Miranda do
ANNO I
Douro, 25 de Setembro de 1894
Assignaturas
N.° 12
Annuncios
800
500
40
Pui Vjiiilw ... 40 reis
lit'| «irdes. . . 20 reis
yfr snrsj assignantes leem
25% de abatimento.
0 pagamento da assinatura é feito adiuutadamentc.
A munirias sobre obras litleniria*, publiaim-se mediante
I exemplai*.
Anno. ....
Semestre....
NumeÁ avulso . .
Artigos enviados ii redacção sejam ou não publicados
nâo serão restituídos.
0 jnry-Seis teite-Teiileiícias
e ãilMikis de reforma
A instituição do jury significa a
introdneção do elemento democrático na saneção judicial. E' a faculdade concedida ao povo de poder sentenciar, faculdade que tinham antigamente os reis, e de
que ás vezes faziam um uso tão
estravagante como D. Pedro I, por
uns designado o Crit, por outros
o Jmticeiro. D'esse attributo da realeza resta ainda hoje a prerogativa de perdoar, que é inherente do
mesmo modo á presidencia da republica. Foi do não exercício d'esse
direito que os anarchistas tiveram
pretexto e justificação para o assassínio de mr. Carnot.
O jury, considerado theoricamente, ó na realidade ura bello
principio, que apenas encontra algumas objecções na pratica. Entre nósosseus resultados não tem
sido dos mais animadores nem dos
mais justos, sendo isso devido, não
á instituição em si mesma, mas á
maneira por que está organisada.
Todo o cidadão tem interesse em
que se faça uma equitativa distribuição da penalidade, castigando
o criminoso, absolvendo o innocente, perdoando ou minorando a
pena ao que, pela primeira vez,
inconscientemente, se desviou da
estrada do dever. Nem todos os
cidadãos, porém, estão no caso de
fazer este rateio, nem todos tem a
intelligencia necessaria ou o natural critério para avaliarem circumspectamente a natureza e as
circumstancias do crime.
Accresce a isto que muitos indivíduos, quasi sempre dos mais
instruídos e habilitados, procuram
por todos os meios esquivar-se a
fazer parte do jury, nâo querendo
sacrificar em beneficio commum
o tempo que lhes é tão útil, nem
sujeitar-se aos incommodos e desgostos que naturalmente derivam
do exercício d'estas funeções. Resulta d'aqui que a tabella dos jurados é formada, muitas vezes, segundo as couveniencias da rabulice, escolhendo-se de caso pensado os sujeitos com cuja benevolencia ou com cuja incapacidade
se pôde de antemão contar. Isto
explica suffleientemente o desenlace de certos processos escandalosos, que tanto agitaram a opinião
publica.
Em França está-se agora debatendo rijamente a questão do jury
a proposito de um julgamento,
em que foi condemnado um medico, por se dizer que provocára
um aborto. A decisão do jury irritou a classe medica, que julgou
iniqua a sentença proferida contra o seu collega, e a opinião publica, na impossibilidade de se annullar ou de se emendar a decisão
do jury, pede para que estesoffra
uma transformação comptta, em
harmonia com os princípios da
equidade e com os sentimentos
da epocha. O que é mais curioso
é ser a imprensa radical que se
colloca á frente d'esta aguerrida
campanha. Ella parte do principio da incapacidade do jury para
julgar um caso d'estes e pede que
se estabeleçam jurys especiaes,
formados unicamente de peritos.
Este pedido, theoricamente considerado, é racional, é sensato,
mas além de trazer serias difficuldades na sua organisação, resta
Redacção e adEiíisiraçIo
Praça Central n..* 4
saber se estas seriam suffleientemente compensadas na pmucu e
se a consciência humana se poderia considerar confiadamente
tranquilla. Em Portugal temos nós
visto quanto é difficil pôr os peritos dè accerdo e quanto a consciência dos jurados deve vacillar
entre as opiniões oppostas dos homens technicos. Haja vista o que
succedeu com os processos de
Marinha Correia, Joanna Pereira,
e ultimamente com o de Urbino
de Freitas, para não citar senão
os mais celebres.
Os argumentos de que se servem as folhas radicaes, alguns
d'elles pelo menos, é que parecem
contraproducentes, armas que fe
rem as próprias mãos de quem
d'ellas se serve. De accordo que o
jury nâo dá a razão do seu dito,
não motiva a sua decisão, restringe-se a responder sim ou não,
quasi authomalicamente, aos quesitos que lhe são apresentados
pelo juiz.
Mas um jury especial limitar-sehia a fazer a mesma cousa, embora cora mais competencia. Está
pois na mão do juiz o dirigir con
venientemente a opinião do jury,
elucidando-a,esclarecendo-a,apresentando-lhe os quesitos, não como
os dados de um problema complicado, mas como os termos de
uma equação claríssima, de uma
solução para bera dizer axiomática. Por esta maneira se compensa e se equilibra até certo ponto
a insufficiencia do jury.
Mas se o jury precisa de ser revisto e remodelado, se os radicaes entendem que é isto uma necessidade social, para serem consequentes, deveriam querer que
egual reforma se applicasse ao
sufiragio universal. Que faz o eleitor senão deeidir-se, como o jurado, por um shn ou por ura não?
N'uma eleição, como no tribunal,
é o numero que impera, nada
mais. Como se admitte, portanto,
que o mesmo principio seja mau
n^im caso e excellente no outro?
Eis aqui os dados da questão,
que n'este momento se debate naimprensa franeeza e que nós nos
limitamos a expôr com a maxiraa
imparcialidade. E' fácil apontar os
defeitos, é fácil descobril-os na
pratica, mas as reformas que se
propõem para substituir as instituições vigentes não são menos
susceptíveis de erro. A perfeição
absoluta é impossível attingir-se,
mas seria loucura curvar a cabeça
sob o peso do desalento e não dar
todos os dias um passo para a verdadeira luz.
Se todo o caminho conduz a
Roma, ás vezes, até pelo caminho
do erro, se chega á verdade.
Do "Diário de Noticias„ de Lisboa.
E A LUZ FEZ-SE!
Ha muito tempo qne se debatia nos
tribunaes de Bragança, quer do Juizo
qner no ecclesiastico e da imprensa,
uma qaestão altamente seria e a todos
os pontos digna de attenção.
Foi o caso de ter a sr.* D. Thereza
de Jesus Vaz Granjo, de Bragança participado ao Eminentíssimo bispo d'aquella diocese, o facto de uma soa creada, a quem estimava como familia, ter
concebido, por obra e graça, do sachristão da Sé, Antonio Caetano Botelho,
dando in«s
uma crpinça 4^. Ilíadas, e devia-se pôr pedra sobre o
scío
iBfcNrc - D'essa participação resultou uma synNão o quiíeram, porém assim, e sem
dieancia por parte do muito digno bis- respeito pela aggra vante, D. Thereza
po e a sentença que adiante publica- Granjo senhora de respeitabilissimas
mos.
qualidades e de preclaras virtudes, inNasceu d'essa sentença o aggravo tentaram uma acção cujo desfecho ahi
para Juízo, contra a referida senhora vae:
queixosa, como difamação, e o recurso
Accordão
para a relação do Porto, que em seguida para aqui transcrevemos, por onde
Accordain em conferencia na Relase prova a leviandade com que se an- ção.
dou em tudo isto.
