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São Paulo, quarta-feira, 15 de julho de 2015
Política
www.netjen.com.br
Enquanto nos bastidores
desenrola-se uma
confusa luta pelo poder,
o apagão mental avança
em todas as direções
rodução industrial em
queda, comércio estagnado, redução dos
empregos, desânimo, alunos
sem aulas e aprendendo poucas coisas. Tudo comprometendo o futuro do Brasil em
sua dormência. Falta a visão
de um futuro melhor, bom
senso, lucidez e vontade. Com
a má gestão, o país recorre
aos financiamentos e cai no
aumento da dívida.
Os cofres do governo estão
vazios, há muito dinheiro enterrado em obras inacabadas
cujas finalidades são duvidosas
para o atendimento público e
que é resultante da má gestão.
A dívida aumenta, o mercado
se preocupa e recua. Novas
gerações com pouco preparo.
Avanço das drogas. As elites e
a população devem agir para o
bem geral, para a melhora da
qualidade humana e de vida. Se
tivesse havido maior cuidado
com o Brasil no século passado,
certamente estaríamos numa
situação mais favorável.
Se houvesse maior discernimento e eficiência, nem precisaria tanto financiamento. Mas
como empreiteiros e governo
se dão as mãos, os projetos
vão surgindo já com financiamento aprovado. Com custos
exorbitantes, prioridades nem
sempre equacionadas, as obras
absorvem dinheiro, e muitas
vezes chegam a ser interrompidas. No entanto, as verbas de
campanha são repassadas e as
obras não são concluídas.
Em vez de ficar inventando
ideologias, o poder público deveria agir em prol do bem-estar
da população da mesma forma
como agem as autoridades
americanas exigindo sempre
o que é útil e benéfico nos
produtos e serviços disponibilizados aos consumidores. Sem
o adequado preparo das novas
gerações para construir e beneficiar tudo, acabaremos nos
tornando o país sem futuro.
A má gestão e o descontrole
de caixa do governo tem sido
terrível. Afora isso há um desequilíbrio geral como a entrada
de produtos da Ásia com outro
tipo de regime de trabalho e
enormes lotes de produção.
Outra estrutura de custos. Há
P
também essa extravagante
disparidade cambial que sobe
e desce sem parâmetros. E tem
ainda as variações do clima
afetando a produção. Os juros
controlam tudo isso, ou falta
uma nova teoria econômica
que promova equilíbrio, progresso e paz?
O problema do aquecimento
global é da humanidade como
um todo que perdeu a visão
ampla da vida e com ela o bom
senso. Falta empenho para
compreender o funcionamento
das leis da Criação, que não
podem ser burladas, pois as
consequências são inevitáveis,
tanto boas como más. Pena que
as más estejam chegando em
maior número. O aquecimento
global, ainda não compreendido em seu todo, vem como
consequência nefasta, e agora
não dá mais para adiar os
efeitos prejudiciais devido aos
abusos e ao mau aproveitamento do tempo concedido para a
evolução espiritual.
Quase nada foi entendido
dos esclarecimentos que Jesus
fez sobre a vida. Ele não tinha
qualquer pretensão ao poder,
cargo ou honrarias terrenas,
pois seu reino não é o perecível
e transitório mundo material
ofertado à humanidade para
que pudesse evoluir espiritualmente, e não para aqui vir e
postar-se como dono no curto
período da existência terrena.
A verdadeira ética para a paz e
o progresso: “Ama ao próximo
como a ti mesmo”. Isto é, não
faça ao outro o que não faria
a si mesmo.
O escritor alemão Abdruschin (1875-1941) ampliou a
compreensão desse ensinamento de Jesus na Mensagem
do Graal com outras palavras:
“Concedido vos é peregrinar
através da Criação! Caminhai
de tal maneira, que não causeis
sofrimento a outrem, a fim de
satisfazer com isso qualquer
cobiça!” Isso tem de ser transportado para tudo na vida, seja
para governantes, empresários
e profissionais em geral até aos
mais simples auxiliares.
Então a sinceridade e a lealdade eliminarão os embustes e
haverá paz e progresso.
(*) - Graduado pela FEA/USP,
realiza palestras sobre qualidade
de vida. Coordenado os sites
(www.vidaeaprendizado.com.br)
e (www.library.com.br). Autor de:
Conversando com o homem sábio;
Nola – o manuscrito que abalou
o mundo; O segredo de Darwin;
2012...e depois?; e Desenvolvimento
Humano ([email protected]).
