PNUD
1
Guia de estudos
2
“Não se enganem. Uma gotinha no oceano faz, sim,
muita diferença.”
Zilda Arns
3
Carta do Secretariado aos Delegados
Saudações, ilustríssimos delegados.
Organizada pelo corpo discente do colégio, a SiAn é um evento que tem por
objetivo a simulação de conferências da Organização das Nações Unidas. As
assembleias serão realizadas por meio de comitês temáticos, nos quais serão
apresentadas situações-problema, que deverão ser objeto de debate das representações
nacionais que estareis incumbidos de exercer. Evidencia-se a conveniência do
posicionamento político nacionalista — e não patrimonialista —– diante do ponto em
discussão nas sessões. Isto é, cabe às delegações posicionarem-se de forma coerente
com o objetivo da nação perante o tema, de forma a evitar atitudes fundamentadas na
individualidade de seu representante. Ressalta-se, ainda, que a criação de proposta de
resolução deve ser prioridade durante o andamento da cerimônia.
Neste momento, sob vossa jurisdição, encontra-se o documento responsável
pelo auxílio à contextualização dos temas referentes aos comitês. Não obstante, não vos
limiteis às informações contidas no guia, posto que este será material comum a todas as
delegações participantes das assembleias; fontes diferentes de assessoria ao
entendimento do cenário político serão determinantes no desenvolvimento da
fundamentação argumentativa.
Uma vez que a criação da proposta de resolução deve ser prioridade nos
comitês, torna-se imprescindível elucidar a formulação dos Documentos de
Posicionamento Oficial – os DPO. Esse é o objetivo do guia que tendes em mãos —
esclarecer a estrutura necessária a uma declaração que exporá o posicionamento da
nação ante as circunstâncias do cenário internacional.
São perceptíveis, portanto, a complexidade e a magnificência da SiAn.
Contudo, certamente, estais determinados a cumprir vossa função. Sois responsáveis
pela realização do evento e, sobretudo, pela sua existência. Para que esta seja mantida,
sede fiel à política normativa da organização. Inovai. Vivenciai o modelo socrático de
maiêutica e retórica da Antiguidade Clássica. Nesta petição, o Secretariado Geral da
SiAn congratula a vossa notória presença na 8ª edição das Simulações Anglo.
Atenciosamente,
André Key Mendes de Rosa
Subsecretário-Geral administrativo
4
SUMÁRIO
1. CARTA DOS DIRETORES..............................................................................6
2. INTRODUÇÃO.................................................................................................7
2.1. A Assembleia Geral das Nações Unidas......................................................7
2.2. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento..........................8
3. HISTÓRICO...................................................................................................9
3.1.Declaração do Milênio................................................................................9
4. PANORAMA..................................................................................................11
4.1.Desenvolvimento Humano..........................................................................11
4.2. O Índice de Desenvolvimento Humano......................................................11
5 OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO MILÊNIO............................13
5.1. Objetivo 1 – Redução da Pobreza..............................................................13
5.2. Objetivo 2 – Atingir o Ensino Básico Universal...........................................14
5.3. Objetivo 3 – Igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres ........14
5.4. Objetivo 4 – Reduzir a Mortalidade na Infância .........................................15
5.5. Objetivo 5 – Melhorar a Saúde Materna.....................................................15
5.6. Objetivo 6 – Combater o HIV/AIDS, a Malária e outras doenças ..............16
5.7. Objetivo 7 – Garantir a Sustentabilidade Ambiental...................................17
5.8. Objetivo 8 – Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento.17
6. ESTRUTURA DO DPO..................................................................................19
6.1. Estrutura e Conteúdo..................................................................................19
6.2. Modelo de Base..........................................................................................20
7. REPRESENTAÇÕES....................................................................................21
8.REFERÊNCIAS.............................................................................................22
5
Carta da Diretoria
Caros Delegados,
Com este guia vocês iniciam uma nova jornada no universo das
simulações. Esperamos que se divirtam, aproveitem essa oportunidade e
anseiem por conhecimento. O evento deve ser tratado com seriedade, a fim
deque haja proveito multilateral; entretanto, momentos de diversão também
podem encontrar sua vez.
Que a simulação sirva em suas vidas para desenvolvimento de
autonomia, de liderança e de muito mais,posto queserviu a muitos membros de
nossa diretoria no desenvolvimento de pontos essenciais para a vida e para o
destaque em sociedade.