Que aggravada foi a aggravante no
despacho de fl..., que a mandou res
Sentença
ponder em juizo em processo de policia
correccional, promovido pelo aggra vaVistos estes autos, organisados prin- do Antonio d'01iveira Botelho; pelo cricipalmente pelo resultado das commis- me de diffamação a seu filho menor Ansões de investigação que ordenámos, jul- tonio Caetano Botelho, sacristão da Sé
gamos provada a accusaçáo feita sobr- de Bragança; porquanto mostra-se do
o mau procedimento do estudante do processo que ella participou eo rev.m*
Seminário diocesano Antonio Caetano bispo da diocese as relações illicitas
Botelho, sachristão da Sé, ter mantido havidas entre o filho do aggravado e
relações illicitas com uma creada de ser- uma sua creada, que estimava como
vir de D. Thereza de Jesus Vaz Granjo, pessoa de família, e das quaes resultou
desta cidade, chamada Maria Gonçal- ella conceber e dar á luz uma creança.
ves; e sendo nocessario castigar, para Mostra-se mais que o Eminentíssimo
emenda própria e para exemplo de to- bispo mandou instaurar nm processo
dos os alumnos que se destinam ao es- investigatorio para se conhecer da vertado ecclesiastico, o auctor d estes ac- dade da referida participação, a qual
tos de immoralidade, oppostos á pureza foi julgada verdadeira e por sentença
de costumes e á seriedade de vida ho- de 21 de junho do corrente anno do
nesta que se deve ter, os quaes tradu mesmo Eminentíssimo bispo, foi o filho
zem a falta de vocação em qualquer se- do aggravado Antonio Caetano Botelho
minarista para ascender ao ministério condemnado na |>ena de expulsão das
das nossos altares t^tal aliás ne? sum- aulas do seminário por tempo de um
pre investigar cuidadosamente para ad- anno, e privado de exercer quaesquer
miffU
AMn a« tive funeções1S-J _ ou
... addido
J J • .1 á»
inittir JLá ordenação «nitAllAn
aquelles que
de licenceado
rem, e negar a recepção d'ordens aos dita Sé.
que forem indignos;
Portanto é evidente que faltam no
Conformando nos com o parecer do corpo de delicto os elementos essencialM. R. Doutor Promotor, Couego da nossa mente constitutivos do crime de que se
Sé Cathedral, escripto a 11... d'este trata. Dão pois provimento ao recurso
processo, em que pede castigo para o interposto, mandam que o juiz á quo
mencionado Antonio Caetano Botelho- substitua o despacho recorrido por ou• por não ter a honestidade e bons cos, tro em que mande archivar o processo
tumes que deve ter nm estudante que por não ser criminoso o facto que se
se dedica á vida ecelesiastica», deve- imputa á aggravante, e condemnam o
ríamos impôr-lhe a pena de expulsão aggravado nas custas.
perpetua das aulas do nosso Seminário,
Porto, 31 d'agosto de 1894.—Pinto
se não com|irehendessemos que eiu seu da Motta.—Paço Vieira.—Soares.
coração havia o desejo da benevolencia
da noasa parto para com o delinquente,
que ainda poderá regenerar-se, como
explicitamente a supplica o M. R. Ar- Carteira do Mirandez
cipreste Commissario, dando conta final da ultima diligencia de que foi enFaz hoje annos: Augusto Arthur
carregado;
Petrony, filho do nosso amigo FranAttendendo, pois, que o estudante cisco Virginio Victor Petrony.
Antonio Caetano Botelho tivera reguDia 27—o nosso presadissimo amilai procedimento, nâo constando ante- go, Antonio Augusto de Lima e Alriormente falta nenhuma em seus costu- meida, digno secretario dadministrames, porque desmerecesse do bom con- ção d'este concelho, a quem sinceraceito em que era tido todo o Clero Ca- mente felicitamos,
pitular a cujo serviço estava; e
Dia 2 do outubro, Antonio José
Considerando que o mesmo delin- Fernandes, nosso amigo, escrivão de
quente Antonio Caetano Botelho emen- Juizo municipal de Vimioso,
dando-se dos seus erros pôde ainda vir
—
a ser um clérigo digno e util a esta
Faz annos dia 5 o sr. Antonio Ma
Diocese, que tanto carece de Sacerdo- ria Furriel,
tes que a sirvam nas soas necessidades
—
espirituaes, cooperando comnosco no saCom sua boa mãe e esposa, D. Thegrado ministério:—Havemos por bem reza de Jesus Lima e D. Adilia de
impôr-lhe somente a pena de expulsão Oliveira Lima, partiu ha dias par:» as
das aulas do Seminário por tempo dt caldas de Moledo, o nosso presado
u>h anno, ficando por egual tempo pri- amigo e querido companheiro de revado de exercer quaesquer funeções de dacção, Augusto Cesar Dias de Lima.
licenciado ou adido á Egreja, porque
—
lhe cassamos hoje inteiramente as faPara Mogadouro, também partiu na
culdades que tinha.
mesma occasião, o nosso bom e queSeja intimada esta pena a Antonio rido amigo, Dr. Eduardo Ernesto de
Caetano Botelho pelo escrivão da ca- Faria, acompanhado de sua carinhosa
mara Ecelesiastica, e mande-se nota esposa, D. Laurinda Teixeira d'Abreu.
da parte respectiva ao M. R. ViceReitor do Seminário Episcopal para os
Também se retirou para Lagoaça,
devidos effeitos.
o sr. José Antonio d'01iveira e espoRegiste-se no livro competente.
sa, D. Rachel Ermelinda Lopes, soBragança, 21 de junho de 1894. = gros dos srs. Augusto de Lima e José
José, bispo de Bragança.
Victoria.
infante ria. Acompanhou-o sua esposa,
D. Ignez Camilla de c'rr.- C- iHl
Bessa, e interessante filhinha, e cunhadas, D. Anna de Souza Gentil e
D. Maria Candida de Souza GeDtil.
Aehft-se n'esta eidade a sr.a D. Lúcia Fernandes, esposa do nosso amigo,
Antonio José Fernandes, escrivão no
Vimioso.
Para Chaves, retirou dia 9 o nosso
oresado amigo, Antonio do Sacramento Araujo Balaco Camisão, tenente de
infanteria 19.
Chegou a Duas Egrejas o sr. Padre
José Antonio da Rocha, professor do
Lyceu de Bragança, hospedando-se
em casa de seu bom irmão nosso amigo, abbade, João Antonio da Rocha,
que tem passado ultimamente bastante
incommodado.
Estiveram entre nós, os nossos prosados assignantes—Padre Manoel Bernardo Madeira, abbade Villa Chã, e
Padre José Antonio Fernandes de
Carvalho, parocho de Picoti.
Tem passado bastante incoramodada a ex.™* sr.* D. Joanna da Navidade Trancoso, irmã do nosso presado
amigo Miguel da Resurreição Trancoso.
Com stia fiuuilia, esteve aluías dias
em Chacim de Peredo, o nosso querido amigo, Carlos Alberto de Lima e
Almeida, guarda-livros do Banco de
Bragança.
NOTICIÁRIO
Matrizes de Palaçoulo —O governo attendeu finalmente á justa reclamação dos proprietários e lavradores de P« laçou lo. deferindo o pedido
que ha tempos vieram fazer a esta cidade ao ex.m* delegado do thesouro,
quando aqui esteve em inspecção á
repartição de fazenda e promessa solemne de que o pedido feito havia ter
uma solução favoravel, promessa que
o snr. Silvino da Camara se empenhou em cumprir, é mais uma prova
da justiça com que s. ex." costuma
proceder nas causas que lhe silo affectas, ou submettidas ao seu alto critério.
