Mecânica dos Materiais Transformação de tensões Círculo de Mohr Estados de tensão plana Tensões em reservatórios de parede fina Critérios de falha Tensões devidas a Esforços Combinados Tradução e adaptação: Victor Franco Ref.: Mechanics of Materials, Beer, Johnston & DeWolf – McGraw-Hill (Capítulos 1 e 7) Mechanics of Materials, Hibbeler, Pearsons Education. 7,8 Estado de tensões num ponto (caso geral) • Como vimos, o estado de tensão num ponto pode ser representado, no caso geral, por 6 componentes independentes: σx , σ y , σz τ xy , τ yz , τ zx tensões normais tensões de corte com : τ xy = τ yx , τ yz = τ zy , τ zx = τ xz • O mesmo estado de tensão pode ser representado por um conjunto diferente de valores das componentes de tensão se o sistema de eixos sofrer uma rotação de x-y-z para x’-y’-z’. Estado de Tensão Plana • Tensão Plana - estado de tensão em que duas das faces do elemento infinitésimal cúbico têm tensões nulas: σ x , σ y , τ xy Exemplo: σ z = τ zx = τ zy = 0. Transformação de tensões em Tensão Plana • Considere-se o equilibrio estático do elemento prismático representado na figura: ∑ Fx ′ = 0 = σ x ′ ∆A − σ x (∆A cos θ ) cos θ − τ xy (∆A cos θ )sin θ − σ y (∆A sin θ )sin θ − τ xy (∆A sin θ ) cos θ ∑ Fy ′ = 0 = τ x ′y ′ ∆A + σ x (∆A cos θ )sin θ − τ xy (∆A cos θ ) cos θ − σ y (∆A sin θ ) cos θ + τ xy (∆A sin θ )sin θ • As equações podem ser escritas por forma a obter-se: σ x′ = σ y′ = σ x +σ y 2 σ x +σ y τ x′y ′ = − 2 + − σ x −σ y 2 σ x −σ y 2 σ x −σ y 2 cos 2θ + τ xy sin 2θ cos 2θ − τ xy sin 2θ sin 2θ + τ xy cos 2θ Conceito de Tensões Principais • As equações anteriores podem ser combinadas resultando a equação paramétrica de um círculo: (σ x′ − σmed )2 + τ2x′y′ = R 2 onde med σ med = σx + σ y 2 2 σ − σy R = x + τ 2xy 2 • As tensões principais ocorrem nos planos principais de tensão onde as tensões de corte são zero – pontos B e A: σ max, min = tan 2 θ p = σx + σy 2 2 τ xy σx − σy ± σx − σy 2 2 + τ 2xy Tensão de corte máxima A tensão de corte máxima ocorre para os pontos D ou E, quando a tensão normal é dada por: σ x′ = σmed med σ x −σ y τ max = R = 2 σ x −σ y tan 2θ s = − 2τ xy σ ′ = σ med = 2 2 + τ xy σ x +σ y 2 Nota : o ângulo θ S está separado 45º de θ p Exemplo 7.01 • Calcular a orientação das tensões principais: tan 2θ p = 2τ xy σ x −σ y • Calcular as tensões principais: σ max,min = Para o estado de tensão plana ilustrado, determinar: σx +σ y 2 2 σ x −σ y 2 + τ xy ± 2 • Calcular a tensão de corte máxima: 2 σ x −σ y 2 + τ xy τ max = 2 (a) A orientação do plano das tensões principais, (b) As tensões • e a tensão normal correspondente: principais, (c) a tensão de corte máxima e a correspondente tensão σx +σ y σ′ = normal. 2 Exemplo 7.01 • Orientação das tensões principais: tan 2θ p = 2τ xy = σ x −σ y 2(+ 40 ) = 1.333 50 − (− 10 ) 2θ p = 53.1°, 233.1° θ p = 26.6°, 116.6° σ x = +50 MPa σ x = −10 MPa τ xy = +40 MPa • Tensões principais: σ max,min = σx +σ y 2 = 20 ± (30)2 + (40)2 σ max = 70 MPa σ min = −30 MPa 2 σ x −σ y 2 + τ xy ± 2 Exemplo 7.01 • Tensão de corte máxima: 2 σ x −σ y 2 + τ xy τ max = 2 = (30)2 + (40)2 τ max = 50 MPa σ x = +50 MPa σ x = −10 MPa τ xy = +40 MPa θs = θ p − 45º θ s = −18.4°, 71.6° Angulo onde ocorre a tensão de corte máxima, desfasado 45º relativamente à orientação das tensões principais max e min. • Tensão normal correspondente: σ + σ y 50 − 10 σ′ = σmed = x = 2 2 σ ′ = 20 MPa Círculo de Mohr para Tensão Plana • Para um estado de tensão plana σ x , σ y ,τ xy conhecido, marcar os pontos X e Y e construír o círculo centrado em