UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA-UNAMA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE-CCBS CURSO FISIOTERAPIA Niege Nazareth Alcântara Chagas ANÁLISE DA APLICAÇÃO DO MÉTODO PILATES® NO PÓS-OPERATÓRIO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR ASSOCIADO À LESÃO MENISCAL Belém – PA 2009 NIEGE NAZARETH ALCANTARA CHAGAS ANÁLISE DA APLICAÇÃO DO MÉTODO PILATES® NO PÓS – OPERATÓRIO DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR ASSOCIADO À LESÃO MENISCAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade da Amazônia - UNAMA, como requisito para a obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia sob a orientação do Profo. Dr. Manoel Gionovaldo Freire Lourenço. Belém-PA 2009 C443a Chagas, Niege Nazareth Alcântara Chagas Análise da Aplicação do Método Pilates® no pós – operatório de Ligamento Cruzado Anterior associado à lesão / Niege Nazareth Alcantara Chagas – Belém, 2009. 79f Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Fisioterapia) -- Universidade da Amazônia, 2009. Orientado pelo Prof. Dr. Manoel Gionovaldo Freire Lourenço. 1. Lesão do LCA e menisco. 2. Lesão meniscal. 3. Método Pilates na Reabilitação. I. Chagas, Niege Nazareth Alcântara II. Lourenço, Manoel Gionovaldo Freire. III. Título. CDD: 615,82 Niege Nazareth Alcantara Chagas ANÁLISE DA APLICAÇÃO DO MÉTODO PILATES® NO PÓS-OPERATÓRIO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR ASSOCIADO À LESÃO MENISCAL Trabalho de conclusão de curso apresentado á Universidade da Amazônia – UNAMA, para obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia. Orientador: Prof. Dr. Manoel Gionovaldo Freire Lourenço. Banca Examinadora ____________________________________________ Prof. Dr. Manoel Gionovaldo Freire Lourenço ____________________________________________ Profa. Angélica Homobono _____________________________________________b Ft. Ana Júlia Cunha Apresentado em: ___/___/___ Conceito: ________________ Belém – Pará 2009 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus e a Nossa Senhora de Nazaré por terem me dado mais essa vitória na vida, sempre me iluminando e dando a perseverança necessária. Agradeço a minha família, em especial meu avô Pedro por ser responsável em me oferecer mais essa oportunidade e ser aquele em que sempre tento me espelhar intelectualmente. A minha avó Dinalva que é a minha figura de fortaleza em que nos momentos difícil pude contar. A minha mãe que sem ela eu não conseguiria vencer essa caminhada sozinha. Ao meu pai e irmã que me ajudaram nos momentos que precisei. Agradeço a todos os meus mestres da Universidade que me ofereceram os seus conhecimentos. Agradeço em Especial o meu Orientador o Prof. Dr. Manoel Gionovaldo por ter aceitado me orientar depois dos vários “não” que recebi, ter acreditado na minha pesquisa e fazer se tornar real, por sua enorme paciência, por ter tornado horas de frustrações, angustias e preocupações em risos com suas brincadeiras, descontrações e frases hilárias: “TUDO É UMA QUESTÃO DE MANTER A MENTE QUIETA, A ESPINHA ERETA E O CORAÇÃO TRANQUILO”; “DIGA QUE ME AMA NEM QUE SEJA MENTIRA”. Agradeço a Clinica Reabilitar principalmente pelos 2 anos e 8 meses que estive estagiando, e adquirindo a cada dia mais conhecimentos, me fazendo crescer não somente profissionalmente, mas pessoalmente. Ao Fisioterapeuta Tadeu Junior por colaborar e ceder o Estúdio de Pilates para a realização desta pesquisa e o meu amigo Ft. Luiz Euclides por ter me orientado e dividido comigo as suas experiências e conhecimentos na maior parte desse tempo que estive na clinica. E aos demais colegas que estiveram e chegaram depois na clinica que também me ajudaram bastante. Agradeço com muito carinho aos pacientes desta pesquisa que com toda boa vontade aceitaram participar e tornar as tardes de atendimentos de alegrias apesar das suas dificuldades. Agradeço aos meus amigos, colegas de turma, principalmente com muito carinho os meus colegas de estágios, Suellen Oliveira, Marcos Aurélio, Carlos Alberto, Rainer Savino que descobri neles pessoas maravilhosas, que me fizeram rir, que fizeram sempre um ambiente entre nós de amizades e alegrias. OBRIGADA! NIEGE NAZARETH ALCANTARA CHAGAS Sê humilde para evitar o orgulho, mas voa alto para alcançar a sabedoria. (Santo Agostinho) RESUMO Introdução: Com a ruptura do Ligamento Cruzado Anterior o joelho perde a estabilidade Antero-posterior com conseqüentes alterações tróficas e de amplitude de movimento. A alta incidência de lesões neste ligamento leva a uma evidência de instabilidade do joelho. O Método Pilates® é capaz de promover o fortalecimento global, melhorar a flexibilidade e controle corporal, de forma simultânea. Objetivo: analisar os efeitos dos princípios do Método Pilates® nas variáveis: dor, edema, força muscular, marcha, amplitude articular e estabilidade articular. Metodologia: Foram incluídos 12 pacientes, do sexo masculino em pós-operatório imediato à lesão, sendo avaliados na 1ª e 10ªsessões, perimetria, goniometria, teste de força muscular, escala analógica de dor e análise observacional da macha. As sessões seguiram de acordo com um protocolo baseado no método. Resultados: Os resultados demonstram ganho da amplitude de movimento (x= 1ª. Sessão 95,7º e na 10ª sessão de 125.8º) na flexão do joelho direito com p valor= 0.0090 e (x= 1ª sessão 91.7º e na 10ª sessão 123.8º) no joelho esquerdo com p valor= 0.0139. Na perimetria a média do membro inferior direito na 1ª sessão foi de 46.2cm e após a 10ª sessão foi de 46.1cm tendo o p valor= 0.0061. No membro inferior esquerdo a média na 1ª foi de 46.6cm e na 10ª foi de 46cm com p valor= 0.0093. A força muscular a média do dos membros inferiores na 1ª. Sessão foi de 3.8 evoluindo após a 10ª. Sessão para 4.9, com p valor= 0.0139. A Escala de Borg teve média na 1ª. Sessão de 8.58 após a 10ª. Sessão de 0.92, e p valor= 0.0001. A marcha na 1ª. Sessão todos os pacientes apresentavam marcha antálgica e após as 10ª sessão evoluíram pra marcha fisiológica. Conclui-se com o presente estudo que o protocolo empregado com o método Pilates®, alcançou o objetivo proposto anteriormente. Tal protocolo se mostrou estatisticamente significante quanto recuperação da função total do membro lesado. PALAVRAS –CHAVES: Método Pilates®, Ligamento Cruzado Anterior, Reabilitação. ABSTRACT Introduction: With the collapse of the anterior cruciate ligament in the knee loses stability Antero-posterior with consequent trophic changes and range of motion. The high incidence of ligament injury that leads to evidence of knee instability. The Pilates ® method is capable of promoting the overall strength, improve flexibility and body control, at the same time. Objective: To examine the effects of the principles of the Pilates Method ® in variables: pain, swelling, muscle strength, gait, joint range and joint stability. Methods: We included 12 patients, male in the immediate postoperative period to the lesion, and evaluated the 1st and 10th sessions, perimetry, goniometry, muscle strength test, analog scale of pain and analysis of observational march. Methods: We included 12 patients, male in the immediate postoperative period to the lesion, and evaluated the 1st and 10th sessions, perimetry, goniometry, muscle strength test, analog scale of pain and analysis of observational march. The sessions followed in accordance with a protocol based on the method. Results: The results show the gain range of motion (x = 1 ª. Session 95.7 ° and at the 10th session of 125.8 °) in flexion of the right knee with p value = 0.0090 and (x = 1 session and 91.7 ° at the 10th session 123.8 º) in the left knee with p value = 0.0139. Perimetry in the middle of the right lower limb at the 1st session was 46.2cm, after the 10th session was 46.1cm and op value = 0.0061. In the left leg in the average 1st was 46.6cm and the 10th was 46cm with p value = 0.0093. Muscle strength of the average of the lower limbs in the 1st. Session 3.8 was developed after the 10th. Session to 4.9, p value = 0.0139. The Borg Scale was the 1st average. Session of the 10th after 8:58. Session 0.92, and p value = 0.0001. The march in 1st. Session all patients had gait antálgica and after the 10th session evolved for physiological motion. Concludig it is with this study that the protocol used with the Pilates ® method, achieved the goal proposed previously. This protocol was statistically significant recovery of function as full member of the victim. KEY WORDS: Pilates® Method, anterior cruciate ligament, rehabilitation. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Fig. 01 Fibras do Ligamento Cruzado Anterior Lesionada 18 Fig. 02 Teste de Lachman 22 Fig. 03 Teste de McMurray 22 Fig. 04 Teste de Apley 23 Fig. 05 Prova de Força muscular do joelho 38 Fig. 06 Teste do Bocejo - estresse em vago e varo 38 Fig: 07 Média da Perimetria do membro inferior 47 Fig: 08 Média de Força Muscular dos membros inferiores na 1ª e 10ª Sessões 48 Fig: 09 Média de Goniometria 1ª e 10ª Sessões 48 Fig: 10 Média de Escala de Borg 1ª e 10ª 49 LISTA DE TABELAS Tabela 01 Análise dos testes estatísticos do ganho de força muscular no MID 41 Tabela 02 Análise dos testes estatísticos do ganho de força muscular no MIE 41 Tabela 03 Tabela 04 Tabela 05 Tabela 06 Tabela 07 Tabela 08 42 42 42 42 43 43 Análise Estatística da Goniometria do MID Análise Estatística da Perimetria do MID Análise Estatística da Perimetria do MID Análise Estatística da Escala de Borg Análise da Marcha Estatísticas Descritivas da Perimetria Tabela 09 Estatísticas Descritivas da Escala de Borg 45 Tabela 10 Estatísticas Descritivas da Goniometria. 