6ROXomR&RPHQWDGD3URYDGH)tVLFD TXHVW}HV . Em uma fábrica de produtos químicos, existe um grande tanque cheio de um certo líquido que está sendo testado por um engenheiro. Para isso, ele deixa uma esfera de aço cair através do líquido, partindo do repouso na superfície do líquido. A queda da esfera é observada através de uma janela quadrada de vidro, com 1,0 m de lado, situada a 12,0 m do fundo do tanque, conforme a figura ao lado. O engenheiro, através de suas observações, conclui que a esfera cai com uma aceleração constante de 6,0 m/s2 e leva 0,40 segundos para passar completamente pela janela. Com esses dados, calcule: A) a altura do líquido acima da janela. Pelos dados da passagem da esfera pela janela: 1 6,0 ( 0,40) 2 ⇒ v1 =1,3 m / s. x = x 0 + v t + a t 2 ⇒ 1 = (0,40 ) v1 + 2 2 Essa é a velocidade da esfera no topo da janela. Essa velocidade v1 está ligada à altura do líquido até o topo da janela, h1, por: v 2 = v 2 + 2ah1 1 0 ⇒ v12 = h1 2a ⇒ h1 = (1,3) 2 = 0,14m . 2x6 A altura total do líquido será, portanto: H = h1 + h + h2 = 0,14 + 1,0 + 12,0 = 13,14 m. B) a velocidade da esfera ao chegar ao fundo do tanque. A velocidade da esfera no fundo do tanque, v3, será dada por: v2 = v2 + 2 a H 3 0 ⇒ v 3 = 2aH = 2 x 6 x 13,14 =12,56 m / s . . Um pêndulo tem período T = 1,0 s, quando está no solo. Colocando esse pêndulo em um elevador que sobe com aceleração constante, observa-se que, durante a subida, o período do 2 pêndulo passa a ser T’ = 0,9 s. Considerando g = 10 m/s , determine a aceleração do elevador. O período de um pêndulo é dado por: T = 2π " , onde " é o comprimento do fio e g é a g aceleração da gravidade. Portanto, sendo T o período do pêndulo na superfície da Terra e T´ o período do pêndulo no elevador acelerado, temos: T = T′ g′ g ⇒ g′ = g T2 T′ 2 ⇒ g ′ =10 m / s 2 1 (0,9) 2 =12,35 m / s 2 . Portanto, a aceleração do elevador é 12,35 – 10,0 = 2,35 m/s2, para cima. CCV/UFC/Vestibular 2004 Pág. 1 de 5 6ROXomR&RPHQWDGD3URYDGH)tVLFD TXHVW}HV . Considere dois cilindros verticais de diâmetros diferentes cujos fundos estão ligados por um tubo estreito. Os cilindros contêm um gás de peso desprezível a temperatura constante e cada um tem um êmbolo móvel de mesma densidade e espessura, que pode se deslocar sem atrito. A massa de um dos êmbolos é m1 = 1,0 kg e a massa do outro é m2 = 2,0 kg. Inicialmente, os êmbolos estão equilibrados na mesma altura, h = 40 cm, conforme a figura ao lado. Coloca-se, então, uma massa extra m = 1,0 kg sobre o êmbolo mais leve e, em conseqüência, os êmbolos passam a ocupar uma nova situação de equilíbrio. Nessa situação final de equilíbrio, calcule a diferença de altura entre os êmbolos. Para simplificar, suponha que todo o conjunto está no vácuo. Na situação inicial, os êmbolos estão na mesma altura. Como a massa de um deles é o dobro da massa do outro, a área do mais pesado deve ser o dobro da área do mais leve, já que ambos são suportados pela mesma pressão no gás. Ao se colocar a massa extra sobre o êmbolo mais leve ele começa a descer e só pára ao chegar ao fundo do cilindro, pois não há nada que o impeça, enquanto isso não acontecer. Nesse caso, o outro êmbolo sobe até uma altura H. O volume total do gás não deve mudar, pois a temperatura é constante. O volume inicial era (2 + 1) A x 0,40, onde A é a área do êmbolo menor. O volume final, quando todo o gás está no cilindro mais largo, é 2 A H. Igualando esses volumes, obtemos: H = 1,2/2 = 0,60 m. . Adiciona-se 20 g de açúcar a 25oC a uma xícara que contém 150 g de água a 80oC. Calcule a temperatura final da mistura quando atingir o equilíbrio térmico, supondo que o conjunto está termicamente isolado. 'DGRV: Calor específico da água = 1 cal/g.oC. Calor específico do açúcar = 0,12 cal/g.oC. Calor que sai da água = 150 g . 1 cal/g.oC (80-T) Calor que aquece o açúcar = 20 g . 0,1 cal/g.oC (T-25) Igualando os dois calores, obtemos: T = 79,1 oC. CCV/UFC/Vestibular 2004 Pág. 2 de 5 6ROXomR&RPHQWDGD3URYDGH)tVLFD TXHVW}HV . Um recipiente cúbico, com paredes opacas e aresta igual a 40 cm, é colocado de tal modo que um observador não consegue ver o fundo do recipiente mas vê a parede AB completamente, conforme a figura ao lado. Colocando-se, nesse recipiente, um líquido cujo índice de refração é n = 2 , quando o líquido alcança uma certa altura H o observador, na mesma posição anterior, consegue ver um ponto C do fundo do recipiente, distando 10 cm da aresta B do cubo, como demonstrado na figura. Calcule essa altura H do líquido. Dados: 2 = 1,41; 3 = 1,73 Pela figura, vemos que o ponto C fica a uma distância (H – 10) da normal no ponto de incidência. Isto é: H −10 = H tg r ⇒ H= 10 1 − tg r . A lei de Snell diz que: sen i / sen r = n = índice de refração do meio. Como n = 2 e i = 45o , sen i = 2 1 1 e sen r = ⇒ sen 2 r = . 