Como diria o filósofo chinês LaoTsé, “aquele que obtém uma vitória
sobre os outros é forte, mas aquele que obtém uma vitória sobre si mesmo é
poderoso.”. Não se contentem apenas em serem fortes para ganharem dos
outros. Nessa simulação, sejam poderosos, ultrapassem as expectativas de
outrem e, principalmente, suas próprias. É com essas que vocês realmente
devem se importar.
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio são debatidos há quase 15
anos e pouco do muito a ser alcançado foi feito. É indubitável a importância de
representantes dispostos e disponíveis a mudarem esse quadro de desafios a
serem superados.
Desejamos a todos vocês, senhores delegados, ótimos estudos e
simulação. Desejamos também que não sejam somente fortes e, sim,
poderosos também, superando-se cada vez mais.
Boa sorte, o destino do mundo está em suas mãos.
Sinceramente,
Deborah Marconcini Bittar
Diretora PNUD
João Vitor Carvalho Oliveira
Sub-diretor PNUD
6
2. INTRODUÇÃO
2.1. A Assembleia Geral das Nações Unidas
Considerada um dos principais órgãos supranacionais do
mundo, a Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) foi criada
junto com a própria ONU e tem suas funções definidas pelo
capítulo IV da Carta das Nações Unidas de 1945. Dentre as
principais características do órgão, pode-se destacar que a AGNU
é deliberativa e representativa, com vista sempre à igualdade entre
os m embros; o que quer dizer que tem com o principal objetivo
discutir temas importantes para o mundo de maneira isonômica e
justa. Isso implica uma peculiaridade da Assembleia frente aos
outros mecanismos da ONU: o fato de ela ser a única congregação
em que todos os 193 Estados-Membros têm representantes com
direito igual de pronunciamento e de voto.
As principais discussões da AGNU giram em torno de temas
com o paz, segurança e cooperação internacional, orçamentos da
ONU e Direitos Humanos. Os resultados dessas discussões são as
cham adas Resoluções da Assembleia Geral das Nações Unidas,
que são aprovadas pelo órgão se a aprovação for de maioria
simples (m ais de 50% dos votos). Apesar do grande peso
internacional com que essas resoluções contam, elas não têm
caráter mandatório. Isso quer dizer, por exemplo, que se um país
descumprir alguma determinação da AGNU ele não pode ser
legalm ente penalizado por essa ação. Isso não significa, todavia,
que esses documentos não sejam importantes - a m aior parte dos
países do mundo segue à risca tudo que é determinado.
A AGNU tem reuniões ordinárias anuais que tradicionalmente
acontecem no m ês de setem bro na sede da ONU, em Nova Iorque.
Sessões extraordinárias ou “especiais” podem ser convocadas a
pedido do Conselho de Segurança das Nações Unidas ou a partir
do consenso entre a m aioria dos países.
7
2.2. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
O Program a das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD) é a agência líder da rede global de desenvolvimento da
ONU e trabalha principalm ente no combate à pobreza e pelo
Desenvolvim ento Humano. O PNUD está presente em 166 países
do m undo, colaborando com governos, a iniciativa privada e com a
sociedade civil para ajudar as pessoas a construírem um a vida
mais digna.
Em todas as suas atividades, o P NUD encoraja a proteção
dos direitos humanos e a igualdade de gênero e raça. Desde 2000,
o programa fom enta também o comprom etimento e a discussão em
prol do alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
Presente no Brasil desde a década de 60, a atuação do
PNUD no país tem tido como temas centrais o desenvolvimento de
capacidades, ciência e tecnologia; a modernização do Estado e o
fortalecimento de suas instituições; o combate à pobreza e à
exclusão social; a conservação am biental e uso sustentável de
recursos naturais.
Por meio do desenvolvimento e implantação de projetos de
cooperação técnica em parcerias com instituições nacionais, o
PNUD Brasil visa: estabelecer políticas para fortalecer setores
críticos
relativosao
desenvolvim ento
humano;
estimular
o
cum primento dos Objetivos do Desenvolvim ento do Milênio;
desenvolver capacidades institucionais nos governos federal,
estaduais e municipais e fortalecer o papel da sociedade civil e do
setor privado na busca do desenvolvimento humano e sustentável.
8
3. HISTÓRICO
3.1. Declaração do Milênio
Nos dias 6, 7 e 8 de setem bro de 2000, a sede da ONU em
Nova Iorque recebeu a Cúpula do Milênio. A li foi aprovada a
Declaração do Milênio, após m eses de debates e de acordos para
sua
com posição.