46 LISTA DE ABREVIATURAS ®: Marca registrada. ADM - Amplitude de Movimento AOM - Analise Observacional da Marcha AVD’S – Atividade de Vida Diária CEP: Comitê de Ética em Pesquisa LCA – Ligamento Cruzado Anterior TCLE: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido SUMÁRIO 1 2 INTRODUÇÃO 13 1.1 Aspectos Gerais 13 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 16 2.1 Biomecânica e mecanismo de lesão 17 2.2 Avaliação Clínica 17 2.3 Exames complementares 23 2.4 Método de Tratamento 25 2.5 O Método Pilates® 30 2.6 Avaliação do Trofismo e da Força Muscular 33 2.7 Avaliação da Amplitude de Movimento 33 2.8 Marcha 33 2.9 Propriocepção 34 3 Objetivo 35 4 METODOLOGIA 36 5 4.1 Caracterização do Estudo e Aprovações 36 4.2 Local de Pesquisa 36 4.3 População e Amostra 36 4.4 Aspectos Éticos 36 4.5 Critérios de Inclusão e Exclusão 37 4.6 Método 37 4.7 Coleta e Armazenamento de Dados 39 4.8 Tabulação de Dados 39 4.9 Análise Estatística 39 RESULTADOS 41 6 DISCUSSÃO 50 7 CONCLUSÃO 53 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 54 APÊNDICES 57 ANEXO 67 1- INTRODUÇÃO 1.1- ASPECTOS GERAIS O ligamento cruzado anterior faz parte da articulação do joelho, estando localizado na parte central da cápsula articular, fora da cavidade sinovial. Durante a flexão o feixe antero medial tensiona - se e o feixe póstero - lateral relaxa sendo que esse processo é invertido durante a extensão. O ligamento cruzado anterior é um elemento importante na estabilização do joelho. À ruptura deste ligamento correlacionam-se lesões meniscais e condrais, com possíveis implicações funcionais para a articulação (PACCOLA, 2007). Com a ruptura deste ligamento o joelho perde a atuação referente a este. A alta incidência de lesões neste ligamento leva a uma evidência de instabilidade do joelho (ARAÚJO, 2003). Indivíduos com lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) possuem importantes alterações funcionais na musculatura periarticular do joelho. Sendo assim, é de suma importância caracterizar tais alterações, bem como enfatizar um efetivo protocolo de reabilitação para esses indivíduos, com conseqüente retorno às atividades físicas (PIZZATO, 2007). “Os músculos são os mais importantes suportes; conseqüentemente, muitas lesões são evitadas através de condicionamento e treinamento apropriado. O músculo mais importante na estabilidade da articulação do joelho é o músculo quadríceps principalmente as fibras inferiores dos músculos vasto medial e vasto lateral”. (MOORE, 2001). Muitos dos sinais clínicos e das alterações funcionais presentes em indivíduos com LCA deficiente são fatores decisivos para a indicação da reconstrução cirúrgica. Na tentativa de solucionar as alterações funcionais presentes em indivíduos com LCA deficiente, as técnicas de reconstrução do LCA estão se tornando cada vez mais refinadas (BONFIM & PACCOLA, 2000). A lesão meniscal é freqüentemente associada a lesões capsuloligamentares e principalmente a lesão crônica do Ligamento Cruzado Anterior (LASMAR et al., 2002). A perda de informação proprioceptiva no joelho, em decorrência de lesão do LCA, contribui para o agravamento da instabilidade devido à diminuição da sensação de posição e pela ausência do estímulo para a contração muscular reflexa (SAMPAIO & SOUZA, 1994). A conduta no tratamento das lesões do ligamento cruzado anterior (LCA) sofreu importantes modificações nas últimas décadas, tendo em vista os inúmeros avanços da técnica cirúrgica artroscópica e o desenvolvimento de métodos de fixação mais eficazes (CAMANHO & VIEGAS, 2001). Após cirurgia ou lesão, o movimento precoce do joelho é essencial para prevenção da fibrose articular, proporcionar nutrição à cartilagem articular e iniciar um estresse controlado, que ajudará a alinhar as fibras colágenas, proporcionando uma cicatriz flexível e resistente, capaz de promover o retorno da mecânica articular normal. Segundo Lesh (2005), o fisioterapeuta deve realizar um exame físico verificando as reais condições do paciente observando: o estado da pele e incisão cirúrgica, sinais de inflamação, condição da articulação que deve ser medida para avaliação do edema e da ADM, força de ambos os membros inferiores, avaliação do estado funcional do paciente observando a capacidade para sustentação de peso, tipo de marcha que o paciente está realizando e habilidades de transferências. Hoje em dia, pretende-se que após esta cirurgia o paciente volte a ter não só a amplitude e força que tinha anteriormente, assim como a volta plena às atividades esportivas (PLAPER, 1995). O método Pilates é um sistema de exercícios terapêuticos que tem como base o controle consciente de todos os movimentos musculares do corpo. Ele trabalha força e respiração, flexibilidade e resistência cardiorrespiratória (CRAIG, 2003). Joseph Pilates pregava que a concentração e a precisão com as quais os exercícios devem ser realizados exigem do praticante total controle e percepção de seu corpo, o que funciona como estímulos proprioceptivos de grande magnitude, os quais são responsáveis pela tomada da consciência corporal, isto é, o indivíduo passa a conhecer mais seu próprio corpo, buscando a harmonia de suas estruturas e promovendo uma melhor utilização das mesmas (RODRIGUES, 2008). Dessa forma, o método Pilates é capaz de promover o fortalecimento global, melhorar a flexibilidade e controle corporal, de forma simultânea. O método se divide em exercícios realizados em solo e aparelhos. Os exercícios realizados em solo se caracterizam por ser de caráter educativo, ou seja, enfatizam o aprendizado da respiração e do centro de força. Já os exercícios realizados nos aparelhos envolvem uma larga possibilidade de movimentos, todos eles realizados de uma forma rítmica, controlada, associada à respiração e correção postural (PIRES & COUTO DE SÁ, 2005). Identificadas as causas e conseqüências, o instrutor de pilates vai selecionar os exercícios que julgar adequado para promover o fortalecimento dos músculos com déficit de força muscular e o alongamento ou distensionamento daqueles que se encontra em estado de encurtamento, preservando o princípio de globalidade do método. Os resultados obtidos têm se mostrado cada vez mais animadores, tornando o método um eficiente recurso da reabilitação ortopédica e reumatológica (RODRIGUES, 2008). Entretanto, mesmo com os efeitos benéficos proporcionados pela técnica, existe escassez de estudos acerca dessa modalidade terapêutica. Por se tratar de uma lesão crônica e de significativa prevalência na população geral, pelo seu comum acometimento articular, é evidente o quanto os sinais e sintomas da lesão do Ligamento Cruzado Anterior interferem nas atividades de vida diária dos indivíduos portadores dessa lesão. Diante do exposto, este trabalho teve o propósito de efetuar um protocolo de tratamento a fim de amenizar os problemas conseqüentes desta lesão. 2- PRESSUPOSTOS TEÓRICOS Os transtornos internos da articulação do joelho são inúmeros e de conseqüências variadas para a função e a qualidade de vida do indivíduo. A crescente procura por atividades físicas associadas a uma anatomia complexa e tão vulnerável da articulação do joelho fez com que aumentasse a incidência de lesões ligamentares desta articulação, principalmente do ligamento cruzado anterior (PECCIN et al. COHEN, 2006). Segundo DÂNGELO & FATTINI (2000), a articulação do joelho, é considerada uma das maiores e mais complexas estruturas da anatomia humana. Sua articulação é do tipo gínglimo, permitindo o movimento de flexão, extensão e certo grau de rotação. É formada por três ossos, fêmur, tíbia, patela ao qual, por ser um osso sesamóide, permite movimentos diferentes dos outros, e as estruturas são cápsula articular, estruturas extra capsulares e intracapsulares, e membrana sinovial. O ligamento cruzado anterior (LCA) é o ligamento do joelho que apresenta ruptura completa com maior freqüência, sendo responsável por 50% de todas as lesões ligamentares. A maioria das lesões do LCA ocorre em atividades esportivas, principalmente naquelas que envolvem movimentos de desaceleração, rotação e saltos (BONFIM e PACCOLA, 2000). Pereira et al. (1998), relatam que a lesão do LCA é um traumatismo de medicina do esporte, incidindo 1.000 vezes mais do que na população “normal” não atleta de 15 a 44 anos. Segundo Pereira et al., (2008), no tocante ao sexo, os homens representam o maior contingente (90,4%), fato compreensível pela presença maior do sexo masculino na prática desportiva. Portanto nem a idade e nem o sexo são fatores prognósticos de quem vai desenvolver instabilidade anterior do joelho, pois pacientes de ambos os sexos e de qualquer faixa etária têm possibilidade de se tornarem sintomáticos (PENTEADO et al, 2008). A prática clínica, dedicada basicamente ao atendimento de pacientes portadores de afecções na articulação do joelho, permite-nos verificar, por diversas vezes, que lesões do LCA, inicialmente isoladas, evoluem para lesões meniscais complexas, agravamento da instabilidade anterior inicial e progressão das lesões degenerativas da cartilagem articular (PEREIRA et al., 1998). 2.1– BIOMECÂNICA DO LCA E MECANISMO DE LESÃO Conforme Weinstein et al. (2000), a laceração do cruzado anterior ocorre a partir de uma torção valga e rotação de joelho estando o pé firme no chão (exercício de cadeia cinética fechada). “As lesões do LCA podem ocorrer com mecanismo de contato assim como sem contato. O mecanismo de contato mais comum é um golpe na face lateral do joelho ocasionando uma força em valgo no joelho. Esse mecanismo pode resultar não apenas em lesão do LCA como também em lesão do LCM e do menisco medial. O mecanismo sem contato mais comum é um mecanismo de rotação no qual a tíbia é rodada externamente sobre o pé fixo. Esse mecanismo é responsável por 78% das lesões do LCA. E o segundo mecanismo sem contato é a hiperextensão forçada do joelho” (KISNER, 2004). Para Nabarrete (2003), as lesões do ligamento cruzado anterior podem ser graduadas em graus: I onde a lesão é leve, com presença de edema, sensibilidade local, com rompimento de alguns ligamentos sem perda funcional; II lesão do tipo moderada, onde grandes partes dos ligamentos encontram-se rompidos seguidos de instabilidade na articulação, não demonstrando perda completa da integridade do ligamento; III – lesão do tipo grave, havendo rompimento completo das fibras ligamentares. As lesões meniscais ocorrem com o joelho em flexão, combinando com rotação femorotibial, resultando em força de cisalhamento através do menisco, causando a lesão (COHEN & ABDALLA, 2005). 2.2 – AVALIAÇÃO CLÍNICA Conforme Fatarelli & Almeida (2003), o ligamento cruzado anterior é um ligamento resistente podendo ocorrer lesões por vários fatores. A ruptura deste ligamento ocasiona respostas neuromusculares e biomecânicas complexas. A variabilidade dos indivíduos não é apenas anátomo - fisiológica, mas também pode ser causada por agentes da própria lesão e pela sua extensão. O mesmo autor ainda cita que o primeiro princípio para estabelecer o programa fisioterapêutico é realizar uma avaliação individual considerando os dados coletados durante a anamnese e testes específicos e complementares da clinica médica e fisioterapêutica. Para Fatarelli & Almeida (2003), o exame físico deve evidenciar a presença de edemas, hipotrofia do quadríceps, cicatrizes de traumas ou cirurgias anteriores e ainda alterações na marcha e limitação de movimento, característica típica nas lesões do joelho. Na palpação pode estar presente a dor, edema, anormalidades na superfície articular e crepitações, sendo estes fatores informações importantes para um início correto de tratamento. Pode ocorrer ainda limitação da mobilidade articular, principalmente devido à dor e ao espasmo, debilidade muscular, rigidez, contratura e bloqueio articular. O movimento passivo pode apresentar-se diminuído por algumas das razões citadas acima ou ainda pela frouxidão ou ruptura ligamentar, podendo assim, haver presença de hiperextensão, que deve ser investigada bilateralmente para distinguir se há um aumento da rotação, no sentido anterior em relação ao fêmur, ou se há um componente genético (FATARELLI & ALMEIDA, 2003). Fig. 01- Fibras do Ligamento Cruzado Anterior Lesionado Fonte: (www.grupodojoelho.com.br) Anamnese Inicialmente devem-se investigar as causas e quando ocorreu a lesão, onde o paciente irá contar o ocorrido. Um possível edema na articulação também deverá ser investigado, se não estiver evidente pode