Em reunião ontem (14), a CPI do Carf aprovou uma série de requerimentos convocando para depor
representantes de empresas e de escritórios de advocacia e de contabilidade
erão convocados ainda
servidores investigados
pelo suposto envolvimento no esquema que desviou
cerca de R$ 6 bilhões por meio
da manipulação de processos
no Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais, órgão auxiliar
ao Ministério da Fazenda.
Por solicitação de José Pimentel (PT-CE), foram convocados os presidentes do HSBC
no Brasil, da Boston Negócios,
da Indústria Irmãos Júlio, da
Mundial S.A. e do Grupo Penha.
De acordo com lista divulgada
pelo jornal Folha de S. Paulo,
todas essas empresas, além
de outras credoras da União
em processos conduzidos na
Receita, teriam feito parte do
esquema de suborno a integrantes do Carf, que manipularam
processos com o objetivo de
reduzir multas.
“No caso do HSBC por exemplo, a Polícia Federal identificou
depósitos do banco para a SGR
S
José Pimentel (PT-CE) solicitou a convocação de presidentes de
empresas como o do HSBC no Brasil.
Consultoria Empresarial, que é
uma das investigadas por intermediar o pagamento de propina
a conselheiros do Carf”, citou
Pimentel. Também a seu pedido, foram convocados Jeferson
Salazar, que é ex-auditor fiscal
da Receita Federal; Antonio
Lisboa e Valmar Fonseca, con-
A carga tributária
e seus impactos
na renda dos
trabalhadores
selheiros titulares do Carf.
Já por requerimento do presidente da CPI, Ataídes Oliveira
(PSDB-TO), foram convocadas
outras 12 pessoas, entre elas
Cristina Mautoni, Flávio Rogério da Silva, Hugo Borges e Maurício Taveira. Cristina Mautoni
é sócia da empresa Marcondes
Ministro terá que explicar
encontro secreto em Portugal
O senador Paulo Paim (PT-RG)
está preocupado com a elevada carga
tributária e seus impactos na renda
dos trabalhadores, especialmente os
mais pobres, e na redução de investimentos feitos pelo setor produtivo.
Ele citou estudo da Organização para
a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico, que é composta pelos
países mais ricos e desenvolvidos,
que indica que a carga tributária do
Brasil equivale a 35,7% do PIB, índice
semelhante ao desses países.
A diferença é que, nos países
mais desenvolvidos, os serviços
públicos oferecidos são de boa
qualidade, enquanto que, no
Brasil, isso é a exceção, lamentou
o senador. Paim lembrou que as
várias tentativas de se fazer uma
reforma tributária no país foram
frustradas e apontou os interesses
conflitantes entre empresários,
trabalhadores e governantes como
o motivo de quase nada ter saído
do papel até hoje.
“Essa tão esperada reforma que
parece não vir nunca repactuaria
e redesenharia a relação entre
o nível de tributação e os gastos
públicos, reformularia alguns
tributos existentes, extinguiria
outros, reequilibraria alíquotas de
impostos e taxas e no campo fiscal
propriamente dito renegociaria o
pacto federativo no que se refere
à arrecadação e os gastos entre os
níveis federativos da União, dos
estados e dos municípios”, disse
(Ag.Senado).
O ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo, terá que
explicar aos deputados da
CPI da Petrobras as razões
que motivaram um encontro
extraoficial entre ele, a presidente Dilma Rousseff e o
presidente do STF, Ricardo
Lewandowski, na semana passada, em Portugal. O assunto
será um dos temas a serem
abordados hoje (15) pelos
parlamentares do PSDB que
integram o colegiado durante
a oitiva com Cardozo.
De acordo com os deputados Izalci (PSDB-DF) e Antonio Imbassahy (PSDB-BA), o
ministro terá a oportunidade
de dizer por que os chefes de
dois poderes da República
escolheram outro país para
fazerem uma reunião que
não constava da agenda de
nenhum deles e ainda com
a participação do titular da
Justiça. “O Planalto tentou
manter sigilo, mas a reunião
foi descoberta”, destacou
Imbassahy, ao lembrar, em
seu Facebook, que Cardozo
afirmou à imprensa que o encontro foi casual e o assunto
tratado foi aumento dos salários do Judiciário.