No nosso numero passado dissemos
quanta justiça cabia aos pobres lavradores de Paiaçoulo, vindo reclamar
contra o serviço das matrizes n'aquella
freguezia, pela desigualdade de valores nos prédios, pela grande anarchia
e confusão de donos d''esses mesmos
prédios.
Resta-noa agora implorar do digno
delegado do thesouro confiados de que
ha de attendernos, que 8. ex.* se digne
empregar toda a sua attenção na escolha do pessoal que tem de intervir
nas novas louvações, para se não dar
o caso de ficar tudo como estava ou
ainda peior, o que nos parece ser fácil evitar, desde que s. ex.* recommende a mais severa exactidão no cumprimento dos seus deveres a esses indivíduos que por s. ex.a forem incumbidos de apurar o rendimento collectavel daquella freguezia.
E a nós cabe-nos o sacratíssimo dever de aguardar o resultado d'este
serviço para depois tecermos aqui os
louvores a que tem jus o digno funccionario, que de boa vontade patrocinou esta causa junto do governo, alcançando para ella um deferimento
Em face d'uma sentença tão maduRetirou ha dias para Mafra, o nos- que ella nunca teria, como realmente
ramente estudada á face das provas so amigo e collaborador, Adriano Aca- não tem tido, spezar de immeneoa
fornecidas, não precisava mais embru-' cio de Madureira Bessa, capitão de pedidos.
2
dedicados amigos d'aquellc illustre ma- quem tive o prazer e honra de tratar comprehendo. N'essa noite sim, fizeste
gistrado, deixe consignado aqui n'esta quotidianamente, desejo lavrar publica tu o que outras fazem aos maridos...
pagina o seu mais profundo desgosto, esta rainha affirmativu de leal amisade pozeste-me o chapéu embicado.
e faz votos ao céo para que o nosso e dedicada consideração, relembrando
—Valha te Nossa Senhora!... Que
amigo alcance d'elle a verdadeira re- que a insignificância dos meus serviços disparate... Uma vez eó...
signação, único lenitivo, para aplacar está sempre desejosa de lhes Ber pres—Não faz mal... não é assim?
tavel.
a sua grande dòr.
—... Se tu me quizesses bem não
— Também se finou apoz um longo
A s demais pessoas de Miranda agra- estavas com essas cousas...
soffiimento, n'esta cidade, a sr.* D- deço também as manifestações dagrado
—Bom... Por esta vez estas perFrancisca Rosa Pires, viuva, mãe do com que me distinguiram e que eu te- doada! ... A genté tamen não deve
nosso querido amigo José Antonio nho em subido apreço, e muito estima- afogar-se em pouca agua.
Pires, pharmaceutico e escripturario rei ser lhes util em qualquer occasião.
—Ah! como eu te quero!...
da camara municipal de Miranda, a
Agradecendo mais esta fineza, peçoquem egualmente acompanhamos no lhes me creiam sempre com verdadeira
seu justo sentir.
e leal estima
Para um filho que perde sua mãe,
a Esteve entre nós, de serviço, o
De V." Ex.a<
SCIENC1AS
0
es.™ sr. Silvino Arthur Calheiros da ha sempre motivo de sobejo para não
0
D1
Am." Verd. Grato e Obr. "
Camara, digníssimo inspector de fazen- esquecer facilmente uma fatalidade tão
da no districto de Bragança, acompa- monumental, mas a necessidade que
A cultura da beterraba para a faChaves, 16-9 94.
nhado pelo nosso sympathico amigo todos temos de viver, obriga-nos a
bricação de assucar vae tomando espensar mais no futuro, olvidando por
Âdolpho Campilho.
pantoso desenvolvimento nos Estados1 ntonio Camizão.
Sua esc.* que já gosava de geraes isso o passado.
Unidos. Contam-se actualmente sete
sympathias n'esta villa, pelo seu affaE' pois no olvido onde o nosso amifabricas de assucar de beterraba na
vel trato, viu mais uma vez o quanto go pode encontrar o bálsamo que cure
grande republica americana; trez na
era estimado pelas pessoas que gosaui a dòr que agora recebeu tão desapieCalifórnia, uma no Utah, duas na Ne
RASPANDO
do seu amavel cenvivio. De facto du- dadamente.
braska e uma na Virgínia.
Os nossos protestos de condolência
rante o curto espaço de tempo que
A producção annual do assucar de
—Mas isso é que não pode ser, mu- beterraba elevou-se, em seis annos, de
aqui se demorou, foi alvo das mais a toda a família.
lher, escusas de eantar-me lôlas. Se 500:000 a 45.000:000 de libras. O sueinequívocas provas de sympathia.
Transferencia—Por ter sido pro- torno a encontrar esse meliante a ron- co em bruto das beterrabas da CaliPara solemnisar a sua estada n'esta
villa, o ex.010 sr. Manoel Pessoa muito movido a tenente, marchou para Cha- dar outra vez a porta, tenho alli aquel- fórnia eoutém 15 a 19 0[0 de assucar.
digno presidente >la camara, abriu ves, o sr. Aotonio do Sacramento d'A- le tira-teimas... sim... tu bem sa- Os Estados do oeste são especialmente
mais uma vez os seus magníficos sa- raujo Balacó Camisão, commandante bes como ellas amargam...
favoráveis a esta cultura, a qual é
—Valha-te Deus! Quantas vezes te notavelmente mais renumeradora do
lões, otferecendo ao iltustre hospede que foi da secção da guarda fiscal n'esta
tenho dito que aquillo não é com a nos- que a dos cereaes ou de qualquer ouuma esplendida soirée, oude se dan- cidade.
A delicadeza emparceirada com uma sa filha nem commigo.
çou com fervoroso entrain até de matra planta. Foi assim que no anno
Vão lá prohibir. que as visinhas na- passado, o rendimento da cultura de
esmerada educação litteraria, de que
drugada.
era dotado este intelligente offieial, a morem ou deixem de namorar com beterraba foi de 65 a 120 dollars por
Festa do 1Vaso—Como nos ou- sua lhaneza e afabilidade, faz com que quem ellas querem... Valha-te Deus! cada geira, quando as despezas calcu—Pois valha, sim, mas fia-te na ladas com exactidão não foram além
tros ânuos, effeetuou-se no dia 8 com esta auzencia seja notada e sentida por
a maior solemaidade a festa á virgem toda a gente, mas muito priocipalmeu- Virgem, e não corras... bem me co- de 16,75 dollars.
do Naso, a 12 kilometros pouco mais te pelos amigos dedicados, com quem nheces.
Apezar d'estas condições extrema—E que queres que eu lhe diga. ou mente favoraveis, para haver compleou menos d'esta cidade.
viveu na mais perfeita e cordeal harlhe faça?