significar um não extravasamento deste liquido. A dor pode ser intensa e duradoura, mínima passageira ou estar entre os dois extremos. Sendo descrita como dor localizada profundamente na articulação, podendo estar sem localização específica, freqüentemente é localizada na parte anterior ou lateralmente, sendo a pontada intensa. A dor pode se tornar leve e constante ou desaparecer completamente, (GARRICK & WEBB, 2001). De acordo com Snider (2000), um terço dos pacientes relata estalos no momento da lesão, o derrame articular pode ocorrer com rapidez posteriormente à lesão, a maioria dos pacientes apresenta dor ao realizar movimentos e dificuldade na deambulação, em um estágio mais tardio pode ocorrer falseios seguidos de dor e edema, que podem se tornar repetitivos. A análise observacional da marcha é dependente da habilidade de conhecimento do observador. Não permite registros permanentes (exceto por videoteipe). Além disso, existe uma dificuldade em relação à observação dos eventos de rotação (plano transverso). Deve-se estudar um lado (esquerdo e direito) por vez (COHEN & ABDALLA, 2005). O mesmo autor relata que o registro deve ser o mais objetivo possível. Termos como “moderado”, “leve” ou “severo” devem ser evitado. Optar por “presente” ou “ausente”. O uso de filmadora propicia a captação eventos rápidos e evita a fadiga do paciente. Exame Clínico Como apresentado por Hoppenfeld (2001), a inspeção visual deve ser iniciada assim que o paciente chegar para ser avaliado. Deve-se realizar uma análise cinesiológica da marcha em todas as suas fases, observar as alterações e como o paciente deambula, se este apresenta todas as fases da marcha integras, pedir para o paciente se despir acompanhando cuidadosamente cada etapa feita pelo paciente na tentativa de detectar a utilização de movimentos anormais, para compensar qualquer tipo de dor ou rigidez. Deve ser investigada a presença de edema, simetria de todos os músculos, verificando se não há existência de hipotrofias, e anormalidades na angulação denominadas de joelho em valgo, varo e recurvato. Segundo Fatarelli & Almeida (2003) no que diz respeito aos sinais e sintomas da lesão do ligamento cruzado anterior demonstra que na maioria das vezes eles são característicos como dores até 24hs, edema de imediato ou até uma hora após a lesão inicial, estalido no momento da lesão, limitação da ADM e dificuldade para realizar outros tipos de atividades. Porém com a melhora do quadro o paciente pode voltar às atividades da vida diária, podendo apresentar recidivas, habitualmente apresentadas em lesões ligamentares crônicas. Normalmente as lesões crônicas são descritas por falseios articulares, tendo como principal problema o comprometimento de outras estruturas não atingidas pela lesão inicial. Com o passar do tempo o individuo, pode apresentar um agravamento do quadro e relatar dificuldades em suas AVD’s (FATARELLI & ALMEIDA, 2003). Palpação Óssea Segundo Hoppenfeld (2001), deve ser realizada com o paciente sentado na borda da maca, posição esta mais eficaz para a avaliação, o avaliador pode usar suas pernas para fixar as pernas do paciente, no caso do paciente impossibilitado de se sentar, deita-lo em decúbito dorsal com o joelho fletido a 90 graus. A articulação deve ser examinada em flexão, pois desta maneira a pele se adere melhor aos ossos tornando os contornos mais nítidos estando os músculos, tendões e ligamentos em torno do joelho relaxados durante a flexão. A orientação durante a palpação é dada pelo posicionamento correto das mãos do examinador, bem como um bom conhecimento na parte anatômica a ser examinada (HOPPENFELD, 2001). De acordo o autor acima citado, deve se palpar na face medial a linha entre o fêmur e a tíbia, o platô tibial medial, o tubérculo tibial até a saliência do platô, côndilo femoral medial, tubérculo adutor localizado entre o músculo vasto medial e tendinosos da coxa. Na face lateral palpa-se a proeminência óssea da face lateral que são: platô tibial lateral, tubérculo lateral, côndilo femoral lateral que possui grande parte recoberta pela patela, cabeça da fíbula no mesmo nível que o tubérculo tibial, sulco troclear responsável pelo deslizamento da patela e a própria patela que é facilmente palpada quando o joelho esta em extensão. Palpação dos Tecidos Moles Hoppenfeld (2001) cita que na face anterior deve ser examinada a integridade do quadríceps, tendão infrapatelar, bolsa infrapatelar superficial, bolsa pré-patelar, bolsa pés anserine (pata de ganso). Na face medial deve ser verificados a integridade do menisco medial, ligamento colateral medial, músculo sartório, grácil e semitendinoso. Já na face lateral as estruturas a serem examinadas são: menisco lateral, ligamento colateral lateral, ligamento tibiofibular ântero superior, tendão do bíceps femoral, trato iliotibial e nervo fibular comum. Por fim, na face posterior são verificados a fossa poplítea, nervo tibial posterior, veia poplítea, artéria poplítea e o músculo gastrocnêmico. Testes Especiais De acordo com Hoppenfeld (2001), para se testar a instabilidade do joelho e integridade do ligamento cruzado anterior, o paciente deve estar em decúbito dorsal, com os joelhos flexionados a 90 graus e pés apoiados. O fisioterapeuta deve fixar os pés do paciente, sentando-se sobre eles, as mãos devem ser posicionadas de modo que envolva o joelho e os polegares estejam sobre as linhas articulares (medial e lateral), os outros dedos apóiam-se nas inserções dos tendões. Em seguida deve-se deslocar a tíbia anteriormente, se esta deslizar demonstrando sinal de deslocamento anterior significa que há uma lesão no ligamento cruzado anterior. Este teste é conhecido com teste de gaveta anterior. Segundo Garrick et al. (2001), o teste que nos dá a maior certeza de uma lesão no ligamento cruzado anterior é o teste de Lachman que se diferencia do teste de gaveta apenas na angulação da flexão do joelho. Neste, o joelho deve estar com a flexão entre 20 graus e 30 graus e, como no teste de gaveta, deve se observar o deslocamento anterior realizado entre o fêmur e a tíbia, devendo ser considerado durante o deslocamento a firmeza do ponto final o que vai ser muito importante para determinar a gravidade da lesão ocorrida no ligamento cruzado anterior. Os mesmos autores nos dizem ainda que o primeiro joelho a ser examinado deve ser o não lesionado, para obter a calma do paciente e estabelecer qual o normal de deslocamento da articulação deste paciente. De acordo com Snider (2000), o teste de Lachman pode ser feito de uma maneira alternativa, o paciente deve estar decúbito dorsal com a perna fletida de 15 a 20 graus o examinador deve colocar seu joelho embaixo do joelho do paciente pressionando a parte proximal da coxa, estabilizando assim o fêmur. Com a outra mão deve se envolver a parte proximal da tíbia, que será tracionada no sentido anterior, este método é muito utilizado quando a perna do paciente for volumosa, pois da uma maior segurança para o fisioterapeuta na hora de examiná-la. Se ocorrer o deslizamento anterior da tíbia o resultado do teste é considerado positivo. Fig.02 - Teste de Lachman Fonte: (http://www.riototal.com.br, 2008) Segundo Cohen e Abdalla (2005) o teste de McMurray é realizado com o paciente em decúbito dorsal, quadril fletido em 40º e o joelho flexionado totalmente. Com a execução da rotação lateral da tíbia, anteriorizando o corno posterior do menisco medial, e o joelho sendo lentamente estendido, palpam-se um estalido a linha articular. Quando ocorre a dor sem o estalido nos indica uma possível lesão no corno posterior do menisco medial Fig. 03 - Teste de McMurray Fonte: (http://www.medscape.com, em 2000) O teste de Apley é realizado com o paciente em decúbito ventral e o joelho fletido em 90º, onde o examinador irá colocar pressão nos pés do paciente, para comprimir a tíbia e o fêmur, fazendo uma rotação lateral e medial da tíbia. Presença de dor na interlinha, é positiva para a lesão meniscal. (COHEN E ABDALLA, 2005) Fig. 04 - Teste de Apley Fonte: (http://www.medscape.com, em 2000) O teste do Bocejo o paciente é colocado em decúbito dorsal, e segura se o tornozelo em leve rotação externa, pois isto relaxa os cruzados e aumenta a tensão dos colaterais. Com a mão, na face lateral da interlinha, fazer estresse em valgo, tanto em extensão como em leve flexão. Repetir a manobra, com a mão na face medial da interlinha e fazer o estresse em varo (LASMAR et al., 2002) O autor acima relata que é considerado positivo se houver abertura medial no estresse em valgo, e abertura lateral no estresse em varo. 2.3 – EXAMES COMPLEMENTARES Conforme Fatarelli & Almeida (2003), exames como radiografia e ressonância magnética auxiliam na comprovação de lesão ou fraturas do joelho e ainda na reconstrução ligamentar analisando os pontos de fixações corretos para o enxerto. As imagens apresentadas pela ressonância magnética ajudam no diagnóstico da lesão do ligamento cruzado anterior por ser um exame fidedigno além de não ser invasivo, confirmando assim a lesão ligamentar. Raio X De acordo com Garrick et al. (2001), no caso de uma lesão do ligamento cruzado anterior deve-se realizar radiografias em incidências ântero-posteriores e perfil. Geralmente nas lesões de ligamento cruzado anterior o encontro de fraturas é raro, com exceções do platô tibial, onde se insere o ligamento cruzado anterior são mais evidentes. As radiografias com incidência ântero-posterior, perfil são negativas, porém podem revelar uma avulsão na inserção tibial do ligamento cruzado anterior ou ainda da margem capsular lateral da tíbia (SNIDER, 2000). As radiografias de rotina para joelho não contribuem para as constatações do exame físico em caso de condição patológica do menisco, exceto em casos de alterações degenerativas (COHEN & ABDALLA, 2005). Ressonância Magnética Segundo Garrick et al.(2001), a ressonância permite a visualização do ligamento, porém uma avaliação feita pelo teste de Lachman pode se apresentar mais eficaz para a avaliação da estrutura funcional do joelho. Sendo assim a ressonância magnética não é um exame rotineiramente solicitado. A Ressonância magnética é um teste com alto custo financeiro e se demonstra menos eficaz que a artroscopia. Cohen e Abdalla (2005), citam que a ressonância magnética é um método não invasivo e com boa precisão no diagnóstico por imagens das lesões meniscais. Exame Artroscópico Segundo Garrick et al. (2001), a artroscopia é um exame preciso na avaliação do ligamento cruzado anterior, ela permite a visualização de rupturas e identifica ligamentos intactos. Conforme Nabarrete (2003), a artroscopia consiste em várias incisões de tamanho pequeno pelas quais são inseridos os instrumentos que possuem um sistema de lentes e iluminação o qual possibilita uma melhor visualização das estruturas de dentro da articulação, acoplando esse artroscópio há uma câmara de televisão em miniatura, que transmite as imagens para uma tela maior, o qual permite uma visualização dos meniscos, cartilagens e ligamentos, podendo em determinados casos, diagnosticar tipo e grau da lesão e se necessário, a reparação ou correção da lesão. O tempo de duração e recuperação depende da complexidade do problema. De forma que cada artroscopia é única para cada paciente e o tempo de recuperação dependerá do mesmo. 