em toda
área de estudo, principalmente durante o mês de fevereiro de 2013.
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2. ORDEM SILURIFORMES
2.1. FAMÍLIA PIMELODIDAE
Figura 2 - 1 – Larva de Siluriforme da Família Pimelodidae em estágio inicial de
larval vitelínico capturada no início da enchente no IC02 na área de influencia da
UHE Belo Monte.
Figura 2 - 2 – Larva de Siluriforme da Família Pimelodidae em transição do
estágio de pré flexão para flexão capturada na área de influencia da UHE Belo
Monte. Durante o desenvolvimento larval, apresenta uma intensificação na
concentração do pigmento na parte dorsal do corpo.
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Figura 2 - 3 – Larva de Siluriforme da Família Pimelodidae. Essa larva, apesar de
se encontrar no estágio de flexão apresenta características de desenvolvimento
semelhante à espécie Pinirampus pirinampu. Larvas capturadas na região de
Vitória do Xingu.
Figura 2 - 4 – Larva de Siluriforme da Família Pimelodidae denominada de
Pimelodus sp. em estágio de pós-flexão capturada na enchente e cheia do rio
Xingu. O que dificulta a identificação de larvas são as lacunas entre um estágio
de larval vitelínico (Figura 11) e uma larva em pós-flexão.
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2.2. FAMÍLIA AUCHENIPTERIDAE
Figura 2 - 5 – Larva de Siluriforme da Família Auchenipteridae. Possivelmente
essa larva seja da espécie Tocantinsia piresi. Essa larva em estágio de flexão
apresenta pigmentação concentrada principalmente na porção anterior do corpo
e nadadeiras peitorais com espinho bem desenvolvido para o estágio de
desenvolvimento.
Figura 2 - 6 – Larva de Siluriforme da Família Auchenipteridae, Tatia sp. com
pigmentação distribuída por todo o corpo, principalmente na porção superior,
capturada em fevereiro de 2013.
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Figura 2 - 7 – Larva de Tatia sp. (Siluriforme: Auchenipteridae) em vista lateral e
dorsal no estágio de flexão capturada principalmente na enchente e cheia na
área de influencia da UHE Belo Monte. Durante o desenvolvimento larval,
apresenta uma intensificação na concentração do pigmento na parte dorsal do
corpo.
Figura 2 - 8 – Larva de Tatia sp. (Siluriforme: Auchenipteridae) em estágio de
flexão capturada na área de influencia da UHE Belo Monte. Durante o
desenvolvimento larval, apresenta uma intensificação na concentração do
pigmento na parte dorsal do corpo.
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A
A
B
Figura 22 --99––Larvas
dede
Siluriformes
da Família
Auchenipteridae.
A: Tatia
1, B: 1, B:
Figura
Larvas
Siluriformes
da Família
Auchenipteridae.
A: Tatia
Tatia 2, capturadas na mesma amostra de janeiro de 2013..
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Figura 2 - 10 – Adulto (acima) e larvas de Gelanoglanis sp. em pós flexão e flexão
capturadas na região a jusante de Belo Monte. Capturados somente durante a
vazante do rio Xingu.
Figura 2 - 11 – Larvas de Siluriformes da Família Auchenipteridae, Auchenipterus
sp. As larvas apresentam pigmentação restrita a porção anterior do corpo,
sendo esta pigmentação mais espaçada. .Larva capturada em janeiro de 2013.
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Figura 2 - 12 – Larva de Siluriformes da Família Auchenipteridae, Auchenipterus
“preto”. Essa larva de Auchenipterus de diferencia da larva preente na Figura 2 11 por apresentar olho menor e padrão de pigmentação com pontos escuros
menores e mais próximos na porção anterior do corpo. Larva capturada em
fevereiro de 2013.
2.3. FAMÍLIA CETOPSIDAE
Figura 2 - 13 – Larva de Siluriformes da Família Cetopsidae (CET02) capturada
em fevereiro de 2013. Este morfotipo esteve presente nas amostragens de
enchente e cheia.
Figura 2 - 14 – Larva de Siluriformes da Família Cetopsidae (CET03), capturada
em janeiro de 2013. Esse morfotipo esteve presente somente durante a
enchente.
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2.4. FAMÍLIA TRICHOMYCTERIDAE
Figura 2 - 15 – Larvas de Paracanthopoma sp. em pós flexão, ou seja, no fim do
desenvolvimento ontogenético capturado na região de Vitória do Xingu. Escala
de um milímetro.