O dia esteve explendido, 6 por isso monia.
to êxito, torna-se necessário estabele— Não quero nada. Quero que você cer um accordo entre os fabricantes
Que, na terra para onde agora vae,
como era de esperar, afluiu alli muita
gente d'este concelho e de Hespanha, este amigo, encontre como em Miran- cuide da sua casa e não lhe importe d'assucar e os productoree de beterraque n'este dia nunca faltam lá a ren- da teve occasião da notar-lhe não fal- dc quem passa pela rua...
ba. A prosperidade dos districtos de
Então que estava você conversando Watsonville e de Chuio prova a excelder o seu preito, a prestar a sua ho- tava, amigos dedicados e sinceros,
que saibam comprehender e apreciar com esse sujeito ainda agora nas es- lencia d'este systema. No ultimo desmenagem á Rainha do Céo.
0 sermão, no acto de recolher a como aqui, o seu fino trato e a bon- cadas?
tes districtos, 170 cultivadores de bater—Coitado!... Tinha sede e veio pe- raba perceberam 200:000 dollars pela
procissão á egreja, cá fora, junto á dade de que se acha revestido o seu
dir uma sede d'agua...
Capella, foi uma das peças oratorias bello coração.
venda das suas colheitas; no anno cor—Ah! e você então quiz molhar a rente plantaram beterraba em mais de
mais sublime que temos escutado. N'aPublicações—Recebemos a visita palavra ao tal meliante, e dava-lhe cinco mil geiras.
quella exhortação, o sr. Padre Joaquim Felgueiras Leite Velho, de Mo- do nosso presado collega; «A Mala da agua pelos lábios eomo a um cochiOs Estados Unidos consomem quancho. .. sim senhor— boa maneira de tidades enormes d'assucar e por isso
gadouro, teve rasgas de uma inspira- Europa», jornal illustrado.
Esta publicação quinzenal é preci- dar de beber a <^em tem sède. •. não não pôde haver limite ao desenvolvição aievantada, e eaa torrentes d'eloquencia oratoria. com a sua palavra samente uma das melhores que temos tem duvida.
mento d esta industria.
—Não!... Olha que se nos viste
fácil, com o seu verbo sempre inspira- no nosso paiz, porque a par de excelNa opinião do dr. Wiley, chefe da
do, espancava a cada momento as tre- leutes gravuras, eucerra artigos dos assim chegados, é porque elle em se- secção da chimica no ministério da
vas da ignorancia e da descreuça, de- nossos primeiros escriptores. O preço gredo quiz dar-me um recado alli para agricultura, a Califórnia é a região
monstrando que a linguagem classica, da assignatura é de 1:500 por anno. a nossa visinha, e quando o estava a ideal para a cultura da beterraba, destransmitir, entravas tu...
essa linguagem patria que tanto en- Numero avulso 100 reis.
tinada ao fabrico de assucar.
—Pois bem... Se elle quizer outra
Por tão modico preço, ninguém deigrandeceu Camões e enalteceu Hercu*
lano, Castilho e outros, lhe não era xará de assignar um jornal d'esta or- vez recados em segredo que me procu• *
desconhecida.
dem, e por isso o recommendamos aos re, e que eu me encarregarei do resto.
Vae-te deitar, anda, e vê se dromes,
A madeira de téca constitue na ínO serviço de policia era feito por bons amadorès. Redacção e adminisdia e na Indo-China o objecto d'imporuma força de 20 praças de caçadores tração, rua dos Douradores n.° 83— porque eu tenho de sahir.
—E para ondo vaes?
tante movimento commercial. Pela sua
3, e 12 de cavallaria 7, commandadas 1.° Lisboa.
—Vou dar um recado alli A nossa indestructibílidade e excepcional repelo tenente de caçadores 3, sr. Da«A Bordadeira»—Jornal de figuri- parenta que me deram hontem... sistência aos differentes agentes de
mião José de Lemos Pimentel, que se
destruição, é largamente empregada
houve n'este serviço d'uma fõrma irre- nos, moldes, musicas, letras ornamen- Diabo!... jâ me ia esquecendo...
—Sim, sim... parece me que esse nas costrucções navaes. Em Sião entaes, monogrammas, allegorias, etc.
prehensivel.
Papelaria internacional de Miran- recado tem o quer se lhe diga... Pa- contra se em grande abundancia e de
Duas ou trez freguezias, armadas de
qualidade superior á da Birmania.
estadulho, com o seu competente por- da & Vasconcellos—Praça de D. Pe- rece-me que temos festa!...
As florestas productoms d'esta ma— Também me quer parecer isso,
ta-machado na frente tentaram entrar dro n.° 134 e 135—Porto.
também... para que hei-de eu.ne- deira estão situadas nas margens do
assim na romaria em tom marcial, mas
Alto-Menam e de um afluente, o Mé«Novidades», jornal de Lisboa. Agra- gal-o!...
este brioso offieial intimou-os logo
— Valha-te Deus! Sempre levas as ping.
com boas maneiras, delicadamente, a decemos.
cousas para o lado da ameaça, e afinal
A toda a gente é permittido fazer
depor as armas, que lhes seriam enahi vários cortes, mediante o pagamenDespedida — Laurinda Teixeira ninguém te quer mais do que eu...
tregues depois da festa, e quando ti—Quando o outro não tem um re- to ao Estado ou aos proprietários das
vessem de retirar-se, o que logo fize- d'Abreu Faria, Eduardo Ernesto de
ram sem a mais mínima observação. Faria, tendo de ausentar se para a vil- cado em segredo para a visinha... florestas, duma taxa de cerca de 1,80
de piastra, por cada arvore que fôr
E' digno de todo o louvor o procedi- la de Mogadouro, agradecem por este enh?...
—E viste alguma cousa por onde abatida. Grande numero de negocianmento deste offieial, e quando assim meio, profundamente reconhecidos aos
tes se entregam a esta especie de comse sabe cumprir fielmente as obriga- habitantes d'esta cidade as immensas eu tenha perdido?
—Não, não vi coisa nenhuma, mas mercio, e especialmente duas poderosas
ções de sen cargo honram-se também provas de consideração e estima que
as praças de seu commando, dos bons lhes dispensaram nos poucos dias que vieram trazer esta carta para ti que companhias inglezas Borneo Company
exemplos de disciplina que se lhes dá. aqui permaneceram, pedindo desculpa diz mais do que se eu tivesse visto... e a Siam Fnrest Company, as quaes
teeru alcançado vasta» concessões por
áquelles de quem porventura se nAo entendes-me agora?
—Mas isso não e para mim, decer- taxas inferiores á habitual.
Fcdlecimento—Não foi sem pro- despedissem, e offerecem a sua casa
Tanto os negociantes, como as comfundo e doloroso sentimento, que re- em Mogadonro, a todos os que se di- to... ah! já sei. E' que a visinha podiu-me com as lagrimas nos olhos que panhias, adoptam dois processos para
cebemos a triste noticia do falleciniento gnaram honral-os com a sua visita.
recebesse eu as cartas que viessem em obter a téca. Um d'elles consiste em
Miranda 13 de setembro de 1894.
da sr.* D. Maria Josepha de Carvalho,
seu nomo, mas que lh'as entregasse... contractar lenhadores por tres ou quamãe do nosso presadissimo amigo. dr.
Bem; então n'esse caso levarei esse tro annos á razão de 60 a 80 francos
Laurinda Teixeira d'Abreu Faria.
Norberto Augusto de Carvalho, delepapel ao pai da tua visinha para que por anno, além do sustento. No outro
gado do procurador régio da comarca
Eduardo Ernesto de Faria.
elle saiba que sua filha é um céo aberto, systema são os indígenas que trabade Carrazeda dAnciães.