2.4 MÉTODO DE TRATAMENTO Para Snider (2000), o tratamento de uma lesão de ligamento cruzado anterior deve ser diferenciado de acordo com a idade do paciente, prática de atividades e presença de lesões associadas. Tratamento Conservador De acordo com Snider (2000), o tratamento inicial deve ser repouso aplicação de crioterapia, compressão e elevação do membro, associado com imobilização e uso de muletas se necessário. O tratamento pode variar de fisioterapia e aplicação de órteses. Segundo GABRIEL et al., (2001), a fase de imobilização tem como objetivo a diminuição de edemas que pode ser feita por tubo gessado ou calhas com o intuito de proteger a articulação de movimentos bruscos, deve-se realizar a elevação da extremidade facilitando o retorno venoso serão iniciados exercícios isométricos e deambulação será com carga sendo indicada somente pelo médico ortopedista. O mesmo autor descreve que a fase de pós-imobilização tem como objetivo evitar edemas e ganhar fortalecimento muscular juntamente com o ganho de ADM. É iniciada logo após a retirada do tubo gessado sendo colocada uma bandagem elástica até que a musculatura do paciente apresente um tônus muscular. Nesta fase pode ser utilizado gelo como analgésico e antiinflamatório. Na fase de pós-imobilização é iniciado exercício de cadeia fechada e posteriormente mais ou menos duas ou três semanas é iniciado o fortalecimento de exercícios de cadeia aberta. Fatarelli & Almeida (2003) relata que, a atrofia do quadríceps se dá em resposta de adaptação ao sistema de controle motor para evitar o deslocamento anterior da tíbia. Assim deve-se promover um fortalecimento desta musculatura que ajudará a evitar sobrecargas na articulação que conduzam a um deslizamento anterior da tíbia. Após três semanas da lesão do ligamento cruzado anterior deve ser investigado se há instabilidade articular ou entorses recidivas, nesta fase são possíveis iniciar com exercícios de resistência em toda musculatura da perna. No processo final de reabilitação os exercícios devem ser somente voltados para as atividades diárias do indivíduo, devendo ser variados velocidades e movimento que estes serão realizados. Conforme Nunes et al., (2003), o tratamento das lesões de ligamento cruzado anterior é dividido em duas fases distintas. O tratamento na fase aguda e crônica. A fase aguda iniciase logo após o trauma e aponta principalmente por diminuir a dor e a inflamação, restabelecer amplitude de movimentos e restituir o controle muscular e proteção contra novas agressões, é feito uso de compressão e gelo associados ou não a analgésicos, exercícios de flexo- extensão assistidos e alongamentos requerendo o aumento da ADM, uso de muletas para descarga parcial do peso, até que se restabeleça completamente a ADM e interrompa o processo inflamatório. Tratamento pré-cirúrgico Fatarelli & Almeida (2003) relata que, no pré-cirúrgico devem ser estabelecidas algumas medidas para que seja obtido o restabelecimento total da ADM, ausência de edema e dor, diminuição do padrão da marcha flexora, recuperação da força muscular e preparação psicológica para a reconstrução. Essas medidas fisioterapêuticas têm demonstrado uma rapidez na recuperação pós-cirúrgica. Tratamento cirúrgico Atualmente, há consenso na literatura em favor da reconstrução desse ligamento com o uso de auto-enxertos – terço médio do tendão patelar ou tendões dos músculos isquiotibiais mediais –, uma vez que a instabilidade crônica do joelho leva a alterações degenerativas precoces da articulação e lesões recorrentes dos meniscos e da cartilagem, bem como incapacidade nas atividades esportivas e eventualmente nas atividades diárias (CAMANHO E VIEGAS, 2001). Conforme Nabarrete (2003), o enxerto do tendão patelar, possui propriedades que indicam que seu tecido possui maiores propriedades biomecânicas, sendo retirado do mesmo joelho a ser operado. Tal cirurgia consiste na retirada de um fragmento ósseo da patela, o tendão patelar e um fragmento ósseo da tíbia. Este tendão é resistente e as presenças de fragmentos ósseas propiciam uma boa fixação do enxerto. Apesar de suas desvantagens tais como: ruptura do tendão patelar; disfunção fêmuropatelar; alterações radiológicas e outras são atualmente a mais utilizada, podendo conter algumas alterações no seu procedimento, mas acima de tudo com resultados satisfatórios, e vantagens como: menores tempos para a recuperação retornam as atividades físicas mais rápido. A reconstrução do ligamento cruzado anterior com o enxerto do tendão patelar (ossotendão-osso) é técnica consagrada pelo uso e pelos bons resultados, porém complicações com a mesma ocorrem e estão descritas na literatura. Os novos métodos de fixação para a utilização dos tendões flexores nas reconstruções do LCA são de baixa agressividade cirúrgica e possuem a eficiência necessária para a realização de um programa de reabilitação precoce (ZECKER, 2001). A recuperação depende também de um acompanhamento fisioterápico logo após a cirurgia, para que não se tenha nenhuma seqüela. Na procura de técnica alternativa para o tratamento das instabilidades anteriores crônicas do joelho, muitos autores centraram seu trabalho no enxerto dos tendões flexores. Hoje a reconstrução do LCA com o tendão do semitendinoso e gracilis atingiu altos níveis de bons resultados e deixou de ser apenas nova técnica para ser a escolha para muitos cirurgiões. Em ambos os casos, a cirurgia pode ser realizada por videoartroscopia e todos os detalhes de técnica devem ser respeitados (em cada caso) para bons resultados finais. A técnica que utiliza o TransFix® que preconiza a fixação de um pino perpendicularmente ao túnel femoral e aos tendões em seu interior, eliminando o risco da fratura da cortical posterior, que pode ocorrer na utilização do ligamento patelar fixado com parafuso de interferência no fêmur (ZECKER, 2001). Devido à dor anterior, maior freqüência da perda de extensão final, dificuldades de ganho de arco de movimento e incisão maior nas reconstruções com ligamento patelar, passamos a utilizar cada vez mais os tendões flexores (ZECKER, 2001). Ambos os métodos podem ser indicados para a reconstrução de joelhos instáveis em qualquer idade (com exceção para a fise aberta para o Tendão Patelar), em ambos os sexos e para qualquer tipo de atividade física, seja recreacional ou profissional (BALSINI et. al, 2000). Tratamento pós- cirúrgico O papel da reabilitação é tão importante quanto a cirurgia e em ambas as técnicas deve ser iniciada precocemente para recuperação da amplitude de movimento, equilíbrio, tônus e massa muscular (BALSINI et al, 2000). Fatarelli & Almeida (2003) afirma que logo após a cirurgia é comum a presença de dor, edema e logo após uma diminuição da ADM, existindo uma grande possibilidade de um surgimento de atrofia do quadríceps, que pode ser causada por estímulos dos receptores da articulação, estes estímulos são provocados pelo edema. Na fase pós-cirúrgica a fisioterapia deve ter como meta à diminuição de edema para que desta maneira possa-se evitar uma possível inibição reflexa do músculo quadríceps, é recomendado o uso de gelo e a elevação do membro ajudando na diminuição do edema. Conforme Fatarelli & Almeida (2003), pela presença de edema e dor a ADM pode apresentar-se limitada, já com a redução do edema e da dor pode-se iniciar uma movimentação passiva visando a recuperação da mesma. É recomendado ainda que as tarefas realizadas envolvam pouco ou nenhum esforço do ligamento cruzado anterior evitando assim lesões adicionais que agravem o quadro do paciente. Em uma fase mais avançada da recuperação são introduzidas tarefas com contração isométrica exigindo assim maior esforço do ligamento. Os mesmos autores observam que o treinamento com exercícios de resistência em longas séries de repetições e baixa carga devem ser iniciados na fase primária do tratamento, já os exercícios de força com poucas repetições e altas cargas devem ser realizados posteriormente. Deve ser realizado ainda um treinamento proprioceptivo, este treinamento é fundamental em exercícios que estimulam resposta muscular. Podem ser usados como exercícios de ganho de propriocepção os que estimulam a capacidade do paciente em reconhecer a posição estática ou dinâmica em que a articulação se encontra, (FATARELLI & ALMEIDA, 2003). Segundo ARAÚJO et al. (2003), relata que os exercícios e técnicas proprioceptivas são de importância fundamental devendo ser obrigatórios em todos os programas de reabilitação das lesões de ligamento cruzado anterior, citam ainda que há uma maior necessidade de investigações cientificas para uma melhor confirmação a respeito da propriocepção. De Acordo com Sampaio e Souza (1994), apesar da lesão do LCA e da perda de informação aferente dos mecanorreceptores localizados nesse ligamento, existem nas demais estruturas do joelho inúmeras outras fontes de informação proprioceptiva, que através de treinamento específico de coordenação neuromuscular podem suprir a demanda da reação muscular necessária para o controle dinâmico da articulação lesada. Existe, portanto, forte indicação de se reprogramar a ação proprioceptiva do joelho lesionado no seu LCA. É consenso que o treinamento muscular simples não aumenta a velocidade da reação muscular, mas que o controle muscular dinâmico tem o potencial de diminuir o tempo de resposta da reação muscular e quanto menor esse tempo, menor será o stress sobre as estruturas ósseas, musculares, meniscais e ligamentares do joelho (SAMPAIO E SOUZA, 1994). 