Os
valores
de
liberdade,
igualdade,
solidariedade,
tolerância,
respeito
pela
natureza
e
responsabilidade com um são essenciais para as relações
internacionais no século XXI e estão presentes na declaração
acordada por 191 países e 1467 chefes de Estado e de Governo.
Tais dirigentes reafirmaram seu dever para com todos os
habitantes do planeta, em especial para com os menos favorecidos
e crianças, o futuro da humanidade. Como parte desse dever,
precisa-se libertar toda a humanidade da carência e estabelecer
condições, a nível nacional e mundial, à eliminação da pobreza.
A globalização, fenômeno que começou a ser estudado na
década de 1990, também fez parte da pauta da cúpula. Apesar de
oferecer grandes possibilidades, seus benefícios, assim com o seus
custos, ainda são distribuídos de forma muito desigual. O principal
desafio a ser superado era o de transformá-la numa força positiva
para todos os povos do mundo, de forma a permitir o acesso
universal à informação e aos seus demais benefícios. Seguindo
essa lógica, aqueles que sofrem - ou que se beneficiam menos merecem a ajuda dos que são favorecidos.
As diferenças culturais devem, sim, serem apreciadas com o
bens preciosos de toda a hum anidade. A prom oção de uma cultura
de paz e de diálogo entre as nações é indispensável para uma paz
duradoura internacional.
Além dos pontos já citados, pretendia-se reforçar, por meio
de prioridades como a luta pelo desenvolvim ento de todos os
povos do m undo, a luta contra a pobreza, ignorância e doenças; a
luta contra a injustiça; a luta contra a violência, o terror e o crim e
e a luta contra a degradação e destruição do nosso planeta.
Apesar de escrita em 2000, a Declaração do Milênio critica e
propõe resoluções a temas com pletam ente modernos. Nas suas
9
páginas 9 e 10 está presente o sum o dos conteúdos dos Objetivos
de Desenvolvimento do Milênio que serão posteriorm ente
explicitados.
10
4. PANORAMA
4.1. Desenvolvimento Humano
O conceito de desenvolvimento humano nasceu defini do
com o um processo de ampliação das escolhas das pessoas, para
que elas tenham capacidades e oportunidades para ser aquilo que
desejam.
Diferentemente da perspectiva do crescimento econômico,
que vê o bem-estar de um a sociedade apenas pelos recursos ou
pela renda que ela pode gerar, a abordagem de desenvolvimento
humano procura olhar diretamente para as pessoas, suas
oportunidades, capacidades e necessidades. A renda é importante,
mas como um dos meios de desenvolvimento, e não com o sua
finalidade. Consiste numa mudança de perspectiva: com o
desenvolvimento humano, o foco é transferido do crescimento
econômico - ou da renda - para o ser humano.
O conceito de Desenvolvim ento Humano tam bém parte do
pressuposto de que para se assegurar o avanço na qualidade de
vida de uma população é preciso ir além do viés puramente
econômico e considerar outras características sociais, culturais e
políticas que influenciam a qualidade de vida da sociedade. E sse
conceito é a base do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e
do Relatório de Desenvolvim ento Humano (RDH), publicados
anualm ente pelo P NUD.
4.2. Índice de Desenvolvimento Humano
O objetivo da criação do Índice de Desenvolvim ento Humano
foi o de oferecer um contraponto a outro indicador m uito utilizado,
o Produto Interno Bruto (PIB ) per capita, que considera apenas a
dimensão
econômica
do
desenvolvimento.
Criado
por
MahbubulHaq, com a colaboração do econom ista indiano Am artya
Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH
pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento
humano. A pesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvim ento
humano, o IDH não abrange todos os aspectos de desenvolvimento
e não é uma representação da condição emocional das pessoas,
nem indica o local ideal para a formação de uma sociedade.
Democracia, participação, equidade e sustentabilidade são outros
11
dos m uitos aspectos do desenvolvimento humano que não são
contem plados no IDH. Este tem o grande mérito de sintetizar a
com preensão do tema e ampliar e fomentar o debate.