Uma carta.—Do nosso presadis- um mundo de delicias, para o tal su- lham de conta própria e com os quaea
No pequeno espaço de quatro anos negociantes fazem contractos, de que
nos, exactamente na quadra mais bella simo amigo Antonio Camisão, tenente jeito.
—Credo! Eu consentia lá que a pe- resultam obrigarem aquelles a forned'este amigo dedicado, a morte sempre de infanteria 19, recebemos a carta
quena passasse por essa vergonha... cer um determinado numero darvores
fria e ferina, sem commiseração nem que se segue:
de mais a mais não sabendo o pai nem n'uma epochs préviamente fixada, e
contemplação pelo carinhoso affecto do
Meus bons amigos.
a mãe d'este namoro!... Estás doudo? ser-lhes entregue uma quantia adianfilho estremecido, veio desapiedamen—Não estou dondo, não. Tu, é que tada, proporcionai ao preço definitivo
te roubar-lhe um pae amante, e uma
Faltava a mim proprio se não viesse me queres fazer passar por isso, atiran- da compra.
mãe toda meiguice, toda ternura.
Em qualquer hypothese, os lenhaQuem como nós conhecia de perto pedir-lhes a fineza de inserirem no do com a responsabilidade para quem
dores escolhem as arvores melhores e
quanto disvelo havia n'este bom filho apreciado «Mirandez» o meu protesto se não pôde defender.
—Pois olha, meu querido homem, praticam-lhes na base uma incisão cirpor sua mãe, avalia o immenso des- d'agradecimento pelos obséquios com
gosto que no seu coração deixaria um que muito me penhoraram na minha vou confessar-te a verdade. Lembras- cular de cerca de 5 ou 6 centímetros
te d'aquella noite em que houve um de profundidade, com o que sangram
tão grave acontecimento, esta perda breve estada n'essa cidade.
Grato á selecção e araisade muito grande banzé com o filho da Michó?... e seccam a madeira. Quando esta se
irreparavel.
A redacção do nosso jornal, na sua obrigantes que encontrei nos estimáveis pois n'essa noite... sim n'essa noite... encontra ainda verde não pode boiar,
—Não ponhas mais na carta, que o que é preciso que succeda para que
maioria, composta de verdadeiros e amigos a quem me dirijo agora e com
Silvino da Camara — De uma
correspondência de Vínhaes, para o
nosso presado oollega 0 Nordeste, de
Bragança, extrahimos a meia dúzia de
linhas que ahi ficam, e que, duma
forma bem frisanto e manifesta, confirmar vem mais unia vez quanto temos dito e nos resta por dizer do homem mais sympathico, do funecionario
mais distincto e do amigo mais prestimoso, que algum dia o governo acertadamente podia escolher para pôr á
testa d'uma das mais importantes repartições publicas, d este districto:
vá em jangadas até Bangkok; além
d este inconveniente, haveria ainda o
de fermentar a seiva resinosa, do que
resultaria estalarem as fibraB da madeira. Só depois de ter tres annos é
que uma arvore está nas condições de
ser abatida. Logo que é lançada por
terra, levam-n'a para o rio, trabalho
geralmente confiado aos elephantes.
Formam-se então jangadas immensas,
no centro das quaes se levanta uma
cabana, onde se abrigam os conductores. As jangadas vão descendo assim
até Bangkok, onde são desmanchadas
e se vão empilhando os tóros debaixo
de enormes hangars das serrarias a
vapor, até que sejam expedidos para
diffe rentes destinos.
*
*
Foram frequentes os tremores de
terra durante o mez d agosto em differentes pontos da Europa. Além dos
desastres de Lerida e de Constantinopla. mais alguns tremores de terra
teem produzido consequeucias graves.
N'esse numero deve eutrar o occorrido
em Aci Real, na Sicilia, no dia 8 d'agosto ás 6 horas da manhã. Os estragos
foram consideráveis em Zafarana e em
Aci-San-Antonio. Quasi todas as casas
teem sido destruídas. Na primeira destas localidades perderam a vida seia
pessoas. No mesmo dia sentiram-se
ligeiros abalos em Catania e nas communas das cercanias do Etna, mas sem
consequências. Em 27 d'agosto, novo
abalo violento se produzio em Zafarana.
Differentes localidades de Hespanha
teem sido também o theatro de ligeiras trepidações do solo.
No domingo, 26 d'agosto, a Grécia
foi mais uma vez victima. Fortíssimos
abalos de terra se fizeram sentir de
manhã em Rocenide, na ilha d'Eubé&,
indo repercutir-se em Athenas.
*
• *
A meningite do cerebro-espinhal é,
coroo todos sabem, uma doença gravíssima, por vezes epidemica, provavelmente d'origem microbiana e que
em repetidos casos produz a morte. M.
Aufrecbt, medico do hospital de Magdburgo-Alhstadt, afiirmou ultimamente ter alcançado espantosos resultados
no tratamento d'esta doença com a
applicação de banhos muito quentes a
40 graus centígrados, com a duração
de 10 minutos.
Depois de doze banhos, um doente
encontrado no período de coma e algidez, acbava-se completamente livre de
perigo, tendo-se produzido melhoras
logo desde o primeiro banho.
A confirmarem-se estas observações,
é incalculável o beneficio que resulta
para a humanidade, do processo empregado por M. Antrecbt.
Op.
UM RETRATO DOS PERALTAS
LISBOETAS EM 1774
O chapéu todo cortado,
E no pescoço uma vara
De panno bem amarrado,
O espadim dependurado,
Quasi descalços os pés,
Tudo posto em má figura...
Esta é a triste postura
D'um peralta portuguez.
Bocage.
VIOA
O odio e amor. Eis as duas sentinellaa
da minha vida Quando, outr'ora,ea tive
a alma povoada d'illu6ões singellas,
"Morre.,! Dizia-me a primeira d elias:
mas a segunda me dizia—Vive!—
n'
Hoje estão ambas mudas. Ah! Se um dia
não me corresse as veias, como corre,
sangue honrado, mas lama e cobardia:
"Vive„ O odio com jubilo diria,
e o amor dizia, soluçando—Morre!—
Rayinundo Corrêa.
PENSAMENTOS
Com as artes e a amizade, não ha
desgosto que não se suavise.
Scribe,
O
As mulheres estavam ali como em que exercem legalmente a advocacia
toda a parte, enfeitadas, presumidas e nos diversos Estados, exc!ilido o de
Colombia qne só por si conta onze.
effectadas. Sempre a mesma vida!
Doze d'essas advogadas obtiveram
liceaça para defender ante o Tribunal
Jules Janin.
Supremo dos Estados Unidos. O conHa duas maneiras de ser rico: Ter gresso federal, por uma lei de 15 de
mais do que se gasta, ou gastar me- fevereiro de 1879, resolveu que qualquer mulher que defenda pleitosamente
nos do que se tem.
perante o Tribunal superior de qualAlph. Karr.
quer Estado da União, de ura territóOs homens têm um instincto espe- rio, ou do districto de Colombia, ducial que os arrasta a procurar diverti- rante tres annos, e que mereça a estimentos e occupações em resultado do ma do tribunal pela 6Ua capacidade e
resentimento da sua miséria quoti- caracter, poderá ser admittida ao exerdiana.
cício da sua profissão no Supremo Tribunal dos Estados-Unidoa.
Pascal.