Figura 2 - 16 – Larvas de Apomatoceros sp. em estágio inicial de
desenvolvimento capturada no IC02 durante a enchente. Único exemplar
capturado. A identificação só foi possível em função da presença do especialista
do grupo Dr. Mario de Pinna.
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3. ORDEM PERCIFORMES
3.1. FAMÍLIA SCIAENIDAE
Figura 3 - 1 – Larva do morfotipo de Perciformes SC02 (acima) em estágio de pré
flexão e larva do morfotipo SC01 (abaixo), também em pré flexão. O SC02
apresenta poucos pigmentos e é menor, enquanto que o SC01 apresenta
pigmentação de forma dendritica e bem espalhada pelo corpo. Com o
aparecimento de mais larvas desses morfotipos, é possível que a pigmentação
seja uma variação da própria espécie em função de condições ambientais.
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Figura 3 - 2 – Larva de Sciaenidae Pachypops sp. em função da presença de um
par de barbilhões mentonianos que aparecem com o desenvolvimento larval.
Foram capturadas nos períodos de vazante seca e início da enchente. É possível
verificar o olho mais oval nesse tipo de larva.
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4. ORDEM CLUPEIFORMES
4.1. FAMÍLIA ENGRAULIDAE
Figura 4 - 1 – Indivíduo adulto de Amazonsprattus scintilla capturado em grande
densidade na região de Vitória do Xingu durante todo o período de estudo.
Indivíduos fêmeas dessa espécie encontrava-se com abdômen repleto de ovos.
Figura 4 - 2 – Indivíduo adulto de Anchoviella sp. capturada em grande
densidade nos lagos amostrados na área de influencia da UHE Belo Monte.
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Figura 4 - 3 – Larva em estágio de pré-flexão de Anchoviella sp. capturada em
alta densidade em lagoas e nos Sítios IC07 e IC08. As larvas são longas e finas e
a boca é extremamente grande quando comparada com o tamanho da cabeça.
5. ORDEM PLEURONECTIFORMES
5.1. FAMÍLIA ACHIRIDAE
Figura 5 - 1 – Larva em pré-flexão de soia (linguado) denominada de PLEU01
capturada na área em diversos sítios de amostragem de influencia da UHE Belo
Monte. As larvas desse grupo, possivelmente uma larva de Hypoclinemus
mentalis, apresentam em sua fase larval, características distintas do adulto,
apresentando olhos nas laterais do corpo, e esses, migrando somente para um
lado conforme a larva vai se desenvolvendo. Durante a fase larval, ocupam o
ambiente pelágico do rio, diferentemente do adulto que são bentônicos.
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Figura 5 - 2 – Larva em pré-flexão de soia (linguado) denominada de PLEU02
capturada somente nos lagos Arapujá e Boa Esperança na área de influencia da
UHE Belo Monte somente no período de cheia de 2013. Essa larva apresenta um
padrão de pigmentação diferente da PLEU01. Possivelmente sejam duas
espécies diferentes.
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6. ORDEM GYMNOTIFORMES
6.1. FAMÍLIA GYMNOTIDAE
A
B
C
Figura 6 - 1 – Larvas de peixes elétricos da Família Gymnotidae. A: Larva
capturada no rio Iriri durante as amostragens do período de cheia. B: Larva
capturada no rio Bacajá (IC12) durante as amostragens do período de enchente;
C: Larva capturada no rio Xingu (IC06) durante as amostragens do período de
enchente Normalmente a captura de larvas desse grupo é difícil, apresentando
poucos exemplares nas amostragens. É possível verificar a migração do ânus
para a região anterior do corpo e o desenvolvimento dos raios da nadadeira anal
durante o desenvolvimento larval.
7. ESPÉCIES NÃO DETERMINADAS
Apesar de ser possível identificar a grande maioria de larvas em nível de Ordem e
Família, alguns exemplares capturados acabam sendo classificadas como espécies
não determinadas devido à falta de informação, sequência ontogenética e hábitos e
morfologia diferente dos adultos. Mesmo em estágios avançado de desenvolvimento
de uma larva (pós flexão), não é possível identificá-las, como por exemplo, a larva
morfotipada como MAR (Figura 7 - 1), devido a algumas características semelhantes
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a peixes marinhos da Família Eleotridae. Até o momento não houve captura de mais
exemplares desse morfotipo de larvas.
Figura 7 - 1 – Larva de peixe em estágio de pós flexão morfotipada como MAR
capturada no rio Iriri e rio Bacajá na área de influencia da UHE Belo Monte.
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Anexo - 13.3.4