Desde 2010, quando o Relatório de Desenvolvimento Humano
com pletou 20 anos, novos critérios vêm sendo incorporados para o
cálculo do IDH. Atualmente, os três pilares que constituem o IDH
(saúde, educação e renda) são mensurados da seguinte forma:
Uma vida longa e saudável (saúde) é medida pela
expectativa de vida;
• O acesso ao conhecimento (educação) é medido por:
I)média de anos de educação de adultos, que é o
núm ero médio de anos de educação recebidos
durante a vida por pessoas a partir de 25 anos;
II)a expectativa de anos de escolaridade para
crianças na idade de iniciar a vida escolar, que é
o número total de anos de escolaridade que um a
criança na idade de iniciar a vida escolar pode
esperar receber se os padrões prevalecentes de
taxas de matrículas específicas por idade
permanecerem os mesmos durante a vida da
criança;
• O padrão de vida (renda) é medido pela Renda Nacional
Bruta (RNB) per capita expressa em poder de paridade de
com pra (PPP) constante, em dólar, tendo 2005 como ano de
referência.
•
Publicado desde o ano de sua criação, em 1990, o IDH é
calculado anualm ente. Desde 2010, sua série histórica é
recalculada devido ao movim ento de entrada e saída de
países e às adaptações metodológicas, o que possibilita um a
análise de tendências. Aos poucos, o IDH tornou-se
referência mundial e é um índice-chave dos Objetivos de
Desenvolvim ento do Milênio das Nações Unidas.
12
5. OS OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO DO
MILÊNIO
5.1. E rradicar a extrem a pobreza e a fome
Pessoas em situação de pobreza extrem a são aquelas que
apresentam uma renda média de R$ 2,36 por dia, ou R$ 71,75 por
mês. S egundo dados apresentados pelo Relatório dos Objetivos de
Desenvolvim ento do Milênio 2013, o mundo alcançou a meta de
reduzir a pobreza extrema à m etade do nível registrado em 1990
cinco anos antes do estipulado. Porém, ainda que a parcela da
população
m undial
considerada
extremamente pobre tenha passado
de 47% para 22%, mais de 1,2
bilhões de pessoas continuam a viver
nessa
condição.
A
cada
oito
indivíduos, pelo menos um não tem
acesso
regular
a
quantidades
suficientes de alimento para suprir
suas necessidades energéticas. Além
disso, mais de 100 milhões de
crianças continuam em estado de
desnutrição, enquanto 165 milhões
são raquíticas.
MET AS
A. Reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, a proporção da
população com renda inferior a um dólar por dia.
B. Reduzir a 1/4, entre 1990 e 2015, a proporção da população
com renda inferior a 1 dólar por dia.
C. Alcançar o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente
para todos, incluindo m ulheres e jovens.
D. Reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, a proporção da
população que sofre de fome
E. Erradicar a fome entre 1990 e 2015.
13
5.2. E ducação básica de qualidade para todos
A universalização da educação
prim ária é uma meta que o mundo
não alcançará até 2015. S egundo o
Relatório de Desenvolvim ento do
Milênio 2013 da ONU, a garantia de
que todos os m eninos e m eninas
tenham oportunidade de term inar o
ensino prim ário não será atingida.Isso
se dá por conta do lento ritmo de
expansão
educacional
e
das
significativas
disparidades
ainda
existentes,
principalmente
em
prejuízo das mulheres e crianças das
zonas rurais. No entanto, mesmo com
esse panorama, é possível apontar um progresso significativo
desde 1990, tendo em vista que a porcentagem de crianças que
frequentam o ensino prim ário nos países em desenvolvimento
passou de 80% para 90% em 2011. As taxas de alfabetização dos
jovens, outro indicador destacado no Relatório, também
melhoraram consideravelmente em todo o mundo, apresentando
progressos na diminuição da desigualdade de gênero frente o
acesso à educação.
MET A
A- Garantir que, até 2015, todas as crianças, de ambos os
sexos, terminem um ciclo com pleto de ensino básico.
5.3. P romover a igualdade entre os sexos e a autonomia da
mulher
Segundo o Relatório dos Objetivos
de Desenvolvim ento do Milênio de 2013, o
mundo estaria muito próxim o de atingir a
meta de eliminar as disparidades entre os
sexos em todos os níveis educacionais até
2015. Todavia, enquanto em algumas
regiões do mundo as mulheres estão sem
representação, em outras, na A mérica
Latina em particular, são os homens que
14
se apresentam em menor núm ero. A participação feminina no
mercado de trabalho e a representação política das mulheres
também são m etas que fazem parte dos ODM, embora a média
global de mulheres no parlamento ainda seja de apenas 20%.
MET A
A- Eliminar a disparidade entre os sexos no ensino prim ário e
secundário, se possível até 2005, e, em todos os níveis de
ensino, no mais tardar até 2015.