2 2 4 Então: tg r = sen i n 1− 1 4 3 . 3 = 10 Portanto: H = 1− CCV/UFC/Vestibular 2004 3 3 = 30 = 23,6 . 1,27 Pág. 3 de 5 6ROXomR&RPHQWDGD3URYDGH)tVLFD TXHVW}HV . Dois estudantes (Eduardo e Mônica) dividem um quarto na residência universitária. Um eletricista (amador) foi contratado para instalar duas tomadas na parede do quarto e, por engano, ligou as tomadas em série, quando o correto seria ligá-las em paralelo. Sem saber disso, Eduardo ligou uma lâmpada de 100 W em uma tomada, e Mônica ligou uma lâmpada de 50 W na outra tomada. As lâmpadas compradas eram próprias para funcionar a uma voltagem de 220 V. Considere as resistências dos filamentos das lâmpadas como ôhmicas e determine qual dos dois estudantes obteve mais luz. Justifique sua resposta. Cada lâmpada foi fabricada para trabalhar em uma tensão de 220 V, consumindo as potências nominais de 100 W (lâmpada de Eduardo) e 50 W (lâmpada de Mônica). Isto é, se fossem ligadas em paralelo, com uma tensão de 220 V, a lâmpada de Eduardo brilharia mais. Como foi visto na primeira fase do vestibular, a lâmpada de maior potência nominal tem menor resistência. V 2 220 2 No caso, a lâmpada de Eduardo tem resistência R E = = = 484 Ω . P 100 Pelo mesmo processo, vemos que a lâmpada de Mônica tem resistência 968 Ω. No entanto, as lâmpadas foram ligadas em série. Nesse caso, o que elas têm em comum é a corrente, e não a voltagem. Como a potência é dada por P = I2R, para uma mesma corrente, a lâmpada com maior resistência consome mais potência, portanto, brilha mais. Isto é, a lâmpada de Mônica, que tem maior resistência, brilhará mais. .Duas partículas carregadas, uma com massa M e carga +Q e a outra, com massa m e carga -q, são colocadas em uma região onde existe um campo elétrico constante e uniforme E. Depois que as partículas são soltas, observa-se que a distância L entre elas permanece constante. A) Considere uma dada orientação para o campo e descreva a configuração das partículas para que L permaneça constante. Para que a distância L entre as cargas não mude com o tempo, elas precisam ter a mesma aceleração. Então: kQq QE − L2 . Aceleração da partícula de carga Q e massa M = M Aceleração da partícula de carga q e massa m = B) Sendo k = kQq − qE L2 m . 1 , ache uma expressão para a distância L em função de k, E, q, Q, m e M. 4πε 0 Igualando essas acelerações, obtemos uma expressão para L, como solicitado: L= CCV/UFC/Vestibular 2004 kQq (M + m) . E (Qm + qM ) Pág. 4 de 5 6ROXomR&RPHQWDGD3URYDGH)tVLFD TXHVW}HV . O “muon” (ou “méson - µ”) é produzido por raios cósmicos nas altas camadas da atmosfera da Terra ou em aceleradores. Verificou-se, experimentalmente, que seu tempo de vida médio é de apenas τ = 2 x 10–6 s (2 microssegundos). Depois de seu tempo de vida, o muon desaparece, decaindo em um elétron e um neutrino. Nesse tempo τ, a luz (cuja velocidade é c = 3 x 108 m/s) percorre 600 metros. No entanto, um muon formado em grande altitude consegue chegar ao solo e ser detectado antes de decair, apesar de ter velocidade menor que a luz. A) Explique por que isso é possível. Para uma partícula com velocidade 0,998c, é necessário levar em conta que o espaço e o tempo são modificados pelo movimento relativo. O muon se forma a uma grande altitude e consegue chegar ao solo, apesar de seu tempo de vida ser curto. Podemos justificar isso de duas maneiras. No sistema de referência do próprio muon, a distância entre o ponto onde ele se formou e o solo é encurtada pela contração de Lorentz. Desse modo, ele pode percorrer essa distância em seu tempo de vida. No sistema de referência da Terra, o tempo de vida do muon é ampliado pela dilatação temporal. Desse modo, ele tem tempo suficiente para atingir o solo. B) Considere um muon cujo tempo de vida é 2 x 10-6 s que é formado a uma altitude de 6000 metros e cai na direção do solo com velocidade 0,998 F, onde F é a velocidade da luz. Mostre que esse muon pode percorrer essa distância antes de decair. Inicialmente, adotamos o sistema de referência do muon. Nesse sistema, a distância do ponto inicial ao solo não é 6000 metros, mas vale: v2 L = L 0 1− = 6000 1 − (0,998) 2 = 380 m . 2 c Essa distância é mais curta que os 600 metros indicados no problema como sendo a distância percorrida pela luz. Logo, o muon pode percorrê-la em seu tempo de vida. Do ponto de vista da Terra, o tempo em um sistema de referência preso ao muon passa mais devagar. Assim, o tempo de vida do muon não é 2 x 10–6 s, mas vale: τ0 2 .10 − 6 = 31,6 x 10 − 6 s . = τ= 2 2 v 1 − (0,998) 1− 2 c Nesse tempo, ele pode percorrer 0,998 x 3 x 1010 x 31,6 x 10–6 = 9500 m. Logo, chega ao solo ainda “ vivo” . CCV/UFC/Vestibular 2004 Pág. 5 de 5