C: (uma tensão de corte é positiva se provoca rotação no sentido horário e negativa se provoca rotação anti-horária) σmed = σx + σ y 2 2 σ − σy R = x + τ2xy 2 • As tensões principais são obtidas nos pontos A e B. σ max,min = σmed ± R tan 2θ p = 2τ xy σx − σ y Círculo de Mohr para Tensão Plana • Com o Circulo de Mohr traçado, o estado de tensão em qualquer outra orientação pode ser facilmente obtido graficamente. • Para o estado de tensão num plano que forma um ângulo θ em relação aos eixos xy, constrói-se uma nova linha diametral X’Y’ com um ângulo 2θ em relação a XY. • As tensões normal e de corte são obtidas através das coordenadas de X’Y’. Exemplo 7.02 Para o estado de tensão plana ilustrado, (a) desenhar o círculo de Mohr, determinar (b) os planos principais, (c) as tensões principais, (d) a tensão de corte máxima e a correspondente tensão normal. σmed = σx + σ y = (50) + (− 10) = 20 MPa 2 2 CF = 50 − 20 = 30 MPa FX = 40 MPa R = CX = (30)2 + (40)2 = 50 MPa Exemplo 7.02 • Tensões principais: σ max = OA = OC + CA = 20 + 50 σ max = 70 MPa σ max = OB = OC − BC = 20 − 50 σ max = −30 MPa FX 40 = CF 30 2θ p = 53.1° tan 2θ p = θ p = 26.6° Exemplo 7.02 Orientação da tensão de corte máxima med Orientação das tensões principais • Tensão de corte máxima θ s = θ p + 45° τ max = R θ s = 71.6° τ max = 50 MPa σ′ = σmed σ ′ = 20 MPa Círculo de Mohr (cont.) • Círculo de Mohr para tracção uniaxial: σx = P , σ y = τ xy = 0 A σ x = σ y = τ xy = P 2A • Círculo de Mohr para Torção: σ x = σ y = 0 τ xy = Tc J σx =σy = Tc τ xy = 0 J Falha por torção (revisão) • Os materiais dúcteis normalmente sofrem falha por tensões de corte. Os materiais frágeis são menos resistentes em tracção que em corte. • Quando sujeito a torção, um provete de um material dúctil, rompe ao longo de um plano de tensões de corte máximas, ie. num plano perpendicular ao eixo do veio. • Quando sujeito a torção, um provete de um material frágil, rompe ao longo de planos perpendiculares à direcção na qual a tensão normal de tracção é máxima, ie. ao longo das superfícies que fazem 45o com o eixo longitudinal do veio. 3 - 16 Exemplo – tracção uniaxial Cont. Exemplo - torção Problema 7.2 med Para o estado de tensões representado, determinar: a) as tensões principais e respectiva orientação, b) as componentes de tensão exercidas num elemento obtido rodando 30º no sentido antihorário o elemento dado. σmed = R= σx + σ y 2 = 100 + 60 = 80 MPa 2 (CF )2 + (FX )2 = (20)2 + (48)2 = 52 MPa Problema 7.2 med • Tensões principais: XF 48 = = 2.4 CF 20 2θ p = 67.4° tan 2θ p = θ p = 33.7° sentido horário σ max = OA = OC + CA = 80 + 52 σ max = +132 MPa σ max = OA = OC − BC = 80 − 52 σ min = +28 MPa Problema 7.2 Tensões no elemento infinitésimal rodado de 30º em relação a XY: Os pontos X’ e Y’ no círculo de Mohr que correspondem às tensões no elemento rodado de 30º, são obtidas rodando XY no sentido anti-horário: 2θ = 60° φ = 180° − 60° − 67.4° = 52.6° σ x′ = OK = OC − KC = 80 − 52 cos 52.6° σ y′ = OL = OC + CL = 80 + 52 cos 52.6° τ x′y′ = KX ′ = 52 sin 52.6° σ x′ = +48.4 MPa σ y′ = +111.6 MPa τ x′y′ = 41.3 MPa Tensões em reservatórios de pressão de paredes finas • Reservatórios cilindricos sob pressão: σ1 = tensão circunferencial σ2 = tensão longitudinal • Tensão circunferencial: ∑F z = 0 = σ1 (2t ∆x ) − p (2r ∆x ) σ1 = pr t • Tensão longitudinal: 2 ( ) ( ) = 0 = σ 2 π − π F rt p r ∑ x 2 σ2 = pr 2t σ1 = 2 σ 2 Reservatórios cilíndricos de paredes finas (cont.) • Os pontos A e B correspondem às tensões circunferenciais, σ1, e longitudinais, σ2 • Tensão de corte máxima no plano da virola (in-plane), (rotação das tensões no plano, ie. circulo AB no circulo de Mohr), ocorre numa direcção a 45º com as tensões principais: 1 2 τ max(in − plane) = σ 2 = pr 4t • A tensão de corte máxima “fora do plano da virola” (out-of-plane) corresponde a uma rotação de 45º do elemento em tensão plana em torno de um eixo longitudinal do cilindro (ie. plano OA no circulo de Mohr), e o correspondente valor é: τ max = σ 2 = pr 2t Tensões em reservatórios de pressão de paredes finas Tensões no reservatório esférico sob pressão: σ1 = σ 2 = pr 2t Reservatórios esféricos de paredes finas (cont.) σ1 = σ 2 = pr 2t Circulo de Mohr • Tensão de corte máxima (in-plane) σ = σ 1 = σ 2 = constant τ max(in -plane) = 0 • Tensão de corte máxima (out-of-plane) τ max = 12 σ1 = pr 4t Exemplo e e Considere o reservatório cilíndrico em aço, com um raio interior de 1 m e uma espessura de virola e fundos de 5 mm, representado na figura. Admita que os fundos hemisféricos são ligados às virolas cilíndricas utilizando 126 rebites em cada um. A pressão de serviço é de 10 bar. Calcular: a) Tensões nas virolas. b) Tensões nos fundos, desprezando os efeitos da ligação dos fundos às virolas. c) Admitindo que se usavam rebites com 10 mm de diâmetro, na ligação dos fundos à virola como se ilustra na figura, verificar a segurança ao corte dos rebites para a pressão de serviço ( τadm = 150 MPa). Estado de tensão geral Transformação de tensões resultante da rotação do elemento infinitésimal: • O estado de tensão no ponto Q é definido por σ x ,σ y ,σ z ,τ xy ,τ yz ,τ zx • Considerando o tetraedro com a face perpendicular à linha QN com cosenos directores: λx , λ y , λz • Impondo o equilibrio estático ∑ Fn = 0 obtém-se σ n = σ x λ2x + σ y λ2y + σ z λ2z + 2τ xy λxλ y + 2τ yz λ y λz + 2τ zxλz λx • É possível encontrar uma orientação para o elemento infinitésimal por forma que: σ n = σ a λ2a + σ bλb2 + σ c λ2c estes são os eixos principais e os planos principais e as tensões normais são tensões principais. Aplicação do circulo de Mohr à análise de um estado de tensão tridimensional • Eixos principais a, b,c • Os pontos A, B, e C representam as tensões principais nos planos principais (com tensões de corte nulas) • Os 3 círculos representam as tensões normais e de corte para rotações em torno de cada eixo principal. • O raio do circulo maior corresponde à tensão de corte máxima 1 2 τ max = σ max − σ min Aplicação do circulo de Mohr à análise de um estado de tensão tridimensional (cont.) • Caso em que as tensões principais são: σa > 0; σb < 0; σ z = 0 (tensão plana) • Os pontos A e B (representando os planos principais) estão em lados opostos em relação à origem, então: a) A tensão de corte máxima é igual à tensão de corte máxima no plano a,b dada pelo raio do circulo AB b) O plano da tensão de corte máxima faz 45o com os planos principais AB. Aplicação do circulo de Mohr à análise de um estado de tensão tridimensional (cont.) • Caso em que as tensões principais são: σa > 0; σb > 0; σ z = 0 (tensão plana) • Então A e B estão do mesmo lado da origem (i.e. têm o mesmo sinal), então: a) O círculo que define σmax, σmin, τmax para o elemento infinitésimal não é o circulo AB mas sim o círculo AZ b) A tensão de corte máxima para o elemento infinitésimal é: σ τ max = max 2 c) Os planos da tensão de corte máxima fazem 45º com o plano AZ. Exemplo – estado de tensão plana Reservatório cilindrico sujeito às tensões principais indicadas. Representação no círculo de Mohr: τ max = 16MPa