5.4. Reduzir a mortalidade infantil:
De acordo com o Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio de 2013, elaborado pela Organização das Naç ões Unidas
(ONU), a taxa mundial de m ortalidade na
infância caiu 47% em 22 anos. Entre
1990 e 2012, o índice passou de 90 para
48 mortes por mil nascidos vivos. Ainda
que essa evolução signifique que 17 mil
crianças deixaram de morrer a cada dia,
muito ainda deve ser feito para atingir a
meta global de 75% de redução na taxa.
Só no ano de 2012, 6,6 milhões de
crianças menores de 5 anos morreram ao
redor do m undo por doenças evitáveis.
MET A
A- Reduzir em 2/3, entre 1990 e 2105, a mortalidade de
crianças menores de 5 anos.
5.5. M elhorar a saúde materna:
O quinto Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM 5) busca
melhorar a saúde materna. De acordo com o Relatório dos ODM
(RODM) de 2013, a despeito da redução ocorrida desde 1990, o
mundo não alcançará a m eta A até 2015. Nos países em
desenvolvimento, a mortalidade materna
caiu de 440 para 240 óbitos por 100 m il
nascidos vivos, uma redução de 45%
entre 1990 e 2010. Na América Latina,
que
apresenta
uma
situação
consideravelmente melhor, o percentual
de queda foi semelhante, passando de
130 para 72 óbitos maternos a cada 100
mil nascidos vivos. A meta B também não
será alcançada, pois a porcentagem de
15
partos atendidos por profissionais de saúde treinados – um dos
seus principais indicadores – era de aproximadamente 66% no
mundo em desenvolvim ento em 2011, e apenas 51% das gestantes
realizavam ao menos quatro consultas de pré-natal.
MET AS
A- Reduzir em 3/4, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade
materna.
B- Alcançar, até 2015, o acesso universal à saúde reprodutiva.
5.6. Combater a AI DS, a m alária e outras doenças:
O Relatório ODM de 2013 considera que o m undo não conseguiu
alcançar a m eta B de universalizar até o ano de 2010 o tratamento
de pacientes com HIV/AIDS. E m 2011, nos países em
desenvolvimento, a terapia chegava a apenas 55% das pessoas
que necessitavam. A ONU reconhece, no entanto, a expansão do
acesso ao tratamento nos últim os anos e salienta que a
universalização é possível, desde que
haja disposição política para promovêla. Os dados do Relatório também
mostram que a meta A já foi alcançada.
Nos países em desenvolvimento, de
2001 a 2011, o número de novas
infecções anuais por HIV para cada 100
pessoas de 15 a 49 anos caiu de 0,09
para
0,06.
A pesar
da
redução
significativa da disseminação da doença,
a ONU alerta para a infecção de 2,5
milhões de pessoas todos os anos.
MET AS
A- Até 2015, ter diminuído a propagação do HIV/AIDS e
com eçado a inverter a tendência atual (1990).
B- Alcançar, até 2010, o acesso universal ao tratam ento de
HIV/AIDS para todas as pessoas que necessitam.
C- Até 2015, ter detido a incidência da malária e de outras
doenças notáveis e com eçado a inverter a tendência atual.
16
5.7. Garantir a sustentabilidade am biental:
Segundo o Relatório ODM 2013, parte da meta C foi atingida cinco
anos antes do prazo, com a população mundial sem acesso a água
potável passando de 24% para 11% entre 1990 e 2010. Mais de
200
milhões
de
moradores
de
assentamentos
precários
ganharam
acesso à água potável e ao saneamento
básico, ou passaram a viver em casas
construídas com materiais duráveis ou
com menor adensamento. Além disso, o
Relatório também ressalta a redução de
98% do consumo de substâncias que
destroem a camada de ozônio, embora
tam bém tenham sido registradas outras
tendências preocupantes, como a extrema
exploração dos estoques pesqueiros.
METAS
A- Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e
programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais.
B- Reduzir a perda de diversidade biológica e alcançar, até 2010, uma
redução significativa na taxa de perda.
C- Reduzir pela metade, até 2015, a proporção de pessoas sem acesso
permanente à água potável segura e saneamento básico.
D- Até 2020, ter alcançado uma melhora significativa nas vidas de pelo
menos 100 milhões de habitantes de bairros degradados.