2.5 - O MÉTODO PILATES® No ano de 1923 o alemão Joseph Humbertus Pilates criou uma série de exercícios baseados nos movimentos progressivos que o corpo é capaz de executar. Durante a I Guerra Mundial, Pilates iniciou o uso das molas nas camas de hospital, desenvolvendo um sistema que inspirou a criação de seus equipamentos e de seu método (SACCO ET AL., 2005). É uma técnica dinâmica que visa trabalhar força, alongamento e flexibilidade, preocupando – se em manter as curvaturas fisiológicas do corpo e tendo o abdômen como centro de força, o qual trabalha constantemente em todos os exercícios da técnica, realizado com poucas repetições (SACCO et al., 2005). O movimento busca uma fluidez natural, precisão e um ritmo baseado na respiração. O programa de controle envolve estabilização estática e dinâmica, mobilidade articular, coordenação, equilíbrio e também é progressivo quanto aos desafios podendo evoluir desde muita assistência até desafios de propriocepção, amplitude, força e resistência máximas (OLIVEIRA ET AL., 2008). O método se divide em exercícios realizados em solo e aparelhos. Todos eles favorecem o trabalho dos músculos estabilizadores enquanto que elimina a tensão excessiva dos músculos e compensações de movimentos envolvendo uma larga variedade de movimentos (PIRES E COUTO DE SÁ, 2005). Segundo Sacco et al. (2005), a literatura mostra como vantagens do método: estimular a circulação, melhorar o condicionamento físico, a flexibilidade, a amplitude muscular, e o alinhamento postural. Pode melhorar os níveis de consciência corporal e coordenação motora, onde esses benefícios ajudariam a prevenir as lesões e proporcionar um alivio de dores crônicas. A intensidade dos exercícios desenvolvidos nos equipamentos é fornecida através das molas. Estas são classificadas através de cores diferentes que se classificam em preta, vermelha, verde, azul e amarela, em ordem decrescente de intensidade. Além de oferecerem resistência nos treinamentos, muitas vezes são usadas como resistência durante o movimento (PIRES & COUTO DE SÁ, 2005). Sacco et al. (2005), ressalta que o Método Pilates® apresenta muitas variações de exercícios, pode ser realizada por pessoas que buscam alguma atividade física, por indivíduos que possuem alguma patologia ou cirurgia músculo-esquelético onde a reabilitação é necessária e também por esportistas que visam melhorar seu condicionamento físico. Assim, o método Pilates® se baseia em fundamentos anatômicos, fisiológicos e cinesiológicos, e é compreendido em seis princípios. (PIRES E COUTO DE SÁ, 2005) Concentração: Durante todo o exercício a atenção é voltada para cada parte do corpo, para que o movimento seja desenvolvido com maior eficiência possível. Nenhuma parte do corpo não é importante e nenhum movimento é ignorado. A atenção dispensada na realização do exercício é destacada ao aprendizado motor, que é o grande objetivo da técnica. Controle: Define-se como controle do movimento o discernimento da atividade motora de agonistas primários numa ação específica. A coordenação é a integração da atividade motora de todo o corpo visando um padrão suave e harmônico de movimento. É importante a preocupação com o controle de todos os movimentos a fim de aprimorar a coordenação motora, evitando contrações musculares inadequadas ou indesejáveis. Consciência: de fundamental importância na qualidade do movimento, sobretudo, ao realinhamento postural do corpo. Consiste no refinamento do controle e equilíbrio dos diferentes músculos envolvidos em um movimento. Centramento: a este princípio Pilates® chamou de Powerhouse ou centro de força, o ponto focal para o controle corporal. Constitui-se por quatro camadas abdominais: o reto do abdome, oblíquo interno e externo, transverso do abdome; eretores profundos da espinha, extensores, flexores do quadril juntamente com os músculos que compõe o períneo. Este centro de força forma uma estrutura de suporte, responsável pela sustentação da coluna e órgãos internos. O fortalecimento desta musculatura proporciona a estabilização do tronco e um alinhamento biomecânico com menor gasto energético aos movimentos. Respiração: Joseph Pilates afirmava que freqüentemente respiramos errado e usando apenas uma fração da capacidade do pulmão. Por isto, Pilates® em seu trabalho enfatizava a respiração como o fator primordial no início do movimento, fornecendo a organização do tronco pelo recrutamento dos músculos estabilizadores profundos da coluna na sustentação pélvica e favorecendo o relaxamento dos músculos inspiratórios e cervicais. O ciclo respiratório proposto pelo método ocorre na seguinte ordem cronológica: 1) Inspiração torácica; 2) Expiração do tórax superior; 3) Expiração do tórax inferior e 4) Expiração abdominal. Este ciclo deve ser sincronizado ocorrendo ao mesmo tempo da ação muscular, favorecendo o incremento da ventilação pulmonar, a melhora da oxigenação tecidual, conseqüentemente a captação de produtos metabólicos associados à fadiga (CRAIG, 2003). Movimento Harmônico: Refere-se ao tipo de movimento, que deve ser de forma controlada e contínua, deve exibir qualidade de fluidez e leveza, que absorvam os impactos do corpo com o solo e que usam da inércia, contribuindo para a manutenção da saúde do corpo. Ao contrário movimentos truncados, pesados, que criam choques no solo, levam ao desperdício de energia, além de tornar os tecidos propensos ao desgaste prematuro. Os exercícios realizados em solo se caracterizam por ser de caráter educativo, ou seja, enfatizam o aprendizado da respiração e do centro de força. Já os exercícios realizados nos aparelhos envolvem uma larga possibilidade de movimentos, todos eles realizados de uma forma rítmica, controlada, associada à respiração e correção postural (PIRES E COUTO DE SÁ, 2005). O programa de controle envolve estabilização estática e dinâmica, mobilidade articular, coordenação, equilíbrio e também é progressivo quanto aos desafios podendo evoluir desde muita assistência até desafios de propriocepção, amplitude, força e resistência máxima (OLIVEIRA et al., 2005). Os exercícios do método Pilates® são, na sua maioria, executados na posição deitada, havendo diminuição dos impactos nas articulações de sustentação do corpo na posição ortostática e, principalmente, na coluna vertebral, permitindo recuperação das estruturas musculares, articulares e ligamentares (KOLYNIAK et al., 2004). 2.6 - AVALIAÇÃO DO TROFISMO E DA FORÇA MUSCULAR A avaliação da função muscular segue o sistema de graduação. Levando - se em conta que esse sistema se baseia muito mais em provas de movimentos que em provas de músculos individuais, onde o grau representa o desempenho de todos os músculos nesse movimento. O sistema de 5 a 0 é a convenção mais usada (DANIELS E WORTHINGHAM, 1996). 2.7 - AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO Segundo Palmer (2000), a goniometria é a técnica de avaliação usada para aferir a amplitude, ou quantidade, de movimento que uma articulação consegue realizar, onde constitui uma função da morfologia da articulação, da cápsula articular, e dos ligamentos, assim como dos músculos ou tendões que cruzam essa articulação. Os movimentos do joelho ocorrem no plano sagital entre os côndilos do fêmur e da tíbia, esses movimentos são dois: o de flexão que ocorre com uma angulação fisiológica de 0 a 120 a 130º e o de extensão que ocorre com uma angulação fisiológica de 130 a 120 para 0º (PAMER, 2000). 2.8 - MARCHA A marcha consiste em uma forma de progressão bípede na qual existe uma serie de movimentos repetitivos de membros inferiores que incluem períodos descarga de peso com ambos ou apenas um dos pés, e períodos em que um dos membros inferiores se desloca livremente acima do solo (MOREIRA et. al.; 2004). Segundo o mesmo autor, inúmeras são as classificações utilizadas para a compreensão e análise da marcha. Uma das formas mais objetivas de se elaborar um raciocínio lógico e cronológico durante a análise da marcha humana consiste essencialmente na sua divisão em fases e subfases. É possível listar alguns aspectos positivos da análise observacional da marcha (AOM). É simples, fácil, rápida e de baixo custo. Ajuda a identificar os problemas das disfunções físicas, verificando a qualidade global do movimento. Detecta o afastamento da deficiência física em relação ao normal, através de comparação. Confirma a importância de achados clínicos (fatores que interferem na marcha), ajudando a estabelecer o diagnóstico. Identifica o curso e a evolução da deficiência clinica. Ajuda a planejar o tratamento. Demonstra a eficácia da terapêutica adotada. Além disso, é a forma inicial de escolher posteriormente outro recurso de AM (COHEM E ABDALLA, 2005). 2.9 - PROPRIOCEPÇÃO Em um programa abrangente de reabilitação é de extrema importância enfatizar o componente de controle neuromuscular necessário para a estabilidade articular. O tratamento dos elementos estáticos ou dinâmicos de contenção e o fortalecimento dos grupos musculares apropriados, não são o suficiente para preparar uma articulação para as modificações bruscas na posição a que é exposta nas atividades cotidianas (HARRELSON, 2000 APUD ALBUQUERQUE, 2004). A propriocepção é considerada um processo pelo qual as sensações articulares contribuem para a estabilidade funcional, é uma modalidade sensorial do tato e engloba as sensações de movimentos articular (cinestesia) e de sensação da posição articular (HARRELSON, 2000 APUD ALBUQUERQUE, 2004). 3- OBJETIVO - Geral: Analisar os Efeitos do Método Pilates em pacientes no pós- operatório de Lesão do Ligamento Cruzado anterior associado à lesão meniscal. - Específico: Coletar dados que demonstrem a recuperação da função total do membro lesado, através de um protocolo de avaliação específica. Analisar as repercussões do Método nas variáveis: Força Muscular, Goniômetria, Perimetria, Marcha, Dor e Estabilidade articular nos pacientes de pós – operatório de LCA e menisco medial. 4- METODOLOGIA 4.1-Caracterização do Estudo e aprovações Estudo do tipo observacional de intervenção e prospectivo. O trabalho realizou-se a partir da autorização do local onde foi realizado: Clínica de Fisioterapia Reabilitar (APENDICE A); Aceite do orientador: Profo. Dr. Fisioterapeuta Manoel Gionovaldo Freire Lourenço (APENDICE B). 4.2- Local de Pesquisa O local de assistência aos pacientes aconteceu na Clínica de Fisioterapia Reabilitar localizada na Travessa Mariz e Barros entre Almirante Barroso e 25 de Setembro. Nesta clínica o paciente foi atendido com 48 horas até 72 horas no máximo de pós – operatório, onde o atendimento aconteceu por uma hora, de segunda a sexta de acordo com o protocolo proposto (Apêndice E). 4.3- População e Amostra Na presente amostra consta-se de doze (12) pacientes selecionados (N) de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. 4.4- Aspectos Éticos Em atenção à resolução 196/96 CNS, foi aplicado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE C), assinado pelos pacientes que participaram da pesquisa, em anuência com a Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde e Autorização do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade da Amazônia; consentindo a obtenção do registro dos dados para efeito de pesquisa e publicação científica. Ainda foi aplicado ao responsável o termo de consentimento para a utilização de imagens para efeito ilustrativo da pesquisa (APÊNDICE D). O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo CEP/UNAMA sob o no. 244906/09 (ANEXO 2). 4.5- Critérios de inclusão e exclusão Os indivíduos inclusos nesta pesquisa são do sexo masculino com faixa etária de 20 a 40 anos de idade que apresentavam lesão de ligamento cruzado anterior – LCA associado à lesão meniscal, em até 72 horas de pós –operatório sendo submetidos à técnica cirúrgica que utilize os tendões flexores, e que possuam prática esportiva. Não foram admitidos no estudo os indivíduos que não fazem parte da faixa etária citada; que se recusaram a assinar o TCLE, que apresentam doenças pré-existentes de caráter congênito, neurológico ou traumático e que não possuam um bom nível de entendimento durante a realização dos testes e procedimentos solicitados. 