PNUD 1 Guia de estudos 2 “Não se enganem. Uma gotinha no oceano faz, sim, muita diferença.” Zilda Arns 3 Carta do Secretariado aos Delegados Saudações, ilustríssimos delegados. Organizada pelo corpo discente do colégio, a SiAn é um evento que tem por objetivo a simulação de conferências da Organização das Nações Unidas. As assembleias serão realizadas por meio de comitês temáticos, nos quais serão apresentadas situações-problema, que deverão ser objeto de debate das representações nacionais que estareis incumbidos de exercer. Evidencia-se a conveniência do posicionamento político nacionalista — e não patrimonialista —– diante do ponto em discussão nas sessões. Isto é, cabe às delegações posicionarem-se de forma coerente com o objetivo da nação perante o tema, de forma a evitar atitudes fundamentadas na individualidade de seu representante. Ressalta-se, ainda, que a criação de proposta de resolução deve ser prioridade durante o andamento da cerimônia. Neste momento, sob vossa jurisdição, encontra-se o documento responsável pelo auxílio à contextualização dos temas referentes aos comitês. Não obstante, não vos limiteis às informações contidas no guia, posto que este será material comum a todas as delegações participantes das assembleias; fontes diferentes de assessoria ao entendimento do cenário político serão determinantes no desenvolvimento da fundamentação argumentativa. Uma vez que a criação da proposta de resolução deve ser prioridade nos comitês, torna-se imprescindível elucidar a formulação dos Documentos de Posicionamento Oficial – os DPO. Esse é o objetivo do guia que tendes em mãos — esclarecer a estrutura necessária a uma declaração que exporá o posicionamento da nação ante as circunstâncias do cenário internacional. São perceptíveis, portanto, a complexidade e a magnificência da SiAn. Contudo, certamente, estais determinados a cumprir vossa função. Sois responsáveis pela realização do evento e, sobretudo, pela sua existência. Para que esta seja mantida, sede fiel à política normativa da organização. Inovai. Vivenciai o modelo socrático de maiêutica e retórica da Antiguidade Clássica. Nesta petição, o Secretariado Geral da SiAn congratula a vossa notória presença na 8ª edição das Simulações Anglo. Atenciosamente, André Key Mendes de Rosa Subsecretário-Geral administrativo 4 SUMÁRIO 1. CARTA DOS DIRETORES..............................................................................6 2. INTRODUÇÃO.................................................................................................7 2.1. A Assembleia Geral das Nações Unidas......................................................7 2.2. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento..........................8 3. HISTÓRICO...................................................................................................9 3.1.Declaração do Milênio................................................................................9 4. PANORAMA..................................................................................................11 4.1.Desenvolvimento Humano..........................................................................11 4.2. O Índice de Desenvolvimento Humano......................................................11 5 OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO............................13 5.1. Objetivo 1 – Redução da Pobreza..............................................................13 5.2. Objetivo 2 – Atingir o Ensino Básico Universal...........................................14 5.3. Objetivo 3 – Igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres ........14 5.4. Objetivo 4 – Reduzir a Mortalidade na Infância .........................................15 5.5. Objetivo 5 – Melhorar a Saúde Materna.....................................................15 5.6. Objetivo 6 – Combater o HIV/AIDS, a Malária e outras doenças ..............16 5.7. Objetivo 7 – Garantir a Sustentabilidade Ambiental...................................17 5.8. Objetivo 8 – Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento.17 6. ESTRUTURA DO DPO..................................................................................19 6.1. Estrutura e Conteúdo..................................................................................19 6.2. Modelo de Base..........................................................................................20 