5.8. E stabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento:
A formação de uma parceria global para o desenvolvimento é o
com promisso estabelecido no oitavo Objetivo de Desenvolvimento
do Milênio, voltado principalm ente aos países com maior grau de
desenvolvimento e de históricos doadores no cam po da
cooperação internacional. Um dos principais indicadores – a
relação entre a renda nacional bruta e o
montante comprometido por eles com
cooperação e assistência internacional –
tem apresentado queda. De acordo com o
Relatório
dos
Objetivos
de
Desenvolvim ento do Milênio de 2013, esse
valor vem sendo reduzido desde 2010,
quando representava 0,32%, passando
para 0,29% em 2012. E ntretanto, países
17
com o o Brasil, a Turquia e os Emirados Árabes Unidos têm
aumentado significativamente suas iniciativas de assistência e
cooperação internacional.
MET AS
A- Avançar no desenvolvimento de um sistema com ercial e
financeiro aberto, baseado em regras previsível e não
discriminatório.
B- Atender às necessidades especiais dos países m enos
desenvolvidos.
C- Atender às necessidades especiais dos países sem acesso
ao
mar
e
dos
pequenos
Estados
insulares
em
desenvolvimento.
D- Tratar
globalmente
o
problem a
dos
países
em
desenvolvimento por intermédio de medidas nacionais e
internacionais, de modo a tornar sua dívida, em longo prazo,
sustentável.
E- Em
cooperação
com
as
empresas
farm acêuticas,
proporcionar o acesso a m edicamentos essenciais a preços
acessíveis nos países em vias de desenvolvimento.
F- Em cooperação com o setor privado, tornar acessíveis os
benefícios das novas tecnologias, em especial das
tecnologias de informação e de comunicações.
18
6. ESTRUTURA DO DPO
6.1. E strutura e Conteúdo
Como o nome indica, o Documento de Posição Oficial (DPO)
é uma declaração sintetizada a respeito do posicionamento de
cada país frente ao tem a do comitê. Buscando a padronização dos
papéis, deve ser seguida a seguinte estruturação dos parágrafos:
• 1°§: Introdução: dados relevantes sobre o país e breve
apresentação do posicionamento com relação aos tópicos
pertinentes.
• 2°§: Desenvolvimento: exposição mais detalhada sobre os
pontos de vista do país, com argum entos justificados por dados e
fatos.
• 3°§: Conclusão: citação dos objetivos que o país espera
alcançar com a resolução criada durante as discussões e menção
a potenciais parceiros.
O DPO deve ser apresentado impresso em lauda única, com
letra Times New Roman, tam anho 12, espaçamento 1,5 e norm a
culta. Além disso, deve conter o nom e oficial do país e a bandeira,
bem com o eventuais brasões e/ou selos im periais. Cada delegado
deve assinar seu docum ento, que deverá ser entregue à mesa
diretora no primeiro dia da simulação.
19
6.2. Modelo de Base
(Bandeira do País)
(Brasão do País)
(Nome oficial do país)
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Documento de posição oficial
(Apresentação da posição oficial do país, de acordo com o assunto
tratado pelo comitê, em três parágrafos como acima explicitado. O
texto deverá conter no máximo uma lauda.)
X
Assinatura do Representante
Nome do representante
Representante do país X
20
7. REPRESENTAÇÕES
Grupos regionais
2015
Estados Africanos
(5 mem bros)
República do Congo
Etiópia
Guiné
Níger
República Unida da Tanzânia
Estados Ásia-P acífico
(4 mem bros)
China
Índia
República Islâmica do Irã
Paquistão
Estados
Latinoamericanos e
Caribenhos
(3 mem bros)
Cuba
Guatem ala
República Bolivariana da
Venezuela
Estados Leste Eur opeus
(2 mem bros)
Bulgária
Federação Russa
Europa Ocidental
e outros E stados
(9 mem bros)
Austrália
Dinamarca
Alemanha
Itália
Japão
Holanda
Noruega
Reino Unido
Estados Unidos da América
UNFP A e UNOPS tam bémfazem parte da E xecutiveBoard.
21
8. REFERÊNCIAS
http://www.un.org/en/
http://www.pnud.org.br/
http://www.pnud.org.br/ODM.aspx
http://www.pnud.org.br/Docs/declaracao_do_milenio.pdf
http://www.undp.org/content/undp/en/home/operations/about_us.ht
ml
http://www.pnud.org.br/IDH/DesenvolvimentoHumano.aspx?indiceA
ccordion=0&li=li_DH
http://www.pnud.org.br/IDH/IDH.aspx?indiceAccordion=0&li=li_IDH
22
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GUIA PNUD - Anglo Cassiano Ricardo