Critérios de falha para materiais dúcteis • A falha de um componente sujeito a tensão uniaxial pode ser prevista através das propriedades mecânicas obtidas através do ensaio de tracção uniaxial. • Para o caso de um componente sujeito a tensão plana, é conveniente determinar as tensões principais e utilizar um critério de falha baseado no estado de tensão biaxial correspondente. • Os critérios de falha são baseados nos mecanismos de fractura e permitem a comparação dos estados de tensão biaxiais com as propriedades mecânicas conhecidas através dos ensaios de tracção uniaxiais. Critério de falha para materiais dúcteis em tensão plana Critério da tensão de corte máxima: O componente estrutural está em segurança se a tensão de corte máxima é inferior à tensão de corte máxima correspondente ao ensaio de tracção uniaxial no ponto correspondente ao limite elástico: τ max < τ limite elastico = σY ≡ σe0.2 σ e0.2 2 Para σa e σb com o mesmo sinal, σa σ b σ e0.2 τ max = ou < 2 2 2 Para σa e σb com sinais opostos, τ max σ a − σ b σ e0.2 = < 2 2 Critério de falha para materiais dúcteis em tensão plana Critério da Máxima Energia de Distorção: O componente estrutural está em segurança se a energia de distorção por unidade de volume é inferior à energia de distorção por unidade de volume correspondente ao ensaio de tracção uniaxial no limite elástico: u d < uY σY ≡ σe0.2 1 1 ( ( σ a2 − σ a σ b + σ b2 ) < σY2 − σY × 0 + 0 2 ) 6G 6G σ a2 − σ a σ b + σ b2 < σY2 ou σ a2 − σ a σ b + σ b2 < σ e20.2 ou σ a2 − σ a σ b + σ b2 < σ e0.2 Tensão equivalente (Von-Mises Huber Hencky) No caso mais geral, quando num dado ponto se combinam efeitos produzidos por várias solicitações é corrente, no caso de solicitações estáticas e materiais dúcteis, recorrer à Tensão equivalente dada pela teoria de Von-Mises Huber Hencky (correspondente ao critério de energia de distorção), para comparar o respectivo estado de tensão com o estado de tensão uniaxial produzido por um ensaio clássico de tracção: σeq = σ2x + σ2y + σ2z − σ x σ y − σ y σ z − σ z σ x + 3( τ2xy + τ2yz + τ2xz ) < σe0.2 Para o caso de tensão plana, temos σ z = τ yz = τ xz = 0 , logo: σeq = σ2x + σ2y − σ x σ y + 3 τ2xy < σe0.2 Se tivermos as tensões principais, será: σeq = σ12 + σ22 − σ1σ2 < σe0.2 Critério de falha para materiais frágeis em tensão plana Os materiais frágeis falham porque se atinge a tensão de ruptura, ou por fractura, sem deformação plástica significativa no ensaio de tracção uniaxial. A condição para o critério de falha é a tensão última, ou tensão de ruptura, σU = σr Critério da tensão normal máxima: σU ≡ σ r O componente estrutural está em segurança se a tensão normal máxima for inferior à tensão de ruptura do provete num ensaio de tracção uniaxial: σa < σ r σb < σ r Esforços combinados – veios de transmissão Um veio de transmissão como o ilustrado na figura, fica sujeito a esforços de torção e esforços transversos. As tensões de corte originadas pelos esforços de corte transversal, são normalmente muito inferiores às tensões de corte devidas ao momento torçor e como tal podem ser desprezadas na presente análise. As tensões normais de flexão devidas às forças transversais podem ser muito elevadas e têm de ser combinadas com as tensões de corte devidas à torção. Veios de transmissão sujeitos a esforços combinados • Numa secção qualquer: Mc I Tc τm = J com M 2 = M y2 + M z2 σm = • Tensão de corte máxima: 2 2 σm Mc Tc 2 τ max = + (τ m ) = + 2 2 I J para uma secção circular ou tubular, 2 I = J τ max = c J M 2 +T 2 • Condição de