0 fim do congresso agora realisado
Souvent femme varie.
pelas advogadas é protestar contra a
Bien foi est qui s y fie.
má vontade dos seus collegas do sexo
forte que systematicamente se negam
Francisco L
a dar-lhes conhecimento do expediente
das questões, que devem defender conTemos só uma bocca e duas orelhas. tra ellas.
Como se vé, as mulheres juristas
Com isto ensina a natureza que é meuorte-americanas não se atemorisam
lhor ouvir que fallar.
ante a hostilidade de que são alvo por
Sócrates.
parte dos seus companheiros do sexo
Felicidade... a los borrachos!... masculino. Longe d'isso, preparam-se
para se vingar, ao menos, da falta de
delicadeza de seus adversarios.
Juanillo Beres.
Engole-se a largos tragos a mentira
que nos lisongeia e bebe-se vagarosamente a verdade que nos desagrada.
Diderot.
Soffre o marido á mulher tudo senão offensas, e a mulher ao marido,
offensas e tudo.
D. Francisco Manoel de Mello.
O espirito é justamente o contrario
do dinheiro; quanto menos se tem,
mais satisfeito se anda.
Salomão.
Epigramma a um poetartes de meia
escudela:
Certain rimour, qui jamais se repose
Me disait, hier, simplement:
—Je ne sois pas ecrire en prose—
Lixes ses vers, voua varre/, comme il mentL.
LES MOTS DE LA FIN
Uma senhora que tem uma filha casada e 3 solteiras, pergunta n'um baile
a um gommeux:
—De qual das minhas filhas gosta
mais?
E elle, com resolução:
—Da casada.
Oh! Papá! como é que se arranjam
os selvagens para saberem as horas se
não tem relogios?
E o pae não sabendo que responder:
—Contam pelos dedos, meu filho.
O sr. F..., que juntou um de ao
seu nome burguez, fallava ultimamente de certa reunião de fidalgos, a que
assistira, e dizia:
—Éramos 20 e todos nobres, excepto meu pae.
—O seu amor foi um amor á primeira vista ?
—Foi, e nunca me hei de esquecer
do dia em que senti esse amor; o único da minha vida em que me esqueceram os oculos. ..
Um doente n'um hospital soltava
dolorosos gemidos. Meu Deus! Meu
Deus!...
—O que quer?—pergunta uma irmã
de caridade, moça e bonita. Eu sou filha d'Elle...
—Desejava que Elle fosse meu» sogro. ..
PELO
MUNDO
As mulheres que 6xercem a advocacia nos Eetados-Unidos reuniram,
em oa dias 4 e 5 do corrente, em congresso, na cidade de New-^i urk, sob
a presidencia de miss Imeda Hitchoock, formada na universidade de Michigan.
Atualmente existem, nos EstadosUnidoe, cento e cincoenta mulheres
MIRANDEZ
Mas descei d'essas naus d'altiva fama,
Movam nossos grilhões tua piedade;
Com que affrontaes a tempestade e o mar! Nosso numen és tu, e gloria e tudo,
Portugal por vós chama,
Máe do génio e prazer, oh Liberdade!
Vinde tomar refrescos, descançar!
Não ha ninguém qua com o inglez se zangue,
Pudois entrar sem medo, a bom caminho!
Bebeis o nosso vinho...
Descoberta selentiflea
—E nós o vosso sangue.
E até, se nos desmanchos de alegria,
N'essa volúpia alcoolica da gloria
(Que as vezes n'um só dia
Mudam em crepes as palmas da victoria!)
Cahir de bêbado o laurel bretão:
Somos capazes, sim, em tal revés,
lie vos erguer do chio ...
—E dar dois ponta-pés.
Lisboa, 19-1-90.
J. Leite de Vasconcello».
-T"3
LIÇÃO AO MESTRE
Eu costumo app.í^ir a um meu pequeno
Umas doses orneia de geographia.
Mas suocedeu que um dia
Lhe apontei uma nodoa verde suja
Na carta Portugueza,
E fiz-lhe ver, com toda a singeleza:
—•Aqui. fica a Azambuja.
Um celebre pinhal, onde ha ladrões...» —
Elle ergue para mim seus pequenos olhos.
Negros como carvões,
Accesos de anciedade,
E teima, chora e berra:
náo é verdade!
Durante muto tempo, os escriptores 0 pinhal—«Isso
d'Azamb\^ja ó na Inglaterra!
e artistas tiveram uma grande predileEmfim. altas razões...
cção pelas divisas, isto é, pelas pequeninas phrases que resumiam, por assim
João Diniz.
dizer toda a psychologia do eu d'elles.
Gringoire tinha uma divisa muito
contradictoria com o genero do seu talento— Baison par tout, rien que raiêon.
filllBiffllS
Marat, tinha por divisa um calemburgo—Lu mort riy mord. •
O annlversarlo do poeta
Montaigne, alem da— Qui suis je—
Bocage
tinha uma espiga madura, voltada para
o cháo e commentada por estas palaPassou no dia 15 do corrente o anvras, profundamente conceituosas—
niversario
natalicio de Manuel Maria
Fasia, ergue-se; cheia, curca-se.
A divisa de Alfredo de Musset di Barbosa du Bocage, que na Arcadia
zia Courtoisie, bonne aventure. A de se denominava Elmano Sadino, o mais
Lamartine era—A la grace de Dieu A primoroso poeta dos séculos XVIII
de Alexandre Dumas, pae, era—J'ai- e XIX.
O rival do distincto árcade José
me qai iríaime. Mistral tinha uma ciAgostinho
de Macedo (Elmiro Tagigarra com estas palavras—Le soleil me
deuj
nasceu
em Setúbal a 15 de sefait chanter. Aubenel tinha esta, quasi egual a um provérbio portuguez— tembro de 17(55 e falleceu victimado
Qui chante son mal enchante. A divisa por uma aneurisma, em Lisboa a 21
de Pierre Loti é, pouco mais ou ms- de dezembro de 1805, tendo 89 annos
d'edade.
nos, a mesma—l'enchante mon mal.
O genial vate portuguez era filho de
Talma adopátra uma lyra com esta
José
Luiz Soares de Barbosa, bachainscripção—Je ne luis que le soir. Mademoiselle Mars, uma pomba com es- rel em cânones, juiz de fora da Castatas palavras—Etre aimée. Sarah Ber- nheira, depois ouvidor em Beja e ulnhardt tem esta divisa—Quand tnême, timamente advogado em Setúbal, e de
mas usa também esta outra, que é um D. Marianna Joaquina Xavier Leatof
provérbio francez cheio de verdade e du Bocage.
Sentando praça na Armada, frequende melancolia—Tout passe, tout lasse.
Em Portugal, o uso das divisas pa- tou a Academia real da marinha, senrece querer rfltficar-so novamente e do nomeado guarda-marinha para o
tanto que os poetas novos inscrevem Estado da índia, e elevado depois ao
legendas nos rostos dos seus livros. E' cargo de tenente, por distincção, depois
de se bater nas alturas de Chaul com
um uso gracioso e suggestivo.
os indigenas, quando navegava para o
Damão.
Ao partir, despediu-se da sua terra
natal em versos como estes:
SECÇÃO LITTERARÍA
Eu me ausento de ti, meu pátrio Sado,
Mansa corrente, deleitosa, amena,
Em cuja praia o nome de Filena
AS MULHERES
Mil vezes tenho escripto e mil beijado.
