Organização:
PREFEITURA MUNICIPAL DE
PASSABÉM
ESTADO DE MINAS GERAIS
Processo Seletivo 001/2013
À
Comissão Especial do Processo Seletivo nº 001/2013 da Prefeitura Municipal de Passabém / Minas Gerais.
Ref.: Recursos Administrativos.
.
Prezados Senhores,
Foram protocolados/enviados os seguintes recursos contra os gabaritos da Prova Objetiva de Múltipla Escolha:
RESPOSTA AOS RECURSOS APRESENTADOS PELOS CANDIDATOS
RECURSO APRESENTADO Nº 001
CANDIDATO
Nº DE INSCRIÇÃO: Não informado
NOME DO CANDIDATO: APARECIDA FERREIRA DE OLIVEIRA
CARGO: Não informado
RECURSO
Questão 18. Segundo a história do povo asteca eles sacrificavam animais e humanos. Portanto entendo que
minha resposta C (sacrifícios de animais) está correta. Peço a gentileza de rever a resposta.
RESPOSTA
Questão 18 – Os astecas que eram politeístas, faziam o que para agradar os Deuses?
a) Oferendas com muitas frutas.
b) Oferendas com muita carne, principalmente de lhama.
c) Sacrifícios de animais.
d) Sacrifícios humanos. (resposta correta)
e) Nenhuma das opções acima.
SACRIFÍCIO HUMANO NA CULTURA ASTECA.
Sacrificar seres humanos aos deuses, era para os Astecas uma missão, enquanto povo escolhido pelo seu deus
Huizilopchtli. Os sacerdotes ficavam com os vencidos para os sacrifícios, o deus era apaziguado. Era tal a
obsessão de sacrifício, que para eles as frequentes campanhas bélicas acabaram por não se dirigir à conquista de
territórios, mas tornaram-se uma forma de encontro ritualizado, de conflitos cerimoniais, a que se deu o nome de
"Guerra Florida", com a qual era possível obter sempre novas vítimas para os sacrifícios aos deuses. O seu
destino final, como acontecia com os prisioneiros mortos no templo, era a glória de acompanhar o Sol no seu
caminho celestial. Esta "Guerra Florida" foi instituída no reinado de Moctezuma I, por Tlacaelel, uma espécie de
grão-vizir. Com este fim, Tenochtitlan selou uma aliança tripla com o estado Acolhua de Texcoco (do outro lado do
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lago) e com o pequeno estado de Tlacopán, numa luta permanente contra os estados de língua Nahualt de
Tlaxcala e Huexotzingo. A finalidade de ambos os lados era simplesmente ganhar cativos para serem sacrificados.
A morte em combate ou na pedra sacrificial era o destino mais elevado do guerreiro, e conduzia-o para o mais alto
céu. A base do pensamento religioso e da atividade ritual provinha da ideia de que era necessário manter uma
relação constante de intercâmbio com o sobrenatural. Oferecendo aos deuses a energia vital necessária para
manter a atividade, poder-se-ia continuar a receber dele os dons que permitiam a existência humana, como a luz,
o calor, a água, a caça, os produtos da terra, etc. No inicio pouco numerosos, durante a época da conquista, não
se passava um dia sem que se fizesse pelo menos um sacrifício. Quanto mais alta fosse a categoria da vítima
mais valiosa era para o fim em vista.
O sacrifício tradicional mais dramático dava-se uma vez por ano, no 5º dia do mês toxcatl, em honra a
Tezcatlipoca. Um ano antes, os sacerdotes designavam um jovem prisioneiro para representar o deus. Durante
esse ano seguinte a precedia à cerimónia ensinavam-lhe as artes nobres, como por exemplo, tocar a flauta de
argila. Vestido com trajes sumptuosos, todos o reverenciavam como a imagem viva do deus. No começo do mês
Toxcatl, casavam-no com quatro virgens (que usavam o nome de Xochiquetzal, Xilonen, Atlatonan e Uixtociatl).
Quanto mais se aproximava a data fatídica, mais as festas organizadas em sua honra eram faustosas. No dia do
sacrifício, ele embarcava com as suas mulheres num barco que os conduzia a uma pequena ilha onde ficava o
templo. Então as mulheres deixavam-no e ele dirigia-se sozinho para a pirâmide ou "Teocalli". Subia a escadaria,
quebrando sucessivamente sobre os degraus todas as flautas de argila que tinha usado durante esse ano. Assim
que chegava à plataforma do templo, quatro sacerdotes estendiam-no sobre a pedra sacrificial segurando-lhe os
braços e as pernas; o quinto homem abria-lhe o peito com uma faca de sílex e metendo a mão dentro do peito,
arrancava-lhe o coração que, logo de seguida, erguia ao céu em oferenda á divindade. A famosa "pedra do
sacrifício", que data do reino de Tizoc, é um vaso enorme onde se queimava o coração das vítimas. Outro tipo de
sacrifício: a vítima combatia sucessivamente com armas fictícias contra guerreiros bem armados; se conseguisse
defender-se contra o primeiro, morria inevitavelmente aos golpes dos seguintes.
Ao deus Xipe Totec: depois do coração arrancado, este era depositado no cuauxicalli ou "vaso de água", para ser
queimado e servir de alimento aos deuses. A cabeça era separada do corpo, e este esfolado. Os sacerdotes e
aqueles que faziam penitência (para homenagear os deuses), vestiam-se com a pele da vitima, que usavam
durante 20 dias, ao fim dos quais o que personificava o deus Xipe Totec, o "nosso senhor esfolado", "deitava um
cheiro repulsivo como se fosse um cão morto".
Ao deus Tlaloc: sacrificavam-se crianças no alto das montanhas para trazer chuva no fim da estação seca, para
apaziguar o deus; quanto mais elas choravam, mais satisfeito o deus ficava. 20 000 homens eram imolados em
cada ano. O templo de Huitzilopochtli é disso testemunham. Hernan Cortez e os seus homens, contaram cerca de
140 000 crânios. Todas estas cerimónias eram reguladas por um calendário litúrgico chamado "Tonalpohualli", a
par com o calendário solar relacionado com a vida rural.
Bibliografia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sacrificio_humano_na_cultura_asteca; Karnal, Leandro: A Conquista do
México. São Paulo: FTD, 1966; Primo Feliciano Velázquez. In: Instituto de Investigaciones Históricas. Códice
Chimalpopoca. Anales de Cuauhtitlán y Leyenda de los Soles. México: [s.n.], 1975; Grisel Gómez Cano. In: Xlibris
Corporation. El Regreso a Coatlicue: Diosas y Guerreras en el Folklore Mexicano. México: [s.n.], 2011; Otilia
Meza. In: Editorial Universo México. El Mundo Mágico de los Dioses del Anáhuac. México: [s.n.], 1981.
A resposta correta da questão é letra D, conforme divulgado no gabarito oficial.
RECURSO INDEFERIDO
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Passabém, 30 de julho de 2013.
É o nosso parecer, s.m.j.,
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