Para Izalci, a conversa entre os chefes dos poderes Executivo e
Judiciário, com a participação do ministro da Justiça,
precisa ser passada a limpo.
“Não acreditamos em coincidência”, afirmou Izalci. Para
ele, a Operação Lava Jato e o
risco de cassação do mandato da
presidente da República podem
ter sido a pauta da reunião. “Ela
tinha essa escala em Portugal,
dizem que aproveitaram para
ver a questão do aumento
do Judiciário, mas com essas
pendências todas no TSE e no
Supremo, com certeza trataram
deste assunto. É o que queremos
saber”, avisou o tucano.
O deputado destaca que
Viúva de Janene diz
que não participava Senado aprova convocação do
de atividades políticas
presidente do TCU
Viúva do ex-deputado José Janene, Stael Fernanda Janene.
A viúva do ex-deputado
José Janene, Stael Fernanda
Janene, disse ontem (14), em
depoimento à CPI da Petrobras
que, em 21 anos de casamento,
não teve acesso a qualquer
informação sobre negócios e
decisões políticas do ex-líder do
PP na Câmara, morto em 2010.
“Ele nunca falava sobre suas
atividades. Não dava abertura
para este tipo de coisa. Janene
era uma pessoa muito fechada
e a esposa não participava da
vida política dele”, afirmou ao
destacar que em todo o relacionamento só esteve em Brasília
cinco ou seis vezes.
Stael foi convidada como
testemunha pela CPI para falar
sobre a relação do ex-deputado
com o doleiro Alberto Youssef.
Ela explicou que os dois eram
amigos e que Janene nunca
conversava sobre negócios na
presença de parentes. A relação
entre os dois foi intensificada,
segundo Stael, quando o doleiro
foi convidado para batizar o
filho mais novo do casal, hoje
com 11 anos. Mas, Stael afirmou
que depois do divórcio litigioso
que ocorreu em novembro de
2008, sequer acompanhou os
seis meses de internação de
Janene após um AVC e apenas
encontrou com Youssef duas
ou três vezes.
A viúva negou que teve interesse em depôr à CPI para expor
detalhes sobre uma possível
conta de Janene que o doleiro
teria movimentado com uma
procuração. Ela disse que se surpreende com os fatos divulgados
pela imprensa já que, segundo
ela, Janene era uma pessoa
simples que “reclamava da conta
da verduraria”. “Eu nunca entrei
em loja de grife para comprar
uma bolsa. Quando casei, ele já
era empresário, tinha situação
boa, mas eu não tinha essa liberdade. Até a compra da minha
casa quem fazia era a secretaria
dele,” observou (ABr).
Divulgação
José Cruz/ABr
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou a
convocação do presidente do
Tribunal de Contas da União
(TCU), Aroldo Cedraz, para
prestar esclarecimentos sobre
o julgamento das contas do governo. O requerimento de convocação foi formulado logo após
o presidente da CAE, senador
Delcídio do Amaral (PT-MS),
informar que o presidente do
TCU não irá participar de debate
sobre as contas do governo.
Segundo Delcídio, Cedraz
encaminhou à comissão uma
carta em que informou que não
compareceria ao debate sob a
justificativa de que ainda aguarda a manifestação do governo
sobre o julgamento das contas,
em análise pelo tribunal. “Essa
carta do presidente do TCU é
inaceitável e desrespeitosa.
Vamos analisar com a nossa
& Mautoni Empreendimentos,
investigada por suposto envolvimento na manipulação
do julgamento da Mitsubishi
no Carf. Taveira, representante do Fisco, é suspeito de
ter sido cooptado neste caso.
Já Rogério da Silva e Borges
seriam ligados a José Ricardo
Silva, ex-conselheiro do órgão
e alvo das investigações.
Ainda por solicitação de Ataídes Oliveira foi requerida à 10ª
Vara Federal do DF o compartilhamento, com urgência, de
todos os documentos em posse
da Polícia Federal relacionados
à Operação Zelotes. “Principalmente os recobertos por
sigilo e os que foram obtidos em
buscas e apreensões”,explicou
o senador. Já por solicitação de
Vanessa Graziottin (PCdoBAM), relatora da CPI, foram
convocados representantes das
empresas Alfa Atenas e Planeja
Assessoria, além de outros investigados (Ag.Senado).