Don ao toiro a natureza
Aborrecido da vida da caserna, deduras pontas por defrza;
ao cornei a pata bruta;
sertou e fez-se vela para o continente
pá valente á lebre hirsuta;
onde o álcool e o fumo lhe consumiao leáo presas tyrannas.
ram a vida em pouco tempo.
Deu ao peixe as barbatanas;
0 seu mais incarniçado inimigo, José
vôo ao passaro; ao varão
Agostinho de Macedo, assistiu-lhe á
deu em iim, deu a razão.
hora do passamento, e preconisou o
A' mulher a natureza
talento do notável poeta n'esta quadra:
j:í não tinha mais que dar!...
Tinha apenas a belleza;
Os sábios d'Albion e o douto Ibero
só com isso a pode armar.
Te hâo-de aprender de cór; emquanto o
Quem por lança e por escudo
mundo
tem belleza. que mais quer ?
Se lembrar de Camões, de Tasso e Milton
Vencem ferro, e fogo e tudo,
Lhe ha-de lembrar também d'Elmano o
os encantos da mulher.
nome.
Trad. de
A. F. de Castilho
Propugnador das idéas liheraes, que
haviam de custar a vida, em 1817, ao
pobre Gomes Freire e seus companheiros, Barbosa du Bocage fez o seguinAOS INGLEZES
te soneto, repassado de sentimentalisPodeis entrar. Temos a barra aberta,
mo nacional, quando a republica se
O Tejo ó largo, e o povo é bom também... consolidou em França em 1797:
A conquista está certa.
Cascaes ha de salvar-vos e Belem !
Liberdade, onde estás? Quem te demora?
E certamente a nossa capital
Quem faz que o teu influxo em nós não caia?
Ha de ir a receber-vos, mal vos veja,
Porque (triste de mim) porque náo raia
—Ainda só que seja
Só na esphera da Lysia a tua aurora?
A' ponta de punhal!...
Gostareis certamente d'estes montes,
D'e8tes jardins e d"esta alfombra verde,
Onde cantam as fontes
E em vago enleio o coração se perde,
Não recueis jamais, 6 rufiões!
Possuímos com fartura, quem o nega'?
Vinho a correr na adega. ■.
—E balas nos canhões-
3
Um dos médicos de serviço no instituto Pasteur acaba de pôr a lume um
medicamento proveitoso e efficaz, segundo affirma o seu auctor, o dr. Roux,
para a diphteria.
Consiste em inocular sob a pelle uma
pequena quantidade de sérum, ou sangue puro extrahido d'um cavallo vaccinado contra aquella moléstia.
Só depois de obter provas irrecusáveis da efticacia do seu medicamento
é que o estudioso medico publicou a
sua descoberta, apresentando num congresso scientifico de Budapesth um interessante, relatorio sobre o assumpto.
O burro e a tuberculose
Depois de tanto procurar o remedio
para a tuberculose, volta-se agora ao
burro, ou melhor, á burra.
O leite das burras é o remedio soberano, o meio de dar a saúde aos pobres tysicos, a ultima palavra da sciencia.
Depois de haver observado que o
burro é refractario á tuberculose, mr.
Viquerat dedicou se a estudar as causas d'esta immunidade e descobriu-as.
Consistem numa substancia desconhecida até ao presente, que existe no
sangue do burro, e que passa d'elle ás
secreções do animal, e especialmente
ao leite da burra.
Como de costume, os porquinhos da
índia depositorio vivo de quantos males afíligem a humanidade, foram os
primeiros em que se experimentou o
novo remedio. Mr. Viquerat muuiu-se
d'uns poucos de tubérculos declarados,
injectou-lhes sob a pele um pouco de
sangue de burro, e repetiu n'elles a operação, um dia sim, outro não, até conseguir que os porquinhos da índia se
curassem completamente; alguns d'elles teem já um anno de curados, e a
tuberculose não fez reicidivo.
Mr. Viquerat fez logo uso da mesma especie de experiencias em cabras,
cães, etc., sempre com bom resultado.
Ultimamente, praticou as suas injecções só com o serum de burro, e com
o serum—o liquido menos denso que
o sangue abandona—é que propõe que
se façam aos tuberculosos injecções
subcutaneas de 10 centimetros cúbicos
(proximadaraente uma colher de sopa)
de dois em dois dias.
O numero de casos em que pode ensaiar-se o remedio é todavia, ainda muito limitado, porque o serum do burro
não produz bons resultados senão na
tuberculose cuja suporação ainda não
tivesse começado, e é sabido que os
tubérculos entram muito rapidamente
na phrase do periodo suporativo.
Mosaico—Celebre ponte
de .4lpragares em Polares
O que ha de mais notável na freguezia de Poiares, é a celebre ponte e
calçada de Alpragares; sendo a ponte
feita de um só arco e a calçada tão
Íngreme que não ha outra em todo o
rsiuo que se lhe assemelhe.
Apesar da sua antiguidade estão
ambas bem conservadas.
São construídas de pequenos seixos
redondos extrahidos do rio Douro.
Todos admiram, como, com semelhantes pedras e sem cimento de qualidade alguma, se poude construir a
ponte com tanta solidez e duração.
O povo d'alJi, attribue esta construcçâo a arte diabólica e de paes a
filhos tem passado a seguinte lenda:
Em tempos antigos, era tudo por
estes sitios barrancos e precipícios
medonhos, sem haver um atalho sequer. Sobre o ribeiro, não havia p«nte
alguma, nem coisa que mais ou menos
a podesse substituir.
Em uma noite escura e chuvosa,
veiu aqui parar por engano de caminho, um viajante a cavallo; e vendose perdido, sem poder continuar a sua
jornada, porque isso lhe fosse inteiraDa santa redempçào é vinda a hora
mente impossível, no meio da sua deA esta parte do mundo que desmaia;
Oh! venha... oh! venha, e tremulo descaia sesperação, gritou para que Deus ou
Despotismo feroz que nos devora!
o Diabo lhe valessem em tão apertada
conjectura.
Eia! acode ao mortal, que frio e mudo
O Diabo foi quem lhe ap pareceu
Occulta o pátrio amor, torce a vontade,
E em fingir, por temor, empenha o estudo. immediatamente.
«Aqui estou. Se me deres a tua alma, antes que cante o gallo preto destes sitios, te darei de prompto, uma
ponte, pela qual atravessarás o ribeiro
e uma estrada para seguires a tua viagem, sem o mais pequeno perigo nem
demora alguma.»
O cavalleiro acceitou, conservandose a cavallo á espera e Satanaz poz
logo mãos á obra; mas quando o infernal pedreiro conduzia as duas ultimas pedras 4? guarda da ponte, cantou o gallo p:eto e o cavalleiro investindo como um raio, e gritando por
Jesus, atravessa a ponte e segue seu
caminho, som que o diabo lhe podesse tomar conta da alma.
A' voz do cavalleiro bradando por
Jesus, o Diabo desesperado largou
apressadamente as duas ultimas pedras que faltavam para completar a
sua construcção e fugiu para o inferno.
Ainda hoje, qualquer pessoa d'estes
sitios, mostra na ponte o sitio onde
deviam ser collocadas as duas ultimas
pedras.
Em frente de Poiares, fica o ponto
do Soltinho, a uns 5 kilometros acima
do Torrão, até onde chega a navegação do rio Douro. E' já entre Portugal e tíespanha.