7. REPRESENTAÇÕES....................................................................................21 8.REFERÊNCIAS.............................................................................................22 5 Carta da Diretoria Caros Delegados, Com este guia vocês iniciam uma nova jornada no universo das simulações. Esperamos que se divirtam, aproveitem essa oportunidade e anseiem por conhecimento. O evento deve ser tratado com seriedade, a fim deque haja proveito multilateral; entretanto, momentos de diversão também podem encontrar sua vez. Que a simulação sirva em suas vidas para desenvolvimento de autonomia, de liderança e de muito mais,posto queserviu a muitos membros de nossa diretoria no desenvolvimento de pontos essenciais para a vida e para o destaque em sociedade. Como diria o filósofo chinês LaoTsé, “aquele que obtém uma vitória sobre os outros é forte, mas aquele que obtém uma vitória sobre si mesmo é poderoso.”. Não se contentem apenas em serem fortes para ganharem dos outros. Nessa simulação, sejam poderosos, ultrapassem as expectativas de outrem e, principalmente, suas próprias. É com essas que vocês realmente devem se importar. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio são debatidos há quase 15 anos e pouco do muito a ser alcançado foi feito. É indubitável a importância de representantes dispostos e disponíveis a mudarem esse quadro de desafios a serem superados. Desejamos a todos vocês, senhores delegados, ótimos estudos e simulação. Desejamos também que não sejam somente fortes e, sim, poderosos também, superando-se cada vez mais. Boa sorte, o destino do mundo está em suas mãos. Sinceramente, Deborah Marconcini Bittar Diretora PNUD João Vitor Carvalho Oliveira Sub-diretor PNUD 6 2. INTRODUÇÃO 2.1. A Assembleia Geral das Nações Unidas Considerada um dos principais órgãos supranacionais do mundo, a Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) foi criada junto com a própria ONU e tem suas funções definidas pelo capítulo IV da Carta das Nações Unidas de 1945. Dentre as principais características do órgão, pode-se destacar que a AGNU é deliberativa e representativa, com vista sempre à igualdade entre os m embros; o que quer dizer que tem com o principal objetivo discutir temas importantes para o mundo de maneira isonômica e justa. Isso implica uma peculiaridade da Assembleia frente aos outros mecanismos da ONU: o fato de ela ser a única congregação em que todos os 193 Estados-Membros têm representantes com direito igual de pronunciamento e de voto. As principais discussões da AGNU giram em torno de temas com o paz, segurança e cooperação internacional, orçamentos da ONU e Direitos Humanos. Os resultados dessas discussões são as cham adas Resoluções da Assembleia Geral das Nações Unidas, que são aprovadas pelo órgão se a aprovação for de maioria simples (m ais de 50% dos votos). Apesar do grande peso internacional com que essas resoluções contam, elas não têm caráter mandatório. Isso quer dizer, por exemplo, que se um país descumprir alguma determinação da AGNU ele não pode ser legalm ente penalizado por essa ação. Isso não significa, todavia, que esses documentos não sejam importantes - a m aior parte dos países do mundo segue à risca tudo que é determinado. A AGNU tem reuniões ordinárias anuais que tradicionalmente acontecem no m ês de setem bro na sede da ONU, em Nova Iorque. Sessões extraordinárias ou “especiais” podem ser convocadas a pedido do Conselho de Segurança das Nações Unidas ou a partir do consenso entre a m aioria dos países. 7 2.2. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento O Program a das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é a agência líder da rede global de desenvolvimento da ONU e trabalha principalm ente no combate à pobreza e pelo Desenvolvim ento Humano. O PNUD está presente em 166 países do m undo, colaborando com governos, a iniciativa privada e com a sociedade civil para ajudar as pessoas a construírem um a vida mais digna. Em todas as suas atividades, o P NUD encoraja a proteção dos direitos humanos e a igualdade de gênero e raça. Desde 2000, o programa fom enta também o comprom etimento e a discussão em prol do alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Presente no Brasil desde a década de 60, a atuação do PNUD no país tem tido como temas centrais o desenvolvimento de capacidades, ciência e tecnologia; a modernização do Estado e o fortalecimento de suas instituições; o combate à pobreza e à exclusão social; a conservação am biental e uso sustentável de recursos naturais. Por meio do desenvolvimento e implantação de projetos de cooperação técnica em parcerias com instituições nacionais, o PNUD Brasil visa: estabelecer políticas para fortalecer setores críticos relativosao desenvolvim ento humano; estimular o cum primento dos Objetivos do Desenvolvim ento do Milênio; desenvolver capacidades institucionais nos governos federal, estaduais e municipais e fortalecer o papel da sociedade civil e do setor privado na busca do desenvolvimento humano e sustentável. 