resistência mecânica para o veio: 2 2 J c min M +T max = τ adm 2 Exemplo 8.3 - veios de transmissão Resolução: • Determinar os momentos torçores e as correspondente forças tangenciais nas engrenagens. • Calcular as reacções em A e B. O veio de transmissão de secção circular sólida, roda a 480 rpm e transmite uma potência de 30 kW do motor às engrenagens G e H; A engrenagem G absorve uma potência de 20 kW e a engrenagem H absorve 10 kW. Sabendo que σadm = 50 MPa, determinar o menor diametro admissivel para o veio. • Identificar a secção crítica a partir dos diagramas de momentos torçores e de momentos flectores. • Calcular o menor diametro admissivel para o veio. Exemplo 8.3 • Determinar os momentos torçores T e as correspondentes forças tangenciais F nas engrenagens: TE = P 30 kW = = 597 N ⋅ m 2πf 2π (80 Hz ) T 597 N ⋅ m FE = E = = 3.73 kN rE 0.16 m TC = 20 kW = 398 N ⋅ m 2π (80 Hz ) FC = 6.63 kN TD = 10 kW = 199 N ⋅ m 2π (80 Hz ) FD = 2.49 kN • Reacções em A e B Ay = 0.932 kN Az = 6.22 kN B y = 2.80 kN Bz = 2.90 kN Exemplo 8.3 • Identificar a secção crítica do veio, a partir dos diagramas de momentos torçores e dos momentos flectores: Exemplo 8.3 • Para a secção D (identificada como crítica): M 2 + T 2 = max (1160 2 + 3732 )+ 597 2 = 1357 N ⋅ m • Calcular o diâmetro mínimo admíssivel do veio: J = c M 2 + T 2 1357 N ⋅ m = = 27.14 × 10 − 6 m 3 τ adm 50 MPa Para uma secção cicular maciça, J π 3 = c = 27.14 × 10 −6 m 3 c 2 c = 0.02585 m = 25.85 m d = 2c = 51.7 mm Tensões devidas a esforços combinados • Imaginemos que se pretende determinar as tensões na secção assinalada, de um elemento estrutural sujeito a carregamento arbitrário. • Faz-se passar uma secção através do ponto de interesse. Impõe-se o equilibrio estático, para determinar as forças e os momentos necessáros para manter o equilibrio. • O sistema de forças internas, assim obtido, consiste em 3 componentes de forças e 3 componentes de momentos. • Em seguida, podemos determinar a distribuíção de tensões, aplicando o principio da sobreposição. Tensões devidas a esforços combinados • A força axial e os momentos no plano transversal, contribuem para a distribuição de tensões normais na secção. • As componentes da força de corte e do momento torçor contribuem para a distribuíção de tensões de corte na secção. = Exemplo 1 – esforços combinados Considere-se o sistema representado na figura sujeito às forças P1 e P2 indicadas. O elemento cilíndrico BD tem um raio da secção transversal c = 20mm. Determinar: a) Tensões normais e tensões de corte no ponto K do elemento BD. b) Tensões normais e tensões de corte no ponto H do elemento BD. Nota: Para simplificar, desprezar as tensões de corte devidas ao esforço transverso. Exemplo 1 - cont. Exemplo 2 – esforços combinados Considere-se o sistema representado na figura sujeito às forças indicadas. Sabendo que a secção transversal do corpo vertical é um rectângulo 40 mm x 140 mm. Determinar: a) Tensões normais no ponto H. b) Tensões normais e tensões de corte no ponto F. Exemplo 2 - esforços combinados (cont.) Exemplo 3 – esforços combinados Considere-se o sistema representado na figura sujeito às forças indicadas. Determinar: a) Tensões normais e tensões de corte no ponto H. b) Tensões normais e tensões de corte no ponto K. Exemplo 4 – esforços combinados Para o sistema representado na figura sujeito às forças indicadas, determinar: a) Tensões normais e tensões de corte no ponto a. b) Tensões normais e tensões de corte no ponto b. c) Tensões normais e tensões de corte no ponto c.