ANEDOCTAS
—Deste o meu cartão á senhora?
— Dei, sim, sonhar.
—Que disse ella?
—Que dissesse ao senhor que tinha
muita pena de não estar em casa.
—Sim! então diga-lhe que eu fiquei
bem contenta por não a encontrar.
—Tens então agora gemeos na família?
—Quem te disse que eram gemeos?
enganaram-te; é um rapaz e uma rapariga.
Calino vae ver a nova casa d'um
amigo
- Então que te parece a minha sala
de jantar?
—Logo t'o direi, á sobremeza.
N'um restaurante!
— Olha lá, ó rapaz! Ha quanto tempo comprou o teu patrão esta pescada?
—Eu não sei, meu senhor. Ha uma
semana apenas que eu sou creado da
casa.
EUa, corando:—Jorge, meu amor,
sabes que o Athayde fali ou-me em
casamento hontem.á noite?
Elle:—(tosto da imprudência? A idéa
de fazer semelhante proposta a uma
senhora que tem casamento ajustado!
Que lhe respondeste!
—Que tinha muita pena, na verdade; porém que elle tinha chegado tarde.
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Publica ae Ám irgundai-rtiraa
1894-1895 — 5* anno de publicação
Gazeta de Noticias
Folha portuense—politica, noticiosa,
Utteraria e de critica
Collaborada por distinctos eseriptores e
jornalistas:
Drs. Fialho d'Almeida, Mello Freitas,
M. Ribeiro de Figueiredo, Gonçalves de Freitas, Alves Mendes, e João
100
de Deus, e Bulhão Pato, Gerrasio
COMD1ÇÕE9
20
Lobato, lemandes de Lacerda, L.
Em Lisboa, 100 reis por volume nas províncias, 120 reis, franco de
d'Araujo, Barão do Cadoro, etc.
porte; correspondentes, 20 p. c. de commissuo da importancia das suas compras.
Director—Daniel d*Abreu, Júnior
Preço da assignatura para Portugal— Anno ÕOO reis.
Toda a correspondência dirigida a RODRIGO OE 1ELNão se acceitam assignaturas que não veI.O CARNEIRO ZlttlLLO
nham acompanhadas do seu importe.
120
80
Travessa da Queimada, 35, Lisboa
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(Historia de um dissidente)
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Com este titulo, e em continuação da Dlbllotheea Economlca, que
foi o maior successo de livraria que tem havido em Portugal, vae publicar-se
uma larga série de romances, sahindo regularmente dois volumes por mez,
ao preço de ÍOO reis cada volume, de 300 paginas, em média!!!
O que ha de mais imaginario, sension.il e interessante na galeria romantica antiga e moderna, na litteratura franceza, hespanhola, italiana, ingleza, allemã e russa, tudo será trasladado para a nossa língua, e assim,
em breve, por diminutíssimo dispêndio, IO© reis por quinzena, terá
cada família constituído uma bibliotheca que entretenha, Instrua e
eduque. Será o verdadeiro thesouro das famílias.
Chamamos para esta empreza a attençào de todos, ricos e pobres, por.60 «
que
a todos utilisa, porque todos teem a ganhar com a acquisição dos li10
vros que ella se propõe publicar, sendo a sua preoccupaçâo constante bem
servir o publico pela selecção dos romances e pela maxima
regularidade na publicação.
Lei de 28 de junho de 1894, e respectivo Regulamento, approvado por
decreto da mesma data, contendo as
tabellas das industrias; taxas de im80 posto segundo a ordem da terra; prasos das reclamações; fundamento d'ellas, etc., etc.
MATERIAL ESCOLAR
Acha se publicada esta obra, cujo
conhecimento e sobremaneira interessante a todas as classes industriaes,
fabris, commerciaes, artes e offieios.
F. J. CALDAS AULETE
Estudando-a, fica sabendo o contribuinte quaes as obrigações que tem a
cumprir e que direitos lhe assistem
para evitar iujustiças e aggravos tributários. A ediçào é sobremaneira ecoDICCI01ARI0
CONTEMPORÂNEO nomica, e por tào diminuto preço é a
única que se encontra no mercado.
DA
Cada exemplar custa apenas 200 réis;
pelo correio, 220.
Aos revendedores desconto vantaLÍNGUA PORTUGUEZA
joso, não sendo os pedidos inferiores
a 10 exemplares. Remette-se para a
FEITO SOBRE UM PLANO INTEIRAMENTE NOVO
província a quem enviar 220 reis, em
estampilhas,
ao editor A. José RodriE DIRIGIDO PELO DB.
gues, rua da Atalaya, 183, 1."—Lisboa
Em Lisboa: cada fascículo. .
Was províncias: cada fascículo
ECONOMICA
Toda a correspondência deve ser dirigida para a rua d'Alegria, 575—PORTO.
Valentim Guerra
0 Naufragio de Vicenle Sodrc
SENDIM
N.° 2/ da coilecção .Antonio Maiia Peferragens e reira.
Komance original de Pinheiro Chagas.
A' venda na livraria editora de Antonio
Maria Pereira—Rua Augusta n.° 50, 54
Fabrica de rolhas de cortiça, mon- —LISBOA.
tada com machinismo de primeiríssima
ordem.
Divulgação socialista
Estabelecimento de
quinquilherias.
Fabrica de distallaçào de álcool, por 0 Capital, por Karl Marx . .
2 pesetas
modernos processos.
Mi-ieria da philosophia, por
Karl Marx
^ «
Satisfaz com a maxima promptidâo
qualquer encommenda, tanto para ç Eni a <1 o tícerea ilo socialismo
identifico, por Gabriel Depaiz como para o estrangeiro.
pile
0,25
*
A autonomia e A jornada de oito
hora» de trabalho, por PanValentim Guerra
lo Lafargue. .... 0,20 "
CoHectirismo e revolução, por
Sendim de miranda
Julio Guesde
0,20 "
Meetmgde controvérsia em Santander, celebrado entre Coll
y Puig. director de A Voz
montanheza e o companheiMETHQDQ GRADUAL DE CALCULO
ro Pablo Igleziaa. . . . 0,20 '
Manifesto commnnista, por FrePOR
derico Engela ! . . . 0,15 *
BRANCO RODRIGUES
0 collectivismo, conferencia realisada perante o Circulo
de estudos economicos de
Bruxellas, Julio Guesde . 0,15
■
Coilecção de 8 cadernos de aritheme- Propaganda socialista, por J.
u
tica que se vendem separadamenie por
Pich e Creus
0,15
30 reis cada um.
Todos estes livros e folhetos que cons—Caderno de Geometria Syn- tituem a bibliotheca do jornal operário mathetica impresso em papel stigrmogTa- drileno O Socialista, encontram-se á ypnda
phado por BRANCO RODRIGUES.— aa redacçáo do mesmo jornal, rua de H erPreço 30 reis.—Segando o programma nan Cortês, 8, Pral , Madrid.
official dos exames de instrneçao primaria.
Porto — Typographia Gutenberg
rua dos Caldeireiros, 43.
A' venda nas livrarias. Enviam-se
pelo correio a qnem os requisitar aos
Editar responsável
editores. A. Ferreira Machado e C."
rua da Saadade, 2, Lisboa.
ANTONIO MARIA FEIO PIMENTEL
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N12 - Biblioteca Nacional de Portugal