8 3. HISTÓRICO 3.1. Declaração do Milênio Nos dias 6, 7 e 8 de setem bro de 2000, a sede da ONU em Nova Iorque recebeu a Cúpula do Milênio. A li foi aprovada a Declaração do Milênio, após m eses de debates e de acordos para sua com posição. Os valores de liberdade, igualdade, solidariedade, tolerância, respeito pela natureza e responsabilidade com um são essenciais para as relações internacionais no século XXI e estão presentes na declaração acordada por 191 países e 1467 chefes de Estado e de Governo. Tais dirigentes reafirmaram seu dever para com todos os habitantes do planeta, em especial para com os menos favorecidos e crianças, o futuro da humanidade. Como parte desse dever, precisa-se libertar toda a humanidade da carência e estabelecer condições, a nível nacional e mundial, à eliminação da pobreza. A globalização, fenômeno que começou a ser estudado na década de 1990, também fez parte da pauta da cúpula. Apesar de oferecer grandes possibilidades, seus benefícios, assim com o seus custos, ainda são distribuídos de forma muito desigual. O principal desafio a ser superado era o de transformá-la numa força positiva para todos os povos do mundo, de forma a permitir o acesso universal à informação e aos seus demais benefícios. Seguindo essa lógica, aqueles que sofrem - ou que se beneficiam menos merecem a ajuda dos que são favorecidos. As diferenças culturais devem, sim, serem apreciadas com o bens preciosos de toda a hum anidade. A prom oção de uma cultura de paz e de diálogo entre as nações é indispensável para uma paz duradoura internacional. Além dos pontos já citados, pretendia-se reforçar, por meio de prioridades como a luta pelo desenvolvim ento de todos os povos do m undo, a luta contra a pobreza, ignorância e doenças; a luta contra a injustiça; a luta contra a violência, o terror e o crim e e a luta contra a degradação e destruição do nosso planeta. Apesar de escrita em 2000, a Declaração do Milênio critica e propõe resoluções a temas com pletam ente modernos. Nas suas 9 páginas 9 e 10 está presente o sum o dos conteúdos dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio que serão posteriorm ente explicitados. 10 4. PANORAMA 4.1. Desenvolvimento Humano O conceito de desenvolvimento humano nasceu defini do com o um processo de ampliação das escolhas das pessoas, para que elas tenham capacidades e oportunidades para ser aquilo que desejam. Diferentemente da perspectiva do crescimento econômico, que vê o bem-estar de um a sociedade apenas pelos recursos ou pela renda que ela pode gerar, a abordagem de desenvolvimento humano procura olhar diretamente para as pessoas, suas oportunidades, capacidades e necessidades. A renda é importante, mas como um dos meios de desenvolvimento, e não com o sua finalidade. Consiste numa mudança de perspectiva: com o desenvolvimento humano, o foco é transferido do crescimento econômico - ou da renda - para o ser humano. O conceito de Desenvolvim ento Humano tam bém parte do pressuposto de que para se assegurar o avanço na qualidade de vida de uma população é preciso ir além do viés puramente econômico e considerar outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade de vida da sociedade. E sse conceito é a base do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e do Relatório de Desenvolvim ento Humano (RDH), publicados anualm ente pelo P NUD. 4.2. Índice de Desenvolvimento Humano O objetivo da criação do Índice de Desenvolvim ento Humano foi o de oferecer um contraponto a outro indicador m uito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB ) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Criado por MahbubulHaq, com a colaboração do econom ista indiano Am artya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. A pesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvim ento humano, o IDH não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da condição emocional das pessoas, nem indica o local ideal para a formação de uma sociedade. Democracia, participação, equidade e sustentabilidade são outros 11 dos m uitos aspectos do desenvolvimento humano que não são contem plados no IDH. Este tem o grande mérito de sintetizar a com preensão do tema e ampliar e fomentar o debate. Desde 2010, quando o Relatório de Desenvolvimento Humano com pletou 20 anos, novos critérios vêm sendo incorporados para o cálculo do IDH. Atualmente, os três pilares que constituem o IDH (saúde, educação e renda) são mensurados da seguinte forma: Uma vida longa e saudável (saúde) é medida pela expectativa de vida; • O acesso ao conhecimento (educação) é medido por: I)média de anos de educação de adultos, que é o núm ero médio de anos de educação recebidos durante a vida por pessoas a partir de 25 anos; II)a expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar a vida escolar, que é o número total de anos de escolaridade que um a criança na idade de iniciar a vida escolar pode esperar receber se os padrões prevalecentes de taxas de matrículas específicas por idade permanecerem os mesmos durante a vida da criança; • O padrão de vida (renda) é medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita expressa em poder de paridade de com pra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano de referência. • Publicado desde o ano de sua criação, em 1990, o IDH é calculado anualm ente. Desde 2010, sua série histórica é recalculada devido ao movim ento de entrada e saída de países e às adaptações metodológicas, o que possibilita um a análise de tendências. Aos poucos, o IDH tornou-se referência mundial e é um índice-chave dos Objetivos de Desenvolvim ento do Milênio das Nações Unidas. 12 5. OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO 5.1. E rradicar a extrem a pobreza e a fome Pessoas em situação de pobreza extrem a são aquelas que apresentam uma renda média de R$ 2,36 por dia, ou R$ 71,75 por mês. S egundo dados apresentados pelo Relatório dos Objetivos de Desenvolvim ento do Milênio 2013, o mundo alcançou a meta de reduzir a pobreza extrema à m etade do nível registrado em 1990 cinco anos antes do estipulado. Porém, ainda que a parcela da população m undial considerada extremamente pobre tenha passado de 47% para 22%, mais de 1,2 bilhões de pessoas continuam a viver nessa condição. A cada oito indivíduos, pelo menos um não tem acesso regular a quantidades suficientes de alimento para suprir suas necessidades energéticas. Além disso, mais de 100 milhões de crianças continuam em estado de desnutrição, enquanto 165 milhões são raquíticas. MET AS A. Reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, a proporção da população com renda inferior a um dólar por dia. B. Reduzir a 1/4, entre 1990 e 2015, a proporção da população com renda inferior a 1 dólar por dia. C. Alcançar o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos, incluindo m ulheres e jovens. D. Reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, a proporção da população que sofre de fome E. Erradicar a fome entre 1990 e 2015. 13 5.2. E ducação básica de qualidade para todos A universalização da educação prim ária é uma meta que o mundo não alcançará até 2015. S egundo o Relatório de Desenvolvim ento do Milênio 2013 da ONU, a garantia de que todos os m eninos e m eninas tenham oportunidade de term inar o ensino prim ário não será atingida.Isso se dá por conta do lento ritmo de expansão educacional e das significativas disparidades ainda existentes, principalmente em prejuízo das mulheres e crianças das zonas rurais. No entanto, mesmo com esse panorama, é possível apontar um progresso significativo desde 1990, tendo em vista que a porcentagem de crianças que frequentam o ensino prim ário nos países em desenvolvimento passou de 80% para 90% em 2011. As taxas de alfabetização dos jovens, outro indicador destacado no Relatório, também melhoraram consideravelmente em todo o mundo, apresentando progressos na diminuição da desigualdade de gênero frente o acesso à educação. MET A A- Garantir que, até 2015, todas as crianças, de ambos os sexos, terminem um ciclo com pleto de ensino básico. 