4.6- Método Os pacientes foram submetidos a uma avaliação através de uma ficha de avaliação em anexo (Apêndice F) que segue os critérios sugeridos pela bibliografia consultada, com identificação do paciente, historia do trauma, data da lesão e da cirurgia, o tipo de dor, como ela surge e o exame físico. Realizou-se uma avaliação na 1ª sessão e após a 10ª sessão com a mesma ficha. O método foi aplicado e supervisionado por um instrutor de Pilates. No que se refere ao exame físico verificou –se: Perimetria: analisada através da fita métrica tendo como referência o bordo inferior da patela e as mensurações serão realizadas nas seguintes alturas 10cm, 15cm e 20cm para a coxa e 15cm e 20cmpara a perna. Goniômetria: mensurada através do goniômetro da marca CARCI, onde se verificará a angulação do membro lesionado comparando com o membro bom. Dor: seguiu-se a Escala de Borg (Anexo 1) a qual permite obter uma classificação subjetiva da dor por parte do paciente, fazendo com que o mesmo classifique seu nível de dor em uma escala que varia de 0 a 10. (PALMER & EPLER, 2000). Força Muscular: Mensurada através do sistema de graduação, onde são registrados graus que variam de zero (0), que representa uma ausência de atividade, a cinco (5) que representa uma resposta normal à prova. (Daniel e Worthingham, 1996). Marcha: avaliada através da Analise observacional da marcha (AOM), onde nos mostra alterações patológicas e compensações. Estabilidade Articular: Foram utilizados os testes articulares especiais de Gaveta anterior, Lachman, Mc Murray, Apley e Bocejo. Fig 05: Prova de força muscular do joelho. Fonte: (http://www.fm.usp.br/, em 2005 ) Fig 06: – Estabilidade Articular. Teste de Bocejo (estresse em Valgo e Varo) Fonte: (http://www.fm.usp.br/, em 2005 ) O protocolo (Apêndice E) constituiu-se de três fases: - A 1ª fase teve o objetivo de ganho de ADM e flexibilidade, diminuição de edema, alongamento muscular associado à educação da respiração utilizando o Powehouse (centro de força). Esses exercícios de educação da respiração abdominal foram realizados na 1ª e 2ª sessões. - A 2ª fase teve os mesmos objetivos da fase anterior acrescentando a partir da 3ª sessão o fortalecimento muscular, estabilidade articular e treino de marcha com auxilio de muletas. - A 3ª fase significa a ultima fase do tratamento. Neste momento, a aplicação do Método teve um enfoque maior no aumento da amplitude de movimento, no ganho de força, equilíbrio e normalização da marcha sem compensações. Em todas as fases e em todos os exercícios devem ser realizados sem perder o Powerhouse e em movimentos lentos. 4.7- Coleta e Armazenamento de dados A população da amostra consiste em 12 pacientes em até 72 horas de pós – operatório do sexo masculino. Foram excluídos do estudo 2 pacientes, onde 1 regrediu no tratamento por dores intensas, requisitando pra realizar a fisioterapia ambulatorial. E 1 por ser menor da idade estipulada no critério de exclusão. Após a coleta, os dados foram armazenados em um banco de dados do programa Excel para Windows®, de onde concluiu -se as tabelas, e em tais dados foram feitas análises das médias e desvios padrões das médias. 4.8 - Tabulações de Dados Os dados foram tabulados na forma de quadros, tabelas e gráficos utilizando-se percentual e média com desvio padrão da média. 4.9- Análises Estatísticas Para avaliação estatística foi empregado o software BioEstat versão 5.0 e o programa Microsoft Excel 2007. Ficando previamente estabelecido 95% como nível de significância e Alfa = 0,05 como nível de decisão para rejeição da hipótese de nulidade. Realizou-se estatística descritiva dos valores amostrais: média (M), desvio padrão (DP), coeficiente de variação, valores máximo e mínimo. Utilizou-se o teste t pareado para avaliar se houve significância nas variáveis Escala de Borg e Perimetria comparando a 1ª sessão com a 10ª sessão. Para avaliar a significância nas variáveis Goniometria e o ganho de força muscular após a 10ª sessão foi utilizado o teste Wilcoxon. 5- RESULTADOS A pesquisa de campo foi realizada no período de março a maio de 2009, de acordo com a Clínica Reabilitar, onde a amostra constou de 12 pacientes do sexo masculino, com idade média de 25,75 anos e desvio padrão de 4,39, tendo variação entre 20 e 32 anos. Tabela 01: Análise dos testes estatísticos do ganho de força muscular no MID. Variável (eis) Flexor Joelho D 1ª S x Flexor Joelho D 10ª S Teste Utilizado Wilcoxon Estatística 2.2014 p valor 0.0216 Análise Significativo Extensor Joelho D 1ª S x Extensor Joelho D 10ª S Wilcoxon 2.2014 0.0216 Significativo Flexor Quadril D 1ª S x Flexor Quadril D 10ª S Wilcoxon 2.2014 0.0216 Significativo Extensor Quadril D 1ª S x Quadril Joelho D 10ª S Wilcoxon 2.2014 0.0216 Significativo Abd Quadril D 1ª S x Abd Quadril D 10ª S Wilcoxon 2.2014 0.0216 Significativo Adut Quadril D 1ª S x Adut Quadril D 10ª S Wilcoxon 2.2014 0.0216 Significativo Tabela 02: Análise dos testes estatísticos do ganho de força muscular no MIE. Variável (eis) Flexor Joelho E 1ª S x Flexor Joelho E 10ª S Teste Utilizado Wilcoxon Estatística 2.0226 p valor 0.0139 Análise Significativo Extensor Joelho E 1ª S x Extensor Joelho E 10ª S Wilcoxon 2.0226 0.0139 Significativo Flexor Quadril E 1ª S x Flexor Quadril E 10ª S Wilcoxon 2.0226 0.0139 Significativo Extensor Quadril E 1ª S x Quadril Joelho E 10ª S Wilcoxon 2.0226 0.0139 Significativo Abd Quadril E 1ª S x Abd Quadril E 10ª S Wilcoxon 2.0226 0.0139 Significativo Adut Quadril E 1ª S x Adut Quadril E 10ª S Wilcoxon 2.0226 0.0139 Significativo Tabela 03: Análise Estatística da Goniometria do MID Variável(eis) Teste Utilizado Wilcoxon Estatística p valor Análise 2.3664 0.0090 Altamente Significativo Goniometria (Flexão E 1ª S x Flexão e 10ª S) Wilcoxon 2.2014 0.0139 Significativo Goniometria (Extensão D 1ª S x Extensão D 10ª S) Wilcoxon 2.6656 0.0038 Altamente Significativo Goniometria (Extensão E 1ª S x Extensão E 10ª S) Wilcoxon 1.6036 0.0544 Não Significativo Goniometria (Flexão D 1ª S x Flexão D 10ª S) Tabela 04: Análise Estatística da Perimetria do MID Variável(eis) Estatística p valor Análise Perimetria 10cm 1ªx 10ª sessão Teste Utilizado t pareado 2.4935 0.0149 Significativo Perimetria 15cm 1ªx 10ª sessão t pareado 2.1099 0.0293 Significativo Perimetria 20cm 1ªx 10ª sessão t pareado 1.4832 0.0830 Não Significativo Perimetria 15cm 1ªx 10ª sessão Wilcoxon 2.1974 0.0280 Significativo Perimetria 10cm 1ªx 10ª sessão t pareado 2.9940 0.0061 Altamente Significativo Tabela 05: Análise Estatística da Perimetria do MIE Variável(eis) Perimetria 10cm 1ªx 10ª sessão Perimetria 15cm 1ªx 10ª sessão Perimetria 20cm 1ªx 10ª sessão Perimetria 15cm 1ªx 10ª sessão Perimetria 10cm 1ªx 10ª sessão Teste Utilizado t pareado Estatística p valor Análise 1.4467 0.0879 Não Significativo t pareado 1.7057 0.0580 Não Significativo t pareado 1.6507 0.0635 Não Significativo t pareado 1.9100 0.0412 Significativo t pareado 2.7546 0.0093 Altamente Significativo Tabela 06: Análise Estatística da Escala de Borg. Variável(eis) Escala de Borg (1ª x 10ª) Teste Utilizado t pareado Estatística 19.3757 p valor < 0.0001 Análise Altamente Significativo Tabela 07: Análise da Marcha MARCHA 1ª SESSÃO 10ª SESSÃO 1 Antálgica Fisiológica 2 Antálgica Fisiológica 3 Antálgica Fisiológica 4 Antálgica Fisiológica 5 Antálgica Fisiológica 6 Antálgica Fisiológica 7 Antálgica Fisiológica 8 Antálgica Fisiológica 9 Antálgica Fisiológica 10 Antálgica Fisiológica 11 Antálgica Fisiológica 12 Antálgica Fisiológica Tabela 8 – Estatísticas Descritivas da Perimetria PERIMETRIA COXA D 1ª. Sessão COXA E PERNA D 10cm 49,6 49,9 15cm 50,2 51 38 20cm 53,3 52,5 X 51,03333 SD 1,985783 10ª. Sessão PERNA E COXA D COXA E PERNA D PERNA E 49,2 48,9 39 50,3 50,5 38,1 38,7 39,9 40,9 53,2 52,5 39,7 39,6 51,13333 38,95 39,95 50,9 50,63333 38,9 39,15 1,305118 1,343503 1,343503 2,066398 1,131371 0,636396 1,8037 Análise da Perimetria do MID 1ª sessão: - 10 cm: Houve uma média de 49.6 com desvio padrão de 2.6; o Coeficiente de Variação de 5.3 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 48 e o maior 56. - 15 cm: Houve uma média de 50.2 com desvio padrão de 1.6; o Coeficiente de Variação de 3.2 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 48 e o maior 53. - 20 cm: Houve uma média de 53.3 com desvio padrão de 3.2; o Coeficiente de Variação de 6.0 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 49 e o maior 58. - 15 cm: Houve uma média de 38.0 com desvio padrão de 3.7; o Coeficiente de Variação de 9.7 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 33 e o maior 42 - 20 cm: Houve uma média de 39.8 com desvio padrão de 2.8; o Coeficiente de Variação de 7.1 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 35 e o maior 43 Análise da Perimetria do MIE 1ª sessão: - 10 cm: Houve uma média de 49.9 com desvio padrão de 3.1; o coeficiente de variação de 6.3 indica baixa variabilidade. O menor valor foi de 46 e o maior de 54. -15 cm: Houve uma média de 5.1 com desvio padrão de 3.1; o Coeficiente de Variação de 6.0 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 48 e o maior 55. - 20 cm: Houve uma média de 52.5 com desvio padrão de 3.2; o Coeficiente de Variação de 6.1 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 50 e o maior 58. - 15 cm: Houve uma média de 39.0 com desvio padrão de 3.3; o Coeficiente de Variação de 8.4 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 32 e o maior 43. - 20 cm: Houve uma média de 40.9 com desvio padrão de 3.3; o Coeficiente de Variação de 8.0 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 34 e o maior 45. Análise da Perimetria do MID 10ª sessão: - 10 cm: Houve uma média de 49.2 com desvio padrão de 2.7; o Coeficiente de Variação de 5.6 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 46 e o maior 55. - 15 cm: Houve uma média de 50.3 com desvio padrão de 2.4; o Coeficiente de Variação 4.9 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 47 e o maior 55. - 20 cm: Houve uma média de 53.2 com desvio padrão de 3.1; o Coeficiente de Variação de 5.9 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 49 e o maior 58. - 15 cm: Houve uma média de 38.1 com desvio padrão de 3.1; o Coeficiente de Variação de 8.2 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 31 e o maior 41. - 20 cm: Houve uma média de 39.7 com desvio padrão de 2.5; o Coeficiente de Variação de 6.4 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 34 e o maior 43. Análise da Perimetria do MIE 10ª sessão: - 10 cm: Houve uma média de 48.9 com desvio padrão de 4.6; o coeficiente de variação de 9.4 indica baixa variabilidade. O menor valor foi de 41 e o maior de 54. -15 cm: Houve uma média de 50.5 com desvio padrão de 3.5; o Coeficiente de Variação de 6.9 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 46 e o maior 55. - 20 cm: Houve uma média de 52.5 com desvio padrão de 3.5; o Coeficiente de Variação de 6.7 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 48 e o maior 58. - 15 cm: Houve uma média de 38.7 com desvio padrão de 2.7; o Coeficiente de Variação de 6.9 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 34 e o maior 42. - 20 cm: Houve uma média de 39.6 com desvio padrão de 3.0; o Coeficiente de Variação de 7.5 indica baixa variabilidade. O menor valor foi 34 e o maior 43. Tabela 09 - Estatísticas Descritivas da Escala de Borg ESCALA DE BORG 1ª. Sessão 10ª. Sessão X 8,58 0,92 SD 1,24 0,67 Análise da Escala de Borg 1ª sessão: Houve uma Média de 8.58 com desvio padrão de 1.24; o Coeficiente de Variação de 14.45% indica uma baixa variabilidade. O menor valor foi 7 e o maior 10. Análise da Escala de Borg 10ºsessão: Houve uma Média de 0.92 com Desvio Padrão de 0.67; o Coeficiente de Variação de 72.93% indica uma alta variabilidade. O menor valor foi 0 e o maior 2. Tabela 10 - Estatísticas Descritivas da Goniometria. 