CIDADES5 TERÇA-FEIRA, 30 DE JUNHO DE 2015 A GAZETA CASO CRISTIANO ARAÚJO REPRODUÇÃO INTERNET Ronaldo (direita) também reconheceu que rodas da Range Rover não eram originais Motorista admite que estava em alta velocidade Em depoimento à polícia, Ronaldo Miranda, 40, não soube precisar a velocidade O motorista Ronaldo Miranda, de 40 anos, que conduzia o carro durante o acidente que matou o cantor Cristiano Araújo, de 29 anos, confirmou à Polícia Civil que seguia acima da velocidade máxima permitida no trecho da BR 153, em Goiás, que era de 110 km/h. O condutor afirmou ainda que perdeu o controle do carro depois que um dos pneus estourou, segundo o delegado Fabiano Henrique Jacomelis, responsável pelas investigações. O depoimento ocorreu no domingo. “Ele disse que estava correndo um pouco, mas não soube precisar exatamente qual era a velocidade no momento do acidente, já que o carro era muito potente e ele VELOCIDADE 162 km/h É a média em que devia estar o veículo, segundo um especialista. não percebeu o excesso. Ele também informou que ouviu um barulho de pneu furado e, em seguida, perdeu o controle”, relatou o delegado ao G1. O condutor perdeu o controle da direção 21 minutos após o grupo fazer uma parada em um posto de combustíveis, a cerca de 57 km do local do capotamento. O físico Reges Guimarães analisou a velocidade média feita pelo carro com base no horário das imagens de uma câmera de segurança. “Ele fez uma velocidade média de 162 km/h”, diz. RODAS Segundo o delegado, o motorista, que chorou durante todo o depoimento, afirmou que não faz consumo de bebidas alcoólicas e negou que estivesse usando celular ou que tenha dormido antes de perder o controle. Jacomelis já havia informado que Ronaldo foi submetido ao teste do bafômetro, que deu negativo. Ronaldo também confirmou à polícia que as rodas usadas no veículo, um Range Rover Sport, ano 2015, nãoeramoriginaisequehaviasoldaemumadelas.“Ele disse que foi um amigo em comum dele e do Cristiano quem cedeu essas rodas, que eram de outro Range Rover. Os pneus eram novos, mas já tinham sido reparados antes. Ele não soube detalhar quando houve a troca”, disse Jacomelis. Laudo para investigar uso de cinto O delegado Fabiano Henrique Jacomelis também solicitou um laudo cadavérico das vítimas e uma perícia no local do acidente para comprovar se Cristiano Araújo e Allana Moraes usavam cinto de segurança no banco de trás no momento do acidente. “O cantor e a namorada foram arremessados para fora do veículo, sendo assim, os indícios apontam que eles não usavam o cin- to de segurança. Mas isso só será comprovado com o resultado dos laudos”, disseJacomelis.Segundoele, também há sinais de que o motorista e o passageiro do banco da frente estavam usando o cinto.