5.3. P romover a igualdade entre os sexos e a autonomia da mulher Segundo o Relatório dos Objetivos de Desenvolvim ento do Milênio de 2013, o mundo estaria muito próxim o de atingir a meta de eliminar as disparidades entre os sexos em todos os níveis educacionais até 2015. Todavia, enquanto em algumas regiões do mundo as mulheres estão sem representação, em outras, na A mérica Latina em particular, são os homens que 14 se apresentam em menor núm ero. A participação feminina no mercado de trabalho e a representação política das mulheres também são m etas que fazem parte dos ODM, embora a média global de mulheres no parlamento ainda seja de apenas 20%. MET A A- Eliminar a disparidade entre os sexos no ensino prim ário e secundário, se possível até 2005, e, em todos os níveis de ensino, no mais tardar até 2015. 5.4. Reduzir a mortalidade infantil: De acordo com o Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio de 2013, elaborado pela Organização das Naç ões Unidas (ONU), a taxa mundial de m ortalidade na infância caiu 47% em 22 anos. Entre 1990 e 2012, o índice passou de 90 para 48 mortes por mil nascidos vivos. Ainda que essa evolução signifique que 17 mil crianças deixaram de morrer a cada dia, muito ainda deve ser feito para atingir a meta global de 75% de redução na taxa. Só no ano de 2012, 6,6 milhões de crianças menores de 5 anos morreram ao redor do m undo por doenças evitáveis. MET A A- Reduzir em 2/3, entre 1990 e 2105, a mortalidade de crianças menores de 5 anos. 5.5. M elhorar a saúde materna: O quinto Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM 5) busca melhorar a saúde materna. De acordo com o Relatório dos ODM (RODM) de 2013, a despeito da redução ocorrida desde 1990, o mundo não alcançará a m eta A até 2015. Nos países em desenvolvimento, a mortalidade materna caiu de 440 para 240 óbitos por 100 m il nascidos vivos, uma redução de 45% entre 1990 e 2010. Na América Latina, que apresenta uma situação consideravelmente melhor, o percentual de queda foi semelhante, passando de 130 para 72 óbitos maternos a cada 100 mil nascidos vivos. A meta B também não será alcançada, pois a porcentagem de 15 partos atendidos por profissionais de saúde treinados – um dos seus principais indicadores – era de aproximadamente 66% no mundo em desenvolvim ento em 2011, e apenas 51% das gestantes realizavam ao menos quatro consultas de pré-natal. MET AS A- Reduzir em 3/4, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade materna. B- Alcançar, até 2015, o acesso universal à saúde reprodutiva. 5.6. Combater a AI DS, a m alária e outras doenças: O Relatório ODM de 2013 considera que o m undo não conseguiu alcançar a m eta B de universalizar até o ano de 2010 o tratamento de pacientes com HIV/AIDS. E m 2011, nos países em desenvolvimento, a terapia chegava a apenas 55% das pessoas que necessitavam. A ONU reconhece, no entanto, a expansão do acesso ao tratamento nos últim os anos e salienta que a universalização é possível, desde que haja disposição política para promovêla. Os dados do Relatório também mostram que a meta A já foi alcançada. Nos países em desenvolvimento, de 2001 a 2011, o número de novas infecções anuais por HIV para cada 100 pessoas de 15 a 49 anos caiu de 0,09 para 0,06. A pesar da redução significativa da disseminação da doença, a ONU alerta para a infecção de 2,5 milhões de pessoas todos os anos. MET AS A- Até 2015, ter diminuído a propagação do HIV/AIDS e com eçado a inverter a tendência atual (1990). B- Alcançar, até 2010, o acesso universal ao tratam ento de HIV/AIDS para todas as pessoas que necessitam. C- Até 2015, ter detido a incidência da malária e de outras doenças notáveis e com eçado a inverter a tendência atual. 16 5.7. Garantir a sustentabilidade am biental: Segundo o Relatório ODM 2013, parte da meta C foi atingida cinco anos antes do prazo, com a população mundial sem acesso a água potável passando de 24% para 11% entre 1990 e 2010. Mais de 200 milhões de moradores de assentamentos precários ganharam acesso à água potável e ao saneamento básico, ou passaram a viver em casas construídas com materiais duráveis ou com menor adensamento. Além disso, o Relatório também ressalta a redução de 98% do consumo de substâncias que destroem a camada de ozônio, embora tam bém tenham sido registradas outras tendências preocupantes, como a extrema exploração dos estoques pesqueiros. METAS A- Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais. B- Reduzir a perda de diversidade biológica e alcançar, até 2010, uma redução significativa na taxa de perda. C- Reduzir pela metade, até 2015, a proporção de pessoas sem acesso permanente à água potável segura e saneamento básico. D- Até 2020, ter alcançado uma melhora significativa nas vidas de pelo menos 100 milhões de habitantes de bairros degradados. 