1ª. Sessão 10ª. Sessão Flexão JD Flexão JE Extensão JD Extensão JE Flexão JD Flexão JE Extensão JD Extensão JE P1 80 140 10 0 100 140 0 0 P2 63 125 15 0 110 125 0 0 P3 130 50 0 15 130 130 0 0 P4 120 50 0 15 130 100 0 0 P5 130 30 0 15 130 100 0 0 P6 70 140 10 0 130 140 0 0 P7 60 130 15 0 130 130 0 0 P8 50 140 15 0 130 140 0 0 P9 140 60 10 0 140 120 0 0 P10 120 45 10 0 120 100 0 0 P11 130 50 10 0 130 120 0 0 P12 55 140 15 0 130 140 0 0 3,75 125,8333 123,75 0 0 0 0 X 95,66667 91,66667 9,166667 SD 35,25062 46,82333 5,967081 6,784005 10,83625 16,11394 Análise Flexão Direita 1ª Sessão: Houve uma média de 95.7 com Desvio Padrão de 35.3; o Coeficiente de Variação de 36.8% indica alta variabilidade. O menor valor foi 50.0 e o maior 140.0. Análise Flexão Esquerda 1ª Sessão: Houve uma média de 91.7 com Desvio Padrão de 46.8; o Coeficiente de Variação de 51.1% indica alta variabilidade. O menor valor foi 30.0 e o maior 140.0. Análise Extensão Direita 1ª Sessão: Houve uma média de 9.2 com Desvio Padrão de 6.0; o Coeficiente de Variação de 65.1% indica alta variabilidade. O menor valor foi 0.0 e o maior 15.0. Análise Extensão Esquerda 1ª Sessão: Houve uma média de 9.2 com Desvio Padrão de 6.0; o Coeficiente de Variação de 65.1% indica alta variabilidade. O menor valor foi 0.0 e o maior 15.0. Análise Flexão Direita 10ª Sessão: Houve uma média de 125.8 com Desvio Padrão de 10.8; o Coeficiente de Variação de 8.6% indica baixa variabilidade. O menor valor foi 100.0 e o maior 140.0. Análise Flexão Esquerda 10ª Sessão: Houve uma média de 123.8 com Desvio Padrão de 16.1; o Coeficiente de Variação de 13.0% indica alta variabilidade. O menor valor foi 100.0 e o maior 140.0. Perimetria de Membros inferiores 60 51,03 51,13 50,9 50,7 Média dos valores (cm) 50 38,95 39,95 38,9 39,15 40 30 20 10 0 COXA COXA E PERNA PERNA D D E 1a. Sessão COXA COXA E PERNA PERNA D D E 10a. Sessão Figura: 07 – Média de Perimetria do membro inferior dos participantes da pesquisa Análise da Aplicação do Método Pilates® no pós-operatório de LCA associado à lesão meniscal, realizada na Clínica Reabilitar em 2009. Adut Quadril 3.8 Abd Quadril 3.8 Extensor Quadril 4.9 4.9 Flexor Quadril 4.9 3.8 10ª Sessão 4.9 4.1 Abd Quadril 5.0 4.0 Extensor Joelho 4.7 3.8 4.6 3.8 0.0 1.0 2.0 3.0 4.9 4.0 Flexor Quadril 1ª Sessão 4.9 4.1 Flexor Joelho 4.8 4.0 Adut Quadril Extensor Quadril Força Muscular 4.9 4.1 Extensor Joelho Flexor Joelho 4.9 4.1 4.0 5.0 6.0 Médias Fonte: dados do autor, 2009 Figura: 08 – Média de Força Muscular dos membros inferiores na 1ª e 10ª Sessões dos participantes da pesquisa Análise da Aplicação do Método Pilates® no pós-operatório de LCA associado à lesão meniscal, realizada na Clínica Reabilitar em 2009. 140.0 125.8 123.8 120.0 Média 95.7 100.0 91.7 Graus 80.0 1ª Sessão 10ª Sessão 60.0 40.0 20.0 9.2 0.0 3.8 0.0 0.0 Flexão Direito Flexão Esquerdo Extensão Direito Extensão Esquerdo Goniometria Fonte: dados do autor, 2009 Figura 09 – Média de Goniometria 1ª e 10ª Sessões dos participantes da pesquisa Análise da Aplicação do Método Pilates® no pós-operatório de LCA associado à lesão meniscal, realizada na Clínica Reabilitar em 2009. 8.6 9 8 7 6 Médias 5 4 3 0.9 2 1 0 1ª Sessão 10ª Sessão Sessões Fonte: dados do autor, 2009 Figura: 10 – Média de Escala de Borg 1ª e 10ª Sessões dos participantes da pesquisa Análise da Aplicação do Método Pilates® no pós - operatório de LCA associado à lesão meniscal, realizada na Clínica Reabilitar em 2009. 6 - DISCUSSÃO Segundo Lesh (2005), o objetivo da reabilitação do paciente pós-reconstrução de LCA é promover o seu retorno à função total. O protocolo fisioterápico deve ser direcionado para o ganho de ADM, força normal e estabilidade do joelho. Esse programa de tratamento deve ser elaborado em torno da cicatrização, proteção do enxerto e prevenção de atrofia por desuso, corroborando com o objetivo principal do estudo. Em estudo realizado por Gali et al. (2005), a idade variante da amostra foi de 19 a 42 anos com média de 29,95 anos e 80,64% eram do sexo masculino. Na presente pesquisa, a idade ficou entre 20 e 32 anos com média de 25,25 anos ± 4,39 anos, sendo todos os participantes da pesquisa do sexo masculino. Os exercícios de cadeia fechada promovem ganhos de força muscular, co-contração dos isquiotibiais e quadríceps, propriocepção, função e estabilidade da articulação sem aumentar a força de cisalhamento no LCA. Esses exercícios evitam a irritação patelar que é comum no procedimento cirúrgico com enxerto do terço central do tendão patelar (LESH, 2005). Os resultados do estudo em questão apontaram para ganho na variável força muscular em MID após comparação entre 1ª e 10ª sessões apresentando-se estatisticamente significante com p = 0.0139, e em MIE apresentou o nível de significância estatística p = 0.0216. Tal fato justifica-se pela predominância da perda de força no pós-operatório da lesão, onde o Método Pilates recupera essa força de forma significativa como mostram os resultados. Bertolla et al (2007), comprovaram que um protocolo com o Método Pilates mostrouse uma ferramenta terapêutica eficaz no acréscimo da flexibilidade de atletas altamente propensos à diminuição dessa condição, tanto pela modalidade esportiva que praticam, quanto pelo ciclo vital em que se encontram. Nesta amostra, a variável goniometria de joelho mostrou alta significância estatística com p = 0,0090 na flexão de joelho após a aplicação do Método. Com o aumento da flexibilidade muscular, os exercícios podem ser executados com maior amplitude de movimento, maior força, mais rapidamente, mais facilmente, com maior fluência e de modo mais eficaz (BERTOLLA et al, 2007). A variável perimetria do membro inferior que foi utilizada pra avaliar o edema presente, se mostrou após as 10 sessões, altamente significante no joelho direito p= 0,0061 e no joelho esquerdo p= 0,0093. Justificando a diminuição do edema, e a hipotrofia muscular do membro operado. Exercícios como Plié Uilateral nas Cordilhas, Série de Pliés/ Pés na Barra e Arco de Isquiotibiais no REFORMER STUDIO, provocam a estabilização, fortalecimento da musculatura de MMII e a Série de Pliés no Trapézio Cadillac além de todos esse benefícios auxilia no ganho de amplitude e alongamento da cadeia posterior. Cohen e Abdalla (2003), relatam que após a lesão e reconstrução desse ligamento, ocorrem alterações biomecânicas da marcha, déficit do equilíbrio postural, além de alterações cinestésicas. A lesão do ligamento cruzado anterior engloba-se dentre as patologias que provocam alterações quanto à locomoção humana, principalmente na marcha (GRANA E CLIQUET, 2004). Neste trabalho a considerável melhora da marcha dos 12 pacientes, onde eles tinham a classificação na 1ª avaliação como marcha antálgica com auxilio de muletas e após a intervenção da técnica todos os pacientes evoluíram pra a marcha fisiológica, realizando todas as fases da marcha sem compensações (TABELA 07). Para avaliar os sintomas subjetivos de instabilidade articular e dor foram utilizados testes e escala. A Escala de Borg mostrou-se altamente significativo com p = 0,0001. Sendo resultado de uma intensa diminuição desse sintoma, comparando a classificação que os pacientes deram na 1ª e 10ª sessões. Devido às freqüentes instabilidades existentes após a lesão de um importante estabilizador do joelho, no caso, o LCA, o desgaste progressivo da região pode afetar as propriedades protetoras articulares e, com isso, alterar a capacidade de conscientização corporal desses pacientes lesionados (COHEN E ABDALLA, 2003). Os testes propedêuticos realizados pra testar a estabilidade articular do joelho como o Lachman, Gaveta Anterior, Apley, Mc Murray que verificam a integridade do LCA e dos meniscos, em todos os pacientes estava negativo, provavelmente em decorrência da cirurgia para correção da lesão. Entretanto o teste do Bocejo (estresse em varo e valgo) realizado na 1ª avaliação se mostrou positivo em todos os pacientes, significando instabilidade dos compartimentos lateral e medial, tendo após a intervenção do Método ganho desta estabilidade mostrando-se o teste Negativo. O processo de recuperação após os procedimentos cirúrgicos pra correção da lesão do LCA tem sido relatado na literatura (LESH, 2005) tempo/dependente, com períodos de 3 semanas para o ganho de amplitude do membro lesado e retirada da órtese (muletas) para auxilio da marcha. Um dos principais fatores positivos na pesquisa utilizando o método Pilates foi observado na antecipação do prazo de retirada das órteses a partir do 4º. dia de tratamento e do ganho de amplitude completa de movimento precoces no período de duas semanas. 7- Conclusão Conclui-se com o presente estudo que o protocolo empregado com o método Pilates®, alcançou o objetivo proposto anteriormente. Tal protocolo se mostrou estatisticamente significante quanto recuperação da função total do membro lesado. Portanto, o método Pilates® é uma ferramenta terapêutica eficaz no ganho precoce das variáveis: amplitude de movimento, no fortalecimento muscular, na diminuição de edema e dor, no retorno da marcha fisiológica e na estabilidade da articulação. É, então, uma importante alternativa na prevenção e na recuperação de lesões. Sugere-se que mais estudos sejam realizados com o método Pilates ® a fim de elucidar todas as possibilidades de aplicação desta modalidade terapêutica. REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, G. Análise da Eficácia de um Protocolo de Intervenção Fisioterapêutica em Pacientes acometidos por Osteoartrose de joelho Cascavel, novembro de 2004.(Monografias do Curso de Fisitoerapia da Unioeste) ARAÚJO, A. D. S.; MERLO, J. R. C.; MOREIRA, C. Reeducação neuromuscular e proprioceptiva em pacientes submetidos à reconstrução do ligamento cruzado anterior. Revista Fisioterapia Brasil, Rio de Janeiro, v. 4, n. 3, p. 217 – 222, mai./jun. 2003. BALSINI, N. ; SARDINHA, C. 