Alexssandro Loyola
Benedicto Ismael Camargo Dutra (*)
CPI do Carf convocará investigados
por desvios de R$ 6 bilhões
Geraldo Magela/Ag.Senado
O atraso e a má gestão
Presidente do TCU,
Aroldo Cedraz.
assessoria para tomar as providências jurídicas. O TCU é um
órgão auxiliar desta Casa e ele
desconhece as regras da Casa
que ele preside. Ele não está
preparado para ser presidente
do TCU”, disse o senador Tasso
Jereissati (PSDB-CE).
“Essa carta não tem sentido.
Vamos apresentar requerimento de convocação para que ele
venha se explicar aqui,” acrescentou o senador Lindbergh
Farias (PT-RJ). Em seguida, o
líder do governo no Congresso,
senador José Pimentel (PTCE), apresentou requerimento
de convocação, que foi aprovado por unanimidade.
No último dia 17, o TCU adiou
por 30 dias o julgamento das
contas de 2014 do gestão da
presidenta Dilma Rousseff. O
governo tem até o dia 22 deste
mês para explicar pontos questionados pelo TCU, responsável
pela análise das contas do
Executivo. O ministro Augusto
Nardes pediu explicações sobre
indícios de irregularidades
apontadas pelo tribunal, por
descumprimento das leis de
Responsabilidade Fiscal e Orçamentária Anual (ABr).
Os riscos à saúde na mistura de energéticos com álcool
A Comissão de Seguridade Social da Câmara
aprovou proposta que obriga as empresas, fabricantes de bebidas energéticas, a inserir nos
rótulos e embalagens a informação de que a
mistura desses produtos com bebidas alcoólicas
pode levar a comportamentos de risco e causar
sérios danos à saúde. O texto aprovado é um
substitutivo ao projeto que, originalmente, estabelece que a informação sobre a mistura com
álcool pode causar doenças do fígado.
O relator na comissão, deputado Paulo Foletto
(PSB-ES), o objetivo da alteração é alertar os
jovens, de forma mais ampla, sobre os riscos
envolvidos no hábito de misturar bebidas alcoólicas com compostos estimulantes. “De forma
a aperfeiçoar ainda mais a proposta, ampliamos
o escopo da advertência, de forma a açambarcar
todos os possíveis efeitos danosos da mistura
álcool/energéticos”, informou o relator.
De acordo com estudo da USP, um em cada
cinco universitários brasileiros mistura álcool
com bebidas energéticas, o que aumenta a
probabilidade de se engajarem em comportamentos de risco. Foletto observou que a Anvisa
já regulamenta a venda desses produtos. Ele
afirmou ainda que a adoção de obrigatoriedade
de venda de bebidas energéticas exclusivamente
em farmácias e drogarias não contribuirá para
alterar o perfil de consumo do produto (Ag.
Câmara).
Cardozo terá ainda que prestar esclarecimento sobre o
grampo encontrado na cela
do doleiro Alberto Youssef na
carceragem da Polícia Federal
em Curitiba. O tucano destaca
que a agenda da CPI possui
outras importantes oitivas
marcadas para esta semana,
como ouvir, amanhã (16),
Luis Inácio Adams, advogado-geral da União, e Waldir
Moyses Simão, ministro da
Controladoria Geral da União
(psdnacamara).
Segundo turno
da maioridade
penal fica para
agosto
O líder do governo na Câmara,
deputado José Guimarães (PTCE), confirmou que a votação
em segundo turno da proposta
da maioridade penal ficará para
agosto, conforme decidido na
reunião de líderes partidários.
Segundo ele, os líderes também decidiram que ficará para
depois do recesso parlamentar
a votação do projeto que muda
a correção do FGTS.
“O acordo para as votações
preserva a posição do governo
e preserva também a posição
das bancadas”, disse. “Foi um
acordo produtivo e vamos terminar o semestre bem se concluirmos a votação da reforma
política, independentemente
se concordamos ou não com
o mérito”, completou. Ele
salientou que o governo não
defende teses específicas sobre
a reforma, liberando a bancada
na Câmara.
O líder do governo comentou
ainda o pronunciamento do presidente da Câmara, deputado
Eduardo Cunha, em rede nacional de televisão na sexta-feira
(17), para apresentar à população um balanço das votações
do primeiro semestre. “Não aumenta os batimentos cardíacos
do governo”, respondeu. “Não
temos preocupação nenhuma. É
papel dele, vemos até com bons
olhos ele mostrar os resultados
da Câmara no primeiro semestre” (Ag.Câmara).
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