5.8. E stabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento: A formação de uma parceria global para o desenvolvimento é o com promisso estabelecido no oitavo Objetivo de Desenvolvimento do Milênio, voltado principalm ente aos países com maior grau de desenvolvimento e de históricos doadores no cam po da cooperação internacional. Um dos principais indicadores – a relação entre a renda nacional bruta e o montante comprometido por eles com cooperação e assistência internacional – tem apresentado queda. De acordo com o Relatório dos Objetivos de Desenvolvim ento do Milênio de 2013, esse valor vem sendo reduzido desde 2010, quando representava 0,32%, passando para 0,29% em 2012. E ntretanto, países 17 com o o Brasil, a Turquia e os Emirados Árabes Unidos têm aumentado significativamente suas iniciativas de assistência e cooperação internacional. MET AS A- Avançar no desenvolvimento de um sistema com ercial e financeiro aberto, baseado em regras previsível e não discriminatório. B- Atender às necessidades especiais dos países m enos desenvolvidos. C- Atender às necessidades especiais dos países sem acesso ao mar e dos pequenos Estados insulares em desenvolvimento. D- Tratar globalmente o problem a dos países em desenvolvimento por intermédio de medidas nacionais e internacionais, de modo a tornar sua dívida, em longo prazo, sustentável. E- Em cooperação com as empresas farm acêuticas, proporcionar o acesso a m edicamentos essenciais a preços acessíveis nos países em vias de desenvolvimento. F- Em cooperação com o setor privado, tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial das tecnologias de informação e de comunicações. 18 6. ESTRUTURA DO DPO 6.1. E strutura e Conteúdo Como o nome indica, o Documento de Posição Oficial (DPO) é uma declaração sintetizada a respeito do posicionamento de cada país frente ao tem a do comitê. Buscando a padronização dos papéis, deve ser seguida a seguinte estruturação dos parágrafos: • 1°§: Introdução: dados relevantes sobre o país e breve apresentação do posicionamento com relação aos tópicos pertinentes. • 2°§: Desenvolvimento: exposição mais detalhada sobre os pontos de vista do país, com argum entos justificados por dados e fatos. • 3°§: Conclusão: citação dos objetivos que o país espera alcançar com a resolução criada durante as discussões e menção a potenciais parceiros. O DPO deve ser apresentado impresso em lauda única, com letra Times New Roman, tam anho 12, espaçamento 1,5 e norm a culta. Além disso, deve conter o nom e oficial do país e a bandeira, bem com o eventuais brasões e/ou selos im periais. Cada delegado deve assinar seu docum ento, que deverá ser entregue à mesa diretora no primeiro dia da simulação. 19 6.2. Modelo de Base (Bandeira do País) (Brasão do País) (Nome oficial do país) Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Documento de posição oficial (Apresentação da posição oficial do país, de acordo com o assunto tratado pelo comitê, em três parágrafos como acima explicitado. O texto deverá conter no máximo uma lauda.) X Assinatura do Representante Nome do representante Representante do país X 20 7. REPRESENTAÇÕES Grupos regionais 2015 Estados Africanos (5 mem bros) República do Congo Etiópia Guiné Níger República Unida da Tanzânia Estados Ásia-P acífico (4 mem bros) China Índia República Islâmica do Irã Paquistão Estados Latinoamericanos e Caribenhos (3 mem bros) Cuba Guatem ala República Bolivariana da Venezuela Estados Leste Eur opeus (2 mem bros) Bulgária Federação Russa Europa Ocidental e outros E stados (9 mem bros) Austrália Dinamarca Alemanha Itália Japão Holanda Noruega Reino Unido Estados Unidos da América UNFP A e UNOPS tam bémfazem parte da E xecutiveBoard. 21 8. REFERÊNCIAS http://www.un.org/en/ http://www.pnud.org.br/ http://www.pnud.org.br/ODM.aspx http://www.pnud.org.br/Docs/declaracao_do_milenio.pdf http://www.undp.org/content/undp/en/home/operations/about_us.ht ml http://www.pnud.org.br/IDH/DesenvolvimentoHumano.aspx?indiceA ccordion=0&li=li_DH http://www.pnud.org.br/IDH/IDH.aspx?indiceAccordion=0&li=li_IDH 22