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SAMPAIO, T.C.F.V.S; SOUZA, M.G.J - Reeducação proprioceptiva nas lesões do ligamento cruzado anterior do joelho Rev Bras Ortop — Vol. 29, Nº 5 — Maio, 1994 SNIDER, R. K. Tratamento das doenças do sistema musculoesquelético. Ed. 1. São Paulo: Manole Ltda, 2000, p. 311 – 321. WEINSTEIN, S. L.; BUCKWALTER, J. A. Ortopedia de Turek: princípios e suas aplicações. Ed. 5. São Paulo, 2000. P. 30 – 31, 593 – 594, 596 – 597. ZECKER, A. “TRANSFIX”: um método de fixação femoral dos tendões flexores na reconstrução do LCA. Relato preliminar. Revista Brasileira de Ortopedia. N.9, p. 340- 344, setembro,2001. APÊNDICES APÊNDICE A Declaração Declaro em nome da clinica de Fisioterapia Reabilitar ter conhecimento do Anteprojeto de Pesquisa do trabalho intitulado “Análise da Aplicação do Método Pilates no pós – operatório de Ligamento Cruzado Anterior associado à lesão meniscal” de autoria da acadêmica Niege Nazareth Alcantara Chagas, da Universidade da Amazônia – UNAMA dando – lhe consentimento para realizar o trabalho nesta Clínica, coletar dados, durante o período pré – estabelecido pelo cronograma. Estamos também cientes e concordamos com a publicação dos resultados encontrados, sendo obrigatoriamente citada na publicação a Clínica de Fisioterapia Reabilitar como local de realização do trabalho. Belém, ___________________________________ Assinatura do responsável técnico da Clínica de de 200 APÊNDICE B UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA-UNAMA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE-CCBS CURSO DE FISIOTERAPIA UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA-UNAMA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE-CCBS CURSO DE FISIOTERAPIA DECLARAÇÃO Eu, Manoel Gionovaldo Freire Lourenço, aceito orientar o trabalho intitulado “ANÁLISE DA APLICAÇÃO DO MÉTODO PILATES NO PÓS – OPERATÓRIO DE LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR ASSOCIADO À LESÃO MENISCAL”, de autoria Niege Nazareth Alcantara Chagas, declarando ter total conhecimento das normas de realização de Trabalhos Científicos vigentes, segundo o Manual de Orientação de Trabalhos Científicos do Núcleo de Pesquisa e Extensão da Universidade da Amazônia para 2008. Declaro ainda ter conhecimento do conteúdo do anteprojeto ora entregue para qual dou meu aceite pela rubrica das páginas. Belém – Pará, ____ de _____________de _______. __________________________________ Manuel Gionovaldo Freire Lourenço- Orientador do Projeto Assinatura e carimbo APÊNDICE C TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ESTUDO: ANÁLISE DOS EFEITOS DO MÉTODO PILATES NO PÓS – OPERATÓRIO DE LCA ASSOCIADO À LESÃO MENISCAL Você está sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa acima citado. O documento abaixo contém todas as informações necessárias sobre a pesquisa que estamos fazendo. Sua colaboração neste estudo será de muita importância para nós, mas se desistir a qualquer momento, isso não causará nenhum prejuízo a você. Eu,.........................................................................................., em............................................................, portador da residente e domiciliado Cédula de identidade, RG........................... , e inscrito no CPF/MF........................................ nascido (a) em _____ / _____ /_______ , abaixo assinado (a), concordo de livre e espontânea vontade em participar como voluntário (a) do estudo “Análise dos Efeitos do Método Pilates no pós- operatório de LCA associado à Lesão Meniscal”. Declaro que obtive todas as informações necessárias, bem como todos os eventuais esclarecimentos quanto às dúvidas por mim apresentadas. Estou ciente que: I) O objetivo deste estudo é analisar os efeitos do Método Pilates em pacientes em pósoperatório de LCA associado à lesão meniscal. Será necessário que seu dependente seja submetido a uma avaliação funcional motora com a finalidade de recolher informações sobre o sistema musculoesquelético, onde serão observados importantes parâmetros como a força muscular, amplitude de movimento, dor, a marcha, a estabilidade articular e a medida perimétrica dos membros inferiores. II) A participação neste projeto tem objetivo de me submeter a um tratamento, bem como não me acarretará qualquer gasto financeiro com relação aos procedimentos clínicoterapêuticos efetuados com o estudo; III) Tenho a liberdade de desistir ou de interromper a colaboração neste estudo no momento em que desejar; IV) A desistência não causará nenhum prejuízo à minha saúde ou bem estar físico. Não virá interferir no atendimento ou tratamento; V) Os resultados obtidos durante este ensaio serão mantidos em sigilo, mas concordo que sejam divulgados em publicações científicas, desde que meus dados pessoais não sejam mencionados; VI) Caso eu desejar, poderei pessoalmente tomar conhecimento dos resultados, ao final desta pesquisa. ( ) Desejo conhecer os resultados desta pesquisa. ( ) Não desejo conhecer os resultados desta pesquisa. Belém, _______de__________________de 2008 ( ) Paciente / ( ) Responsável................................................................................................... __________________________________________________________ Niege Nazareth Alcantara Chagas – RG:4396012- SSPPA– Telefone: 8160-7687 Responsável pelo Projeto: ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSÁVEL Nome: Manoel Gionovaldo Freire Lourenço End. Travessa Dom Romualdo Seixas, 867, Apt. 402 Fone: 3223- 49 74/ 99972526 Reg. Conselho: 8205-F APENDICE D CONSENTIMENTO DO USO DE IMAGENS Eu,___________________________________________________, autorizo a utilização de minhas imagens fotográficas para fins de ilustração dos procedimentos referentes à Avaliação Cinético - funcional presentes na pesquisa intitulada: “Análise dos Efeitos do Método Pilates no Pós - Operatório de LCA associado à Lesão Meniscal”, devendo as imagens serem publicadas apenas para esse fim. Declaro ainda que recebi uma cópia desse Termo de Consentimento. Belém,____de______________de_______. APENDICE E Protocolo de Tratamento Fase I - Mobilização Patelar - ganho de ADM e flexibilidade - A bola nº75 no aparelho Trapezio Cadillac: - alongamento muscular - Flexring toner. - educação da respiração costal, - Peso do corpo do próprio membro. abdômen (mm. transverso do - Alongamento passivo de musculatura anterior e abdômen) - estabilidade articular posterior da coxa - Exercício para quadril, em decúbito dorsal, para flexão, extensão, abdução e adução - Exercícios de flexão, em decúbito dorsal, para ganho de amplitude com bola (90°) Fase II - ganho de ADM e flexibilidade - Wunda Chair (unilateral), Combo Chair (bilateral): - Exercícios de flexão/ extensão de quadril, joelhos e tornozelos. - alongamento muscular - fortalecimento muscular - estabilidade articular - Reformer Studio e variações (Prancha de Salto, Plataforma e caixa de reformer): - ARCO DE ISQUIOS TIBIAIS: Agachamento em cadeia fechada com resistências das molas; - treino de marcha Exercícios de flexão plantar e dorsoflexão de tornozelo. - SÉRIE DE PLIÉS / PÉS NA BARRA (REFORMER): - Trapezio Cadillac e variações (prancha de alongamento, posição dos pacientes, caixa do Cadillac, molas longas, Barra trapézio, Fuzzy) - Bola nº75; - Flexring; - Rolo mágico -Exercícios de estabilidade articular. - Treino de marcha com muletas extensão ativa de quadril (ponte) sentar na bola mantendo o alinhamento da patela com o segundo artelho. Fase III - Wunda Chair (unilateral), Combo Chair (bilateral): - alongamento muscular - Exercícios de flexão/ extensão de quadril, joelhos e - fortalecimento muscular tornozelos. - a coordenação motora - Reformer Studio e variações (Prancha de Salto, - estabilidade articular Plataforma e caixa de reformer): - a propriocepção. - ARCO DE ISQUIOS TIBIAIS: Agachamento em cadeia fechada com resistências das molas; - SÉRIE DE PLIÉS / PÉS NA BARRA (REFORMER): - Exercícios de flexão plantar e dorsoflexão de tornozelo. - Step tipo II (intermediário); - Disco proprioceptivo; - Disco de rotação M e G, acoplado no Reformer Studio; - Suporte proprioceptivo de tornozelo; - Alongamento ativo da cadeia posterior e anterior no Barrel Treino de marcha sem muletas mantendo o alinhamento da patela com o segundo artelho APENDICE F FICHA – Avaliação Fisioterapêutica Data da avaliação: _____/______/_______ Nome: ____________________________________________________________________ Data nascimento: _____________________Idade: _______________ Sexo: M( ) F( ) Endereço residencial:_________________________________________________________ Cidade: _____________________________ CEP: __________________________________ Telefone:__________________________ Ocupação: _______________________ Estado Civil:____________________________ Raça:_________________ Data da lesão: / / Data da cirurgia: / / Diagnóstico Médico:_________________________________________________________ Diagnóstico Fisioterapêutico:__________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Queixa principal:_____________________________________________________________ História de patologias pregressas (HPP): __________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Há quanto tempo iniciou a dor: _________________________________________________ Em que posição a dor diminui:__________________________________________________ Fez fisioterapia: SIM ( ) NÃO( ) Quanto tempo: __________________________________ Pratica atividade física: SIM ( ) NÃO( ) __________________________________________ Qual: _______________________________ Freqüência: ____________________________ Tabagista: SIM ( ) NÃO ( ) Quanto tempo:____________________________________ Medicamentos:_______________________________________________________________ Exames complementares:______________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Exame Físico: Inspeção:___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Palpação:___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Teste da Gaveta Anterior:______________________________________________________ Teste de Lachman:____________________________________________________________ Teste de McMurray: __________________________________________________________ Teste de Aple:_______________________________________________________________ Teste do Bocejo:_____________________________________________________________ ADM DO JOELHO 1ª Sessão GONIOMETRIA JOELHO DIREITO 10ª Sessão JOELHO ESQUERDO JOELHO DIREITO 20ª Sessão JOELHO ESQUERDO JOELHO DIREITO JOELHO ESQUERDO FLEXÃO EXTENSÃO PERIMETRIA JOELHO 1ª Sessão PONTO DE REFERÊNCIA Borda inferior da patela 10 cm para a coxa 15 cm para a coxa 20 cm para a coxa 15 cm para a perna 20 cm para a perna JOELHO DIREITO 10ª Sessão JOELHO ESQUERDO JOELHO DIREITO 20ª Sessão JOELHO ESQUERDO JOELHO DIREITO JOELHO ESQUERDO FORÇA MUSCULAR 1ª Sessão MUSCULO 10ª Sessão 20ª Sessão JOELHO JOELHO JOELHO JOELHO JOELHO JOELHO DIREITO ESQUERDO DIREITO ESQUERDO DIREITO ESQUERDO Flexores do joelho Extensores do joelho Flexores do quadril Extensores do quadril Abdutores do quadril Adutores do quadril FONTE: CHAGAS N.N.A. Análise da Aplicação do Método Pilates no Pós – Operatório de LCA associado à lesão meniscal na Clínica de Fisioterapia Reabilitar. Belém - Pará. Graduação em Fisioterapia – Universidade do Estado do Pará, Belém, 2009 ANEXO I Escala de Borg ESCALA DE BORG: 10 + - Máxima. 10 - Muitíssimo forte. 09 - 08 - 07 - Muito forte. 06 - 05 - Forte. 04 - Um pouco forte. 03 - Moderado. 02 - Fraca. 01 - Muito fraca. 0,5 - Muitíssimo fraco. 0 - Absolutamente nenhuma. (PALMER, 2000)